Você está na página 1de 39

Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Definição e componentes
Definição Conjunto de órgãos mecânicos
que regulam a entrada e saída
de gases no cilindro

(Atua sobre a abertura e fecho


das válvulas)

Componentes Hastes ou varetas


Balanceiros
Touches
Arvore de cames (veio de excêntricos ou veio de ressaltos)
Válvulas
Molas
Correia, corrente ou engrenagens
Esticadores
Veio de balanceiros
Guias de válvulas
Sede de válvulas ISEC – Máquinas Alternativas

1
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Influência dos ângulos de distribuição

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Influência dos ângulos de distribuição

Ângulos de distribuição pequenos favorecem o bom enchimento dos cilindros a

baixas rotações, e prejudica o bom enchimento a altas rotações.

Consequentemente beneficiam o binário e a potência a baixas rotações

prejudicando os valores destes a altas rotações.

Ângulos de distribuição grandes têm o efeito contrário (prejudicam o enchimento

do cilindro a baixas rotações e beneficiam o enchimento a altas rotações)

ISEC – Máquinas Alternativas

2
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Tipos de distribuição

a) Árvore de cames lateral com válvulas no bloco


1) Árvore de cames lateral com válvulas à cabeça
2) Árvore de cames à cabeça com balanceiros e válvulas de admissão e escape alinhadas
3) Árvore de cames à cabeça sem balanceiros e válvulas de admissão e escape alinhadas
4) Árvore de cames à cabeça com balanceiros e válvulas de admissão e escape em V
5) 2 árvores de cames à cabeça

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Comparação dos diversos sistemas
• Árvore de cames lateral com válvulas no bloco
Vantagens - barato, fácil construção da cabeça, poucas peças
Desvantagens – câmara de combustão muito mal desenhada

• Árvore de cames no bloco com válvulas à cabeça


Vantagens – barata, câmara de combustão melhor que a solução anterior
Desvantagens – pouca precisão (hastes sujeitas à encurvadura), muitas peças
móveis que provocam vibrações e consequentes baixas de
rendimento mecânico, rendimento da câmara de combustão ainda
deficiente

• Árvore de cames à cabeça, com balanceiros e válvulas de admissão e escape alinhadas


Vantagens – menos peças em movimento que possam provocar vibrações, maior
precisão
Desvantagens – mais cara que a solução anterior e ainda não é possível projetar
convenientemente a câmara de combustão ISEC – Máquinas Alternativas

3
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Comparação dos diversos sistemas

• Árvore de cames à cabeça, sem balanceiros, mas com as válvulas de admissão e escape
alinhadas
Vantagens - ausência de balanceiros (menos vibrações e precisão de movimento)
Desvantagens – não permite um bom desenho de câmara de combustão, e maior
dificuldade de afinação de válvulas (ferramentas e peças especiais)

• Árvore de cames à cabeça, com balanceiros, mas com as válvulas de admissão


desalinhadas das de escape (em V)
Vantagens – possibilidade de desenhar uma câmara de combustão hemisférica e
cross flow; facilidade de afinação de válvulas
Desvantagens – a existência de balanceiros com os problemas já enumerados

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Comparação dos diversos sistemas

•Duas árvores de cames à cabeça


Vantagens - poucas peças com movimento que provoquem vibrações,
possibilidade de desenho de câmara de combustão hemisférica e
liberdade de projeto do ângulo entre as válvulas de admissão e
escape, divisão do esforço de torção por dois veios
Desvantagens - preço (cabeça e 2 AC) e afinação de válvulas mais difícil se não
tiver touches hidráulicas (ferramentas e pastilhas)

ISEC – Máquinas Alternativas

4
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Tipos de sistemas

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Tipos de sistemas

Exemplos

Esquema de funcionamento de um sistema com actuação da válvula


por balanceiros

ISEC – Máquinas Alternativas

5
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Tipos de sistemas

Algumas Siglas:

OHV - overhead valve

OHC – overhead camshaft

DOHC – double overhead


camshaft

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Tipos de sistemas

Com e Sem
Balanceiro

ISEC – Máquinas Alternativas

6
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Árvore de cames
• Peça em aço vazado ou forjado, posteriormente maquinada, cujas cames

promovem a abertura e fecho das válvulas. O seu perfil determina o diagrama de

distribuição.

