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Gustavo Zambenedetti
Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Irati - PR/Brasil
ORCID: 0000-0002-7372-9930
E-mail: gugazam@yahoo.com.br
Resumo
A prevenção às ISTs/HIV deve considerar os diferentes aspectos que podem colocar determinadas populações em situação
de vulnerabilidade. Com base nesta compreensão, esta pesquisa realizou uma revisão bibliográfica acerca da prevenção às
ISTs/HIV entre mulheres lésbicas e bissexuais. As plataformas de busca utilizadas foram a Scielo e a Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS), abrangendo artigos em inglês, português e espanhol, publicados entre 2013 e 2017. Apresentamos os
resultados e discussão sob a forma de linhas de análise. Estas revelam aspectos que atuam na vulnerabilidade do público
estudado, como a percepção acerca da orientação sexual, raça, estigma, despreparo das/os profissionais de saúde e
desconhecimento/conhecimento impreciso com relação a métodos de barreira. Apontamos para a necessidade da criação
de políticas que abordem o tema estudado, considerando sua complexidade e a diversidade de vivências a partir do
atravessamento de diferentes marcadores sociais. Por fim, indicamos sugestões de novos estudos a serem realizados.
necesidad de desarrollar políticas que abordan el emita, of analysis. These reveal aspects of the vulnerability of
considerando su complejidad y diversidad de the studied public, such as the perception of sexual
PSI UNISC, 5(1), 111-126. Santa Cruz do Sul, RS, jan./jun. 2021.
Prevenção às ISTs/HIV entre mulheres lésbicas e bissexuais: uma revisão bibliográfica (2013-2017)
orientation, race, stigma, unpreparedness of health experiences from the crossing of different social
professionals and lack of knowledge/imprecise markers. At the end, we indicate suggestions for new
knowledge of women related to barrier methods. We studies to be carried out on this theme.
point to the need to create policies that address the theme,
considering its complexity and the diversity of Keywords: Prevention; STI; HIV; Lesbian; Bisexual.
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Em “Gênero: a história de um conceito” (2009),
Adriana Piscitelli define o patriarcado como “um
sistema social no qual a diferença sexual serve como
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ISTs/HIV e diversidade sexual e também como forma integrada. Inicialmente, mostramos uma
material a ser utilizado pelos movimentos caracterização dos estudos. Na sequência,
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apresentamos linhas de análise que revelam outra é dos estudos que tomam como foco as
aspectos que atuam na ampliação ou práticas sexuais das mulheres, utilizando os
diminuição da vulnerabilidade do público termos: mulheres que fazem sexo com
estudado, contribuindo para a discussão da mulheres (MSM), mulheres que fazem sexo
prevenção às ISTs/HIV. com homens e mulheres (MSHM), mulheres de
práticas homoeróticas e mulheres de práticas
Resultados e Discussão bissexuais.
Caracterização dos estudos
A segunda categoria é utilizada para
Apesar da amostra do estudo incluir na discussão mulheres que não se
abranger artigos em inglês, português e identificam como não-heterossexuais2 ou
espanhol, apenas quatro artigos foram feitos e qualquer outra orientação sexual, mas que se
publicados na América Latina (Batista & relacionam sexualmente com outras mulheres.
Zambenedetti, 2017; Carvalho et al., 2013; Além disso, também é utilizada para abranger
Mora & Monteiro, 2013; Silberman, Buedo & mulheres das mais diversas orientações sexuais
Burgos, 2016). Também, apenas três artigos da em uma mesma caracterização. Há discussões
SciELO foram selecionados (Mora & quanto ao uso desses termos comportamentais,
Monteiro, 2013; Muranda, Mugo, & Antonites, pois ao não considerarem a orientação sexual,
2014; Palma & Orcasita, 2017), sendo as outras acabam generalizando a categoria e
vinte fontes da BVS. Há um maior número de subalternizando uma série de aspectos
artigos publicados em 2013 e 2014, resultando relacionados a vivências não-heterossexuais
em 6 artigos por ano, enquanto em 2016 e 2017 específicas, que influenciam no contexto de
foram publicados 3 artigos. Há também uma prevenção às ISTs/HIV (como estigma por
predominância de estudos realizados nos conta da orientação sexual).
