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BIBLIOLOGIA
INTRODUÇÃO A BÍBLIOLOGIA
Na teologia, a bibliologia é a matéria da teologia sistemática que estuda a Bíblia Sagrada
em seus principais aspectos, desde sua origem e composição até seu processo de
publicação e preservação para estar disponível a pessoas de diferentes épocas e lugares.
A palavra “bibliologia” vem do grego e é formada por dois vocábulos em particular: biblion,
que significa “livro”, e o sufixo logia – de logos –, que significa “palavra” ou “lógica”. De
forma não teológica, essa palavra é aplicada para designar a ciência que estuda livros em
geral. Mas no campo teológico muitas vezes é comum o uso dessa palavra para designar a
matéria que estuda a Bíblia como a auto-revelação de Deus para o homem. Então nesse
sentido teológico, a palavra “bibliologia” indica a Doutrina das Escrituras.
Também é comum que dentro do estudo da teologia sistemática a bibliologia seja abordada
dentro de uma disciplina maior geralmente chamada de “Doutrina da Revelação”. Essa
matéria estuda como Deus se revela ao homem e aborda os diferentes tipos da revelação
divina – revelação geral e revelação especial – em todos os seus aspectos. Daí a bibliologia
é a porção dessa matéria que aborda a Escritura como revelação especial de Deus para o
homem.
Então para abordar esse tema central de forma correta, a bibliologia começa tratando
acerca do que é a Bíblia de fato, e por que ela é mesmo a Palavra de Deus. Nesse sentido,
a bibliologia aborda temas cruciais para a Fé Cristã, tais como:
Acredita-se que por volta do terceiro século surgiram as primeiras versões de Antigo
e Novo Testamento em um único volume, quando Eusébio de Cesaréria teria
convencido o imperador romano da época sobre a necessidade de documentos
novos para serem levados aos fiéis de Constantinopla. Assim, decidiram juntar os
dois testamentos em uma única obra.
Traduções
A bíblia que lemos hoje é a tradução para o português destas versões antigas. Como
dito no começo, a versão da cidade alemã de Stuttgart é a mais confiável que há e a
qual serve de modelo para a maioria das bíblias do Brasil.
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A Bíblia é diferente de todos os outros livros pelo fato de conter as origens da criação, as
alianças de Deus com os homens, a história de Israel e da Igreja Apostólica, as profecias
reveladoras do futuro, bem como por revelar o insondável amor de Deus na pessoa de
Jesus Cristo como o Salvador do mundo. Portanto, a Bíblia Sagrada poderia ser definida
como uma só frase – Ela é a Palavra de Deus.
Como Palavra de Deus, ela não contém erro de qualquer espécie. Um exemplo – Em 1865,
críticos da Bíblia relacionaram “50 erros científicos” encontrados nela. Vinte anos mais
tarde, nenhum daqueles supostos erros ficou confirmado.
Vale a pena ouvir o que algumas pessoas célebres falaram acerca da Bíblia.
Cardeal Arcoverde disse: “Que regra mais pura e santa, que caminho mais seguro para o
homem público, para o político, do que a verdade vinda do céu, pregada e ensinada pela
boca de um Deus e registrada no livro do evangelho? Leia-se, pois, medite-se no livro santo
do evangelho!”
Depoimento:
Ivan Espíndola de Ávila,da Academia Evangélica de Letras do Brasil, disse:
“Impressiona-nos, na contemplação do mundo atual, a exatidão das Sagradas Escrituras.
Nestes nossos tempos, com a precisão admirável, cumprem-se previsões do velho e
bendito livro. Páginas proféticas assumem o sabor de crônicas contemporâneas, em que
fatos e feitos, na história e através dos homens, proclamam a veracidade da Eterna Palavra,
que não falhou e nem falhará. Por isso é tempo de voltar à Palavra de Deus. E é isso que a
humanidade está fazendo, depois de tantas fugas. Depois de procurar tantos caminhos,
onde a frustração lhes foi fatal, os homens retornam ao caminho, ao único e verdadeiro
caminho. E, nesse caminho, em sentido de libertação e esperança, brilha a palavra, que é
luz e lâmpada de Deus.”
Chales Spurgeon, famoso pregador inglês, escreveu: “Depois de ter pregado o evangelho
por quarenta anos, e de ter impresso os sermões que preguei semanalmente durante trinta
e seis anos, tendo estes alcançado o número de 22 mil, creio que devo ter direito a dizer
algo sobre a riqueza e plenitude da Bíblia como o livro do pregador. Irmãos, ela é
inesgotável. Não haverá perigo de ficarmos secos se nos apegarmos ao texto deste volume
sagrado. Não haverá dificuldade em arranjar assuntos totalmente distintos dos já usados; a
variedade é tão infinita como a sua plenitude. Uma longa vida mal dá para ladear as
margens deste continente de luz. Nos quarenta anos do meu ministério tenho podido
apenas tocar a orla das vestes da verdade divina, mas que virtude já fluiu dela! A Palavra é
como o seu Autor – infinita, imensurável, eterna. Se fosses ordenado ao ministério por toda
a eternidade, terias na mão tema suficiente para as exigências eternas.”
A Bíblia é a Palavra de Deus por ter sido inspirada por Ele. Ao longo de suas páginas
afirma-se duas mil e oito vezes que Deus é seu Autor. No Novo Testamento, essa autoria
divina é reclamada 225 vezes, cerca de 50 vezes pelo próprio Senhor Jesus.
Sendo a Palavra viva de Deus, é de se esperar que encontremos nela um vínculo que
unifique todos os seus livros, apesar de estes terem sido escritos em épocas diferentes e
em lugares distintos. Esse vínculo é a apresentação, direta ou indireta, que cada livro
bíblico faz da pessoa de Jesus.
Queridos irmãos, Leitor, como Palavra de Deus, a Bíblia exerce poderosa e benéfica
influência onde quer que é difundida. “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais
cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e
espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”
(Hb 4.12,13).
Deus mesmo afirma – “Assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim
vazia” (Is 55.11), e o Apóstolo Paulo fala do Evangelho como o “poder de Deus” e da
transformação gerada por este mesmo Evangelho na vida do que o aceita – “É nova
criatura: as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5.17).
A Bíblia apresenta a sí mesmo como alimento (Am 8.11), como fogo (Jr 23.29), como luz (Sl
119.105), como leite (1 Pe 2.2), como mel e como ouro (Sl 19.10), como espelho (Tg
1.23-25), como martelo que esmiúça a penha (Jr 23.29), como espada (Ef. 6.17) e como
semente (1 Pe 1.23).
A Bíblia é um todo e não pode ser alterada. Acrescentar-lhe ou tirar-lhe algo, seria danificar
sua perfeição absoluta (AP 22.18,19). O cânon da Escritura está fechado. Outras obras
lançam luz valiosa sobre ela, mas a Bíblia permanece incomparável, única e completa.
Outra razão que torna-a o mais precioso livro do mundo é a sua atualidade. Embora escrita
há milênios, sua mensagem é hoje mais atual “do que o jornal que vai circular amanhã”,
usando as palavras do Evangelista Billy Graham. As outras obras, mesmo as mais famosas,
perdem a atualidade porque se prendem unicamente à vida presente. A Bíblia, no entanto,
trata tanto desta como da outra vida, abrangendo o presente e o futuro.
Provérbios 22.6 – ordena aos pais que instruam os filhos no caminho reto;
Romanos 13.1-5 – ordena ao povo em geral que ore pelos governantes e obedeça às
autoridades;
1 Timóteo 2.1-3 – ensina que todos devemos colaborar com o Governo, orando por ele,
para que Deus lhe dê uma administração sábia e segura. Tanto este texto como o de
Romanos 13.1-5 partem do princípio de que as autoridades, como ministros de Deus,
devem ser justas, que castigam os maus e louvam os bons;
Para redigir a sua Palavra, Deus inspirou mais de 40 autores, dentre eles os estadistas
Josué e Daniel, o legislador Moisés, o poeta Davi, o sábio Salomão, os profetas Isaías e
Jeremias, o médico Lucas, o filósofo Paulo, o coletor de impostos Mateus, e os pescadores
Pedro, Tiago e João. Estes e muitos outros gastaram, ao todo, dezesseis séculos na
redação da Bíblia, começando por volta de 1500 a .C. e terminando no final do primeiro
século da nossa era.
