Você está na página 1de 3

FESTIVIDADE DOS JUDEUS: Sucot- A Festividade das barracas ou das tendas

Sucot (do hebraico ‫ סוכות‬ou ‫סֻ ּכֹות‬, sukkōt, "cabanas" ou "tendas") é um festival
judaico que se inicia no dia 15 de Tishrei de acordo com o calendário judaico.
Também conhecida como Festa dos Tabernáculos ou Festa das Cabanas ou Festa
das Tendas ou, ainda, festa das colheitas, tendo em vista que coincide com a estação
das colheitas em Israel, no começo do outono. A palavra “tabernáculo” origina-se da
palavra latina “tabernaculum” que significa “uma cabana, um abrigo temporário”. No
original hebraico a palavra equivalente é Sucá, cujo plural é Sucot. É uma das três
maiores festas, conhecidas como Shalosh Regalim, onde o povo de Israel
peregrinava para o Templo de Jerusalém. A Festividade das Barracas, ou Sucot,
celebrava o recolhimento dos frutos do solo, “os produtos da terra”, os quais
incluíam cereais, azeite e vinho. (Levitico 23:39). Na época dos Israelitas, durante os
seus sete dias, os judeus reunidos em Jerusalém moravam em barracas ou
tabernáculos, de acordo com o nome da celebração. Ela começava cinco dias após o
dia da Expiação, que ocorria anualmente em 10 de tisri, sendo que por ele a nação de
Israel era restabelecida numa relação pacífica com Deus. De modo que a festividade
das barracas começava numa época bem propícia, e durava de 15 a 21 de tisri, um
número completo de dias com uma assembléia solene no dia 22. Requeria-se de
todos eles morarem em barracas (hebr.: suk·kóhth) durante os sete dias da
festividade. Cada família costumava ocupar uma barraca. (Êxodo 34:23; Levitico
23:42)
Com mais freqüência era chamada de festividade das barracas, mas por duas vezes é
chamada de festividade do recolhimento. (Êxodo. 23:16; 34:22) Por exemplo, Êxodo
23:16, 17, declara: “Também a festividade da colheita dos primeiros frutos maduros
dos teus trabalhos, daquilo que semeias no campo; e a festividade do recolhimento, à
saída do ano, quando recolheres dos campos os teus trabalhos. Três vezes por ano,
todo macho teu comparecerá perante a face do verdadeiro Senhor Jeová”. Também
Êxodo 34:22 fala sobre “a festividade do recolhimento na volta do ano”.
Deuteronômio 16:13 -15 menciona-a como sendo a festividade das barracas, dizendo:
“Deves celebrar para ti a festividade das barracas por sete dias, quando fizeres o
recolhimento da tua eira e do teu lagar de azeite e vinho. E tens de alegrar-te durante
a tua festividade, tu e teu filho, e tua filha, e teu escravo, e tua escrava, e o levita, e o
residente forasteiro, e o menino órfão de pai, e a viúva, que estão dentro dos teus
portões. Por sete dias celebrarás a festividade para Jeová, teu Deus, no lugar que
Jeová escolher, porque Jeová, teu Deus, te abençoará em todos os teus produtos e
em todo ato da tua mão, e tens de ficar de todo alegre.”

Durante esta festividade, o número de sacrifícios oferecidos era maior do que em


qualquer outra festividade do ano. O sacrifício nacional, começando com 13 novilhos
no primeiro dia e diminuindo um por dia, totalizava 70 novilhos sacrificados, além de
119 cordeiros, carneiros e cabritos, em adição às ofertas de cereais e de vinho.
Durante a semana, os presentes também apresentavam milhares de ofertas
individuais. (Números 29:12-34, 39) No oitavo dia, em que não se podia fazer nenhum
trabalho laborioso, apresentavam-se um novilho, um carneiro e sete cordeiros de um
ano, como oferta queimada, junto com ofertas de cereais e de bebida, bem como um
cabrito como oferta pelo pecado. — Números 29:35-38.

Nos dias de hoje, multidões entre 50 a 100 mil pessoas se reúnem aos pés do Muro
das Lamentações, participando da Benção dos Sacerdotes. A festividade relembra os
40 anos de êxodo dos hebreus no deserto após a sua saída do Egito. Nesse período o
povo judeu não tinha terra própria; eram nômades e viviam em pequenas tendas ou
cabanas frágeis e temporárias. Como forma de simbolizar este período, durante a
celebração de Sucot, os judeus fazem suas refeições sob folhas e galhos ao ar livre,
em uma sucá. A sucá deve ser erguida ao ar livre e ser constituída de palha ou
folhagem, que possibilite ver o céu. Deve ter pelo menos 3 paredes, as quais não
devem estar pregadas ao teto. Além desta passagem pelo deserto, a sucá também
simboliza todos os judeus que moram na diáspora, ou seja, fora de Israel. Outra
pratica que se faz em Sucot é a oferenda da água. Esta era uma cerimônia que
precedia a época das chuvas e a água. Por ser um elemento vital, era implorada a
Deus pelos camponeses. Também faz parte do ritual o uso dum ramo com quatro
espécies, precisamente chamado de arba'á minim, em hebraico, que são lulav, etrog,
hadass e aravah.

O uso de quatro espécies de plantas é prescrito em Levítico 23.40: tomareis fruto de


árvores formosas, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas e salgueiros de
ribeira…” A Bíblia não especifica com precisão quais as espécies de árvores e frutas
devem ser usadas. As autoridades judaicas deduziram e a tradição consagrou que “a
fruta de árvore formosa” significa a cidra (etrog); “ramos de palmeiras” seriam ramos
da tamareira (lulav); “ramos de árvores frondosas” referindo-se ao mirto (hadassim);
e “salgueiros de ribeira” ao familiar salgueiro (aravot). Essas quatro espécies formam
o molho de sucot que seguramos e abençoamos em cada dia da semana durante a
Festa das barracas.
__________________________

*Glórias seja dado ao nome de Jesus Cristo o SENHOR.

_By José Nilton

Você também pode gostar