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Agradeço a Deus pela minha vida, pelos meus filhos e pelas graças que recebo e
à minha família, que é base incondicional para a minha caminhada.
Aos meus pais e irmã (in memorian) que me iluminaram nos momentos
difíceis. Mais do que tudo, seu apoio e sua amizade são essências na continuidade da
minha eterna tentativa de conquistar.
RESUMO...................................................................................................08
INTRODUÇÃO.........................................................................................09
CAPÍTULO I – AVALIAÇÃO PRÁTICA EDUCATIVA
PRESENTE?...............................................................................................13
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................54
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.........................................................57
ANEXOS....................................................................................................59
8
RESUMO
Outros, como Philip Perrenoud, Gimeno Sacristã, Marli André e Zabala refletem
a questão da escola como produtora das divisões de classes sociais. Desta forma, a
10
Observa-se que a avaliação1, no período de vigência da Lei 5692/ 71, faz parte –
ao lado da “simplificação dos conteúdos” e das baixas expectativas de objetivos – de um
esquema de educação que contribuiu ainda mais para a vulnerabilidade do ensino e
excludência social.
1
Segundo os PCN‟s. 5ª a 8ª série Vol.1 – mudaram-se os conteúdos, simplificando-os; baixaram-se
expectativas dos objetivos por prejulgar fragilidade dos alunos, mas usaram os métodos avaliativos de
outros tempos.
11
Para tanto, seus objetivos para o ensino fundamental se amplia para a “aquisição
de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores”. (Artigo 32, item
III). Prevalece, portanto, uma formação humanística.
Nas palavras de MORAES/ RONCA (1994. p.16), Não é necessário fazer coisas
extraordinárias, mas as coisas necessárias extraordinariamente bem. Portanto, é preciso
ser competente em vários assuntos.
Cabe à escola dar condições aos seus alunos de “aprender a aprender”, já que as
transformações são rápidas e transitórias. Quem acompanha esse processo vai se inserir
facilmente às mudanças mais próximas e vai também promover outras.
“Antes de fazer diferente é preciso pensar diferente sobre o que se faz”. São
palavras de Jussara Hoffman. Pensar e agir de forma a conduzir a educação que o
momento exige, implica em uma (re) formulação do compromisso de formação2
continuada – pelo professor, apoiada e incentivada pela escola.
2
A formação inicial do professor é uma questão delicada que não pode ser vista aqui como a principal
culpada pelo insucesso do processo ensino/ aprendizagem. O professor bem ou mal formado está atuando
15
e é necessário melhorar sua atuação. Antonio Nóvoa (2002) diz que “só o profissional pode ser
responsável por sua formação”.
3
PCN. Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. Vol I. Introdução aos
Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília 1997.
16
A partir de 1549, quando Tomé de Sousa trazia os jesuítas para a colônia, foram
fundadas as principais escolas: a escola de ler e escrever e o colégio, onde se realizava
estudos humanísticos4, filosóficos e principalmente tecnológicos.
Por volta de 1759, uma nova era se abria para o ensino brasileiro com a chamada
reforma Pombalina em que o Marquês de Pombal persegue e expulsa os jesuítas do
Brasil. Porém, a falta de competência dos professores mercenários contribuiu para o
fracasso da reforma5. O período monárquico – época de criação das instituições
culturais – educação toma um sentido utilitário e profissional para atender as
necessidades do reino. As evoluções das escolas foram muitas, mas pouco se fez para a
educação popular. No artigo 179 da constituição de 11 de novembro de 1823 “A
instituição primária é gratuita a todos os cidadãos”, ficou apenas no papel, não
aconteceu de fato.
4
Estudos chamados de “Humanidades” como se refere os Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino
Médio. Conforme o texto o sentido do aprendizado da área, este foi o primeiro ensino de nível médio
(hoje assim chamado) e englobar o ensino da Cultura Clássica, a língua vernácula, a Filosofia, a História
e as Belas Artes.
5
Segundo Fernando de Azevedo, “com a expulsão dos jesuítas não aconteceu reforma e sim a destruição
pura e simples do sistema colonial do ensino jesuítico (...) os professores mal retribuídos e pouco
considerados não tinham uniformidade de ensino nem aptidão e aos alunos infligiam castigos corporais
excessivos inflamantes”. (EDIPE. Vol 4. Educação – Ensino).
17
A partir de 1927, Francisco Campos6, lidera uma das realizações mais concretas
com a Reforma do sistema escolar em MG, com objetivo, novos programas e novos
métodos didáticos. Foram contratados ilustres professores europeus para o ensino do
magistério, à luz da Escola Nova.