Estados Unidos e Canadá, de cunho
quantitativo e transversal. A maioria dos Há uma discrepância com relação a
estudos foi realizado com mulheres, orientação, práticas e desejos sexuais nesse
predominantemente jovens ou adultas, sendo grupo de mulheres, demonstrando não serem
que apenas dois artigos abrangeram esferas fixas ou em consonância. No estudo de
adolescentes (Doull et al., 2017; Muzny, Mora e Monteiro (2013), poucas mulheres que
Harbison, Pembleton, & Austin, 2013) e se autodeclararam lésbicas possuíam trajetória
nenhum incluiu mulheres idosas. sexual exclusiva com mulheres, semelhante ao
que Herrick, Kuhns, Kinsky, Johnson e
Garofalo (2013), Lindley, Walsemann e Carter
Orientação sexual x Práticas x Desejos
Jr (2013) e Logie, Navia e Loutfy (2015)
Há uma variância nos termos utilizados encontraram. Nesse contexto, “as experiências
para se referir às mulheres que se relacionam sexuais com homens adquirem diversos
com mulheres dentro desses estudos, sendo significados e nem sempre são associadas à
possível dividi-los em duas categorias. A identidade bissexual” (Mora & Monteiro, 2013,
primeira é dos estudos que focam p. 907).
predominantemente na orientação sexual,
Além disso, constatamos uma fluidez na
utilizando os termos: lésbicas, bissexuais,
orientação, expressão e desejo sexual na
minoria sexual feminina, queer e
trajetória de vida dessas mulheres (Mora &
predominantemente lésbica ou bissexual. E a
Monteiro, 2013). É também por conta desse
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Utilizamos o termo “não-heterossexual” para tentar
abarcar uma experiência não-heteronormativa.
Entretanto, apontamos ser uma limitação conceitual que
deve ser superada, já que coloca a heterossexualidade
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Dental dam é um material de látex em forma de
quadrado usado por dentistas, mas que pode funcionar
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é um aspecto importante nesse contexto, pois as Os métodos mais bem aceitos pelas
alternativas conhecidas e aplicadas por elas são mulheres foram a realização de testes e
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cuidados básicos de higiene (Muzny et al., 77,5% das mulheres que fazem sexo com
2013), sendo que o primeiro foi colocado por mulheres que conhecem métodos preventivos
Doull et al. (2017) como um dos fatores que dizem não os usar por: parceria fixa (39,7%),
fazem com que as mulheres não utilizem incômodo (23,3%) ou porque não conseguem
métodos de barreira. Entretanto, no estudo de (17,8%). Além disso, muitas mulheres
Muranda et al. (2014), participantes lésbicas demonstraram se considerarem mais
relataram se sentirem desconfortáveis em vulneráveis no sexo com homens,
realizar testes para ISTs por conta do principalmente por ligarem transmissão a
imaginário que mulheres lésbicas reais são prática penetrativa (Carvalho et al., 2013; Doull
imunes, sendo um aspecto que influencia na et al., 2017; Muzny et al., 2013).
vulnerabilidade desse grupo. O uso de dental
dams e luvas látex foi considerado por algumas Percepções acerca de mulheres bissexuais e
participantes do estudo de Muzny, Harbison, outras MSHM
Pembleton e Austin (2013) como útil, porém
não viável para uso. Participantes do estudo de Há uma série de percepções construídas
Batista e Zambenedetti (2017) questionaram se acerca de mulheres bissexuais que impactam no
o desconforto em utilizar métodos preventivos contexto preventivo deste grupo e de mulheres
pode ser resultado do apagamento da mulher lésbicas. No imaginário destas, segundo estudo
lésbica e bissexual nas ações de prevenção, realizado em um bairro do Rio de Janeiro, se
sendo necessária a criação de uma cultura relacionar com mulheres de identidade
preventiva, na qual haja possibilidades de bissexual implica em insegurança, relacionada
práticas que relacionam prazer com prevenção. também à transmissão de HIV (Mora &
Afinal, como será possível criar uma relação de Monteiro, 2013). Alguns estudos apontam que
confiança e prazer com métodos de barreira se isso está relacionado com a ideia de que os
não há informações sobre a existência de homens e a prática penetrativa estão ligadas à
mulheres que fazem uso desses materiais? transmissão, e as ISTs são classificadas como
agentes que ‘infiltram’ na comunidade lésbica
Ademais, muitas mulheres relataram (Muranda et al., 2014; Muzny et al., 2013). Isso
que acessaram informações de prevenção em também está relacionado com a ideia de
espaços online da comunidade LGBT, ou em imunidade lésbica e banalização do sexo
suas relações pessoais (Batista & lésbico abordada anteriormente, além do
Zambenedetti, 2017; Muranda et al., 2014; imaginário que orientação sexual e práticas
Silberman et al., 2016). Por se constituir como sexuais são esferas fixas e congruentes.
