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Sebastião
4
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
5
INTRODUÇÃO
6
Visa, também, mostrar que este fumo contribui para a fixação do homem no
espaço rural, que já se encontra um tanto despovoado, e que o seu consumo mostra-se menos
prejudicial que o cigarro de papel.
O fumo em corda, ou se preferir, fumo de rolo capoeirinha, por sua fama, resultou
no fato de o fumo desfiado de outra região, de Astolfo Dutra, Minas Gerais, adotar, o nome
“capoeirinha”, como acontece com uma localidade do município de Guimarânia, que sempre
honrou este nome, pela expressiva produção deste importante produto.
10
1.1.1-Sua Expansão
1
ZEFFRIN, Guido. O fumo no Brasil e no mundo. Santa Cruz do Sul: Afubra, 1995, p.18.
11
terapêutico, até o ministro francês Jean Nicot, acreditado junto à coroa portuguesa, volveu sua
atenção ao tabaco, remetendo sementes da solanácea à Maria de Médicis, rainha de seu país.
Dessa maneira, ter-se-ia introduzida a planta nas mais altas rodas, passando a ser denominada
a planta rainha.
Apesar de Nicot não ser o descobridor do tabaco, não conhecer a nicotina, nem ser
fumante, em sua homenagem, o francês Delachamp pôs nesta planta o nome de herba
nicotiana.
Entretanto, o homem que, realmente, prestou grandes serviços ao tabaco e a quem
se deve a disseminação do cachimbo pelo Velho Mundo foi comandante inglês Sir Walter
Raleigh. No ano de 1584, enviou uma expedição à América Setentrional, fundando-se aí, em
homenagem à rainha virgem, uma colônia com o nome de Virgínia. Os colonos não
suportando por muito tempo a vida colonial, regressaram, após dois anos, a Plymouth. A
multidão, apinhada no porto, ficou impressionada com os estranhos objetos que traziam entre
os dentes e dos quais saiam fumaça. Eram cachimbos... Um deles foi presenteado a Raleigh,
que se manteve fiel a ele até à morte.
1.1.2- Proibições
Um dos reis da França, inimigo figadal do fumo, após um banquete que oferecera
aos seus cortesãos, mandou servir charutos feitos com excrementos de animais, e
depois de ouvir elogios a respeito desses charutos, disse: - Maldito esse vício que
não permite ao homem reconhecer nele o excremento de animais2.
2
SILVEIRA, Ájax C. da. O Drama do Tabagismo: causas, conseqüências e solução. 13 ed. Casa Publicadora
Brasileira. Santo André - São Paulo, 1984.
12
3
ZEFFRIN, Guido. Op. cit., p. 127.
13
Urbano VIII determinou pena de excomunhão aos que, na Igreja, ousassem tomar rapé. A
bula, no entanto, foi suspensa, um século depois, por Benedito XIII, apreciador do produto.
Os castigos físicos foram substituídos por elevados tributos, regulamentação da publicidade,
com advertências alertando para o mal do fumo à saúde. Nos últimos anos, a publicidade
sobre o fumo está proibida em todos os meios de comunicação.
agrícolas de maior expressão mundial, o tabaco é o mais estável e o de maior rentabilidade por
área cultivada.
O fumo constitui, hoje, um dos fatores mais importantes da economia dos 103
países que exploram esta cultura. São milhões de famílias envolvidas no processo produtivo
gerando muitos empregos no meio rural e urbano.
As indústrias recolhem, anualmente, altas cifras aos cofres públicos, em forma de
impostos. Importantes divisas são geradas através das exportações.
Conforme gráfico fornecido pela AFUBRA, quanto à produção mundial por tipos
de fumo, fora do setor cigarreiro, o fumo de corda, onde se insere o desfiado, destaca-se em 2º
lugar. Sua produção e consumo se concentram, basicamente, na Índia, China e Indonésia.
Para os índios brasileiros, o fumo possuía caráter sagrado e origem mítica. De uso
limitado, geralmente, a ritos mágico-religiosos e fins medicinais, reservado, apenas, aos pajés
e usado em cerimônias tribais. Acreditavam que a fumaça era purificadora, que os protegiam
contra os maus espíritos. Também que a planta possuía propriedades curativas para feridas,
enxaquecas e dores de estômago.
Das formas do consumo do fumo, os índios adotavam pelo menos seis usos diferentes: poderia ser comido,
bebido, mascado, chupado, transformado em pó e fumado. Porém, entre todas essas formas, o hábito de
fumar era seguramente, o mais importante4.
“No final do século XVI, com a elevação dos preços do fumo, o contrabando
floresceu, envolvendo padres e freiras. Isso porque as autoridades não podiam entrar
nos conventos5“.
4
ZEFFRIN, Guido. Op. cit., p, 19.
5
NARDI, Jean Baptiste. O Fumo no Brasil – Colônia. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 37.
