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SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E CULTURA

DIREÇÃO REGIONAL DA EDUCAÇÃO


ESCOLA BÁSICA INTEGRADA CANTO DA MAIA – PONTA DELGADA
Ficha de Avaliação de Português Data: 02 / 12 / 2022 Ano Letivo 2022 / 2023

Nome: _____________________________________________________ N.º: _____ Turma: ____ 5.º Ano

Avaliação: ___________________________ ( ______%) A Prof. Rosa Teixeira O Enc. De Ed. _______________


____

Lê o seguinte texto com muita atenção.

A Terra não é o centro do mundo!


GRUPO I
PARTE
A nossa estrela, o Sol, está A – LEITURA
no centro de um E ESCRITA
sistema planetá rio do qual o nosso
querido planeta faz parte. Durante muito tempo, os homens pensavam que a Terra
se mantinha imó vel no centro de um Universo fixo. Esta visã o parece-te
estapafú rdia, nã o é ? Fica sabendo, no entanto, meu caro, que esta ideia ainda era
aceite há apenas 500 anos! O grande astró nomo, geó grafo, físico e matemá tico
Clá udio Ptolomeu, que viveu aproximadamente do ano 100 ao ano 170, pensava
que em redor da Terra giravam a Lua, o Sol e os outros planetas. Fechado numa
enorme esfera, o Universo que tinha imaginado estava rodeado de estrelas
imó veis... Parece incrível, mas o grande tratado de astronomia escrito por
Ptolomeu, O Almageste, foi efetivamente a referê ncia dos astró nomos durante 1500
anos!
Foi o astró nomo polaco Nicolau Copérnico que esteve na base da grande revoluçã o
astronó mica do século XVI. Em 1515, afirmou nada mais, nada menos do que a Terra
NÃ O É o centro do Universo! Segundo o cientista, o nosso planeta giraria em torno do
Sol, como todos os outros planetas do Sistema Solar. Nã o fazes ideia de como estas
afirmaçõ es foram revolucioná rias para as pessoas da época, mas sobretudo
enriquecedoras para o curso da Histó ria…

É claro que sabemos hoje que este pensador com ideias originais tinha razã o... A
Terra, à semelhança dos outros sete planetas do Sistema Solar, gira, de facto, à
volta da nossa estrela, o Sol. Este desfile de astros compõ e em grande parte o
Sistema Solar.

Professor Genius, O meu álbum do universo, Sintra, Impala Editores, 2006, pp. 26-27 (texto
adaptado)

1. Classifica as seguintes afirmações relacionadas com Nicolau Copérnico


como verdadeiras (V) ou falsas (F), de acordo com o texto.
a) Nicolau Copérnico foi um astró nomo polaco.

b) Nicolau Copérnico viveu no século XVII.

c) Nicolau Copérnico afirmou que a Terra nã o é redonda.

d) Nicolau Copérnico afirmou que a Terra nã o é o centro do Universo.

e) Nicolau Copérnico defendeu que a Terra girava à volta do Sol.

f) Nicolau Copérnico defendeu que a Terra era o ú nico planeta


Nicolau Copérnico
que girava em volta do Sol.

g) Nicolau Copérnico revolucionou a astronomia.

h) Nicolau Copérnico foi importante a nível histó rico.

2. Transcreve frases do texto que comprovem as afirmações seguintes.


2.1. Antigamente, considerava-se que a Terra nã o se movia e que era o centro do Universo.

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2.2. Clá udio Ptolomeu defendia que os planetas giravam à volta da Terra.

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2.3.Ptolomeu escreveu um tratado que, durante muitos anos, foi importante para os
astró nomos.

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2.4. No século XVI, Nicolau Copérnico revolucionou as noçõ es de astronomia existentes.

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2.5. As ideias de Copérnico continuam atuais.

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2.6. A Terra gira à volta do Sol.

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GRUPO I
PARTE B – EDUCAÇÃO LITERÁRIA
Lê o conto que se segue, com muita atenção. Em caso de necessidade, consulta o
vocabulário.

Frei João Sem Cuidados

Frei Joã o Sem Cuidados era um homem que com nada se afligia.
Corria-lhe a vida à maneira porque, como frade, nã o precisava de ganhar dinheiro
para sustentar mulher nem de ouvir a choradeira dos filhos. Ria-se de todos os homens
casados porque nã o tinha de aturar uma sogra. Dormia e comia à fartazana no convento.
Passeava pelas ruas, conversando com toda a gente e, quando estava cansado, sentava-
se na frescura silenciosa da igreja, a rezar.
Dava conselhos com um sorriso, resolvia problemas num abrir e fechar de olhos.
Tanto o rei ouviu falar do frade, que pensou metê-lo em trabalhos.
– Ando eu para aqui a preocupar-me com os negó cios do reino, sem saber como
resolvê-los
e o felizardo com fama de nã o ter cuidados...
Mandou-o chamar à sua presença, falando-lhe com cara de poucos amigos:
– Dou-te vinte e quatro horas para responderes a três perguntas: Aonde fica o meio da
Terra? Quanta á gua há no mar? Em que estou eu a pensar? Se nã o acertares, mando-te
cortar a cabeça porque afinal nã o te serve para nada.
Pela primeira vez na vida, sentiu-se o frade preocupado.
Consultou os sá bios do reino, folheou os poeirentos alfarrá bios1 da biblioteca mas em
parte alguma achava resposta para aqueles enigmas.
Pediu ajuda aos santinhos dos altares mas os santos de pau carunchoso 2 nem se
dignaram abrir a boca.
Sentou-se entã o numa pedra, desesperado.
Passou um moleiro que, ao ver o rio de lá grimas que lhe nascia dos olhos, quis saber o
que se passava.
Contou o frade a conversa do rei e logo o outro ali o consolou:
– Nã o se preocupe, Frei Joã o Sem Cuidados. Empreste-me a sua fatiota que amanhã eu
irei ao palá cio real em seu lugar. Somos da mesma altura, a minha barriga é tã o grande
como a sua...
– E se o rei manda cortar-te a cabeça?
O outro riu-se a bom rir enquanto trocavam de roupa.