um espaço de criação de estratégias e
discussões, a disseminação de informações pela Essa percepção de mulheres lésbicas faz
internet pode ser uma alternativa para mais parte do que Leite e Luna (2002) chamam de
mulheres aderirem a métodos preventivos proteção imaginária. Esta é resultado de
(Muranda et al., 2014). Entretanto, é importante justificativas (nem sempre conscientes)
ressaltar que isso abrange apenas um grupo de construídas para a não adesão de métodos
mulheres: as que possuem acesso à internet. preventivos. Mesmo com o estudo não citando
Insere ainda outro desafio, que é o da mulheres lésbicas, esse conceito se atualiza nas
constituição de referências seguras em meio a percepções construídas por essas mulheres. Em
diversidade de informações disponíveis online. parte, a proteção imaginária nesse contexto é
amparada pela ciência, pois esta afirma que
Outra questão que demonstrou permear existe “menor” probabilidade de infecção nas
o não-uso de barreiras por essas mulheres nos relações entre mulheres.
estudos é a confiança na parceria sexual ou
possuir parceria fixa (Carvalho et al., 2013; Relacionar ISTs e HIV com mulheres
Doull et al., 2017; Mora & Monteiro, 2013; bissexuais, reflete em ações e pensamentos
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Silberman et al., 2016). Como exemplo, no preconceituosos com relação à estas (Muzny et
estudo de Silberman et al. (2016), no qual al., 2013), e também acaba influenciando na
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Nation Survey on Drug Use and Health.
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Segundo Baquero (2012), o empoderamento “[...] pode
ser concebido como emergindo de um processo de ação
social no qual os indivíduos tomam posse de suas
próprias vidas pela interação com outros indivíduos,
gerando pensamento crítico em relação à realidade,
favorecendo a construção da capacidade pessoal e social
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O termo utilizado pelo artigo era mulheres usuárias de
drogas injetáveis (UDI). Entretanto, por conta do
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para a consideração do contexto específico de métodos que relacionam sexo, cuidado, prazer
mulheres bissexuais, somente uma pesquisa e prevenção.
possuía como amostra exclusivamente
mulheres de práticas bissexuais. Destacamos A construção de uma consciência
também a importância de estudos que política sobre direitos sexuais por essas
considerem a existência de mulheres lésbicas e mulheres e junto a elas também demonstrou ser
bissexuais transexuais, tirando do foco da um elemento chave na diminuição da
prevenção apenas o caráter genitário. vulnerabilidade às ISTs/HIV. Apontamos, por
fim, a necessidade de romper com o
Indicamos ainda a realização de estudos silenciamento em torno da prevenção entre
com mulheres que se relacionam sexualmente mulheres lésbicas e bissexuais, através do
com mulheres e são soropositivas. desenvolvimento de políticas públicas,
Compreender a especificidade desse contexto programas e intervenções que abordem saúde
pode, além de promover apoio e visibilidade sexual e prevenção de ISTs/HIV entre esse
para esse grupo, investigar possíveis métodos grupo, considerando a complexidade de seus
de barreira. Pesquisas com amostras de contextos e a diversidade de vivências a partir
mulheres lésbicas e bissexuais que se previnem do atravessamento de diferentes marcadores
também pode contribuir com esse objetivo e sociais.
auxiliar no desenvolvimento de abordagens e
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