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Árvore de cames

ISEC – Máquinas Alternativas

7
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Árvore de cames (localização)

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Árvore de cames

ISEC – Máquinas Alternativas

8
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Impulsores

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Varetas e balanceiros
• Varetas- No caso de árvore de cames lateral transmitem o movimento entre a

touche e o balanceiro.

• Balanceiro- Inverte o movimento transmitido pela came, se necessário.

ISEC – Máquinas Alternativas

9
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Balanceiros

Veio de balanceiros
• Órgão sobre o qual estão montados os balanceiros

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Hastes dos balanceiros

ISEC – Máquinas Alternativas

10
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Touches
• Peças em aço que fazem de interface entre a came e a válvula, entre a came e a

vareta ou entre o balanceiro e a válvula.

• Pode não existir como peça isolada.

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Touche hidráulica

ISEC – Máquinas Alternativas

11
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Válvula, guia , molas, pratos e freios

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Válvulas
São constituídas por uma cabeça em forma de disco fixa a uma haste cilíndrica. A

haste desliza dentro da guia. A guia é construída num metal que provoca pouca

fricção (ferro fundido ou bronze). O topo da válvula está em contacto com o

balanceiro ou com a touche.

ISEC – Máquinas Alternativas

12
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Válvulas

• Se o número de válvulas de um cilindro for par, as válvulas de escape são sempre

mais pequenas que as válvulas de admissão.

• As razões são o maior diferencial de pressões entre o interior do cilindro e a

pressão atmosférica, na fase de escape do que na fase de admissão, e a maior

necessidade de arrefecimento que tem a válvula de escape.

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Válvulas (folga)

Distância entre o topo da válvula e a extremidade do balanceiro ou entre a touche

e a parte mais baixa da árvore de cames.

Necessidade da sua existência – impedir que quando a haste da válvula dilata

devido ao aquecimento, esta atinja o balanceiro ou a touche atinjindo a parte

mais baixa da árvore de cames, impedindo o completo fecho da válvula.

Em princípio a folga de válvula de escape é maior que a de admissão.

As folgas são diferentes com o motor frio ou com o motor na temperatura normal

de funcionamento.

ISEC – Máquinas Alternativas

13
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Válvulas (afinação da folga)

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Válvulas (afinação da folga)

ISEC – Máquinas Alternativas

14
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Válvulas (folga)
Touches hidráulicas - não necessitam de afinação de folga de válvulas

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Molas de válvulas

. As válvulas têm abertura por pressão mecânica (que faz comprimir a mola) e
fecho por extensão da mola.

(exceto nas distribuições desmodrómicas e pneumáticas)

. As molas asseguram que a válvula regressa à sua posição quando deixa de haver
pressão mecânica a forçar a sua abertura.

. Podem ser simples ou duplas.

. Em alguns motores (distribuições pneumáticas) o fecho da válvula é conseguido


por pressão de azoto.

Utilização de
molas duplas

ISEC – Máquinas Alternativas

15
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Sede de válvula

Peça amovível, fabricada em aço colocada na cabeça por diferença de temperatura.


É a peça onde a cabeça da válvula vai fazer a vedação entre o cilindro e exterior.