A Bíblia divide-se em duas grandes partes – Antigo e Novo Testamentos. O primeiro foi
escrito originalmente na língua hebraica, com algumas passagens em aramaico, e se
completou cerca de 434 a .C. O Novo Testamento foi escrito no grego popular, o koinê,
contendo também algumas frases em aramaico. Teve o seu surgimento entre os anos 53 e
96 d.C. Portanto, entre o último livro do Antigo Testamento e o primeiro do Novo, há um
lastro de quase quinhentos anos, no qual se insere um período de tempo chamado
interbíblico, em que surgiram os principais livros apócrifos, ou seja, não inspirados por
Deus.
Acredita-se que foram os escribas Esdras e Neemias que, por volta de 480 a.C., na grande
reforma religiosa daquela época, agruparam os livros do Antigo Testamento na forma como
hoje se encontram na Bíblia. Até aquela data, os livros sagrados dos judeus permaneciam
separados uns dos outros.
Não havendo imprensa de qualquer espécie no período em que foram escritos, todos os
livros bíblicos foram redigidos à mão e divulgados por meio de cópias manuais. Os
copiadores, chamados escribas, copistas ou massoretas, tinham tal respeito pelo texto
sagrado e tão grande cuidado em não alterá-lo que, antes de iniciarem a cópia de qualquer
parte da Bíblia, contavam o número de palavras e letras nelas contidas. Dessa forma, esses
homens sabiam o número exato das palavras e letras de cada um dos trinta e nove livros do
Antigo Testamento. Sabiam também quantas vezes ocorria cada letra.
Os copistas não admitiam rasuras de espécie alguma. Se, depois de pronta uma cópia,
fosse constatada nela algum erro, mesmo o mais simples, tal cópia eram totalmente
destruída.
Apesar das épocas remotas em que foram copiados os livros bíblicos, a arte da escrita já
havia alcançado significativo progresso, principalmente quanto à qualidade da tinta – uma
mistura de carvão com um líquido desconhecido, capaz de conservar-se maravilhosamente
durante muitos séculos.
Segundo o escritor Aresteas, a tradução grega foi feita por setenta e dois sábios judeus (daí
o seu nome Septuaginta), na cidade de Alexandria, a partir de 285 a.C., a pedido de
Demétrio Falário, bibliotecário do rei Ptolomeu Filadelfo. Terminada trinta e nova anos mais
tarde, essa versão assinalou o começo de uma grande obra que, além de preparar o mundo
para o advento de Cristo, deveria tornar conhecida de todos os povos a Palavra de Deus.
Na igreja primitiva, era essa versão conhecida de todos os crentes.
Nem todos os livros do Antigo Testamento, infelizmente, foram bem traduzidos da
“Septuagina”, razão pela qual Orígenes, por volta de 228 d.C., compôs a Hexapla, ou
versão de seis colunas, contendo a versão grega dos Setenta e as três traduções gregas do
Antigo Testamento efetuadas por Áquila do Ponto, Teodoro de Éfeso e Simaco de Samaria.
Estas Três últimas foram realizadas, respectivamente, em 130, 160 e 218 d.C. Além destas
constavam nas duas últimas colunas o texto hebraico e o mesmo texto em grego. Esta
grandiosa obra, constituída de cinqüenta volumes, perdeu-se provavelmente quando os
sarracenos saquearam Cesaréia em 653 d.C.
Mais tarde, a Bíblia de Jerônimo ficou conhecida como Vulgata (vulgar), e foi a base de
todas as traduções durante os mil anos seguintes. No Concílio de Trento (1545-1547), a
igreja católica proclamou a Vulgata como a autêntica versão das Escrituras em latim, e
pronunciou um anátema “sobre qualquer pessoa que afirmasse que qualquer livro que nela
se achava não fosse totalmente inspirado em toda a parte”.
– O Vaticano: Do quarto século d.C., contém o Antigo e o Novo Testamento com omissões.
Está na Biblioteca do Vaticano.
– O Efraemi: Produzido por volta de 450 d.C., acha-se na Biblioteca Nacional de París.
– O Baza: Encontrado por Teodoro Baza no mosteiro de Santo Irineu, na França, em 1581,
está vinculado ao quinto século d.C., e encontra-se atualmente na Biblioteca de Cambridge,
Inglaterra.
– O Washington: Produzido nos séculos quarto e quinto d.C., acha-se no museu Freer, na
capital dos EUA.
Há, ainda, vários outros códices de menor importância, expostos em museus e bibliotecas
de várias partes do mundo. Somente de livros do Novo Testamento, completos ou em
fragmentos, conhecem-se hoje 156.
É interessante observar que Jesus, na parábola dos lavradores maus, que vem a ser a
história resumida de Israel, menciona que o proprietário da vinha enviou seus servos em
dois grupos, os primeiros e os últimos. Afirma a Bíblia que “os principais sacerdotes e os
fariseus, ouvindo estas parábolas entenderam que era a respeito deles que Jesus falava”
(MT 21.45).
O Pentateuco traça a história redentora desde a criação até a morte de Moisés, mas dá
destaque à aliança e aos alicerces legislativos de Israel. Os livros históricos, por outro lado,
dramatizam o movimento histórico da nação durante toda a sua história na Palestina.
Embora contenham temas religiosos e interlúdios exortativos (vários ciclos de juízes e
profetas), a investida maior é no desenvolvimento histórico de Israel.
Quatro desses são geralmente considerados como tendo como autores principais – Josué,
Samuel, Jeremias e Esdras. Este último com o auxílio editorial do sumo sacerdote Eleazar,
além dos profetas Natã e Gade.
É evidente que Jeremias foi auxiliado na compilação de Reis pelo seu amigo, Baruque. Na
maioria dos casos, foram aproveitados nesses livros vários documentos e crônicas, usados
sob a orientação do Espírito Santo pelos autores ou compiladores.
Estes livros dão a estrutura histórica ao restante do Antigo Testamento até a época de
Neemias e Malaquias. Vão de Moisés, o legislador, até Esdras, mestre da lei. As palavras
finais de Moisés, em Dt 20-30, constituem uma introdução excelente aos livros históricos.
Ou, digamos, os livros demonstram exatamente o que Moisés disse naqueles capítulos
sobre o que seria feito pelo Senhor no caso de serem ou não obedientes
A bíblia possui uma estrutura singular. Dividida em dois blocos distintos, Antigo e Novo
Testamento, sua origem tem como ponto de partida o fato de ter sido escrita por cerca de
quarenta autores diferentes envolvidos nas mais diversificadas tarefas da vida diária
(política, serviço militar, serviço publico, sacerdócio, saúde etc.) e cada um deles,
distintamente, agentes de seu proprio momento histórico. Entre estes autores estão eles:
Moises, um político; Josué, um general; Samuel, um sacerdote; Neemias, um copeiro;
Mateus, um coletor de impostos; Lucas, um medico; Paulo, um rabino.
Em linhas gerais, a origem dessa estrutura que a Bíblia evidencia, tem na unidade seu
elemento diferenciador, uma vez que diante da imensa diversidade de textos que eka
engloba( diferentes autores com estilos literários diversos e separados por décadas, séculos
e milênios de historia), percebe-se uma concordância plena, uma espécie de “fio de ouro”
que percorre suas paginas denunciando a autoria suprema de Deus. Neste sentido, a
unidade, conjugada com a diversidade de textos divinamente coordenados, constituem a
origem da estrutura da Bíblia.A final de contas não estamos diante de um livro qualquer,
mas perante uma obra forjada durante cerca de mil e quinhentos nas e que embora
expresse a irrefutável verdade divina, resguarda os traços literários e a capacidade
intelectual de seus autores humanos.
A estrutura da Bíblia, na forma como é apresentada: uma seqüência de livros, dos mais
diversificados gêneros( lei, historia, profecia, poesia, etc.), e que tratam unicamente da
salvação dos homens mediante a pessoa de Jesus ( esse é o tema central das Sagradas
Escrituras), não constitui mera adequação cronológica como todos imaginam. Isto é, a
ordem em que a Bíblia se encontra, iniciando com o livro de Gênesis e terminando com o
Apocalipse, não seguiu meramente a ordem lógica dos fatos narrados, o inicio (Gênesis) e o
fim de todas as coisas (apocalipse). Isto é uma concepção simplória da verdade pó trás da
disposição dos livros sagrados na forma como se apresentam.