6
Francisco Campos em MG, Lourenço filho do Ceará, Anísio Teixeira na Bahia, Fernando Azevedo e
Carneiro Leão no DF, juntos com Couto Ferraz e Leôncio Corrêa adeptos inspirados nas idéias européias
e americanas (John Dewey), revolucionaram o sistema educacional Brasileiro nas décadas de 20 e 30.
18
Desta forma verifica-se que a 5.692 já previa uma educação mais voltada para a
formação humanista; deixava anunciar algumas pequenas frestas de flexibilidade para a
escola se organizar enquanto projeto. Porém, talvez pelos anos da repressão sofrida, ou
pela comodidade, ou ainda pela falta de competência – dos professores e da escola em
geral – em administrar as mudanças previstas, pouco se pode observar de significativo
nas reformas a partir da Lei.
10
O antiprojeto da Lei 9394/96 foi totalmente modificado pelo congresso.
20
“A tarefa da beleza é tornar leves as coisas que são pesadas”. Esta é a expressão
de Rubem Alves11 que Angélica Satiro12 usa para dizer que a avaliação pode ser vista
como algo belo, prazeroso e profundamente necessário não só na educação, mas, para a
própria humanidade.
Desta forma os alunos, como seres humanos, precisam ser vistos também como
avaliadores e não apenas como avaliados. Avaliadores da dinâmica da aula, da
metodologia, dos temas, do trabalho do professor, e até de si mesmo. “Avaliar bem é
necessário para pesar bem. (...) ter autonomia implica em aprender avaliar” Portanto,
avaliar é também uma competência que os alunos precisam adquirir e que os
professores precisam refletir, já que é tão amplo seu campo de atuação.
A escola tem se definido pela cultura da avaliação. Para Araci Hack Catapan 13,
constata-se que “a avaliação tem se tornado o meio e o fim do processo pedagógico,
convertendo-se de certa maneira, na própria cultura escolar”. Para ela a avaliação feita a
11
Rubem Alves – Escritor, conferencista e educador. Defende a idéia de que a escola precisa ser um lugar
prazeroso, que se confunde com a própria vida. Ser feliz agora.
12
Angélica Satiro – pós-graduada em temas Filosóficos. Autora de inúmeros artigos na área da Educação.
E diretora do grupo Pitágoras.
13
CATAPAN, Araci Hack. Mestra em Educação, Doutora em Engenharia de produção e professora de
Didática e Metodologia do ensino superior da Universidade Federal de Santa Catarina. Escritora.
21
A avaliação não é uma ação isolada da ação pedagógica, portanto, não pode ser
tratada como uma ação sobre a ação pedagógica, mas, uma ação no processo.
Os castigos físicos salvo em casos raros, foram extintos, mas permanece ainda
com freqüência uma forma “mais sutil” de castigar, onde o professor cria um clima de
medo, tensão e ansiedade entre os alunos. É a “violência simbólica”.
14
LUCKESI, Cipriano Carlos. Prática Escolar: do erro como fonte de castigo, do erro como fonte de
virtude em Avaliação da Aprendizagem Escolar: 12ª ed. São Paulo. Cortez. 2002.
22
16
SACRISTÃ, José Perez G. Gimeno. Em A compreender y transformar la Ensenanza, 1992.p.366, do
texto de Marli Eliza Dalmazo Afonso de André. Além da meritocracia e do Fracasso. Caderno de
Pesquisas, São Paulo, 1996 nº 99. Nov. p.16 – 20.
17
Feles Perrenoud (1992) apud ANDRÉ (1996). É um dos grandes expoentes nos assuntos educacionais
que tratam da polêmica avaliação escolar.
24
defende a avaliação formativa18, que em suas palavras é uma observação intensa posta a
serviço de uma educação sob medida. Contudo ele adverte: “... não basta saber observar,
é preciso agir em função da observação”. A observação formativa, portanto, só será
realmente efetiva se ajudar a esboçar um plano de ação.
18
O primeiro escritor a usar a expressão foi o educador americano Michael Seriven em seu livro
Metodologia da Avaliação (1967). Segundo ele, só com observação sistemática o educador consegue
aprimorar as atividades de classe e garantir que todos aprendem. (Denise Pellegrine. 2003).
19
PCN‟s – Ministério de Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Básica. Vol. 5. 1997.
26
Por volta de 1870 houve a ampliação dos programas curriculares das disciplinas
de ciências físicas, de História Natural com os professores, metodológicos chamados
“lições de coisas” e com os tópicos sobre História e Geografia Universal, História do
Brasil e História Regional.