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Sede de válvula

Sedes e Ângulos
de Assentamento

ISEC – Máquinas Alternativas

16
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Fluxo através da válvula

Fluxo mássico através da válvula:


1 Pv
Ponto crítico   2  1  2

do escoamento  2   Pv    Pv   
m a  c f  o Av co        
Pcil
  1   Po   Po  
na conduta

  
m , Po ,  o
Po = Pressão de estagnação na conduta
Pv = Pressão estática na válvula (ou pressão no cilindro)
o = Densidade do ar na conduta
co = Velocidade do som na conduta
Av = Área da válvula
cf = Coeficiente de fluxo

Escoamento Fluxo de ar depende apenas das condições a


sónico: ~
( P0 / Pcil > montante da válvula:  1
1,9)
m a cr  c f  o Av co  2  2 ( 1)

  1
ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Fluxo através da válvula

Efeitos Quasi –
Estáticos Áreas mínimas:
Curso mín.: Av = A1= dl (Área de cortina)
Curso máx.: Av= A2= d2/4 (Área da cabeça)
A1 Pcil
A2
d

m

Área efectiva da válvula (A f )


Coeficiente de fluxo (c f ) 
Área da cabeça (A v 2 )

Área efectiva da válvula (A f )


Coeficiente de descarga (c d ) 
Área de cortina (A v1 )

ISEC – Máquinas Alternativas

17
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Prato e freios

Prato- peça em aço estampado que vai pressionar a parte de cima da mola da
válvula.

Freios (quando existem)- são meias luas cónicas com um ressalto interior que vão
fixar a válvula ao prato. Podem ser substituídos por um sistema de porca e contra-
porca.

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Acionamento

• Fazem a transmissão do movimento entre a cambota e a árvore ou árvores de

cames assegurando que o número de rotações da árvore de cames seja sempre

metade do número de rotações da cambota. Consequentemente o número de

dentes ou o diâmetro do carreto da cambota é metade do da árvore de cames.

• O que se tem de garantir é que enquanto a cambota faz duas rotações, a(s)

árvore(s) de cames só faz(em) uma rotação.

ISEC – Máquinas Alternativas

18
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Acionamento por Engrenagens

Funcionamento Suave
(p.ex. dentados
helicoidais em resina
sintética)

Utilização de dentado intermédio


(Não pode alterar a relação de
transmissão)

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Accionamento por Correntes

ISEC – Máquinas Alternativas

19
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Acionamento por correntes

Tensores

Sistema Hidráulico
Sistema Mecânico
ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Acionamento por correntes

ISEC – Máquinas Alternativas

20
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Acionamento por correntes (duas árvores de cames à cabeça)

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Acionamento por correias

• Os esticadores servem para tencionar a correia ou a corrente para promover o

contacto entre órgão comandante e comandado. Neste caso a correia e os carretos

são os órgãos que transmitem o movimento entre a cambota e a árvore de cames.

ISEC – Máquinas Alternativas

21
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Acionamento por correias

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Acionamentos (vantagens e inconvenientes)
• Corrente de distribuição

Vantagens - Barata, consome pouca potência.

Inconvenientes - Pouco precisa, ganha folgas, barulhenta.

• Correia de distribuição

Vantagens – Barata, fácil substituição mas não pode ter lubrificação, bastante

precisa, silenciosa.

Inconvenientes – Tempo de vida limitado.

• Cascata de engrenagens

Vantagens- Muito precisa, silenciosa, vida longa.

Inconvenientes- Cara, consome muita energia ISEC – Máquinas Alternativas

22
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Acionamentos
• Tendência atual: corrente de distribuição.

Razões - Passaram a ser fabricadas em tungsténio o que permitiu que as correntes

passassem a ter uma enorme resistência, com um peso muito reduzido.

Como não se criam folgas, elas tornaram-se muito silenciosas e têm uma vida

muito longa.

Inconveniente – Em caso de haver necessidade de substituição, esta é muito cara.

Regra Básica: A árvore de cames tem de rodar a metade da velocidade da

cambota, consequentemente o diâmetro do carreto da cambota tem que ser

metade do carreto da arvore de cames ou o carreto da cambota tem de ter metade

do número de dentes do carreto ou dos carretos da árvore de cames.