15
Jean Baptiste Nardi, em sua obra, reconhece que o fumo brasileiro foi sempre
considerado como uma atividade secundária da economia colonial, porém, seu estudo mostra
que, pelo contrário, ele foi um “gênero primordial”, apesar de ser muito “entravado”, pelas
leis, impostos e taxas.
Lembra Nardi que, em 1674, o aumento da massa dos rolos – de 4 a 5 arrobas, a
pedido dos comerciantes, passou em poucos anos a 10 – 12 arrobas. Com isso, o rei de
Portugal limitou a 8 arrobas, estabelecendo, em 1713, um mínimo de 6 arrobas. Contudo, o
tamanho dos rolos continuou aumentando cada vez mais, chegando a pesar cerca de 20
arrobas, no final do século XVIII. O motivo desse aumento da massa dos rolos se explica pelo
fato de a Alfândega de Lisboa taxar o fumo, de modo quantitativo dos rolos.
As lavouras de fumo ocupavam pequenas áreas, na costa, entre Salvador e Recife
e, sobretudo, no recôncavo baiano.
O fumo brasileiro tomou três dimensões: o de primeira e segunda qualidade era
destinado a Lisboa, sendo sua maior parte reexportada para outros países da Europa. Uma
outra parte servia de moeda, no período colonial, para o comércio de escravos com a África. E
a de terceira destinava-se ao consumo interno. É verdade que, nenhum outro produto colonial
se propagou, no continente europeu, com tamanha rapidez e angariou tantos apreciadores
como o tabaco. Foi como fogo em palha seca!
No entanto, conforme Guido Zeffrin (1995:20), a produção de fumo, durante o
período colonial, segundo relata a pesquisa de Jean Baptiste Nardi, apresentava numerosas
variações por causa das pragas que atingiam a planta, e das chuvas e secas que reduziam as
safras. O fumo brasileiro beneficiou-se, porém, de conjunturas que favoreceram o seu
desenvolvimento. Em 1680, já atingia 3.750t, e continuou crescendo com a política de
fomento à agricultura implantada pelo Marquês de Pombal.
Abrem-se novas fronteiras além da Bahia. Começa-se a aparecer áreas fumageiras
em Minas Gerais, Goiás e São Paulo, e de forma mais acentuada no Rio Grande do Sul, com a
chegada de imigrantes europeus. Em 1824, o fumo começou a ser cultivado na colônia de São
Leopoldo e, em 1850, na colônia de Santa Cruz do Sul, futura Capital Mundial do Fumo.
De 1808 até o início do século XX, diversificava-se tanto o nível de agricultura,
quanto de indústria e comércio. A indústria fumageira nacional começou com a produção de
16
rapé, sendo superado pelo charuto, o qual teve de conviver, em situação de desvantagem, com
o cigarro, que iniciava o seu ciclo glorioso. O Brasil, desde o final dos anos de 1960, atua no
mercado internacional e suas exportações alternam, ultimamente, o primeiro lugar com os
E.U.A.
As atuais estruturas de lavouras, indústria e comércio do fumo, no Brasil,
resultaram de fenômenos de concentração, ocorridos entre 1910 e 1930. No século XIX,
notadamente em sua metade, o fumo era cultivado em todas as províncias, tendo sido criadas
inúmeras fábricas, em várias regiões do país, tanto para beneficiamento do tabaco quanto para
a produção de fumo em corda, rapé, charutos, cigarros ou fumo desfiado.
No limiar do século XX, começou o fenômeno da concentração, que fez a
produção cair, na maioria dos Estados, e aumentou, consideravelmente, na Bahia e no Rio
Grande do Sul. A única diferença, nas duas regiões era o tipo das culturas e a tecnologia.
Enquanto na Bahia mantinha a hegemonia da produção de fumos escuros para charutos, o Rio
Grande do Sul aprimorava a produção de fumos claros, especialmente o Virgínia. Além disso,
a Bahia continuava com a secagem ao sol e em galpões, ao passo que o Rio Grande do Sul,
desde 1920, especializava-se na secagem em estufas, melhorando a sua qualidade.
Após 1940, o fumo brasileiro passou a se beneficiar de conjunturas favoráveis,
com o crescimento do consumo de fumos claros, no mundo inteiro.
A cultura de fumos claros, no Rio Grande do Sul, estendeu-se à Santa Catarina e
Paraná; a Bahia, por sua vez, sofreu a concorrência do Estado de Alagoas.
6
ZEFFRIN, Guido. Op. cit., p. 26.
17
De um certo tempo pra cá, uns vinte anos pra cá melhoraram bem, né?
Principalmente no meio de transporte que era de carro de boi, agora passou a ser
carroça, caminhonete...Também isso tudo, agora a gente usa a roda de acochar, né?
