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Trompa

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Trompa

A trompa é um instrumento de sopro da família dos metais. Muito antigo (os antigos egípcios já o
conheciam), passou aos hebreus, aos gregos e aos romanos, é muito importante na orquestra sinfônica
moderna. Consiste num tubo metálico de 3,7 metros de comprimento, ligeiramente cônico, com um bocal
numa das extremidades e uma campânula (ou pavilhão) na outra, enrolado várias vezes sobre si mesmo
como uma mangueira, e munido de três ou quatro chaves, de acordo com o modelo. O trompista aciona
as chaves com a mão esquerda, e com a mão direita dentro do pavilhão ajuda a controlar o fluxo de ar
dentro do instrumento, e é pela ação conjunta das chaves, da mão direita no interior da campânula, e do
sopro (e, às vezes, sucção) do trompista que as notas são produzidas em diferentes alturas e timbres. É
um instrumento dificílimo de tocar: o trompista não só tem que ter um ouvido afinadíssimo e saber solfejar
com precisão, como também tem que ter uma coordenação motora perfeita para controlar os músculos da
mão direita e a própria respiração.

O timbre da trompa é o mais rico em harmônicos, assemelhando-se muito à voz humana. A mão dentro da
campana permite uma enorme variedade de timbres.

Trompas aparecem nas 10 últimas sinfonias de Haydn e Mozart, em todas as 9 de Beethoven, nas 4 de
Schumann, nas 4 de Brahms, nas 6 de Tchaikovsky, nas 9 completas de Mahler. A partitura da Segunda
Sinfonia de Mahler exige dez trompas.

História

A história da trompa começa há milhares de anos, quando o homem aprendeu a usar chifres de animais
como instrumento. Quando se passou a forjar metais, o instrumento deixou de ser feito de chifre,
passando ao metal. O tubo ganhou extensão, ficando enrolado para ser mais compacto.

Na idade média, a trompa de caça (corno di caccia) era usada pelos caçadores como uma forma de
comunicação e sinalização dentro florestas. O instrumento não passava de um tubo metálico enrolado,
com um pavilhão numa extremidade e o bocal na outra. Mais tarde, descobriu-se por acaso que, ao por a
mão obstruindo parcialmente a campana, todos os sons baixavam de meio tom, ampliando a gama de
sons possíveis a trompa na época (que por não possuir chaves ou pistos, tinha os sons limitados à série
harmônica de sua fundamental.

Bach e Handel incluíram corni di caccia nas partituras dos seus concertos.

No século XIX o engenheiro alemão chamado Stoetzel teve a idéia de adicionar válvulas que modificavam
o caminho percorrido pelo ar dentro do instrumento, alterando a nota emitida. Essa mudança demorou a
ser acatada pelos compositores, que preferiam a trompa de caça, de som mais puro. A trompa moderna é
capaz tocar todas as notas da escala cromática dentro de sua extensão.

Instrumentos da familia da trompa têm sido encontrados por arqueólogos. Os judeus ainda hoje usam o
shofar, um chifre de carneiro oco e com um orifício a servir de bocal, que eles usam nas ocasiões solenes,
como para anunciar o Yom Kippur ou o Rosh Hashana (ano novo judaico), e cujo som tem um significado
religioso para os hebreus. As palavras que traduzem "trompa" em outras línguas, como corno (em italiano
e espanhol), cor (em francês), horn (em inglês e alemão), hoorn (em holandês), significam "chifre" nas
respectivas línguas.

Trompistas famosos

 Ignaz Leutgeb
 Roberto Minczuk

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