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SEMEANDO VIDA E PAZ

BIBLIOLOGIA

INTRODUÇÃO A BÍBLIOLOGIA
Na teologia, a bibliologia é a matéria da teologia sistemática que estuda a Bíblia Sagrada
em seus principais aspectos, desde sua origem e composição até seu processo de
publicação e preservação para estar disponível a pessoas de diferentes épocas e lugares.

A palavra “bibliologia” vem do grego e é formada por dois vocábulos em particular: biblion,
que significa “livro”, e o sufixo logia – de logos –, que significa “palavra” ou “lógica”. De
forma não teológica, essa palavra é aplicada para designar a ciência que estuda livros em
geral. Mas no campo teológico muitas vezes é comum o uso dessa palavra para designar a
matéria que estuda a Bíblia como a auto-revelação de Deus para o homem. Então nesse
sentido teológico, a palavra “bibliologia” indica a Doutrina das Escrituras.

Também é comum que dentro do estudo da teologia sistemática a bibliologia seja abordada
dentro de uma disciplina maior geralmente chamada de “Doutrina da Revelação”. Essa
matéria estuda como Deus se revela ao homem e aborda os diferentes tipos da revelação
divina – revelação geral e revelação especial – em todos os seus aspectos. Daí a bibliologia
é a porção dessa matéria que aborda a Escritura como revelação especial de Deus para o
homem.

Os principais temas estudados na bibliologia


Basicamente a bibliologia procura responder a seguinte pergunta: Como pode ser possível
que Deus tenha se auto-revelado através da Escritura – um livro escrito por homens?

Então para abordar esse tema central de forma correta, a bibliologia começa tratando
acerca do que é a Bíblia de fato, e por que ela é mesmo a Palavra de Deus. Nesse sentido,
a bibliologia aborda temas cruciais para a Fé Cristã, tais como:

A origem e a composição da Bíblia: procura responder como a Bíblia surgiu considerando


as questões da revelação e inspiração da Escritura. É nesse ponto que aprendemos como
foi que a auto-revelação de Deus foi registrada por homens na Escritura.
A infalibilidade da Bíblia: procura responder por que a Bíblia é totalmente confiável apesar
de ter sido escrita por homens.
A inerrância da Bíblia: é um desdobramento da infalibilidade e mostra de forma clara que na
Bíblia não há qualquer erro ou contradição.
A autoridade da Bíblia: enfatiza a plena autoridade que a Bíblia possui sendo, ela mesma, a
verdadeira Palavra de Deus. A Bíblia é a única regra de fé e prática para o povo do Senhor,
e possui total autoridade em tudo o que ela aborda.
A suficiência da Bíblia: procura mostrar que a Bíblia está completa, de modo que não há
mais nada a ser revelado de forma especial da parte de Deus para o seu povo. A Bíblia é
suficiente, ou seja, nela há tudo o que o homem precisa saber acerca de quem é Deus, o
que Ele faz, qual é a Sua vontade para nós, e como podemos ter um relacionamento
salvífico com Ele.
A canonicidade da Bíblia: procura mostrar como se deu o processo de formação e
organização do Cânon da Escritura – tanto do Cânon do Antigo Testamento quanto do
Cânon do Novo Testamento. Nesse estágio a bibliologia também aborda o processo de
preservação da Escritura; isto é, o modo como o próprio Deus esteve envolvido em garantir
que sua auto-revelação registrada da Escritura fosse preservada de forma íntegra e fiel para
estar disponível a pessoas de diferentes épocas e lugares, mesmo depois de tantas cópias
e traduções.
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COMO SURGIU A BÍBLIA

Manual de vida de todo cristão, a bíblia é, sabidamente, o livro mais vendido no


mundo, tão querida quanto odiada. Com o surgimento de novas tecnologias e novos
conhecimentos, muitas pessoas e sociedades preferem deixa-la de lado para viverem
suas vidas como julgam ser melhor. Para fiéis ou para céticos, a dúvida de como
surgiu a bíblia sagrada é constante. Para o cristão é fundamental entender e conhecer
a origem de sua fé. Neste texto vamos entender um pouco melhor como surgiu este
livro interessante que provoca tantos sentimentos, mas que, para o cristão, serve de
conduta de fé. Mais do que ler este livro, a doutrina cristã prega a vivência de suas
palavras e ensinamentos.
Os textos originais não existem mais. Tudo o que temos hoje são cópias de cópias.
Por mais antigos que sejam, os fragmentos que podemos ver em alguns museus são
apenas cópias dos originais, que se perderam com o tempo. Conhecer seus textos
originais é fundamental para estudarmos a bíblia e fortalecermos nossa fé, bem como
evitar cometer alguns erros ao ler e interpretar alguma passagem da bíblia.

As escrituras sagradas do antigo testamento foram escritas, a maioria delas, em


hebraico. Alguns trechos, no entanto, foram escritos em aramaico, idioma ainda
falado por alguns poucos povos, principalmente na região da atual Síria. As
passagens bíblicas mais confiáveis que temos hoje são cópias de textos em hebraico
(antigo testamento) e do grego (novo testamento).

No Brasil, adota-se o modelo da versão de Sttutgart como a mais recomendada para


se traduzir o Antigo Testamento.

Ajuntamento do Velho Textamento


Os livros do Antigo Testamento começaram a ser escritos quando profetas, reis e
sacerdotes judeus perceberam a importância de registrar fatos históricos e
mencionar acontecimentos sobrenaturais, que relatavam a comunhão entre o povo
judeu e Deus.

Com o passar do tempo estes livros começaram a formar pequenas coleções,


categorizadas por assunto, escrituras, Leis e profetas, por exemplo. Os livros das
Leis são os cinco primeiros livros da Bíblia, creditados a Moisés. Os livros dos
profetas são os livros escritos por Isaías, Ezequiel, Jeremias, Josué, Samuel, os doze
profetas menores e os dois livros de Reis. Já os livros considerados como escrituras
são os livros de Salmos, Provérbios, Cantares, Ester, Jó, Rute, Lamentações,
Eclesiastes, Daniel, Neemias, Crônicas, Rute e Esdras.

Como eram os primeiros livros?

Os livros eram escritos em pele de carneiro separadamente. No entanto, de acordo


com estudos históricos, era comum que as Leis fossem escritos em dois
pergaminhos apenas. A maioria deles eram escritos em hebraico, mas existiam
alguns trechos que foram escritos em aramaico. Estudos recentes apontam para um
pergaminho com trechos de Isaías como o mais antigo manuscrito da bíblia. Foi
descoberto em 1947 com vários outros livros na região do Mar Morto.

A descoberta dos pergaminhos do Mar Morto foi um achado histórico sem


precedentes, pois nos ajuda a entender mais do que apenas como surgiu a bíblia,
mas também como ela era copiada sem mudanças de palavras.
Novo Textamento

Os primeiros manuscritos do Novo Testamento foram as cartas escritas por Paulo


levadas a pequenos grupos dos primeiros cristãos. Apesar de serem direcionados a
pequenos grupos, logo outras comunidades solicitavam cópias, e assim as cartas de
Paulo ganharam inúmeras cópias rapidamente.

Ao perceberem a necessidade de relatar a vida de Jesus, rapidamente os fiéis


recorreram a alguns discípulos ainda vivos para que relatassem a vida de Jesus, e
assim surgiram os quatro evangelhos do Novo testamento, Mateus, Marcos, Lucas e
João.

Atualmente, o trecho mais antigo que se tem do novo Testamento, é de um


documento do segundo século, onde um trecho do livro de João está escrito.

Outros manuscritos e cartas passaram a circular entre as comunidades cristãs da


época. Dentre estes outros documentos, os mais conhecidos são: Cartas de
Clemente, o evangelho de Pedro, o Pastor de Hermas e o Ensinamento dos Doze
Apóstolos, conhecido como Didache. Para evitar fraudes, no século quarto uma
reunião de líderes cristãos foi realizada para definir quais seriam os escritos e cartas
que formariam o ‘Novo Testamento’. Existem, ainda, cinco manuscritos do Novo
Testamento que foram escritos até o quinto século.

Como surgiu a Bíblia no modelo atual

Acredita-se que por volta do terceiro século surgiram as primeiras versões de Antigo
e Novo Testamento em um único volume, quando Eusébio de Cesaréria teria
convencido o imperador romano da época sobre a necessidade de documentos
novos para serem levados aos fiéis de Constantinopla. Assim, decidiram juntar os
dois testamentos em uma única obra.

Traduções

Segundo estudos bíblicos, as primeiras traduções das escrituras sagradas ocorreram


entre 200 e 300 anos antes, de Cristo, quando judeus do Egito e da Palestina
solicitaram que as escrituras fossem traduzidas para o idioma que falavam em suas
respectivas regiões.

Denominada a Septuaginta, por ser traduzida por setenta sábios, as traduções


incluíam sete livros que não faziam parte da coleção que antigos israelitas
consideravam como as escrituras sagradas. Algumas igrejas, como a Católica,
adotam estes sete livros em sua doutrina, ao contrário dos evangélicos, protestantes.
Estes livros são chamados de apócrifos.

Por volta de 382 DC o hexegeta (profundo conhecedor de textos bíblicos) Jerônimo


foi incubido de realizar uma ‘tradução oficial’ da bíblia para o bispo romano. Após
anos de estudos com rabinos e historiadores, escreveu sua versão final, que ficou
conhecida por Vulgata, por ser escrita numa linguagem mais popular (de vulgus,
pessoas comuns).

A bíblia que lemos hoje é a tradução para o português destas versões antigas. Como
dito no começo, a versão da cidade alemã de Stuttgart é a mais confiável que há e a
qual serve de modelo para a maioria das bíblias do Brasil.

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A Bíblia- O Livro dos livros

Por que a Bíblia, como um livro, é tão diferente dos outros?

A Bíblia é diferente de todos os outros livros pelo fato de conter as origens da criação, as
alianças de Deus com os homens, a história de Israel e da Igreja Apostólica, as profecias
reveladoras do futuro, bem como por revelar o insondável amor de Deus na pessoa de
Jesus Cristo como o Salvador do mundo. Portanto, a Bíblia Sagrada poderia ser definida
como uma só frase – Ela é a Palavra de Deus.

Como Palavra de Deus, ela não contém erro de qualquer espécie. Um exemplo – Em 1865,
críticos da Bíblia relacionaram “50 erros científicos” encontrados nela. Vinte anos mais
tarde, nenhum daqueles supostos erros ficou confirmado.

Vale a pena ouvir o que algumas pessoas célebres falaram acerca da Bíblia.

Cardeal Arcoverde disse: “Que regra mais pura e santa, que caminho mais seguro para o
homem público, para o político, do que a verdade vinda do céu, pregada e ensinada pela
boca de um Deus e registrada no livro do evangelho? Leia-se, pois, medite-se no livro santo
do evangelho!”

Depoimento:
Ivan Espíndola de Ávila,da Academia Evangélica de Letras do Brasil, disse:
“Impressiona-nos, na contemplação do mundo atual, a exatidão das Sagradas Escrituras.
Nestes nossos tempos, com a precisão admirável, cumprem-se previsões do velho e
bendito livro. Páginas proféticas assumem o sabor de crônicas contemporâneas, em que
fatos e feitos, na história e através dos homens, proclamam a veracidade da Eterna Palavra,
que não falhou e nem falhará. Por isso é tempo de voltar à Palavra de Deus. E é isso que a
humanidade está fazendo, depois de tantas fugas. Depois de procurar tantos caminhos,
onde a frustração lhes foi fatal, os homens retornam ao caminho, ao único e verdadeiro
caminho. E, nesse caminho, em sentido de libertação e esperança, brilha a palavra, que é
luz e lâmpada de Deus.”

Chales Spurgeon, famoso pregador inglês, escreveu: “Depois de ter pregado o evangelho
por quarenta anos, e de ter impresso os sermões que preguei semanalmente durante trinta
e seis anos, tendo estes alcançado o número de 22 mil, creio que devo ter direito a dizer
algo sobre a riqueza e plenitude da Bíblia como o livro do pregador. Irmãos, ela é
inesgotável. Não haverá perigo de ficarmos secos se nos apegarmos ao texto deste volume
sagrado. Não haverá dificuldade em arranjar assuntos totalmente distintos dos já usados; a
variedade é tão infinita como a sua plenitude. Uma longa vida mal dá para ladear as
margens deste continente de luz. Nos quarenta anos do meu ministério tenho podido
apenas tocar a orla das vestes da verdade divina, mas que virtude já fluiu dela! A Palavra é
como o seu Autor – infinita, imensurável, eterna. Se fosses ordenado ao ministério por toda
a eternidade, terias na mão tema suficiente para as exigências eternas.”

Em que sentido a Bíblia é a Palavra de Deus ?

A Bíblia é a Palavra de Deus por ter sido inspirada por Ele. Ao longo de suas páginas
afirma-se duas mil e oito vezes que Deus é seu Autor. No Novo Testamento, essa autoria
divina é reclamada 225 vezes, cerca de 50 vezes pelo próprio Senhor Jesus.

Sendo a Palavra viva de Deus, é de se esperar que encontremos nela um vínculo que
unifique todos os seus livros, apesar de estes terem sido escritos em épocas diferentes e
em lugares distintos. Esse vínculo é a apresentação, direta ou indireta, que cada livro
bíblico faz da pessoa de Jesus.

Que tipo de influência a Bíblia afeta a nossa sociedade ?

Queridos irmãos, Leitor, como Palavra de Deus, a Bíblia exerce poderosa e benéfica
influência onde quer que é difundida. “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais
cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e
espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”
(Hb 4.12,13).
Deus mesmo afirma – “Assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim
vazia” (Is 55.11), e o Apóstolo Paulo fala do Evangelho como o “poder de Deus” e da
transformação gerada por este mesmo Evangelho na vida do que o aceita – “É nova
criatura: as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5.17).

A Bíblia apresenta a sí mesmo como alimento (Am 8.11), como fogo (Jr 23.29), como luz (Sl
119.105), como leite (1 Pe 2.2), como mel e como ouro (Sl 19.10), como espelho (Tg
1.23-25), como martelo que esmiúça a penha (Jr 23.29), como espada (Ef. 6.17) e como
semente (1 Pe 1.23).

A Bíblia é um todo e não pode ser alterada. Acrescentar-lhe ou tirar-lhe algo, seria danificar
sua perfeição absoluta (AP 22.18,19). O cânon da Escritura está fechado. Outras obras
lançam luz valiosa sobre ela, mas a Bíblia permanece incomparável, única e completa.

Outra razão que torna-a o mais precioso livro do mundo é a sua atualidade. Embora escrita
há milênios, sua mensagem é hoje mais atual “do que o jornal que vai circular amanhã”,
usando as palavras do Evangelista Billy Graham. As outras obras, mesmo as mais famosas,
perdem a atualidade porque se prendem unicamente à vida presente. A Bíblia, no entanto,
trata tanto desta como da outra vida, abrangendo o presente e o futuro.

Analisando a situação mundial à luz da Bíblia, percebe-se que os ensinos desta, se


adotados pelas nações, resolveriam os seus principais problemas. Eis alguns problemas:

Provérbios 22.6 – ordena aos pais que instruam os filhos no caminho reto;

Romanos 13.6,7 – ensina aos industriais e comerciantes a pagarem devidamente as taxas


impostas pela lei;

1 Timóteo 6.1 – ordena que os empregados trabalhem honestamente;

Romanos 13.1-5 – ordena ao povo em geral que ore pelos governantes e obedeça às
autoridades;

1 Timóteo 2.1-3 – ensina que todos devemos colaborar com o Governo, orando por ele,
para que Deus lhe dê uma administração sábia e segura. Tanto este texto como o de
Romanos 13.1-5 partem do princípio de que as autoridades, como ministros de Deus,
devem ser justas, que castigam os maus e louvam os bons;

Estas passagens da Bíblia, se postas em prática, modificariam completamente a situação


do mundo, eliminando a corrupção e as injustiças sociais.

Qual o significado da palavra


Bíblia?
A palavra bíblia, como plural de biblion, que no grego significa “livro”, sugere a idéia de
livros ou biblioteca. Jerônimo usou a apropriada expressão “biblioteca divina” para as
Escrituras. A Bíblia, na realidade, compõem-se de uma coleção de 66 livros, sendo 39 no
Antigo e 27 no Novo Testamento.

Para redigir a sua Palavra, Deus inspirou mais de 40 autores, dentre eles os estadistas
Josué e Daniel, o legislador Moisés, o poeta Davi, o sábio Salomão, os profetas Isaías e
Jeremias, o médico Lucas, o filósofo Paulo, o coletor de impostos Mateus, e os pescadores
Pedro, Tiago e João. Estes e muitos outros gastaram, ao todo, dezesseis séculos na
redação da Bíblia, começando por volta de 1500 a .C. e terminando no final do primeiro
século da nossa era.

A Bíblia divide-se em duas grandes partes – Antigo e Novo Testamentos. O primeiro foi
escrito originalmente na língua hebraica, com algumas passagens em aramaico, e se
completou cerca de 434 a .C. O Novo Testamento foi escrito no grego popular, o koinê,
contendo também algumas frases em aramaico. Teve o seu surgimento entre os anos 53 e
96 d.C. Portanto, entre o último livro do Antigo Testamento e o primeiro do Novo, há um
lastro de quase quinhentos anos, no qual se insere um período de tempo chamado
interbíblico, em que surgiram os principais livros apócrifos, ou seja, não inspirados por
Deus.
Acredita-se que foram os escribas Esdras e Neemias que, por volta de 480 a.C., na grande
reforma religiosa daquela época, agruparam os livros do Antigo Testamento na forma como
hoje se encontram na Bíblia. Até aquela data, os livros sagrados dos judeus permaneciam
separados uns dos outros.

Esses livros agrupados receberam o nome de Texto Massorético (a Massora, corpo de


tradições), o único reconhecido pelos judeus como verdadeiro e digno de toda confiança.
Nesse texto, ou nas cópias dele, baseiam-se as Bíblias modernas.

Não havendo imprensa de qualquer espécie no período em que foram escritos, todos os
livros bíblicos foram redigidos à mão e divulgados por meio de cópias manuais. Os
copiadores, chamados escribas, copistas ou massoretas, tinham tal respeito pelo texto
sagrado e tão grande cuidado em não alterá-lo que, antes de iniciarem a cópia de qualquer
parte da Bíblia, contavam o número de palavras e letras nelas contidas. Dessa forma, esses
homens sabiam o número exato das palavras e letras de cada um dos trinta e nove livros do
Antigo Testamento. Sabiam também quantas vezes ocorria cada letra.

Os copistas não admitiam rasuras de espécie alguma. Se, depois de pronta uma cópia,
fosse constatada nela algum erro, mesmo o mais simples, tal cópia eram totalmente
destruída.

Apesar das épocas remotas em que foram copiados os livros bíblicos, a arte da escrita já
havia alcançado significativo progresso, principalmente quanto à qualidade da tinta – uma
mistura de carvão com um líquido desconhecido, capaz de conservar-se maravilhosamente
durante muitos séculos.

Quais foram as primeiras tradução da Bíblia?


Como conseqüência dos setenta anos de cativeiro na Babilônia, e em virtude da forte
influência do aramaico, a língua hebraica se enfraqueceu. Todavia, os fiéis à tradição de
preservar os oráculos em sua própria língua, os judeus não permitiam, ainda, que fossem
esses livros sagrados vertidos para outro idioma. Alguns séculos depois mais tarde, porém,
essa atitude exclusivista e ortodoxa teria de dar lugar a um senso mais prático e liberal.
Com o estabelecimento do império de Alexandre o Grande, a partir de 331 a.C., o grego
popularizou-se a ponto de tornar imprescindível uma tradução da Sagrada Escritura para
essa língua.

Segundo o escritor Aresteas, a tradução grega foi feita por setenta e dois sábios judeus (daí
o seu nome Septuaginta), na cidade de Alexandria, a partir de 285 a.C., a pedido de
Demétrio Falário, bibliotecário do rei Ptolomeu Filadelfo. Terminada trinta e nova anos mais
tarde, essa versão assinalou o começo de uma grande obra que, além de preparar o mundo
para o advento de Cristo, deveria tornar conhecida de todos os povos a Palavra de Deus.
Na igreja primitiva, era essa versão conhecida de todos os crentes.
Nem todos os livros do Antigo Testamento, infelizmente, foram bem traduzidos da
“Septuagina”, razão pela qual Orígenes, por volta de 228 d.C., compôs a Hexapla, ou
versão de seis colunas, contendo a versão grega dos Setenta e as três traduções gregas do
Antigo Testamento efetuadas por Áquila do Ponto, Teodoro de Éfeso e Simaco de Samaria.
Estas Três últimas foram realizadas, respectivamente, em 130, 160 e 218 d.C. Além destas
constavam nas duas últimas colunas o texto hebraico e o mesmo texto em grego. Esta
grandiosa obra, constituída de cinqüenta volumes, perdeu-se provavelmente quando os
sarracenos saquearam Cesaréia em 653 d.C.

Em 382 d.C., o bispo Dâmasco encarregou Jerônimo de traduzir da Septuaginta para o


latim o livro dos Salmos e o Novo Testamento, o que ele fez em três anos e meio. Mais
tarde, um novo bispo assumia a direção da Igreja em Roma e percebia, com inveja, a
grande cultura e influência de Jerônimo. Este, perseguido e humilhado, se dirige a Belém,
na Terra Santa, e ali estuda e trabalha durante trinta e quatro anos na tradução de toda a
Bíblia para a língua latina. Jerônimo escreveu ainda vinte e quatro livros de comentários
bíblicos, um conjunto de biografias de eremitas, duas histórias da igreja primitiva e diversos
tratados.

Mais tarde, a Bíblia de Jerônimo ficou conhecida como Vulgata (vulgar), e foi a base de
todas as traduções durante os mil anos seguintes. No Concílio de Trento (1545-1547), a
igreja católica proclamou a Vulgata como a autêntica versão das Escrituras em latim, e
pronunciou um anátema “sobre qualquer pessoa que afirmasse que qualquer livro que nela
se achava não fosse totalmente inspirado em toda a parte”.

Discordando da posição do concílio tridentino, muitos eruditos modernos acham a Vulgata


uma tradução pobre, com algumas falhas graves.

Oque venha ser Códice Bíblico?


A partir do quarto século depois de Cristo, os livros cristãos passaram a ser escritos em
códice, do latim códice, palavra derivada de caudex, que era uma tabuinha coberta de cera,
na qual se escrevia com um estilete metálico denominado stylus.

O códice era a “forma característica do manuscrito em pergaminho, e assim denominada


por oposição à forma do rolo” (Aurélio). Reunidos por um cordão que passava por orifícios
feitos no alto dos exemplares, à esquerda, os códices ficavam em forma de livro, portanto
bem mais práticos de serem manuseados que os antigos rolos.

Os mais importantes códices são:


– O Sinaíticus: Produzido cerca de 325 d.C., contém todo o Antigo Testamento grego, além
das epístolas de Barnabé e parte do Pastor de Hermas. Foi encontrado pelo sábio alemão
Constantino Tischendorf, em 1844, no mosteiro de Santa Catarina, situado na encosta do
Sinai. Tischendorf viu 129 páginas do manuscrito numa cesta de papel, para serem
lançadas no fogo. Percebendo o seu enorme valor, levou-as para a Europa. Em 1859 voltou
ao mosteiro e encontrou as páginas restantes. Doada pelo seu descobridor a Alexandre II,
da Rússia, essa preciosidade foi posteriormente comprada pela Inglaterra pela vultosa
quantia de cem mil libras esterlinas. Está no Museu Britânico desde 1933.
– O Alexandrino: De meados do quarto século d.C., contém o Antigo Testamento grego e
quase todo o Novo, com omissões de 24 capítulos de Mateus, cerca de quatro de João e
oito da Segunda Carta aos Coríntios. Contém ainda a Primeira Epístola de Clemente de
Roma e parte da Segunda. Está no Museu Britânico.

– O Vaticano: Do quarto século d.C., contém o Antigo e o Novo Testamento com omissões.
Está na Biblioteca do Vaticano.

– O Efraemi: Produzido por volta de 450 d.C., acha-se na Biblioteca Nacional de París.

– O Baza: Encontrado por Teodoro Baza no mosteiro de Santo Irineu, na França, em 1581,
está vinculado ao quinto século d.C., e encontra-se atualmente na Biblioteca de Cambridge,
Inglaterra.

– O Washington: Produzido nos séculos quarto e quinto d.C., acha-se no museu Freer, na
capital dos EUA.

Há, ainda, vários outros códices de menor importância, expostos em museus e bibliotecas
de várias partes do mundo. Somente de livros do Novo Testamento, completos ou em
fragmentos, conhecem-se hoje 156.

Em se tratando de manuscritos em rolos, o mais antigo e o mais importante de todos foi


encontrado casualmente em 1947 por um beduíno, numa bem dissimulada gruta, nas
proximidades de Jericó, junto ao Mar Morto. Examinado pelo professor Sukenik, da
Universidade Hebraica de Jerusalém, revelou-se pertencer ao terceiro século antes de
Cristo. Contém o livro completo de Isaías e comentários de Habacuque, além de outras
importantes informações sobre a época em que foi escondido. É mais conhecido como – Os
Rolos do Mar Morto.

Quais é o que são: Chamados


Livros históricos da Bíblia?

Segundo a tradição dos Judeus denominavam de Primeiros Profetas os livros Josué,


Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, porém na Teologia Pentecostal e reforma consideram os
Livros históricos: Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras,
Neemias e Ester. Porém, como quatro. Eles contrastam esses livros com os Últimos
Profetas, que eram: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, que estes quatro Profetas são
colocados na Teologia como Profetas maiores.
Porque profetas maiores?
Seus conteúdos nas Escrituras Sagradas foram mas estendidos ou mais longos, dos outros
Livros da Bíblia.

Os termos primeiros e últimos não se referem necessariamente à sua cronologia histórica,


mas ao primeiro e segundo grupo de livros. Os primeiros fornecem o cenário histórico aos
últimos.
A designação desses livros históricos como “profetas” enfatiza o fato de que apresentam
uma história religiosa ou com um objetivo religioso. Os primeiros profetas são históricos; os
últimos, exortativos históricos.

É interessante observar que Jesus, na parábola dos lavradores maus, que vem a ser a
história resumida de Israel, menciona que o proprietário da vinha enviou seus servos em
dois grupos, os primeiros e os últimos. Afirma a Bíblia que “os principais sacerdotes e os
fariseus, ouvindo estas parábolas entenderam que era a respeito deles que Jesus falava”
(MT 21.45).

A denominação de históricos classifica em geral os doze livros de Josué a Ester. Diferem


dos livros de Moisés, os quais também são históricos quanto à ênfase fundamental.

O Pentateuco traça a história redentora desde a criação até a morte de Moisés, mas dá
destaque à aliança e aos alicerces legislativos de Israel. Os livros históricos, por outro lado,
dramatizam o movimento histórico da nação durante toda a sua história na Palestina.
Embora contenham temas religiosos e interlúdios exortativos (vários ciclos de juízes e
profetas), a investida maior é no desenvolvimento histórico de Israel.

Quatro desses são geralmente considerados como tendo como autores principais – Josué,
Samuel, Jeremias e Esdras. Este último com o auxílio editorial do sumo sacerdote Eleazar,
além dos profetas Natã e Gade.

É evidente que Jeremias foi auxiliado na compilação de Reis pelo seu amigo, Baruque. Na
maioria dos casos, foram aproveitados nesses livros vários documentos e crônicas, usados
sob a orientação do Espírito Santo pelos autores ou compiladores.

Movimento Histórico – Estes livros registram a história de Israel desde a ocupação da


Palestina sob a liderança de Josué, passando pelas apostasias que levaram o povo a ser
expulso pelos assírios e babilônios, até a restauração parcial pelos persas. O período cobre
cerca de 1000 anos, de 1405 até 425 a .C.

Estes livros dão a estrutura histórica ao restante do Antigo Testamento até a época de
Neemias e Malaquias. Vão de Moisés, o legislador, até Esdras, mestre da lei. As palavras
finais de Moisés, em Dt 20-30, constituem uma introdução excelente aos livros históricos.
Ou, digamos, os livros demonstram exatamente o que Moisés disse naqueles capítulos
sobre o que seria feito pelo Senhor no caso de serem ou não obedientes

Estrutura da Bíblia: Origem e forma

A bíblia possui uma estrutura singular. Dividida em dois blocos distintos, Antigo e Novo
Testamento, sua origem tem como ponto de partida o fato de ter sido escrita por cerca de
quarenta autores diferentes envolvidos nas mais diversificadas tarefas da vida diária
(política, serviço militar, serviço publico, sacerdócio, saúde etc.) e cada um deles,
distintamente, agentes de seu proprio momento histórico. Entre estes autores estão eles:
Moises, um político; Josué, um general; Samuel, um sacerdote; Neemias, um copeiro;
Mateus, um coletor de impostos; Lucas, um medico; Paulo, um rabino.
Em linhas gerais, a origem dessa estrutura que a Bíblia evidencia, tem na unidade seu
elemento diferenciador, uma vez que diante da imensa diversidade de textos que eka
engloba( diferentes autores com estilos literários diversos e separados por décadas, séculos
e milênios de historia), percebe-se uma concordância plena, uma espécie de “fio de ouro”
que percorre suas paginas denunciando a autoria suprema de Deus. Neste sentido, a
unidade, conjugada com a diversidade de textos divinamente coordenados, constituem a
origem da estrutura da Bíblia.A final de contas não estamos diante de um livro qualquer,
mas perante uma obra forjada durante cerca de mil e quinhentos nas e que embora
expresse a irrefutável verdade divina, resguarda os traços literários e a capacidade
intelectual de seus autores humanos.
A estrutura da Bíblia, na forma como é apresentada: uma seqüência de livros, dos mais
diversificados gêneros( lei, historia, profecia, poesia, etc.), e que tratam unicamente da
salvação dos homens mediante a pessoa de Jesus ( esse é o tema central das Sagradas
Escrituras), não constitui mera adequação cronológica como todos imaginam. Isto é, a
ordem em que a Bíblia se encontra, iniciando com o livro de Gênesis e terminando com o
Apocalipse, não seguiu meramente a ordem lógica dos fatos narrados, o inicio (Gênesis) e o
fim de todas as coisas (apocalipse). Isto é uma concepção simplória da verdade pó trás da
disposição dos livros sagrados na forma como se apresentam.
O oposto deste entendimento mais simples, é o fato de que por trás da organização dos
livros na seqüência em que se encontram se acha um fundamento essencialmente teológico
, e não uma mera disposição cronológica, ou seja, a crença em um Messias e no
cumprimento das profecias relacionadas a Ele. É em virtude disto que a Bíblia, tal como
utilizada pelos cristãos, diverge de forma estrutural da Bíblia utilizada pelos Judeus não que
haja um choque de entendimentos a respeito da realidade do Messias prometido e de sua
missão de salvamento (Gn.3.15), afinal de contas, tanto os judeus como os cristãos
acreditam nisso, mais em relação a identidade desse Messias: para os judeus o Messias
ainda não veio; para os cristãos Jesus é o Messias prometido.

É a partir desse entendimento, ou seja, desse ponto de vista teológico, que os livros que
compõem a Bíblia Hebraica seguem uma seqüência diferente daquela apresentada pela
Bíblia Cristã. Portanto quando o assunto é a estrutura das Sagradas Escrituras, é pertinente
iniciarmos para efeito de comparação, com informações pertinentes a organização dos
livros que compõem a Bíblia Hebraica e, em seguida a composição estrutural da Bíblia
Cristã.
A Bíblia Hebraica também conhecida como Tanack, apresenta os mesmos livros que
compõem nosso Antigo Testamento. A difenrença entre ambas é a ordem em que esses
livros aparecem. A hebraica, que segue a divisão citada por Jesus em
Lucas(24.44)”[…]convinha que se cumpri-se tudo o que de mim estava escrito na Lei de
Moises, e nos profetas e nos Salmos”, dispõe os livros proféticos(Isaias, Jeremias, Ezequiel,
Oséias, Amós, etc.), que falam do Messias, no meio da Biblia Hebraica (entre a Lei e os
Escritos), dizendo com isso que o Messias ainda não veio, que as profecias a Seu respeito
ainda não se realizaram.
Esta é a razão da ausência dos livros do Novo Testamento n a Bíblia Hebraica, afinal de
contas Jesus nunca foi aceito como o Messias para os Judeus (Jô.1.11) e ate a noticia de
sua ressureição (Mt.28.10; Mc.16.1-8; Lc.24.1-12; Jô.20.1-10) foi deturpada pelos lideres
religiosos judeus (Mt.28.11-15).

A ordem dos Livros obedecem ao seguinte padrão:

A Bíblia Cristã

A Bíblia Cristã tal como a conhecemos, é diferente da Hebraica. A diferença esta na


disposição dos livros que compõem o Antigo Testamento ( os mesmos livros contidos na
Bíblia Hebraica) e no acréscimo do Novo Testamento. A Bíblia Cristã desloca os livros
proféticos do meio para o fim do Antigo Testamento, não é por acaso que, imediatamente a
esses livros proféticos temos, os Evangelhos que abrem o Novo Testamento, e ainda que a
vida de Cristo constitui o cumprimento das profecias citadas nas paginas do Antigo
Testamento.
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PANORAMA DA BÍBLIA

SEÇÃO 1: Tora os Livros da Lei

GÊNESIS
Livro de
A palavra gênesis significa origem ou princípio, e o livro de Gênesis é um livro de inícios.
Esse livro descreve a Criação da Terra e da vida nela, a Queda de Adão e Eva e a
introdução do pecado neste mundo, a origem da casa de Israel e o estabelecimento da
Santa vontade do SENHOR, feitos por um misericordioso Pai Celestial a fim de salvar Seus
filhos. Ao estudarem o livro de Gênesis, os alunos vão entender melhor quem eles são e o
que o Senhor espera das pessoas que fizeram convênios com Ele.

Quem escreveu esse livro?


Moisés é o autor de Gênesis. Moisés foi um profeta chamado por Deus para livrar os filhos
de Israel do cativeiro no Egito e guiá-los pelo deserto rumo à terra prometida de Canaã. Por
terem os acontecimentos registrados em Gênesis ocorrido antes da época de Moisés, ele
não os testemunhou. Ele ficou sabendo sobre eles por meio de revelação divina.

Quando o escrito foi escrevido?


Há várias opiniões de Teólogos sobre quando Gênesis e os outros livros de Moisés foram
escritos, mas alguns estudiosos datam os escritos a uma época entre os séculos 15 e 13
a.C. Não sabemos exatamente onde Moisés estava quando escreveu esse livro. Esse
registro teria dado incentivo e perspectiva aos Israelitas, que precisavam desenvolver fé no
SENHOR e entender a Santa vontade que Ele fizera com seus antepassados para que
assim pudessem cumprir o papel deles como o povo escolhido do Senhor.

Quais são algumas características marcantes desse Livro?


Gênesis é uma introdução aos outros livros de Moisés (Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio), bem como a todo o Velho Testamento. Gênesis reconta os acontecimentos
que ocorreram durante as dispensações de Adão, Enoque, Noé e os Patriarcas Abraão,
Isaque e Jacó. Assim, Gênesis fornece o único registro do Velho Testamento de muitos
acontecimentos importantes, incluindo a Criação, a Queda de Adão e Eva, o Dilúvio e o
estabelecimento do convênio abraâmico. Entretanto, Gênesis não se concentra nesses
períodos igualmente: apenas 11 capítulos de Gênesis são dedicados à época da Criação da
Terra até Abraão, enquanto 39 capítulos são dedicados à vida de Abraão, Isaque, Jacó e
dos 12 filhos de Jacó. Essa ênfase sugere que Moisés desejava ensinar aos filhos de Israel
sobre a Santa vontade que o SENHOR fez com os antepassados deles, por meio dos quais
Israel se uniria a Ele na obra de abençoar todas as nações e famílias da Terra (ver Gênesis
12:2–3). Os relatos da vida desses patriarcas e das esposas deles também ilustram que,
embora o povo do convênio do SENHOR seja testado, o SENHOR sempre estará com eles
se permanecerem fiéis a Ele.

ÊXODO
Livro de

A palavra êxodo significa “saída” ou “partida”. O Livro de Êxodo nos traz um relato
da libertação de Israel do cativeiro egípcio e sua preparação para herdar a terra
prometida como povo do convênio do SENHOR. A libertação de Israel do cativeiro e
sua jornada através do deserto podem simbolizar nossa jornada em um mundo
decaído e nossa volta à presença de Deus. Ao estudarem esse livro, os alunos
aprenderão mais sobre o poder que o Senhor tem para livrá-los do pecado. Também
aprenderão que os mandamentos, as ordenanças e a Santa e vontade de Deus que
podem ajudá-los a se preparar para receber as bênçãos da vida eterna.

Quem escreveu esse livro?


Moisés é o autor do livro de Êxodo. Ele foi criado na corte real do Egito pela filha do
faraó, mas abandonou esse lugar de privilégio para “ser maltratado com o povo de
Deus” (Hebreus 11:25). Após fugir do Egito, Moisés viajou para a terra de Midiã, onde
recebeu a revelação divina de Deus, o seu chamado para ser o libertador dos
Hebreus; que na tipologia, representa a Cristo o libertador do pecado, para a
Salvação.

LEVÍTICO
livro de

A palavra Levítico deriva do termo em latim que faz referência aos levitas, uma das 12 tribos
de Israel. Os levitas eram portadores do sacerdócio menor e tinham a responsabilidade de
oficiar no tabernáculo e, depois, no templo em Jerusalém (ver Números 3:5–10). O livro de
Levítico contém instruções sobre o cumprimento dos deveres do sacerdócio, como o
sacrifício de animais e outros rituais que ajudariam a ensinar os filhos de Israel a respeito de
Jesus Cristo e Sua Expiação (ver Alma 34:13–14). O SENHOR revelou um propósito
primordial para as instruções que deu no livro de Levítico: “Santos sereis, porque eu, o
Senhor vosso Deus, sou santo” (Levítico 19:2; ver também Levítico 11:44–45; 20:26; 21:6).
Ao estudar esse livro, os alunos podem aprofundar seu entendimento e apreço pela
Expiação do Salvador. Podem também aprender verdades importantes que os ajudarão a
ser santos, isto é, limpos espiritualmente e designados para propósitos sagrados. O ato de
viver essas verdades preparará os alunos para servir ao Pai Celestial e a Seus filhos.

Quem escreveu esse Livro?


Moisés é o autor de Levítico. Moisés e seu irmão mais velho, Aarão, eram membros da tribo
de Levi (ver Êxodo 6:16–20). Enquanto Aarão era chamado para presidir o sacerdócio.
Moisés detinha a autoridades “tem o direito de presidir e tem poder e autoridade sobre
todos os ofícios da da congregação de Israel (tipologia: Moisés representa como mediador;
a Jesus Cristo, e é a autoridade da Igreja dos santos) em todas as épocas do mundo, para
administrar em assuntos espirituais. Portanto, Aarão, seus filhos e todos os demais da tribo
de Levi, que possuíam o sacerdócio , agiam sob a liderança de Moisés.

Quando e ondem foi escrito?


Existem opiniões diversas sobre quando Levítico e os outros livros de Moisés foram
escritos, e não se sabe exatamente onde Moisés estava quando escreveu esse livro.

Quais foram algumas características marcantes desse livro?


O livro de Levítico foi descrito como um manual do sacerdócio para Aarão e seus filhos (que
serviam como sacerdotes) e para os levitas em geral. No livro inteiro, contudo, as instruções
do Senhor aos levitas alternam-se com as que Ele deu a toda Israel. Por meio dessas
instruções, aprendemos a respeito das leis, dos rituais, das cerimônias e festas que
ensinariam Israel a ser limpa, santa e diferente do mundo. Por exemplo, determinada lei
inclui as instruções do SENHOR quanto a que alimentos eram limpos (aceitáveis para
consumo) e quais alimentos eram imundos (deviam ser evitados).

O cerne do livro de Levítico é o conceito da Expiação; a palavra expiação aparece mais


frequentemente neste livro do que em qualquer outro volume de escrituras. Levítico
descreve em detalhes o sistema de sacrifícios de animais que serviam para lembrar Israel
de que “é o sangue que fará expiação pela alma” (Levítico 17:11). Assim, esses sacrifícios
ajudavam simbolicamente Israel a centralizar o foco no sacrifício de Jesus Cristo, que
derramaria Seu sangue para expiar os pecados da humanidade.

Resumo de Levítico:
Levítico 1–7 Por meio de Moisés, o Senhor dá instruções quanto à oferta de vários
sacrifícios, inclusive holocaustos, ofertas de carne (ou refeição), ofertas de paz, ofertas pelo
pecado e ofertas pela transgressão.

Levítico 8–10 Aarão e seus filhos são lavados, ungidos, vestidos e consagrados em
preparação para servir a Israel no ofício de sacerdote. O Senhor envia fogo do céu para
consumir o sacrifício que Aarão oferece como expiação por si mesmo e por Israel. Nadabe
e Abiú, dois dos filhos de Aarão, oferecem sacrifícios indevidamente e o Senhor os destrói
com fogo.
Levítico 11–17 O Senhor revela as leis que determinam quais alimentos são limpos e quais
são imundos. Ele também dá instruções quanto à purificação das mulheres que deram à
luz, a todos os que tinham doenças ou estavam impuros ritualmente por outras razões.
Aarão e seus irmãos recebem instruções quanto ao sacrifício por derramamento de sangue
e o Dia da Expiação.