De rolamento; um jeito de virar o fumo também; tem um processo de rolamento de
dar a cocha no fumo. Então, melhorou um pouco. E sobre o jeito de arrumar a folha,
né? Antigamente era feito mais só na pindoba7, com dificuldade; hoje usa o andaime
feito a bambu, e era feito para um ano só, agora faz que dá pra três anos. Então,
evoluiu um pouco. 8
O fumo em corda já teve múltiplas utilidades: o rapé era cheirado para provocar
espirros; o fumo com urina, para curar umbigo e machucado; o pó de fumo, geralmente de
fumo mais barato, de pouca qualidade, misturada com banha de porco, depois substituída por
óleo queimado, servia para erradicar bernes e carrapatos do gado, sobretudo, do bovino; para
impedir a infestação de piolho-de-galinha nos ninhos, ou para liquidá-los, quando já presentes
nestes, colocava-se folhas de fumo no interior desses ninhos.
(...) O povo usava fazer o pó do fumo, além de pra cheirar, pra misturar no
querosene pra combater o carrapato, o berne do gado, né? Também usava para matar
piolho, hoje está usando pra plantio de café, né? Até pra certas lavouras de hortaliças
eles está usando a água do...(fumo).9
Muitos eram as pessoas que mascavam fumo. Colocava-se uma pequena fatia de
fumo de rolo na boca, entre os lábios e a arcada, o que permitia a limpeza dos
dentes. Entre as pretas velhas era corrente o uso de marcar fumo, o que lhes
assegurava uma alvura invejável nos dentes. Era natural que pessoas jovens ainda, se
apresentassem desdentadas e banguelas.10
7
Consiste, neste caso, numa vara de bambu colocada à sombra de forma horizontal, onde se colocavam as folhas
de fumo em pequenos molhos, previamente destaladas na roça, para a cura.
8
MOREIRA SOBRINHO, Sebastião. Entrevista. Localidade de Borges – município de Guimarânia,
10/08/2003. Mais conhecido por Tatão, fazendeiro natural deste município, tem hoje 59 anos, fumeiro desde os 7
anos. Neste ano, não está fabricando fumo, pois sua família mudou-se para a cidade.
9
Idem, entrevista cit.
10
MOREIRA, Nêgo. Quarenta balaios de saudade. Patos de Minas: N. Moreira, 1998 p.178.
22
11
MACIEL, Nelson Dantas. Fumo. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura – Serviço de Informação Agrícola,
1958 (série: “Produtos Rurais”).
24
Quanto aos solos, devem ser evitados aqueles de contextura compacta, os mal
drenados e os batidos por ventos fortes ou muito sujeitos à ocorrência de geadas.
Até a década de 1970, aproximadamente, no município de Guimarânia,
aproveitavam-se os solos, para o plantio do fumo, aqueles provenientes de roçados ou de
terras de “cultura”, muitas vezes, de topografia acidentada.
Para se fazer o roçado, primeiramente, roçava-se o mato, usando foice, depois, já
usando machado, providenciava-se a derrubada das árvores maiores, restantes. Feito isso,
cuidava-se de fazer o aceiro contra o fogo. Dias depois, ateava fogo no roçado. Apagado o
fogo, era hora de amontoar as coivaras que restara e, novamente, colocar-lhe fogo. Então, já se
considerava, nesta fase, que o terreno estava pronto para o transplante das mudas de fumo;
¹² CAIXETA, Geraldo Vieira. Entrevista. Patos de Minas, 02/09/03. Fazendeiro do município de Guimarânia tem
hoje 51 anos. Não fabrica fumo há uns dez anos, pois veio para a cidade a fim de viabilizar escola superior para
os filhos
13
MACIEL, Nelson Dantas. Op. cit., p. 16.
25
porém, o que se fazia, de costume era plantar milho antes, para, depois, consorciar com fumo.
A arruação não era uniforme, pois os tocos impossibilitavam que fosse.
Nas terras de cultura, desprovidas de mato, o preparo da roça começava-se com a
queima do capim. O arado de aiveca, puxado a bois ou a cavalos, rasgava o chão. Seguia-se a
destoca, feita através do uso de enxada, ou em menor escala, da utilização da grade de discos
de tração animal. E estava pronta a terra para o plantio.
Atualmente, planta-se fumo, para obtenção do fumo capoeirinha, costumamente,
nos cerrados adubados com esterco de curral e, nos terrenos de cultura, na maioria das vezes,
declivosos.
Através do trator faz-se a aração e a gradeação, utilizando-se o arado e a grade,
respectivamente.
Para a formação de uma roça de fumo, faz-se necessário instalar um viveiro de
mudas. Observa-se que uma das razões fundamentais do sucesso de uma lavoura de fumo é a
disponibilidade de mudas sadias, vigorosas e isentas de pragas e doenças.
Sendo assim, para a instalação de um viveiro de fumo, diversos são os itens a
serem obedecidos:
14
ALMEIDA, Tharcizio de Campos; CANÉCHIO FILHO, Vicente. Principais culturas II. 2 ed. Campinas:
Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1973, p.35.
26
em inglês significa flutuar, o sistema foi desenvolvido nos Estados Unidos e adaptado para o
uso em pequenas propriedades no Brasil pela Souza Cruz. Economiza mão-de-obra,
proporciona uniformidade das mudas e reduz a necessidade da aplicação de agrotóxicos.