Até então a escola tinha uma prática bastante simplificada e nem sempre eram
efetivadas na sala de aula. Os métodos eram baseados na memorização e repetição oral
dos textos escritos. Os recursos didáticos restringiam-se a fala do professor e alguns
livros didáticos seguindo o modelo dos catecismos com perguntas e respostas. Ensinar
História era, então, transmitir o programa oficial através dos “pontos”20 estabelecidos
nos livros didáticos.
20
Os “Pontos” eram retirados dos livros didáticos, ditados oralmente aos alunos, que os copiavam,
decoravam (memorizavam) e depois tinham que repetir oralmente para o professor sem esquecer uma só
palavra: eram as “lições de cor”.
21
IDEM.
27
Nas salas de aula a prática “continua exigindo as „lições de cor‟ com datas e
nomes dos personagens considerados mais significativos da História”23. Os exames
finais de admissão ao ginásio e ao ensino superior ganham mais importância neste
período e significava a garantia de bom desempenho dos alunos.
22
Segundo PCN‟s Ensino Fundamental, tal ideologia já fazia presente nos programas e livros didáticos
que incorporavam “a tese da democracia racial, da ausência de preconceitos raciais e étnicos.
23
Idem – “lições de cor” representava a total memorização dos textos.
28
Com a Lei 5692/ 71 (governo militar) efetivou-se a criação dos Estudos Sociais,
esvaziando-se os conteúdos de História e Geografia que ganhavam um “contorno
ideológico” para justificar o governo militar.
Os alunos passam a ser considerados – com novos estudos na área das ciências
pedagógicas e com as reformas que introduzem a nova LDB nº 9394/ 96 de 20/12/96 –
como atuantes ativos do processo de construção do conhecimento. Neste contexto,
reafirmar a importância do ensino de História é mais que fortalecer a identidade
nacional e sim contribuir para o desenvolvimento dos alunos como sujeitos conscientes
e atuantes na prática da cidadania.
24
Idem.
2. CAPÍTULO II: - HISTÓRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL EM
PRESIDENTE OLEGÁRIO
A cidade de Presidente Olegário conta com duas escolas que atendem a clientela
do ensino fundamental 5ª a 8ª série. Uma estadual e uma municipal.
Nestes termos, a visão linear dos fatos históricos dá lugar a outras abordagens,
como por exemplo, as propostas curriculares por eixos temáticos.
Pode-se até afirmar, a partir desta recente história que a disciplina História não
teve tempo de se configurar, a partir de seus princípios, em constantes mudanças.
Ademais, sua natureza conflitante e flexível pressupõe vulnerabilidade e conflitos
naturais.
25
“A licenciatura curta em Estudos Sociais contribuiu, em parte, para um afastamento entre universidades
e escolas de primeiro e segundo graus e prejudicou o diálogo entre pesquisa acadêmica e o saber escolar,
dificultando a introdução de reformulações do conhecimento histórico e das ciências pedagógicas no
âmbito da escola”. (PCN‟s História p.25).
32
26
Isso pode ser identificado como indício da má remuneração do professor que precisa ter dois cargos na
educação, restringindo seu tempo para ampliar seus estudos e investir na continuação de sua formação.
33
(50%) Estadual
(67%)
Fundamental (33%)
Municipal
(33%) Médio
(17%)
Estadual/
Municipal
Quanto aos aspectos que precisam melhorar 40% dos entrevistados afirmam que
falta incentivo do governo, 40% indicam o excesso de trabalho (falta de tempo devido à
carga horária excessiva) como causa de não ter boa qualidade sua atuação e 20%
acusam os recursos didáticos como ineficientes para melhorar qualidade de seu trabalho.
(2 0 % ) R e c u rs o s
D id á tic o s
(4 0 % ) In c e n tiv o
d o G o v e rn o
(4 0 % ) E x c e s s o
d e T r a b a lh o
34
Segundo os que afirmam ter uma boa atuação em todos os aspectos, os fatores
que mais contribuíram para isso são em 50%, atribuído a leituras e estudos contínuos
(ou seja, a formação continuada dos professores). 25% afirmam que essa eficiência é
devida a cursos e treinamentos e 25% atribuem à formação acadêmica.
(50%)Leituras e
Estudos
Contínuos
(25%) Cursos e
Treinamentos
(25%) Formação
Acadêmica
Os dados revelam, portanto, que o ensino básico não deu suporte à formação dos
profissionais de História.