Levítico 18–22 O Senhor ordena que Israel se santifique. Ele dá leis que ajudarão o povo a
ser limpo sexualmente e a evitar práticas indignas. Ele também ordena que os sacerdotes
sejam santos e dá-lhes leis específicas para que permaneçam ritualmente imaculados.

Levítico 23–27 O Senhor estabelece dias e festas solenes para Israel. São estabelecidas
leis para o acampamento de Israel, com orientações para que todas as pessoas sejam
tratadas com justiça e que a devida restituição seja feita às partes ofendidas. O Senhor
estabelece o ano "Sabático", quê é o ano Setimo, que é o ano do jubileu. O Senhor
descreve as maneiras pelas quais Ele abençoará os israelitas pela obediência e os punirá
pela desobediência aos Seus mandamentos. As leis quanto ao dízimo e à consagração da
propriedade são estabelecidas.

NÚMERO
livro de
O livro de Números tem esse nome por causa das instruções do Senhor a Moisés de
numerar ou contar todos os israelitas homens “da idade de vinte anos para cima, todos os
que em Israel podem sair à guerra” (Números 1:3). Moisés contou os homens israelitas
duas vezes, uma no Monte Sinai e outra nas planícies de Moabe, perto de Jericó (ver
Números 26). Esse livro também registra as experiências de fé dos israelitas e suas
rebeliões ao vagarem por 40 anos no deserto. Ao estudar o livro dos Números, os alunos
aprenderão sobre a importância de confiar no Senhor e de obedecer a Seus mandamentos,
bem como de apoiar Seus líderes escolhidos.

Quem escreveu esse livro?


Moisés é o autor de Números. Ele foi chamado pelo Senhor para libertar os filhos de Israel
do cativeiro no Egito e guiá-los pelo deserto até a terra prometida. Moisés testemunhou a
maioria dos acontecimentos registrados no livro de Números. É possível que ele tenha
confiado no testemunho de outras pessoas, em fontes escritas ou recebido revelação para
obter as informações de fatos que não viu, como as interações entre Balaão e Balaque (ver
Números 22–24). Além disso, os escribas podem ter alterado o texto desse livro, conforme
ilustrado pela parentética observação de que “Moisés [era] mui manso, mais do que todos
os homens que havia sobre a terra” (Números 12:3; ver também Moisés 1:41).

Quando e onde foi escrito?


Existem opiniões variadas sobre quando Números e os outros livros de Moisés foram
escritos e não se sabe exatamente onde Moisés estava quando escreveu esse livro. No
entanto, o texto fornece informações a respeito dos locais dos acontecimentos registrados.
Por exemplo, Números 1:1–10:10 registra os eventos ocorridos antes de Moisés e os filhos
de Israel terem saído do Monte Sinai. As experiências de Israel no deserto encontram-se
em Números 10:11–21:35. Finalmente, Números 22–36 relata os acontecimentos
transcorridos nas planícies de Moabe (na fronteira leste de Canaã) quando Israel se
preparava para entrar na terra prometida.

Quais são algumas características marcantes desse livro?


O livro de Números fornece informações de um censo que nos ajuda a entender o tamanho
da população de Israel no começo e perto do fim de suas peregrinações no deserto.
Também faz um esboço da organização do acampamento de Israel, discute as
responsabilidades dos levitas e explica os propósitos e as condições do voto nazireu.

Além disso, esse livro registra muitos incidentes nos quais os filhos de Israel se rebelaram
contra o Senhor e Moisés, o que trouxe consequências adversas sobre eles (ver Números
12:1–2; 13:26–14:4; 14:40–45; 16:1–3, 31–35, 41; 20:1–5; 21:4–5; 25:1–3). Além de ilustrar
os efeitos da justiça divina, o livro testifica da misericórdia e da natureza benevolente de
Jeová. Ao mandar, por exemplo, Moisés levantar uma serpente de metal numa haste, o
Senhor preparou um meio para que Seu povo superasse os efeitos de sua rebelião (ver
Números 21:4–8). Essa experiência tornou-se um meio importante de ensinar aos israelitas
a missão redentora e a Expiação de Jesus Cristo (ver Helamã 8:13–16; João 3:14–15).

DEUTERONÔMIO
livro

O livro de Deuteronômio contém as últimas palavras de Moisés aos filhos de Israel antes de
entrarem na terra de Canaã, com Josué como líder. O título do livro significa “segunda lei”
ou “repetição da lei” (ver o Guia para Estudo das Escrituras, “Deuteronômio”), pois, em seus
sermões finais, Moisés repetiu aos israelitas muitas leis e muitos mandamentos que faziam
parte de seu convênio com o Senhor. Moisés também exortou os israelitas a lembrarem-se
de guardar seus convênios quando lhes ensinou as consequências tanto da obediência
quanto da desobediência às leis e aos mandamentos do Senhor.

Quem escreveu esse Livro?


Moisés é o autor de Deuteronômio. No decorrer do livro, vemos que Moisés cumpriu seu
papel divino de “grande legislador de Israel” (D&C 138:41). Moisés também foi um protótipo
do Messias, Jesus Cristo (ver Deuteronômio 18:15–19).

Quando e onde foi escrito?


Moisés proferiu os sermões registrados em Deuteronômio cerca de 40 anos após o Senhor
ter tirado os israelitas do Egito. Quando Moisés deu esses sermões, ele e os filhos de Israel
estavam acampados no lado leste do Rio Jordão, bem ao lado da terra prometida (ver
Deuteronômio 1:1–5). Há várias opiniões sobre quando o livro de Deuteronômio e os outros
livros de Moisés foram compilados.

Quais são as caraqueterísticas marcantes desse livro?


O livro de Deuteronômio contém os três últimos grandes sermões de Moisés aos filhos de
Israel. “O primeiro discurso (capítulos 1–4) é introdutório. O segundo discurso (capítulos
5–26) consiste em duas partes: (1) 5–11 — os Dez Mandamentos e uma explicação prática
deles e (2) 12–26 — um código de leis que constituem o núcleo de todo o livro. O terceiro
discurso (capítulos 27–30) é uma solene renovação da Santa Misericórdia de Deus a srael
e a declaração das bênçãos que a obediência proporciona e das maldições que
acompanham a rebeldia”
Esses sermões contêm as súplicas sinceras de Moisés aos israelitas para que se
lembrassem do Senhor e vivessem Suas leis na terra prometida. As instruções registradas
em Deuteronômio foram especificamente direcionadas à nova geração cujos pais tinham
morrido no deserto após sua rebelião (ver Números 14:26–33; 26:63–65).

Uma das características mais notáveis do livro de Deuteronômio é a frequência com que é
citado em outras escrituras. Dos cinco livros de Moisés, Deuteronômio é o mais citado pelos
profetas do Velho Testamento. Também é citado ou mencionado quase cem vezes no Novo
Testamento. Jesus usou versículos de Deuteronômio para livrar-se das tentações de
Satanás (ver Deuteronômio 6:13, 16; 8:30; Mateus 4:1–11) e para explicar qual era o maior
de todos os mandamentos da lei (ver Deuteronômio 6:5; Mateus 22:36–38).

Resumo:
Deuteronômio 1–4 Moisés fala sobre acontecimentos significativos dos últimos 40 anos dos
israelitas, inclusive do convênio que o Senhor fez com eles em Horebe ou Monte Sinai.

Deuteronômio 5–11 Moisés exorta os israelitas a ensinar seus filhos a amar ao Senhor,
guardar os mandamentos e casar-se no convênio. Lembra-os de que devem ser um povo
santo e escolhido do Senhor. Moisés também fala aos israelitas sobre as lições de que
precisam lembrar-se e que foram aprendidas nas peregrinações no deserto, alertando-os
sobre o que acontecerá se esquecerem essas coisas. Ele fala sobre a época em que os
israelitas se rebelaram e como serviu de mediador entre eles e o Senhor. Ensina aos
israelitas que, se amarem e servirem ao Senhor, serão abençoados na terra prometida;
caso contrário, serão amaldiçoados.

Deuteronômio 12–17 Moisés instrui o povo a destruir os falsos deuses dos cananeus e a
permanecer separados das outras nações, livres de práticas e influências mundanas.
Lembra aos israelitas os mandamentos do Senhor. Alerta o povo de Israel sobre as
desvantagens de terem um rei e dá-lhes instruções caso decidam agir de modo contrário
aos seus conselhos.

Deuteronômio 18 Moisés instrui Israel a evitar as superstições e as práticas de ocultismo


das outras nações. Profetiza a respeito de Jesus Cristo e mostra aos israelitas como podem
identificar um profeta verdadeiro.

Deuteronômio 19–28 Moisés dá leis e mandamentos específicos a respeito de ações


judiciais e sobre a guerra, bem como instruções para a vida diária. Incentiva os israelitas a
lembrar-se de sua dívida com o Senhor, oferecendo-Lhe as primícias da terra de Canaã,
pagando o dízimo e guardando seus convênios.

Deuteronômio 29–30 Israel faz um convênio com o Senhor. Moisés adverte que aqueles
que desobedecerem ao Senhor serão amaldiçoados e profetiza que as pessoas que
obedecerem serão abençoadas material e espiritualmente.
Deuteronômio 31–34 Moisés incentiva Josué e os israelitas a serem fortes e corajosos.
Ensina um cântico aos israelitas que vai ajudá-los a lembrar-se do Senhor e dos
mandamentos. Ele abençoa cada tribo de Israel e vê toda a terra que Israel herdará.

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SEÇÃO 2: LIVROS HISTÓRICOS PROFÉTICOS

JOSUÉ (Sig: Salvador)


Livro
A saga dos Israelitas!
O livro de Josué relata a entrada dos israelitas na terra prometida sob a liderança do Profeta
Josué. Ao estudar esse livro, os alunos aprenderão princípios que podem ajudá-los a ter
coragem e força em meio à oposição. Aprenderão também lições importantes com o
sucesso que os israelitas tiveram devido a sua obediência ao Senhor e com seu fracasso
por causa de sua desobediência.

Quem escreveu esse Livro?


Não sabemos com certeza quem escreveu o livro de Josué. O livro tem o nome de Josué,
muitos teologos tem a afirmação que foi o mesmo; sua figura principal e sucessor de Moisés
como profeta do Senhor para Israel (ver Números 27:18–23). Perto do final do ministério de
Josué, depois que os israelitas fizeram um convênio de não servir a falsos deuses na terra
prometida, o narrador do livro relata que “Josué escreveu estas palavras no livro da lei de
Deus” (Josué 24:26). Essa passagem pode indicar que Josué escreveu pelo menos uma
parte do livro que leva seu nome.

Como no caso de muitos profetas do SENHOR no Velho Testamento, o ministério de Josué


foi simbolicamente um prenúncio do ministério do Filho de Deus: “Assim como Moisés, em
seu papel de profeta, legislador, mediador e libertador era um protótipo de Jesus Cristo,
também Josué, que conduziu Israel à terra prometida, foi um protótipo do Senhor Jesus
Cristo, o qual leva todos os fiéis à sua terra prometida definitiva, o reino celestial

O nome Josué
O nome do Senhor Jesus tem a mesma rais de Josué.
O nome Josué tem origem a partir do hebraico Yehoshu'a ou Yeshua ( ַ‫)מֹוׁשִ יע‬que significa
“Salvado”. Possuindo o mesmo significado de Jesus, forma aramaica de Josué, esse é,
assim um dos nomes dados para Jesus antigamente. ... Originalmente, Josué era chamado
na história da Bíblia pelo nome de Oséias.
Tem origem no hebraico Oshea, (‫ )הושע‬que quer dizer literalmente “salvo”.
(ou Joshua, do hebraico, Yehoshua ou Yeshua, significa "Salvador ou Salvação, "Iesous na
transliteração para o grego antigo, e na forma latina, Jesus), Josué era chamado
originalmente de Oseias, entretanto, seu nome fora mudado por Moisés.
(Número 13:8-Número 14:6)
Quando e ondem foi escrito?
Há várias opiniões sobre quando o livro de Josué foi escrito. Alguns detalhes no livro de
Josué dão a entender que pode ter sido escrito durante ou logo após o período de vida de
Josué (segundo alguns eruditos, entre os séculos 15 e 13 a.C.). Por exemplo, Josué 6:25
declara que Raabe, que foi salva em Jericó, “habitou no meio de Israel até ao dia de hoje”,
indicando que Raabe e outros contemporâneos de Josué ainda estavam vivos quando esse
livro foi escrito. É provável que o livro tenha sido escrito na terra de Canaã.

Quais são as caraqueterísticas marcantes desse Livro?


O livro de Josué é uma continuação dos cinco livros de Moisés (Gênesis–Deuteronômio) e
descreve como o Senhor ajudou os israelitas a obter a terra prometida. O relato da
conquista mostra que, quando os israelitas obedeciam estritamente aos mandamentos do
Senhor, Ele deva-lhes a vitória sobre seus inimigos. Os dois últimos capítulos do livro
(Josué 23–24) salientam a importância de servir ao Senhor em vez de a falsos deuses na
terra de Canaã, prenunciando um importante problema que os israelitas enfrentariam no
futuro, como registrado no livro dos Juízes e em muitos outros livros do Velho Testamento.

JUÍZES
Livro de
a saga dos Israelitas
O livro dos Juízes foi assim chamado por causa dos vários governantes, chamados “juízes”
(Juízes 2:16–19), que são as figuras centrais do livro. Em geral, esses juízes eram mais
líderes militares e guerreiros do que pregadores da retidã.
O livro narra os atos de muitos desses líderes, sendo que alguns deles ajudaram a libertar
os israelitas dos efeitos de seu comportamento pecaminoso. Ao estudar o livro dos Juízes,
os alunos vão aprender que o Senhor permite que Seu povo sofra as consequências de sua
infidelidade a Ele. Os alunos vão ver também que o Senhor está disposto a libertar Seu
povo tantas vezes quanto se arrependerem de seus pecados.

Quem escreveu esse Livro?


Não sabemos quem escreveu o livro dos Juízes. Uma tradição judaica diz que Samuel
escreveu ou compilou o livro. Contudo, o livro reflete a perspectiva de uma época muito
posterior, após a conquista das tribos do norte de Israel pela Assíria por volta de 721 a.C.
(ver Juízes 18:30). Essa perspectiva leva a crer que o autor ou os autores viveram muito
depois da época de Samuel.

Quando e onde foi escrito


Não sabemos quando o livro dos Juízes foi escrito, mas a maioria dos eruditos da Bíblia
acredita que Juízes, bem como outros livros históricos do Velho Testamento, foi compilado
em sua forma atual em alguma momento do final do 7º ou início do 6º século a.C. Também
não sabemos onde o livro foi escrito.

Quais são algumas características marcantes desse livro?


O livro dos Juízes conta a história dos filhos de Israel da época em que se estabeleceram
na terra de Canaã após a morte de Josué até o nascimento de Samuel (aproximadamente
1400 a.C.–1000 a.C.). Além da curta narrativa do livro de Rute, Juízes fornece o único
relato bíblico desse período.

O livro dos Juízes descreve um ciclo que se repetiu inúmeras vezes durante o reinado dos
juízes. Como os israelitas não conseguiram acabar com as influências iníquas da terra
prometida, envolveram-se em pecados e foram conquistados e afligidos por seus
adversários. Após os israelitas clamarem ao Senhor pedindo ajuda, Ele enviou juízes para
libertá-los de seus inimigos. No entanto, os israelitas logo voltaram a pecar, e esse ciclo se
repetiu. (Ver Juízes 2:11–19).

O livro menciona o nome de 12 juízes que governaram Israel com diferentes graus de
sucesso. O relato de Débora como juíza de Israel é único, considerando a sociedade
patriarcal em que ela vivia (ver Juízes 4–5). Gideão, como muitos que foram chamados e
escolhidos pelo Senhor, achava que não tinha capacidade para liderar (ver Juízes 6:15),
mas, como os israelitas confiaram no Senhor, ele e 300 soldados alcançaram a vitória sobre
um imenso exército de midianitas (ver Juízes 7–8).

Sansão é outra figura notável do livro dos Juízes (ver Juízes 13–16). A história marcante
dos acontecimentos, apesar desse início promissor e da grande força física que o SENHOR
lhe deu, Sansão acabou não conseguindo ajudar os israelitas a se voltarem para o
SENHOR e a abandonarem seus pecados, algo que precisavam fazer para que o Senhor os
libertasse de seus inimigos.

Em Juízes 17–21, lemos sobre a ilegalidade e a desordem que reinavam entre as tribos de
Israel sob o governo dos juízes, pois colocaram sua confiança na sabedoria dos homens e
decidiram desobedecer aos mandamentos do Senhor. Na última linha do livro, o autor
escreve: “Naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia o que parecia reto
aos seus olhos” (Juízes 21:25).

Resumo geral
Juízes 1–2 Muitas tribos de Israel não conseguem retirar todos os habitantes de Canaã de
suas terras. Os israelitas se esquecem do Senhor e adoram falsos deuses. O Senhor retira
Sua proteção e Suas bênçãos dos israelitas. Eles são oprimidos por seus inimigos e
clamam ao Senhor para que os liberte. O Senhor chama juízes para libertar os israelitas.

Juízes 3–16 O Senhor chama 12 juízes para ajudar a libertar as tribos israelitas das
consequências de sua infidelidade ao Senhor. Entre eles, Débora, que liberta Israel da
opressão dos cananeus, e Gideão, que destrói o altar de Baal e liberta Israel dos midianitas.
Um dos juízes, Sansão, luta contra os filisteus, mas é capturado como resultado de suas
escolhas erradas. Ele morre depois de causar o desmoronamento de um edifício sobre si
mesmo e muitos filisteus.

Juízes 17–21 Mica e os danitas criam santuários dedicados à adoração de ídolos e uma
concubina levita é maltratada e morta. Onze tribos israelitas se unem para lutar contra a
tribo de Benjamim e quase a destroem completamente
RUTE (Sig: Rute é a versão portuguesa do hebraico Ruth, que deriva da palavra Re'ut, que
quer dizer “amiga”, sendo que por extensão também pode ser aplicado o significado de
“companheira”)

Livro de
As Bem aventuranças de uma viúva Israelita e uma viúva Moabita, sogra e nora.
No livro de Rute, lemos uma comovente história de conversão, coragem, determinação,
lealdade e fidelidade. A compaixão e o amor entre Noemi e sua nora, Rute, inspiram os que
estudam esse livro a refletir sobre seus relacionamentos tanto dentro como fora da família.
O livro de Rute também pode ensinar aos alunos como o SENHOR cuida e abençoa os que
O seguem e obedecem a Seus ensinamentos.

Quando e onde foi escrito?


Como não se sabe quem escreveu o livro de Rute, a tradição Judaica atribui a escrita a
Moisés; é difícil determinar quando foi escrito. Contudo, há algumas pistas que ajudam a
dar uma ideia geral do período em que ele se situa. O livro de Rute conta a história da
família de Elimeleque, que viveu durante a época dos juízes (ver Rute 1:1–2). Mas como o
livro contém a genealogia de Davi (ver Rute 4:17–22), o livro de Rute pode ter sido escrito
depois da época de Davi ou Salomão, provavelmente após o exílio babilônico. O livro
menciona questões-chave do período pós-exílio, inclusive o casamento entre pessoas de
nações diferentes, como Amom e Moabe. O livro também fala sobre a crença de alguns
judeus dessa época de que eles deveriam manter-se separados completamente de pessoas
que não fossem descendentes de israelitas (ver Esdras 9–10; Neemias 10:29–31; 13:1–3,
23–27). O livro de Rute parece fornecer um valioso equilíbrio, lembrando aos leitores que a
bisavó do reverenciado Rei Davi foi uma mulher justa de Moabe que se converteu à religião
Israelita e se casou dentro do das Leis de Deus. Rute demonstrou bondade aos outros e
lealdade ao Senhor. Uma das mensagens principais do livro de Rute é a de que tal
fidelidade é mais importante do que a etnia.

Quais são as caraqueterísticas marcantes desse Livro?


O livro de Rute é um dos dois únicos livros do Velho Testamento cujo título leva o nome de
uma mulher e contém exemplos de uma mulher de fé, força e bondade. O livro
caracteriza-se pela esperança e pelo otimismo, narrando a jornada das Bem aventuranças
de Rute e Noemi da tristeza para a felicidade e do vazio para a plenitude.

Um tema proeminente no livro de Rute é o da redenção, que se aplica a todos nós. Rute era
estrangeira, não tinha filhos e era viúva, o que a deixou na total pobreza, sem nenhuma
fonte de sustento. Contudo, Rute aceitou o Evangelho com fé e uniu-se ao povo do
SENHOR. Embora não pudesse se livrar de sua situação de pobreza, no final foi “redimida”
por um parente, Boaz, um homem de Belém. Devido a sua demonstração de fé e à bondade
de seu redentor, Rute casou-se novamente, foi plenamente aceita como israelita, tornou-se
dona de certa riqueza e foi abençoada com filhos. Assim como Rute, não podemos salvar a
nós mesmos, mas podemos confiar na Salvação do Redento, o Senhor Jesus Cristo,
Aquele que é capaz de nos tirar de um estado decaído e assegurar nossa felicidade como
parte de Sua família. Dado esse tema de redenção, é interessante notar que Jesus Cristo, o
Redentor de Israel e de toda a humanidade, foi um dos descendentes de Rute (ver Mateus
1:5–16).
Resumo
Rute 1 Noemi e sua família mudam-se para Moabe onde seu marido morre e seus filhos
casam-se com mulheres moabitas. Depois da morte dos filhos, Noemi volta para Belém.
Uma das noras de Noemi, Rute, decide ir com ela.

Rute 2 Rute trabalha para sustentar Noemi e a si mesma respigando nos campos de Boaz.
Boaz é generoso com Rute.

Rute 3 Rute deita-se aos pés de Boaz, que lhe promete tornar-se responsável por ela e
Noemi se o parente mais próximo não o fizer.

Rute 4 O parente mais próximo de Noemi e Rute permite que Boaz assuma a
responsabilidade de cuidar delas. Boaz casa-se com Rute e eles têm um filho.

1 SAMUEL (Sig: Samuel advém do hebraico Shemu’el, cuja composição se dá pela união
de shem, que quer dizer “nome”, e El, cuja acepção é “Deus”.
{O nome de Deus}
Algumas fontes também relacionam a origem a Shamu´el, onde a segunda parte do nome é
igual, mas a primeira, shama, entende-se por “ouvir”.
{Ouvir a Deus}

Livro de
O livro de I Samuel narra o ministério do Profeta Samuel, que “restaurou a lei e a ordem e a
adoração religiosa regular na terra” depois que os israelitas se esqueceram do Senhor e
adoraram ídolos em muitas ocasiões ao longo do reinado dos juízes. Um dos temas
principais de 1Samuel é a importância de honrarmos ao Senhor. Em 1Samuel 2:30, lemos:
“Aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados” (ver
também 1Samuel 2:9). Em outras palavras, o Senhor abençoará aqueles que O honram e
guardam Seus mandamentos, e aqueles que não o fazem não receberão Suas bênçãos.

Vários relatos contidos em 1Samuel ilustram esse tema. Ana honrou o Senhor e pediu um
filho, e o Senhor abençoou Ana com um filho. Samuel, o filho de Ana, também foi
abençoado por dar ouvidos ao Espírito e obedecer ao Senhor. Saul não continuou a honrar
o Senhor, por isso o Senhor nomeou Davi para substituí-lo como rei. Quando jovem, Davi
exerceu fé no Senhor, que o abençoou para que conseguisse matar Golias. À medida que
os alunos estudarem o livro de I Samuel, eles podem aumentar sua fé sabendo que serão
abençoados se honrarem o Senhor e obedecerem a Ele.

Quem escreveu esse Livro?


“Os Judeus atribui a Samuel
essa escrita.

Quando foi escrito?


Não se sabe ao certo quando e onde foram escritos os livros de Samuel. “Originalmente, I e
II Samuel eram um único livro na Bíblia hebraica. A divisão em dois livros separados
provavelmente ocorreu quando o livro de Samuel foi traduzido para o grego, quando foi
necessário que o livro fosse dividido em dois rolos de pergaminho em vez de um único rolo
Quais são as caraqueterísticas marcantes desse Livro?
O livro de I Samuel pode ser dividido em três seções principais, cada qual se concentrando
numa pessoa diferente. Os capítulos 1–7 relatam as ações de Samuel, o sacerdote, profeta
e juiz justo. Os capítulos 8–15 se concentram em Saul, o primeiro rei de Israel. Os capítulos
16–31 descrevem a ascensão de Davi.

A primeira seção começa com a história da mãe de Samuel, Ana. Sua dedicação a Deus
ajudou a preparar seu filho para cumprir seu papel como um vigoroso profeta para um povo
apóstata. Essa história é uma das poucas significativas nas escrituras que retratam uma
mulher de extraordinária fé no Senhor e destacam o influente papel das mulheres no
cumprimento de Seus propósitos (ver I Samuel 1–2).

Outra característica marcante do livro é seu relato da transição de uma forma de governo
para outra. Após passar muitos anos como uma confederação tribal governada de modo
esporádico e irregular por juízes, os filhos de Israel desejarem ter um rei “como o têm todas
as nações”
(1Samuel 8:5). Sob a direção do Senhor, Samuel ungiu Saul para ser o primeiro rei de
Israel. Contudo, Samuel advertiu aos israelitas sobre o que lhes adviria se decidissem ser
governados por um rei (ver I Samuel 8:11–22).

Resumo
I Samuel 1–7 Ana roga ao Senhor para ter um filho. O Senhor atende a seu pedido, e ela dá
à luz Samuel. Bem cedo na infância de Samuel, ela o apresenta no tabernáculo para servir
sob os cuidados de Eli. O Senhor aparece a Samuel e o abençoa. Os filisteus atacam Israel
e capturam a arca da aliança. Samuel prega aos israelitas e os exorta a deixar de adorar
ídolos e a começar a servir ao Senhor. Os israelitas voltam para o Senhor, e Ele subjuga os
filisteus.

I Samuel 8–15 Os filhos de Israel desejam ter um rei. Samuel fica descontente com o
pedido deles e os adverte da opressão que um rei lhes imporia. O Senhor consente em
dar-lhes um rei e instrui Samuel a ungir Saul. Saul foi chamado pelo Senhor e apoiado pelo
povo para tornar-se rei. Ele reina em retidão por algum tempo, mas acaba desobedecendo
ao Senhor e é rejeitado por Ele.

I Samuel 16–31 O Senhor instrui Samuel a ungir um rapaz chamado Davi para que se torne
o rei. Davi derrota Golias e é grandemente honrado pelo povo. O rei Saul fica com inveja de
Davi e tenta matá-lo por diversas vezes. Davi conquista muitos apoiadores, inclusive o filho
de Saul, Jônatas. Saul é derrotado e morto pelos filisteus.

2 SAMUEL
Livro de
O livro de 2Samuel começa narrando a ascensão de Davi e seu governo como rei de Israel,
ilustrando a generosidade e bondade do Senhor para com aqueles que são fiéis a Ele.
Contudo, ao relatar os pecados de Davi e de seus filhos Amnom e Absalão, esse livro
também mostra a tristeza e a tragédia que acompanham a violação dos mandamentos do
Senhor. Por meio de seu estudo do livro de 2Samuel, os alunos podem aprender que, se
não formos fiéis no cumprimento dos mandamentos de Deus, podemos cometer erros que
vão alterar drasticamente o curso de nossa vida e trazer consequências prejudiciais para
nós mesmos e para outros.

Quem escreveu esse Livro?


A tradição Judaica atribui a escrita a Moisés

Quais algumas características marcantes desse Livro?


O livro de 2Samuel narra a unção e o governo de Davi como rei de Israel. Davi é lembrando
como o maior rei da história de Israel. Graças à fidelidade de Davi, o SENHOR o abençoou
e honrou. Contudo,
2 Samuel ilustra que até os mais justos podem cair se não forem diligentes em cumprir os
mandamentos. O capítulo 11 explica como a decisão de Davi de cometer adultério com
Bate-Seba levou Davi a seguir o caminho do engano e de maiores pecados. O restante de 2
Samuel descreve o sofrimento e a dor que advieram à casa de Davi. Essa história presta
um valioso testemunho de que precisamos guardar-nos contra a tentação e assegurar-nos
de cumprir os mandamentos de Deus.

Resumo
2Samuel 1–10 Davi se torna rei, primeiro da tribo de Judá e depois de toda a Israel. Ele leva
a arca da aliança para Jerusalém e se oferece para construir um templo, mas o Senhor o
proíbe de fazê-lo. O Senhor está com Davi quando ele derrota muitas nações. Ele exerce
um sábio julgamento e governa seu reino com justiça e misericórdia.

2Samuel 11–12 Davi deseja Bate-Seba e comete adultério com ela. Bate-Seba concebe um
filho, e Davi tenta fazer parecer que o marido de Bate-Seba, Urias, é o pai. Quando esse
plano não funciona, Davi então toma providências para que Urias seja morto em batalha e
toma Bate-Seba como mulher. O Senhor revela a Natã, o profeta, o que Davi havia feito, e
Natã expõe por meio de uma parábola o pecado de Davi. Natã profetiza a tragédia e o
sofrimento que advirão a Davi e à sua família.

2 Samuel 13–24 A família de Davi é dividida por desejos lascivos e assassinatos. Seu filho
Absalão conspira contra ele e aspira ao trono. Davi se esforça para reinar com justiça e
consegue manter o controle do reino.

1 REIS
Livro de
O livro de 1 Reis fornece um relato da morte de Davi, do reinado de seu filho Salomão e do
declínio e da divisão do reino de Israel depois que Salomão e muitos de seus sucessores se
voltaram para a adoração de ídolos. Também relata o ministério do Profeta Elias entre as
dez tribos de Israel ao norte. Ao estudar esse livro, os alunos podem aprender verdades
que vão ajudá-los a entender a importância de adorar ao Senhor em Seu templo, casar
dentro do convênio, fazer escolhas corretas e ouvir a voz mansa e delicada do Senhor.

Quem escreveu esse Livro?


“Os livros de 1 e 2 dos Reis foram compilados por um autor desconhecido pela estação dos
ministério dos Reis, nesse tempo abragente e longo, Samuel já era morto, partir de vários
documentos escritos, inclusive as Crônicas estatais”.
As crônicas estatais não eram os livros de 1 e 2 Crônicas, mas uma coletânea de registros
mantidos sob a direção dos reis de Israel. Oque se pode afirmar segundo a tradição Judaica
os 1 e 2 Reis e a junção dos dois livros de 1 e 2 a Samuel.
A muitas afirmações, mas não sabe corretamente!
A divisão foi feita na versão da Septuaginta.

Quando e onde foi escrita?


Não se sabe ao certo quando e onde foram escritos os livros de I e II Reis. Em certa época,
I e II Reis eram um único livro chamado Reis. A divisão que criou os livros de 1 e 2 Reis
atuais ocorreu quando a Bíblia foi traduzida para o grego. Septuaginta

Quais as caraqueterísticas marcantes desse Livro?


Os livros de 1 e 2 Reis cobrem mais de 400 anos da história dos israelitas, começando pela
morte do rei Davi (aproximadamente 1015 a.C.) e concluindo com a morte do rei Joaquim
(em algum momento após aproximadamente 561 a.C.). Esses livros são ricos em história e
doutrina e fornecem os fundamentos históricos e o contexto de uma parte significativa do
Velho Testamento. Por exemplo: no livro de I Reis, lemos sobre a ascensão do rei Salomão,
que construiu e dedicou um templo ao Senhor. O livro de I Reis também explica que
Salomão se casou com mulheres fora do convênio. Muitas dessas mulheres afastaram o
coração de Salomão do Senhor, levando-o a adorar deuses falsos (ver I Reis 11:4–8). A
decisão de Salomão de afastar-se do Senhor acabou resultando na disseminação da
idolatria em Israel e na divisão do reino.

Além disso, o livro de 2 Reis apresenta ao leitor o determinado Elias fez tendo a autoridade
do Espírito de Deus, que uma seca durasse três anos e meio, reviveu os mortos, invocou
fogo do céu e profetizou a queda do rei Acabe e sua mulher Jezabel, que juntos
governavam de modo iníquo no reino de Israel, ao norte.

Resumo
1 Reis 1–11 Antes de sua morte, o rei Davi fez com que seu filho Salomão fosse ungido rei.
Salomão governa seu reino com grande sabedoria. Salomão constrói um templo e seu
palácio em Jerusalém, dando início ao período conhecido como a “era de ouro de Israel”. A
rainha de Sabá visita Salomão. As mulheres de Salomão o induzem a deixar de adorar ao
Senhor e o incentivam a adorar deuses falsos. O reino de Salomão é ameaçado por
Jeroboão.

2 Reis 12–16 Todas as tribos de Israel, exceto Judá e Benjamim, se rebelam contra o filho
de Salomão, Roboão. O reino é dividido, e Jeroboão se torna governante do Reino do Norte
(também conhecido como Israel), deixando Roboão para governar o Reino do Sul (também
conhecido como Judá). Jeroboão e Roboão estabelecem a adoração a ídolos em seus
respectivos reinos, e muitos governantes de ambos os reinos seguem esse padrão de
idolatria.

2 Reis 17–22 O Profeta Elias faz com que haja uma seca na terra. Ele revive o filho da viúva
dentre os mortos. Com grande poder de Deus, Elias compete com os sacerdotes de Baal e
mostra que Jeová é Deus. Depois desse milagre, Jezabel, mulher do rei Acabe e seguidora
de Baal, tenta matar Elias. Elias viaja para o Monte Horebe, onde o Senhor fala com Ele por
meio de uma voz mansa e delicada. Elias se encontra com Eliseu, que o sucede como
profeta. Elias profetiza a morte de Acabe e de Jezabel. Depois da morte de Acabe, Acazias,
o filho de Acabe, reina em iniquidade.

1 e 2 CRÔNICAS
Uma crônica é um relato de acontecimentos históricos apresentados na ordem em que
ocorreram.

Estudar os livros de I e II Crônicas vai ajudar os alunos a entender a abrangente história do


antigo povo do Senhor desde o tempo de Adão até a época do rei Ciro da Pérsia. Embora I
e II Crônicas contenham muito da mesma história que se encontra em I e II Reis, há mais
detalhes em Crônicas que esclarecem como o Senhor interagiu com Seu povo,
especialmente durante o reinado dos reis.

Quem escreveu o Livro de Crônicas?


Embora não saibamos exatamente quem escreveu, segundo a tradição Judaica dizem ser a
escrita de Esdras.
A históricas em I e II Crônicas, “os livros contêm várias referências das fontes de onde
derivam as informações; por exemplo, ‘o livro das crônicas de Natã, o profeta, e a profecia
de Aías, o silonita, e as visões de Ido, o vidente’ (II Cr. 9:29; 12:15; 13:22; 20:34; 26:22;
32:32; 33:18) Essas passagens tornam claro que, desde o início do reinado, os escritores
que viviam na época dos acontecimentos descritos, geralmente profetas, registraram a
história de seu próprio tempo. Esses registros, junto com os livros de Samuel e Reis,
formaram o material do qual foram compilados os livros das Crônicas.

Quando e onde foi escrito?


Não sabemos quando ou onde os livros de I e II Crônicas foram escritos. No entanto, II
Crônicas menciona o decreto feito pelo rei Ciro da Pérsia permitindo que os judeus
retornassem a Jerusalém (ver II Crônicas 36:22–23). Essa inclusão pode sugerir que os
livros das Crônicas, ou pelo menos parte deles, foram compilados em algum momento
depois de 537 a.C., quando o rei Ciro fez esse decreto. Originalmente, I e II Crônicas eram
um livro só.

Quais são algumas características marcantes desse livro?


Embora os livros de Reis e os livros de Crônicas cubram muito do período da história
israelita, os livros das Crônicas enfatizam o reino do sul (Judá) e geralmente apenas
mencionam o reino do norte (Israel) ao descrever o modo como interagia com Judá. Vários
detalhes não encontrados nos livros de Samuel e I e II Reis estão incluídos em Crônicas, tal
como uma profecia de Elias, o profeta, a respeito do iníquo rei Jeorão (ver II Crônicas
21:12–15). “Embora os eventos seculares não estejam excluídos dos livros de I e II
Crônicas, os autores enfatizam muito os aspectos eclesiásticos e religiosos da história e o
progresso da adoração no templo de Jerusalém” (Bible Dictionary na Bíblia SUD em inglês,
“Chronicles”).

Resumo
I Crônicas 1–9 Registradas as genealogias dos patriarcas e dos filhos de Jacó.
I Crônicas 10–22 Depois da morte de Saul, Davi reina sobre todas as tribos de Israel. Ele
traz a arca da aliança para Jerusalém, que se torna a capital do reino. O Senhor ordena a
Davi que não construa uma casa ao Senhor e promete que o filho de Davi o fará. O rei Davi
vence outras nações em batalha e reina com retidão em Israel.

I Crônicas 23–29 Davi prepara seu filho, Salomão, e os levitas para construir o templo. Davi
morre e Salomão sobe ao trono.

II Crônicas 1–9 O rei Salomão é abençoado pelo Senhor com grande sabedoria e riqueza.
Ele constrói e dedica o templo em Jerusalém. O Senhor aparece a Salomão e promete
abençoar os israelitas de acordo com a obediência deles. Depois de 40 anos de reinado,
Salomão morre e seu filho, Roboão, reina em seu lugar.

II Crônicas 10–35 Dez tribos de Israel rebelam-se contra Roboão e o reino se divide. As
tribos de Judá e Benjamim permanecem em Judá. Muitos reis reinam no reino do sul (Judá).

II Crônicas 36 O rei Nabucodonosor da Babilônia conquista o reino do sul e coloca


Zedequias para reinar em Jerusalém. Zedequias rebela-se e a Babilônia destrói Jerusalém
e o templo, levando o restante do povo em cativeiro. Depois que o Império Persa conquista
a Babilônia, os judeus têm permissão para retornar e reconstruir o templo.

ESDRAS (do hebraico Ezra ‫ עֶ ז ְָרא‬,abreviação de ‫" עַ ז ְִריאֵ ל‬Aquele que ajuda, Ajudador,
Auxiliador)

Livro de
Introdução ao Livro de Esdras
Por que estudar esse livro?
O livro de Esdras traz um relato da volta de dois grupos de judeus da Babilônia para
Jerusalém, onde reconstruíram o templo e sua comunidade. Ao estudar o livro de Esdras,
os alunos vão aprender como o Senhor dá a Seu povo a capacidade de vencer a oposição
e fazer Sua vontade. Os alunos também vão aprender sobre a importância de não repetir os
pecados de gerações anteriores.

Quem escreveu o livro de Esdras?


A tradição atribui este livro a Esdras, um escriba e sacerdote, descendente de Arão, e que
dedicou a vida a estudar e ensinar a palavra de Deus durante o exílio dos israelitas na
Babilônia. No entanto ainda não há um consenso entre os estudiosos quanto a sua autoria.
Muitos estudiosos acreditam que a pessoa que compilou o livro de Esdras também
compilou ou escreveu I e II Crônicas e Nemias.

Quando foi escrito?


Não sabemos quando ou onde foi escrito o livro de Esdras. As estimativas a respeito de
quando o livro de Esdras foi escrito geralmente vão do ano 440 a 300 a.C. Embora a maior
parte do livro tenha sido escrita em hebraico, partes dele (ver Esdras 4:8–6:18; 7:12–26)
foram redigidas em aramaico, o idioma do Império Persa. A inclusão do aramaico pode
indicar que partes do livro de Esdras foram escritas durante ou após o período no qual o
Império Persa dominou Israel (por volta de 530–334 a.C.).

Quais as características marcantes do Livro?


Um dos acontecimentos mais notáveis narrado no livro de Esdras é o término das obras do
templo em Jerusalém, que fora destruído muitos anos antes pelos babilônios. Esdras 1–6
contém um relato do retorno do primeiro grupo de judeus para Jerusalém por volta de 537
a.C. e seus esforços para reconstruir o templo. Esdras 7–10 contém um relato do retorno de
Esdras para Jerusalém por volta de 458 a.C. e seu empenho para ajudar os judeus que lá
viviam a guardar o mandamento do Senhor de não se casar fora do convênio.

Resumo
Esdras 1 Em cumprimento a uma profecia, o rei Ciro, da Pérsia, permite o retorno dos
judeus, que viviam na Babilônia, para Jerusalém a fim de reconstruírem o templo. O
primeiro grupo de judeus volta sob as ordens de Sesbazar (também conhecido como
Zorobabel; ver o Guia para Estudo das Escrituras, “Zorobabel”).

Esdras 2–4 Lista dos exilados. Sob o comando de Zorobabel, o líder judeu da região, e
Jesua, o sumo sacerdote, os judeus reconstroem primeiramente o altar do templo. Eles
iniciam a reconstrução do templo, mas são obrigados a parar devido às queixas dos
samaritanos ao rei da Pérsia.

Esdras 5–6 Depois de muitos anos de interrupção nas obras do templo, Zorobabel, Jesua e
os Profetas Ageu e Zacarias assumem a liderança na retomada da reconstrução do templo.
Dario, o rei da Pérsia naquela época, reconfirma a deliberação do rei Ciro para os judeus
reconstruírem o templo. O templo é concluído e dedicado.

Esdras 7–10 Esdras recebe do rei Artaxerxes a incumbência de guiar outro grupo de judeus
até Jerusalém. Ele descobre que muitos judeus, inclusive líderes, desobedeceram ao
Senhor ao se casarem com não israelitas que praticavam a idolatria. Aqueles que são
culpados confessam seu pecado e se separam das esposas estrangeiras.

