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Os Instrumentos Musicais da

Grécia Antiga

TRABALHO DA DISCIPLINA DE HCA

Rafaela Moreira | 8ºGrau | 19Novembro2022


Índice:

1.Contextualização…………………………pág.2

2.A família do AULOS


2.1 O aulo…………………………………pág.3
2.2 A flauta………………………………..pág.4
2.3 A trombeta……………………………pág.4

3. A família da Lira
3.1 A cítara e a fórminx………………….pág.5

4.O epigoniom………………………………pág.6

5. Crotalos,tímpanos e outros…………….pág.7

1.Contextualização:

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A Grécia Antiga foi um nome/termo dado a um grupo de pessoas que se
constituiu no litoral da Ásia Menor e nas ilhas do Mar Egeu.

A voz humana foi o primeiro instrumento musical , seguindo se de uma


espécie de flauta criada a partir de um osso, descoberto na ilha Creta.

No início da Idade do Bronze (período do desenvolvimento das ferramentas e


objetos) existia o aulo e a harpa, retirada esta informação a partir das
estatuetas que apresentavam músicos, por exemplo nas Cíclades.
Na Grécia Continental, a representação mais antiga de instrumentos musicais
era uma lira, presente no “afresco do tocador de lira” , encontrado num
palácio.
Para os antigos gregos o uso de instrumentos era essencial para todos os
cultos religiosos e comemorações cívicas.
Os principais instrumentos musicais gregos podem ser agrupados em duas
grandes famílias: a do aulo(instrumento de sopro), e a da lira,(instrumento de
cordas).
O seu aparecimento na história grega pode ser observada a partir da
cerâmica,
contendo assim um em cada dez vasos uma pintura de um instrumento
musical.

Outros instrumentos, como a harpa, os tamborins e os címbalos, tiveram


presença menos marcante na cultura grega.

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2.A família do AULO

2.1 O AULO

O aulo (gr. αὑλός) apareceu na Grécia Continental devido ao intercambio


cultural entre os povos que atravessavam o mar Egeu, era composto por dois
tubos de madeira, caniço ou osso, abertos nas extremidades e dotados de
orifícios e palhetas.

As vibrações das palhetas, produzidas durante a passagem do ar, eram


transmitidas para os tubos e aumentadas.

O instrumento com uma sonoridade mais próxima ao do aulo é o oboé, sendo


mais notório no seu registo grave. Segundo Platão (-429/-347), ele é “o
instrumento que consegue transmitir vários sons” (República,399d).

O aulo era utilizado em eventos relacionados com p culto de Dioniso


(festivais, espetáculos teatrais,...), em cerimónias e no acompanhamento de
danças em geral, juntamente com outros instrumentos. A partir do
século VI passou a ser cada vez mais tocado a solo, existindo composições
específicas para aulo faziam parte do concurso musical dos Jogos Píticos,
celebrados em Delfos, e das Panateneias, celebradas em Atenas.

Inúmeras pinturas de vasos mostram sua popularidade durante os


séculos VI e -V.

Os gregos atribuíram a construção do instrumento á deusa Athena( deusa da


Sabedoria, das Arte,etc).

2.2 A FLAUTA

A flauta ou siringe (gr. σῦριγξ), também conhecida por “flauta de Pã”,


composta por sete caniços de tamanho desigual, fechados em uma das
extremidades e unidos com cera. 

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Tocava-se percorrendo a extremidade dos tubos pela boca e soprando
continuamente, obtendo-se um som agudo porém suave.
Para os gregos, era apenas um instrumento usado pelos pastores.

2.3 A TROMBETA

A trombeta ou o salpinge (gr. σάλπιγξ) era um tubo reto e longo, com bocal


feito a partir de um osso.
Não tinha qualquer papel artístico e era apenas utilizado para manobras
militares e em certas cerimónias religiosas.
Uma variante da trombeta, o “chifre” (gr. κέρας), assim chamado devido ao
corpo recurvado como o chifre de certos animais, tornou-se popular entre os
romanos com o nome de cornu.

3. A família da Lira

A lira, segundo a lenda, foi inventada por Hermes e foi criada por volta
do Período Micénico.

Outros instrumentos da família eram a cítara, o bárbitos e a fórminx.


A cítara, também muito antiga, já aparece em um vaso hitita do século XIV.

Estes instrumentos eram constituídos, basicamente, por uma caixa de


ressonancia, dois braços e cordas cujo número variava, habitualmente, de
seis a oito.

A caixa de ressonância, o elemento mais característico da antiga lira


grega (gr. λύρα), era uma casca de tartaruga vazia fechada por uma pele
distendida
posteriormente, a casca de tartaruga foi substituída por caixas de madeira
com a mesma forma arredondada original.