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Ângulos da Distribuição

Av.A.Ad.- Avanço da abertura da admissão (12º)


At.F.Ad. – Atraso do fecho da admissão (55º)
Av.A.Esc. – Avanço da abertura do escape (60º)
At.F.Esc.- Atraso do fecho do escape (10º)

Cruzamento de válvulas = 12º +10º = 22º

Nota - valores dos ângulos meramente indicativos.

Qual seria a solução ideal para obter o máximo rendimento volumétrico numa
gama muito grande de rotações do motor?

Era conseguir ter o Av.A.Ad., o At.F.Ad., o Av.A.Esc. e o At.F.Esc. pequenos a


baixas rotações e estes ângulos irem gradualmente aumentando, a par com o
levantamento de válvulas, à medida que aumentava a velocidade do motor.

ISEC – Máquinas Alternativas

23
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Levantamento de válvulas

Ao aumentar o levantamento de válvulas aumenta a secção de passagem dos

gases o que é prejudicial a baixas rotações (diminui a velocidade dos gases,

consequentemente a inércia destes) mas vantajoso a altas rotações (diminui o

atrito dos gases, permitindo o motor respirar melhor).

Low Lift Intermediate High Lift


Lift

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Sistema Desmodrómico

• Foi inventado por um fabricante de motos (Ducati) italiano que ainda hoje o utiliza.

• O objetivo é eliminar as molas de válvulas.

• As válvulas são abertas e fechadas por efeito de cames.

• Há uma came de abertura e uma de fecho da válvula.

• Foi tentado por fabricantes de automóveis, mas era demasiado complexo para

produção de grandes séries.

• Recentemente foi ensaiada outra solução: válvulas pneumáticas.

• Foram tentadas outras (válvulas rotativas) com resultados pouco convincentes devido

à má vedação que é obtida.

ISEC – Máquinas Alternativas

24
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Sistema Desmodrómico

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Válvulas Rotativas

ISEC – Máquinas Alternativas

25
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Coletores de admissão e escape

Coletores de pequeno diâmetro e longos, beneficiam o bom enchimento do cilindro

a baixas rotações, pois imprimem aos gases uma grande velocidade, logo uma

inércia que pode ser aproveitada para fazer um bom enchimento do cilindro, mas

prejudicam o enchimento a altas rotações (atritos elevados).

Coletores de grande diâmetro prejudicam o bom enchimento do cilindro a baixas

rotações (falta de velocidade) mas beneficiam a altas rotações (menos atritos).

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Coletores de Admissão

Tubos primários

Câmara de “Plenum”

Tubo secundário

ISEC – Máquinas Alternativas

26
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Admissão variável

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Admissão variável

ISEC – Máquinas Alternativas

27
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Admissão variável

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Admissão variável

ISEC – Máquinas Alternativas

28
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Admissão variável

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Admissão variável

ISEC – Máquinas Alternativas

29
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável (Variadores de Fase)
A ideia foi combater a falta de elasticidade do motor, devida à utilização de mais de

duas válvulas por cilindro e ainda realizar uma otimização do binário motor

(rendimento volumétrico) fazendo variar os ângulos de distribuição e/ou o

levantamento de válvulas em função da velocidade e/ou carga do motor.

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável
Solução Honda

A baixas rotações só abre uma válvula de admissão. A altas rotações a pressão de

óleo faz deslocar um pino que liga os dois balanceiros e passam abrir as duas

válvulas.

ISEC – Máquinas Alternativas

30
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável

Sistema VTEC
(Honda)

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável

Sistema VTEC
(Honda)

ISEC – Máquinas Alternativas

31
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável

Solução Honda

Vantagens – É um sistema simples e fiável. Normalmente só é utilizado na árvore

de cames da admissão.

Inconvenientes – Só tem duas posições limites, logo não há possibilidade de fazer

uma regulação gradual. Ao aumentar o atraso do fecho da admissão quando

aumenta a velocidade do motor, também diminui o avanço da abertura da

admissão, quando o ideal era que este ângulo também aumentasse para

aproveitar a sucção provocada pela grande velocidade dos gases de escape.