NEMIAS (em hebraico: ‫ ;נְחֶ מְ י ָה‬Ne'hemya "conforto de ou "confortado por Deus"

Livro de

O livro de Neemias conta a história de Neemias, um líder dos judeus que regressara a
Jerusalém. Sob sua direção, foram reconstruídos os muros de Jerusalém. Contudo,
“Neemias não se contentou simplesmente em erguer estruturas físicas, mas desejava
também que seu povo fosse edificado espiritualmente” e ajudou os judeus a “assumir o
controle de sua vida, suas terras e seu destino como o povo de Deus”.

Quem escreveu esse Livro?


Origem. Tradicionalmente acredita-se que o autor deste livro tenha sido o próprio Neemias,
embora isto seja controverso. Existem partes do livro escritas em primeira pessoa (1-7;
12:27-47 e 13), porém outras onde Neemias é referido pela terceira pessoa (8; 9; 10).

Quando e onde foi escrito esse Livro?


A data e o local em que foi escrito o livro de Neemias são desconhecidos. No entanto,
Neemias 1:1 menciona que o registro começou em Susã, na Pérsia, no “ano vigésimo” do
reinado do rei Artaxerxes da Pérsia, que governou de 465 a.C. a 424 a.C.

Quais são algumas características do Livro?


O livro de Neemias é a continuação do relato que começa no livro de Esdras. Os livros de
Esdras e Neemias constituíam originalmente um único livro no cânone escriturístico
hebraico e foram divididos em dois no terceiro século d.C.

O livro de Neemias registra um período importante na história judaica, que incluiu a


reconstrução da cidade de Jerusalém e a reedificação da vida espiritual dos judeus que
tinham voltado do cativeiro. Quando os israelitas voltaram para Jerusalém após a longa
escravidão na Babilônia, encontraram sua cidade em ruínas. O muro protetor em volta da
cidade de Jerusalém tinha sido reduzido a escombros, o que deixava os israelitas
vulneráveis a ataques dos inimigos. Sob a direção de Neemias, os israelitas começaram a
reconstruir a muralha.

Durante as obras, os israelitas enfrentaram oposição. Quando os inimigos de Neemias


tentaram distanciá-lo da empreitada, ele respondeu: “Faço uma grande obra, de modo que
não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter
convosco?” (Neemias 6:3). Com isso, Neemias demonstrou seu comprometimento para
com a promessa que fizera ao Senhor de reconstruir Jerusalém (ver Neemias 1:11; 2:4–5).
Neemias pode servir de exemplo para nós da importância de permanecermos fiéis ao
Senhor mesmo em meio à oposição.

Resumo
Neemias 1–6 Neemias, um judeu que servia de copeiro do rei da Pérsia, jejua e ora ao
saber que os judeus em Jerusalém estão sofrendo e que os muros em volta da cidade
foram derrubados. O rei Artaxerxes concede o pedido de Neemias para voltar e reconstruir
os muros e portões da cidade. Neemias viaja a Jerusalém e lidera os judeus na
reconstrução dos muros da cidade, apesar da oposição.

Neemias 7 Para proteger os judeus que viviam em Jerusalém, Neemias ordena que as
portas da cidade sejam abertas só nas horas mais quentes do dia e trancadas em todos os
outros momentos. Também nomeia porteiros para vigiar os portões e as casas dos judeus.
Ele examina o registro genealógico dos judeus em Jerusalém. É negado o sacerdócio
àqueles que não conseguem provar por meio de registros genealógicos que são levitas.

Neemias 8–10 Esdras lê em voz alta e interpreta a lei de Moisés para os judeus. O povo
chora quando ouve a leitura em voz alta das escrituras. Eles jejuam e confessam seus
pecados perante o Senhor. Alguns judeus contam a história dos israelitas e algumas
bênçãos recebidas de Deus desde Abraão até seus dias. O povo faz o convênio de
casar-se somente dentro da casa de Israel, honrar o Dia do Senhor, pagar o dízimo e
guardar os mandamentos do Senhor.

Neemias 11–12 Os muros de Jerusalém são concluídos e dedicados. O povo dá graças a


Deus.

Neemias 13 Neemias sai de Jerusalém por vários anos e, durante sua ausência, os judeus
em Jerusalém começam a quebrar seus convênios e a negligenciar a lei de Moisés.
Neemias volta e ajuda o povo a guardar os convênios limpando o templo, reinstituindo a
observância do Dia do Senhor e ensinando ao povo sobre o casamento dentro do convênio.

ESTER. (Ester: Significa "estrela". Tem origem no nome hebraico Esther e do latim
Stella. Seu significado é, literalmente, "estrela"

Livro de
O livro de Ester traz um exemplo excelente do poder e da influência para o bem que uma
pessoa pode exercer. Na condição de judia exilada na Pérsia, Ester chegou à alta posição
de rainha da Pérsia e depois se viu diante da possibilidade de ser executada juntamente
com o restante de seu povo. Ao estudarem esse livro, os alunos vão aprender sobre a
importância de agir com coragem em situações aterradoras e como desenvolver confiança
em Deus.

Quem escreveu o Livro de Éster?


O livro de Éster é considerado por muitos de apócrifo, consideram como não seja do grupo
do ""Cânon; dos livros inspirados"" por não ter a citação de Deus.

O autor do Livro de Ester é desconhecido. Pelas pistas deixadas no livro, podemos deduzir
que se trata de um judeu persa, possivelmente residente na cidade de Susa. Também se lê
neste livro o seu nacionalismo intenso e preocupação com a festa do Purim, acredita-se que
seja Mordecai, mais isso não é certeza.

Quando e onde foi escrito?


Não sabemos quando ou onde foi escrito o livro de Ester. Contudo, os acontecimentos
desse livro se deram enquanto muitos judeus estavam vivendo na Pérsia depois de serem
deportados de Jerusalém. “A maioria dos estudiosos situa os acontecimentos narrados no
livro de Ester entre 482 a.C. e 478 a.C.” (Velho Testamento, Manual do Aluno: I Reis a
Malaquias, manual do Sistema Educacional da Igreja, 1984, p. 329).

Quais são algumas características marcantes desse Livro?


O livro de Ester é um dos dois únicos livros do Velho Testamento que levam o nome de uma
mulher no título. Além disso, “o livro [de Ester] não contém referências diretas a Deus, mas
Ele está subjacente a tudo, já que o livro deixa entrever um destino providencial (Ester
4:13–16) e fala de jejuar pela libertação”. Embora o livro de Ester venha depois do livro de
Neemias na Bíblia, segundo alguns estudiosos os acontecimentos registrados em Ester
podem ter ocorrido cerca de 30 anos ou mais antes dos fatos narrados no livro de Neemias.
Resumo
Ester 1–2 O rei Assuero fica descontente com o comportamento da rainha Vasti e a destitui.
Muitas belas jovens virgens do império são apresentadas ao rei para ele escolher uma nova
rainha. Assuero escolhe Ester como sua nova rainha.

Ester 3–5 Mardoqueu, primo de Ester e pai adotivo, recusa-se a inclinar-se perante Hamã.
Como resposta, Hamã elabora um plano para destruir todos os judeus do reino. Os judeus
lamentam-se, choram e jejuam para ser poupados. Ester arrisca a própria vida
apresentando-se ao rei sem ser convidada. O rei a recebe com bondade e concorda em
participar de um banquete com Hamã.

Ester 6–8 No segundo dia do banquete, Ester revela ao rei o plano de Hamã para matar os
judeus. O rei ordena a execução de Hamã na forca que Hamã preparara para Mardoqueu.
O rei honra Mardoqueu e permite que ele e Ester revertam o decreto para matar os judeus.

Ester 9–10 Os judeus recebem autoridade do rei para matar seus inimigos no reino.
Instituem a Festa de Purim para comemorar sua libertação milagrosa do plano de Hamã.

SEÇÃO 3: Livros Poeticos


Quais são os livros poéticos?
Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares ou Cântico de Salomão.

Porque Poeticos?
Foram escritos, em sua maioria, em linguagem poética, fazendo uso de metáforas, e têm
um caráter de ensinamento para alcançar a sabedoria. Esses livros apresentam a sabedoria
e a espiritualidade do povo de Israel, e fazem parte da chamada literatura sapiencial,
comum no Oriente

Significa Poético?
adjetivo Que pertence à poesia, que é próprio dela. Apropriado para inspirar um poeta. Que
comove e emociona.

JÓ. (hostilizado", "perseguido" ou possivelmente "homem voltado para Deus". Jó é


um nome com origem no hebraico 'Iyyov. Outros sugerem que o nome Jó está ligado
a um verbo árabe que significa "voltar", e por isso quer dizer "aquele que se volta
para Deus)"

livro de
Um homem da terra Uz do oriente (Jó 1:1-3)

Uma das perguntas mais básicas com que qualquer pessoa de fé pode debater-se é por
que coisas ruins acontecem com pessoas boas. O livro de Jó contém o relato de um homem
íntegro que permaneceu fiel mesmo em meio a duras provações. A experiência de Jó nos
convida a refletir sobre perguntas difíceis a respeito das causas do sofrimento, a fragilidade
da existência humana e os motivos para crer em Deus mesmo quando a vida parece
injusta. Ao longo de todas as suas provações, Jó manteve sua integridade e sua confiança
em Deus, mesmo quando alguém o instou a “[amaldiçoar] a Deus, e [morrer]” (Jó 2:9). Já
que todos nós podemos sentir-nos como Jó num momento ou outro, esse livro nos oferece
uma análise pungente de algumas das perguntas mais difíceis da vida.

Quem escreveu o Livro de Jó


Muitos estudioso da Palavra de Deus, apontam para Moisés o escritor do Livro de Jó.
A história de Jó talvez seja mais antiga do que o Patriarca Abrão, ou talves seja seu
conteporaneo.

Quando e onde foi escrito o Livro de Jó?


Não sabemos quando ou onde foi escrito o livro de Jó.

Quais algumas características marcantes do Livro de Jó?


O livro de Jó foi escrito quase inteiramente em linguagem poética, com um prólogo e um
epílogo em prosa, e costuma ser classificado como literatura de sabedoria. Uma das
qualidades mais singulares do livro é que ele faz duas perguntas difíceis — “Por que as
pessoas justas escolhem a retidão?” e “Por que os justos sofrem?” — mas não oferece
respostas simples. Na verdade, o livro de Jó convida os leitores fiéis a exercerem fé em
Deus, como quando Jó disse acerca do Senhor: “Ainda que ele me mate, nele esperarei”
(Jó 13:15). O livro também exorta os fiéis a olharem além das tribulações desta vida em
direção à gloriosa Ressurreição possibilitada pelo Salvador, pois Jó testificou
corajosamente: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e (…) em minha carne verei a
Deus” (Jó 19:25–26).

O livro de Jó também se destaca por uma passagem que confirma a realidade da vida
pré-mortal, quando “as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de
Deus jubilavam” por ocasião da Criação da Terra (Jó 38:7).

Resumo
Jó 1–2 Num prólogo que começa a narrativa poética, imagina-se o Senhor e Satanás
discutindo a fidelidade e prosperidade de Jó. Satanás insinua que Jó só é íntegro por ser
um homem abençoado. O Senhor dá permissão a Satanás para afligir Jó, mas não para
matá-lo. Jó persevera e permanece fiel em meio à perda de sua riqueza pessoal, seus filhos
e, por fim, sua própria saúde.

Jó 3–37 Jó lamenta suas aflições e se pergunta se teria sido melhor nunca ter nascido. Três
amigos de Jó, Elifaz, Bildade e Zofar o consolam, mas começam a questionar suas
alegações de que ele não merece seu sofrimento. Em seguida, os quatro debatem sobre a
natureza do sofrimento nesta vida. Os amigos de Jó dizem que a justiça de Deus não pune
os justos; portanto, o padecimento de Jó deve estar ligado a algum pecado cometido. Jó
declara sua inocência e mantém-se confiante em Deus, embora não saiba por que lhe
sobrevieram aquelas provações. Eliú, um homem mais jovem, oferece reflexões sobre os
motivos do sofrimento de Jó.
Jó 38:1–42:6 O Senhor aparece e faz muitas perguntas a Jó, levando-o a pensar no poder
supremo de Deus e em Sua superioridade. O Senhor explica a Jó que é difícil para um
mortal ver as coisas com a perspectiva Dele. Jó submete-se humildemente ao Senhor e a
Seus juízos.

Jó 42:7–16 O Senhor abençoa Jó por sua retidão, dando-lhe o dobro das posses que
perdeu, permitindo que ele tenha novamente o mesmo número de filhos que teve antes e
restaurando sua antiga posição social. Jó vive uma vida longa e plena.

SALMOS (Sig: Cânticos Espirituais, Oração, clamor)

Livro dos Saltérios


O livro dos Salmos, é os Antigos Cânticos Espirituais e orações do antigo povo de Israel.

O livro de Salmos é conhecido como Saltério (nebel), lira ou harpa, uma composição de 150
textos poéticos de lamentação, súplica, louvor, ação de graças, orações e; de tempos e
lugares diferentes. Essa coleção chama-se em hebraico, O Livro dos Salmos. Em grego,
Psalmos, isto é, “Poemas adaptados à música”. É o primeiro e mais comprido das junção
dos livros do Saltério, a terceira divisão da Bíblia hebraica.

Os livros de Salmos é um dos mais estimados e usados do Antigo Testamento e, ao mesmo


tempo, um dos mais problemáticos do cânon. Questões relativas à autoria, composição,
teologia, interpretação, aplicação e função contribuem para a complexidade do livro. O fato
de muitos cristãos, ao longo dos séculos, terem encontrado consolo em suas páginas em
tempos de necessidade, sem jamais considerar estas questões, serve de testemunho do
poder de Deus de ministrar por meio dos livros das Escrituras.

Os primeiros salmos a serem agrupados, e que mais tarde dariam origem ao Saltério, foram
denominados “Orações de Davi, filho de Jessé”. Outros foram compostos durante o exílio.
Contudo foi durante o reinado de Salomão e o exercício do serviço litúrgico e religioso no
primeiro Templo, que os salmos definitivamente passaram a fazer parte da tradição judaica.
Assim, o livro dos Salmos é a compilação de várias coletâneas da fina obra literária
bíblico-canônica judaica (oração,poemas, hinos e cânticos espirituais) e representa a etapa
final de um processo que demandou séculos de história. Foram os mestres e servos
pós-exílicos do Templo, entretanto, que completaram e concluíram a coletânea final de 150
salmos, ao final do século III a.C.

Os salmos refletem tanto o caráter histórico como devocional. Muitos acontecimentos da


historia são apresentados: a criação do homem (8.5), a aliança estabelecida com Abraão e
seus descendentes (105.9-11), o sacerdócio de Melquisedeque (110.4), Isaque, Jacó,
Moisés e Arão (105.9-45), a libertação do Egito e a herança Cananéia (78.13; 105.44).
Muitos outros exemplos poderiam ser citados.

DATA
Ao questionarmos a data da publicação dos salmos, uma primeira pergunta se faz
necessária: de qual salmo especificamente estamos falando? Porquanto o Saltério é
composto de salmos que vão desde a época pré-exílica, passando por todo o tempo de
cativeiro, até o pós-exílico. O processo de descobrimento, seleção e formação da coletânea
canônica dos salmos levou vários séculos, e foi concluído somente no final do século III a.C.

Considerando que metade de todo o Saltério é de autoria de Davi (ou davídicos), e que
quase todos foram originados no período áureo de Israel e alguns até mais tarde, podemos
datar as primeiras publicações dos Salmos por volta do ano 1000 a.C.

AUTORES DOS SALMOS


Falamos de Salmos como sendo de Davi. Ele é considerado o autor principal, dá a nota
dominante, e a sua voz se sobressai às outras no coro sagrado. Mas houve outros autores
além dele.

De acordo com os títulos, Davi foi o autor de 73 salmos, Asafe foi autor de 12, os filhos de
Coré foram autores de 11, Salomão foi autor de 2, e Moisés e Etã foram autores de 1 salmo
cada. Nenhum autor é mencionado no caso de 50 dos salmos. A Septuaginta adiciona Ageu
e Zacarias como autores de 5 salmos.

Salmos de Davi: 3 a 9, 11 a 32, 34 a 41, 51 a 65; 68 a 70, 86, 101, 108 a 110, 122, 124, 132,
133, 138 a 145.
Salmos de Salomão: 72 e 127.
Salmos dos filhos de Coré: 42, 44 a 49, 84, 85, 87 e 88. Os filhos de Coré formavam uma
família de sacerdotes e poetas no tempo de Davi.
Salmos de Asafe: 50, 73 a 83. Asafe era um dos principais músicos de Davi. A família de
Asafe era encarregada da música de geração em geração.
Salmo de Etã: 89.
Salmo de Moisés: 90.

É provável que em alguns casos, o nome atribuído ao autor de certos salmos possa
referir-se melhor ao compilador do que ao autor.

ORGANIZAÇÃO DOS SALMOS


Já sabemos que os salmos 1 e 2 servem de introdução geral ao livro e que os salmos de
ligação são uteis para discernirmos o propósito do organizador. Que conclusões podem ser
tiradas deles quanto ao propósito e a mensagem do organizador?

O salmo 1 traça a distinção nítida entre a conduta do justo e a do ímpio. Também fala de
seus respectivos destinos. Percebemos que o organizador apresenta com precisão um dos
temas principais dos salmos: o interesse pelo galardão dos justo e o castigo dos ímpios.

O salmo 2 apresenta a idéia de que Deus escolheu o rei israelita e o defendeu das
conspirações dos reinos. Apresenta-se aqui o aspecto nacional em contraste com o
aspecto individual.

Esse dois níveis de mensagem (individual e nacional) unem-se em Davi. Ele representa o
justo necessitado de apoio divino. Também é o rei de Israel por excelência, que representa
não só Israel, mas também todos os reis sucessivos de sua linhagem. Seu amor a Deus
levou o Senhor a escolhê-lo como rei e estabelecer a aliança do Reino com ele.
Propósito e mensagem:
Cada autor possuía um propósito especifico para compor um Salmo. Os comentários mais
antigos sugerem a situação histórica por trás de cada salmo, mas essa prática era
altamente especulativa e não produziu resultados satisfatórios. É provável que muitas
composições tenham sido feitas para suprir necessidades litúrgicas.

Devemos estar dispostos a considerar toda a gama de situações possíveis. Alguns salmos
foram motivados possivelmente por acontecimentos históricos específicos, por exemplo,
treze deles citam ocorrências históricas no título: 3, 7, 18, 34, 51, 52, 54, 56, 57, 59, 60, 63
e 142. Todos são da autoria de Davi. Outros devem ter sido escritos para ocasiões litúrgicas
distintas. Mas alguns podem ter sido meditações pessoais. A questão é que não há
propósito unificado ou mensagem identificada como uma linha de pensamento unificada nos
salmos.

Divisões e títulos dos Salmos


Na sua edição final, o Saltério continha 150 salmos. Quanto a isso, a Septuaginta e o texto
hebraico concordam, embora cheguem a essa cifra de modo diferente. A Septuaginta tem
um salmo a mais no fim (mas não com a numeração separada, como Salmo 151); além
disso, une os salmos 9 e 10 num só salmo, e faz o mesmo com os salmos 114 e 115,
dividindo os salmos 116 e 147 em dois salmos cada um. É estranho que tanto a Septuaginta
quanto o texto hebraico numerem os salmos 42 e 43 como dois salmos, embora fique
evidente que originariamente eram um só.

O Saltério era dividido em cinco livros (Salmos 1 a 41, 42 a 72, 73 a 89, 90 a 108, 109 a
150), cada um desses livros recebia uma doxologia final apropriada. Os dois primeiros livros
eram provavelmente pré-exílicos. A despeito dessa divisão em cinco livros, o Saltério era
claramente considerado uma só obra global, com uma introdução (Salmos 1 e 2) e uma
conclusão (Salmos 146 a 150).

Os salmos do primeiro livro são atribuídos a Davi, exceto o primeiro, o segundo, o décimo e
o 33º, que são chamados de órfãos por não se conhecerem o nome de seus autores. Na
Septuaginta, os salmos que compõem o primeiro livro são atribuídos a Davi, exceto o
primeiro, que serve de introdução, e o segundo. O décimo está incorporado ao nono e o 33º
traz o título, “A Davi”. O nome divino de Jeová aparece geralmente nos salmos que
compõem esse livro.

O segundo livro contém 31 salmos. Os primeiros oito fazem parte de uma coleção de
cânticos atribuídos aos filhos de Coré. O salmo 43, quer tenha sido escrito por eles, quer
não, foi composto para conclusão do salmo 42. Esse grupo é seguido de um salmo de
Asafe. Vem depois de um grupo de 20 salmos pertencentes a Davi, exceto dois, o 66 e o
67; este último, porém, a Septuaginta o registra como sendo de Davi. O livro fecha com um
salmo anônimo e outro salomônico, 71 e 72. Nesse livro predomina a palavra Elohim para
designar a pessoa divina, e dois salmos são duplicados de outros dois do primeiro livro, nos
quais a palavra Deus é substituída pela de Jeová (52, 70, cf. 14 e 40.13-17).
O terceiro livro contém 17 salmos. Os primeiros 11 são atribuídos a Asafe, quatro aos filhos
de Coré, um a Davi e outro a Etã. Os salmos desse livro foram colecionados depois da
destruição de Jerusalém e do incêndio do templo (74.3,7,8; 79.1).

O quarto livro contém igualmente 17 salmos, o primeiro é atribuído a Moisés e dois a Davi;
os 14 restantes pertencem a autores anônimos. A Septuaginta dá 11 a Davi, deixando
apenas cinco para autores anônimos, 92, 100, 102, 105 e 106.

O quinto livro contém 28 salmos anônimos, enquanto que 15 são atribuídos a Davi e um a
Salomão. As inscrições diferem muito na Septuaginta. A coleção dos salmos desse livro foi
feita tardiamente porque inclui odes que se referem ao exílio, 126 e 137. Observa-se pois,
que a composição dos salmos demandou grande período de tempo.

Dos 150 salmos, somente 34 não tem título. Esses chamados salmos “órfãos” acham-se
sobretudo do terceiro ao quinto livro, em que tendem em ocorrer em grupos pequenos:
salmos 91, 93 a 97, 99, 104 a 107, 111 a 119, 135 a 137 e 146 a 150. No primeiro e no
segundo livro, somente os salmos 1, 2, 10, 33, 43 e 71 não tem título e, na realidade, os
salmos 10 e 43 são continuações dos anteriores.

Termos que expiram o caráter dos Salmos


Masquil: poema didático, ou refletivo.
Mictão: epigramático. Na literatura representa o gênero poético criado na Grécia e
popularizado em Roma, consistente em poesias curtas (alguns poucos versos ou estrofes)
de conteúdo concentrado e incisivo, de fácil memorização e agradável leitura.
Mizmor: poema lírico.
Selah (Pausa): Esse é o termo técnico que mais aparece nos salmos. Aparece setenta e
uma vez em trinta e nove salmos e três vezes em Habacuque 3. Visto que é impossível
determinar se a colocação da palavra é original ou foi introduzida por editores ou copistas,
seu objetivo preciso permanece incerto. Dentre as sugestões para seu significado está
"pausa" ou "interlúdio", indicando um intervalo no texto ou na execução musical do salmo.
Também é possível que seja uma deixa para o coral repetir uma afirmação, ou para um
instrumento específico, possivelmente um tambor, fosse tocado para marcar o ritmo ou
enfatizar uma palavra.

Classificação dos Salmos


A classificação detalhada dos salmos é de difícil definição, visto que são altamente
poéticos, e um salmo pode tocar em diferentes temas. Porém podemos sugerir diversas
categorias:
Salmos teocráticos: 95 a 100.
Cânticos de degraus ou de romagem: 120 a 134. Cantados provavelmente, pelos
peregrinos subindo às festas anuais de Jerusalém.
Salmos de aleluia: 146 a 150.
Salmos acrósticos: 9,10, 25, 34, 37, 111, 112, 119 e 145. No hebraico a primeira letra de
cada linha, ou de cada estrofe, em ordem, segue a ordem do alfabeto hebraico. No Salmo
119, cada estrofe tem 8 linhas e cada linha começa com a mesma letra hebraica da sua
estrofe. Esse salmo tem 176 versículos e em todos esses versículos, a não ser em 3,
menciona-se a palavra Deus. Referem-se a Palavra de Deus como: Lei, Prescrições,
Caminhos, Mandamentos, Preceitos, Juízos, Decretos e Testemunhos.
Salmos messiânicos: os hinos da vinda do Messias: 2, 8, 16, 22, 45, 72, 89, 110, 118, 132 e
outros.
Salmos penitenciais: 38,130, e 143.
Salmos imprecatórios: 69, 101, 137 e porções dos salmos 35, 55 e 58. Nesses salmos, Davi
pede a Deus, vingança contra seus inimigos e os inimigos de Deus.
Salmos históricos: 78,81, 105 e 106.
Salmos de louvor: Os hinos são facilmente reconhecidos pelo seu exuberante louvor ao
Senhor. Deus é louvado pelo que ele é e pelo seu poder e misericórdia. Salmos 8,24,29,33,
47 – 48.
Lamentos: os lamentos expressam uma emoção oposta àquela de louvor. No lamento, o
salmista abre seu coração honestamente a Deus, um coração muitas vezes cheio de
tristeza, medo ou mesmo ira. Salmos 25, 39, 51, 86, 102 e 120.

Caraterísticas Literárias
O Saltério é poesia do começo ao fim, embora contenha muitas orações. Os salmos são
apaixonados, vívidos e concretos; são ricos em figuras de linguagem, como por exemplo as
símiles e metáforas. As assonâncias, as alterações e os jogos de palavras também são
abundantes no texto hebraico. O uso eficaz de repetições é característico, bem como o
acúmulo de sinônimos e complementos para preencher o quadro. Palavras-chave muitas
vezes ressaltam temas de maior importância nas orações ou nos cânticos.

A poesia hebraica não tem rimas, nem métrica regular. Sua característica mais diferenciada
e comum é o paralelismo. O maior dos versos é composto de dois (às vezes três)
segmentos equilibrados entre si (muitas vezes, o equilíbrio não é rigoroso, e o segundo
segmento é em geral um pouco mais breve que o primeiro). O segundo segmento ecoa,
contrapõe ou complementa estruturalmente o primeiro. Esses três tipos são generalizações
e não são totalmente satisfatórios para classificar a rica variedade que a criatividade dos
poetas conseguiu realizar dentro da estrutura básica dos dois versos. Podem servir, no
entanto, de distinções genéricas que ajudarão o leitor.

Saber onde os versos (ou segmentos do verso original) em hebraico começam ou terminam
é às vezes, questão incerta. Até mesmo a Septuaginta divide os versos de maneira
diferente dos textos hebraicos hoje existentes. Não é de admirar, portanto que as traduções
atuais às vezes divirjam entre si.

Teologia dos Salmos


Assim como o Saltério foi composto durante o período do Antigo Testamento, assim
também a teologia dos salmos é tão abrangente como a teologia do Antigo Testamento.
Martinho Lutero denominou o Livro dos Salmos de: “Uma Pequena Bíblia e o Restante do
Antigo Testamento”.

Os leitores cristãos dos Salmos dão atenção especial à relação entre estes cânticos antigos
e Jesus Cristo. Após sua ressurreição, Jesus falou a seus discípulos que “importava que se
cumprisse tudo o que sobre mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”
(Lc 24.44). O Antigo Testamento, inclusive os Salmos, aguardavam a vinda de Cristo, o seu
sofrimento e a sua glória. Jesus e os escritores do Novo Testamento fazem extenso uso dos
Salmos para expressar seu sofrimento (Mt 27.46) e a sua glorificação (Mt 22.41 – 46). Além
disso, Jesus foi revelado como objeto de culto dos Salmos. Uma vez que Cristo é a
Segunda Pessoa da Trindade, os hinos e os lamentos dos Salmos são dirigidos a ele, assim
como ao Pai e ao Espírito. Jesus é ao mesmo tempo, cantor dos Salmos (Hb 2.12) e o seu
principal tema.

Salmos 22 e o Calvário
O Salmo 22 apresenta o quadro do Calvário como nenhum outro. Aqui a crucificação é
retratada com mais clareza do que em qualquer outra passagem do Antigo Testamento.
Começa com o clamor do Senhor na hora mais negra da sua vida: “Deus meu, Deus meu,
por que me desamparaste?”. Termina com: “... foi ele quem o fez”. O original hebraico
significa: “Está consumado”, a última expressão de Cristo na cruz.

No Versículo 6 deste salmo, está escrito: “Mas eu sou verme, e não homem; opróbrio dos
homens e desprezado do povo”, referindo-se à afronta da cruz.

Leia e compare estas passagens:


Salmos 22.1....................................... Mateus 27.46
Salmos 22.6-8.................................... Mateus 27.39,41,43
Salmos 22.12,13................................ Mateus 27.36,44
Salmos 22.8....................................... Mateus 15.23,24

“Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é


como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas” (22.14). Isso descreve transpiração
excessiva por causa de tortura física. Refere-se também ao coração partido de Jesus.

“A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no


pó da morte” (22.15). Este versículo descreve uma sede intensa.

“Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as


mãos e os pés” (22.16). Crucificação, o método romano de morte por crucificação é descrito
aqui neste versículo. A lei judaica desconhecia esse método de castigo. As palavras
descrevem a morte por crucificação. Ossos das mãos, dos braços, dos ombros,
desconjuntados por ter sido o corpo pregado na cruz, distendendo ossos e músculos.

“Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa” (22.18). Até
esse ato dos soldados é descrito neste salmo. Leia Mateus 27.35.

Esboço dos Salmos


Esse esboço se fundamenta na teoria de que o propósito do organizador é o motivo da
organização dos salmos. Deve-se lembrar que esta abordagem ainda é especulativa.
I. Livro I 1.1-41.13
Cânticos introdutórios 1.1-2.12
Cânticos de Davi 3.1-41.12
Doxologia 41.13
II. Livro II 42.1-72.20
Cânticos dos filhos de Corá 42.1-49.20
Cânticos de Asafe 50.1-23
Cânticos de Davi 51.1-71.24
Cânticos de Salomão 72.1-17
Doxologia 72.18,19
Versículo de conclusão 72.20
III. Livro III 73.1-89.52
Cânticos de Asafe 73.1-83.18
Cânticos dos filhos de Corá 84.1-85.13
Cânticos de Davi 86.1-17
Cânticos dos filhos de Corá 87.1-88.18
Cânticos de Etã 89.1-51
Doxologia 89.52
IV. Livro IV 90.1-106.48
Cânticos de Moisés 90.1-17
Cântico anônimos 91.1-92.15
Cânticos “O Senhor Reina” 93.1-100.5
Cânticos de Davi 101.1-8; 103.1-22
Cânticos anônimos 102.1-28; 104.1-106.47
Doxologia 106.48
V. Livro V 107.1-150.6
Cânticos de ação de graças 107.1-43
Cânticos de Davi 108.1-110.7
Hallel Egípcio 111.1-118.29
Cânticos Alfabético sobre a lei 119.1-176
Cânticos dos degraus 120.1-134.3
Cânticos anônimos 135.1-137.9
Cânticos de Davi 138.1-145.21
Cânticos “Louvai ao Senhor” 146.1-149.9
Doxologia 150.1-6

PROVÉRBIOS
Livro de
Provérbios não é apenas uma antologia e sim uma "coleção de coleções" relacionadas a
princípios de vida que perdurou por mais de um milênio. O livro é um exemplo da tradição
sapiencial bíblica e levanta questões sobre valores, comportamento moral, o significado da
vida humana e uma conduta ética e Cristã.

ECLESIÁSTES (O título "Eclesiastes" é uma transliteração da tradução grega do


termo hebraico Kohelet ou Qohelet, que significa "aquele que reúne", mas que é
tradicionalmente traduzido como "professor" ou "pregador" nas traduções da Bíblia
em português, o pseudônimo utilizado pelo autor do livro)
Livro de

Faz parte dos livros apócrifos, ou seja, que não estam no cânon, não considerado inspirado.

O nome Eclesiastes é uma tradução da palavra hebraica koheleth, que significa “aquele que
convoca uma assembleia” ou simplesmente um pregador Ao longo desse livro, o autor
apresenta uma série de perguntas em busca do propósito da vida. Suas perguntas e
conclusões subsequentes ilustram sua própria jornada ao buscar entender por que estamos
aqui na Terra. Ao estudarem esse livro, os alunos vão refletir sobre o propósito da
mortalidade e descobrir com o autor que todos, um dia, terão de comparecer perante Deus
e ser julgados.

Quem escreveu esse livro?


É atribuido a Salomão.
Pregador.
(Eclesiastes 1:1).

Quando e onde foi escrito?


A grande maioria dos estudiosos afirmam em na cidade de Jerusalém.

Quais as caraqueterísticas marcantes desse Livro?


O livro de Eclesiastes é único porque, embora o pregador seja uma pessoa que acredita em
Deus, muitas vezes faz perguntas e declarações como se não fosse. Portanto, tudo o que
ele diz deve ser inserido no contexto de sua conclusão final em Eclesiastes 12:13–14: todas
as nossas obras nesta vida um dia serão julgadas por Deus. Os ensinamentos desse livro
parecem ser dirigidos às pessoas que não acreditam em Deus ou que pelos menos ainda
não assumiram totalmente um compromisso com Ele. O pregador apresenta perguntas e
afirmações com as quais muitas dessas pessoas tendem a concordar, mas depois as ajuda
a ver quanto propósito e sentido podemos enxergar na vida ao procurarmos viver segundo a
vontade de Deus.

Resumo
Eclesiastes 1–2 O pregador conclui que tudo nesta vida é vão ou efêmero e não dura. Para
respaldar essa conclusão, ele relata várias tentativas que fez para encontrar significado e
propósito na vida. Ele procurou a frivolidade e o prazer, edificou “obras magníficas” (2:4) e
ganhou riquezas, mas descobriu que nada disso o satisfazia.

Eclesiastes 3 O pregador explica que coisas boas e ruins acontecem a todas as pessoas.
As obras do homem não perduram. Contudo, as obras de Deus são eternas.

Eclesiastes 4–8 O pregador ensina que, embora esta vida seja temporária e todos um dia
morrerão, há coisas que podemos fazer para encontrar contentamento na vida. Ele
identifica também coisas que certamente resultarão numa vida de insatisfação, como
oprimir o próximo, acumular riquezas simplesmente para ter mais do que os outros e deixar
de buscar sabedoria.

Eclesiastes 9–10 O pregador afirma que tanto os iníquos quanto os justos passarão por
tragédias. Todos têm um tempo limitado nesta Terra e se beneficiarão muito mais ao
alcançarem sabedoria do que ao adquirirem riquezas ou poder.

Eclesiastes 11–12 O pregador conclui que, ao contrário da maioria das coisas na vida, a
obediência aos mandamentos de Deus é de importância duradoura, pois um dia todos
morreremos, nosso espírito voltará a Deus e Ele nos julgará segundo a maneira como
vivemos durante nossa vida mortal.
Livro de Cantares de Salomão-
Não é considerado dos livros inspirados, não é do Cannôn

“O livro de Cantares de Salomão é às vezes chamado de Cânticos (como em latim) ou


Canto dos Cantos. Tanto os judeus quanto os cristãos às vezes relutaram em aceitá-lo no
cânone de escrituras devido a seu conteúdo romântico, mas permitiram-no ao considerá-lo
uma alegoria do amor de Deus por Israel e pela Igreja”

Resumo
Cantares de Salomão 1–8 Poemas e cânticos de amor e afeto.
O título hebraico é uma expressão Cântico dos Cânticos, com significado superlativo “o
mais excelente cântico”. ... Ao longo de oito capítulos, os Cantares de Salomão trazem
poemas líricos de amor, escrito para exaltar as virtudes do casamento, e do amor entre o
marido e sua esposa.
__________________________

SEÇÃO 4: LIVROS PROFETAS MAIORES- PROFÉTICOS


Porque profetas maiores?
Os chamados Profetas Maiores são o conjunto dos mais extensos Livros proféticos do
Antigo Testamento da Bíblia cristã. O termo "maior" refere-se ao tamanho do livro e não a
importância do profeta. Os profetas maiores listados em ordem são: ISAÍAS, JEREMIAS,
LAMENTAÇÃO DE JEREMIAS E DANIEL.

ISAÍAS.
(Significa "salvação do Senhor", "Jeová é salvação", "o Eterno salva".
Tem origem no hebraico Yesha'yahu​que deriva dos elementos yesha, yeshua que
significa "salvação" e yahweh​que quer dizer "Senhor, Jeová, Deus" e significa
"salvação do Senhor, o Eterno salva")

livro de
O profeta Isaías atuou em Jerusalém a partir do ano da morte do rei Uzias, por volta de 740
a.C. (ver 6.1, n.). Ele ainda estava ativo durante o reinado de Ezequias (Is 36.1), quando os
assírios, em 701 a.C., invadiram o Reino de Judá.

O pouco que sabemos a respeito da vida pessoal de Isaías tem a ver com a atividade dele
como profeta. Ao que parece, ele tinha livre trânsito no palácio dos reis de Judá, numa
época em que a Assíria estava começando a virar um grande Império. Isaías aparece como
conselheiro do rei Acaz quando a Síria e Israel ameaçaram invadir Judá no ano de 734 a.C.
(Is 7.1-16). Quando, por volta de 711 a.C., nações vizinhas planejaram uma revolta contra
os assírios, Isaías andou meio nu e descalço pelas ruas durante três anos para advertir o rei
Ezequias contra a participação nesse projeto (Is 20). Mais tarde, também atuou como
conselheiro de Ezequias durante o ataque dos assírios contra Judá, em 701 a.C. (Is 37).

O nome “Isaías” quer dizer: “o Senhor salva”. Isaías, que foi, talvez, o maior de todos os
profetas escritores, era casado e tinha pelo menos dois filhos: Sear-Jasube e
Maer-Salal-Hás-Baz. Esses nomes eram simbólicos, ou seja, faziam parte da mensagem
que o profeta tinha a anunciar
(ver Isaías 7:3/ 8:3).

O conteúdo do Livro de Isaías


O Livro de Isaías pode ser dividido em três partes: capitulos 1-39, 40-55 e 56-66.

Isaías 1-39: Nesses capítulos, aparece uma série de profecias contra Judá e Jerusalém
(capitulos 1-12), seguida de mensagens contra nações estrangeiras (capitulo 13-23; ver
13:1-14:2) Os capitulos 24-27 formam o assim chamado “Apocalipse de Isaías”, que
descreve o julgamento de Deus sobre toda a terra e a restauração de Israel, numa
linguagem que lembra os escritos apocalípticos (ver 24:1-23 ). Os caps. 28-33 contêm mais
advertências contra Judá e Jerusalém (ver capitulo 28:1-6, n.), seguidas, nos capitulos
34-35, por novas profecias sobre o julgamento das nações e a restauração de Jerusalém.
Por fim, os capitulos 36-39 são uma narrativa histórica paralela à que aparece em 2Rs
18-20.

Esses capítulos refletem a situação do Reino de Judá e de todo o Oriente Próximo durante
um período de crise e muitas incertezas de ordem política. Foi nessa época que o Império
Assírio iniciou sua expansão rumo ao Sul. Até aquele momento, Judá tinha vivido um tempo
de grande prosperidade e poderio militar sob a liderança do rei Uzias. Esses dias estavam,
agora, chegando ao fim. Durante algum tempo, a partir de 734 a.C., Judá esteve ameaçado
de ser invadido por seus vizinhos mais próximos ao Norte, Israel e Síria. Nessas
circunstâncias, a principal preocupação de Isaías era a falta de fé na proteção de Deus, que
ele via nos reis e nas lideranças de Judá. Essa falta de fé se expressava, por exemplo, nas
tentativas de aliança com nações estrangeiras.

Para Isaías, a verdadeira ameaça contra Judá não era o poder assírio; era o pecado do
povo e a desobediência a Deus. Deus tinha escolhido para si Jerusalém e a descendência
real de Davi (2Samuel 7). Isso, no entanto, trazia consigo uma obrigação moral muito séria.
O Deus santo de Israel esperava do povo uma conduta que fosse como que um espelho da
sua própria santidade e justiça. Por isso, Isaías exigiu que os pobres fossem tratados com
justiça e dignidade. E insistiu em que Deus não aceitaria sacrifícios ou orações de um povo
cuja vida não fosse moralmente responsável.

Naquele tempo, havia também outros profetas pregando de um jeito parecido. Amós e
Oséias, por exemplo, profetizaram no Reino do Norte, conhecido como Reino de Israel.
Miquéias, a exemplo de Isaías, profetizou no Reino do Sul. A leitura das mensagens desses
profetas pode ajudar a compreender as mensagens de Isaías.

Para Isaías, a nação desobediente não conseguia ver a realidade do seu pecado e se fazia
de surda para os conselhos do profeta. Por isso, ele via pela frente um severo castigo de
Deus. Já dava para ver sinais desse castigo na destruição que os assírios vinham fazendo.
Em 732 a.C., eles tinham conquistado Damasco, a capital da Síria. Dez anos depois, foi a
vez da cidade de Samaria, a capital do Reino do Norte. No final daquele século, boa parte
do Reino de Judá estava nas mãos dos assírios. Em 701 a.C., o imperador assírio
Senaqueribe tinha forçado Judá a pagar uma soma muito alta em tributos. Naquela ocasião,
Jerusalém foi salva por milagre de ser invadida e arrasada. Mas mesmo o estimado rei
Ezequias acabou tentando buscar ajuda na Babilônia e não em Deus, como insistia Isaías.
Por isso, Isaías advertiu que chegaria o dia em que Judá seria levado cativo pelos
babilônios (cap. 39).