O oposto deste entendimento mais simples, é o fato de que por trás da organização dos
livros na seqüência em que se encontram se acha um fundamento essencialmente teológico
, e não uma mera disposição cronológica, ou seja, a crença em um Messias e no
cumprimento das profecias relacionadas a Ele. É em virtude disto que a Bíblia, tal como
utilizada pelos cristãos, diverge de forma estrutural da Bíblia utilizada pelos Judeus não que
haja um choque de entendimentos a respeito da realidade do Messias prometido e de sua
missão de salvamento (Gn.3.15), afinal de contas, tanto os judeus como os cristãos
acreditam nisso, mais em relação a identidade desse Messias: para os judeus o Messias
ainda não veio; para os cristãos Jesus é o Messias prometido.
É a partir desse entendimento, ou seja, desse ponto de vista teológico, que os livros que
compõem a Bíblia Hebraica seguem uma seqüência diferente daquela apresentada pela
Bíblia Cristã. Portanto quando o assunto é a estrutura das Sagradas Escrituras, é pertinente
iniciarmos para efeito de comparação, com informações pertinentes a organização dos
livros que compõem a Bíblia Hebraica e, em seguida a composição estrutural da Bíblia
Cristã.
A Bíblia Hebraica também conhecida como Tanack, apresenta os mesmos livros que
compõem nosso Antigo Testamento. A difenrença entre ambas é a ordem em que esses
livros aparecem. A hebraica, que segue a divisão citada por Jesus em
Lucas(24.44)”[…]convinha que se cumpri-se tudo o que de mim estava escrito na Lei de
Moises, e nos profetas e nos Salmos”, dispõe os livros proféticos(Isaias, Jeremias, Ezequiel,
Oséias, Amós, etc.), que falam do Messias, no meio da Biblia Hebraica (entre a Lei e os
Escritos), dizendo com isso que o Messias ainda não veio, que as profecias a Seu respeito
ainda não se realizaram.
Esta é a razão da ausência dos livros do Novo Testamento n a Bíblia Hebraica, afinal de
contas Jesus nunca foi aceito como o Messias para os Judeus (Jô.1.11) e ate a noticia de
sua ressureição (Mt.28.10; Mc.16.1-8; Lc.24.1-12; Jô.20.1-10) foi deturpada pelos lideres
religiosos judeus (Mt.28.11-15).
A Bíblia Cristã
PANORAMA DA BÍBLIA
GÊNESIS
Livro de
A palavra gênesis significa origem ou princípio, e o livro de Gênesis é um livro de inícios.
Esse livro descreve a Criação da Terra e da vida nela, a Queda de Adão e Eva e a
introdução do pecado neste mundo, a origem da casa de Israel e o estabelecimento da
Santa vontade do SENHOR, feitos por um misericordioso Pai Celestial a fim de salvar Seus
filhos. Ao estudarem o livro de Gênesis, os alunos vão entender melhor quem eles são e o
que o Senhor espera das pessoas que fizeram convênios com Ele.
ÊXODO
Livro de
A palavra êxodo significa “saída” ou “partida”. O Livro de Êxodo nos traz um relato
da libertação de Israel do cativeiro egípcio e sua preparação para herdar a terra
prometida como povo do convênio do SENHOR. A libertação de Israel do cativeiro e
sua jornada através do deserto podem simbolizar nossa jornada em um mundo
decaído e nossa volta à presença de Deus. Ao estudarem esse livro, os alunos
aprenderão mais sobre o poder que o Senhor tem para livrá-los do pecado. Também
aprenderão que os mandamentos, as ordenanças e a Santa e vontade de Deus que
podem ajudá-los a se preparar para receber as bênçãos da vida eterna.
LEVÍTICO
livro de
A palavra Levítico deriva do termo em latim que faz referência aos levitas, uma das 12 tribos
de Israel. Os levitas eram portadores do sacerdócio menor e tinham a responsabilidade de
oficiar no tabernáculo e, depois, no templo em Jerusalém (ver Números 3:5–10). O livro de
Levítico contém instruções sobre o cumprimento dos deveres do sacerdócio, como o
sacrifício de animais e outros rituais que ajudariam a ensinar os filhos de Israel a respeito de
Jesus Cristo e Sua Expiação (ver Alma 34:13–14). O SENHOR revelou um propósito
primordial para as instruções que deu no livro de Levítico: “Santos sereis, porque eu, o
Senhor vosso Deus, sou santo” (Levítico 19:2; ver também Levítico 11:44–45; 20:26; 21:6).
Ao estudar esse livro, os alunos podem aprofundar seu entendimento e apreço pela
Expiação do Salvador. Podem também aprender verdades importantes que os ajudarão a
ser santos, isto é, limpos espiritualmente e designados para propósitos sagrados. O ato de
viver essas verdades preparará os alunos para servir ao Pai Celestial e a Seus filhos.
Resumo de Levítico:
Levítico 1–7 Por meio de Moisés, o Senhor dá instruções quanto à oferta de vários
sacrifícios, inclusive holocaustos, ofertas de carne (ou refeição), ofertas de paz, ofertas pelo
pecado e ofertas pela transgressão.
Levítico 8–10 Aarão e seus filhos são lavados, ungidos, vestidos e consagrados em
preparação para servir a Israel no ofício de sacerdote. O Senhor envia fogo do céu para
consumir o sacrifício que Aarão oferece como expiação por si mesmo e por Israel. Nadabe
e Abiú, dois dos filhos de Aarão, oferecem sacrifícios indevidamente e o Senhor os destrói
com fogo.
Levítico 11–17 O Senhor revela as leis que determinam quais alimentos são limpos e quais
são imundos. Ele também dá instruções quanto à purificação das mulheres que deram à
luz, a todos os que tinham doenças ou estavam impuros ritualmente por outras razões.
Aarão e seus irmãos recebem instruções quanto ao sacrifício por derramamento de sangue
e o Dia da Expiação.
Levítico 18–22 O Senhor ordena que Israel se santifique. Ele dá leis que ajudarão o povo a
ser limpo sexualmente e a evitar práticas indignas. Ele também ordena que os sacerdotes
sejam santos e dá-lhes leis específicas para que permaneçam ritualmente imaculados.
Levítico 23–27 O Senhor estabelece dias e festas solenes para Israel. São estabelecidas
leis para o acampamento de Israel, com orientações para que todas as pessoas sejam
tratadas com justiça e que a devida restituição seja feita às partes ofendidas. O Senhor
estabelece o ano "Sabático", quê é o ano Setimo, que é o ano do jubileu. O Senhor
descreve as maneiras pelas quais Ele abençoará os israelitas pela obediência e os punirá
pela desobediência aos Seus mandamentos. As leis quanto ao dízimo e à consagração da
propriedade são estabelecidas.
NÚMERO
livro de
O livro de Números tem esse nome por causa das instruções do Senhor a Moisés de
numerar ou contar todos os israelitas homens “da idade de vinte anos para cima, todos os
que em Israel podem sair à guerra” (Números 1:3). Moisés contou os homens israelitas
duas vezes, uma no Monte Sinai e outra nas planícies de Moabe, perto de Jericó (ver
Números 26). Esse livro também registra as experiências de fé dos israelitas e suas
rebeliões ao vagarem por 40 anos no deserto. Ao estudar o livro dos Números, os alunos
aprenderão sobre a importância de confiar no Senhor e de obedecer a Seus mandamentos,
bem como de apoiar Seus líderes escolhidos.
Além disso, esse livro registra muitos incidentes nos quais os filhos de Israel se rebelaram
contra o Senhor e Moisés, o que trouxe consequências adversas sobre eles (ver Números
12:1–2; 13:26–14:4; 14:40–45; 16:1–3, 31–35, 41; 20:1–5; 21:4–5; 25:1–3). Além de ilustrar
os efeitos da justiça divina, o livro testifica da misericórdia e da natureza benevolente de
Jeová. Ao mandar, por exemplo, Moisés levantar uma serpente de metal numa haste, o
Senhor preparou um meio para que Seu povo superasse os efeitos de sua rebelião (ver
Números 21:4–8). Essa experiência tornou-se um meio importante de ensinar aos israelitas
a missão redentora e a Expiação de Jesus Cristo (ver Helamã 8:13–16; João 3:14–15).
DEUTERONÔMIO
livro
O livro de Deuteronômio contém as últimas palavras de Moisés aos filhos de Israel antes de
entrarem na terra de Canaã, com Josué como líder. O título do livro significa “segunda lei”
ou “repetição da lei” (ver o Guia para Estudo das Escrituras, “Deuteronômio”), pois, em seus
sermões finais, Moisés repetiu aos israelitas muitas leis e muitos mandamentos que faziam
parte de seu convênio com o Senhor. Moisés também exortou os israelitas a lembrarem-se
de guardar seus convênios quando lhes ensinou as consequências tanto da obediência
quanto da desobediência às leis e aos mandamentos do Senhor.
