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Volume 1
Gênero e Sexualidade na Sociedade
Editora Ilustração
Cruz Alta – Brasil
2022
Copyright © Editora Ilustração
CATALOGAÇÃO NA FONTE
G326 Gênero, direitos humanos e políticas públicas [recurso
eletrônico] : gênero e sexualidade na sociedade / organizadoras:
Marli Marlene Moraes da Costa, Deise Brião Ferraz. - Cruz
Alta : Ilustração, 2022.
v. 1
ISBN 978-85-92890-83-4
DOI 10.46550/978-85-92890-83-4
2022
Proibida a reprodução parcial ou total desta obra sem autorização da Editora
Ilustração
Todos os direitos desta edição reservados pela Editora Ilustração
Rua Coronel Martins 194, Bairro São Miguel, Cruz Alta, CEP 98025-057
E-mail: eilustracao@gmail.com
www.editorailustracao.com.br
Conselho Editorial
APRESENTAÇÃO�������������������������������������������������������������������11
Bibiana Terra1
Gabriela Maria Barbosa Faria2
Letícia Maria de Maia Resende3
Introdução
Conclusão
Referências
Introdução
Luta diária, fio da navalha, marcas? Várias
Senzalas, cesáreas, cicatrizes,
Estrias, varizes, crises
Tipo Lulu, nem sempre é só easy
Pra nós punk é quem amamenta,
enquanto enfrenta guerra, os tanques
As roupas sujas, vida sem amaciante.
(Mãe – Emicida)2
6 CRUZ, Eliane Alves. “O caso Janaína me lembrou que o Brasil já fez esterilização
em massa com apoio dos EUA. Reportagem publicada em 2018 no The Intercept.
Disponível em: Governo brasileiro já fez esterilização em massa (theintercept.com).
Acesso em 2022.
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Gênero, Direitos Humanos e Políticas Públicas - Volume I
Conclusão
Referências
Introdução
1 Doutora em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, com Pós
Doutoramento em Direitos Sociais pela Universidade de Burgos-Espanha, com Bolsa
Capes. Professora da Graduação, Mestrado e Doutorado em Direito da Universidade
de Santa Cruz do Sul-RS- UNISC. Coordenadora do Grupo de Estudos Direito,
Cidadania e Políticas Públicas. MBA em Gestão de Aprendizagem e Modelos Híbridos
de Educação. Especialista em Direito Processual Civil. Psicóloga com Especialização
em Terapia Familiar Sistêmica. Membro do Conselho do Conselho Consultivo da
Rede de Pesquisa em Direitos Humanos e Políticas Públicas. Membro do Núcleo
de Estudos Jurídicos da Criança e do Adolescente – NEJUSCA/UFSC. Membro do
Conselho Editorial de inúmeras revistas qualificadas no Brasil e no exterior. Autora
de livros e artigos em revistas especializadas
2 Advogada, Mestra em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC),
Graduada em Direito pela Universidade da Região da Campanha (URCAMP),
integrante do Grupo de Estudos Direito, Cidadania e Políticas Públicas da UNISC.
3 Mestranda em Direito pelo Programa da Pós-Graduação em Direito Mestrado e
Doutorado da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, área de concentração
em Direitos Sociais e Políticas Públicas, na Linha de Pesquisa Políticas Públicas de
Inclusão Social, com bolsa PROSUC/CAPES, modalidade II. Graduada em Direito
pela mesma universidade. Pós-graduada em Ciências Criminais pela Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG, integrante do Grupo de Estudos
Direito, Cidadania e Políticas Públicas da UNISC, vinculado ao PPGD da UNISC.
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Gênero, Direitos Humanos e Políticas Públicas - Volume I
4 A emancipação feminina aqui referida, diz respeito a mulher branca de classe média.
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Gênero, Direitos Humanos e Políticas Públicas - Volume I
Consumismo emocional
spcbrasil.org.br).
Com o advento das redes sociais, o consumo inconsciente
aumentou significativamente, 64,8% das mulheres afirmam
ter alterado seus hábitos de compra por causa das redes sociais.
O consumo de publicações, dicas e comentários impactou no
comportamento de consumo, fazendo com que as mulheres
passassem a comprar produtos sugeridos pelos algoritmos (SPC
BRASIL; CNDL, 2016).
Dentre os principais motivos para o consumo a partir das
redes sociais, está a busca do padrão estético das propagandas,
53,7% das mulheres entrevistadas consomem roupas e acessórios
para acompanhar as tendências midiáticas e apenas 11,9% das
mulheres brasileiras admitem que o padrão estético exerce muita
influência nos hábitos de compra, uma vez que sempre compram
os produtos ou serviços indicados (SPC BRASIL; CNDL, 2016).
Pode-se observar que os principais fatores para compra
compulsiva, advém de ansiedade, angústia e a busca por um padrão
de beleza propagado nas mídias. Isto é, os descontroles emocionais e
a insatisfação consigo, levam ao consumo exacerbado e inconsciente
de produtos e bens não duráveis.
É possível observar que mulheres brancas e negras, mesmo
que de forma marginalizada, integram o capitalismo e fazem girar a
economia e, atualmente, são consideradas as maiores consumidoras
de produtos e serviços. O capitalismo neoliberal e o consumismo,
mudaram a lógica de consumo e a cultura, a insaciabilidade do
desejo de consumir faz com que as pessoas comprem objetos que
não necessitam. A participação no capitalismo neoliberal e no
mercado de consumo, é como fazer parte de um grupo e uma
forma de socialização dos indivíduos, expressando um conjunto
de valores, símbolos, atitudes, modos de sentir e ser (BORIS;
CESÍDIO, 2007).
Não raras vezes, as mulheres encontram-se em situação
de superendividamento por conta do consumo desenfreado. A
imposição de certos estereótipos de beleza, fazem com que o público
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Conclusão
Referências