Isaías 40-55: A segunda parte do Livro de Isaías, conhecida como “o Livro da Consolação
de Israel”, parte da realidade do cativeiro do povo de Judá na Babilônia. Em outras
palavras, nesses capítulos aparece uma situação bem diferente daquela dos capitulos 1-39,
em que o povo de Judá vivia sob a ameaça dos assírios. Agora, parece que já se cumpriu o
que é dito em 39.6-7: o povo e os seus tesouros tinham sido levados para a Babilônia, algo
que só aconteceu mais de cem anos depois do tempo de Isaías (586 a.C.). Seja como for,
as mensagens dessa segunda parte de Isaías têm em vista a situação do povo que se
encontra prisioneiro da Babilônia, pouco antes de sua libertação pelo rei Ciro, da Pérsia, em
538 a.C. O povo, que estava perdendo a fé e a coragem, recebe a promessa de que Deus
logo os libertaria, destruindo o poder dos babilônios e levando-os de volta à terra de Israel.
Jerusalém e o Templo do Senhor, destruídos pelos babilônios, seriam reconstruídos. Como
é típico dos profetas, muitas vezes, essa restauração é descrita como já sendo presente
(ver 55.5, n.).

Isaías 56-66: Os últimos capítulos do Livro de Isaías supõem um clima diferente daquele
dos capitulos 40-55. O povo parece já estar de volta a Jerusalém, depois do cativeiro na
Babilônia. Numa cidade que está sendo reconstruída, antigos e novos problemas se
manifestam no dia-a-dia da vida do povo. Aqui, o profeta condena os pecados do povo
(capitulos 56-58; 65), chama ao arrependimento e promete que Deus vai salvar o seu povo
(capitulos 59; 63-64). Essa salvação terá conseqüências também para as outras nações
(capitulos 60-62; 66). O resultado final será comparável a uma nova criação (65:17-24;
66:22-24).

Certos temas ou assuntos aparecem em mais de uma dessas partes do livro. É o caso, por
exemplo, de santidade de Deus
(ver capitulos 1:4,41:14; 60:9), caminho ou estrada (ver capitulos 11:16; 35:8; 57:14; 62.10)
e o fogo como maneira de falar sobre a ira de Deus (capitulos 1:31; 9;19; 10:17; 26:11;
33:14; 34:9-10; 66:24).

Temas principais
A mensagem de Isaías é desafiadora. Suas visões de um mundo de paz são bem
conhecidas. É também um livro bastante citado no NT. Sua linguagem encontra eco em
muitos lugares nos hinos e nas orações da Igreja cristã. Entre os temas que se destacam
estão os seguintes:

Deus é o “Santo Deus de Israel” (ver capitulos 1;4) que precisa castigar os filhos que se
revoltaram contra ele (1:2), mas que também é o Salvador de seu povo (41:14,16). Ele é o
Senhor de toda a criação e de toda a história (40:15-24).

Israel é um povo cego e surdo (6:9-10; 42:7), uma plantação de uvas que ficará
abandonada (5:1-7), um povo que não faz o que é direito (5;7; 10:1-2). O castigo que Deus
vai mandar é chamado de “dia do Senhor” (ver capitulos 2:11; 4;2). Mas Deus voltará a ter
compaixão de seu povo (14:1-2) e vai salvá-los (35:9; 49:8). A salvação é vista como um
novo êxodo (43,16-19; 52:10-12), e o tema do caminho ou da estrada aparece com
destaque
(ver capitulo 11:16, 35.8)

Mesmo tendo de castigar o seu povo, Deus sempre vai deixar que um “resto” sobreviva
(ver capitulo1:9)

Um descendente do rei Davi seria rei de todo o mundo (9:7; 32:1) e traria paz e segurança
(11.6-9). Os povos de todas as nações iriam a Jerusalém (2:2-4), que seria chamada de
“Cidade do Senhor” (60:14).

Deus tem uma missão especial para o seu “Servo”, que é mencionado especialmente nos
caps. 42-53, onde aparecem os “Cânticos do Servo” (ver capitulo 42:1-9; 42:1; 61:1-9).
Essas passagens são citadas várias vezes no Novo Textamento como se referindo a Jesus
Cristo.

O estilo literário de Isaías


O vocabulário de Isaías é rico e variado. Ele faz uso de umas 2.200 palavras hebraicas
diferentes, mais do que qualquer outro escritor do Antigo Textamento. O livro contém tanto
prosa quanto poesia.

O maior trecho em prosa é Isaías 36-39. A sarcástica denúncia da idolatria em 44:9-20 está
em forma de diálogo

4.3. A poesia de Isaías é das mais bonitas de toda a Bíblia. A força poética de seu texto
pode ser sentida em 30.27-33. As mensagens dos caps. 13-23, em que se anuncia o juízo
de Deus sobre as nações, estão todas em forma de poesia. Is 14.4-23 é uma canção em
que se debocha do rei da Babilônia. Os trechos de Is 28.23-29; 32.5-8 lembram a literatura
de sabedoria. Is 5.1-7 é uma espécie de canção de amor. Canções de louvor aparecem em
12.1-6; 38.10-20.

Uma das técnicas favoritas de Isaías é a personificação. A lua terá vergonha, e o sol ficará
com medo (24:23). O deserto se alegrará (35:1), as montanhas cantarão (55:12), e os céus
são convidados a gritar de alegria (ver capitulo 44:23)

Uma imagem bastante conhecida é a da plantação de uvas (ver 5.1, n.). Pisar uvas no
tanque é uma imagem que fala sobre a ira de Deus (63:3). Beber o vinho da ira é uma
forma de falar sobre o castigo de Deus (ver 51:17) Monstros como Leviatã e Raabe são
usados para falar sobre outras nações

Quem escreveu Isaías


Autor do livro de Isaías, a algumas linhas de pensamentos sobre sua autoria.
A genuinidade da seção Isaías capitilos 40-66 foi FORTEMENTE COMBATIDA por
competentes críticos. Eles afirmavam que deveria ter sido produção de um deutero-Isaías
Há outras partes do livro também (por exemplo, cap. 13; 24-27; e certos versículos no cap.
14 e 21) que eles atribuíam a algum outro profeta que não Isaías. Assim, eles diziam que
cerca de cinco ou sete, ou até mais, profetas desconhecidos participaram da produção
deste livro.
As considerações que levaram a tal resultado são várias:

1° Eles não podiam, como alguns dizem, conceber que fosse possível que Isaías, vivendo
em 700 a.C., pudesse prever a aparição e as obras de um príncipe chamado Ciro, que iria
libertar os judeus do cativeiro cento e setenta anos depois.

2° Era alegado que o profeta toma o tempo do cativeiro como seu ponto de vista, e fala dele
como então presente.

3° E que existe tal diferença entre o estilo e a linguagem da seção


(Is 40-66) e os dos capítulos precedentes que exigem uma autoria diferente, e levam à
conclusão de que havia pelo menos dois Isaías. Mas mesmo admitindo o fato de uma
grande diversidade de estilo e linguagem, isto não requer a conclusão que se tentou tirar
dela. A diversidade de temas tratados e as peculiaridades da posição do profeta no
momento em que as profecias foram proferidas são suficientes para explicar isso.

Os argumentos em favor da unidade do livro são bastante conclusivos. Quando a


Septuaginta versão foi feita (cerca de 250 a.C.) todo o conteúdo do livro foi atribuído a
Isaías, o filho de Amoz. Não se questiona, além disso, que no tempo de nosso Senhor o
livro existiu na forma em que nós o temos agora. Muitas profecias nas porções disputadas
são citadas no Novo Testamento como as palavras de Isaías (Mt 3:3; Lc 3:4-6; 4:16-41; Jo
12:38; At 8:28; Rm 10:16-21). A tradição universal e persistente atribuiu o livro inteiro a um
autor.

Além disso, a evidência interna, a semelhança na linguagem e estilo, nos pensamentos,


imagens e adornos retóricos, apontam para a mesma conclusão; e suas alusões locais
mostram que é obviamente de origem palestina. A teoria, portanto, de uma dupla autoria do
livro, muito menos de uma autoria múltipla, não pode ser mantida. O livro, com toda a
diversidade de seu conteúdo, é um só, e é, acreditamos, a produção do grande profeta cujo
nome ele leva.

JEREMIAS
(Significa “o Senhor é enaltecido”, “o Senhor é exaltado”.
Tem origem no hebraico Yirmeyahu, com a possibilidade ter sido derivado a partir de
dois elementos, de Yarimyah, que quer dizer literalmente “o Senhor exalta, Jeová
exalta”, ou através de Yarum-yah, que significa “o Senhor é exaltado, Jeová é
exaltado”)

Livro de
O livro de Jeremias contém as profecias, as advertências e os ensinamentos que fizeram
parte do ministério do Profeta Jeremias ao reino de Judá, ao sul. Devido ao fato de muitos
dos líderes e o povo de Jerusalém haverem rejeitado Jeremias e outros profetas e
continuarem a pecar, Jerusalém foi destruída e muitos Judeus foram levados cativos para a
Babilônia. Esse livro ensina que o convênio entre Deus e Israel não faz com que o povo de
Deus seja invencível. Se eles não cumprem a parte deles no convênio e não dão ouvidos à
palavra do Senhor, eles perdem o cuidado e a proteção de Deus.
À medida que estudam esse livro, os alunos aprofundam o entendimento deles da aliança
entre o Senhor e Seu povo. Ao estudar sobre a obra do Senhor para restaurar e ajudá-los a
sobrepujar os efeitos do pecado, os alunos podem aprender sobre o poder do Senhor para
nos salvar e nos abençoar. Os alunos também podem aprender com o exemplo de Jeremias
que Deus deu a cada um de nós responsabilidades a serem cumpridas nessa vida, e que o
Senhor vai nos ajudar a cumpri-las ao nos achegarmos a Ele, a despeito de quão difíceis
essas responsabilidades possam ser.

Quem escreveu o Livro de Jeremias?


Jeremias é responsável por grande parte do conteúdo desse livro, mas ele provavelmente
ditou as palavras e os escribas as registraram (ver Jeremias 36:4). Jeremias nasceu de uma
família de sacerdotes e pregou ao reino de Judá por aproximadamente 40 anos, “pregando
contra a idolatria e a imoralidade”
Ele foi aprisionado em Jerusalém (ver Jeremias 37:15) e “após a queda de Jerusalém
(cerca de 586 a.C.), os Judeus que fugiram para o Egito levaram consigo Jeremias
(Jeremias 43:5-6)

Quando e onde foi escrito?


Jeremias começou seu ministério em 626 a.C., no décimo terceiro ano do reinado do rei
Josias (ver Jeremias 1:1-2) e continuou a pregar até depois da queda de Jerusalém cerca
de 586 a.C
Suas pregações coincidiram com os ministérios de outros profetas, Sofonias (ver Sofonias
1:1) e Urias (ver Jeremias 26:20–24). Algumas das palavras de Jeremias foram registradas
antes da destruição de Jerusalém (ver Jeremias 36:32).

Quais foram as caraqueterísticas marcantes do Livro de Jeremias?


A maioria dos livros proféticos do Velho Testamento dá ênfase principalmente às palavras
do Senhor conforme reveladas pelos profetas, mas não na vida dos profetas em si. O livro
de Jeremias é uma exceção. Além de incluir as profecias de Jeremias, o livro contém as
informações biográficas sobre Jeremias e sobre a angústia emocional e mental que ele
enfrentou ao ministrar em meio a tanta oposição (ver Jeremias 8:18-9:2; Jeremias
15:15–18; Jeremias 20:7-9; Jeremias 26; Jeremias 32; Jeremias 37-38).

O livro também trata da doutrina da pré-ordenação, que ensina que o Senhor faz o
chamado pessoas para cumprir certas responsabilidades desde do madre da mãe, ou seja
é escolhido para o Ministério da designações do SENHOR.
O Senhor disse a Jeremias: “Antes que te formasse no ventre te conheci,… às nações te
dei por profeta” (Jeremias 1:5). O fato de saber que o Senhor pretendia que ele fosse um
profeta em uma época difícil pode ter dado a Jeremias a força e a fé que ele necessitava
para pregar a palavra do Senhor em meio à perseguição.

Um tema abordado no livro de Jeremias é que, assim como o Senhor cuidou de Seu povo
quando eles passaram pela destruição, Ele também os reuniria, restauraria e fortaleceria
(ver Jeremias 31:28). Em uma revelação registrada no livro de Jeremias, o Senhor disse
que Ele faria “um novo convênio” com Seu povo, significando o novo e eterno convênio do
evangelho estabelecido por Jesus Cristo durante Seu ministério e restaurado nos últimos
dias (Jeremias 31:31-33) Jeremias também profetizou que nos últimos dias, o Senhor
enviaria pescadores e caçadores para reunir Israel, um acontecimento que seria de
proporção maior até mesmo do que a libertação dos filhos de Israel do cativeiro egípcio (ver
Jeremias 16:14–16).

Jeremias “fala bastante sobre a natureza pessoal do relacionamento do Senhor com os


pensamentos dos Seus servos. Os atos de serviço são inúteis quando não há devoção de
coração e vida; as mudanças superficiais não têm proveito — é necessária uma renovação
completa na vida espiritual da nação”

Resumo
Jeremias 1–6 Jeremias prega durante o reinado de Josias e profetiza que Jerusalém será
destruída por uma grande nação sem misericórdia.

Jeremias 7-20 Jeremias prega em vários lugares de Jerusalém, inclusive no portão do


templo, usando várias metáforas para suplicar ao povo que melhore os seus caminhos.

Jeremias 21-38 Jeremias prega durante o reinado do rei Zedequias e profetiza que a
Babilônia conquistará Jerusalém. Aqueles que sobreviverem e forem levados para a
Babilônia viverão no cativeiro por 70 anos. Nos últimos dias, o Messias retornará, reinará e
reunirá Seu povo.

-Jeremias 39-44 Jerusalém é conquistada e muitos judeus são levados cativos para a
Babilônia. Os judeus que permanecem em Judá rejeitam as advertências de Jeremias e
confiam no Egito.

-Jeremias 45 Jeremias promete a Baruque, seu escriba, que o Senhor vai preservar a vida
de Baruque.

-Jeremias 46-52 Jeremias profetiza sobre a destruição dos filisteus, moabitas, babilônicos e
outras nações.

LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS

Livro de
O livro de Lamentações revela a situação da decadência de Judá após a conquista de
Jerusalém pelos babilônicos, que ocorreu como resultado dos pecados do povo e da
negligência às advertências proféticas. Ao estudar o livro de Lamentações, os alunos
podem perceber o pesar, o remorso e as consequências que acompanham o pecado. Os
alunos também podem aprender que a compaixão e a misericórdia do Senhor se estendem
àqueles que se voltam para Ele nos momentos de tristeza.

Quem escreveu o Livro?


O livro de Lamentações foi escrito por Jeremias.
Lamentações contém as reações de pesar pela destruição de Jerusalém e do templo que
ocorreu durante a época de Jeremias.
Quando e onde foi escrito?
Jeremias escreveu o livro de Lamentações em alguma época depois de os babilônicos
destruírem Jerusalém. Não sabemos onde Jeremias estava quando escreveu esse livro,
mas pode ter sido em Jerusalém ou no Egito (ver Jeremias 43:6–7).

Quais algumas características marcantes desse livro?


O livro inteiro de Lamentações foi escrito em poesias muito bem construídas. Os quatro
primeiros capítulos formam acrósticos. Um acróstico é uma forma poética na qual as
primeiras letras de cada linha formam uma sequência significativa. O livro de Lamentações
contém composições de acrósticos com base nas 22 letras do alfabeto hebraico.
Lamentações 1, 2 e 4 contém 22 versículos cada e cada um começando com uma letra
diferente do alfabeto hebraico, em ordem alfabética. Lamentações 3 contém 66 versículos.
Nesse capítulo os três primeiros versículos começam com a primeira letra do alfabeto
hebraico, os próximos três versículos começam com a segunda letra e assim por diante.
Lamentações 5 contém 22 versículos, mas não é um acróstico. {acróstico: poesia em que
as primeiras letras (às vezes, as do meio ou do fim) de cada verso formam, em sentido
vertical, um ou mais nomes ou um conceito}

Poeticamente, o uso de acrósticos dá estrutura e sequência à manifestação de grande


pesar de Judá em circunstâncias que podem ter sido caóticas, sem sentido e desprovidas
de qualquer ordem. O uso desse esquema literário também demonstra o uso atencioso da
linguagem em clamar a Deus.

Nessa expressão poética do pesar, do choque e do sofrimento do povo, Lamentações se


parece com outros livros poéticos do Velho Testamento, como Jó e Salmos (ver Salmos 74
e 79). Entretanto, diferentemente de muitos livros do Velho Testamento, Lamentações não
contém nenhuma resposta do Senhor; ele fala apenas do sofrimento e do desejo do povo
antes de receber a misericórdia do Senhor.

EZEQUIEL
("Deus fortalece" ou "Deus vai fortalecer". Ezequiel é um nome de origem hebraica,
originalmente Yehezhell. Seu significado é formado pela junção dos elementos hazáq,
que significa "ele era forte", e que surge da palavra hézek, que significa "força")

Livro de
O livro de Ezequiel contém as visões e as profecias de Ezequiel, a quem o Senhor chamou
para ministrar aos judeus cativos na Babilônia. Esse livro mostra que o Senhor está ciente
de Seu povo onde quer que estejam. Ao estudar esse livro, os alunos podem aprender que
Deus chama profetas como atalaias para alertar Seus filhos do perigo.

Apesar de ter sido escrito em uma época em que Jerusalém estava sendo destruída, o livro
de Ezequiel é cheio de esperança. O Profeta Ezequiel viu além das tragédias de sua época,
um tempo futuro de renovação quando o Senhor reuniria seu povo, daria a eles um
“coração novo” e um “espírito novo” e os ajudaria a viver Suas leis.
Estudar o livro de Ezequiel pode fortalecer a fé dos alunos no poder do Senhor para
transformar pessoas e nações. Os alunos podem aprender que todos os que se
arrependem de suas iniquidades vão receber a misericórdia, o amor e o perdão de Deus.
Quem escreveu esse Livro?
O Profeta Ezequiel é o autor do livro de Ezequiel. Escrito pela perspectiva da primeira
pessoa, Ezequiel registrou as visões e revelações que recebeu do Senhor. Ezequiel era um
sacerdote que viveu entre os judeus cativos levados para a Babilônia pelo rei
Nabucodonosor aproximadamente 597 a.C. (ver Ezequiel 1:3). De acordo com o relato em II
Reis 24:14–16, os Babilônicos levaram cativos a maioria dos principais homens da terra
naquela época. Portanto, é possível que Ezequiel tenha vindo de uma família proeminente e
influente (ver Guia para Estudo das Escrituras, “Ezequiel”). Ezequiel profetizou e proferiu as
palavras do Senhor aos judeus exilados na Babilônia na mesma época em que Jeremias
estava profetizando em Judá e Daniel estava profetizando na corte dos babilônicos.

Quando e onde foi escrito?


O livro de Ezequiel foi escrito durante o cativeiro de Ezequiel na Babilônia. Ele profetizou de
592 a 570 a.C. Depois de ser levado cativo, Ezequiel estabeleceu-se com os outros judeus
em um lugar próximo ao rio Quebar (ver Ezequiel 1:1–3) Foi lá que Ezequiel registrou que
os céus se abriram para ele e teve visões de Deus (ver Ezequiel 1:1).

Quais as caraqueterísticas marcantes desse Livro?


Mais de uma vez no livro de Ezequiel lemos que o Senhor comparou Seu profeta com um
atalaia na torre (Ezequiel 3:17; Ezequiel 33:1–9). Por meio dessa comparação, o Senhor
enfatizou tanto a responsabilidade dos profetas de alertar Seu povo sobre o perigo iminente
quanto a responsabilidade do povo de atender ao alerta do atalaia. Também aprendemos
que todos nós somos responsáveis por nossas próprias ações e seremos punidos ou
recompensados de acordo com as escolhas que fazemos (ver Ezequiel 18; Ezequiel 33).

O livro de Ezequiel está repleto de relatos de visões e profecias. Por exemplo, o Senhor
mostrou a Ezequiel uma visão da ressurreição da casa de Israel, afirmando que o povo do
convênio do Senhor seria reunido na terra de sua herança (ver Ezequiel 37:1–14). O Senhor
também descreveu a coligação de Israel nos últimos dias comparando-a à junção da vara
de José (o Livro de Mórmon) e da vara de Judá (a Bíblia) (ver Ezequiel 37:15–28). O livro
de Ezequiel inclui uma profecia de uma grande batalha que precederá a Segunda Vinda de
Jesus Cristo (ver Ezequiel 38–39). E também, Ezequiel 40–48 contém uma descrição de um
templo que será construído em Jerusalém nos últimos dias.

Resumo
Ezequiel 1–3 Ezequiel vê o Senhor e Sua glória. Ele é chamado para ser um atalaia para a
casa de Israel para alertar, reprovar e chamá-los ao arrependimento.

Ezequiel 4–24 O Senhor instrui Ezequiel a usar símbolos para representar a iniquidade de
Israel e a destruição de Jerusalém. Ezequiel profetiza sobre os julgamentos do Senhor para
Jerusalém e explica por que a fome, a desolação, a guerra e as pestilências vão varrer a
terra de Israel.

Ezequiel 25–32 O Senhor ordena a Ezequiel que proclame a iniquidade das nações que
cercam Israel e profetize sua destruição.
Ezequiel 33–48 O Senhor repreende os líderes de Israel por serem maus pastores. O
Senhor será um verdadeiro pastor para Israel. Ezequiel registra sua visão da restauração de
Israel após o exílio nos últimos dias. O Senhor promete reunir os israelitas do cativeiro,
levá-los de volta a suas terras prometidas, renovar Seu convênio com eles e reunir os
reinos de Israel e Judá.

DANIEL
(Significa “o Senhor é meu juiz”, “Deus é meu juiz”.
O nome Daniel tem origem no hebraico Daniyyel e é formado pela junção dos
elementos dan, que significa literalmente “aquele que julga, juiz”, e El, que quer dizer
“Senhor, Deus”)

Livro de
O livro de Daniel, é um Livro Apocalíptico, que trás revelação marcantes de esposas, e dos
sinais que antecedem antes volta do Senhor Jesus Cristo; porém bem próximo da sua volta.
O livro de Daniel fornece um relato das experiências de Daniel e outros judeus fiéis que
foram levados cativos para a Babilônia. Ao estudar o livro de Daniel, os alunos podem
aprender a importância de permanecer fiéis a Deus e qualificar-se para receber as bênçãos
que Ele dá àqueles que são fiéis a Ele. também contém a interpretação de um sonho
importante que o rei Nabucodonosor teve com respeito ao reino de Deus nos últimos dias.

Quem escreveu o Livro?


O Profeta Daniel é o autor desse livro (ver Daniel 8:1; 9:2, 20; 10:2). O nome DanieI
significa “um juiz é Deus” Nada se sabe a respeito de seus progenitores, embora pareça
haver sido de linhagem real (Daniel 1:3); foi levado cativo para a Babilônia [como parte da
deportação dos judeus cerca de 605 a. C.] onde recebeu o nome de Beltessazar (Daniel
1:6–7) Daniel foi selecionado como um dos jovens judeus mais especiais para ser treinado
para servir na corte do rei Nabucodonosor. Deus abençoou Daniel com o dom de interpretar
sonhos, e ele foi promovido a cargos de liderança nos governos Babilônico e Persa. De
muitas maneiras sua vida foi semelhante à de José, que foi vendido para o Egito.

Quando e onde foi escrit


O livro de Daniel foi escrito por volta de 530 a.C. enquanto Daniel vivia na Babilônia.
Supondo que ele era um adolescente quando foi levado para a Babilônia, Daniel talvez
tivesse entre 70 e 90 anos quando escreveu esse livro.

Quais as caraqueterísticas marcantes desse Livro?


O livro tem duas divisões: os capítulos 1-6 contêm histórias a respeito de Daniel e seus três
companheiros; os capítulos 7-12, suas visões proféticas
Algumas dessas visões se relacionam aos últimos dias e à Segunda Vinda de Jesus Cristo.

Uma das principais contribuições do livro é a interpretação do sonho do rei Nabucodonosor.


No sonho, o reino de Deus nos últimos dias é representado por uma pedra cortada de uma
montanha. A pedra rolará até encher toda a Terra.
A proteção divina de Sadraque, Mesaque e Abednego na fornalha ardente e depois de
Daniel na cova dos leões demonstra que Deus livra os fiéis que O honram em todos os
momentos e em todas as circunstâncias.

Resumo
Daniel 1 Daniel e seus companheiros são fiéis à lei de Moisés e Deus os abençoa com
conhecimento e sabedoria. Eles recebem posições para servir na corte do rei
Nabucodonosor.

Daniel 2 Por revelação Daniel interpreta o sonho do rei Nabucodonosor, que diz respeito ao
destino dos reinos da terra e ao reino de Deus nos últimos dias.

Daniel 3 Sadraque, Mesaque e Abednego recusam-se a adorar a imagem de ouro do rei


Nabucodonosor e são lançados numa fornalha ardente, mas o Senhor os salva.

Daniel 4–5 Daniel interpreta outro sonho do rei Nabucodonosor e depois interpreta os
escritos em uma parede a respeito da queda iminente da Babilônia diante dos Medos e dos
Persas.

Daniel 6 Daniel é livrado da cova dos leões. Ele foi lançado na cova por orar ao Senhor em
vez de obedecer ao decreto do rei Dario proibindo petições a qualquer deus ou homem que
não fosse o rei.

Daniel 7–12 Daniel têm visões proféticas dos acontecimentos logo após sua época até os
últimos dias. Esses acontecimentos incluem conquistas de reinos da terra, a vinda do
Messias, o sofrimento e a libertação do povo de Deus nos últimos dias e a ressurreição dos
mortos

__________________________

SEÇÃO 5: PROFETAS MENORES- PROFÉTICOS


Porque Profetas menores?
-São conhecidos como Profetas Menores os doze últimos Livros proféticos do Antigo
Testamento. Eles são assim conhecidos pelo seu pequeno volume literário em comparação
aos outros livros escritos pelos profetas maiores.
São eles:Os menores são doze: Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum,
Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias

Livro de Oseias-
Uma das mensagens centrais do livro de Oseias é a de que Jeová ama Seu povo mesmo
quando são infiéis a Ele e que misericordiosamente lhes oferecerá a reconciliação. Ao
estudar as palavras de Oseias, os alunos vão aprender que, embora haja consequências
para nossa infidelidade, o Senhor deseja que todo o Seu povo retorne a Ele e renove seus
convênios com Ele.
Quem escreveu esse Livro?
Oséias.
Esse livro contém os ensinamentos do Profeta Oseias. Oseias profetizou no reino do norte
(Israel) próximo do final do reinado de Jeroboão II. Oseias foi contemporâneo dos Profetas
Isaías, Amós, Jonas e Miqueias.

Quando e onde foi escrito esse Livro?


Oseias exerceu sua atividade no no Reino Setredional de Israel, provavelmente em
Samaria, entre o final do reinado de Jeroboão II e a queda de Samaria
No entanto, os ensinamentos de Oseias provavelmente foram registrados durante a vida
dele. Oseias "provavelmente morreu antes da ascensão de Peca, 736 a.C", porque ele não
faz nenhuma alusão à guerra na qual houve uma aliança entre a Síria e Efraim nem à
deportação das tribos do norte por Tiglate-Pileser, ocorrida dois anos depois da queda do
reino do norte.

Quais algumas caraqueterísticas marcantes desse livro?


Oseias foi um dos poucos profetas do reino do norte (Israel) que deixou profecias escritas.
O livro usa muitas metáforas e simbolismos que ilustram a amplitude do amor de Deus por
Seu povo.

Uma das metáforas centrais da mensagem de Oseias é o casamento. Aliada a essa


metáfora está a própria experiência pessoal de Oseias ao casar-se com uma mulher infiel
(ver Oseias 1:2–3; 3:1–3). Devido ao adultério de sua esposa e seu subsequente empenho
em reconciliar-se com ela e restaurar seu relacionamento, Oseias provavelmente adquiriu
uma visão profunda do relacionamento do Senhor com Israel, cujos pecados eram
semelhantes à infidelidade de um cônjuge. Usando essa metáfora, o livro de Oseias testifica
sobre o amor do Senhor por Israel ao esperar que Sua noiva infiel retorne a Ele.

Além de descrever o Senhor como um marido devotado e pronto a perdoar, Oseias também
ensinou que o Senhor é como um médico que cura (ver Oseias 7:1; 11:3; 14:4), um
jardineiro que cuida de sua vinha (Oseias 9:10; 10:1) e um pastor que cuida de seu rebanho
(Oseias 10:11; 13:5). Oseias ensinou a respeito do papel dos profetas, das visões e dos
simbolismos ao guiar o povo do Senhor (ver Oseias 12:10–13). Além disso, o livro faz
referência ao papel do Senhor como Redentor da morte e do sepulcro (ver Oseias 13:14).

Resumo:
Oseias 1–3 O Senhor ordena a Oseias que se case, e Oseias escolhe uma mulher
chamada Gomer. Depois de seu casamento, Gomer decide ser infiel a Oseias e comete
adultério. O Senhor usa o símbolo desse casamento para descrever Seu relacionamento
com Israel. Israel (a esposa) é infiel ao Senhor (o marido) e vai atrás de outros amantes,
cuja infidelidade simboliza a adoração a deuses falsos por parte de Israel. Depois de
detalhar os julgamentos que adviriam aos israelitas por quebrarem seus convênios, o
Senhor misericordiosamente os convida a arrependerem-se e a fazerem novamente o
convênio.

Oseias 4–6 O povo de Israel rejeitou o conhecimento e a verdade do evangelho que havia
recebido e cometeu grandes pecados e iniquidades. Oseias conclama Israel a retornar ao
Senhor.
Oseias 7–14 Por intermédio de Oseias, o Senhor proclama como vai punir o povo de Israel
por seus pecados. No entanto, Ele também expressa Sua misericórdia e bondade. O
Senhor relembra que tirou o povo de Israel do Egito, mas eles rejeitaram seu Deus. Por
intermédio de profetas, visões e simbolismos, o Senhor ensina e orienta Seu povo. O
Senhor vai nos resgatar da morte. O povo de Efraim vai se arrepender de seus pecados nos
últimos dias.

JOEL
(Significa "o Jeová é Deus", "o Senhor é Deus".
O nome Joel tem origem no nome hebraico Yo'el, formado a partir da junção dos
elementos Yahweh​que significa "Senhor, Deus, Jeová" e El que quer dizer "Deus", e
significa "Jeová é Deus" ou "o Senhor é Deus")

Livro de
O livro de Joel ensina sobre o poder das orações combinadas e do jejum do povo de Deus,
numa época de grande dificuldade na história de Israel. “Joel assegurou ao povo que
através do arrependimento eles novamente receberiam as bênçãos de Deus”

O profeta Joel anunciou a mensagem de Deus ao povo de Judá, o Reino do Sul. Nada se
sabe a respeito dele ou do tempo em que ele profetizou.

O livro também contém várias profecias sobre o iminente “dia do Senhor” (Joel 1:15). Essas
profecias foram citadas por vários profetas e têm relevância para diversas gerações,
especialmente para aqueles que vivem nos últimos dias. Aprender sobre as profecias de
Joel pode ajudar os alunos a reconhecer os sinais da Segunda Vinda do Senhor. Um
aspecto interessante do estudo do livro de Joel é o de que estamos vivendo numa época
em que podemos ver o cumprimento dessas profecias

Quem escreveu esse Livro?


O livro começa com uma breve declaração que atribui o livro a “Joel, filho de Petuel” (Joel
1:1), que era um profeta do reino do sul (Judá).

Quais as caraqueterísticas marcantes desse livro?


A mensagem principal deste profeta é: “Está chegando o Dia do Senhor” (2:1; 3:14; Am
5:18-20; Sf 1:14; Ml 4:1,5). Será um grande e terrível Dia (2:11,31), quando Deus julgará
todos os povos do mundo (3:2). Será um dia de destruição e terror (1:15), de escuridão e
trevas (2'2)
Que todos de Judá voltem para Deus (2:12-17), pois ele sempre está pronto para receber e
perdoar a pessoa cujo arrependimento é sincero (2:13). A última palavra de Deus não é
castigo, mas amor (2:32), e ele morará para sempre com o seu povo (3:17,20-21).
Deus promete derramar o seu Espírito sobre todas as pessoas do seu povo, não somente
sobre os poderosos, os profetas e os sacerdotes, mas também sobre homens e mulheres
do povo, sobre pessoas jovens e velhas e até sobre escravos e escravas (2:28-29). Essa
promessa se cumpriu no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre todos
os seguidores de Jesus reunidos em Jerusalém (At 2:1-42).

Resumo
Joel 1 Joel descreve um desastre natural causado por uma praga de gafanhotos. Ele pede
ao povo que jejue e se reúna no templo para uma assembleia solene, para rogar ao Senhor
que os salve.

Joel 2 Joel descreve o “dia do Senhor” e a guerra e a desolação que o acompanharão, e


então pergunta: “Quem o poderá suportar?” (Joel 2:11.) O Senhor responde dizendo ao
povo que se volte a Ele de todo o coração. Joel profetiza algumas bênçãos que o Senhor
concederá a Seu povo nos últimos dias.

Joel 3 Joel profetiza sobre os últimos dias e afirma que todo país do mundo estará em
guerra pouco antes da Segunda Vinda. O Senhor habitará com Seu povo quando Ele vier
novamente.

AMÓS (significa "levar" e que parece ser uma forma abreviada da expressão Amosiá, que
significa Deus levou) foi um Profeta do Antigo Testamento, autor do Livro de Amós.)

Livro de
O livro de Amós registra algumas das profecias e dos ensinamentos que o Profeta Amós
transmitiu ao reino de Israel durante o governo do rei Jeroboão II. O povo rejeitou as
advertências e os ensinamentos de Amós e quis que ele levasse sua vigorosa mensagem
para outro lugar. Ao estudar esse livro, os alunos podem adquirir maior entendimento do
papel fundamental que os profetas desempenham na obra do Senhor e mais gratidão pelo
chamado dos profetas em nossos dias.

Quem escreveu esse Livro?


Amós o escribas anotaram trechos de seus ensinamentos e e escreveu esse livro de Amós
(ver Amós 1:1). Amós era um pastor que morava numa cidade chamada Tecoa, que ficava a
quase 20 quilômetros ao sul de Jerusalém. O Senhor o chamou para profetizar ao reino do
norte (Israel)

Quando e onde foi escrita?


precisamente quando o livro de Amós foi escrito, o livro começa com a explicação de que
Amós pregou durante o reinado de Uzias, em Judá, e de Jeroboão II, em Israel, no oitavo
século a.C. (ver Amós 1:1; Guia para Estudo das Escrituras, “Cronologia”). Amós pode ter
atuado na mesma época do Profeta Oseias no reino de Israel. Não há informações claras
indicando onde o livro foi escrito.

Quais são algumas características marcantes desse livro?


O livro de Amós dá ênfase aos profetas. Amós explicou que Deus usa profetas para
realizar Sua obra (ver Amós 3:7). Amós advertiu acerca dos julgamentos que estavam
prestes a cair sobre o povo de Israel por terem rejeitado os profetas.

Além disso, Amós salientou “o caráter moral de Jeová, o justo governante de todas as
nações e homens. Amós [mostrou] que a oferta com a qual o Senhor mais Se importa é a
de uma vida justa — o sacrifício de animais perde seu significado se for oferecido como
substituto da retidão pessoal (ver Amós 5:21–27)

Amós profetizou sobre uma fome “de ouvir as palavras do Senhor” (Amós 8:11). Durante
essa fome, as pessoas sairiam “buscando a palavra do Senhor” — os ensinamentos
inspirados dos profetas, proferidos com autoridade — mas “não a acharão” (Amós 8:12).
Essa profecia foi inicialmente cumprida após a apostasia dos reinos de Israel e Judá.
Depois do ministério de Malaquias, mais de 400 anos se passaram sem que profetas
ministrassem na terra de Israel. A profecia de Amós também foi cumprida posteriormente.
Depois que Jesus Cristo estabeleceu Sua Igreja na Terra, ela também acabou caindo em
apostasia. A revelação para guiar a Igreja cessou, e os povos da Terra não puderam
receber a palavra de Deus por intermédio de profetas por mais de 1.700 anos.

Resumo
Amós 1–2 Amós profetiza que o Senhor derramaria julgamentos sobre a Síria, os filisteus,
Tiro, Edom, o povo de Amom e Moabe por causa da iniquidade deles. Amós também
pregou que Judá e Israel seriam punidas por adotarem a iniquidade e rejeitarem o Senhor.

Amós 3–4 Amós descreve as várias tentativas feitas pelo Senhor de salvar Seu povo,
inclusive enviando profetas para adverti-los, retendo a chuva e permitindo que peste e
guerras os perturbassem. No entanto, o povo não se humilhou nem retornou ao Senhor.

Amós 5–6 Amós ensina que, se o povo se arrepender e buscar sinceramente o Senhor, eles
podem evitar a destruição. Ele declara especificamente que o Senhor não aceita as ofertas
do povo no templo porque o coração das pessoas está voltado para deuses falsos. Amós
profetiza que o modo negligente com que adoram ao Senhor vai levá-los à destruição.

Amós 7–9 Depois de profetizar sobre a desgraça e as consequências que Israel enfrentará
por rejeitar o Senhor, Amós transmite uma mensagem de esperança, prometendo que o
Senhor vai reunir Seu povo e restaurá-lo à sua terra.

OBADIAS
("servo de Javé" ou "cultuador de Javé". A forma do nome usada na Septuaginta é
Obdios, e em latim utiliza-se a forma Abdias)

LIVRO
Ao estudarem o breve livro de Obadias, os alunos vão aprender a importância da irmandade
e os perigos e as consequências de esquecer o mandamento de amar uns aos outros.
Obadias dirigiu suas profecias aos edomitas, que eram descendentes de Esaú, irmão de
Jacó (ver Gênesis 36:8; 25:30), e moravam no território ao sul de Judá. Embora os
edomitas não fossem da casa de Israel, ainda assim pertenciam à família de Abraão.
Infelizmente, o relacionamento entre Judá e Edom era conturbado, e cada nação via a outra
como inimiga. Quando Jerusalém foi capturada, o povo de Edom se recusou a ajudar o
povo de Judá e regozijou-se com seu infortúnio, pilhou seus bens deixados para trás e
entregou o povo aos babilônios (ver Obadias 1:11–14). Obadias previu a ruína que
aguardava o povo de Edom devido à sua crueldade com Judá. Ele também profetizou a
futura restauração de Sião e a importância do trabalho no templo nos últimos dias,
descrevendo aqueles que participassem dele como “salvadores” (ver Obadias 1:17-21)

Quem escreveu esse livro?


Obadias 1:1 afirma que esse livro registra uma visão que o Senhor mostrou a um profeta
chamado Obadias. Embora várias pessoas chamadas Obadias sejam mencionadas em I
Reis, I- II Crônicas, Esdras e Neemias, essas são referências a outras pessoas. Com
exceção do fato de que Obadias era um profeta no reino do sul (Judá), não sabemos nada
sobre seu passado ou ministério. O nome Obadias significa “servo do Senhor”, bem
apropriado para esse profeta

Quando e onde foi escrito?


A profecia de Obadias foi feita pouco depois de uma das capturas de Jerusalém,
provavelmente a conquista pelos babilônios cerca de 586 a.C

Quais algumas características marcantes?


O livro de Obadias é o livro mais curto do Velho àquelas encontradas em outros livros do
Velho Testamento (ver Isaías 34:5–8; Jeremias 49:7–22; Ezequiel 25:12–14; 35:1–15; 36:5;
Joel 3:19). No entanto, dentre essas profecias, as profecias de Obadias são incomparáveis
ao afirmarem que a razão de a crueldade de Edom contra Judá ter sido tão ofensiva foi
porque os povos das duas nações eram parentes. Foi particularmente cruel a decisão de
Edom de ficar de lado enquanto seus irmãos e suas irmãs israelitas estavam sendo
destruídos, e regozijar-se com o infortúnio deles. Obadias declarou que o povo de Edom
não deveria ter se “[alegrado] sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína” (Obadias 1:12).

Além disso, a visão de Obadias sobre a futura restauração de Sião e os “salvadores no


monte Sião” (Obadias 1:21) se aplica não somente a Jerusalém, mas também à Igreja nos
últimos dias.

Resumo
Obadias 1:1–9 Obadias fala contra o orgulho de Edom e profetiza sua queda e destruição.

JONAS
(O nome Jonas vem do hebraico Yonah, mesma raiz deu origem ao nome feminino
Yoná​, e que significa “pomba”.
No contexto religioso, a pomba é o símbolo do Espírito Santo de Deus, representando
a paz e a harmonia entre os seres humanos.)

Livro de
Ao estudarem o livro de Jonas, os alunos vão aprender lições valiosas que serão relevantes
para a vida deles. Depois de Jonas ter tentado evitar pregar arrependimento ao povo de
Nínive, ele percebeu a futilidade de tentar fugir de Jeová. A libertação milagrosa de Jonas
de um “grande peixe” (Jonas 1:17) pode nos ensinar que o Senhor estende-nos Sua
misericórdia quando nos arrependemos. A segunda oportunidade de Jonas de pregar o
evangelho e fazer o que o Senhor ordenou pode assegurar aos alunos que o evangelho de
Jesus Cristo oferece uma segunda chance para todos os que se humilharem e se
arrependerem, assim como Jonas fez. Ao estudar o relato do arrependimento de Nínive, os
alunos vão aprender sobre o amor e a misericórdia que Deus tem por todos os que se
voltam para Ele. Finalmente, a repreensão do Senhor contra a insatisfação de Jonas ao ver
que Ele poupou o povo de Nínive pode ensinar aos alunos sobre a importância de vencer
qualquer ressentimento que sintam com relação à misericórdia de Deus aos que se
arrependem.