Uma das características mais notáveis do livro de Deuteronômio é a frequência com que é
citado em outras escrituras. Dos cinco livros de Moisés, Deuteronômio é o mais citado pelos
profetas do Velho Testamento. Também é citado ou mencionado quase cem vezes no Novo
Testamento. Jesus usou versículos de Deuteronômio para livrar-se das tentações de
Satanás (ver Deuteronômio 6:13, 16; 8:30; Mateus 4:1–11) e para explicar qual era o maior
de todos os mandamentos da lei (ver Deuteronômio 6:5; Mateus 22:36–38).
Resumo:
Deuteronômio 1–4 Moisés fala sobre acontecimentos significativos dos últimos 40 anos dos
israelitas, inclusive do convênio que o Senhor fez com eles em Horebe ou Monte Sinai.
Deuteronômio 5–11 Moisés exorta os israelitas a ensinar seus filhos a amar ao Senhor,
guardar os mandamentos e casar-se no convênio. Lembra-os de que devem ser um povo
santo e escolhido do Senhor. Moisés também fala aos israelitas sobre as lições de que
precisam lembrar-se e que foram aprendidas nas peregrinações no deserto, alertando-os
sobre o que acontecerá se esquecerem essas coisas. Ele fala sobre a época em que os
israelitas se rebelaram e como serviu de mediador entre eles e o Senhor. Ensina aos
israelitas que, se amarem e servirem ao Senhor, serão abençoados na terra prometida;
caso contrário, serão amaldiçoados.
Deuteronômio 12–17 Moisés instrui o povo a destruir os falsos deuses dos cananeus e a
permanecer separados das outras nações, livres de práticas e influências mundanas.
Lembra aos israelitas os mandamentos do Senhor. Alerta o povo de Israel sobre as
desvantagens de terem um rei e dá-lhes instruções caso decidam agir de modo contrário
aos seus conselhos.
Deuteronômio 29–30 Israel faz um convênio com o Senhor. Moisés adverte que aqueles
que desobedecerem ao Senhor serão amaldiçoados e profetiza que as pessoas que
obedecerem serão abençoadas material e espiritualmente.
Deuteronômio 31–34 Moisés incentiva Josué e os israelitas a serem fortes e corajosos.
Ensina um cântico aos israelitas que vai ajudá-los a lembrar-se do Senhor e dos
mandamentos. Ele abençoa cada tribo de Israel e vê toda a terra que Israel herdará.
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O nome Josué
O nome do Senhor Jesus tem a mesma rais de Josué.
O nome Josué tem origem a partir do hebraico Yehoshu'a ou Yeshua ( ַ)מֹוׁשִ יעque significa
“Salvado”. Possuindo o mesmo significado de Jesus, forma aramaica de Josué, esse é,
assim um dos nomes dados para Jesus antigamente. ... Originalmente, Josué era chamado
na história da Bíblia pelo nome de Oséias.
Tem origem no hebraico Oshea, ( )הושעque quer dizer literalmente “salvo”.
(ou Joshua, do hebraico, Yehoshua ou Yeshua, significa "Salvador ou Salvação, "Iesous na
transliteração para o grego antigo, e na forma latina, Jesus), Josué era chamado
originalmente de Oseias, entretanto, seu nome fora mudado por Moisés.
(Número 13:8-Número 14:6)
Quando e ondem foi escrito?
Há várias opiniões sobre quando o livro de Josué foi escrito. Alguns detalhes no livro de
Josué dão a entender que pode ter sido escrito durante ou logo após o período de vida de
Josué (segundo alguns eruditos, entre os séculos 15 e 13 a.C.). Por exemplo, Josué 6:25
declara que Raabe, que foi salva em Jericó, “habitou no meio de Israel até ao dia de hoje”,
indicando que Raabe e outros contemporâneos de Josué ainda estavam vivos quando esse
livro foi escrito. É provável que o livro tenha sido escrito na terra de Canaã.
JUÍZES
Livro de
a saga dos Israelitas
O livro dos Juízes foi assim chamado por causa dos vários governantes, chamados “juízes”
(Juízes 2:16–19), que são as figuras centrais do livro. Em geral, esses juízes eram mais
líderes militares e guerreiros do que pregadores da retidã.
O livro narra os atos de muitos desses líderes, sendo que alguns deles ajudaram a libertar
os israelitas dos efeitos de seu comportamento pecaminoso. Ao estudar o livro dos Juízes,
os alunos vão aprender que o Senhor permite que Seu povo sofra as consequências de sua
infidelidade a Ele. Os alunos vão ver também que o Senhor está disposto a libertar Seu
povo tantas vezes quanto se arrependerem de seus pecados.
O livro dos Juízes descreve um ciclo que se repetiu inúmeras vezes durante o reinado dos
juízes. Como os israelitas não conseguiram acabar com as influências iníquas da terra
prometida, envolveram-se em pecados e foram conquistados e afligidos por seus
adversários. Após os israelitas clamarem ao Senhor pedindo ajuda, Ele enviou juízes para
libertá-los de seus inimigos. No entanto, os israelitas logo voltaram a pecar, e esse ciclo se
repetiu. (Ver Juízes 2:11–19).
O livro menciona o nome de 12 juízes que governaram Israel com diferentes graus de
sucesso. O relato de Débora como juíza de Israel é único, considerando a sociedade
patriarcal em que ela vivia (ver Juízes 4–5). Gideão, como muitos que foram chamados e
escolhidos pelo Senhor, achava que não tinha capacidade para liderar (ver Juízes 6:15),
mas, como os israelitas confiaram no Senhor, ele e 300 soldados alcançaram a vitória sobre
um imenso exército de midianitas (ver Juízes 7–8).
Sansão é outra figura notável do livro dos Juízes (ver Juízes 13–16). A história marcante
dos acontecimentos, apesar desse início promissor e da grande força física que o SENHOR
lhe deu, Sansão acabou não conseguindo ajudar os israelitas a se voltarem para o
SENHOR e a abandonarem seus pecados, algo que precisavam fazer para que o Senhor os
libertasse de seus inimigos.
Em Juízes 17–21, lemos sobre a ilegalidade e a desordem que reinavam entre as tribos de
Israel sob o governo dos juízes, pois colocaram sua confiança na sabedoria dos homens e
decidiram desobedecer aos mandamentos do Senhor. Na última linha do livro, o autor
escreve: “Naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia o que parecia reto
aos seus olhos” (Juízes 21:25).
Resumo geral
Juízes 1–2 Muitas tribos de Israel não conseguem retirar todos os habitantes de Canaã de
suas terras. Os israelitas se esquecem do Senhor e adoram falsos deuses. O Senhor retira
Sua proteção e Suas bênçãos dos israelitas. Eles são oprimidos por seus inimigos e
clamam ao Senhor para que os liberte. O Senhor chama juízes para libertar os israelitas.
Juízes 3–16 O Senhor chama 12 juízes para ajudar a libertar as tribos israelitas das
consequências de sua infidelidade ao Senhor. Entre eles, Débora, que liberta Israel da
opressão dos cananeus, e Gideão, que destrói o altar de Baal e liberta Israel dos midianitas.
Um dos juízes, Sansão, luta contra os filisteus, mas é capturado como resultado de suas
escolhas erradas. Ele morre depois de causar o desmoronamento de um edifício sobre si
mesmo e muitos filisteus.
Juízes 17–21 Mica e os danitas criam santuários dedicados à adoração de ídolos e uma
concubina levita é maltratada e morta. Onze tribos israelitas se unem para lutar contra a
tribo de Benjamim e quase a destroem completamente
RUTE (Sig: Rute é a versão portuguesa do hebraico Ruth, que deriva da palavra Re'ut, que
quer dizer “amiga”, sendo que por extensão também pode ser aplicado o significado de
“companheira”)
Livro de
As Bem aventuranças de uma viúva Israelita e uma viúva Moabita, sogra e nora.
No livro de Rute, lemos uma comovente história de conversão, coragem, determinação,
lealdade e fidelidade. A compaixão e o amor entre Noemi e sua nora, Rute, inspiram os que
estudam esse livro a refletir sobre seus relacionamentos tanto dentro como fora da família.
O livro de Rute também pode ensinar aos alunos como o SENHOR cuida e abençoa os que
O seguem e obedecem a Seus ensinamentos.