No dia seguinte apresentou-se o moleiro na sala do trono, diante de toda a corte.


Puxou
o capuz até ao nariz para nã o ser reconhecido.
– Ora vamos lá a saber onde fica o meio da Terra... – disse o soberano, trocista.
O moleiro nem hesitou:
– Nã o há pergunta mais fá cil. Toda a gente sabe que a Terra é redonda como a laranja
– respondeu ele, tirando uma da algibeira. – Onde fica o meio deste fruto? Em qualquer
parte, porque é redondo.
Sentiu-se o rei embatucado3 com aquela resposta mas nã o se deu por achado.
– Pois agora, diz-me, sem errares, quanta á gua há no mar.
O moleiro nã o tinha papas na língua.
– Qual a dificuldade? Facilmente se mede a á gua do mar. Basta Vossa Majestade
mandar tapar primeiro a foz de todos os rios para nã o se misturar a á gua doce com a
salgada.
Ficou o rei perplexo com a esperteza do homem e calou-se pois nã o achava
maneira de barrar todos os rios.
– Bem, finalmente vais adivinhar em que estou eu a pensar.
O falso frade, mais uma vez, nã o se atrapalhou.
– Pensa Vossa Majestade que está a falar com Frei Joã o Sem Cuidados. Mas veja bem
quem eu sou... o Zé Moleiro!
Isto dizendo, destapou a cara.
– Pois enganaste-me bem enganado! – confessou o rei, meio engasgado. – Tenho de
dar o braço a torcer. Podes fazer-me um pedido, que bem o mereces. Queres uma bolsa
de ouro? Um burro para carregares farinha? Um moinho novo?
O espertalhã o nã o demorou a falar.
– Quero que Vossa Majestade me diga onde é o lugar das cabeças.
– Em cima dos pescoços, está bem de ver.
– Pois entã o, deixe-as ficar no sítio delas, que é onde se sentem bem.
Parece que o rei seguiu o conselho e Frei Joã o Sem Cuidados continua sem cuidados.

Luísa Ducla Soares, Contos para rir, Porto, Civilização Editora, 2003, pp. 53-58

Vocabulário:
1
alfarrábios – livros antigos e geralmente de grandes dimensões;
2
carunchoso – que está cheio de caruncho, degradado, velho;
3
embatucado – sem capacidade para responder, atrapalhado.
1.Assinala com X, de 1.1. a 1.3., a opção que completa corretamente cada frase, de acordo
com o sentido do texto.

1.1. Frei Joã o Sem Cuidados


A. era um homem muito aflito.
B. era um homem sem preocupaçõ es.
C. nã o tinha cuidado com nada.
D. era um homem muito infeliz.
1.2. A vida de Frei Joã o Sem Cuidados corria bem, porque
A. nã o precisava de sustentar ninguém.
B. tinha de aturar uma sogra.
C. dormia e comia o suficiente na aldeia.
D. passeava pela rua e nunca estava cansado.
1.3. O Frei Joã o Sem Cuidados
A. rezava debaixo de á rvores para sentir frescura.
B. nã o gostava de dar conselhos.
C. sorria quando resolvia problemas.
D. resolvia problemas rapidamente.

2. “Tanto o rei ouviu falar do frade, que pensou metê-lo em trabalhos.” (linha 7)

2.1. Transcreve as questõ es colocadas pelo rei ao Frei Joã o Sem Cuidados.

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2. O que aconteceria a Frei Joã o Sem Cuidados se nã o desse as respostas corretas ao rei?

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3. Indica o sentimento do frade depois da conversa com o rei.

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4. Refere o que fez o Frei Joã o Sem Cuidados para encontrar as respostas para dar ao rei.

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6. ”Sentou-se entã o numa pedra, desesperado.” (linha 19)


6.1. Identifica a personagem que consolou o Frei Joã o Sem Cuidados.
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7. Explica o motivo que levou o moleiro a disfarçar-se de Frei Joã o Sem Cuidados.

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8. Consideras que o moleiro conseguiu atingir o seu objetivo? Justifica a tua resposta.

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9. Identifica o recurso expressivo presente em “a Terra é redonda como a laranja” (linha 31).

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GRUPO II
GRAMÁTICA
1. Identifica a classe e a subclasse da palavra sublinhada na seguinte frase.
“Pela primeira vez na vida, sentiu-se o frade preocupado.” (linha 14)
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3. Lê a frase seguinte.
Toda a gente precisa de saber que a Terra é redonda como a laranja.

5. Lê a frase seguinte.
A minha barriga é tã o grande como a sua.
5.1. Identifica o grau em que se encontra o adjetivo presente na frase.
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GRUPO IV

“Sentou-se então numa pedra, desesperado.


Passou um moleiro que, ao ver o rio de lágrimas que lhe nascia dos olhos, quis saber o que se passava.”
(linhas 19-21)

Continua a narração do conto a partir do momento acima transcrito, imaginando um desfecho diferente para esta
história.
Para isso, deves:
• fazer um rascunho das ideias fundamentais do texto;
• escrever de forma coerente e correta;
• escrever um mínimo de 120 e um máximo de 180 palavras e, no final, rever o texto e corrigir aquilo que achares
necessário.

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