Nascidas as mudas, é preciso atentar para os tratos do viveiro. São vários os
cuidados: regas (na falta de chuva), exposição ao sol (quando há excesso de chuva), desbaste
(consiste em ralear os canteiros quando há superpopulação de mudas), repicagem (replantar
mudas em áreas ralas do viveiro), e limpeza (retirar objetos estranhos às mudas).
Geralmente, na região pesquisada, observa-se, apenas, a exposição ao sol e a
limpeza. Alguns pulverizam as mudas com o inseticida K-Othrine.
Quando as mudas chegam a uns 15 a 20cm de altura, estão prontas para serem
plantadas em local definitivo. Elas devem ser arrancadas em horas de fraca insolação,
molhando previamente os canteiros.
Na região abordada, não se usa molhar os canteiros, pois somente se arrancam as
mudas quando já choveu no canteiro e na roça que irá receber o transplante - requisito
indispensável, a presença de chuva.
Ë importante cuidar do espaçamento. Em “terra solteira”, ou “consorciado”, no
geral, com lavoura de milho, o espaçamento do milho é de 120 cm a distância entre as linhas.
Para o fumo, 120 cm entre linhas, entre plantas: 60 cm.
As covas são feitas usando um pequeno enxadão.
Não há variação com relação à região abordada.
Plantadas as mudas, dias depois, requerem os tratos culturais que são as capinas e,
a limpeza e amontoa.
No caso da capina, a carpideira pode ser usada nas culturas solteiras e quando as
plantas estão novas.
O fumo cultivado no município de Guimarânia, sobretudo, na localidade de
Capoeirinha, ocorre em terras, principalmente, acidentadas e com presença de cascalho,
inviabilizando a ação da carpideira. A enxada se torna mais recomendável, que para a roça
encascalhada, deve ser estreita, para melhor penetrar o solo.
No decorrer do primeiro mês, as limpezas devem ser efetuadas com certa freqüência,
retirando-se as folhas estragadas e brotos. Uma amontoa moderada é interessante para que a
28
fixação das plantas novas seja mais segura. A amontoa é conhecida como o ato de “chegar
terra” nas mudas, ou seja, amontoar terra ao pé da planta.
Na referida região, não se costuma retirar os brotos, pois poucos aparecem antes
que apanhem a maioria das folhas; as folhas estragadas costumam ser deixadas para os
pulgões. O pulgão (Aphis spp) suga o mel das folhas do pé-de-fumo, de baixo para cima.
Levando em conta que, as folhas baixeiras são de pouco valor, costumam ser desprezadas, no
momento da colheita, pelo fumicultor.
Recomenda-se, para eliminar o pulgão, pulverizações com inseticidas sistêmicos.
Utilizam-se, nesta região, o K-Othrine, o Tamaron e o Pi-rimor.
Crescidos os pé-de-fumo, é importante que se faça o desponte ou capação, para
melhorar a qualidade do fumo.
A capação tem grande influência sobre a qualidade das folhas de fumo destinadas à
fabricação do fumo em corda. Essa influência se traduz em maior desenvolvimento
das folhas e numa composição mais rica em gomas e resinas, propiciando melhores
condições ainda para que a maturação se dê por igual. 15
A capação consiste na remoção do broto floral, tão logo se torna visível, sendo
eliminado, também, de duas a três folhas próximas. Assim é a capação “alta”. Quando
eliminada maior número de folhas, denomina-se capação “baixa”.
Os procedimentos acima condizem com os observados na região pesquisada.
A partir dessa fase, já requer o uso de camisa de manga comprida, para livrar-se
do mel que gruda nos braços, sobretudo em seus cabelos.
Até a década de 1970, mais ou menos, os fumicultores do fumo capoeirinha
usavam camisas feitas de algodão tecido no tear mecânico. Ultimamente, costuma-se usar o
tecido de algodão, proveniente de sacos de açúcar, disponíveis nos supermercados das cidades
vizinhas, para as mais variadas utilidades.
Alguns dias após o desponte, aparecem os brotos do pé das folhas que precisam
ser eliminados.
“A eliminação dos brotos que aparecem ao pé das folhas é necessária, uma vez que,
influi na fortidão do fumo. Sem esse procedimento, produzirão fumos fracos, pobres
em gomas, resinas e açúcares”.16
É prática usual a eliminação dos referidos brotos, na região em evidência, com o
nome de desolha.
15
ALMEIDA, Tharcizio de Campos; CANÉCHIO FILHO, Vicente. Op. cit., p. 43.
16
Ibid. p. 62
29
O fumo baixeiro, por exemplo, tem pouca massa, é seco, apresenta menos teor de
nicotina, exige menos tempo na fase de fermentação e não pode ser conservado por
muito tempo. Entre o fumo mediano e ponteiro, praticamente não há diferença. O
ponteiro é, no entanto, mais rico em nicotina. Ambos atingem, geralmente, o mesmo
valor de mercado; o fumo baixeiro, via de regra, alcança um terço do valor dos
fumos mediano e ponteiro.19
Três fatores externos podem afetar no desenvolvimento da maturação: a adubação, a
seca, e a chuva.