Um tema proeminente no livro de Rute é o da redenção, que se aplica a todos nós. Rute era
estrangeira, não tinha filhos e era viúva, o que a deixou na total pobreza, sem nenhuma
fonte de sustento. Contudo, Rute aceitou o Evangelho com fé e uniu-se ao povo do
SENHOR. Embora não pudesse se livrar de sua situação de pobreza, no final foi “redimida”
por um parente, Boaz, um homem de Belém. Devido a sua demonstração de fé e à bondade
de seu redentor, Rute casou-se novamente, foi plenamente aceita como israelita, tornou-se
dona de certa riqueza e foi abençoada com filhos. Assim como Rute, não podemos salvar a
nós mesmos, mas podemos confiar na Salvação do Redento, o Senhor Jesus Cristo,
Aquele que é capaz de nos tirar de um estado decaído e assegurar nossa felicidade como
parte de Sua família. Dado esse tema de redenção, é interessante notar que Jesus Cristo, o
Redentor de Israel e de toda a humanidade, foi um dos descendentes de Rute (ver Mateus
1:5–16).
Resumo
Rute 1 Noemi e sua família mudam-se para Moabe onde seu marido morre e seus filhos
casam-se com mulheres moabitas. Depois da morte dos filhos, Noemi volta para Belém.
Uma das noras de Noemi, Rute, decide ir com ela.
Rute 2 Rute trabalha para sustentar Noemi e a si mesma respigando nos campos de Boaz.
Boaz é generoso com Rute.
Rute 3 Rute deita-se aos pés de Boaz, que lhe promete tornar-se responsável por ela e
Noemi se o parente mais próximo não o fizer.
Rute 4 O parente mais próximo de Noemi e Rute permite que Boaz assuma a
responsabilidade de cuidar delas. Boaz casa-se com Rute e eles têm um filho.
1 SAMUEL (Sig: Samuel advém do hebraico Shemu’el, cuja composição se dá pela união
de shem, que quer dizer “nome”, e El, cuja acepção é “Deus”.
{O nome de Deus}
Algumas fontes também relacionam a origem a Shamu´el, onde a segunda parte do nome é
igual, mas a primeira, shama, entende-se por “ouvir”.
{Ouvir a Deus}
Livro de
O livro de I Samuel narra o ministério do Profeta Samuel, que “restaurou a lei e a ordem e a
adoração religiosa regular na terra” depois que os israelitas se esqueceram do Senhor e
adoraram ídolos em muitas ocasiões ao longo do reinado dos juízes. Um dos temas
principais de 1Samuel é a importância de honrarmos ao Senhor. Em 1Samuel 2:30, lemos:
“Aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados” (ver
também 1Samuel 2:9). Em outras palavras, o Senhor abençoará aqueles que O honram e
guardam Seus mandamentos, e aqueles que não o fazem não receberão Suas bênçãos.
Vários relatos contidos em 1Samuel ilustram esse tema. Ana honrou o Senhor e pediu um
filho, e o Senhor abençoou Ana com um filho. Samuel, o filho de Ana, também foi
abençoado por dar ouvidos ao Espírito e obedecer ao Senhor. Saul não continuou a honrar
o Senhor, por isso o Senhor nomeou Davi para substituí-lo como rei. Quando jovem, Davi
exerceu fé no Senhor, que o abençoou para que conseguisse matar Golias. À medida que
os alunos estudarem o livro de I Samuel, eles podem aumentar sua fé sabendo que serão
abençoados se honrarem o Senhor e obedecerem a Ele.
A primeira seção começa com a história da mãe de Samuel, Ana. Sua dedicação a Deus
ajudou a preparar seu filho para cumprir seu papel como um vigoroso profeta para um povo
apóstata. Essa história é uma das poucas significativas nas escrituras que retratam uma
mulher de extraordinária fé no Senhor e destacam o influente papel das mulheres no
cumprimento de Seus propósitos (ver I Samuel 1–2).
Outra característica marcante do livro é seu relato da transição de uma forma de governo
para outra. Após passar muitos anos como uma confederação tribal governada de modo
esporádico e irregular por juízes, os filhos de Israel desejarem ter um rei “como o têm todas
as nações”
(1Samuel 8:5). Sob a direção do Senhor, Samuel ungiu Saul para ser o primeiro rei de
Israel. Contudo, Samuel advertiu aos israelitas sobre o que lhes adviria se decidissem ser
governados por um rei (ver I Samuel 8:11–22).
Resumo
I Samuel 1–7 Ana roga ao Senhor para ter um filho. O Senhor atende a seu pedido, e ela dá
à luz Samuel. Bem cedo na infância de Samuel, ela o apresenta no tabernáculo para servir
sob os cuidados de Eli. O Senhor aparece a Samuel e o abençoa. Os filisteus atacam Israel
e capturam a arca da aliança. Samuel prega aos israelitas e os exorta a deixar de adorar
ídolos e a começar a servir ao Senhor. Os israelitas voltam para o Senhor, e Ele subjuga os
filisteus.
I Samuel 8–15 Os filhos de Israel desejam ter um rei. Samuel fica descontente com o
pedido deles e os adverte da opressão que um rei lhes imporia. O Senhor consente em
dar-lhes um rei e instrui Samuel a ungir Saul. Saul foi chamado pelo Senhor e apoiado pelo
povo para tornar-se rei. Ele reina em retidão por algum tempo, mas acaba desobedecendo
ao Senhor e é rejeitado por Ele.
I Samuel 16–31 O Senhor instrui Samuel a ungir um rapaz chamado Davi para que se torne
o rei. Davi derrota Golias e é grandemente honrado pelo povo. O rei Saul fica com inveja de
Davi e tenta matá-lo por diversas vezes. Davi conquista muitos apoiadores, inclusive o filho
de Saul, Jônatas. Saul é derrotado e morto pelos filisteus.
2 SAMUEL
Livro de
O livro de 2Samuel começa narrando a ascensão de Davi e seu governo como rei de Israel,
ilustrando a generosidade e bondade do Senhor para com aqueles que são fiéis a Ele.
Contudo, ao relatar os pecados de Davi e de seus filhos Amnom e Absalão, esse livro
também mostra a tristeza e a tragédia que acompanham a violação dos mandamentos do
Senhor. Por meio de seu estudo do livro de 2Samuel, os alunos podem aprender que, se
não formos fiéis no cumprimento dos mandamentos de Deus, podemos cometer erros que
vão alterar drasticamente o curso de nossa vida e trazer consequências prejudiciais para
nós mesmos e para outros.
Resumo
2Samuel 1–10 Davi se torna rei, primeiro da tribo de Judá e depois de toda a Israel. Ele leva
a arca da aliança para Jerusalém e se oferece para construir um templo, mas o Senhor o
proíbe de fazê-lo. O Senhor está com Davi quando ele derrota muitas nações. Ele exerce
um sábio julgamento e governa seu reino com justiça e misericórdia.
2Samuel 11–12 Davi deseja Bate-Seba e comete adultério com ela. Bate-Seba concebe um
filho, e Davi tenta fazer parecer que o marido de Bate-Seba, Urias, é o pai. Quando esse
plano não funciona, Davi então toma providências para que Urias seja morto em batalha e
toma Bate-Seba como mulher. O Senhor revela a Natã, o profeta, o que Davi havia feito, e
Natã expõe por meio de uma parábola o pecado de Davi. Natã profetiza a tragédia e o
sofrimento que advirão a Davi e à sua família.
2 Samuel 13–24 A família de Davi é dividida por desejos lascivos e assassinatos. Seu filho
Absalão conspira contra ele e aspira ao trono. Davi se esforça para reinar com justiça e
consegue manter o controle do reino.
1 REIS
Livro de
O livro de 1 Reis fornece um relato da morte de Davi, do reinado de seu filho Salomão e do
declínio e da divisão do reino de Israel depois que Salomão e muitos de seus sucessores se
voltaram para a adoração de ídolos. Também relata o ministério do Profeta Elias entre as
dez tribos de Israel ao norte. Ao estudar esse livro, os alunos podem aprender verdades
que vão ajudá-los a entender a importância de adorar ao Senhor em Seu templo, casar
dentro do convênio, fazer escolhas corretas e ouvir a voz mansa e delicada do Senhor.