(49%) A
Transmissão
da Matéria
(17%) A
Formação dos
Professores
(17%) Os
Livros
Didáticos
(17%) O
número
Reduzido de
Aulas
A análise das amostras recebidas indica que a maioria dos alunos pesquisados
(54%) têm até 15 anos e cursam o ensino fundamental. 23% estão na faixa etária entre
15 e 20 anos e cursam o ensino médio. O restante da amostragem (23%) constitui o
contingente de ex-alunos; destes, 8% tem entre 20 e 30 anos e 15% aproximadamente
têm acima de 40 anos. Dos entrevistados apenas 31% são do sexo masculino, sendo
69% do sexo feminino.
37
(54%) Até 15
anos
(23%) De 15 a
20 anos
8% De 30 a 40
anos
(15%) Mais de
40 anos
Quanto à profissão dos entrevistados verifica-se que, dos ex-alunos, 15% são
hoje professores (de 1ª a 4ª série), sendo 8% com curso superior e 8% com magistério e
em nível de 2º grau (hoje ensino médio). Os outros 8% dos ex-alunos exercem profissão
no comércio e cursaram até o Ensino Médio. Dos atuais alunos, apenas 8% trabalham.
(34%) Década
de 70
(33%) Década
de 80
(33%) Década
de 90/ 2000.
38
Quanto às aulas de história, 20% dos entrevistados indicam que são (ou eram)
ótimas ou interessantes, 25% que são (ou eram) boas, 25% que são (ou eram) regulares
e ainda 05% afirmam serem ruins ou cansativas. Sobre o grau de dificuldade da
disciplina 69% consideram-na fácil e 31% acham que é ou era difícil.
A análise dos dados indica que o currículo de História (ou seja, os conteúdos da
disciplina) são escolhidos pelos professores da área em 66% das respostas. 17% dizem
que quem escolhe é o Estado e ainda 17% afirmam que é a escola.
Os dados analisados revelam que os alunos que atualmente estudam tiveram aula
de História em todas as séries do nível fundamental e médio, porém os ex-alunos e os
alunos que estudaram o ensino fundamental, até 1995 argumentam, que nas quatro
primeiras séries não estudaram História, mas sim Estudos Sociais28. 67% dos ex-alunos
que fizeram o segundo grau na década de 70, não tiveram História neste nível de ensino
e sim Educação Moral e Cívica e O.S.P.B. (PCN História p.p.25).
28
O primeiro capítulo trata com mais profundidade essa questão quando sintetiza a história da disciplina
História. A disciplina só volta a ser trabalhada de forma individualizada nas quatro primeiras séries do
ensino fundamental, no ano de 1995. Também o ensino de História no ensino médio foi esvaziado a partir
do governo militar que deu ênfase ao ensino cívico.
41
Ao serem questionados sobre a metodologia usada nas aulas e História, 50% dos
professores dizem usar um método construtivista29, 17% eclético, 17% tradicional e
17% se confundiu atribuindo a sua forma de trabalhar a métodos ecléticos e tradicionais
ao mesmo tempo.
No questionário dos alunos 100% das respostas dizem que a maneira de expor a
matéria pelo professor é através de explicação do assunto (ou seja, o professor é um
repassador do conhecimento). 31% das respostas indicam que os professores ainda usam
o questionário30 na aprendizagem de História. Apenas 16% dos alunos admitiram que
professor propõe debate para sondagem de experiência dos alunos.
Quanto aos recursos didáticos utilizados nas aulas de história a pesquisa revela
que são os mais rotineiros possíveis quase que na base do “cuspe e giz”.
29
Método construtivista – onde o aluno é o sujeito da construção do ensino aprendizagem e o professor é
o mediador entre o aluno (o sujeito) e o objeto do conhecimento.
30
Observa-se que o questionário é usado como exercício para facilitar a “memorização” ou seja, “facilitar
o aluno a estudar” para as provas. Na maioria dos casos não é atividade para avaliação com notas para o
cômputo do bimestre.
42
ÀS NÃO/ NÃO
SEMPRE VEZES NUNCA RESPONDEU
Trabalho em grupo 5 83% - - - - 1 17%
Pesquisa 5 83% - - - - 1 17%
Entrevistas - - 3 50% 1 17% 2 33%
Excursões e visitas - - 1 17% 1 17% 4 67%
Debates 1 17% 2 33% - - 3 50%
Palestras 1 17% 2 33% 1 17% 2 33%
Pesquisa de campo - - 2 34% 2 34% 2 33%
Questionário dos Professores.
No questionário feito aos alunos os recursos didáticos mais usados são os
vídeos31, 69% das respostas. As excursões e visitas; as entrevistas; mapas, documentos e
jornais; os debates; e ainda as dinâmicas de grupo32, recebem 31% das respostas. Os
relatórios ocupam a casa dos 23% e apenas 7% as aulas ao ar livre.