17
MOREIRA SOBRINHO, Sebastião. Entrevista cit.
18
ALMEIDA, Tharcizio de Campos; CANECHIO FILHO, Vicente. Op. Cit. p. 52.
19
RIBEIRO FILHO, José. Preparo do fumo em corda. Técnica e considerações gerais. Ceres. [S. L.], p. 456-
478, [1955].
30
destala. Colocadas no colo forrado com um pano - sempre um saco de aniagem, dobrado e,
debaixo deste, um forro de plástico para impedir que se molhe pelas folhas, no decorrer do
trabalho. Essas folhas vão sendo superpostas em molhos de, aproximadamente, 40 folhas
destaladas, denominados “gatos”. As destaladeiras sentam-se, na maioria das vezes, em
cadeiras, pois é prudente escorar para prevenir possíveis lombalgias. Outra providência é
colocar um tijolo no chão para que se possa apoiar um dos pés, ou os dois, nivelando a perna
direta apoiadora do gato, proporcionando maior comodidade à operante.
O passo seguinte é a fiação (vide anexo, p. 54).
Depois de curadas e destaladas, as folhas são submetidas a um processo de fiação,
variável de região para região, mas que obedece a um dos seguintes sistemas: fiandeira,
cambito ou mesa. Para o caso em questão, interessa-se a preferência à fiandeira, usada nesta
região e que recebe a denominação de “roda de acochar”. É considerado o processo mais
eficiente, pois basta uma pessoa para confeccionar a cocha (corda), sem contar que o
rendimento se apresenta superior aos demais. Porém, para agilizar a acochação, conta,
geralmente, com o “apartador” de folhas, que vai colocando uma a uma, ou até duas folhas na
perna direita do acochador. Essa função é sempre desempenhada por criança, pois dispensa
certas habilidades indispensáveis noutras, no fabrico do fumo.
Feito isso, faz-se o cordoamento (vide anexo, p. 55).
Obtidos os fios, denominados “cochas”, através da roda, tem o início a operação
de feitura da corda, que é a junção de três fios para a formação de um só: o cordoamento. Para
tanto, utiliza-se, neste município, um maquinismo chamado “burro”.
Terminada a operação anterior, é formado o “rolo”, enrolado em torno de um eixo
de pau, suportado por dois mourões e acionado por uma manivela, também conhecida por
“munheca” (vide anexo, p. 56). O eixo é removível e desde que terminado o enrolamento, o
rolo é levado ao local de fermentação. Este eixo é chamado de “bengala”, extraído nunca de
bambu, mas sempre de pindaíba e pororoca, via de regra.
“É... antigamente usava-se muito o assa-peixe, depois se usam a pindaíba ou a
pororoca, nunca se usa o bambu para fazer fumo”.20
Feito o rolo, inicia-se a fase de fermentação da corda, quando o produto deve sofrer
“cochas” ou “viras”, para eliminar a água e compactar a massa das folhas enroladas.
20
CAIXETA, Geraldo Vieira. Entrevista cit.
33
Durante o primeiro mês, o rolo deve ser exposto ao sol a fim de que o excesso de
água seja eliminado. Para tanto, o rolo é preparado, sendo a corda disposta em torno
de um eixo de um modo especial, entrecruzada, formando um tipo de “grade”. Tal
operação é realizada por intermédio do burro e do macaco.²¹
21
ALMEIDA, Tharcizio de Campos; CANÉCHIO FILHO, Vicente. Op. cit., p. 61.
22
Ibid. p. 62.
34
Na década de 1970, houve produtor do fumo capoeirinha que vendia toda a sua
produção a um único comerciante, como, por exemplo, o proprietário do “Bar Capoeirinha”,
na cidade de Patos de Minas.
Como não era suficiente o seu produto, o mesmo comprava de outrem, para
atender à necessidade de seu cliente. Com a queda do consumo desse fumo artesanal, a
comercialização tornou-se pulverizada entre vários comerciantes atravessadores. Isso porque
já não se comercializa diretamente com os comerciantes de “balcão”, que neste ramo de
atividade são os donos de bares, mercearias, supermercados e tabacarias.
Há, também, um atendimento do fabricante do fumo capoeirinha aos
consumidores da vizinhança, ou até a apreciadores de outras regiões que vão aos locais de
produção para adquiri-lo.
O desaquecimento do setor fumageiro tem possibilitado a dilatação dos prazos de
pagamento do fumo comprado, pelos comerciantes, junto aos fabricantes, bem como a
redução dos preços. O mercado fumicultor se debilita, ao mesmo tempo em que propicia a
ação de atravessadores desonestos, aproveitando-se dessa fragilidade.
