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Vinicius santos da silva

Prática instrumental 3

História e desenvolvimento do Tímpano

O tímpano tem seu início e desenvolvimento no que era conhecido como


nakers (figura 1), que era um ou dois tambores no formato oval de metal,
geralmente de cobre, com uma pele de cabra esticada por cordas. Esse é o uso
comum da história do instrumento mas para o musicólogo Sashs (2012)

Até onde podemos dizer, o tímpano se originou


de duas formas. O mais antigo pode ser visto em uma
escultura em Taq-i Bustan na Pérsia, esculpido por volta
de 600 a.C. e representando um baterista com um
pequeno tambor oval raso que fica no chão e é tocado
por uma, ou talvez duas baquetas. Ou também, o tas,
instrumento mencionado nos textos Persas da época, já
que esse tambor ainda existe no norte da Índia, chamado
de tãsã (SACHS, 2012, p. 250)

E os Tímpanos também a são associados a outro a outro tipo de cultura que é a


hebraica, que na época era conhecido como toph e são encontradas várias citações
na Bíblia. em sua obra Hashimoto fala um pouco mais sobre isso

Altenburg, em seu tratado de 1795, realiza um


levantamento breve sobre indícios da performance
desses instrumentos em textos da Bíblia, chegando à
conclusão de que tanto homens como mulheres
costumavam tocar os nakers. O pesquisador afirma que
os hebreus tinham uma espécie de tímpanos
denominado de toph, que era usado no tempo de Davi e
Salomão. (HASHIMOTO, 2020, p. 15)

Os tímpanos como outros instrumentos da orquestra sinfônica tiveram seus


tamanhos aumentados e muitas alterações mecânicas incorporadas nos sistemas
de afinação do instrumento, melhorando a performance do instrumentista. Os
sistemas de afinação dos tímpanos possibilitam que as notas sejam trocadas quase
que instantaneamente, atualmente as orquestras possuem geralmente um jogo de
cinco tímpanos possibilitando maiores combinações de notas utilizadas na mesma
passagem. começamos a ver a utilização dos tímpanos no século XX como solista.
Com o aparecimento dos primeiros concertos para Tímpanos
(Sonatina para Dois Tímpanos e Orquestra de Alexandre
Tcherepnin, bem como o Concerto de Werner Tharichen para
Tímpanos e Orquestra, ambos compostos em 1954, e o
Concerto de Robert Parris para Cinco Tímpanos e Orquestra,
estreado em 1958) a ideia do tímpano como um instrumento
solo independente tornou-se mais que uma realidade
(LANDRY, 2012, p.17-18)

Após o desenvolvimento mecânico dos tímpanos foi o que tornou possível a grande
exploração dos timbres e técnicas do instrumento, a partir daí que veio o ápice de
seu desenvolvimento sendo usado como solista nas orquestras sinfônicas.

REFERÊNCIAS

ROSAURO, Ney. História dos instrumentos de Percussão.1992. Disponível em:


http://neyrosauro.com/wp-content/uploads/2016/04/Historia-da-Percussao.-PDF.pdf.
Acesso em: 18 dez. 2018.

HASHIMOTO, Fernando.Técnicas estendidas em obras brasileiras para tímpanos


solo: inovação e soluções técnico-instrumentais. Ímpar, v. 1, n. 2, p. 63-70, 2017.

TRALDIE, cesar. exploração tímbrica em composições para Tímpano solo.


Ouvirouver, Uberlândia, v. 13, n. 01, p. 190-201, jan.-jun 2017

HASHIMOTO, Fernando. os tímpanos no repertório bresileiro solo e orquestral.


disponível em:
https://www.letracapital.com.br/wp-content/uploads/2020/06/Miolo_Os-timpanos-no-r
epertorio-brasileiro-solo-e-orquestral_pdf.

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