Quem escreveu o Livro de Jonas?


Provavelmente foi Jonas
Jonas, que era filho de Amitai, vinha de uma cidade chamada Gate-Hefer em Zebulom, um
território em Israel (ver Jonas 1:1; II Reis 14:25).

Quando e onde foi escrito?


Não se sabe ao certo quando o livro de Jonas foi escrito. No entanto, Jonas ministrou e
profetizou durante o reinado de Jeroboão II de Israel, que durou aproximadamente de 790 a
749 a.C. (ver II Reis 14:23–25)

Quais são algumas características marcantes desse livro?


Ao contrário de outros livros proféticos no Velho Testamento, o livro de Jonas não é um
registro das profecias de Jonas, mas sim uma narrativa sobre as experiências pessoais do
profeta. O relato contém detalhes que parecem exagerados, o que tem levantado dúvidas
para alguns leitores sobre até que ponto o livro é histórico. Não obstante, seus elementos
literários o tornam um “belo poema” contendo valiosas lições. Jesus Cristo referiu-Se aos
três dias e três noites que Jonas passou na barriga da baleia como um sinal de Sua morte e
Ressurreição (ver Mateus 12:39–40; 16:4; Lucas 11:29–30).

As ações de Jonas talvez reflitam os sentimentos e as atitudes hostis que alguns israelitas
tinham contra os gentios. O testemunho do livro sobre a misericórdia de Deus aos ninivitas
ecoa as mensagens dos profetas do Velho Testamento, que ensinaram sobre a
preocupação de Deus pelas pessoas que não eram de Israel (ver Isaías 49:6; 60:3;
Jeremias 16:19), e prefigura a futura inclusão dos gentios na Igreja na época do Novo
Testamento.

Resumo
Jonas 1 Deus chama Jonas para pregar ao povo de Nínive. Jonas foge num barco. Surge
uma tempestade que ameaça afundar o barco. Jonas confessa que ele é o responsável
pela tempestade, ele é jogado para fora do barco e engolido por um grande peixe.

Jonas 2 Jonas se arrepende. O Senhor ouve suas súplicas e o liberta da barriga do grande
peixe.

Jonas 3 Deus novamente chama Jonas para pregar em Nínive. Jonas vai para Nínive e
profetiza sobre a destruição do povo. O povo responde com jejum e humildade, e o Senhor
revoga o castigo.

Jonas 4 Jonas fica furioso com a decisão do Senhor de mostrar misericórdia ao povo. O
Senhor ensina a Jonas a respeito de Sua preocupação pela salvação do povo de Nínive.

MIQUÉIAS
(Significa quem é como Deus?)

Livro de
Os escritos de Miqueias abordam os temas de julgamento e esperança. Por exemplo:
Miqueias ensinou que os pecados dos líderes de Israel resultariam na destruição de
Jerusalém (ver Miqueias 3:5–12). No entanto, Miqueias também afirmou eloquentemente
que o Pai Celestial ouve as orações de Seus filhos e que Jesus Cristo é um advogado e
uma luz para todos (ver Miqueias 7:7–9). Além disso, Miqueias louvou a Deus, dizendo que
Jeová “perdoa a iniquidade” e “não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua
benignidade” (Miqueias 7:18). Por meio desse contraste de temas, os alunos podem
aprender tanto sobre o desprezo do Senhor pelo mal quanto sobre Sua misericórdia por
aqueles que retornam à retidão.

Quem escreveu esse Livro?


A autoria se atribui ao próprio Profeta
Miqueias era de Moresete-Gate, uma pequena cidade rural no reino de Judá (ver Miqueias
1:1, 14).

Quando e onde foi escrito?


Não sabemos quando o livro de Miqueias foi escrito, provavelmente foi no Reino de Juda,
em sua forma atual. De acordo com Miqueias 1:1, Miqueias profetizou durante o governo
dos reis Jotão, Acaz e Ezequias, de Judá, que governaram aproximadamente de 740 a 697
a.C. Portanto, ele provavelmente foi contemporâneo dos Profetas Amós, Oseias, Jonas e
Isaías. Miqueias dirigiu suas palavras aos reinos de Judá e de Israel.

Quais são algumas características marcantes desse livro?


Miqueias ministrou numa época em que o povo de Israel estava prosperando
economicamente, mas sofrendo espiritualmente.
Esse ambiente permitiu que as classes altas impusessem fardos cada vez maiores sobre as
classes mais baixas. Miqueias estava particularmente preocupado com a opressão dos
pobres pelos ricos e considerou essa injustiça como um dos maiores pecados de Judá e de
Israel.

O fato de Miqueias ser proveniente de uma cidade pequena talvez lhe tenha dado uma
sensibilidade especial às necessidades dos habitantes rurais pobres da terra. Miqueias é o
único livro no Velho Testamento que identifica Belém — uma cidade “pequena entre os
milhares de Judá” (Miqueias 5:2) — como o lugar onde nasceria o Messias.

Tal como os ensinamentos do Profeta Isaías, muitos dos ensinamentos de Miqueias estão
escritos em estilo de poesia hebraica. A profecia de Miqueias sobre a destruição de
Jerusalém foi relembrada vários anos depois, na época de Jeremias (ver Jeremias 26:18).

Resumo
Miqueias 1–3 Miqueias profetiza sobre os juízos e a ruína que recairiam sobre os israelitas,
inclusive aqueles que moravam em Samaria e em Jerusalém. Miqueias identifica os
pecados da idolatria e da opressão dos pobres pelas classes altas como as razões da
destruição iminente dos israelitas. Também condena os líderes religiosos corruptos que
ensinavam por dinheiro.

Miqueias 4–5 Miqueias profetiza sobre a restauração de Israel. Também profetiza que o
Messias nasceria em Belém.

Miqueias 6–7 Miqueias descreve algumas das maneiras pelas quais Jeová abençoou os
israelitas. Miqueias ensina seu povo que viver justamente, amar a misericórdia e seguir ao
Senhor são mais importantes do que fazer sacrifícios e ofertas. Miqueias testifica que Jeová
é compassivo e perdoa os pecados daqueles que se arrependem.

NAUM
(em hebraico significa "o consolador")

Livro de
O livro de Naum contém a profecia de que Nínive, capital da Assíria, seria destruída por
causa da iniquidade de seu povo. Os assírios tinham conquistado e aterrorizado
brutalmente grandes áreas do Oriente Médio no século oitavo a.C., destruindo o reino do
norte (Israel) e deportando seus habitantes em aproximadamente 721 a.C. e depois sitiando
Jerusalém em 701 a.C.

Naum dirigiu uma porção significativa de sua profecia ao povo de Nínive. Essas pessoas
não eram as mesmas que tinham se arrependido de seus pecados depois de Jonas ter
pregado em Nínive mais de um século antes. O povo de Nínive tinha voltado à iniquidade
na época de Naum e suas ações os levaram à destruição. A destruição da Assíria pode ser
comparada à destruição dos iníquos que ocorrerá nos últimos dias. Ao estudar os ninivitas
tanto da época de Jonas quanto da época de Naum, os alunos vão aprender que, quando o
povo abandona o pecado, o Senhor os perdoa; caso contrário, eles serão destruídos.
Ao estudarem o livro de Naum, os alunos também vão aprender que Deus Se importa
profundamente com Seu povo e não deixará que seus opressores escapem impunes. Os
alunos vão aprender também sobre a grande misericórdia que o Senhor demonstra àqueles
que confiam Nele.

Quem escreveu esse Livro


De acordo com Naum 1:1, esse livro registra “a visão de Naum, o elcosita”. É atribuido a
Naum a escrita do Livro; profetizou no século sétimo a.C., aproximadamente na mesma
época de Sofonias e Jeremias. Cada um desses profetas relatou seu ponto de vista dos
anos subsequentes à conquista de Judá pela Babilônia.

Quando e onde foi escrito?


A profecia de Naum foi provavelmente registrada no reino de Judá depois de 660 a.C. e
antes da queda de Nínive, que ocorreu por volta de 606 a.C

Quais são algumas características marcantes desse Livro?


Naum escreveu na forma poética, utilizando imagens e simbolismo. Seu tom é
marcantemente hostil contra Nínive, em especial nos capítulos 2 e 3, que descrevem a
destruição e humilhação da cidade. A descrição da ira do Senhor no livro pode deixar
alguns leitores um tanto assustados. Porém, é importante reconhecer que, por trás da ira do
Senhor em relação à Nínive, há uma profunda preocupação pelo sofrimento de vários povos
que tinham sido conquistados, mortos, escravizados e aterrorizados pela Assíria (ver Naum
3:19). Os juízos do Senhor para os iníquos estão relacionados à Sua compaixão pelas
vítimas deles.

O significado do nome Naum, “consolador”, cumpre um papel importante na mensagem do


profeta. Os iníquos que não se arrependerem não terão consolo (ver Naum 3:7), mas os
justos podem sentir-se reconfortados com a mensagem de Naum de que o Senhor Se
importa com eles e que um dia dará fim à iniquidade.

Resumo
Naum 1 Naum explica que o Senhor queimará a Terra em Sua Segunda Vinda, mas
mostrará misericórdia aos justos

Naum 2 Naum profetiza sobre a destruição de Nínive, que prefigura os acontecimentos que
ocorrerão nos últimos dias.

Naum 3 Naum continua a profetizar sobre a destruição de Nínive.

HABACUQUE
(significa “abraço")

Livro de
Duas vezes Habacuque se queixa (1.2-4; 1.12-17), e duas vezes Deus responde (1.5-11;
2.1-20). Na primeira resposta, Deus ameaça mandar os babilônios contra o seu povo; na
segunda, ele promete que os babilônios serão derrotados. O livro termina com uma oração
de Habacuque (cap. 3). O profeta confia que Deus vai salvar o seu povo e acabar com os
inimigos (vs. 2-16). No fim, vem uma bela confissão de fé em Deus (vs. 17-19)
A mensagem principal deste livro é que Deus vai salvar o seu povo da fúria do inimigo. Mas
o Senhor adverte: “Os maus não terão segurança, mas as pessoas corretas viverão por
serem fiéis a Deus” (2.4).

Quem escreveu esse livro?


Atribui a Habacuque
Pouco se sabe a respeito do profeta Habacuque. Tudo indica que ele viveu entre 605 e 597
a.C.
Se outros profetas foram surpreendidos por mensagens que vinham de Deus e que eles
não esperavam, Habacuque subiu a sua torre de vigia e esperou o que Deus ia dizer (2.1).
Ele até ousou questionar e contestar aquilo que Deus faz (1.2-3,13)

Caraqueterísticas marcantes desse Livro?


Este livro registra, em grande parte, as queixas do profeta Habacuque, que viveu no sétimo
século a.C., numa época em que os babilônios estavam se tornando o Império mais
poderoso daquela parte do mundo. Habacuque não entende como pode haver tanta
maldade e injustiça em seu país. Ele também não entende por que Deus tolera os
babilônios, um povo mau e cruel que ameaça conquistar as terras de outros povos. Será
que Deus não se importa com tudo isso? E Deus responde às perguntas do profeta

Resumo
Habacuque 1 Habacuque fica sabendo que o reino de Judá será conquistado pelos caldeus
(babilônios). Em sua aflição, ele pergunta por que o Senhor permitiria que uma nação iníqua
destruísse Judá.

Habacuque 2 O Senhor lembra Habacuque que Seus planos ainda não estão terminados,
mas que serão cumpridos posteriormente. A justiça de Deus por fim cairá sobre os iníquos.

Habacuque 3 Habacuque oferece uma oração ou salmo poético de louvor a Deus e a Sua
majestade.

SOFONIAS
(significa "o Senhor o escondeu" )

LIVRO DE
Sofonias profetizou sobre o “dia do Senhor” (Sofonias 1:7, 8, 14, 18; 2:2, 3), ou seja, o juízo
iminente do Senhor sobre Judá e outras nações (ver Guia para Estudo das Escrituras,
“Sofonias”). Sofonias explicou que nesse dia Deus castigaria os orgulhosos e poderosos e
recompensaria os justos. Ele suplicou: “Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra,
buscai a justiça, buscai a mansidão; pode ser que sejais escondidos no dia da ira do
Senhor” (Sofonias 2:3). Ao estudar o livro de Sofonias, os alunos vão aprender que não
precisam seguir os costumes errados da sociedade em que vivem e que podem buscar ao
Senhor a despeito do que outros a sua volta escolham fazer.
O estudo do livro de Sofonias pode também ajudar os alunos a se prepararem para a
Segunda Vinda de Jesus Cristo, que também é chamada de “o dia do Senhor”. Os alunos
vão aprender que, se eles se prepararem para a Segunda Vinda, arrependendo-se de seus
pecados e voltando-se para Jesus Cristo, vão ter paz nesta vida e poderão esperar com
alegria a Segunda Vinda.

Quem escreveu esse Livro?


O livro é atribuído a um profeta chamado Sofonias, que profetizou em Judá no século
sétimo a.C Sofonias talvez tenha sido contemporâneo de outros profetas do Velho
Testamento, tais como Jeremias e Naum.

Quando e onde foi escrito?


Sofonias ministrou em Judá durante o reinado do rei Josias, que durou de 639 a 608 a.C.
(ver Sofonias 1:1) No entanto, não sabemos quando e onde as profecias foram registradas.

Quais as caraqueterísticas marcantes desse Livro?


Assim como várias profecias antigas, as palavras de Sofonias se aplicam tanto à sua época
quanto ao futuro. Na época em que Sofonias estava profetizando, um exército estrangeiro
ameaçava destruir Judá. Essa destruição iminente pode ser comparada à destruição dos
iníquos que ocorrerá antes da Segunda Vinda de Jesus Cristo. Além disso, as bênçãos do
Senhor prometidas aos habitantes justos de Jerusalém prefiguram as bênçãos que os justos
receberão na Segunda Vinda (ver Sofonias 3:12–20)

Resumo
Sofonias 1 Sofonias profetiza que Deus destruirá o povo de Judá se eles não se
arrependerem.

Sofonias 2 Sofonias incentiva Judá e as pessoas humildes da Terra a buscar a retidão.


Também alerta alguns dos vizinhos inimigos de Judá sobre os juízos de Deus que cairão
sobre eles.

Sofonias 3 Sofonias profetiza sobre as iniquidades dos líderes de Jerusalém e as bênçãos


que os habitantes humildes de Jerusalém vão receber depois de o Senhor remover os
orgulhosos da cidade. Sofonias explica que o Senhor derramará Seu julgamento sobre
todas as nações. Sofonias revela que o Senhor dará a Seu povo uma linguagem pura,
renovará Seu relacionamento com eles e reinará em Sião.

AGEU
(Significa “nascido em um dia festivo”.

Tem origem no hebraico Haggay, calcado na raiz haghágh, que quer dizer “ele fez
uma romaria ou ele celebrou uma festa”, por extensão é atribuído o significado de
“nascido em um dia festivo”.
Alguns autores o traduzem como “alegria” ou “festivo”, desfigurando o sentido
original do real significado, e deve ser descartado.)

Livro de
O livro de Ageu afirma que um templo será novamente construído em Jerusalém e que
finalmente haverá paz em Jerusalém. O estudo do livro de Ageu pode ajudar os alunos a
adquirir um entendimento mais profundo da urgência e importância da construção de
templos e da adoração na casa do Senhor (ver Ageu 1)

Quem escreveu esse Livro?


Ageu era um profeta que morava em Jerusalém pouco depois de os judeus voltarem do
exílio na Babilônia, Presume-se que ele seja o autor do livro que leva seu nome.

Quando e onde foi escrito?


Ageu declarou as profecias contidas em seu livro por volta de 520 a.C. em Jerusalém. Se
Ageu escreveu esse livro, provavelmente também o fez em Jerusalém.

Quais algumas características marcantes desse Livro?


O livro de Ageu fornece informações muito úteis a respeito da reconstrução do templo de
Jerusalém. Depois que os judeus retornaram a Jerusalém saindo da Babilônia, começaram
a reconstruir a cidade e o templo, mas pararam quando enfrentaram oposição (ver Esdras
1–4). O livro de Ageu registra o mandamento dado pelo Senhor aos judeus para que
renovassem seu empenho de reconstruir o templo. Os judeus obedeceram à palavra do
Senhor dada por intermédio de Ageu e conseguiram terminar o templo (ver Ageu 1–2;
Esdras 5–6).

Resumo
Ageu 1 Por intermédio de Ageu, o Senhor repreende o povo por se preocupar mais com a
condição de suas casas do que com o templo do Senhor. Ele explica que as colheitas ruins
eram o resultado da negligência deles em reconstruir o templo. Ageu exorta-os a renovar
seu empenho em construir o templo.

Ageu 2 O Senhor ordena a Ageu que fale ao povo e o exorte a todos a serem fortes ao
reconstruírem o templo. Ele profetiza que o Messias (Jesus Cristo) virá a Seu templo e
proporcionará paz.

ZACARIAS
(significa "Lembrou/Memória do Senhor", foi um dos profetas pós-exílicos do Antigo
Testamento )

LIVRO DE
O livro de Zacarias contém descrições de visões concernentes à reconstrução de Jerusalém
e do templo, à coligação da Israel dispersa e ao triunfo de Israel sobre seus inimigos. O livro
culmina nas profecias do ministério mortal do Salvador e Seu retorno final em glória. Ao
estudar o livro de Zacarias, os alunos vão aprender sobre o amor do SENHOR por Seu
povo e Seu desejo de purificá-los e redimi-los, caso se arrependam e guardem sua aliança.
Os alunos também vão aprender sobre os acontecimentos que ocorrerão antes e depois da
Segunda Vinda de Jesus Cristo e sentir a importância de se prepararem para a volta do
Senhor.

Quem escreveu esse Livro?


O Profeta Zacarias escreveu esse livro. Ele era filho de Baraquias, que era filho de Ido (ver
Zacarias 1:1). Ido era um sacerdote que retornou a Jerusalém com Zorobabel, o primeiro
governante judeu de Jerusalém depois da volta dos judeus do exílio babilônico (ver
Neemias 12:1–7). Zacarias profetizou do segundo ao quarto ano do reinado de Dario, por
volta de 520 a 518 a.C. (ver Zacarias 1:1; 7:1). Com seu contemporâneo Ageu, Zacarias
desempenhou um papel importante ao organizar e inspirar os judeus a terminarem a
reconstrução do templo (ver Esdras 5:1; 6:14).

Quando e onde foi escrito?


Foi escrito em Jerusalém. No entanto, sabemos que Zacarias viveu em Jerusalém logo
após o retorno dos judeus de seu exílio na Babilônia. Ele recebeu as visões registradas
nesse livro entre o segundo e quarto anos do reinado de Dario, ou entre 520 e 518 a.C. (ver
Zacarias 1:1; 7:1).

Quais são as caraqueterísticas marcantes desse Livro?


Várias das mensagens que Zacarias recebeu do Senhor vieram na forma de visões (ver
Zacarias 1–6). Provavelmente por causa da dificuldade de transmitir visões celestiais em
termos terrenos, muitas das mensagens no livro de Zacarias estão repletas de imagens
simbólicas e descrições.

O livro é geralmente dividido pelos leitores em duas partes: “Zacarias 1–8, uma série de
visões prenunciando o futuro do povo de Deus, e Zacarias 9–14, profecias sobre o Messias
e acontecimentos que precederão Sua Segunda Vinda”. São particularmente significativas
as vívidas profecias do ministério terreno de Cristo (ver Zacarias 9:9; 11:10–13) e de
acontecimentos dos últimos dias tais como a coligação de Israel, a grande batalha final e a
Segunda Vinda (ver Zacarias 10:6–12; 12:2–14; 14:1–9).

Resumo
Zacarias 1–6 Numa série de visões, Zacarias vê a restauração de Jerusalém e do templo, a
coligação de Israel e Josué, o sumo sacerdote, coroado à semelhança de Cristo.

Zacarias 7–8 Devido à hipocrisia dos israelitas e sua opressão dos pobres, o Senhor
dispersou-os por entre as nações. Nos últimos dias, Ele restaurará Jerusalém e reunirá
Judá; muitos gentios se reunirão a eles para adorar ao Senhor.

Zacarias 9–11 Zacarias profetiza sobre o ministério de Cristo: Ele entrará em Jerusalém
montado em um jumento; os espíritos que estiverem na prisão serão redimidos pelo sangue
do convênio. A Israel dispersa será coligada, redimida e fortalecida. Cristo será traído por
trinta moedas de prata.
Zacarias 12–14 Na batalha final que precede a Segunda Vinda de Jesus Cristo, muitas
pessoas se reunirão para guerrear contra Jerusalém, e o Senhor vai destruí-las. Os judeus
reconhecerão seu Messias, a Quem crucificaram, e verão as feridas em Suas mãos. Cristo
governará como Rei de toda a Terra.

MALAQUIAS
(Significa meu mensageiro)

LIVRO DE
O livro de Malaquias é o último livro do Velho Testamento. Além disso, Malaquias é um dos
profetas mais citados do Velho Testamento. Ele foi citado por escritores do Novo
Testamento, geralmente com referência específica à missão de João Batista (ver Mateus
11:10; Marcos 1:2; Lucas 1:17; 7:27)
O livro de Malaquias foi escrito numa forma literária peculiar que apresenta um “diálogo”
entre o Senhor e o povo de Israel (ver, por exemplo, Malaquias 1:2–5). Algumas passagens
desse diálogo incluem perguntas feitas pelo Senhor ou por várias pessoas, assim como
afirmações daqueles que se opõem ao Senhor.

Quais as caraqueterísticas marcantes desse Livro?


Um século depois de os judeus retornarem a sua terra natal, muitos deles se tornaram
complacentes e menos devotados ao Senhor. Por intermédio do Profeta Malaquias, o
Senhor abordou o declínio do comprometimento dos judeus para com Deus. O SENHOR
instruiu Seu povo a voltar-se a Ele trazendo-Lhe a ordenança, e trouxede os seus dízimos
e suas ofertas com mais fidelidade, e Ele prometeu abençoar e proteger aqueles que assim
fizessem (ver Malaquias 3:7–12). Ao estudar as palavras de Malaquias, os alunos vão poder
ganhar um testemunho maior sobre a lei do dízimo e sentir mais desejo de obedecê-la.

Além disso, vão aprender que estão cumprindo a profecia de Malaquias de que o Senhor irá
voltar o coração dos filhos a seus pais, ou antepassados (ver Malaquias 4:6), ao
participarem do trabalho do templo e da história da família. O estudo dessa profecia pode
inspirar os alunos a participar da obra de salvação para seus antepassados falecidos.

Quem escreveu esse Livro?


Provavelmente o próprio Malaquias.
O livro afirma que contém “[a] palavra do Senhor contra Israel, por intermédio de Malaquias”
(Malaquias 1:1). Em hebraico, o nome Malaquias significa “meu mensageiro”. Esse nome
reflete de maneira apropriada as mensagens importantes que o profeta deixou ao povo de
sua época, muitas das quais também se aplicam ao povo do Senhor nos últimos dias.

Sabemos bem pouco sobre a vida de Malaquias, além do que aprendemos com seus
escritos. Sua origem e a história de sua vida são desconhecidas, mas ele evidentemente
viveu no século quinto a.C; provavelmente teria sido contemporâneo de Esdras e Neemias.

Resumo
Malaquias 1 Por intermédio de Malaquias, o Senhor repreende os judeus por sua
desobediência nas práticas e nos sacrifícios feitos no templo. Os líderes judeus estavam
oferecendo “pão imundo” (Malaquias 1:7) e sacrifícios inapropriados ao usarem animais
doentes, com manchas ou ferimentos.

Malaquias 2 O Senhor castiga os sacerdotes por não manterem seu convênio com o Senhor
e por serem um mau exemplo para o povo. Ele usa a quebra do convênio do casamento
para ilustrar o não cumprimento de seus convênios com Ele.

Malaquias 3–4 O Senhor enviará um precursor para preparar o caminho diante Dele, e Ele
virá de repente ao Seu templo. Ele desafia o povo a viver a lei do dízimo e promete enviar
Elias, o profeta, antes do grande e terrível dia do Senhor.

SEÇÃO 6: OS EVANGELIOS

Introdução
O significa Evangelho?
É uma das palavras mais utilizadas entre os cristãos. Apesar disso, muitas pessoas não
sabem exatamente o seu conceito, aplicação e significado. Neste texto, aprenderemos
sobre o que é Evangelho, e o que significa essa palavra.
O que significa evangelho?
Evangelho significa “boas-novas” ou “boas-notícias”. Sua origem vem do grego euangelion.
Apesar do termo “evangelho” poder ser aplicado em outros contextos, como em seu sentido
clássico e original para se referir a recompensa dada pela entrega de boas notícias,
obviamente sua aplicação mais conhecida é o sentido que possui na literatura cristã, no
caso, referente à mensagem essencial da salvação. Que resume em o Evangelho do
Senhor Jesus Cristo segundo escreveu; Mateus, Marcos, Lucas e João.
Evangelhos Sinópticos ou Evangelhos Sinóticos é um termo que designa os Evangelhos de
Mateus, Marcos, Lucas por conterem uma grande quantidade de histórias em comum, na
mesma sequência,
Os Evangelho são da autoria esplicidamete do Senhor Jesus Cristo, aquele que é o verbo
de Deus, Aleluias.

SÃO MATEUS
(Mateus é um nome de idioma português. É derivado do nome hebraico
"‫("מתתיהו‬Matityahu), que significa "Presente de Javé ou Jeová". Há também a variante
em português Matheus)

Epístola de
Algumas das passagens mais amadas da Bíblia encontram-se em Mateus, inclusive o
Sermão da Montanha e muitas parábolas, assim como os ensinamentos e milagres de
Jesus Cristo. Estudar esse livro vai ajudá-lo a se familiarizar com o ministério e as palavras
de Jesus Cristo e pode fortalecer seu testemunho a respeito Dele como Salvador do mundo
e do Messias prometido proclamado por todos os santos profetas.

Quem escreveu esse Livro?


Mateus, também conhecido como Levi, o filho de Alfeu, é o autor desse livro. Ele era
publicano, ou coletor de impostos, antes de sua vida mudar para sempre quando atendeu
ao convite de Jesus Cristo de segui-Lo. (Ver Mateus 9:9; Marcos 2:14; Lucas 5:27–28. Após
sua conversão, Mateus tornou-se um dos Doze Apóstolos do Salvador (ver Mateus 10:2-4).
Como apóstolo, Mateus foi testemunha ocular de muitos dos acontecimentos que ele
descreveu; e isso o faz, de fato ser um verdadeiro Apostolo de Cristo.

Quando e onde escreveu?


Não sabemos exatamente quando o livro de Mateus foi escrito, mas provavelmente foi
escrito na segunda metade do primeiro século d. C. Não sabemos onde Mateus escreveu
esse livro.

Para quem foi escrito esse Evangelho?


Mateus foi escrito segundo a Teologia conteporanea, para o público judeu, para mostrar
que Jesus Cristo cumpriu as profecias do Velho Testamento a respeito do Messias. Ao
contar sobre a vida, as palavras e os feitos de Jesus Cristo, Mateus frequentemente se
referiu às profecias do Velho Testamento e usou a frase “para que se cumprisse” (para
exemplos, veja Mateus 4:14; 8:17; 13:35; 21:4).

Em seu evangelho, Mateus usou o termo “Filho de Davi” 12 vezes como um testemunho de
que Jesus Cristo era o herdeiro legítimo do trono do rei Davi e do cumprimento de profecias
messiânicas. A genealogia de Jesus Cristo registrada por Mateus traça Sua linhagem
passando por Davi, Judá e Abraão (ver Mateus 1:1–3), demonstrando o direito de Jesus de
governar e Seu papel no cumprimento das promessas de Deus a Israel.

Quais alguma caraqueterísticas marcantes nesse Evangelho?


Embora uma grande quantidade do material de Mateus seja encontrada em Marcos e
Lucas, cerca de 40 por cento do evangelho de Mateus é único. O tema principal em Mateus
é de que Jesus Cristo veio estabelecer Seu reino na Terra. Mateus mencionou “o reino dos
céus” inúmeras vezes e ele é o único autor dos evangelhos a incluir ensinamentos de Jesus
que mencionam a “igreja” (ver Mateus 16:18; 18:17).

O evangelho de Mateus também nos ajuda a ver paralelos entre o ministério de Moisés e o
de Jesus Cristo. Por exemplo, enquanto criancinhas, os dois foram salvos de uma tentativa
do rei de matá-los (ver Êxodo 2:1-10; Mateus 2:13-18), os dois saíram do Egito e revelaram
a lei de Deus em um monte (ver Êxodo 19–20; Mateus 5-7) e ambos vieram para resgatar
seu povo.

Resumo
Mateus 1–4. Mateus apresenta a genealogia e o nascimento de Jesus Cristo. Os Magos
procuram o rei dos Judeus. Guiado por sonhos, José leva Maria e o menino Jesus para o
Egito e, mais tarde, para Nazaré. João Batista prega o evangelho do arrependimento e
batiza Jesus Cristo. O Salvador sofre tentações no deserto. Ele inicia Seu ministério mortal
ensinando e curando.

Mateus 5–7. Jesus prega o Sermão da Montanha.


Mateus 8–12. Jesus cura um leproso, acalma a tempestade, expulsa demônios, levanta a
filha de Jairo dos mortos e dá visão ao cego. Ele dá autoridade aos Doze Apóstolos para
fazerem o que Ele fez e os envia para pregarem o evangelho. Jesus proclama que João
Batista é mais que um profeta. O Salvador cura no Dia do Senhor.

Mateus 13–15. Jesus ensina por meio de parábolas. João Batista é morto. Depois de
alimentar mais de cinco mil, Jesus e Pedro caminham sobre o Mar da Galileia. Os escribas
e fariseus questionam Jesus.

Mateus 16–18. Depois que Pedro testifica que Jesus é o Messias, o Salvador indica que Ele
dará as chaves do reino de Deus para Pedro e os Doze. Jesus Cristo é transfigurado no
monte em que Pedro, Tiago e João recebem as chaves do sacerdócio. Jesus dá instruções
a Seus discípulos sobre como guiar a Igreja e ensina que Deus não nos perdoará se não
perdoarmos às outras pessoas.

Mateus 19–23. O Salvador ensina sobre a natureza eterna do casamento. Ele entra em
Jerusalém e purifica o templo. Por meio de parábolas, Jesus expõe as más intenções dos
líderes judeus que se opõem a Ele. Jesus lamenta a futura destruição de Jerusalém.

Mateus 24–25; Joseph Smith— Mateus. Jesus Cristo profetiza sobre a destruição de
Jerusalém. Ele ensina como Seus seguidores podem estar preparados para a Sua Segunda
Vinda.

Mateus 26–27. Jesus participa da ceia da Páscoa com Seus discípulos e institui o
sacramento. Ele sofre no Jardim do Getsêmani e é traído, preso, julgado por líderes judeus
e romanos e é crucificado. Morre e é sepultado.

Mateus 28. O Salvador ressuscitado aparece a Seus discípulos. Ele comissiona os


apóstolos a levarem Seu evangelho a todas as nações.

SÃO MARCOS
(No Grego é Markus e tem a mesma transliteração no latim de Markus, que significa
guerreiro ou ainda "martelo grande")

EPISTOLA DE
O livro de Marcos relata o ministério, a morte e a Ressurreição de Jesus Cristo em um
relato rápido que muitas vezes centraliza-se nos feitos poderosos do Salvador. O primeiro
deles é a Expiação, que Marcos enfatiza como a missão central de Jesus como o Messias
há muito prometido. Ao estudar o relato de Marcos e o testemunho de como o Salvador
cumpriu Sua missão expiatória, você pode tornar-se mais convertido ao evangelho e
encontrar ânimo para seguir o Salvador.

Quem escreveu esse Evangelho


Marcos (também chamado de João Marcos) é o autor desse livro. Embora Marcos não
tenha estado entre os discípulos originais que andou com o Senhor Jesus Cristo, ele
converteu-se mais tarde e tornou-se um assistente do Apóstolo Pedro, e ele pode ter escrito
seu evangelho com base no que ele aprendeu com Pedro
Marcos não foi Apostolo.

Marcos e sua mãe, Maria, moravam em Jerusalém; a casa deles era um lugar onde os
primeiros cristãos se reuniam (ver Atos 12:12). Marcos saiu de Jerusalém para ajudar os
Apóstolos Barnabé e Paulo na primeira viagem missionária (ver Atos 12:25; 13:4–6, 42–48).
Paulo escreveu mais tarde que Marcos estava com ele em Roma (ver Colossenses 4:10;
Filemom 1:24; refere-se a ele como Marcos nesses versículos) e o elogia como um
companheiro que “é muito útil para o ministério” (2 Timóteo 4:11). Pedro refere-se a ele
como “meu filho Marcos” (1 Pedro 5:13), mostrando a proximidade do relacionamento deles.

Quando e onde foi escrito?


Não sabemos exatamente quando o evangelho de Marcos foi escrito. Marcos
provavelmente escreveu o evangelho em Roma entre 64 d.C. e 70 d.C., talvez pouco depois
do martírio do Apóstolo Pedro cerca de 60 d.C.

Para quem e porque ele escreveu?


O evangelho de Marcos contém detalhes — tais como citações aramaicas, expressões em
latim, mas no seu conteúdo a maioria Grega, explicações de costumes judaicos — que
parecem destinar-se a um público composto principalmente por romanos e pessoas de
outras nações gentias, bem como aqueles que se haviam convertido ao cristianismo,
provavelmente em Roma e em todo o Império Romano. Muitos acreditam que Marcos tenha
estado com Pedro durante um período marcado por duras provas de fé para muitos
membros da Igreja em todo o Império Romano.

Um terço do evangelho de Marcos conta os ensinamentos e as experiências do Salvador


durante Sua última semana de vida. Marcos prestou testemunho de que o sofrimento do
filho de Deus finalmente triunfou sobre o mal, o pecado e a morte. Esse testemunho
demonstrou que os seguidores do Salvador não precisam temer; quando eles enfrentaram
perseguição, desafios ou até a morte, estavam seguindo o Mestre. Eles podiam suportar
com confiança, sabendo que o Senhor os ajudaria e que todas as Suas promessas seriam
cumpridas.

Quais as caraqueterísticas marcantes desse Evangelho?


O evangelho de Marcos começa de repente e de forma dramática e mantém um ritmo
acelerado, narrando os acontecimentos em uma sequência rápida. Marcos usa com
frequência a palavra logo, dando um efeito de ritmo rápido e ação.

Embora 90% do material em Marcos também se encontre em Mateus e Lucas, o relato de


Marcos inclui com frequência detalhes adicionais que nos ajudam a apreciar mais
plenamente a compaixão do Salvador e a reação do povo que O cercava (compare Marcos
9:14–27 com Mateus 17:14–18). Por exemplo, Marcos relatou a recepção entusiástica que o
Salvador recebeu na Galileia e em outros lugares no início do Seu ministério (ver Marcos
1:32–33, 45; 2:2; 3:7–9; 4:1). Marcos também narrou meticulosamente a reação negativa
dos escribas e fariseus, cuja oposição progredia rapidamente dos pensamentos céticos (ver
Marcos 2:6–7) à planos para destruir Jesus (ver Marcos 3:6).
Entre os temas importantes em Marcos estão as perguntas de quem era Jesus e quem
entendia Sua identidade, bem como o papel do discípulo como alguém que deve “tomar a
sua cruz e seguir ao Senhor Jesus” (Marcos 8:34). Além disso, o evangelho de Marcos é o
único que relata a parábola da semente que cresce sozinha (ver Marcos 4:26–27), a cura de
um surdo na região de Decápolis (ver Marcos 7:31–37), e a cura gradual de um cego em
Betsaida (ver Marcos 8:22–26).

Resumo
Marcos 1–4. Jesus é batizado por João Batista e começa a pregar, chamar discípulos e
realizar milagres. À medida que crescia a oposição contra Ele, Ele ensina por parábolas.

Marcos 5–7. O Salvador continua a realizar milagres, demonstrando Sua compaixão por
outras pessoas. Depois que João Batista é morto, Jesus alimenta mais de 5 mil pessoas e
anda sobre as águas. Ele prega contra as tradições falsas.

Marcos 8–10. Jesus Cristo continua a realizar milagres. Pedro testifica que Jesus é o Cristo.
O Salvador profetiza três vezes sobre o Seu sofrimento, a Sua morte e a Sua Ressurreição,
mas Seus discípulos ainda não entendiam plenamente o que Ele queria dizer. Ele
ensina-lhes a respeito da humildade e do serviço exigido de Seus discípulos.

Marcos 11–16. Na última semana de Sua vida, o Salvador entra em Jerusalém, ensina Seus
discípulos, sofre no Getsêmani e é crucificado. Jesus Cristo ressuscitou.

SÃO LUCAS
(Lucas: Significa "o que vem da Lucânia", "lucano", "luminoso" ou "iluminado". O
nome Loukanós vem da raiz lyke, luk ou luc, que originaram no Grego é palavra lux,
que significa "luz"; e no latim é Lucas, por isso também é atribuído a Lucas o
significado de "luminoso")

LIVRO DE
O livro de Lucas dá um testemunho adicional de muitas verdades registradas por Mateus e
Marcos e também possui um conteúdo exclusivo. O evangelho de Lucas pode aprofundar
seu entendimento dos ensinamentos de Jesus Cristo e ajudá-lo a apreciar mais plenamente
Seu amor e Sua compaixão por toda a humanidade, conforme manifestado durante Seu
ministério mortal e por meio de Sua Expiação infinita.

Quem escreveu esse Evangelho?


Lucas é o autor desse evangelho. Ele era médico (ver Colossenses 4:14) Lucas foi um dos
“cooperadores” de Paulo (Filemom 1:24; ele é chamado de Lucas aqui) e um dos
companheiros missionários de Paulo (ver 2 Timóteo 4:11). Lucas também escreveu o livro
de Atos (ver Guia para Estudo das Escrituras, “Lucas”, scriptures.LDS.org).

Quando e onde foi escrito esse Evangelho?


Embora não se saiba exatamente quando Lucas escreveu esse evangelho, provavelmente
foi escrito na segunda metade do primeiro século d.C. As fontes de Lucas eram pessoas
que “presenciaram desde o princípio” (Lucas 1:2) o ministério mortal e a Ressurreição do
Salvador. Não sabemos onde o evangelho de Lucas foi escrito.

Para quem e porque esse Evangelho foi escrito?


Lucas pretendia que seu evangelho fosse lido principalmente por um público gentio e ele
apresentou Jesus Cristo como o Salvador tanto dos judeus como dos gentios. Lucas
escreveu esse evangelho especificamente a “Teófilo” (Lucas 1:3), que em grego significa
“amigo de Deus” ou “amado por Deus”. Percebemos claramente que Teófilo recebera
instrução anterior concernente à vida e aos ensinamentos de Jesus Cristo (ver Lucas 1:4).
Lucas esperava fornecer instruções adicionais ao oferecer um relato sistemático da missão
e do ministério do Salvador. Ele queria que aqueles que lessem seu testemunho
conhecessem a certeza” (Lucas 1:4) do Filho de Deus — Sua compaixão, Expiação e
Ressurreição.

Quais são algumas características marcantes desse Evangelho?


Lucas é o mais longo dos quatro evangelhos e o livro mais longo do Novo Testamento.
Algumas das histórias mais bem conhecidas do cristianismo são exclusivas do evangelho
de Lucas: as circunstâncias do nascimento de João Batista (ver Lucas 1:5–25, 57–80); a
narrativa tradicional do Natal (ver Lucas 2:1–20); a história de Jesus quando era um menino
de 12 anos no templo (ver Lucas 2:41–52); as parábolas como a do bom samaritano (Lucas
10:30–37), o filho pródigo (ver Lucas 15:11–32), e o rico e Lázaro (ver Lucas 16:19–31); a
história dos dez leprosos (ver Lucas 17:11–19); e o relato do Senhor ressurreto andando
com Seus discípulos na estrada de Emaús (ver Lucas 24:13–32).

Outra característica exclusiva do livro de Lucas é a inclusão dos ensinamentos de João


Batista, não presentes nos outros evangelhos (ver Lucas 3:10–14); a ênfase nas orações de
Jesus Cristo (ver Lucas 3:21; 5:16; 9:18, 28–29; 11:1); e a inclusão do chamado,
treinamento e trabalho missionário dos setenta (ver Lucas 10:1–22). Além disso, Lucas é o
único escritor do evangelho que registra que o Salvador suou sangue no Getsêmani e que
um anjo o fortaleceu (ver Lucas 22:43–44).

Por começar e terminar no templo, o evangelho de Lucas indica a importância do templo


como o principal local em que Deus Se comunica com a humanidade (ver Lucas 1:9; 24:53).

Resumo
Lucas 1–3. É predito o nascimento e a missão de João Batista e de Jesus Cristo.
Testemunhas atestam que o bebê Jesus é o Messias. Aos 12 anos de idade, Jesus ensina
no templo. João Batista prega arrependimento e batiza Jesus. Lucas registra a genealogia
de Jesus.

Lucas 4–8. Jesus Cristo é tentado no deserto. Em Nazaré Ele proclama a si mesmo como o
Messias e é rejeitado. Ele chama Doze Apóstolos e ensina Seus discípulos. Ele perdoa
pecados e realiza muitos milagres.