Constitui, o fumo de rolo, na atividade mais importante do município de
Guimarânia, notadamente, na década de 1970, prova disso, é estampar no brasão da Bandeira
do município, instituída em 1979, exemplares dessa solanácea. Daí em diante, vai perdendo
espaço para outras culturas, talvez pelo surgimento dos fumos desfiados, proporcionando mais
facilidades para o usuário do tabaco.
Aquele hábito de tirar a palha, cortá-la - que para isso faz-se necessário o canivete -
picar o fumo, enrolar o pito, é tarefa para quem dispõe de tempo.
35
Para aqueles trabalhadores nas lavouras de café, onde demanda maior número de
pessoas, sobretudo, em época de colheita, também nas fábricas das grandes cidades, não se
podem dar ao luxo de preparar-lhes seu próprio cigarro. É preciso abreviar o tempo. Daí,
predominar, nestes espaços, o fumo desfiado, mais barato que o cigarro em carteira.
Mas, nos últimos anos, o cigarro contrabandeado do Paraguai tem substancial
espaço no mercado consumidor brasileiro. Um dos motivos é o preço:
“Um terço do mercado brasileiro de cigarros é falsificado e contrabandeado. O
cigarro legal custa, em média R$ 1,42. O ilegal, R$ 0,78”.23
Considerando-se que, o contingente feminino que aderiram ao hábito de fumar,
nas últimas décadas, tem-se revelado em curva ascendente, porém, caracteriza-se como tímido
consumidor de fumos rústicos, como é o caso do fumo capoeirinha. Deduz-se, então, que são
as mulheres, usuárias em potencial, do cigarro industrializado.
Informa a mesma revista:
“Cerca de 50% dos pontos de venda, no Brasil, repassam cigarros ilegais. A
venda de cigarro clandestino não se restringe mais às bancas de camelôs”.24
Daí, a acessibilidade ao cigarro de papel, em detrimento ao consumo dos demais
fumos.
As propagandas de cigarros das mais variadas marcas: Hollyood, Arizona,
Marlboro, Free, Carlton, Ls (“o fino que satisfaz”) e muitos outros, veiculados através do
rádio e, principalmente, da televisão que emitia imagens belíssimas de pessoas, paisagens, de
ícones de luxo e de progresso, induziam a um considerável aumento do consumo do cigarro.
Esse aumento, nas últimas décadas, conta com a participação feminina, que uma vez
aprendendo a fumar, dificilmente abandona o vício. Dispensa-se estatística a respeito. Basta
um pequeno exercício de memória.
Esses anúncios estão, hoje, proibidos, e não faltam advertências ao uso do
produto, que a partir de 31 de outubro vigente, conforme noticiário do Jornal da Globo, de 22
de outubro deste ano, os atores personagens das advertências estampadas nas carteiras de
cigarros devem ser substituídos por fotografias de vítimas do tabaco. Serão cenas ainda mais
chocantes e reais, tendo as indústrias fumageiras nove meses para processar essa substituição.
23
GARÇONI, Inês. A MÁFIA DOS CIGARROS. Revista Istoé. São Paulo. Ed. Três, n. 1765, p. 64, 30 jul.
2003.
24
Ibid. p. 62.
36
As elites, ao impor à cultura caipira tudo aquilo que reflete o atraso, prejudica a
perpetuação das tradições rurais, vistas como contrárias ao progresso.
O uso do cigarro-de-palha parece ter sido engolido pela propaganda do cigarro de
papel. Atualmente, mesmo sem propaganda, este parece fazer parte do imaginário do
brasileiro, como sendo, ainda, um dos ícones da modernidade, mas sinaliza para maiores
restrições e discriminações ao uso.
Sobretudo, no período compreendido pela ditadura militar, portar um canivete, nas
áreas urbanas, poderia resultar em dissabores com a polícia - mais um empecilho para
saborear, também, na cidade, um “Souza Paiol”.
Nesta região, não há associação nem sindicato para assistir a atividade fumageira.
Não há classificação do produto, como há na região assistida pela Afubra, no sul do Brasil,
resultando, com isso, num mercado restrito quase que somente aos municípios vizinhos.
Apesar de escapar da tributação, pois a fiscalização competente apresenta-se
inoperante, a fumicultura, deste município, não é lucrativa como antes dos anos de 1980. O
baixo rendimento da produção, decorrente de técnicas arcaicas, aliadas à baixa fertilidade
natural dos solos e o baixo consumo do produto, resulta em desestímulo do setor.
37
“Pêlo de rato, asas de inseto, pedaços de barbante, plástico e grãos de areia. Não,
não é uma receita qualquer de bruxaria. Esses ingredientes estão na composição dos
cigarros falsificados e contrabandeados para o Brasil”. 26
25
Fumo sobre as águas. Revista Globo Rural. São Paulo: Ed. Globo, ano 14, n. 159, jan./99, p. 33.
26
GARÇONI, Inês. A Máfia dos Cigarros: Revista Istoé. São Paulo: ed. Três, n. 1765, 30 jul. 2003, p. 62
27
Ibid., p. 65.