Além disso, o livro de 2 Reis apresenta ao leitor o determinado Elias fez tendo a autoridade
do Espírito de Deus, que uma seca durasse três anos e meio, reviveu os mortos, invocou
fogo do céu e profetizou a queda do rei Acabe e sua mulher Jezabel, que juntos
governavam de modo iníquo no reino de Israel, ao norte.
Resumo
1 Reis 1–11 Antes de sua morte, o rei Davi fez com que seu filho Salomão fosse ungido rei.
Salomão governa seu reino com grande sabedoria. Salomão constrói um templo e seu
palácio em Jerusalém, dando início ao período conhecido como a “era de ouro de Israel”. A
rainha de Sabá visita Salomão. As mulheres de Salomão o induzem a deixar de adorar ao
Senhor e o incentivam a adorar deuses falsos. O reino de Salomão é ameaçado por
Jeroboão.
2 Reis 12–16 Todas as tribos de Israel, exceto Judá e Benjamim, se rebelam contra o filho
de Salomão, Roboão. O reino é dividido, e Jeroboão se torna governante do Reino do Norte
(também conhecido como Israel), deixando Roboão para governar o Reino do Sul (também
conhecido como Judá). Jeroboão e Roboão estabelecem a adoração a ídolos em seus
respectivos reinos, e muitos governantes de ambos os reinos seguem esse padrão de
idolatria.
2 Reis 17–22 O Profeta Elias faz com que haja uma seca na terra. Ele revive o filho da viúva
dentre os mortos. Com grande poder de Deus, Elias compete com os sacerdotes de Baal e
mostra que Jeová é Deus. Depois desse milagre, Jezabel, mulher do rei Acabe e seguidora
de Baal, tenta matar Elias. Elias viaja para o Monte Horebe, onde o Senhor fala com Ele por
meio de uma voz mansa e delicada. Elias se encontra com Eliseu, que o sucede como
profeta. Elias profetiza a morte de Acabe e de Jezabel. Depois da morte de Acabe, Acazias,
o filho de Acabe, reina em iniquidade.
1 e 2 CRÔNICAS
Uma crônica é um relato de acontecimentos históricos apresentados na ordem em que
ocorreram.
Resumo
I Crônicas 1–9 Registradas as genealogias dos patriarcas e dos filhos de Jacó.
I Crônicas 10–22 Depois da morte de Saul, Davi reina sobre todas as tribos de Israel. Ele
traz a arca da aliança para Jerusalém, que se torna a capital do reino. O Senhor ordena a
Davi que não construa uma casa ao Senhor e promete que o filho de Davi o fará. O rei Davi
vence outras nações em batalha e reina com retidão em Israel.
I Crônicas 23–29 Davi prepara seu filho, Salomão, e os levitas para construir o templo. Davi
morre e Salomão sobe ao trono.
II Crônicas 1–9 O rei Salomão é abençoado pelo Senhor com grande sabedoria e riqueza.
Ele constrói e dedica o templo em Jerusalém. O Senhor aparece a Salomão e promete
abençoar os israelitas de acordo com a obediência deles. Depois de 40 anos de reinado,
Salomão morre e seu filho, Roboão, reina em seu lugar.
II Crônicas 10–35 Dez tribos de Israel rebelam-se contra Roboão e o reino se divide. As
tribos de Judá e Benjamim permanecem em Judá. Muitos reis reinam no reino do sul (Judá).
ESDRAS (do hebraico Ezra עֶ ז ְָרא,abreviação de " עַ ז ְִריאֵ לAquele que ajuda, Ajudador,
Auxiliador)
Livro de
Introdução ao Livro de Esdras
Por que estudar esse livro?
O livro de Esdras traz um relato da volta de dois grupos de judeus da Babilônia para
Jerusalém, onde reconstruíram o templo e sua comunidade. Ao estudar o livro de Esdras,
os alunos vão aprender como o Senhor dá a Seu povo a capacidade de vencer a oposição
e fazer Sua vontade. Os alunos também vão aprender sobre a importância de não repetir os
pecados de gerações anteriores.
Resumo
Esdras 1 Em cumprimento a uma profecia, o rei Ciro, da Pérsia, permite o retorno dos
judeus, que viviam na Babilônia, para Jerusalém a fim de reconstruírem o templo. O
primeiro grupo de judeus volta sob as ordens de Sesbazar (também conhecido como
Zorobabel; ver o Guia para Estudo das Escrituras, “Zorobabel”).
Esdras 2–4 Lista dos exilados. Sob o comando de Zorobabel, o líder judeu da região, e
Jesua, o sumo sacerdote, os judeus reconstroem primeiramente o altar do templo. Eles
iniciam a reconstrução do templo, mas são obrigados a parar devido às queixas dos
samaritanos ao rei da Pérsia.
Esdras 5–6 Depois de muitos anos de interrupção nas obras do templo, Zorobabel, Jesua e
os Profetas Ageu e Zacarias assumem a liderança na retomada da reconstrução do templo.
Dario, o rei da Pérsia naquela época, reconfirma a deliberação do rei Ciro para os judeus
reconstruírem o templo. O templo é concluído e dedicado.
Esdras 7–10 Esdras recebe do rei Artaxerxes a incumbência de guiar outro grupo de judeus
até Jerusalém. Ele descobre que muitos judeus, inclusive líderes, desobedeceram ao
Senhor ao se casarem com não israelitas que praticavam a idolatria. Aqueles que são
culpados confessam seu pecado e se separam das esposas estrangeiras.
Livro de
O livro de Neemias conta a história de Neemias, um líder dos judeus que regressara a
Jerusalém. Sob sua direção, foram reconstruídos os muros de Jerusalém. Contudo,
“Neemias não se contentou simplesmente em erguer estruturas físicas, mas desejava
também que seu povo fosse edificado espiritualmente” e ajudou os judeus a “assumir o
controle de sua vida, suas terras e seu destino como o povo de Deus”.
Resumo
Neemias 1–6 Neemias, um judeu que servia de copeiro do rei da Pérsia, jejua e ora ao
saber que os judeus em Jerusalém estão sofrendo e que os muros em volta da cidade
foram derrubados. O rei Artaxerxes concede o pedido de Neemias para voltar e reconstruir
os muros e portões da cidade. Neemias viaja a Jerusalém e lidera os judeus na
reconstrução dos muros da cidade, apesar da oposição.
Neemias 7 Para proteger os judeus que viviam em Jerusalém, Neemias ordena que as
portas da cidade sejam abertas só nas horas mais quentes do dia e trancadas em todos os
outros momentos. Também nomeia porteiros para vigiar os portões e as casas dos judeus.
Ele examina o registro genealógico dos judeus em Jerusalém. É negado o sacerdócio
àqueles que não conseguem provar por meio de registros genealógicos que são levitas.
Neemias 8–10 Esdras lê em voz alta e interpreta a lei de Moisés para os judeus. O povo
chora quando ouve a leitura em voz alta das escrituras. Eles jejuam e confessam seus
pecados perante o Senhor. Alguns judeus contam a história dos israelitas e algumas
bênçãos recebidas de Deus desde Abraão até seus dias. O povo faz o convênio de
casar-se somente dentro da casa de Israel, honrar o Dia do Senhor, pagar o dízimo e
guardar os mandamentos do Senhor.
Neemias 13 Neemias sai de Jerusalém por vários anos e, durante sua ausência, os judeus
em Jerusalém começam a quebrar seus convênios e a negligenciar a lei de Moisés.
Neemias volta e ajuda o povo a guardar os convênios limpando o templo, reinstituindo a
observância do Dia do Senhor e ensinando ao povo sobre o casamento dentro do convênio.
ESTER. (Ester: Significa "estrela". Tem origem no nome hebraico Esther e do latim
Stella. Seu significado é, literalmente, "estrela"
Livro de
O livro de Ester traz um exemplo excelente do poder e da influência para o bem que uma
pessoa pode exercer. Na condição de judia exilada na Pérsia, Ester chegou à alta posição
de rainha da Pérsia e depois se viu diante da possibilidade de ser executada juntamente
com o restante de seu povo. Ao estudarem esse livro, os alunos vão aprender sobre a
importância de agir com coragem em situações aterradoras e como desenvolver confiança
em Deus.
O autor do Livro de Ester é desconhecido. Pelas pistas deixadas no livro, podemos deduzir
que se trata de um judeu persa, possivelmente residente na cidade de Susa. Também se lê
neste livro o seu nacionalismo intenso e preocupação com a festa do Purim, acredita-se que
seja Mordecai, mais isso não é certeza.
Ester 3–5 Mardoqueu, primo de Ester e pai adotivo, recusa-se a inclinar-se perante Hamã.