Lucas 9–14. Os Doze Apóstolos são enviados a pregar o evangelho e a curar. Jesus Cristo
alimenta mais de 5 mil pessoas e é transfigurado em uma montanha. Ele chama os setenta
e envia-os a pregar. Ele ensina sobre discipulado, hipocrisia e julgamento. Ensina a
parábola do bom samaritano.

Lucas 15–17. Jesus Cristo ensina por parábolas. Ele ensina sobre ofensas, fé e perdão. Ele
cura 10 leprosos e ensina sobre a Segunda Vinda.

Lucas 18–22. Jesus Cristo continua a ensinar por parábolas. Jesus cura um cego e ensina
Zaqueu. Ele entra triunfante em Jerusalém, chora pela cidade e purifica o templo. Ele prevê
a destruição de Jerusalém e descreve alguns dos sinais que precederão Sua Segunda
Vinda. Ele institui o sacramento, ensina Seus apóstolos e sofre no Getsêmani. Ele é traído,
preso, ridicularizado, ferido e interrogado.

Lucas 23–24. Jesus é julgado diante de Pilatos e Herodes, é crucificado e sepultado. Os


anjos no sepulcro e dois discípulos na estrada de Emaús testificam que Jesus ressuscitou.
O Salvador aparece a Seus discípulos em Jerusalém, promete a Seus apóstolos que eles
receberão o poder de Deus e ascende ao céu.

SÃO JOÃO
(Significa de João: “Deus é cheio de graça”, “agraciado por Deus” ou “a graça e
misericórdia de Deus” e “Deus perdoa”.
O nome Joãotem origem no hebraico Yehokhanan, Iohanan, composto pela união dos
elementos Yah, que significa “Javé, Jeová, Deus”, e hannah, que quer dizer “graça”.
Significa “Deus é gracioso, agraciado por Deus, a graça e misericórdia de Deus, Deus
perdoa”)

Durante um período de crescente perseguição contra os cristãos, de crescente apostasia e


disputas sobre a natureza de Jesus Cristo, o Apóstolo João registrou seu testemunho do
Salvador. Estudar o Evangelho de João pode ajudá-lo a vir a conhecer o Pai Celestial por
meio do ministério de Seu Filho, Jesus Cristo. O relato de João ensina que aqueles que
vivem de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo podem receber muitas bênçãos,
inclusive a vida eterna.

Quem Escreveu Esse Livro?


O Apóstolo João escreveu esse livro. Em todo o livro ele se refere a si mesmo como “o
discípulo a quem Jesus amava” (ver João 13:23; 19:26; 20:2; 21:7, 20).

João e seu irmão Tiago eram pescadores (ver Mateus 4:21). Antes de se tornar um
discípulo e apóstolo de Jesus Cristo, João provavelmente foi discípulo de João Batista (ver
João 1:35–40; Guia para Estudo das Escrituras, “João, Filho de Zebedeu”).

Quando e Onde Foi Escrito?


Não sabemos exatamente quando João escreveu esse livro. Estima-se que tenha sido
escrito entre 60 d.C. e 100 d.C .
A duas linhas de pensamentos sobre o lugar a onde foi escrito.
Em Jerusalém e na antiga Ásia, que hoje é a Turquia.
Para quem e porque esse Livro foi escrito?
Apesar de os escritos de João ser para todas as pessoas, sua mensagem também foi
dirigida a um público mais específico. O evangelho de João é um relato escrito para os
santos; é um evangelho especificamente para a Igreja. João afirmou que seu propósito ao
escrever esse livro era persuadir outras pessoas a crer que Jesus é o Cristo, o Filho de
Deus; e para que, crendo, tenham vida em seu nome” (João 20:31). “As cenas da vida de
Jesus nele descritas são cuidadosamente escolhidas e com essa intenção.

Quais as caraqueterísticas marcantes desse Livro?


Cerca de 92 por cento do material contido no Evangelho de João não se encontra em
nenhum outro relato dos evangelhos. Isso se deve provavelmente ao fato de que o público
alvo de João — os membros da Igreja que já tinham um entendimento sobre Jesus Cristo —
era incontestavelmente diferente do público alvo de Mateus, Marcos e Lucas. Dos sete
milagres relatados por João, cinco não foram registrados em nenhum outro evangelho.
Enquanto Mateus, Marcos e Lucas dão muitas informações sobre o ministério de Jesus na
Galileia, João registra muitos acontecimentos ocorridos na Judeia. O Evangelho de João é
ricamente doutrinário, sendo alguns dos principais temas a divindade de Jesus como o Filho
de Deus, a Expiação de Cristo, a vida eterna, o Espírito Santo, a necessidade de nascer de
novo, a importância do amor ao próximo e de acreditar no Salvador.

João enfatizou a divindade de Jesus como Filho de Deus. João registrou mais de 100
referências de Jesus ao Seu Pai com mais de 20 referências somente em João 14. Uma
das maiores contribuições de João é a inclusão dos ensinamentos do Salvador a Seus
discípulos horas antes de ser preso, inclusive a grande Oração Intercessória, oferecida na
noite em que sofreu no Getsêmani. Essa parte do relato de João (João 13–17) representa
mais de 18 por cento das páginas do livro de João, dando-nos um entendimento maior da
doutrina do Salvador e do que Ele espera de Seus discípulos.

Resumo
João 1. João testifica da divindade e missão pré-mortal de Jesus Cristo de proporcionar
salvação a todos os homens. João registra o batismo de Jesus e o chamado de alguns
discípulos.

João 2–4. Jesus Cristo transforma água em vinho. Ele ensina Nicodemos sobre o
renascimento espiritual e testifica à mulher na fonte que Ele é o Cristo. Jesus cura o filho de
um nobre.

João 5–7. O Salvador cura um inválido no tanque de Betesda e proclama Seu poder e Sua
autoridade divinos. Ele alimenta mais de 5 mil pessoas em preparação para o Seu discurso
sobre o Pão da Vida, proclama que Ele é o Messias e declara, na Festa dos Tabernáculos,
que somente aqueles que O recebem podem alcançar a vida eterna.

João 8–10. Por meio da experiência com a mulher apanhada em adultério, Jesus ensina
sobre a compaixão e o arrependimento. Ele declara a Si mesmo como o Jeová, o grande Eu
Sou, cura um homem que nasceu cego e descreve-Se como o Bom Pastor, que ama e dá a
vida por Suas ovelhas.
João 11–13. Jesus traz Lázaro de volta à vida, mostrando Seu poder sobre a morte. Ele
entra triunfante em Jerusalém. Durante a Última Ceia, Jesus lava os pés de Seus discípulos
e os ensina a amar uns aos outros.

João 14–16. Jesus instrui Seus discípulos sobre a relação entre o amor e a obediência. Ele
promete enviar o Consolador (o Espírito Santo) e ministrar pessoalmente a Seus discípulos.
Ele declara que é a Videira Verdadeira e que venceu o mundo.

João 17–19. Jesus oferece a Oração Intercessória em favor de Seus discípulos e daqueles
que crerem em Seus ensinamentos. Ele é traído, preso, julgado e condenado. Depois de
sofrer na cruz, Ele morre e é sepultado.

João 20–21. Jesus Cristo, agora ressuscitado, aparece a Maria Madalena no Jardim do
Sepulcro e depois a alguns de Seus discípulos em Jerusalém. Ele aparece a sete de Seus
discípulos no Mar da Galileia e encarrega Pedro de liderar Seus discípulos ao ministrar as
pessoas.

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SEÇÃO 6: LIVRO HISTÓRICO DO NOVO TEXTAMENTO

Atos dos Apóstolos-


O livro Atos dos Apóstolos forma uma ponte entre o registro da vida de Jesus Cristo e os
ensinamentos nos quatro evangelhos e os escritos e as obras de Seus apóstolos. Atos
ilustra como o Salvador continuou a dirigir Sua Igreja por meio dos do Espírito Santo por
meio daqueles que portavam as chaves do sacerdócio.
Atos dos Apóstolos, é o Livro que mais menciona as ações do Espírito Santo na obra
redentora do Senhor Jesus Cristo.
O Espírito Santo revelava a verdade aos apóstolos, que, então, conduziam e ensinavam à
Igreja. Os apóstolos também realizavam milagres em nome de Jesus Cristo. Estudando
esse livro, os alunos aprenderão como a Igreja de Jesus Cristo começou a se disseminar de
Jerusalém “até os confins da terra” (Atos 1:8). Estudar esse livro também vai ajudar os
alunos a perceberem a sabedoria que há em seguir os profetas e apóstolos modernos, e
pode inspirá-los a servir corajosamente como testemunhas de Jesus Cristo.

Quem escreveu esse Livro?


Lucas escreveu os Atos dos Apóstolos como “segunda parte da obra. A primeira parte é
conhecida como o Evangelho Segundo Lucas”.

Quando e onde foi escrito esse Livro?


Atos foi escrito depois do evangelho de Lucas (ver Atos 1:1), que provavelmente foi escrito
na segunda metade do primeiro século d.C. Não sabemos onde ele foi escrito.

Para quem e porque esse Livro foi escrito?


Lucas dirigiu o livro de Atos a um homem chamado Teófilo (ver Atos 1:1).

Quais algumas características marcantes desse Livro?


O livro de Atos reconta a ascensão e a disseminação do Cristianismo, começando em
Jerusalém, a capital da província judaica, e terminando em Roma, a grande capital do
Império. Os acontecimentos descritos em Atos ocorreram dentro de um período de 30 anos
(cerca de 30–62 d.C.) e têm como foco principal o ministério de Pedro (ver Atos 1–12) e de
Paulo (ver Atos 13–28). Sem o livro de Atos, nosso conhecimento do início da história da
Igreja seria limitado às poucas epístolas do Novo Testamento. Além disso, Atos fornece um
valioso contexto histórico para as epístolas de Paulo.

A conversão e as missões do Apóstolo Paulo (Atos 9); a visão que Pedro recebeu com
relação à aceitação dos gentios na Igreja, que inicialmente não haviam se convertido ao
judaísmo (Atos 10:9–16, 34–35); e as doutrinas ensinadas na conferência de Jerusalém que
foram decisivas para o crescimento no início da Igreja (Atos 15).

Conforme registrado em Lucas 24:49, o Salvador instruiu os apóstolos para que iniciassem
seu ministério somente depois que “do alto [fossem] revestidos de poder”. Atos registra a
investidura desse poder pelo Espírito Santo e descreve seus resultados dramáticos,
começando com a conversão de milhares no dia de Pentecostes (ver Atos 2) Atos narra o
Crescimento e a perseguição da primeira Igreja, a de Jerusalém pelos os Judeus religiosos.
Ao longo de Atos, Lucas enfatiza as obras do Espírito Santo nas pessoas e nas
congregações. A frase “que do alto sejais revestidos de poder” provavelmente também
significa que os apóstolos “receberam conhecimento específico, poderes e bênçãos
especiais, geralmente conferidos somente no templo do Senhor”.

Resumo
Atos 1–2 Jesus Cristo ministra aos discípulos por 40 dias depois de Sua Ressurreição e,
então, ascende ao céu. Por inspiração, os apóstolos chamam Matias para ocupar a vaga no
Quórum dos Doze Apóstolos. O Espírito Santo é derramado no dia de Pentecostes. Pedro
testifica ousadamente do Salvador ressurreto e cerca de 3 mil pessoas são convertidas.

Atos 3–8 Pedro e João curam um homem que havia nascido coxo. Pedro e João são presos
por pregar e curar em nome de Jesus Cristo e são libertados da prisão. Os apóstolos
chamam sete homens para auxiliá-los no ministério; um desses homens, Estevão, testifica
perante o conselho judeu e os membros do conselho o condenam à morte. Filipe prega em
Samaria.

Atos 9–12 Saulo é convertido e inicia seu ministério. Ao ter uma visão, Pedro aprende que o
evangelho deve ser pregado aos gentios. Herodes Agripa I condena o Apóstolo Tiago à
morte (irmão de João) e prende Pedro.

Atos 13–15 Saulo e Barnabé são chamados como missionários. Eles encontram oposição
dos judeus e são aceitos por alguns gentios. Os líderes da Igreja se reúnem em Jerusalém
e determinam que os conversos gentios não precisam ser circuncidados (ou continuar a
observar a lei de Moisés) quando eles se unem à Igreja. Paulo (como Saulo é chamado
agora) parte em sua segunda viagem missionária, com Silas.
Atos 16–20 Paulo e Silas fortalecem várias igrejas que foram estabelecidas anteriormente.
No Areópago, em Atenas, Paulo prega que “[somos] geração de Deus” (Atos 17:29). Paulo
termina sua segunda missão e parte em uma terceira missão pela Ásia Menor. Paulo decide
voltar para Jerusalém.

Atos 21–28 Em Jerusalém, Paulo é preso e continua a testificar de Jesus Cristo. O Senhor
aparece novamente a Paulo. Muitos judeus planejam matar Paulo. Em Cesareia, ele
testifica perante Félix, Festo e Agripa. Paulo naufraga a caminho de Roma. Paulo prega o
evangelho enquanto está em prisão domiciliar em Roma.
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SEÇÃO 7: ESPÍSTOLAS PAULÍNIA (Apostolo Paulo)

ROMANOS
(Roma)
A Epístola aos Romanos é a mais longa das epístolas de Paulo e é considerada por muitos
como a melhor. Essa epístola contém a explicação mais completa da doutrina da
justificação pela fé em Jesus Cristo, em vez das práticas da lei de Moisés. Ela contém
muitos ensinamentos sobre as doutrinas de salvação e a aplicação prática dessas doutrinas
na vida diária. Por meio do estudo desse livro, os alunos podem sentir mais admiração pela
Expiação de Jesus Cristo e pela esperança e paz que todas as pessoas podem encontrar
em Cristo.

O justo viverá pela fé”

O JUSTO VIVERA DA FÉ

A carta do Apóstolo Paulo à igreja em Roma, foi escrita com único propósito: ressaltar a
justiça de Deus.

O significado desta justiça está intimamente vinculado ao plano eterno de Deus. Tal plano
tem o condão de estabelecer um liame entre a criação, a queda e a redenção através de
Jesus Cristo.

Podemos dizer, a partir de um ponto de vista teológico, que para entender a história dos
homens e de todas as coisas (criadas) é necessário, antecipadamente, conhecer a história
de Deus.

Desta forma, a história de Deus – teologicamente conhecida como meta-história


(metanarrativa) -, traça todos os aspectos, circunstâncias e condições necessárias para
uma compreensão da vida e, doravante, do próprio desenvolvimento da história dos
homens. Ou seja, para compreender o sentido da nossa vida (ou da nossa história), é
importante, a priori, saber exatamente qual o sentido, o significado e o alcance do plano
maior contido na história de Deus. Esta história, como bem sabemos, é contada por
intermédio de um conjunto de livros, a saber, a Bíblia. Dentro da história de Deus se
encontra o plano divino para toda a criação que, por sua vez, compreende quatro pontos

A criação;
A queda;
A redenção;
A consumação
Antes de nascer o mundo, na eternidade, a augusta Trindade, por amor, decidiu criar. Ali se
estabeleceu um plano “fechado” que comportava, de uma só vez, o início, o fim e o
recomeço de todas as coisas.

O objetivo maior deste plano não era outra coisa senão estabelecer um relacionamento de
amor livre e verdadeiro entre o Criador e a criatura. A Bíblia afirma que Deus criou tudo para
a sua glória (Sl. 19). A criação, aqui incluído o homem, é o receptáculo desta glória, o
repositório do seu amor.
Ao considerar esta glória sob a perspectiva relacional, ensina que ela consiste em ser
amado por Deus, como a obra em que o artista se deleita, é a boa reputação que a criatura
tem para com Ele. Da mesma forma, o salmista ao se referir ao homem enquanto criação
divina, declara que Deus o corou de glória e honra

A aplicação do amor de Deus de aplica também no livre-arbítrio.


Deus quer que o ser humanos sivam a Ele com um coração voluntário por livre escolha

O Deus todo poderoso, já sabia de antemão que a liberdade outorgada ao homem o levaria
à queda, à quebra do relacionamento e, como remédio, ainda na eternidade, a redenção foi
preparada através da encarnação e morte do próprio Deus numa cruz.

A queda do homem, além de afastá-lo de Deus, afetou sobremaneira todo o universo,


desestruturando a ordem criada. Daí resulta a razão da restauração de todas as coisas; o
terceiro ponto do plano maior.

Arrumar a criação é fazê-la exatamente voltar ao projeto inicial em que tudo era bom. O
início da consecução deste plano aqui na Terra se deu através da aliança com Abraão. Por
intermédio do patriarca e de sua descendência o pecado de Adão seria corrigido e todas as
famílias de todas as nações seriam restauradas. As promessas de Deus não falham jamais

Os judeus tinham plena consciência deste propósito eterno que há muito estava sendo
pregado pelos profetas. Os judeus seriam libertados da opressão e, por consequência, as
outras nações também seriam alcançadas e restauradas, culminando no fim da história.
Esta consciência não só foi refletida nas cerimônias, liturgias e na Torá, como também, nas
relações com os gentios. Os judeus, tidos como povo eleito de Deus, se posicionavam
como uma comunidade superior, detentora dos segredos divinos.

UM CONTEXTO HISTÓRICO

Assim, podemos dizer que esta tensão histórica entre judeus e gentios é um dos motivos
que propulsionaram Paulo a escrever sua epistola aos romanos, de onde subjaz o aspecto
teológico da justiça de Deus. A justa aliança para corrigir o mal na criação não mais seria
operada diretamente através dos judeus, e sim através do Messias.

Jesus havia morrido e ressuscitado. O Evangelho das boas novas se espalhava com poder
e graça por toda a região, alcançando, invariavelmente, tanto os judeus como os gentios.

É provável que a igreja cristã em Roma tenha começado com os judeus que retornaram de
Jerusalém após a festa do Pentecostes. No entanto, em 49 d.c. o imperador romano
expulsou toda a comunidade judaica de Roma e a igreja permaneceu ali apenas com os
gentios convertidos. Em 52 d.c. o imperador morre e os judeus retornam à Roma e
começam ali um grande conflito com os gentios pelo controle da igreja e pela observância
aos preceitos da Lei (Torá).

A tensão precisava ser resolvida. Paulo já havia passado por experiências semelhantes na
Galácia em que judeus convertidos sobrepujavam os gentios para fazê-los observar os
preceitos judaicos. Paulo combateu com veemência tal prática e percebeu o quanto este
problema afetava a unidade do corpo de Cristo e, por conseguinte, esvaziava o sentido do
Evangelho.

Paulo, em sua carta aos romanos, mais uma vez buscou desvincular a mensagem de Cristo
dos ornamentos e cerimoniais judaicos. Aliás, este objetivo é um tema recorrente em outras
cartas do Apóstolo, bem como, motivo de embate interno na igreja primitiva[7].

Apesar do cristianismo ter suas raízes fincadas no judaísmo, deste difere e o supera,
conquanto manifesta a poder de Deus para renovação da ordem criada. E é aqui, neste
ponto, que Paulo estabelece sua linha de raciocínio ao argumentar, de forma detalhada, os
aspectos da velha aliança iniciada em Abraão e a eficácia da nova aliança inaugurada por
Jesus.

Outro motivo para Paulo escrever a carta – além daquele de acabar com as dissenções
entre judeus e gentios -, era a estratégia geográfica de Roma para evangelizar o ocidente,
principalmente a Espanha.
O Evangelho somente chegaria com vigor naquela parte do mundo se houvesse o apoio de
uma igreja sólida e unida em torno do mesmo ideal.

Estes dois motivos, quando observados no contexto histórico e igualmente relacionados


com outras cartas do Apóstolo, se revelam incontestes como base para a formação do
corpus narrativo histórico e teológico da carta aos romanos.

O povo judeu, de fato, era o povo escolhido para trazer ao mundo a libertação. A aliança de
Deus com este povo “visava resolver os problemas no seio da criação” . Assim surge o
tema teológico central da carta: a justiça de Deus como fidelidade à aliança

JUSTIÇA DE DEUS

A carta aos Romanos é a carta que tem a doutrina da Salvação e Justificação pelo
Sacrifício expiatório do Senhor Jesus Cristo, mediante a Fé.
Entender o significado de “justiça de Deus” é o primeiro passo para entender a mensagem
do apóstolo, não somente nesta carta, mas em diversas outras epístolas. Novo Textamento,
que ensina que o sentido da palavra “justiça” no Antigo Testamento – que é usado por Paulo
-, remete à ideia de que Deus, por ser criador (autor do plano maior) “tem a obrigação de
arrumar o mundo de uma vez por todas”, bem como demonstrar sua fidelidade às
promessas feitas no âmbito da aliança. Esta é a estrutura teológica que permeia toda carta
aos Romanos: a justiça do Deus criador e da aliança.

A justiça de Deus, entrementes, é a fidelidade de Deus às promessas de bênçãos e


restauração de todas as coisas

Quem escreveu essa Espístola?


O Apóstolo Paulo é o autor da Epístola aos Romanos (ver Romanos 1:1). Ao escrever essa
epístola, Paulo usou a ajuda de um escrevente, Tércio, que escreveu sua própria saudação
aos santos romanos quase no final da epístola (ver Romanos 16:22).

Quando e onde foi escrita


Paulo escreveu sua epístola aos romanos de Corinto, provavelmente na casa de Gaio;
perto do fim de sua terceira viagem missionária. Várias pistas sugerem que Paulo escreveu
essa epístola durante os três meses que ele permaneceu em Corinto (ver Atos 20:2–3; o
termo Grécia, nesses versículos, refere-se a Corinto), provavelmente entre 55 e 56 d.C. (ver
Guia para Estudo das Escrituras, “Epístolas Paulinas”).

Para quem e por que esse livro foi escrito?


A epístola aos romanos é dirigida aos membros da Igreja em Roma (ver Romanos 1:7). A
origem da Igreja em Roma é desconhecida, mas provavelmente data logo depois do dia de
Pentecostes, quando os judeus visitantes de Roma ouviram Pedro pregar (ver Atos 2:10).
Embora Paulo não tivesse ido a Roma, ele escreveu saudações a santos específicos que
ele conhecia tanto por ter sido apresentado a eles anteriormente como por meio de outras
pessoas que tinham morado em Roma, como Priscila e Áquila (ver Atos 18:1–2, 18;
Romanos 16:1–16, 21).

Quais as características marcantes desse Livro?


Parece haver pelo menos três razões principais para Paulo ter enviado a epístola aos
romanos:

1)Preparar-se para sua futura chegada em Roma. Durante anos, Paulo quis pregar o
evangelho em Roma (ver Atos 19:21; Romanos 1:15; 15:23). Ele também esperava que a
Igreja em Roma pudesse servir como base a partir da qual ele pudesse servir missão na
Espanha (ver Romanos 15:22–24, 28)

2) Para promover a união entre os judeus e gentios membros da Igreja. Não muito tempo
antes de Paulo escrever essa epístola, os cristãos judeus que tinham sido expulsos de
Roma pelo imperador Cláudio (ver Atos 18:2) começaram a voltar para Roma e para
congregações cristãs predominantemente compostas por gentios. Essa situação pode ter
dado origem a algumas das tensões e alguns dos problemas entre os judeus e gentios
cristãos. Como o “apóstolo dos gentios” (Romanos 11:13), Paulo procurou integrar os
gentios conversos na Igreja; ainda como judeu (ver Romanos 11:1), Paulo também sentiu
um grande desejo de que seu próprio povo aceitasse o evangelho. Paulo promoveu a união
da Igreja ao ensinar como as doutrinas do evangelho se aplicam a todos os santos (ver
Romanos 3:21–4:25; 11:13–36; 14:1–15:13).

Depois de uma saudação de abertura, a epístola começa com uma declaração de seu tema:
O “evangelho de Cristo (…) é o poder de Deus para salvação” a todos os que “[viverem] da
fé” em Jesus Cristo (Romanos 1:16–17).

Embora a epístola aos romanos tenha um papel importante na história cristã, infelizmente
ela também foi “a fonte de mais mal-entendidos doutrinários, erros de interpretação e
distúrbios do que qualquer outro livro bíblico”. Mesmo entre os primeiros cristãos, os
escritos de Paulo foram considerados como “difíceis de entender”, e seus ensinamentos
eram algumas vezes distorcidos e mal interpretados (2 Pedro 3:15–16).

Resumo
Romanos 1–3 Paulo explica a doutrina da justificação pela fé em Jesus Cristo. Paulo define
a aflição do pecado que acontece a toda a humanidade e ensina que a solução de Deus
para esse problema a todas as pessoas é a Expiação de Jesus Cristo. Por meio da
aceitação fiel da Expiação de Jesus Cristo, toda a humanidade pode ser justificada
(perdoada) e receber a salvação.

Romanos 4–8 Paulo cita o exemplo de Abraão para ilustrar a doutrina da justificação pela
fé. Ele expõe as doutrinas de salvação e ensina como essas doutrinas afetam a vida de
todos os que têm fé em Cristo.

Romanos 9–16 Paulo escreve sobre a situação de eleição de Israel, a presente rejeição do
evangelho e a futura salvação. Paulo aconselha os membros da Igreja, judeus e gentios, a
viverem o evangelho para que haja paz e união na Igreja. Ele pede que os santos de Roma
continuem a guardar os mandamentos.

1 CORÍNTIOS
(Cidade de Coríntios na antiga Macedônia {Grécia})
Escritor: Apóstolo Paulo
Em 1 Coríntios, aprendemos que o Apóstolo Paulo ensinou os membros da Igreja naquela
cidade a promoverem a união e a aprenderem a respeito das coisas de Deus, assim como o
papel do corpo físico como templo do Espírito Santo, a natureza dos dons espirituais, a
importância de se tomar o sacramento dignamente e a realidade da ressurreição. Ao
estudar os ensinamentos de Paulo em 1 Coríntios, você pode aprender doutrinas e
princípios que o ajudarão a viver em retidão a despeito das iniquidades que vier a encontrar.

Quando e onde ele foi escrito?


Paulo escreveu a epístola de 1 Coríntios próximo do fim de sua visita de três anos a Éfeso
(durante sua terceira missão), que provavelmente acabou por volta de 55 ou 56 d.C. (Ver
Atos 19:10; 20:31)
Para quem, e porque essa espístola foi escrita?
Essa epístola foi escrita para os membros da Igreja na cidade de Corinto. Paulo havia
pregado o evangelho em Corinto por quase dois anos (ver Atos 18:1–18), onde organizou
um ramo da Igreja. Posteriormente, ao pregar em Éfeso durante sua terceira viagem
missionária, Paulo recebeu notícias dos membros da Igreja em Corinto. Em resposta, ele
enviou uma carta para aquele ramo (ver 1 Coríntios 5:9) que, infelizmente, se perdeu e,
portanto, não se encontra nas escrituras. Mais tarde, Paulo recebeu mais notícias sobre os
membros da Igreja em Corinto, abordando os problemas daquele ramo (ver 1 Coríntios
1:11), que foi respondida com a epístola conhecida como 1 Coríntios. Portanto, 1 Coríntios
é, na verdade, a segunda carta de Paulo aos membros de Corinto.

Na época de Paulo, Corinto era a capital da província romana de Acaia, que ocupava a
maior parte da Grécia antiga, ao sul da Macedônia. Por ser um rico centro de negócios,
Corinto atraía pessoas de todo o Império Romano, sendo assim uma das cidades mais
diversificadas da região. A adoração de ídolos predominava na cultura coríntia, e haviam
muitos templos e santuários por toda a cidade. Na época do ministério de Paulo, os
coríntios tinham a reputação de serem muito imorais. Por exemplo, a prostituição ritualística
era praticada no templo de Afrodite.

Nessa epístola, Paulo deixa claro que faltava união aos membros da Igreja naquela cidade
e que algumas crenças e práticas pagãs começavam a influenciar a maneira como
observavam os princípios e as ordenanças do evangelho (ver 1 Coríntios 1:11; 6:1–8;
10:20–22; 11:18–22). Ele escreveu para ajudar os membros da Igreja em Corinto com suas
dúvidas e seus problemas, assim como para fortalecer os conversos que tinham
dificuldades em abandonar suas crenças e práticas antigas.

Quais são algumas características da epístola?


Conforme registrado no Novo Testamento, o Ramo de Corinto recebeu mais conselhos e
ensinamentos de Paulo do que quaisquer outros ramos da Igreja. De fato, as duas epístolas
de Paulo aos coríntios comprazem um quarto de todos os escritos de Paulo.

Como registrado em 1 Coríntios, Paulo explicou que Jesus Cristo havia cumprido a lei de
Moisés. Ele também enfatizou a importância da “observância dos mandamentos de Deus”
(1 Coríntios 7:19) “debaixo da lei de Cristo” (1 Coríntios 9:21) a fim de se receber a bênção
da salvação por meio do evangelho.

2 CORÍNTIOS
A Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios se destaca por seus temas de consolo nos
momentos de aflição, força em meio a fraqueza (como exemplificado pelo próprio Apóstolo
Paulo) e o discernimento entre os verdadeiros mestres e os falsos. O exemplo e os
ensinamentos de Paulo registrados em 2 Coríntios podem inspirar os alunos a
permanecerem fiéis aos convênios eternos que fizeram com Deus, o Pai Eterno, não
importa as circunstâncias ou as consequências.

Quem escreveu essa epístola?


Paulo escreveu a Segunda Epístola aos Coríntios (ver 2 Coríntios 1:1).

Quando e onde ele foi escrito?


Logo depois que Paulo escreveu 1 Coríntios, uma revolta eclodiu em Éfeso em oposição a
seus ensinamentos (ver Atos 19:23–41), e ele partiu para a Macedônia (ver Atos 20:1; 2
Coríntios 2:13; 7:5). Parece que, enquanto ele estava na Macedônia, escreveu 2 Coríntios,
provavelmente por volta de 55–57 d.C.

Para quem e porque foi escrita essa epístola?


O livro de 2 Coríntios foi escrito para os membros da Igreja em Corinto. Enquanto Paulo
estava na Macedônia durante sua terceira viagem missionária, Tito trouxe-lhe notícias de
Corinto dizendo-lhe que uma carta anterior que ele tinha enviado foi bem recebida pelos
santos lá (ver 2 Coríntios 7:6–13). O Ramo de Corinto estava fazendo progressos, mas
Paulo também ficou sabendo de falsos mestres lá que começaram a corromper as doutrinas
puras de Cristo. Algum tempo depois da visita inicial de Paulo a Corinto e de uma provável
segunda visita (2 Coríntios 1:15–16), quando Paulo parece ter repreendido alguns dos
santos (ver 2 Coríntios 2:1; 12:21), pregadores da região de Jerusalém entraram em Corinto
e começaram a ensinar aos santos que eles precisavam adotar as práticas judaicas, ao
contrário dos ensinamentos de Paulo. Boa parte de 2 Coríntios aborda os problemas
causados por esses falsos mestres.

A carta de Paulo é dirigida tanto àqueles que desejavam mais de suas palavras (ver 2
Coríntios 1–9) como aos que estavam relutantes em aceitar seus ensinamentos (ver 2
Coríntios 10–13). Em geral, o texto de 2 Coríntios revela diversos propósitos dessa carta:

Expressar gratidão e fortalecer os santos que tinham agido favoravelmente à sua carta
anterior

Alertá-los de falsos mestres que corromperam as doutrinas puras de Cristo

Defender seu caráter pessoal e sua autoridade como apóstolo de Jesus Cristo (ver 2
Coríntios 10–13)

Incentivar os santos de Corinto a fazerem uma oferta financeira generosa para os santos
carentes de Jerusalém (ver 2 Coríntios 8–9)

Quais são algumas características marcantes dessa epístola?


Enquanto muitas das cartas de Paulo se concentravam na doutrina, grande parte dessa
carta enfatiza o relacionamento de Paulo com os santos de Corinto e seu amor e sua
preocupação por eles. Embora Paulo fosse firme em sua oposição aos críticos, ao longo de
2 Coríntios podemos vê-lo como um líder do sacerdócio sensível cuidando da felicidade e
do bem-estar dos santos. Paulo também compartilhou alguns detalhes autobiográficos de
sua vida e escreveu a respeito de seu “espinho na carne” (2 Coríntios 12:7).

Em uma experiência sagrada, registrada em 2 Coríntios 12:2–4, Paulo se descreveu como


“um homem em Cristo” que foi “arrebatado até o terceiro céu”, onde viu e ouviu coisas
indescritíveis. Essa visão, com sua declaração doutrinária anterior sobre as diferenças em
glória do corpo ressuscitado (ver 1 Coríntios 15:35–44), pode ser vista como um paralelo
bíblico à visão registrada em Doutrina e Convênios 76.

RESUMO:
2 Coríntios 1–5 Paulo testifica que Deus consola Seus filhos em todas as suas tribulações.
Ele desafia os santos a amarem e perdoarem uns aos outros. O evangelho e as obras do
Espírito do Senhor são mais gloriosos do que a letra da lei de Moisés. Paulo incentiva seus
leitores em seus momentos de adversidade e lembra-os da natureza eterna do amor e da
glória de Deus. Ele ajuda os leitores a entenderem a necessidade de reconciliarem-se com
Deus por meio da Expiação de Jesus Cristo.

2 Coríntios 6–13 Enquanto enfrenta as críticas e a oposição dos falsos mestres, Paulo
defende sua sinceridade como servo do Senhor e convida seus leitores a se apartarem do
mundo. Ele ensina sobre a “tristeza segundo Deus” (ver 2 Coríntios 7:10). Paulo agradece
aos santos de Corinto por suas contribuições aos pobres de Jerusalém e incentiva-os a
continuarem a doar generosamente. Ele fala fortemente contra os “falsos apóstolos” (2
Coríntios 11:13). Paulo gloria-se no Senhor e compartilha detalhes autobiográficos de suas
tribulações e de sua fé em Jesus Cristo. Ele escreve sobre sua visão do terceiro céu. Paulo
convida os santos a examinarem a si mesmos e provarem sua fidelidade

GÁLATAS
(Nome dado aos Celtas pelos Gregos antigos, embora designe mais especificamente
a povo que habitava a Galácia, na atual Turquia)

Gálatas foi escrita a um grupo de judeus cristãos que estavam voltando a confiar nos rituais
da lei de Moisés e que, assim, começaram a afastar-se do Senhor. O Apóstolo Paulo tentou
corrigir esse problema salientando a diferença entre o pesado “jugo” da lei de Moisés, que
levava à servidão espiritual, e o evangelho de Jesus Cristo, que leva à liberdade espiritual.
O estudo dessa epístola pode ajudar os alunos a dar mais valor à liberdade que o
evangelho de Jesus Cristo nos proporciona.

Quem escreveu essa epístola?


A Epístola aos Gálatas foi escrita pelo Apóstolo Paulo (ver Gálatas 1:1).

Quando e onde foi escrito?


É provável que Paulo tenha escrito essa epístola enquanto percorria a Macedônia em sua
terceira viagem missionária, aproximadamente entre os anos 55 e 57 a.C. (ver Guia para
Estudo das Escrituras, “Epístolas Paulinas”).

Para quem e por que essa epístola foi escrita?


“Não se têm absoluta certeza de a quais igrejas essa epístola era dirigida. Deviam ser ou às
igrejas do norte da Galácia, que ficavam no distrito que tinha Ancira como capital, ou às do
distrito que ficavam nas fronteiras da Frígia com a Galácia, o qual Paulo visitara em sua
primeira viagem missionária. Seja como for, Paulo certamente visitou as igrejas da Galácia
em sua segunda e terceira viagens missionárias (Atos 16:6; Atos 18:23)
Paulo escreveu aos santos da Galácia por estar extremamente preocupado, pois eles
estavam-se afastando do Senhor e seguindo os ensinamentos de pessoas que queriam
“distorcer o evangelho” (ver Gálatas 1:6–7). Os cristãos judeus estavam ensinando aos
cristãos gentios a falsa doutrina de que precisavam ser circuncidados e realizar os rituais
prescritos pela lei de Moisés para serem salvos (ver Gálatas 6:12; ver também Atos 15:1).
Alguns santos gálatas adotaram os ensinamentos dessas pessoas (ver Gálatas 4:10).

Estes são os principais objetivos pelos quais Paulo escreveu essa epístola:

Defender-se das acusações feitas pelos falsos mestres que se opuseram a ele.

Ensinar que todos, sejam judeus ou gentios, são salvos por meio da Expiação de Jesus
Cristo, se tiverem fé Nele, e não por confiarem nos rituais da lei de Moisés.

Esclarecer qual o papel da lei de Moisés no plano de Deus.

Explicar a diferença entre o antigo convênio que Deus fez por meio de Moisés e o novo
convênio feito por meio de Cristo.

Exortar os santos a viver pelo Espírito.

Quais são algumas características marcantes desse livro?


O livro de Gálatas se destaca por ser uma das epístolas mais eloquentes de Paulo, na qual
ele repreendeu com firmeza tanto os membros da Igreja que se desviaram como os falsos
mestres que os levaram a isso. Gálatas contém uma das primeiras explicações escritas da
doutrina da justificação, segundo a qual não somos justificados pelos rituais da lei de
Moisés, mas, sim, pela fé em Jesus Cristo. Essa epístola aponta as diferenças entre as
“obras da carne” e “o fruto do Espírito” (Gálatas 5:16–25).

EFÉSIOS
(Éfeso em grego clássico, joem latim: Ephesus; em turco: Efes) foi uma cidade grega
antiga na costa de Jônia, três quilômetros a sudoeste de Selçuk, província de
Esmirna, Turquia)

“Efésios é uma epístola para o mundo inteiro, para judeus e gentios, para marido e mulher,
para pais e filhos, para servos e senhores. É a declaração da palavra e vontade de Deus
nos dias de Paulo e é a voz da inspiração em nossos dias; é uma epístola de apelo e
aplicação universal.

Essa epístola é um dos melhores textos de Paulo e aborda questões fundamentais, aborda
o evangelho de Deus em toda a sua glória salvadora”

O estudo da Epístola aos Efésios pode inspirar os alunos a abandonar as coisas deste
mundo, a desenvolver-se espiritualmente e a aprender a participar mais plenamente da
união fraternal da Igreja.
Quem escreveu essa epístola?
A Epístola aos Efésios foi escrita pelo Apóstolo Paulo (ver Efésios 1:1).

Quando e onde foi escrita?


Paulo declarou que estava preso na época em que escreveu a Epístola aos Efésios (ver
Efésios 3:1; 4:1; 6:20). É possível que essa epístola tenha sido escrita quando Paulo esteve
preso pela primeira vez em Roma, aproximadamente entre os anos 60 e 62 a.C- Nessa
época, Paulo estava em prisão domiciliar, mas tinha liberdade de receber visitas e de
ensinar o evangelho (ver Atos 28:16–31).

Para quem, e porque essa epístola foi escrita?


Em diversas traduções da Bíblia (inclusive na de João Ferreira de Almeida), no texto de
Efésios 1:1 lê-se que essa epístola se dirige aos “santos que estão em Éfeso”. Contudo, os
manuscritos mais antigos de Efésios não contêm as palavras “que estão em Éfeso”, o que
indica a possibilidade de que Paulo não tenha escrito essa epístola especificamente aos
efésios, mas, sim, a diversas congregações de santos que incluiriam os efésios. Éfeso
serviu de sede para o trabalho de Paulo durante sua terceira viagem missionária (ver Atos
19:9–10; 20:31) e ele tinha grande afeição por aquele povo (ver Atos 20:17, 34–38).

Nessa epístola, Paulo dirigiu-se aos membros gentios da Igreja (ver Efésios 2:11) que talvez
fossem recém-conversos (ver Efésios 1:15). O objetivo da carta era promover a
espiritualidade e o testemunho dos que já eram membros da Igreja. Os principais objetivos
de Paulo eram ajudar esses conversos a obter mais conhecimento espiritual de Deus e da
Igreja (ver Efésios 1:15–18; 3:14–19); promover a união, particularmente entre os membros
gentios e judeus (ver Efésios 2:11–22; 4:1–16; 5:19–6:9) e incentivar os santos a resistirem
às forças do mal (ver Efésios 4:17–5:18; 6:10–18). Muitos santos em Éfeso viviam em tal
retidão que foram selados para a vida eterna

Quais são algumas características marcantes dessa epístola?


Efésios contém muitos ensinamentos e conceitos que soam familiares aos santos dos
últimos dias. Estes são alguns deles: a preordenação, a dispensação da plenitude dos
tempos, o Santo Espírito da promessa, a importância dos profetas e apóstolos, a ideia de
uma única Igreja verdadeira e os diversos ofícios, chamados e funções dentro da
organização da Igreja. Essa epístola também contém alguns dos ensinamentos mais
sublimes encontrados nas escrituras com relação à família

Espístola aos Filipenses-


Nessa epístola, Paulo incentivou os santos de Filipos e exortou-os a permanecer firmes e
unidos e a trabalhar juntos na defesa da fé. É possível que um dos princípios mais
importantes ensinados por Paulo aos filipenses seja o de que orar a Deus e confiar Nele
traz a “paz de Deus, que excede todo o entendimento” (Filipenses 4:7). O estudo das
mensagens de incentivo contidas nessa epístola de Paulo pode ajudar os alunos a
perseverar e ser fiéis até o fim. Na luta para seguir a Cristo, eles também poderão tornar-se
confiantes e, como Paulo, declarar: “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece”
(Filipenses 4:13).

Quem escreveu essa epístola?


Apesar de Timóteo também ser mencionado na saudação do início da epístola (ver
Filipenses 1:1), foi Paulo quem escreveu a Epístola aos Filipenses. Isso é comprovado pelo
emprego do pronome eu e formas verbais correspondentes ao longo de todo o texto e pela
referência feita a Timóteo em Filipenses 2:19. Talvez Timóteo tenha servido de escrevente,
anotando o texto da carta enquanto Paulo ditava.

