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Proposta de ensino da Música no Creas

Utilizaremos a música como forma terapêutica, com o abjetivo de auxiliar no tratamento já realizado
com o grupo de forma abrangente. Introduzindo o aprendizado do instrumento escolhido (violão),
cantando, entre outras formas de musicalização que possa beneficiar o grupo,
onde o objetivo não é apenas aprender a cantar ou tocar o instrumento, mas saber reconhecer os
sons de cada um e ter a possibilidade de expressar suas emoções através destes sons.

Com o público de crianças e adolescentes, buscaremos formas improvisadas para ajudar no


desenvolvimento, e para cada pessoa, tentaremos nos adequar a sua realidade para melhor ajudar
no tratamento.

Benefícios da música
A música age diretamente na região do cérebro que é responsável pelas emoções, gerando
motivação e afetividade, além de aumentar a produção de endorfina, que uma é substância
naturalmente produzida pelo corpo, que gera sensação de prazer. Isso acontece porque o cérebro
responde de forma natural quando ouve uma canção, e mais do que lembranças, a música quando
usada como forma de tratamento pode garantir uma vida mais saudável.

Além disso, a música estimula diferentes áreas do cérebro responsáveis memória, movimentos,
linguagem, tomadas de decisão e recompensa, e influencia na transmissão de sinais químicos e
impulsos elétricos no cérebro e no corpo.

Benefícios:

Melhora o humor;
Aumenta a disposição;
Reduz a ansiedade, o stress e a depressão;
Reduz o isolamento social;
Melhora a expressão corporal;
Melhora a capacidade de comunicação;
Ajuda a lidar com o estresse;
Ajuda a desenvolver e aprender formas de regular
Aumenta o relaxamento;
Melhora a memória e o raciocínio;
Melhora a percepção auditiva e espacial;
Estimula os movimentos corporais;
Ajuda a recuperar de traumas;
Ajuda a tolerar o tratamento contra o câncer;
Ajuda a suportar dores crônicas;
Fornece uma maior sensação de controle;
Melhora a qualidade de vidas emoções;
Aumenta a capacidade respiratória;
Estimula a coordenação motora;
Controla a pressão arterial
Sobre o violão
História do violão

Até os dias atuais a origem do Violão não é muito clara. Sua história começa há cerca de 2.000 anos
a.C. No Brasil ele foi introduzido pelos portugueses durante a colonização do país, embora sofria
conflitos por ser chamado as vezes de violão ou de viola. Curioso dizer que antigamente esse
instrumento ganhou o apelido de “instrumento marginal” ou “coisa de vagabundo” pois era muito
utilizado por boêmios e seresteiros, mas apenas fatos que ficaram na história.
Na antiga Babilônia, arqueologistas encontraram placas de barro com figuras seminuas tocando
instrumentos musicais, muitos deles similares ao violão atual (1900-18000. O violão seria derivado
da chamada Khetara grega, que com o domínio do Império Romano, passou a se chamar Cítara
romana. Era também denominada de Fidícula.
Teria chegado à península Ibérica por volta do século I d.C. com os romanos; este instrumento se
assemelhava à Lira e, posteriormente foram acontecendo as seguintes transformações: os seus
braços dispostos na forma da lira, foram se unindo, formando uma caixa de ressonância, à qual foi
acrescentada um braço de três cravelhas e três cordas.
A esse braço foram feitas divisões transversais (trastes), para que se pudesse obter várias notas de
uma mesma corda, a ser tocado na posição horizontal. Assim, ficam estabelecidas as principais
características do Violão.
A segunda hipótese para a origem do violão seria derivado do antigo Alaúde Árabe que foi levado
para a península Ibérica através das invasões muçulmanas, sob o comando de Tariz, por volta dos
anos 711 – 718.
O Alaúde Árabe que penetrou na península na época das invasões, foi um instrumento que se
adaptou perfeitamente às atividades culturais da época e, em pouco tempo, fazia parte
dasatividades da corte.
Esse instrumento musical era conhecido desde o século VIII, tanto o de origem grega, como o Alaúde
Árabe, e viveram mutuamente na Espanha.
Isso se pode comprovar pelas descrições feitas no século XIII, por Afonso, o sábio, rei de Castela, e
Leão (1221-1284), que era um trovador e escreveu célebres cantigas através das ilustrações
descritas nas cantigas de Santa Maria. E assim pôde-se comprovar que no século XIII existiram dois
instrumentos distintos, convivendo juntos.
O primeiro era chamado de Guitarra Mourisca e era derivado do Alaúde Árabe. Este instrumento
possuía três pares de cordas e era tocado com um plectro (espécie de palheta); possuía um som
ruidoso.
O outro era chamado de Guitarra Latina, derivado da Khetara Grega. Ele tinha o formato de oito,
com incrustações laterais, o fundo era plano e possuía quatro pares de cordas. Era tocado com os
dedos e seu som era suave, sendo que o primeiro estava nas mãos de um instrumentista árabe e o
segundo, de um instrumentista romano.
Isso mostra claramente as origens bem distintas dos instrumentos, uma árabe e a outra grega; que
coexistiram nessa época na Espanha.
Anatomia do instrumento

 Corpo
É o local onde está a boca, o rastilho e o cavalete. Em violões elétricos, também são encontradas
outras partes neste local, como a saída, os botões de ajuste, etc.
 Boca
É o "buraco" que está no meio do corpo do violão. É por este local que o som se propaga.
 Rastilho
É a parte do violão que prende uma da extremidades das cordas. É importante que esteja na altura
certa.
 Cavalete
O cavalete mantém o rastilho na altura correta.
 Braço
É composto basicamente pela mão, tarraxas, trastes, casas e pestana.
 Mão
É a extremidade do braço. Neste local estão as tarraxas e uma das extremidades das cordas.
 Tarraxas
São as peças localizadas na mão que servem para afinar as cordas. Elas são seis, sendo uma para
cada corda. Conforme você girá-las, a corda ficará mais apertada, o que mudará o seu som. São
indispensáveis para que seu instrumento fique bem afinado antes de tocar.
 Trastes
São as barrinhas de metal que se localizam em toda a escala. Elas separam as casas e é muito
importante que elas estejam bem colocadas para uma boa afinação da guitarra. Com o tempo você
pode trocá-las, caso fiquem desgastadas, fora do local certo, etc.
 Casas
As casas são os espaços localizados entre os trastes, que são pressionadas durante toda a música. A
variação do local que for pressionado, fará mudar o som, variando os acordes. São nelas que estão
localizadas as notas musicais.
 Pestana
Esta peça não está exatamente na escala, mas sim no local de separação entre a mão e a contiuação
do braço. Nela ficam apoiadas as cordas, e ela pode ser "substituída" com o uso dos dedos ou de
instrumentos apropriados para tal.
A disposição das notas das cordas soltas no violão são indicadas no pentagrama a seguir. Lembrando
que a primeira corda é a que tem o som mais agudo, ou maior frequência em Hertz, ou ainda pra
deixar mais claro, é a primeira de baixo para cima.

Dedilhação

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