Como resposta, Hamã elabora um plano para destruir todos os judeus do reino. Os judeus
lamentam-se, choram e jejuam para ser poupados. Ester arrisca a própria vida
apresentando-se ao rei sem ser convidada. O rei a recebe com bondade e concorda em
participar de um banquete com Hamã.
Ester 6–8 No segundo dia do banquete, Ester revela ao rei o plano de Hamã para matar os
judeus. O rei ordena a execução de Hamã na forca que Hamã preparara para Mardoqueu.
O rei honra Mardoqueu e permite que ele e Ester revertam o decreto para matar os judeus.
Ester 9–10 Os judeus recebem autoridade do rei para matar seus inimigos no reino.
Instituem a Festa de Purim para comemorar sua libertação milagrosa do plano de Hamã.
Porque Poeticos?
Foram escritos, em sua maioria, em linguagem poética, fazendo uso de metáforas, e têm
um caráter de ensinamento para alcançar a sabedoria. Esses livros apresentam a sabedoria
e a espiritualidade do povo de Israel, e fazem parte da chamada literatura sapiencial,
comum no Oriente
Significa Poético?
adjetivo Que pertence à poesia, que é próprio dela. Apropriado para inspirar um poeta. Que
comove e emociona.
livro de
Um homem da terra Uz do oriente (Jó 1:1-3)
Uma das perguntas mais básicas com que qualquer pessoa de fé pode debater-se é por
que coisas ruins acontecem com pessoas boas. O livro de Jó contém o relato de um homem
íntegro que permaneceu fiel mesmo em meio a duras provações. A experiência de Jó nos
convida a refletir sobre perguntas difíceis a respeito das causas do sofrimento, a fragilidade
da existência humana e os motivos para crer em Deus mesmo quando a vida parece
injusta. Ao longo de todas as suas provações, Jó manteve sua integridade e sua confiança
em Deus, mesmo quando alguém o instou a “[amaldiçoar] a Deus, e [morrer]” (Jó 2:9). Já
que todos nós podemos sentir-nos como Jó num momento ou outro, esse livro nos oferece
uma análise pungente de algumas das perguntas mais difíceis da vida.
O livro de Jó também se destaca por uma passagem que confirma a realidade da vida
pré-mortal, quando “as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de
Deus jubilavam” por ocasião da Criação da Terra (Jó 38:7).
Resumo
Jó 1–2 Num prólogo que começa a narrativa poética, imagina-se o Senhor e Satanás
discutindo a fidelidade e prosperidade de Jó. Satanás insinua que Jó só é íntegro por ser
um homem abençoado. O Senhor dá permissão a Satanás para afligir Jó, mas não para
matá-lo. Jó persevera e permanece fiel em meio à perda de sua riqueza pessoal, seus filhos
e, por fim, sua própria saúde.
Jó 3–37 Jó lamenta suas aflições e se pergunta se teria sido melhor nunca ter nascido. Três
amigos de Jó, Elifaz, Bildade e Zofar o consolam, mas começam a questionar suas
alegações de que ele não merece seu sofrimento. Em seguida, os quatro debatem sobre a
natureza do sofrimento nesta vida. Os amigos de Jó dizem que a justiça de Deus não pune
os justos; portanto, o padecimento de Jó deve estar ligado a algum pecado cometido. Jó
declara sua inocência e mantém-se confiante em Deus, embora não saiba por que lhe
sobrevieram aquelas provações. Eliú, um homem mais jovem, oferece reflexões sobre os
motivos do sofrimento de Jó.
Jó 38:1–42:6 O Senhor aparece e faz muitas perguntas a Jó, levando-o a pensar no poder
supremo de Deus e em Sua superioridade. O Senhor explica a Jó que é difícil para um
mortal ver as coisas com a perspectiva Dele. Jó submete-se humildemente ao Senhor e a
Seus juízos.
Jó 42:7–16 O Senhor abençoa Jó por sua retidão, dando-lhe o dobro das posses que
perdeu, permitindo que ele tenha novamente o mesmo número de filhos que teve antes e
restaurando sua antiga posição social. Jó vive uma vida longa e plena.
O livro de Salmos é conhecido como Saltério (nebel), lira ou harpa, uma composição de 150
textos poéticos de lamentação, súplica, louvor, ação de graças, orações e; de tempos e
lugares diferentes. Essa coleção chama-se em hebraico, O Livro dos Salmos. Em grego,
Psalmos, isto é, “Poemas adaptados à música”. É o primeiro e mais comprido das junção
dos livros do Saltério, a terceira divisão da Bíblia hebraica.
Os primeiros salmos a serem agrupados, e que mais tarde dariam origem ao Saltério, foram
denominados “Orações de Davi, filho de Jessé”. Outros foram compostos durante o exílio.
Contudo foi durante o reinado de Salomão e o exercício do serviço litúrgico e religioso no
primeiro Templo, que os salmos definitivamente passaram a fazer parte da tradição judaica.
Assim, o livro dos Salmos é a compilação de várias coletâneas da fina obra literária
bíblico-canônica judaica (oração,poemas, hinos e cânticos espirituais) e representa a etapa
final de um processo que demandou séculos de história. Foram os mestres e servos
pós-exílicos do Templo, entretanto, que completaram e concluíram a coletânea final de 150
salmos, ao final do século III a.C.
DATA
Ao questionarmos a data da publicação dos salmos, uma primeira pergunta se faz
necessária: de qual salmo especificamente estamos falando? Porquanto o Saltério é
composto de salmos que vão desde a época pré-exílica, passando por todo o tempo de
cativeiro, até o pós-exílico. O processo de descobrimento, seleção e formação da coletânea
canônica dos salmos levou vários séculos, e foi concluído somente no final do século III a.C.
Considerando que metade de todo o Saltério é de autoria de Davi (ou davídicos), e que
quase todos foram originados no período áureo de Israel e alguns até mais tarde, podemos
datar as primeiras publicações dos Salmos por volta do ano 1000 a.C.
De acordo com os títulos, Davi foi o autor de 73 salmos, Asafe foi autor de 12, os filhos de
Coré foram autores de 11, Salomão foi autor de 2, e Moisés e Etã foram autores de 1 salmo
cada. Nenhum autor é mencionado no caso de 50 dos salmos. A Septuaginta adiciona Ageu
e Zacarias como autores de 5 salmos.
Salmos de Davi: 3 a 9, 11 a 32, 34 a 41, 51 a 65; 68 a 70, 86, 101, 108 a 110, 122, 124, 132,
133, 138 a 145.
Salmos de Salomão: 72 e 127.
Salmos dos filhos de Coré: 42, 44 a 49, 84, 85, 87 e 88. Os filhos de Coré formavam uma
família de sacerdotes e poetas no tempo de Davi.
Salmos de Asafe: 50, 73 a 83. Asafe era um dos principais músicos de Davi. A família de
Asafe era encarregada da música de geração em geração.
Salmo de Etã: 89.
Salmo de Moisés: 90.
É provável que em alguns casos, o nome atribuído ao autor de certos salmos possa
referir-se melhor ao compilador do que ao autor.
O salmo 1 traça a distinção nítida entre a conduta do justo e a do ímpio. Também fala de
seus respectivos destinos. Percebemos que o organizador apresenta com precisão um dos
temas principais dos salmos: o interesse pelo galardão dos justo e o castigo dos ímpios.
O salmo 2 apresenta a idéia de que Deus escolheu o rei israelita e o defendeu das
conspirações dos reinos. Apresenta-se aqui o aspecto nacional em contraste com o
aspecto individual.
Esse dois níveis de mensagem (individual e nacional) unem-se em Davi. Ele representa o
justo necessitado de apoio divino. Também é o rei de Israel por excelência, que representa
não só Israel, mas também todos os reis sucessivos de sua linhagem. Seu amor a Deus
levou o Senhor a escolhê-lo como rei e estabelecer a aliança do Reino com ele.
Propósito e mensagem:
Cada autor possuía um propósito especifico para compor um Salmo. Os comentários mais
antigos sugerem a situação histórica por trás de cada salmo, mas essa prática era
altamente especulativa e não produziu resultados satisfatórios. É provável que muitas
composições tenham sido feitas para suprir necessidades litúrgicas.