Quando e onde foi escrita?


É provável que Paulo tenha escrito Filipenses em algum momento entre os anos 60 e 62
d.C., quando estava preso em Roma (ver Filipenses 1:7, 13, 17; ver também Atos 28:16–31)

Para quem e porquê essa epístola foi escrita?


Filipos foi o primeiro lugar da Europa onde Paulo pregou o evangelho formalmente e fundou
um ramo da Igreja (ver Atos 16:11–40) Um dos principais motivos pelos quais Paulo
escreveu essa epístola foi expressar gratidão pelo afeto que os santos de Filipos lhe
demonstraram e pelo auxílio financeiro que lhe prestaram durante sua segunda viagem
missionária e seu encarceramento em Roma (ver Filipenses 1:3–11; 4:10–19)

Além disso, Paulo louvou os membros de Filipos por sua fé em Jesus Cristo e deu-lhes
conselhos pautados em informações a seu respeito recebidas de um membro filipense
chamado Epafrodito (ver Filipenses 4:18). Em seus conselhos, Paulo os incentivava a ser
humildes e unidos (ver Filipenses 2:1–18; 4:2–3). Paulo também alertou os filipenses quanto
aos cristãos corruptos, como os que ensinavam que a circuncisão era necessária para a
conversão. Essas pessoas falsamente argumentavam que os novos conversos precisavam
submeter-se à antiga lei da circuncisão, do Velho Testamento, antes de se tornarem cristãos
(ver Filipenses 3:2–3). (Obs.: O adjetivo “judaizante” é comumente empregado com relação
a quem advogava essas ideias.)

Quais são algumas características marcantes dessa epístola?


A Epístola aos Filipenses muitas vezes é chamada de “epístola da prisão”, o que também
acontece com Efésios, Colossenses e Filemom. A despeito de ter sido escrita da prisão, a
epístola de Paulo aos filipenses é vista pelos estudiosos como um de seus textos mais
alegres. Paulo expressa gratidão, amor e confiança nos membros da Igreja; fala dos
sacrifícios que fez para seguir Jesus Cristo e ensina aos santos filipenses os princípios da
vida reta.

Paulo descreve poeticamente a condescendência do Salvador que passou de Seu estado


divino pré-mortal à vida mortal, na qual sofre “morte de cruz” (ver Filipenses 2:3–8). Tendo
cumprido sua missão divina, Jesus Cristo é agora um ser exaltado e, um dia, voltará. Nesse
dia todo joelho haverá de dobrar-se e toda língua de confessar que Jesus Cristo é o Senhor
(ver Filipenses 2:10–11). Paulo revela que sua fonte de força e confiança interior é Jesus
Cristo (ver Filipenses 4:13).

FILIPENSES
(em grego: Philippoi- foi uma cidade importante do Império Romano, considerada
uma porta de entrada da Europa em relação aos visitantes provenientes da Ásia. Era
Localizada no leste da antiga província da Macedônia, a 13 km do mar Egeu, no topo
de uma colina)
Em sua epístola aos filipenses, o Apóstolo Paulo incentivou os santos em Filipos e os
exortou a permanecerem firmes na fé em união e a trabalharem juntos para defender a fé.
Talvez, um dos princípios mais importantes que Paulo ensinou aos filipenses é que orar a
Deus e confiar Nele traz “a paz de Deus, que excede todo o entendimento” (Filipenses 4:7).
Estudar as mensagens de incentivo de Paulo nessa epístola pode ajudá-lo em seu
empenho de perseverar fielmente até o fim. Ao se empenhar em seguir a Cristo, você
também pode ganhar confiança e, assim como Paulo, declarar: “Posso todas as coisas em
Cristo que me fortalece” (Filipenses 4:13).

Quem escreveu essa epístola?


Embora Timóteo seja mencionado com Paulo na saudação da epístola (ver Filipenses 1:1),
Paulo escreveu a epístola aos filipenses. Isso é confirmado pelo uso do pronome singular
eu ao longo de toda a carta e pela referência a Timóteo em Filipenses 2:19. Timóteo pode
ter agido como escrevente, escrevendo a carta sob a orientação de Paulo.

Quando e onde foi escrita?


Paulo provavelmente escreveu Filipenses em algum momento entre 60 e 62 d.C., enquanto
estava preso em Roma.

Para quem e porque essa epístola foi escrita?


Filipos foi o primeiro lugar na Europa onde Paulo pregou o evangelho formalmente e
estabeleceu um ramo da Igreja (ver Atos 16:11–40)
Um dos propósitos de Paulo em escrever essa carta era expressar gratidão pelo carinho e
apoio financeiro que os santos em Filipos tinham estendido a ele durante sua segunda
viagem missionária e sua prisão em Roma (ver Filipenses 1:3–11; 4:10–19)

Paulo também elogiou os membros em Filipos por sua fé em Jesus Cristo e deu-lhes
conselhos com base em informações sobre eles, que havia recebido de um discípulo
filipense chamado Epafrodito (ver Filipenses 4:18). O conselho de Paulo incluiu um
incentivo a serem humildes e unidos (ver Filipenses 2:1–18; 4:2–3). Paulo também advertiu
os filipenses a tomarem cuidado com cristãos corruptos, como aqueles que ensinavam que
a circuncisão era necessária para a conversão. Essas pessoas (geralmente chamadas de
judaizantes) declaravam falsamente que os novos conversos precisavam se submeter à
antiga lei da circuncisão, do Velho Testamento, antes de se tornarem cristãos (ver
Filipenses 3:2–3).

Quais as caraqueterísticas marcantes dessa epístola?


Filipenses é frequentemente chamado de epístola da prisão, assim como Efésios,
Colossenses e Filemom. Apesar de ter sido escrita na prisão, a carta de Paulo aos
filipenses foi descrita por estudiosos como o mais alegre de seus escritos. Paulo expressou
gratidão, amor e confiança aos membros da Igreja; descreveu os sacrifícios que ele fez para
seguir Jesus Cristo e instruiu os santos de Filipos nos princípios de um viver digno. Os
alunos podem reconhecer em Filipenses 4:8 a linguagem usada na décima terceira regra de
fé, que foi escrita pelo Profeta Joseph Smith.

Paulo retratou poeticamente a condescendência do Salvador da divindade pré-mortal para a


vida mortal, onde sofreu a “morte de cruz” (ver Filipenses 2:3–8). Após cumprir Sua missão
divina, Jesus Cristo agora está exaltado e dia virá em que “se [dobrará] todo joelho” perante
Ele e “toda língua [confessará] que Jesus Cristo é o Senhor” (Filipenses 2:10–11). Paulo
revelou que sua fonte interior de confiança e força vinha de Jesus Cristo (ver Filipenses
4:13).

Resumo
Filipenses 1. Paulo expressa gratidão pelo companheirismo dos santos de Filipos. Ele
ensina que a oposição que sentiu ao servir ao Senhor, inclusive ao ser preso, havia
promovido a causa do evangelho. Ele incentiva os membros da Igreja a permanecerem
firmes em união ao defenderem a fé.

Filipenses 2. Paulo também incentiva os membros da Igreja a serem unidos e salienta o


exemplo de Jesus Cristo, que aceitou vir à mortalidade, como exemplo de amor, obediência
e humildade. Um dia, todos reconhecerão Jesus Cristo como Senhor. Paulo orienta os
membros da Igreja a trabalharem por sua própria salvação.

Filipenses 3. Paulo adverte sobre os judaizantes. Ele descreve seu passado como fariseu e
como desistiu de tudo para seguir Jesus Cristo. Ele exorta os santos a seguirem seu
exemplo e continuarem firmes rumo à salvação. Paulo explica que Jesus Cristo
transformará nossos corpos físicos em corpos gloriosos como o Seu.

Filipenses 4. Paulo incentiva os santos a sempre se regozijarem no Senhor. Ele os exorta a


substituir a ansiedade por oração e ação de graças, prometendo que desfrutarão a paz de
Deus, que ultrapassa todo entendimento. Paulo admoesta os membros da Igreja a
pensarem em coisas honestas

COLOSSENSES

Paulo escreveu a Epístola aos Colossenses por ter recebido a notícia de que eles
estavam incorrendo em graves erros.
Os santos de Colossos estavam sendo influenciados por ensinamentos enganosos e
práticas errôneas que ameaçavam sua fé. Os membros da Igreja de nossa época
enfrentam dificuldades semelhantes. Parte da importância dessa epístola reside em
como ela expõe o que é falso e, ao mesmo tempo, salienta a divindade de Jesus
Cristo e Sua obra de redenção. Com o estudo do livro de Colossenses, os alunos
podem converter-se mais profundamente ao Salvador e proteger-se para não serem
enganados e não cederem ao pecado.

Quem escreveu esse livro?


A Epístola aos Colossenses foi enviada por Paulo e Timóteo (ver Colossenses 1:1, 23;
4:18). Parece que Paulo escreveu sua saudação de próprio punho no final da epístola
(ver Colossenses 4:18), o que nos faz crer que, para ajudá-lo, alguém, talvez Timóteo,
serviu-lhe de escrevente na maior parte do texto.

Quando e onde foi escrito?


Paulo escreveu essa epístola quando esteve preso pela primeira vez em Roma,
aproximadamente entre os anos 60 e 62 d.C
Paulo provavelmente escreveu a Epístola aos Colossenses aproximadamente na
mesma época em que escreveu as epístolas aos filipenses, efésios e a Filemom.

Para quem e por que essa epístola foi escrita?


Essa epístola foi escrita aos santos fiéis de Colossos, que fica no que atualmente é a
Turquia. Paulo pediu que os santos colossenses passassem essa carta também aos
membros da Igreja em Laodiceia, que era uma localidade próxima (ver Colossenses
4:16).

Paulo escreveu essa epístola “após [uma] visita de Epafras, o evangelista da Igreja
em Colossos (Colossenses 1:7–8). Epafras disse a Paulo que os colossenses
estavam cometendo grave erro, pois pensavam ser melhores que os outros por
observarem cuidadosamente certas ordenanças exteriores (Colossenses 2:16),
absterem-se de certos prazeres físicos e prestarem culto aos anjos (Colossenses
2:18). Tais costumes [levavam] os colossenses a crer que [estavam se santificando].
Julgavam também eles que entendiam os mistérios do universo melhor que os outros
membros da Igreja. Em sua carta, Paulo censurou-os, ensinando que a redenção é
obtida somente através de Cristo e que devemos ser sábios e servi-Lo” (Guia para
Estudo das Escrituras, “Colossenses, Epístola aos”, scriptures.LDS.org).

Quais são algumas características marcantes desse livro?


Na Epístola aos Colossenses, Paulo refutou as doutrinas errôneas que estavam
sendo ensinadas em Colossos salientando a divindade de Jesus Cristo, Sua missão
redentora e Sua preeminência (ou seja, de incontestável superioridade) (ver
Colossenses 1:15–23). Ensinou que Cristo é a imagem de Deus, o Pai, que é o
Criador, o Cabeça da Igreja, que foi o primeiro a ressuscitar dos mortos e que é o
Redentor. Ele é “a cabeça de todo principado e poder” (Colossenses 2:10) e cumpre
Sua missão divina sob a direção do Pai (ver Colossenses 1:19; 3:1).

Paulo fez um alerta quanto àqueles que ensinam que para tornar-se verdadeiramente
espiritual é preciso submeter-se a rituais, festivais e dietas especiais (ver
Colossenses 2:16–18, 20, 23). Ele ensinou que a maturidade espiritual e o
conhecimento divino não se manifestam por meio dessas coisas, mas, sim, quando
nos concentramos “nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra”
(Colossenses 3:2), eliminamos nossas iniquidades (ver Colossenses 3:5–9) e
desenvolvemos atributos cristãos (ver Colossenses 3:12–17). Paulo aconselhou seus
leitores a permanecerem “fundados e firmes” no evangelho (Colossenses 1:23),
“arraigados e edificados [em Jesus Cristo], e confirmados na fé” (Colossenses 2:7).

RESUMO
Colossenses 1:1–23 Paulo saúda os santos de Colossos e declara que Jesus Cristo é
o Redentor, o Primogênito de todas as criaturas, o Criador e o Senhor divino e
perfeito, de Quem emana a harmonia do Universo. Paulo exorta os santos a firmarem
a própria fé em Jesus Cristo.

Colossenses 1:24–2:23 Paulo alerta contra o perigo de acreditar nas filosofias erradas
e tradições dos homens, inclusive nas relativas à adoração de anjos e a submeter-se
aos rigores extremos como forma de disciplina espiritual.
Colossenses 3:1–4:18 Paulo exorta os santos a concentrarem-se nas coisas
celestiais, a abandonarem os pecados de sua antiga vida e a serem misericordiosos
uns com os outros. Ensina-os a forma correta de adorar e dá conselhos a mulheres
casadas, maridos, filhos, pais, servos e senhores (patrões). Ele encerra a epístola aos
Colossenses com elogios, saudações finais

1 TESSÁLONICENSES
( Salonica, também conhecida como Tessalónica em grego: Thessaloníki; "vitória sobre os
tessálios" é a segunda maior cidade da Grécia e a principal cidade da região grega da
Macedônia- Tessalonicenses era como era chamado o antigo povo dessa cidade)

Acredita-se que a Primeira Epístola de Tessalonicenses seja a primeira das epístolas


existentes de Paulo, e pode ser o livro mais velho no Novo Testamento. Os
ensinamentos de Paulo nessa epístola têm como principal foco a Segunda Vinda de
Jesus Cristo, incluindo as dificuldades que os seguidores de Jesus Cristo
enfrentarão antes de Seu retorno (ver 1 Tessalonicenses 3:3), a ressurreição dos
cristãos na Segunda Vinda (ver 1 Tessalonicenses 4:13–14) e a vinda de Cristo (ver 1
Tessalonicenses 5:1–2). Ao estudar esse livro, você aprenderá sobre a Segunda Vinda
e receberá incentivo para permanecer fiel ao Senhor.

Quem Escreveu Esse Livro?


Paulo escreveu 1 Tessalonicenses (ver 1 Tessalonicenses 1:1; ver também 1
Tessalonicenses 2:18).

Quando e Onde Ele Foi Escrito?


“Paulo escreveu de Corinto as Epístolas aos Tessalonicenses, durante a sua segunda
viagem missionária”, cerca de 50–51 d.C.

Para Quem e Por Que Esse Livro Foi Escrito?


Paulo escreveu 1 Tessalonicenses para os membros da Igreja em Tessalônica.
Tessalônica era a cidade mais populosa e próspera na Grécia antiga, no reino da
Macedônia, por dois fatores importantes: a cidade foi construída no melhor porto
natural no Mar Egeu e estava localizada no principal caminho que ligava Roma à Ásia.

Durante a segunda viagem missionária de Paulo, o Espírito orientou Paulo e seus


companheiros — Silas, Timóteo e Lucas — a viajarem através do Mar Egeu em
direção à Macedônia (ver Atos 16:6–12). Esse foi o início da pregação do evangelho
na Europa. Depois de pregar em Filipos (ver Atos 16:12–40), Paulo e Silas viajaram
para Tessalônica.

Paulo trabalhou com Silas em Tessalônica, mas eles foram expulsos da cidade por
líderes judeus (ver Atos 17:1–9). Mais tarde, Timóteo relatou a Paulo que os santos de
Tessalônica tinham permanecido fiéis apesar da perseguição e que a influência da
retidão deles estava se espalhando (ver Atos 18:5; 1 Tessalonicenses 1:7–8; 3:6–8)
Os conversos de Tessalônica foram os primeiros europeus a aceitar o evangelho e,
por isso, sofreram perseguição. Eles também tinham muitas dúvidas sobre a
Segunda Vinda. Por isso, em sua carta aos tessalonicenses, Paulo escreveu palavras
de incentivo e força, e respondeu suas perguntas sobre a Segunda Vinda de Jesus
Cristo.

Quais São Algumas Características Marcantes Desse Livro?


Um dos principais temas de Paulo em sua Primeira Epístola aos Tessalonicenses é a
Segunda Vinda. Ele se concentrou na participação dos justos nos acontecimentos da
Segunda Vinda, principalmente dos santos que já haviam morrido (ver 1
Tessalonicenses 2:19; 3:13; 4:13–17; 5:1–10). Ao contrário das outras epístolas de
Paulo, não há repreensão em 1 Tessalonicenses, apenas elogios e admiração aos
santos de Tessalônica.

RESUMO
1 Tessalonicenses 1–3. Paulo expressa grande apreciação aos santos de Tessalônica.
Ele relembra os leitores de seu afetuoso ministério entre eles e expressa alegria por
sua fidelidade. Incentiva os santos a crescerem em amor uns para com os outros e
para com todas as pessoas.

1 Tessalonicenses 4–5. Paulo diz aos santos que se santifiquem. Ele explica que,
quando o Senhor voltar, os santos que tiverem sido fiéis no testemunho de Cristo,
tanto os vivos quanto os mortos, se levantarão para encontrar o Senhor. O apóstolo
relembra os membros da Igreja que devem se preparar e ficar atentos ao dia em que
Cristo voltará.

2 TESSÁLONICENSES

Em sua Segunda Epístola aos Tessalonicenses, Paulo corrigiu ideias errôneas que parte
dos membros da Igreja tinha quanto a certos aspectos da Segunda Vinda de Jesus Cristo e
deu conselhos a esses membros. O estudo desses ensinamentos pode ajudar os alunos a
entender o que é a apostasia e como podem preparar-se para a volta do Senhor.

Quem escreveu essa Espístola?


2 Tessalonicenses foi escrito por Paulo (ver 2 Tessalonicenses 1:1; ver também 2
Tessalonicenses 2:5 e 3:17). Além disso, o início dessa epístola traz as saudações de Silas
e Timóteo (2 Tessalonicenses 1:1).

Quando e onde foi escrita


“Paulo escreveu de Corinto as Epístolas aos Tessalonicenses, durante a sua segunda
viagem missionária”, por volta dos anos 50 a 51 d.C.

Para quem e por que essa epístola foi escrita?


Paulo escreveu 2Tessalonicenses para os membros da Igreja que moravam em
Tessalônica. 1 Tessalonicenses e 2 Tessalonicenses abordam temas semelhantes, o que dá
a impressão de que Paulo escreveu a segunda epístola para esclarecer e dar
prosseguimento à primeira. Parece que os tessalonicenses haviam recebido uma carta
fraudulenta, escrita em nome de Paulo, que levara parte deles a crer que a Segunda Vinda
já ocorrera (ver 2 Tessalonicenses 2:2).

“No breve período entre as duas epístolas, a Igreja enfrentara perseguições (2


Tessalonicenses 1:4) e a ideia da volta imediata do Senhor causara uma agitação prejudicial
(2:2) Paulo escreveu 2 Tessalonicenses com o objetivo de fortalecer a fé desses membros e
corrigir mal-entendidos quanto à doutrina.

Quaus as caraqueterísticas marcantes desse Livro?


A Segunda Epístola aos Tessalonicenses fornece importantes pormenores quanto à
Segunda Vinda de Jesus Cristo. Entre eles, a ideia de que o Senhor voltará com uma
“labareda de fogo” e que o castigo dos iníquos será a destruição “ante a face do Senhor” (2
Tessalonicenses 1:8–9).

Essa epístola também contém a profecia de Paulo quanto à Grande Apostasia, na qual ele
predisse que a Igreja se afastaria do evangelho antes da Segunda Vinda do Senhor (ver 2
Tessalonicenses 2:2–12). A profecia de Paulo quanto à Apostasia lembra aos membros da
Igreja de nossa época o motivo por que era preciso que o evangelho fosse restaurado nos
últimos dias.

Resumo
2 Tessalonicenses 1 Paulo saúda e louva os santos de Tessalônica. Ensina que os iníquos
enfrentarão a vingança do Senhor na Segunda Vinda.

2 Tessalonicenses 2 Paulo corrige a ideia errônea de que a Segunda Vinda já ocorrera e


profetiza que haveria uma apostasia antes que o Senhor voltasse. Ele incentiva os santos
tessalonicenses a permanecerem fiéis.

2 Tessalonicenses 3 Paulo aconselha os membros da Igreja a trabalhar para


sustentarem-se e a não se cansarem de fazer o bem

1 TIMÓTEO
(E NOME GREGO: TIMOTHIOUS; aquele que honra a DEUS)

Em 1 Timóteo, lemos que o Apóstolo Paulo aconselhou Timóteo, um líder da Igreja em


Éfeso, a assegurar que a sã doutrina fosse ensinada, e a não permitir que falsidades
populares distraíssem as pessoas dos ensinamentos do evangelho. Ele ensinou Timóteo
sobre os ofícios de bispo e diácono, e debateu as qualificações daqueles que serviam
nessas posições. Paulo também expressou sua profunda gratidão pela misericórdia de
Jesus Cristo quando foi convertido. Estudar 1 Timóteo vai ajudá-lo a aumentar sua
conscientização sobre a importância de ensinar a sã doutrina na Igreja. Você também vai
poder aprofundar sua apreciação pela misericórdia do Salvador e pela importância do papel
dos bispos e de outros líderes da Igreja.

Quem escreveu essa carta?


Paulo escreveu 1 Timóteo (ver 1 Timóteo 1:1).

Quando e onde foi escrita?


A Primeira Epístola de Paulo a Timóteo foi escrita provavelmente entre 64 e 65 d.C., talvez
enquanto ele estava na Macedônia (ver 1 Timóteo 1:3). Antes de escrever essa epístola,
Paulo foi libertado após dois anos preso (em prisão domiciliar) em Roma e provavelmente
estava viajando muito, visitando regiões onde havia estabelecido ramos da Igreja
anteriormente

Para quem e porque essa epístola foi escrita?


Essa é uma carta pessoal, uma carta Pastoral ao seu filho na Fé, Timóteo.
Paulo escreveu essa epístola a Timóteo, que havia servido com ele durante sua segunda
viagem missionária (ver Atos 16:1–3). Após a missão, Timóteo continuou a ser um
missionário e líder fiel da Igreja (ver Atos 19:22; Filipenses 2:19) e uma das pessoas
associadas a Paulo em quem ele mais confiava (ver 1 Coríntios 4:17). Paulo referiu-se a
Timóteo como seu “verdadeiro filho na fé” (1 Timóteo 1:2). O pai de Timóteo era um gentio
grego, mas sua mãe e sua avó eram mulheres judias justas que o ensinaram e o ajudaram
a aprender as escrituras (ver Atos 16:1; 2 Timóteo 1:5; 3:15).

Na época em que essa epístola foi escrita, Timóteo servia como líder da Igreja em Éfeso
(ver 1 Timóteo 1:3). Paulo deu a entender que alguns membros duvidavam das habilidades
de liderança de Timóteo por ele ainda ser jovem (ver 1 Timóteo 4:12). Paulo pretendia
visitar Timóteo pessoalmente, mas não tinha certeza se conseguiria (ver 1 Timóteo 3:14;
4:13). Paulo escreveu a epístola a Timóteo para ajudar o jovem líder da Igreja a entender
melhor suas funções.

Quais as caraqueterísticas marcantes dessa epístola?


As cartas de Paulo conhecidas como 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito geralmente são chamadas
de epístolas pastorais, porque contêm os conselhos de Paulo aos pastores, ou líderes na
Igreja. A palavra Pastor vem do latim, “pastor”, o que guia ovelhas, ou amigo das ovelhas.

Paulo deu diretrizes para ajudar Timóteo a identificar candidatos dignos de servir como
bispos ou diáconos (ver 1 Timóteo 3). Essas diretrizes ajudaram a destacar a
responsabilidade dos líderes da Igreja de proverem as necessidades temporais e espirituais
dos membros (ver 1 Timóteo 5). Paulo também falou sobre a falsa ideia muito comum da
ascese — a crença de que uma espiritualidade mais elevada poderia ser alcançada por
meio de estrita abnegação. Por exemplo, ele advertiu que alguns membros da Igreja
poderiam apostatar e promover a crença de que o casamento era proibido (ver 1 Timóteo
4:1–3). Para evitar essa e outras influências prejudiciais e apóstatas, Paulo deu instruções a
Timóteo para ensinar a doutrina sã (ver 1 Timóteo 1:3–4, 10; 4:1–6, 13, 16)

Resumo
1 Timóteo 1. Paulo previne contra os falsos ensinamentos. Ele se regozija no Senhor Jesus
Cristo, que concedeu grande misericórdia para salvá-lo. Paulo refere-se a si mesmo como o
“principal” (1 Timóteo 1:15), ou o pior dos pecadores, fazendo alusão a sua perseguição aos
cristãos antes de sua conversão. Paulo reafirma às outras pessoas que a misericórdia de
Cristo também os ajudará.
1 Timóteo 2–3. Paulo ensina sobre a necessidade da oração e da adoração apropriada. Ele
ensina que Jesus Cristo é o nosso resgate e nosso Mediador com o Pai. Ele instrui os
homens e as mulheres a como se portar durante a adoração. Ele delineia as qualificações
para os bispos e diáconos. Ele explica que o mistério da divindade é a condescendência de
Jesus Cristo, Sua vida perfeita na Terra e Sua Ascensão e glória.

1 Timóteo 4. Paulo adverte Timóteo de que algumas pessoas serão enganadas pelos falsos
ensinamentos relacionados ao casamento e a práticas alimentares. Ele fala sobre a
importância do casamento e de receber as criações de Deus com gratidão. Paulo ensina
Timóteo a como lidar com os falsos ensinamentos de sua época e aqueles que logo viriam.

1 Timóteo 5–6. Paulo dá diretrizes a Timóteo para ajudá-lo a ministrar as necessidades dos
idosos, dos jovens, das viúvas, dos mais velhos e dos escravos. Ele descreve os falsos
mestres. Ele adverte que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (1 Timóteo 6:10) e
instrui Timóteo sobre como os santos podem obter a vida eterna.

2 TIMÓTEO
Segunda epístola

A Segunda Epístola a Timóteo salienta a força que emana de se ter um testemunho


verdadeiras (ver 2 Timóteo 4:2). Com o estudo desse livro, os alunos aprenderão princípios
e doutrinas capazes de ajudá-los a permanecer fiéis ao enfrentarem as tribulações dos
“tempos trabalhosos” dos últimos dias.

Quem escreveu essa carta


2 Timóteo foi escrito por Paulo? (ver 2 Timóteo 1:1).

Quando e onde foi escrita?


A Segunda Epístola de Paulo a Timóteo provavelmente foi escrita em algum momento entre
os anos 64 e 65 d.c Paulo escreveu essa epístola na segunda vez em que esteve preso,
pouco antes de seu martírio.

Durante o tempo em que foi prisioneiro, Paulo esteve acorrentado (ver 2 Timóteo 1:16; 2:9)
e provavelmente foi colocado em uma cela ou calabouço exposto aos elementos (ver 2
Timóteo 1:17) e era com dificuldade que seus amigos o encontravam (ver 2 Timóteo 1:17).
Parece que Lucas era a única pessoa que o visitava regularmente (ver 2 Timóteo 4:11) e
Paulo achava que sua vida estava chegando ao fim (ver 2 Timóteo 4:6–8).

Para quem e porque essa carta foi escrita?


Como na primeira carta, é uma carta Pastoral, uma carta pessoal.
Nessa epístola, Paulo incentivou Timóteo e deu-lhe forças para prosseguir depois que o
próprio Paulo morresse, o que aparentemente logo ocorreria. Paulo estava ciente do pouco
tempo que tinha e queria ver Timóteo, a quem figurativamente chamava de “meu amado
filho” (2 Timóteo 1:2).

No final dessa carta, Paulo pediu que Timóteo e Marcos o visitassem e levassem algumas
coisas que ele tinha deixado quando partira (ver 2 Timóteo 4:9–13). Apesar dessa epístola
de Paulo dirigir-se especificamente a Timóteo, os conselhos nela contidos aplicam-se a
quem vive nos “últimos dias” (2 Timóteo 3:1), pois Paulo abordou os problemas que
ocorreriam em sua época e na nossa, bem como suas soluções.

Quais as caraqueterísticas marcantes dessa epístola?


Essa é uma das epístolas pastorais de Paulo, bem como 1 Timóteo e Tito, “contém as
últimas palavras de Paulo e revela a extraordinária coragem e confiança com que enfrentou
a morte” (ver Guia para Estudo das Escrituras, “Epístolas Paulinas”). Em ordem cronológica,
parece que 2 Timóteo é a última epístola escrita por Paulo no Novo Testamento (ver 2
Timóteo 4:6).

Ela contém algumas reflexões de Paulo quanto às bênçãos e dificuldades inerentes ao


serviço como “pregador, e apóstolo, e mestre dos gentios” (2 Timóteo 1:11). Paulo afirmou:
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora a coroa da justiça
me está guardada” (2 Timóteo 4:7–8). Isso nos mostra que ele tinha certeza de que
receberia a vida eterna. Considerando-se que já estava havia 30 anos no ministério do
evangelho de Jesus Cristo, Paulo estava em excelentes condições de ensinar Timóteo a ser
eficiente em fortalecer a fé do próximo (ver 2 Timóteo 2:15–17, 22–26; 4:1–2, 5).

Resumo
2 Timóteo 1 Paulo fala do dom e poder de Deus que é recebido pela ordenação ao
sacerdócio. Ele ensina que o “espírito de temor” (2 Timóteo 1:7) não vem de Deus e que
não devemos envergonhar-nos de nosso testemunho de Jesus Cristo. Paulo testifica que foi
chamado por Jesus Cristo para pregar o evangelho (ver 2 Timóteo 1:11).

2 Timóteo 2 Paulo emprega as metáforas do soldado, do atleta vitorioso e do lavrador


trabalhador para ilustrar a necessidade de enfrentar dificuldades para receber a glória
eterna. Ele contrasta os verdadeiros e os falsos mestres e os compara a vasos de honra e
de desonra. Adverte Timóteo a não entrar em controvérsias e a ensinar com paciência os
que precisam arrepender-se.

2 Timóteo 3–4 Paulo descreve a situação iníqua dos últimos dias e incentiva Timóteo a usar
as escrituras em suas responsabilidades de líder do sacerdócio. Menciona sua morte
iminente e declara: “guardei a fé” (2 Timóteo 4:7). Paulo testifica que o Senhor o guardaria
para o “reino celestial” (2 Timóteo 4:18).

TITO
(E de origem grega, Titus tem a transliteração do latim Tito ou Tito no Portugues)

A carta de Paulo a Tito, assim como suas cartas para Timóteo, contém inúmeros conselhos
do Apóstolo Paulo aos líderes da Igreja. Paulo escreveu que a “esperança da vida eterna”
foi inicialmente prometida por Deus na vida pré-mortal “antes dos tempos dos séculos” (Tito
1:2). Ele ensinou que os santos deveriam aguardar “a bem-aventurada esperança” de
exaltação e a Segunda Vinda (Tito 2:13). Paulo também escreveu a Tito sobre “a lavagem
da regeneração” e a “renovação do Espírito Santo” (Tito 3:5), fazendo alusão à ordenança
do batismo e ao efeito purificador de receber o dom do Espírito Santo, ambos preparatórios
para que sejam “feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna” (Tito 3:7). Ao estudar
o inspirado conselho de Paulo a Tito, você pode aumentar sua fé que as doutrinas e as
ordenanças do evangelho nos dão a esperança da vida eterna.

Quem escreveu essa Espístola?


O livro de Tito foi escrito por Paulo (ver Tito 1:1).

Quando e onde foi escrita?


É provável que Paulo tenha escrito a Tito entre as cartas 1 e 2 a Timóteo, por volta de
64–65 d.C. Paulo escreveu a epístola a Tito depois da primeira vez que foi preso em Roma.
Ele não indicou onde estava quando escreveu essa epístola

Para quem e porque essa epístola foi escrita?


Essa epístola foi escrita por Paulo a Tito, a quem Paulo se referiu como “verdadeiro filho,
segundo a fé comum” (Tito 1:4). Tito era grego (ver Gálatas 2:3) e foi convertido ao
evangelho pelo próprio Paulo. Após sua conversão, Tito serviu com Paulo para propagar o
evangelho e organizar a Igreja Ele ajudou a arrecadar doações para os pobres em
Jerusalém (ver 2 Coríntios 8:6, 16–23) e também acompanhou Paulo ao conselho de
Jerusalém (ver Gálatas 2:1). Paulo confiou a Tito a tarefa de levar sua primeira epístola aos
santos que viviam em Corinto (ver 2 Coríntios 7:5–15). Ele escreveu a Tito para fortalecê-lo
em sua missão de guiar e cuidar dos ramos da Igreja em Creta, apesar da oposição (ver
Tito 1:5, 10–11; 2:15; 3:10).

Quais as caraqueterísticas marcantes dessa epístola?


Essa carta é uma das epístolas pastorais (para um pastor, ou líder, na Igreja), assim como 1
e 2 Timóteo. A epístola a Tito nos dá a primeira evidência de que a Igreja foi estabelecida
na ilha grega de Creta, no Mar Mediterrâneo (ver Tito 1:5). Tito teve a responsabilidade de
chamar novos bispos na ilha. Paulo relacionou algumas qualificações espirituais para os
bispos (ver Tito 1:6–9). Além disso, ele deu conselhos específicos para homens, mulheres e
servos sobre o comportamento apropriado para os santos (ver Tito 2:2–10).

Resumo
Tito 1. Paulo instrui Tito a ordenar os líderes da Igreja e, depois, relaciona algumas
qualificações para os bispos. Ele instrui Tito a corrigir as heresias e a repreender os falsos
mestres que “confessam que conhecem a Deus, porém com as obras o negam” (Tito 1:16).

Tito 2. Paulo incentiva Tito a instruir os membros idosos da Igreja a darem o exemplo para
os santos mais jovens. Ele também pede a Tito que ensine os servos a se submeterem a
seu mestre. Paulo explica a maneira pela qual os discípulos devem viver para se
prepararem para a vinda do Senhor. Ele descreve a redenção que advém por meio de
Jesus Cristo.

Tito 3. Paulo ensina que os membros da Igreja devem ser bons cidadãos e fiéis seguidores
de Jesus Cristo. Por meio do batismo, podemos receber a vida eterna pela graça do
SENHOR
FILEMOM
(Significa aquele que ama, seu nome e de origem Grega)

A epístola a Filemom contém conselhos pessoais do Apóstolo Paulo relacionados à


situação de Onésimo, escravo de Filemom. Ao estudar essa epístola, você pode aprender
que, quando as pessoas se unem à Igreja de Jesus Cristo, elas se tornam irmãos e irmãs
no evangelho (ver Filemom 1:16). Você também vai sentir a importância da tarefa que os
discípulos de Jesus Cristo têm de levar misericórdia e perdão às pessoas (ver Filemom
1:16–17).

Quem escreveu essa Espístola?


Paulo escreveu a epístola a Filemom (ver Filemom 1:1).

Quando e onde foi escrita?


A epístola a Filemom foi preparada por Paulo quando esteve preso pela primeira vez, em
Roma, por volta de 60–62 d.C. (ver Filemom 1:1, 9)

Para quem e porque essa epístola foi escrita?


“A epístola a Filemom é uma carta particular acerca de Onésimo, um escravo que havia
roubado a seu senhor, Filemom, e fugido para Roma”. Filemom provavelmente era um
converso grego que residia em Colossos (ver Colossenses 4:9). Ele permitiu que uma
congregação da Igreja se reunisse em sua casa (ver Filemom 1:2, 5). Após sua fuga,
Onésimo se uniu à Igreja e se tornou um “irmão amado ….. no Senhor” (Filemom 1:16; ver
Filemom 1:10–12).

Paulo escreveu a Filemom incentivando-o a receber Onésimo de volta como irmão no


evangelho, sem as severas punições que normalmente seriam infligidas a escravos fugitivos
(ver Filemom 1:17). Paulo ofereceu-se até mesmo para compensar qualquer perda
financeira que Onésimo houvesse causado a Filemom (ver Filemom 1:18–19).

Quais são as caraqueterísticas marcantes dessa epístola?


Filemom é a epístola mais curta e talvez a mais pessoal de Paulo. É uma carta dirigida a
uma pessoa em particular e, como tal, não inclui muito conteúdo doutrinário. No entanto, a
súplica de Paulo para que Filemom se reconcilie com o escravo Onésimo demonstra como
as doutrinas do evangelho se aplicam à vida cotidiana — nesse caso, mostrando que nosso
relacionamento com Jesus Cristo torna nosso relacionamento com todos os outros
seguidores de Cristo familiar também e destaca a importância da misericórdia e do perdão.

Resumo
Filemom 1. Paulo elogia Filemom pelo amor que demonstrou aos santos. Ele explica que o
escravo fugitivo de Filemom, Onésimo, converteu-se ao evangelho. Paulo pede a Filemom
que receba Onésimo de volta como irmão no Senhor. Ele se oferece para compensar
Filemom por qualquer perda financeira que Onésimo tenha lhe causado.

SEÇÃO 7: ESPÍSTOLAS GERAIS


HEBREUS
(Origem do Hebraio; Ivim, significa aquelr que vem do outro lado do rio, povo que
veio do outro lado do rio)

O livro de Hebreus testifica sobre a superioridade de Jesus Cristo. Ele é maior que os anjos,
tem um nome mais excelente e um chamado mais elevado. Os anjos são servos de Deus,
mas Jesus Cristo é Seu Filho. Esse livro também ensina que Jesus é maior do que Moisés
e que Seu ministério trouxe um nova Aliança, superior a Aliança antiga da lei de Moisés.
Sendo o Grande Sumo Sacerdote do Sacerdócio de Melquisedeque, o sacerdócio de Cristo
é maior do que o dos sumos sacerdotes da lei de Moisés.

Embora as escrituras estejam repletas de referências sobre o Sacrifício Expiatório de Jesus


Cristo, Sua Ressurreição e ascensão ao céu, o livro de Hebreus salienta a obra contínua do
Redentor na vida de todos os que se achegam a Ele com obediência e fé. O estudo do livro
de Hebreus vai ajudar os alunos a entender melhor a doutrina da Epiação e inspirá-los a
viver com fé no Pai Celestial e em Jesus Cristo.

Quem escreveu essa espístola?


Muitos estudiosos dizem que Apostolo Paulo é o autor de Hebreus Contudo, algumas
pessoas questionam se Paulo escreveu essa epístola porque seu estilo e sua linguagem
são diferentes das outras cartas de Paulo. Muitos não atribui a escrita dessa epístola.
Alguns aceita-se de modo geral que, mesmo não tendo sido Paulo quem redigiu a carta, as
ideias são dele porque as doutrinas em Hebreus concordam com as que encontramos nas
outras cartas de Paulo.

Quando e onde foi escrita?


Não sabemos onde a carta de Paulo aos Hebreus foi escrita. Também não sabemos
exatamente quando foi escrita. No entanto, presume-se que foi escrita aproximadamente
entre 60–62 d.C., mais ou menos na mesma época em que Paulo escreveu cartas aos
filipenses, aos colossenses, aos efésios e a Filemom.

Para quem e porque essa epístola foi escrita?


Apostolo Paulo escreveu a Epístola aos Hebreus para incentivar os membros judeus da
Igreja a manter a fé em Jesus Cristo e a não voltar às suas práticas antigas (ver Hebreus
10:32–38).

Por causa da pressão causada por várias provações, os judeus cristãos estavam saindo da
Igreja e voltando a adorar da maneira judaica relativamente mais segura nas sinagogas (ver
Hebreus 10:25, 38–39). Paulo queria mostrar a esses judeus cristãos que a lei de Moisés
apontava para Jesus Cristo e Sua Expiação como a verdadeira fonte da salvação.

Quais as caraqueterísticas marcantes dessa epístola?


Em vez de ser apenas uma carta, o livro de Hebreus é mais como um longo sermão que
menciona repetidas vezes as escrituras e práticas de Israel. É o sermão mais longo que
encontramos nas escrituras sobre por que e como Jesus Cristo é superior em todas as
coisas.
O livro de Hebreus ensina que Jesus Cristo é maior do que a lei porque Ele deu a lei.
Também ensina que os profetas receberam poder pela fé Nele, que Ele era o grande Sumo
Sacerdote no qual os sacrifícios do Velho Testamento foram cumpridos, que Ele é maior do
que os anjos e que por meio de Seu Sacrifício Expiatório podemos receber a remissão dos
pecados.

O livro de Hebreus é um dos poucos lugares na Bíblia em que lemos a respeito do Profeta
Melquisedeque (ver Hebreus 7:1–4) e do sacerdócio que leva seu nome (ver Hebreus
5:5–6, 10; 6:20; 7:11–17). Hebreus ensina que o Sacerdócio de Melquisedeque é maior do
que o Sacerdócio Aarônico e mostra que a salvação não se encontra na lei de Moisés ou
nas ordenanças administradas pelos sacerdotes levitas, mas em Jesus Cristo e nas
ordenanças do Sacerdócio de Melquisedeque (ver Hebreus 7:5–28). Hebreus 11:1–12:4
contém um excelente discurso sobre fé e ensina como as pessoas podem confiar em Jesus
Cristo.

Resumo
Hebreus 1–6 Jesus Cristo é a imagem expressa do Pai. Ele é maior do que os anjos e todos
os profetas que O precederam, inclusive Moisés. Os antigos israelitas que saíram do Egito
não entraram no descanso do Senhor porque endureceram o coração contra Jesus Cristo e
Seu servo Moisés. Como o Grande Sumo Sacerdote, Jesus é superior a todos os sumos
sacerdotes da lei mosaica. Cristo foi aperfeiçoado por meio do Seu sofrimento. Podemos
entrar no descanso do Senhor e “[prosseguir] até a perfeição” (Hebreus 6:1).