39
Conforme o laudo acima, na média, eles possuem 16 mg de alcatrão (4mg a mais), 1,10mg de
nicotina (0,10 a mais) e 15 mg de monóxido de carbono (13 mg a mais). Informa, também,
que a identificação dos teores é rara e que quando ocorre, pode estar errada. E, além disso,
foram encontrados dois tipos de inseticidas: Endosulfan e Permethrin, cuja utilização está
proibida no Brasil.
Foi-se o tempo em que cigarro falsificado só era encontrado em bancas de
camelôs. Hoje é possível obter um maço na padaria, ou em qualquer bar, sem notar a
diferença. A qualidade das falsificações tem melhorado muito, possibilitando que o mercado
formal absorvesse esses produtos, comprando por menos da metade do preço e repassando
pelo valor de tabela. Há falsificações até dos selos da Anvisa, por fábricas brasileiras.
Em cartaz do Ministério da Saúde encontrado numa farmácia, lê-se:
3.1- As Estatísticas
28
SILVEIRA, Ájax C. da. Op. cit., p. 42.
40
Um fumante pode ser comparado a uma árvore coberta de parasitas que lhe sugam
a seiva.
29
SILVEIRA, Ajax C. da. Op. cit., p. 9.
30
PREVIMINAS - Fundação de Seguridade Social de Minas Gerais - O Farol (suplemento). Tabagismo. Ed.
Ago/2003. Belo Horizonte.
31
AMMG - INFORMATIVO DA ASSOCIÇÃO MÉDICA Você sabia? 43 ed. Patos de Minas, 2003, p.3.
32
O cigarro está matando. Folha Patense. Patos de Minas, 23/08/2003, p.2.
41
“Aquele que fuma a 30 cigarros por dia, perde 7 horas de vida diária,
corresponde a 7 anos de vida perdidos”.33
Nos Estados Unidos, desde o início do ano de 1966, por força de lei, os maços de
cigarros já saem com alguns dizeres de advertência aos fumantes.
No Brasil, a partir da década de 1980, as campanhas de combate ao fumo
ganharam uma adesão maior com a proibição de se fumar em locais públicos (ônibus,
elevadores, lojas, e em determinados locais de trabalho).Tais atitudes visam contribuir para
que as pessoas se conscientizem dos malefícios causados a elas e aos outros pelo ato de fumar.
Pois a fumaça que é liberada do cigarro altera inclusive o organismo de quem não fuma, o
chamado “fumante passivo”. As crianças de pais fumantes são as vítimas mais freqüentes.
O tabagismo pode ser considerado como uma ferramenta com a qual se cava a
sepultura do fumante, pois quando um homem compra um cigarro está, também, comprando a
doença antecipada. Não é um paradoxo?
A campanha iniciada pelo Ministério da Saúde fazia a seguinte advertência:
“Fumar é prejudicial à saúde”. Hoje, acrescentam-se nomes de diversas doenças provocadas
pelo fumo.
“O fumo é um veneno lento, insidioso, e seus efeitos são mais difíceis de
desaparecer do que o álcool”.35
Para a Medicina, “insidioso, diz-se do mal que se inicia e progride sem que se
perceba prontamente e cujos sinais só se evidenciam quando a moléstia está bastante
adiantada”.36
Fica evidenciada uma hipocrisia por parte do Estado que proíbe a propaganda
tabagista, mas permite a comercialização do tabaco, isso porque carreia divisas para seus
33
SILVEIRA, Ajax C. da. Op. cit., p. 33.
35
SILVEIRA, Ajax C. da Op. cit., p.16.
36
BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário escolar da língua portuguesa. 11 ed. Rio de janeiro: FENAME.
1979. 1264 p.
42
cofres. É como um dístico de uma empresa funerária que reza assim: “Desejo que ninguém
morra, mas que o negócio corra”. Outros dizem que é um “veneno ignorado”. Outros há que
brincam: “O meu coração é só de Jesus, mas o meu pulmão é da Souza Cruz”.
3.3- Mas por que as pessoas fumam?
Eu acho que fui influenciado até pelo meu pai, por uma questão de genética; sentia-
me bem com o cheiro da fumaça do cigarro de palha que ele usava. Com o passar do
tempo, fui influenciado, na época de colégio, quando eu fui estudar, tinham uns
colegas de sala que fazia uso e acontece que me tornei um viciado.37
37
GONÇALVES, Márcio Antonio. Entrevista cit.
38
CEIPA, Maria Lúcia da Cruz. Cultura feminina X cultura masculina. In: Mulheres 40 à sombra. Rio de
janeiro: Objetiva, 1994, p. 42.
43
“Hoje eu acho que é brega, que incomoda muito as pessoas, mas antes eu achava que
mulher que fumava era chique; e o homem fumava para autoafirmar; porque a
propaganda nos incentivava ao vício para autoafirmar”.39
Mas há aqueles que deixam de fumar: uns porque se conscientizam dos males e do
desconforto que o fumo causa, outros porque levam em conta o desgosto que proporciona a
algum membro da família, outros ainda que contabilizam as perdas financeiras decorrentes da
aquisição do tabaco.