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável

ISEC – Máquinas Alternativas

32
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável
Sistemas VarioCam (Porsche) e VarioCam Plus (Porsche)

Varia a posição da árvore de cames da admissão relativamente à cambota por

variação da posição de um patim onde apoia uma corrente que liga as duas

árvores de cames.

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável
Sistemas VarioCam (Porsche) e VarioCam Plus (Porsche)

ISEC – Máquinas Alternativas

33
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável
Sistema Vanos (BMW)

É similar ao VETC mas com a diferença de que tem uma infinidade de posições

intermédias entre um extremo e outro. A variação é gradual.

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável
Sistema Vanos (BMW)

Existe uma elevada pressão de óleo dos dois lados do embolo que controla através

do seu deslocamento, a posição da árvore de cames relativamente à cambota. Isto

possibilita que a árvore de cames não trabalhe num regime on-off de colocação em

relação à cambota, mas num regime de deslocamento gradual e controlado,

fazendo deslocar o embolo de comando por diferenças de pressão de óleo entre as

duas faces deste, controladas pela ECU (“centralina”).

ISEC – Máquinas Alternativas

34
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável
Sistema Bi-Vanos (BMW)

Neste sistema varia a posição da árvore de cames de admissão e da árvore de

cames de escape em relação à cambota. Consequentemente variam os ângulos de

admissão e de escape.

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável
Sistema VVTI (Toyota)

ISEC – Máquinas Alternativas

35
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável
Sistema VALVELIFT (Audi)
Por cada duas válvulas de admissão de cada cilindro existem quatro cames. Duas
com perfis e levantamentos diferentes de válvulas (uma por cada válvula) mas
adaptados às baixas rotações (ângulos e levantamentos pequenos e diferentes nas
duas válvulas) e duas com perfis e levantamentos iguais e adaptados às altas
rotações (ângulos e levantamentos grandes).
Estas cames têm um deslocamento axial sobre o veio, provocado pela atuação de
dois pinos que atuam sobre dois sulcos existente na peça que contem as cames.

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável
Sistema VALVELIFT (Audi)
As cames com menos altura são usadas quando o motor funciona a baixas rotações.
O elemento da came é empurrado para a esquerda e abrem as válvulas com uma
elevação pequena e diferente, de 2,0 milímetros ou 5,7 milímetros.

ISEC – Máquinas Alternativas

36
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável
Sistema Valvetronic (BMW)

A ideia deste sistema é abolir a borboleta de admissão, que é sempre um elemento


que provoca perda de carga na admissão, logo prejudica o rendimento
volumétrico.

Neste sistema deixa de haver borboleta de aceleração, passando a função desta a


ser desempenhada pelas válvulas de admissão, que podem variar continuamente o
seu levantamento, variando assim a secção de passagem de gases.

Embora a variação do levantamento de válvulas imponha uma variação dos


ângulos de abertura e fecho de válvulas da admissão, esta variação não é
suficiente para ser um verdadeiro variador de fases. É completado com um
sistema BI-VANOS.

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável
Sistema Valvetronic (BMW)

ISEC – Máquinas Alternativas

37
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável
Sistema Valvetronic (BMW)

1-Balanceiro
2-Touche hidráulica
3-Alavanca intercalar entre a
árvore de cames e a peça (4)
que regula o levantamento da
válvula
4- Peça comandada pelo
servomotor (comandado pelo
acelerador) que vai definir o
levantamento da válvula
5- Árvore de cames

ISEC – Máquinas Alternativas

DISTRIBUIÇÃO
Sistemas de Distribuição Variável
Sistema Valvetronic (BMW)

ISEC – Máquinas Alternativas

38
Máquinas Alternativas Aulas Teórico-Práticas

DISTRIBUIÇÃO
Atuação por Solenoide

Problemas:
-Dimensões do alternador;

-Assentamento suave da válvula


(electrónica sofisticada)

- Dimensões do sistema

ISEC – Máquinas Alternativas

39

Você também pode gostar