Você está na página 1de 13

Disciplina: Eletiva “Musicalidade

em Cena: Canta Comigo!”

Prof. Fernanda Novaes


Centro de Ensino Deputado Luiz Rocha
O que é música?
• A pergunta “o que é música” tem sido alvo de discussão há décadas;

• Alguns autores defendem que música é a combinação de sons e


silêncios de uma maneira organizada. Vamos explicar com um exemplo:
Um ruído de rádio emite sons, mas não de uma forma organizada, por
isso não é classificado como música. Essa definição parece simples e
completa, mas definir música não é algo tão óbvio assim. Podemos
classificar um alarme de carro como música? Ele emite sons e silêncios
de uma maneira organizada, mas garanto que a maioria das pessoas não
chamaria esse som de música.
O que é música?
A técnica da música consiste em arranjar sons em uma sucessão, intercalados com
períodos de silêncio, por um determinado período.
Entendida desta forma, a música é uma linguagem, uma forma de comunicação. É
uma linguagem tão real quanto aquela que usamos para conversar, mas que vai além.

Victor Hugo, grande dramaturgo, retratou a definição de música da seguinte


forma:

“A música expressa o que não pode ser dito em palavras mas não pode
permanecer em silêncio”.

A música tem um poder de comunicação.


Então, o que é música afinal?
• De uma maneira mais didática e abrangente, a música é
 

composta por melodia, harmonia e ritmo.

Melodia
• Melodia é a voz principal do som, é aquilo que pode ser
cantado.
Harmonia
• É uma sobreposição de notas que servem de base para a melodia.
• Por exemplo, uma pessoa tocando violão e cantando está fazendo harmonia com
os acordes no violão e melodia com a voz.

• Obs: Vale a pena destacar que a melodia não necessariamente é composta por
uma única voz; é possível também que ela tenha duas ou mais vozes, apesar de
ser menos frequente essa situação. Para diferenciar melodia de harmonia nesse
caso, podemos fazer uma comparação com um navio no oceano. O navio
representa a harmonia e as pessoas dentro do navio representam a melodia.
Tanto o navio quanto as pessoas estão se mexendo, e as pessoas se mexem
dentro do navio enquanto ele trafega pelo oceano. Repare que o navio serve de
base, suporte, para as pessoas. Elas têm liberdade para se movimentar apenas
dentro do navio. Se uma pessoa pular para fora do navio, será desastroso. Com
melodia e harmonia, é a mesma coisa.
Ritmo
Ritmo é a marcação do tempo de uma música. Assim como o relógio marca
as horas, o ritmo nos diz como acompanhar a música.
Cada um desses três assuntos precisa ser tratado à parte. Um conhecimento
aprofundado permite uma manipulação ilimitada de todos os recursos que a
música fornece, e é isso o que faz os “sons e silêncios” ficarem tão
interessantes para nosso ouvido.
Uma breve história da música
A música é indissociável da cultura. Desde que o homem é
homem, tem havido registros de música. Naturalmente, o ser
humano observou os sons da natureza e percebeu que poderia
reproduzi-los.

Para entender a história da música, é necessário voltar aos tempos


pré-históricos, passar pela antiguidade, pelos períodos medievais e
modernos, e finalmente aos dias atuais.
De onde veio a música?
• Não é fácil identificar quando a música começou, quem foi o
primeiro a cantar, ou o primeiro instrumento criado. A melhor
suposição é dizer que a música existe como uma linguagem desde
que o próprio homem surgiu.

Música na pré-história
• Os primeiros homens ouviam o som das ondas, o canto dos
pássaros, os sons que outros animais faziam para se comunicar, os
trovões, os uivos do vento e os próprios batimentos do coração.
• Perceberam também que podiam produzir sons, por exemplo,
batendo as palmas das mãos, os pés no chão e com sua própria voz.
• Há registros de uma flauta feita de osso datada de 60.000 a.C.
• Imitar os sons da natureza para afastar inimigos, entoar a
voz para a cura de um guerreiro machucado e convidar
para um acasalamento foram algumas das primeiras
funções das entoações tonais e movimentos corporais;

• Com o tempo, as sonoridades dos povos se desenvolveram em


ritmos complexos junto da fala, bastante ligadas aos gestos de
dança e rituais e atualmente podemos apresentá-las em celebrações
religiosas, confrontos esportivos e entre outros.
A música no Egito

No Antigo Egito, por volta de 3.000 a.C., havia instrumentos variados como o
tambor, a harpa e a flauta.
A música era um importante elemento religioso. Os antigos
egípcios acreditavam que o deus Thoth era o criador da música, e que Osíris a
tinha usado para civilizar o mundo. Na vida das comunidades, a música estava
relacionada à comunicação, aos ritos sagrados e à dança.
A música na Mesopotâmia
• A região da Mesopotâmia estava localizada entre os rios Tigre e Eufrates. Ali viveram
sumérios, assírios e babilônios.

• Nessa região foram encontradas liras e harpas em 3.000 a.C. Harpas sumérias que
tinham entre 3 e 20 cordas foram descobertas em escavações. Alguns objetos
encontrados tinham mais de 5 mil anos.

• E o mais impressionante foi o registro na mais antiga linguagem escrita do mundo: a


escrita cuneiforme. Nele havia registros de músicos, geralmente dentro dos palácios
ao lado dos monarcas.
A música nos séculos XX e XXI
• O rádio possibilitou uma grande transformação na
música. Com isso, surgiram novas tecnologias e suportes para
as gravações e para a difusão musical. Os artistas começaram
a se popularizar rapidamente, o que também deu impulso à
indústria musical.
• A televisão permitiu clipes, e as apresentações performáticas
foram difundidas. Nos últimos dois séculos o ritmo tomou o
lugar de primazia da melodia e da harmonia, e a música
começou a mover mais o corpo através da sensualidade do
que com a alma através da inteligência.
Obrigada pela atenção!!

Você também pode gostar