Através de entrevistas a ex-fumantes e também em consulta a alguns livros sobre
como deixar de fumar, constata-se que se deve deixar o vício abruptamente, e não de forma
gradual. Pois é preciso desintoxicar o organismo para diminuir a vontade de fumar, que para
isso, o primeiro passo consiste em abster-se desse produto.
Há tratamentos auxiliares no combate ao uso de cigarro, mas uma vez não
reabastecendo de nicotina (e dos outros venenos), o organismo se encarrega da
desintoxicação, e assim, de liquidar com a dependência orgânica.
Em depoimento, uma ex-fumante confessa:
“Eu deixei de fumar de uma vez, porque aos poucos eu já tinha tentado várias vezes
e não tinha conseguido, fumava um cigarro hoje, amanhã fumava dois, e quando via
estava fumando normalmente”.40
Essa depoente revela que hoje se sente muito bem, porque antes tinha taquicardia,
insônia e outros infortúnios, que somente hoje sabe que eram provocados devido ao uso do
cigarro.
Por mais sórdido que seja o ambiente em que se vive, por mais que se exponha a
certas circunstâncias, ainda assim é possível se esquivar de se corromper.
Há lírios que crescem no lodo sem perder a sua cor, que é bela. Há flores que
exalam seu perfume em meio à poluição. Existem profissões que oportunizam ao vício.
Pracistas, garçons, recepcionistas, procurando ser agradáveis aos clientes, expõem sua saúde.
Não obstante, há valores morais e pessoas de normas inquebráveis, que de forma
alguma se deixam influenciar pelo meio.
Então, faz-se prudente evitar a primeira tragada.
39
OLIVEIRA, Maria Auxiliadora. Entrevista. Ela é natural de lagoa Formosa, tem 45 anos de idade, é auxiliar
de enfermagem, deixou de fumar há 4 anos e se sente orgulhosa por isso.
40
OLIVEIRA, Maria Auxiliadora. Entrevista cit.
44
DISCUSSÃO BIBLIOGRÁFICA
Quantos há que mantêm suas atividades nas indústrias de fumo. Quantos há que
ganham o seu sustento, nas indústrias anexas, no transporte e em numerosos
estabelecimentos que exploram o comércio do fumo, sem contar o grande número de
agricultores que sobrevivem, graças ao seu cultivo (...). E o mais aquinhoado, nisso
tudo é o próprio Estado, que arrecada bilhões em impostos e taxas (ZEFFRIN, 1995:
124).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Tharcizio de Campos; CANÉCHIO FIHO, Vicente. Principais culturas II. 2 ed. Campinas:
Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1973, p. 35.
AMMG - Informativo da Associação Médica de Patos de Minas. 43. Ed. Patos de Minas, 2003, ano IV,
maio/jun. /2003.
BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário escolar da língua portuguesa. 11 ed. Rio de Janeiro: FENAME.
1979. 1264p.
CARDOSO, Alcina Maria de Souza; GONÇALVES, Heitor Antônio; CARDOSO, Marcos Antônio Benigno.
Ciências, realidade e vida. 3. Ed. V. 4. Belo Horizonte: Ed. Lê. 1991.
CEIPA, Maria Lúcia da Cruz. Cultura feminina X cultura masculina. In.: Mulheres 40 graus à sombra. Rio de
janeiro: Objetiva, 1994, p. 42.
FUMO SOBRE AS ÁGUAS: Revista Globo Rural. São Paulo. Ed. Globo, n. 159, ano 14, jan. /1999, pp. 7-9; p.
33.
GALETI, Paulo Anestar. Mecanização Agrícola: preparo do solo. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino
Agrícola, 1981.
GARÇONI, Ines. A Máfia dos Cigarros. Revista Istoé. São Paulo. Ed. Três, n. 1765, p.62-66, 30 jul. 2003.
MACIEL, Nelson Dantas. Fumo. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura - Serviço de Informação Agrícola,
1958. (Série: “Produtos Rurais”).
O CIGARRO ESTÁ MATANDO. Folha Patense, 23 ago 2003, n. 544, ano 11, p.2.
PREVIMINAS - Fundação de Seguridade Social de Minas Gerais - O Farol (suplemento). Tabagismo. Ed.
Agosto/2003. Belo Horizonte.
RIBEIRO FILHO, José. Preparo do fumo em corda. Técnica e considerações gerais. [S. L.], p. 456-478,
[1955].
SILVEIRA, Ajax C. da. O Drama do Tabagismo: causas, conseqüências e solução. 13. ed. São Paulo: Casa
Pubicadora Brasileira, 1984, 185 p.
ZEFFRIN, Guido. O fumo no Brasil e no mundo. Santa Cruz do Sul: Afubra, 1995, 186p.