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Os braços, fixados na caixa e levemente encurvados, uniam-se a uma certa
distância da caixa por meio de um bastão transversal de madeira,
o jugo (gr. ζυγόν);
Dizia-se que esses braços eram chifres de cabra.
As cordas, feitas geralmente de tendões de boi ou de carneiro, saíam do
bastão e eram fixadas na caixa de ressonância através de orifícios
perfurados, depois de passarem por uma parte de madeira transversal,
o cavalete.
Os braços de certas liras, finos e recurvados, prendiam-se paralelamente
ao jugo através de duas peças de madeira, e não perpendicularmente; essa
variedade era chamada de bárbitos (gr. βάρβιτος), ou bárbiton.

3.1 A CÍTARA E A FÓRMINX

A cítara (gr. χιθάρα) é uma caixa de ressonância com braços ocos, presos à


base da caixa, eram constituídos pela própria armação de madeira, o que lhe
possibilitava maior tamanho e, consequentemente, maior sonoridade.
O jugo, largo e pesado, e a parte final dos braços eram em geral ricamente
decorados.

A fórminx (gr. φόρμιγξ) era uma cítara mais simples e mais leve, em forma


crescente; a sua sonoridade era menor que a da cítara. Nos poemas
homéricos, a fórminx e a cítara eram frequentemente confundidos.
Todos os instrumentos de corda eram tocados de forma semelhante.
O músico colocava o instrumento á frente do seu peito, apoiado por uma
corda a tiracolo. A mão esquerda nas cordas, pinçando-as ou imobilizando-
as;

A mão direita a segurar um plectro (gr. πλῆκτρον, lat. plectrum), com o qual


eram produzidas as vibrações nas cordas.

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O plectro era um pequeno pedaço de madeira dura, achatado, em forma de
folha, coração ou martelo, e muito maior que as palhetas usadas hoje em dia
pelos violonistas.
Utilizava-se a lira para o acompanhamento de canções e danças, e também
em procissões e festivais religiosos. O bárbitos, estão associados
principalmente aos poetas líricos arcaicos como Alceu, Safo e Anacreonte,
acompanhava frequentemente as canções, tanto em simpósios como em
festivais;
A cítara era usada principalmente em festivais religiosos e em tragédias,
acompanhando os corais.
Durante o Período Clássico, havia competições para instrumentistas de
cítara; dois nomes importantes foram: Filoxeno de Citera (-436/-380) e
Timóteo de Mileto (-450/-360).

4. O epigoniom

O epigonion (gr. ἐπιγόνειον) era uma espécie de harpa de origem egípcia, foi


introduzida na Grécia pelo músico Epígono de Ambrácia (fl. sæc. -VI).
O nome do instrumento deriva do fato de ser tocado sobre os joelhos.
Segundo Ateneu (4.81), o epigonion foi inventado pelo próprio Epígono, mas
há evidências arqueológicas de que o instrumento foi introduzido no Mar
Egeu muito antes [Ilum. 0254].
O instrumento tem uma simples estrutura alongada, com cordas, dedilhadas
diretamente pelo músico, sem o plectro; o número de cordas poderia chegar a
40.
O epigonion teve um sucessor relativamente popular no final da Idade Média,
o saltério (lat. psalterium), e uma versão pequena e portátil na Grécia
moderna, designada por  kanonaki.

5. Crótalos, tímpanos e outros

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Além dos instrumentos das famílias do aulo e da lira, os mais populares, os
gregos recorreram também a muitos outros dispositivos sonoros em rituais e
outras ocasiões.
O crótalo (gr. κρόταλον, lat. crotalum) era uma espécie de castanhola de
madeira, usualmente um caniço ou junco cortado em duas metades
(Σ Ar. Nu. 260), que produzia um som/ruído.
Posteriormente, de acordo com o erudito bizantino Eustácio
(c. 1115/1196), eram feitos de metal.
O tímpano (gr. τύμπανον), espécie de tambor pequeno e estreito levado em
uma das mãos e percutido com a outra mão ou com um bastão, é certamente
um dos ancestrais dos tamborins e pandeiros modernos.
O aro era de madeira e a superfície, de pele de animal (vaca, burro).
O sistro (gr. σεῖστρον), um antigo instrumento de percussão semelhante a um
grande chocalho, era utilizado pelos povos da Ásia Menor, pelos egípcios e
pelos cretenses da Idade do Bronze [Ilum. 0241b], é utilizado ainda hoje.
De madeira, de bronze e até mesmo de argila, tinha forma de U e era
atravessado por pequenas hastes horizontais com peças metálicas, que
transmitia som quando era agitado.
Possivelmente trata-se do mesmo instrumento descoberto pelos arqueológos,
um antigo instrumento de percussão semelhante a um grande chocalho,
presente já na antiga cultura sumeriana e no antigo Egito, utilizado também
até hoje. Havia também pequenos chocalhos, presentes em cenas de vasos
do Geométrico Antigo.Tanto o crótalo quanto o tímpano eram utilizados em
danças

e associados a rituais dionisíacos e ao culto de Cibele do Período Arcaico em


diante; o sistro de origem oriental, no culto de Ísis durante o Período Greco-
Romano.

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Bibliografia utilizada:

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“A música é celeste, de natureza divina e de tal beleza
que encanta a alma e a eleva acima da sua condição”

Aristóteles

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