Desta forma, as respostas dos questionários dos alunos diferem das dos
professores. Tal divergência caracteriza incoerência e deslealdade nas informações
oferecidas, fatores que interferem na qualidade dessa pesquisa.
31
Os vídeos não foram listados na pesquisa aos professores.
32
Observa-se que os alunos interpretam a dinâmica de grupo como o trabalho em grupo indicado pelos
professores, já que é um dos mais evitados na pesquisa feita os alunos e aos professores.
43
Vídeos 9 69%
Excursões 4 31%
Entrevistas 4 31%
Mapas, Documentos, Jornais. 4 31%
Debates E Palestras 4 31%
Dinâmica De Grupo 4 31%
Relatórios 3 23%
Cantos, Hinos, Músicas. 2 15%
Revistas 2 15%
Aula Ao Ar Livre 1 7%
Outros 2 15%
Questionário dos alunos (Respostas Múltiplas).
Para 50% dos professores o livro didático é o suporte para as aulas de História.
50% diz complementar com outros textos e recursos didáticos.
(38%) Há liberdade de
participação
(10%) Outros
cópia do quadro) 23%; ameaça os alunos com provas33 castigos (30%), entre outros
métodos.
33
O item 3 do primeiro capítulo trata deste assunto em que as provas (e as notas) são usadas como
ameaça na pedagogia do medo. (LUKESI/ Hoffmann).
3. CAPÍTULO 3: - AVALIAÇÃO EM HISTÓRIA NO ENSINO
FUNDAMENTAL EM PRESIDENTE OLEGÁRIO
Desta forma a avaliação precisa ser vista como integradora do processo ensino/
aprendizagem e não como uma atitude isolada na educação. Considerando assim, e
levando em conta os novos propósitos que norteiam em sintonia com os objetivos, os
procedimentos didáticos e principalmente os fins da educação atual.
34
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (5ª a 8ª Séries) “A avaliação não deve mensurar
simplesmente fatos ou conceitos assimiladores, deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador
avaliar o seu próprio desempenho como docente, refletindo sobre as intervenções didáticas e outras
possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos” PCN‟s: História.P.62.
48
(17%) Provas
Mistas,
Trabalhos e
Questionários
(17%) Provas
Mistas, Textos,
Gravuras,
Mapas
(16%) Todo
tipo de
Exercício
Verifica-se que apenas 17% dos professores se referem a trabalhos como forma
de avaliação, o que indica contradição uma vez que 83% das respostas indicam que
administram trabalhos em grupo e pesquisa como recursos metodológicos, entre outros,
que também não aparecem nas formas de avaliação35.
Os dados mostram, portanto, que se tais recursos são usados nas escolas em
Presidente Olegário, eles não são avaliados. Tais procedimentos não devem ser
efetivados na prática, pois não se pode conceber a idéia de que o professor usa tais
recursos e não faz dele uma avaliação do que o aluno pode conhecer, analisar,
estabelecer relações, generalizar, identificar, descrever, relacionar, comparar, ordenar;
ou seja, a própria estrutura desses recursos já exige tais procedimentos.
mesma fonte, observa-se que apenas 15% dos alunos fazem provas com questões
discursivas, ou seja, marcar a resposta e justificar a escolha.
(61%) Provas
Mistas
(31%) Só Provas
Objetivas
(15%) Provas de
Marcar e
Justificar
(8%) Só Provas
Objetivas
(100%) Só Prova
Escrita
As dificuldades dos alunos (entendidos aqui como falta de notas para passar de
ano) que são na maioria das vezes (46% das respostas do questionário dos alunos), é
notificado a estudar mais, ou seja, “tem que se virar sozinho”.
TOTAL 13 100%
Questionário de Alunos.
Uma pequena porcentagem dos dados observados mostra que alguns professores
estão interessados em conhecer e analisar as novas propostas e já administram, mesmo
em pequena escala, os procedimentos metodológicos sugeridos. Porém, há uma certa
contradição nas respostas quanto à avaliação das atividades o que deixa dúvida quanto à
efetivação das mudanças que a pesquisa indica.
ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Avaliaçao Escolar Além da Meritocracia e do
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EDIPE
Enciclopédia Didática De Informação E Pesquisa Educacional.V. 4 e 6. CE 4ª ed. São
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PELLEGRINI, Denise. Avaliar para ensinar melhor. Revista Nova Escola. Ano XVIII nº
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ANEXOS