Hebreus 7–13 O Sacerdócio de Melquisedeque administra o evangelho e é maior do que o


Sacerdócio Aarônico. O tabernáculo e as ordenanças mosaicas são um protótipo do
ministério de Cristo. Jesus Cristo cumpriu a lei de Moisés com o derramamento de Seu
sangue, pelo qual podemos obter salvação e a remissão de nossos pecados. Pela fé, os
profetas e outros homens e mulheres realizaram milagres e obras de retidão

TIAGO
Em sua epístola, Tiago salienta que devemos ser “cumpridores da palavra, e não somente
ouvintes” (Tiago 1:22). Estudar esse livro vai ajudar os alunos a entenderem a importância
de mostrar fé por meio de “obras” ou ações (ver Tiago 2:14–26) e vai inspirá-los a
procurarem obter a “coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam” (Tiago
1:12).

Quem escreveu essa espístola?


A epístola declara que o autor é “Tiago, servo de Deus, e do Senhor Jesus Cristo” (Tiago
1:1).

A tradição cristã afirma que esse Tiago, como Judas, era um dos filhos de José e Maria e,
portanto, meio-irmão de Jesus Cristo (ver Mateus 13:55; Marcos 6:3; Gálatas 1:19). O fato
de que Tiago foi mencionado primeiro na lista de irmãos de Jesus em Mateus 13:55 pode
ser uma indicação de que ele era o mais velho dos meios-irmãos. Como os outros
meios-irmãos do Senhor, Tiago não se tornou discípulo de Jesus logo no início (ver João
7:3–5). Contudo, depois que Jesus ressuscitou, Tiago foi uma das pessoas a quem Jesus
apareceu como ser ressuscitado (ver 1 Coríntios 15:7).

Algum tempo depois, Tiago tornou-se um dos apóstolos e, de acordo com os primeiros
escritores cristãos, foi uns dos primeiro Pais da Igreja em Jerusalém, da primeira Igreja
primitiva. (ver Atos 12:17; 21:18; Gálatas 1:18–19; 2:9). Como líder na Igreja, ele teve um
papel preponderante no conselho realizado em Jerusalém (Atos 15:13). Sua influência na
Igreja foi sem dúvida fortalecida devido ao seu parentesco com Jesus, contudo Tiago
mostrou humildade ao apresentar-se não como irmão, mas como servo do Senhor (ver
Tiago 1:1).

Quando e onde foi escrita?


Não sabemos quando Tiago escreveu essa carta. Como Tiago morava em Jerusalém e
cuidava dos assuntos da Igreja nesse local, é provável que tenha escrito sua epístola nessa
área.

O fato de Tiago não ter mencionado a conferência de Jerusalém que ocorreu cerca de 50
anos d.C. (ver Atos 15) poderia indicar que sua carta foi escrita antes dessa conferência. Se
sua carta foi realmente escrita antes da conferência de Jerusalém, foi uma das primeiras
cartas do Novo Testamento.

Para quem e porque esse epístola foi escrita?


Tiago escreveu sua carta “às doze tribos que [andavam] dispersas” (Tiago 1:1), ou seja,
toda a casa de Israel; ele estava convidando o povo a “receber o evangelho e a entrar para
o rebanho de Cristo”.
Tiago instruiu os membros da Igreja a viverem de tal maneira que a vida deles mostrasse
sua fé em Jesus Cristo.

Quais as caraqueterísticas marcantes dessa epístola?


A Epístola Universal de Tiago algumas vezes foi classificada como literatura de sabedoria,
semelhante ao livro de Provérbios no Velho Testamento. O texto da carta contém pequenas
explicações de princípios para uma vida cristã. Além disso, há um paralelo bastante
semelhante entre o Sermão da Montanha proferido pelo Senhor e registrado em Mateus
5–7 e as palavras de Tiago. Alguns desses temas são: suportar perseguição (ver Tiago
1:2–3, 12; Mateus 5:10–12); tornar-se “perfeito” ou espiritualmente maduro (ver Tiago 1:4;
2:22; Mateus 5:48); perguntar a Deus (ver Tiago 1:5; Mateus 7:7–8); fazer a vontade de
Deus (ver Tiago 1:22; Mateus 7:21–25); amar ao próximo (ver Tiago 2:8; Mateus 5:43–44;
7:12); conhecer o bem e o mal por seus frutos (ver Tiago 3:11–12; Mateus 7:15–20); ser
pacificador (ver Tiago 3:18; Mateus 5:9); e não fazer juramentos (ver Tiago 5:12; Mateus
5:34–37).

Resumo
Tiago 1–2 Tiago saúda seus leitores e apresenta os temas principais de sua epístola, como
suportar provações, buscar sabedoria e viver de acordo com a fé que professamos. Aqueles
que ouvem as palavras de Deus devem também ser praticantes da palavra. Tiago define a
“religião pura” como cuidar dos órfãos e das viúvas e viver livre do pecado (ver Tiago 1:27).
Os santos devem amar ao próximo e mostrar sua fé por meio de obras.

Tiago 3–4 Tiago ilustra a natureza destrutiva da falta de autocontrole ao falar e faz um
contraste com o fruto da retidão daqueles que promovem a paz. Ele adverte os leitores a
não serem amigos do mundo, mas a resistirem ao diabo e achegarem-se a Deus.

Tiago 5 Tiago adverte os ricos devassos. Ele termina sua epístola com alguns conselhos
breves sobre a responsabilidade dos santos para com os outros membros da Igreja.
Aconselha também os santos a aguardarem com paciência a vinda do Senhor e a serem
sinceros em tudo o que disserem. Ele incentiva os doentes a contarem com a ajuda dos
anciãos (élderes) para serem ungidos com óleo e curados.

1 PEDRO
(Com origem no nome grego "Pétros", este a partir da palavra petra (uma tradução do
aramaico Cephas) que significa literalmente “pedra, rochedo”)

Porque estuda essa epístola?


Um dos temas que encontramos na Primeira Epístola Universal de Pedro é que, por meio
da Expiação de Jesus Cristo, os discípulos podem suportar com fé o sofrimento e a
perseguição. Cada capítulo de 1 Pedro fala sobre provações ou sofrimento, e Pedro
ensinou que suportar provações com paciência é uma qualidade “mais preciosa do que o
ouro” e ajudaria os fiéis a ganhar “a salvação das almas” (1 Pedro 1:7, 9). Pedro também
lembrou os santos de sua identidade como “geração eleita, o sacerdócio real, a nação
santa, o povo adquirido” (1 Pedro 2:9). Ao estudar o conselho que Pedro deu nessa
epístola, os alunos vão sentir esperança e receber incentivo e força que podem ajudá-los
com os desafios que enfrentarem.

Quem escreveu essa espístola?


O autor dessa epístola é “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” (1 Pedro 1:1). “Pedro era
conhecido originalmente como Simeão ou Simão (2 Pedro 1:1), um pescador de Betsaida
que vivia com a sua esposa em Cafarnaum. Junto com André, seu irmão, Pedro foi
chamado para ser um discípulo de Jesus Cristo (Mateus 4:18–22; Marcos 1:16–18; Lucas
5:1–11).

O Senhor o escolheu para portar as chaves do reino na Terra (Mateus 16:13–18).

Pedro foi uns dos principal dos apóstolos de sua época

Os escritos de Pedro demonstram seu crescimento de simples pescador a extraordinário


apóstolo.

Quando e onde foi escrita?


Pedro provavelmente escreveu sua primeira epístola entre 62 e 64 d.C. Ele escreveu de
“Babilônia” (1 Pedro 5:13), provavelmente uma referência simbólica a Roma.
Em geral, aceita-se que Pedro tenha morrido durante o reinado de Nero, o imperador
romano, provavelmente depois de 64 d.C., quando este começou a perseguir os cristãos

Para quem e porque essa epístola?


Pedro escreveu essa epístola para os membros da Igreja que viviam em cinco províncias
romanas da Ásia Menor, localizadas na atual Turquia (ver 1 Pedro 1:1). Ele considerava
seus leitores como “eleitos” de Deus (1 Pedro 1:2). Pedro escreveu para fortalecer e
encorajar os santos na “prova da [sua] fé” (1 Pedro 1:7) e prepará-los para uma “ardente
prova” no futuro (1 Pedro 4:12). A mensagem de Pedro também os ensinou a saber como
lidar com a perseguição (ver 1 Pedro 2:19–23; 3:14–15; 4:13).

O conselho de Pedro foi muito oportuno, pois os membros da Igreja estavam à beira de um
período de intensa perseguição. Até aproximadamente 64 d.C., mais ou menos na época
em que Pedro escreveu essa epístola, o governo romano geralmente tolerava o
cristianismo. Em julho daquele ano, um incêndio destruiu boa parte de Roma e circularam
rumores de que o próprio imperador Nero havia dado ordens para iniciar o incêndio. Na
tentativa de desviar a culpa pela tragédia, alguns romanos proeminentes acusaram os
cristãos de terem sido os responsáveis. Isso levou a uma grande perseguição aos cristãos
por todo o Império Romano. Pedro indicou que, quando os santos padecem como cristãos
(1 Pedro 4:16), eles podem sentir alegria, pois estão seguindo os passos de Jesus Cristo
(ver 1 Pedro 2:19–23; 3:15–18; 4:12–19).

Quais são as caraqueterísticas marcantes dessa epístola?


Em meio ao sofrimento e à perseguição que os santos de sua época enfrentaram, Pedro
exortou-os a amar uns aos outros e ser afáveis (ver 1 Pedro 1:22; 3:8–9). Além disso, lemos
em 1 Pedro 5 que Pedro explicou como os líderes da Igreja deveriam fortalecer suas
respectivas congregações.

Essa epístola talvez contenha as referências bíblicas mais claras sobre o mundo espiritual e
o trabalho de salvação realizado nessa esfera. Pedro mencionou brevemente que Jesus
Cristo visitou o mundo espiritual para pregar aos espíritos desobedientes que tinham vivido
no tempo de Noé (ver 1 Pedro 3:18–20). Ele acrescentou que o evangelho foi pregado aos
mortos para dar às pessoas falecidas a oportunidade de serem julgadas em termos de
igualdade com os vivos (ver 1 Pedro 4:5–6)

Resumo
1 Pedro 1:1–2:10 Pedro escreve sobre a necessidade de os santos crescerem
espiritualmente a fim de receber recompensas eternas. A promessa de salvação só é
possível por meio do precioso sangue de Jesus Cristo. Os santos são “a geração eleita, o
sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (1 Pedro 2:9) que obtiveram a
misericórdia de Deus.

1 Pedro 2:11–3:12 Os discípulos de Jesus Cristo procuram honrar todos os homens e


submeter-se às leis e às autoridades civis. Pedro escreve para grupos específicos de
santos: cidadãos livres, servos, maridos e esposas.
1 Pedro 3:13–5:14 Quando a perseguição causa sofrimento aos santos, eles devem
lembrar-se do exemplo de Jesus Cristo, que sofreu e depois ganhou a exaltação. Jesus
Cristo pregou o evangelho aos mortos para que eles pudessem receber um julgamento
justo. Os líderes da Igreja seguem o exemplo de Jesus Cristo, cuidando do rebanho de
Deus. Os santos devem ser humildes e lançar sobre Deus toda a ansiedade que tiverem.

2 PEDRO
Tendo sido testemunha ocular da transfiguração de Jesus Cristo (ver 2 Pedro 1:16–18),
Pedro exortou seus leitores a aumentar seu conhecimento de Jesus Cristo e a procurar
obter atributos divinos a fim de serem participantes da “natureza divina” (ver 2 Pedro 1:4–8).
Ele assegurou a seus leitores que esse crescimento espiritual iria ajudá-los a “fazer cada
vez mais firmes a vossa vocação e eleição” (2 Pedro 1:10). “Pedro afirma que o Senhor virá
do céu em grande glória e com grandes julgamentos sobre a Terra”
Ao estudar a Segunda Epístola Universal de Pedro, os alunos vão desenvolver mais fé em
Jesus Cristo e receber conhecimento e inspiração que vão ajudá-los a tornar-se mais
semelhantes a Ele.

Quem escreveu essa espístola?


O autor da Segunda Epístola Universal de Pedro é Simão Pedro. (ver 2 Pedro 1:1).

Quando e onde foi escrita?


Não sabemos exatamente quando nem onde essa epístola foi escrita. É comumente aceito
que Pedro escreveu essa epístola em Roma, depois da epístola conhecida como 1 Pedro,
que provavelmente foi escrita cerca de 64 d.C

Para quem e porque essa epístola foi escrita?


Pedro declarou que estava escrevendo “aos que conosco alcançaram fé igualmente
preciosa” (2 Pedro 1:1). Isso pode indicar que os leitores de Pedro foram os mesmos
cristãos gentios que receberam a Primeira Epístola de Pedro (ver 2 Pedro 3:1). O conteúdo
de 2 Pedro 1:12–15 mostra que Pedro tencionava que essa epístola fosse uma mensagem
de despedida a seus leitores.

Ao contrário da Primeira Epístola de Pedro, que ajudou os santos a lidarem com a


perseguição externa, a Segunda Epístola de Pedro fala da apostasia interna que ameaçava
o futuro da Igreja. Falsos profetas e mestres estavam espalhando “heresias destruidoras, e
[negando] o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2
Pedro 2:1). Ele escreveu a carta para incentivar os santos a aumentarem seu conhecimento
do Senhor a fim de “fazer cada vez mais firmes a [sua] vocação e eleição” (2 Pedro 1:10).

Quais as caraqueterísticas marcantes dessa epístola?


“A segunda epístola aparentemente foi dirigida às mesmas igrejas que a primeira (2 Pedro
3:1). Foi escrita sob expectativa de morte iminente
(2 Pedro 1:14)” A epístola também contém um dos discursos mais enérgicos de Pedro e
alguns dos seus últimos testemunhos.

Um dos temas principais de


2 Pedro é a importância de ganhar conhecimento sobre Jesus Cristo. Pedro prometeu a
seus leitores que, se procurassem atributos santos e desenvolvessem uma natureza divina,
eles “não [seriam deixados] ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus
Cristo” (2 Pedro 1:8) e “[fariam] cada vez mais firmes a [sua] vocação e eleição” (2 Pedro
1:10).

Pedro contrastou o verdadeiro conhecimento de Jesus Cristo com os falsos ensinamentos e


conhecimento errôneo que estavam sendo espalhados pelos apóstatas (ver 2 Pedro 2). Ao
término de sua epístola, Pedro fez um último convite para que os santos crescessem “na
graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo” (2 Pedro 3:18).

Resumo
2 Pedro 1 Pedro explica que as promessas de Jesus Cristo permitem que os santos se
tornem “participantes da natureza divina” (2 Pedro 1:4). Ele os incentiva a assegurar sua
“vocação e eleição” (2 Pedro 1:10). Pedro relembra sua experiência no Monte da
Transfiguração, quando foi testemunha do Cristo glorificado e ouviu a voz do Pai. Ele diz
que tem “muito firme a palavra dos profetas” (2 Pedro 1:19).

2 Pedro 2 Pedro adverte os membros da Igreja a respeito dos falsos profetas e mestres que
surgirão entre eles, procurando desviar os santos. Esses mestres iníquos negarão o Senhor
e blasfemarão o “caminho da verdade” (2 Pedro 2:2). Pedro ensina que é melhor não
aceitar o evangelho do que fazer convênios e não honrá-los.

2 Pedro 3 Pedro afirma que Cristo virá com certeza, no Seu próprio tempo, para purificar a
Terra com fogo, destruir os iníquos e salvar os diligentes e fiéis. Pedro incentiva os santos a
crescerem “na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo”
(2 Pedro 3:18

1 JOÃO

Nessa epístola, João aborda a perigosa disseminação de influências apóstatas dentro da


Igreja. Aconselha os membros a não se associarem com as trevas, mas permanecerem em
segurança na luz do evangelho. O estudo de 1 João pode ajudar os alunos a melhor
identificar falsos ensinamentos sobre Jesus Cristo e, se seguirem o conselho de João,
estreitar seu relacionamento com Senhor e permanecer na verdade. Além disso, o estudo
desse livro pode ajudar os alunos a entender o grande amor que o Pai Celestial tem por
todos os Seus filhos, o qual Ele manifestou ao oferecer Seu Filho, Jesus Cristo, como
sacrifício por toda a humanidade.

Quem escreveu essa epístola?


“Embora o autor destas três epístolas não mencione seu nome em nenhuma delas, a
linguagem é tão semelhante à do Apóstolo João que se supõe ter sido ele o autor das três”

O autor das Epístolas de João era uma testemunha do Salvador ressurreto, o que
certamente se aplica ao Apóstolo João (ver 1 João 1:1–4; 4:14
Quando e onde foi escrita?
Não se sabe ao certo quando e onde foi escrito o livro de 1 João. Provavelmente foi redigido
no fim do primeiro século d.C.

Embora João tenha passado grande parte de sua vida na Palestina, aquela região se tornou
hostil para os cristãos e judeus após a destruição de Jerusalém e do templo em 70 d.C. A
tradição sustenta que João deixou a Palestina para viver em Éfeso. Se esse for o caso, é
possível que ele tenha escrito a carta em Éfeso, por volta de 70 a 100 d.C.

Para quem e porque foi escrita essa epístola?


A Primeira Epístola de João não é endereçada a uma pessoa específica, mas por seus
escritos podemos supor que ele escreveu aos fiéis (ver 1 João 1:3–4; 2:12–14), talvez
àqueles que habitavam a Ásia Menor (atual Turquia), onde, segundo fontes históricas, João
pode ter vivido e ministrado no final do primeiro século d.C.

Naquela época, falsos mestres haviam criado uma cisma ou divisão entre os membros da
região (ver 1 João 2:18–19, 22, 26; 4:1), e a apostasia se disseminava na Igreja. Uma
filosofia em particular que vinha ganhando popularidade era o docetismo, que era parte de
um movimento mais amplo, conhecido como gnosticismo. Um dos principais ensinamentos
do gnosticismo, em suas diversas formas, era o de que o espírito era puramente bom,
enquanto a matéria, o que incluía o corpo físico, era puramente má.

Os seguidores do gnosticismo acreditavam que a salvação não era alcançada pela


libertação do pecado, mas, sim, ao libertar-se o espírito da matéria, significando o corpo
mortal. Eles também acreditavam que a salvação era alcançada não pela fé em Jesus
Cristo, mas por meio de um conhecimento especial (gnosis).

Os seguidores do docetismo superestimavam a natureza espiritual de Jesus, a ponto de


rejeitarem o fato de que Ele havia vindo à Terra num corpo físico. Eles acreditavam que
Deus era invisível, imortal, onisciente e imaterial, além de considerarem o mundo e o corpo
físico como vulgares e maus. Portanto, acreditavam que, por ser o divino Filho de Deus,
Jesus não poderia ter experimentado as limitações do ser humano. Em sua visão, Jesus
Cristo não havia nascido literalmente na carne, nem habitado um corpo tangível, nem
sangrado, sofrido ou morrido, nem ressuscitado com um corpo físico — apenas parecia que
Ele havia feito essas coisas. Docetismo é uma palavra que vem do grego dokeō, que
significa “parecer”.

Embora tais falsos ensinamentos sejam refutados em 1 João, eles continuaram a existir e
infiltraram-se entre os membros da Igreja. Essa e outras doutrinas falsas levaram à Grande
Apostasia.

Quais as caraqueterísticas marcantes dessa epístola?


Como um dos primeiros apóstolos de Jesus Cristo, João era uma testemunha especial da
Ressurreição do Salvador. João inicia a carta declarando ter visto, ouvido e tocado o próprio
Jesus Cristo. Após prestar seu testemunho, João convida os leitores a ter “comunhão […]
com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo” (1 João 1:3). O amor é um dos temas centrais da
Primeira Epístola de João. Ele enfatiza que, se alguém diz amar a Deus, mas não ama a
seu próximo, esse alguém é mentiroso (ver 1 João 4:20–21).
RESUMO
1 João 1–3 João ensina que por meio da obediência podemos conhecer a Deus, ter
comunhão com Ele e tornar-nos como Ele. Nos últimos dias, surgirão anticristos. O amor do
Salvador por nós se manifesta por meio de Seu Sacrifício Expiatório.

1 João 4–5 João ensina os membros a identificarem se um mestre é de Deus ou não. Deus
é amor e, por causa de Seu grande amor por nós, Ele enviou Seu Filho para sofrer em
nosso lugar. Aqueles que amam a Deus guardam os Seus mandamentos. Aqueles que
acreditam em Jesus Cristo e nascem de Deus vencerão o mundo.

1 JOÃO
Nessa epístola, o Apóstolo João falou da perigosa disseminação das influências apóstatas
na Igreja. Ele advertiu os santos para não se associarem às trevas e para permanecerem
na segurança da luz do evangelho. Estudar 1 João pode ajudá-lo a ter um discernimento
maior dos falsos ensinamentos sobre Jesus Cristo, e seguir o conselho de João o ajudará a
manter uma forte comunhão com o Senhor ao permanecer na verdade. Além disso, estudar
esse livro vai ajudá-lo a entender o grande amor que o Pai Celestial tem por todos os Seus
filhos, que Ele manifestou ao oferecer Seu Filho, Jesus Cristo, como sacrifício por toda a
humanidade.

Quem escreveu essa epístola?


“Embora o autor destas três epístolas não mencione seu nome em nenhuma delas, a
linguagem é tão semelhante à do Apóstolo João que se supõe ter sido ele o autor das três”.
O autor das Epístolas de João foi uma testemunha ocular do Salvador ressuscitado, algo
que se pode assegurar sobre o Apóstolo João (ver 1 João 1:1–4; 4:14).

Quando e onde foi escrita essa epístola?


Não se sabe ao certo quando e onde foi escrito o livro de 1 João. É provável que tenha sido
escrito no final do primeiro século d.C.

Embora João tenha passado grande parte de sua juventude na Palestina, a área se tornou
hostil aos cristãos e aos judeus, após a destruição de Jerusalém e de seu templo em 70 d.C
. Diz a tradição que João saiu da Palestina para viver seus últimos anos em Éfeso. Se isso
estiver correto, João teria escrito a carta em Éfeso, entre 70 e 100 d.C .

Para quem e porque essa epístola?


Para quem 1 João foi escrito não é declarado explicitamente, mas suas palavras dão a
entender que João escreveu para os fiéis (ver 1 João 1:3–4; 2:12–14), talvez as pessoas na
Ásia Menor (atual Turquia), onde algumas fontes históricas dizem que João pode ter vivido
e ministrado no final do primeiro século d.C.

Nessa época, falsos mestres haviam criado uma divisão entre os santos na região (ver 1
João 2:18–19, 22, 26; 4:1) e a apostasia estava se disseminando na Igreja. Uma filosofia,
em particular, que estava ganhando popularidade era o Docetismo. O Docetismo fazia parte
de um movimento maior conhecido como Gnosticismo. Um dos principais ensinamentos das
muitas formas de Gnosticismo era que o espírito era absolutamente bom, e que a matéria,
incluindo o corpo físico, era totalmente má.

Os seguidores do Gnosticismo acreditavam que a salvação não era alcançada ao nos


libertarmos dos pecados, mas ao libertarmos o espírito da matéria, em outras palavras, do
corpo físico. Eles também acreditavam que a salvação era alcançada por meio de um
conhecimento especial (gnose) e não pela fé em Jesus Cristo.

Docetismo vem da palavra grega dokeō, que significa “parecer” ou “aparecer”. Os


seguidores do Docetismo enfatizavam muito a natureza espiritual de Jesus, ao ponto de
rejeitarem a ideia de que Ele veio à Terra em um corpo físico real. Eles acreditavam que
Deus era invisível, imortal, onisciente e imaterial, e consideravam o mundo e o corpo físico
como algo corrupto e ruim. Portanto, eles acreditavam que, uma vez que Jesus era o divino
Filho de Deus, Ele não poderia ter vivenciado as limitações de um ser humano. Do ponto de
vista deles, Jesus Cristo não havia nascido literalmente na carne e não havia habitado um
corpo tangível, nem sangrado, sofrido, morrido ou sido elevado com um corpo ressurreto —
Ele apenas pareceu fazer essas coisas.

Embora o Apóstolo João tenha refutado esses falsos ensinamentos em 1 João, eles
persistiram e se difundiram entre os membros da Igreja. Essas e outras falsas doutrinas
constituem o que levou à Grande Apostasia.

Quais são as caraqueterísticas marcantes dessa epístola?


Como um dos apóstolos originais de Jesus Cristo, João foi uma testemunha especial do
Salvador ressurreto. João iniciou essa carta declarando que havia visto, ouvido e tocado
Jesus Cristo pessoalmente. Ampliando seu testemunho pessoal, ele convidou seus leitores
a “[terem] comunhão com o Pai, e com seu Filho, Jesus Cristo. (1 João 1:3). O amor é um
tema importante na Primeira Epístola de João. João enfatizou que aqueles que dizem que
amam a Deus, mas não amam as pessoas ao seu redor são mentirosos (ver 1 João
4:20–21).

Resumo
1 João 1–3. João ensina que, por meio da obediência podemos conhecer a Deus, ter
comunhão com Ele e nos tornarmos como Ele. Nos últimos dias surgirão anticristos. O amor
do Salvador por nós se manifesta por meio de Seu Sacrifício Expiatório.

1 João 4–5. João incentiva os santos a determinarem se um mestre é de Deus. Deus é


amor, e devido a Seu grande amor por nós, Ele enviou Seu Filho para sofrer por nós.
Aqueles que amam a Deus, guardam os Seus mandamentos. Aqueles que acreditam em
Jesus Cristo e são nascidos de Deus venceram o mundo.

2 JOÃO
Em sua segunda epístola, o Apóstolo João expressou preocupação com as influências
apóstatas na Igreja. Ao mesmo tempo, ele também demonstrou alegria pelos membros da
Igreja que haviam permanecido firmes e fiéis ao evangelho (ver 2 João 1:4). Suas palavras
expressam a alegria e a gratidão que os líderes da Igreja sentem por aqueles que
permanecem fiéis ao Senhor. Ao estudar 2 João, você será fortalecido pelo conselho de
João de amar uns aos outros, obedecer aos mandamentos de Deus e perseverar fielmente
na doutrina de Cristo.

Quem escreveu essa epístola?


O autor identificou a si mesmo como “o ancião” (2 João 1:1), e a tradição afirma que João,
um dos primeiros apóstolos, escreveu essa epístola.

Quando e onde foi escrita essa epístola?


Não se sabe ao certo quando e onde foi escrito o livro de 2 João. Se a tradição do longo
tempo em que João morou em Éfeso estiver certa, ele poderia ter escrito essa epístola
entre 70 e 100 d.C .

Para quem e porque foi escrita essa epístola?


A Segunda Epístola de João foi escrita “à senhora eleita, e a seus filhos” (2 João 1:1). Não
se sabe se João estava se dirigindo a sua família ou a outro grupo específico de pessoas ou
se estava falando à Igreja coletivamente em linguagem figurativa. Para espiritualizar essa
senhora Eleita; dizemos que é a Igreja do Senhor Jesus Cristo. (ver 2 João 1:13). A palavra
grega para igreja é feminina, e era comum personificar a Igreja como uma mulher.

Assim como em 1 João, aparentemente, João escreveu essa epístola para responder aos
falsos ensinamentos de que Jesus Cristo não teria vindo literalmente à Terra, na carne. Ele
explicou que os membros que ensinavam que Cristo não tem um corpo físico, não deveriam
ser recebidos na casa de outros membros, ou na congregação (ver 2 João 1:7–10).

Quais algumas caraqueterísticas marcantes dessa epístola?


Nessa epístola, João advertiu sobre falsos mestres que haviam entrado na Igreja. Ele
admoestou os membros a não darem ouvidos ou permanecerem na companhia dessas
pessoas.

Resumo
2 João 1. João relembra a Igreja do mandamento de amarmos uns aos outros. Ele adverte
sobre os falsos mestres e enganadores dentro da Igreja e aconselha os membros da Igreja
a não permitirem que eles permaneçam nas congregações.

3 JOÃO
Por que estudar esse livro?
Nessa curta epístola, João elogiou Gaio, um membro que permaneceu fiel durante um
período em que muitos se rebelaram contra os líderes da Igreja. Os ensinamentos de João
podem ajudar os alunos a compreender a apostasia que ocorreu na Igreja do Novo
Testamento, além de inspirá-los a permanecerem leais aos líderes mesmo em meio à
oposição.

Quem escreveu essa epístola?


O autor identificou a si mesmo como “o ancião” (3 João 1:1), que tradicionalmente
entende-se como sendo o Apóstolo João.

Quando e onde foi escrita essa epístola?


Não se sabe ao certo quando e onde foi escrito o livro de 3 João.
Se a noção tradicional de que João residiu por muito tempo em Éfeso for correta, é possível
que ele tenha escrito essa epístola de lá, entre 70 e 100 d.C.

Para quem e porque foi escrita essa epístola?


A Terceira Epístola de João foi escrita para Gaio, um membro fiel da Igreja, a quem João
elogiou por ter demonstrado devoção altruísta à causa de Cristo, pois havia providenciado
abrigo para servos viajantes de Deus (ver 3 João 1:5–8).

João também adverte Gaio acerca de um homem chamado Diótrefes, que provavelmente
possuía uma posição de liderança na Igreja. Diótrefes opôs-se abertamente a João e a
outros líderes, a ponto de impedir os membros locais de frequentar as reuniões caso os
recebessem (ver 3 João 1:9–10). João incentiva Gaio a permanecer na bondade e expressa
o desejo de ir visitá-lo em breve (ver 3 João 1:11–14).

Quais as caraqueterísticas marcantes dessa epístola?


Em 3 João, vemos a preocupação de João quanto às influências apóstatas na Igreja.
Também vemos o amor e a alegria de João por aqueles que haviam escolhido uma vida de
obediência (ver 3 João 1:4).

Resumo
3 João 1 João elogia Gaio por sua fidelidade e adverte-o contra um líder local que se
opunha a João e a outros líderes da Igreja.

JUDAS
Judas Tadeu e não Judas escritoras que traiu o Senhor Jesus.
(Significa “louvor a Deus”, “exaltação a Deus”.
O nome Judas tem origem hebraica. Surge do hebraico iehudad, que chega ao grego
traduzido como ioudas e evolui para o latim Iudas, dando origem ao nome utilizado na
língua portuguesa Judas. Foi Apóstolo do Senhor Jesus, foi martirizado na Pérsia (onde
evangelizava com seu irmão, São Simão). Era também irmão de Tiago e primo de Jesus)

Por Que Estudar Esse Livro?


A Epístola de Judas descreve as forças da apostasia exercidas na Igreja primitiva. Ao
estudar essa epístola, você vai aprender a identificar aqueles que buscam desviar os
discípulos de Jesus Cristo da fé. Você também vai perceber a importância de batalhar pela
fé e permanecer fiel a ela.

Quem Escreveu Esse Livro?


O autor da epístola identificou a si mesmo como “Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de
Tiago” (Judas 1:1). Tradicionalmente o autor foi identificado como Judas, que era
meio-irmão de Jesus Cristo (ver Mateus 13:55; Marcos 6:3; Guia para Estudo das
Escrituras, “Judas”).

Judas era, evidentemente, um membro da Igreja de alta estima em Jerusalém, e ele pode
ter viajado como missionário (ver Atos 1:13–14; 1 Coríntios 9:5). Não há indicação de qual
ofício do sacerdócio Judas possuía, mas a epístola sugere que ele possuía um chamado de
autoridade que o qualificava a escrever cartas de conselho.
Quando e Onde Foi Escrita?
Não sabemos onde a Epístola de Judas foi escrita. Se essa carta tiver sido realmente
escrita por Judas, o irmão de Jesus, ela provavelmente foi escrita entre 40 e 80 d.C .

Para Quem e Por Que Foi Escrita?


A Epístola de Judas foi dirigida aos cristãos fiéis — “aos (…) santificados pelo Deus Pai, e
preservados por Jesus Cristo” (Judas 1:1). Judas declarou que seu propósito era incentivar
seus leitores a “batalhar pela fé” (Judas 1:3) contra os mestres ímpios que haviam entrado
na Igreja e estavam promovendo comportamento imoral e falsos ensinamentos que
negavam o Senhor Jesus Cristo.

Quais São Algumas Características Marcantes Desse Livro?


Embora seja um dos livros mais curtos do Novo Testamento, a Epístola de Judas contém
informações que não estão em nenhum outro lugar na Bíblia. Judas escreveu sobre “anjos
que não guardaram o seu estado original” (Judas 1:6; ver também Abraão 3:26), de um
confronto entre Miguel e Lúcifer pelo corpo de Moisés (Judas 1:9), e de uma profecia de
Enoque sobre a Segunda Vinda do Salvador (Judas 1:14–15; ver também Moisés 7:65–66).

O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, observou várias


características únicas da epístola de Judas:

“Em toda a Bíblia, é somente Judas que preserva para nós o conceito de que a
preexistência foi nosso primeiro estado e que certos anjos falharam em passar nesse teste.

É a ele que recorremos para nosso escasso conhecimento da disputa entre Miguel e Lúcifer
pelo corpo de Moisés.

Apenas ele registra a gloriosa profecia de Enoque sobre a Segunda Vinda do Filho de
Homem” (Doctrinal New Testament Commentary [Comentário Doutrinário sobre o Novo
Testamento], 3 vols., 1965–1973, vol. III, p. 415).

As palavras de Judas são duras para os que se opunham a Deus e Seus servos, e aos que
praticavam adoração pagã imoral e diziam ser isentos da necessidade de obedecer aos
mandamentos de Deus, incluindo a lei da castidade. Ele descreveu algumas características
dessas pessoas corruptas.

Resumo
Judas 1. Judas exorta os membros da Igreja a “[batalharem] pela fé” (Judas 1:3). Ele explica
que pessoas estão se misturando discretamente entre os santos e espalhando falsas
doutrinas e promovendo práticas iníquas. Ele adverte sobre os julgamentos que advêm
sobre aqueles que se afastam de Deus, e aconselha os membros da Igreja a edificarem sua
fé e a “[conservarem-se] no amor de Deus” (Judas 1:21).

LIVRO DO APOCALIPSEPSE

ETIMOLOGIA:
1°significado:
A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις, apokálypsis.
Apo= descobrir, revelar
Kalypsis= significa cobrir, esconder, ocultar

Apo+Kalypsis= Revelar o oculto,escondido,Revelação,


destanpar, desnudar, descobrir, o ato de mostrar".

2° formada por "Apo", tirado de, um (kalumna) véu.


-descobrir um véu

3° Um "apocalipse", na mesma terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a


revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas

PORQUE ESTUDAR ESSE LIVRO?

APOCALIPSE INTRODUÇÃO

O autor do último livro da Bíblia apresenta-se a si mesmo desta maneira: «Eu sou João,
vosso irmão, e participo convosco nas mesmas perseguições, no reino de Deus e na
perseverança por Jesus» (1:9).

A tradição é mais ou menos unânime em afirmar que se trata de João, irmão de Tiago, filho
de Zebedeu, um dos doze apóstolos. Encontra-se na ilha de Patmos, uma das ilhas do mar
Egeu, exilado por ter «proclamado a palavra de Deus e o testemunho de Jesus» (1:9)

Isto é, por causa da perseguição contra os cristãos, e narra aquilo que viu depois de ter sido
arrebatado pelo Espírito Santo (1:10)

A primeira grande perseguição ocorreu em 64, desencadeada por Nero, pelo que o livro
teria sido escrito depois do ano 90. O autor dirige o Apocalipse às sete igrejas da Ásia
Menor, que corresponde à atual Turquia.
Apocalipse significa revelação e revelação é o ato de retirar o véu. O autor deseja pôr a
descoberto o plano de Deus neste ambiente histórico de perseguição e de desconcerto. As
igrejas cristãs não entendiam semelhante flagelo e, por isso, perguntavam-se: «Até quando
Senhor?» (6:10)

O Apocalipse responde que o tempo da libertação «há de acontecer em breve» (1:3)

Deus vai mudar a situação, pois só Ele, e não o imperador, é que é o senhor da história
(17:14;19:16)

O autor apresenta esta mensagem em forma de apocalipse, que é uma maneira muito
própria de anunciar a boa nova em épocas de perseguição. A finalidade do Apocalipse,
como género literário, não é incutir medo, mas confrontar os cristãos perseguidos e
inseguros na sua fé, e estimular a confiança em Deus, na vitória final do Cordeiro e seus
fiéis contra os seus inimigos. Os escritos apocalípticos são autênticos manifestos de guerra
divina (juízo final de Deus) contra esses inimigos.
Entre as características mais notórias da profecia apocalíptica lembremos as visões e a
linguagem simbólica que carece de decifração pelos leitores que estiverem em condições
para tal, como o autor escreve: «Quem puder entender, que entenda» (13:9)

«Agora é preciso inteligência e sabedoria» (17:9).


Exemplos de símbolos são: besta, dragão, carta, selo, trombeta, taça, visão; ou os números
como sejam os 144 000 assinalados.

O centro do Apocalipse é a figura de Jesus Cristo. Ele é o Cordeiro (5; 14:1), cujo sangue
opera a libertação do povo, o Filho do Homem (14:14) que se opõe ao império romano
descrito como besta com aparência de cordeiro (13,11). Contra Jesus e seus seguidores
está Roma, chamada Babilónia (14,8; 8,2) que explora os povos(18,3.9–13)

Que tem sete cabeças (12:3), que são as sete colinas em que está construída. Roma está
feita com o dragão (12:3,9) que é o poder do mal ou Satanás. Tem dez chifres (12,3) que
indicam a totalidade do poder, mas que governará apenas durante 1260 dias (12:6), 42
meses (1:,2), tempo, tempos, meio tempo (12,14), a metade de sete anos, e indica, por isso,
um tempo limitado e imperfeito.

No fim vencerá o Cordeiro na batalha de Harmaguédon (16:16), cujo nome é retirado de


Zacarias 12,11. Esta vitória final é concebida como uma procissão litúrgica em que o
Cordeiro é acompanhado por todos os seus fiéis simbolizados pelo grupo dos 144 000
escolhidos, que hão de constituir as núpcias do Cordeiro (21,12), isto é, a vitória final da
união dos crentes com Deus.
O plano do livro assenta no número sete, por significar plenitude, a vitória e o tempo
definitivo de Deus

Quando e onde foi escrito esse livro?


O livro de Apocalipse foi escrito em uma época em que os cristãos enfrentavam falsos
ensinamentos, apatia e severa perseguição (ver Apocalipse 1:9; 2:4, 10, 14–15; 3:16; 6:9).
Essa perseguição veio, provavelmente, pelas mãos dos oficiais romanos, nas duas últimas
décadas do primeiro século d.C. João escreveu da ilha de Patmos, no Mar Egeu, cerca de
cem quilômetros a Sudeste de Éfeso (ver Apocalipse 1:9).

Para quem escreveu esse livro?


O Apóstolo João escreveu uma mensagem de esperança e incentivo aos santos da sua e
da nossa época (ver Apocalipse 1:4, 11). Os primeiros três capítulos de Apocalipse foram
dirigidos, especificamente, aos sete ramos da Igreja na Ásia Menor (ver Apocalipse 1:4, 11;
2–3). Devido à intensa perseguição, os santos precisavam muito da mensagem de incentivo
encontrada em Apocalipse. Deus ordenou ao apóstolo” [João] que escrevesse sobre o fim
do sistema mundano de satanás e dos governantes humanos.

Quais as caraqueterísticas marcantes desse livro?


O Apóstolo João descreveu as condições da Igreja em sua época (ver Apocalipse 2–3) e
escreveu sobre acontecimentos passados e futuros (ver Apocalipse 4–22). O livro de
Apocalipse contém uma das poucas passagens nas escrituras que descrevem a Guerra
pré-mortal no céu (ver Apocalipse 12:7–11) e apresenta uma visão geral inspirada da
história do mundo, concentrando-se particularmente nos últimos dias e no Milênio. Seus
temas principais incluem o papel de Jesus Cristo na realização do plano de Deus, a mão de
Deus na história da Terra, a Segunda Vinda de Jesus Cristo e a destruição do mal, e a
promessa de que a Terra se tornará um lugar celestial. O livro também explica que haverá
“uma vitória permanente do bem sobre o mal… [e] do reino de Deus sobre os reinos dos
homens e de Satanás”

Resumo
1 – As sete epístolas às sete igrejas
Capitulos1 a 3

2 – Os sete selos
Capitulos 4:1 a 8:1

3 – As sete trombetas ressoantes e as duas testemunhas


8:2 a 11

4-As sete figuras místicas: a mulher vestida do sol, o dragão vermelho, o varão criança, a
primeira besta que saiu do mar, a segunda besta que se levantou da terra, os 144 mil
Cordeiro no monte Sião, o Filho do Homem sobre a nuvem
Capitulos 12 a 14

5 – O derramamento das sete taças

15:16

6- A aniquilação dos inimigos da Igreja (17-20);

7 – As glórias da Cidade Santa, a Nova Jerusalém


21: 22.

Notas finais:
Quero louva a Deus por essa obra, agradecer o seu poder e sua Graça sobre minha vida e
minha família.
Sem sua sabedoria eu não teria feito, esse estudo. Toda vida Deus seja bendito e exaltado
mediante Jesus Cristo nosso Senhor amém.
Eu quero atribui a autoria dessa obra ao Senhor Jesus Cristo.

Referência Bibliografica
Escrito por Pastor José Nilton.
Com formação acadêmica, graduado e pós graduado em Teológia, com especialização em
Apologética,Exegética Bíblica,livro do Apocalipse e Escatologia, epístolas Paulinas.
Exegeta e pregador do Evangelho de CRISTO por vocação do SENHOR a está Santa
vocação.
@semeandovidaepaz

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