Devemos estar dispostos a considerar toda a gama de situações possíveis. Alguns salmos
foram motivados possivelmente por acontecimentos históricos específicos, por exemplo,
treze deles citam ocorrências históricas no título: 3, 7, 18, 34, 51, 52, 54, 56, 57, 59, 60, 63
e 142. Todos são da autoria de Davi. Outros devem ter sido escritos para ocasiões litúrgicas
distintas. Mas alguns podem ter sido meditações pessoais. A questão é que não há
propósito unificado ou mensagem identificada como uma linha de pensamento unificada nos
salmos.
O Saltério era dividido em cinco livros (Salmos 1 a 41, 42 a 72, 73 a 89, 90 a 108, 109 a
150), cada um desses livros recebia uma doxologia final apropriada. Os dois primeiros livros
eram provavelmente pré-exílicos. A despeito dessa divisão em cinco livros, o Saltério era
claramente considerado uma só obra global, com uma introdução (Salmos 1 e 2) e uma
conclusão (Salmos 146 a 150).
Os salmos do primeiro livro são atribuídos a Davi, exceto o primeiro, o segundo, o décimo e
o 33º, que são chamados de órfãos por não se conhecerem o nome de seus autores. Na
Septuaginta, os salmos que compõem o primeiro livro são atribuídos a Davi, exceto o
primeiro, que serve de introdução, e o segundo. O décimo está incorporado ao nono e o 33º
traz o título, “A Davi”. O nome divino de Jeová aparece geralmente nos salmos que
compõem esse livro.
O segundo livro contém 31 salmos. Os primeiros oito fazem parte de uma coleção de
cânticos atribuídos aos filhos de Coré. O salmo 43, quer tenha sido escrito por eles, quer
não, foi composto para conclusão do salmo 42. Esse grupo é seguido de um salmo de
Asafe. Vem depois de um grupo de 20 salmos pertencentes a Davi, exceto dois, o 66 e o
67; este último, porém, a Septuaginta o registra como sendo de Davi. O livro fecha com um
salmo anônimo e outro salomônico, 71 e 72. Nesse livro predomina a palavra Elohim para
designar a pessoa divina, e dois salmos são duplicados de outros dois do primeiro livro, nos
quais a palavra Deus é substituída pela de Jeová (52, 70, cf. 14 e 40.13-17).
O terceiro livro contém 17 salmos. Os primeiros 11 são atribuídos a Asafe, quatro aos filhos
de Coré, um a Davi e outro a Etã. Os salmos desse livro foram colecionados depois da
destruição de Jerusalém e do incêndio do templo (74.3,7,8; 79.1).
O quarto livro contém igualmente 17 salmos, o primeiro é atribuído a Moisés e dois a Davi;
os 14 restantes pertencem a autores anônimos. A Septuaginta dá 11 a Davi, deixando
apenas cinco para autores anônimos, 92, 100, 102, 105 e 106.
O quinto livro contém 28 salmos anônimos, enquanto que 15 são atribuídos a Davi e um a
Salomão. As inscrições diferem muito na Septuaginta. A coleção dos salmos desse livro foi
feita tardiamente porque inclui odes que se referem ao exílio, 126 e 137. Observa-se pois,
que a composição dos salmos demandou grande período de tempo.
Dos 150 salmos, somente 34 não tem título. Esses chamados salmos “órfãos” acham-se
sobretudo do terceiro ao quinto livro, em que tendem em ocorrer em grupos pequenos:
salmos 91, 93 a 97, 99, 104 a 107, 111 a 119, 135 a 137 e 146 a 150. No primeiro e no
segundo livro, somente os salmos 1, 2, 10, 33, 43 e 71 não tem título e, na realidade, os
salmos 10 e 43 são continuações dos anteriores.
Caraterísticas Literárias
O Saltério é poesia do começo ao fim, embora contenha muitas orações. Os salmos são
apaixonados, vívidos e concretos; são ricos em figuras de linguagem, como por exemplo as
símiles e metáforas. As assonâncias, as alterações e os jogos de palavras também são
abundantes no texto hebraico. O uso eficaz de repetições é característico, bem como o
acúmulo de sinônimos e complementos para preencher o quadro. Palavras-chave muitas
vezes ressaltam temas de maior importância nas orações ou nos cânticos.
A poesia hebraica não tem rimas, nem métrica regular. Sua característica mais diferenciada
e comum é o paralelismo. O maior dos versos é composto de dois (às vezes três)
segmentos equilibrados entre si (muitas vezes, o equilíbrio não é rigoroso, e o segundo
segmento é em geral um pouco mais breve que o primeiro). O segundo segmento ecoa,
contrapõe ou complementa estruturalmente o primeiro. Esses três tipos são generalizações
e não são totalmente satisfatórios para classificar a rica variedade que a criatividade dos
poetas conseguiu realizar dentro da estrutura básica dos dois versos. Podem servir, no
entanto, de distinções genéricas que ajudarão o leitor.
Saber onde os versos (ou segmentos do verso original) em hebraico começam ou terminam
é às vezes, questão incerta. Até mesmo a Septuaginta divide os versos de maneira
diferente dos textos hebraicos hoje existentes. Não é de admirar, portanto que as traduções
atuais às vezes divirjam entre si.
Os leitores cristãos dos Salmos dão atenção especial à relação entre estes cânticos antigos
e Jesus Cristo. Após sua ressurreição, Jesus falou a seus discípulos que “importava que se
cumprisse tudo o que sobre mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”
(Lc 24.44). O Antigo Testamento, inclusive os Salmos, aguardavam a vinda de Cristo, o seu
sofrimento e a sua glória. Jesus e os escritores do Novo Testamento fazem extenso uso dos
Salmos para expressar seu sofrimento (Mt 27.46) e a sua glorificação (Mt 22.41 – 46). Além
disso, Jesus foi revelado como objeto de culto dos Salmos. Uma vez que Cristo é a
Segunda Pessoa da Trindade, os hinos e os lamentos dos Salmos são dirigidos a ele, assim
como ao Pai e ao Espírito. Jesus é ao mesmo tempo, cantor dos Salmos (Hb 2.12) e o seu
principal tema.
Salmos 22 e o Calvário
O Salmo 22 apresenta o quadro do Calvário como nenhum outro. Aqui a crucificação é
retratada com mais clareza do que em qualquer outra passagem do Antigo Testamento.
Começa com o clamor do Senhor na hora mais negra da sua vida: “Deus meu, Deus meu,
por que me desamparaste?”. Termina com: “... foi ele quem o fez”. O original hebraico
significa: “Está consumado”, a última expressão de Cristo na cruz.
No Versículo 6 deste salmo, está escrito: “Mas eu sou verme, e não homem; opróbrio dos
homens e desprezado do povo”, referindo-se à afronta da cruz.
“Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa” (22.18). Até
esse ato dos soldados é descrito neste salmo. Leia Mateus 27.35.
PROVÉRBIOS
Livro de
Provérbios não é apenas uma antologia e sim uma "coleção de coleções" relacionadas a
princípios de vida que perdurou por mais de um milênio. O livro é um exemplo da tradição
sapiencial bíblica e levanta questões sobre valores, comportamento moral, o significado da
vida humana e uma conduta ética e Cristã.
Faz parte dos livros apócrifos, ou seja, que não estam no cânon, não considerado inspirado.
O nome Eclesiastes é uma tradução da palavra hebraica koheleth, que significa “aquele que
convoca uma assembleia” ou simplesmente um pregador Ao longo desse livro, o autor
apresenta uma série de perguntas em busca do propósito da vida. Suas perguntas e
conclusões subsequentes ilustram sua própria jornada ao buscar entender por que estamos
aqui na Terra. Ao estudarem esse livro, os alunos vão refletir sobre o propósito da
mortalidade e descobrir com o autor que todos, um dia, terão de comparecer perante Deus
e ser julgados.
Resumo
Eclesiastes 1–2 O pregador conclui que tudo nesta vida é vão ou efêmero e não dura. Para
respaldar essa conclusão, ele relata várias tentativas que fez para encontrar significado e
propósito na vida. Ele procurou a frivolidade e o prazer, edificou “obras magníficas” (2:4) e
ganhou riquezas, mas descobriu que nada disso o satisfazia.
Eclesiastes 3 O pregador explica que coisas boas e ruins acontecem a todas as pessoas.
As obras do homem não perduram. Contudo, as obras de Deus são eternas.
Eclesiastes 4–8 O pregador ensina que, embora esta vida seja temporária e todos um dia
morrerão, há coisas que podemos fazer para encontrar contentamento na vida. Ele
identifica também coisas que certamente resultarão numa vida de insatisfação, como
oprimir o próximo, acumular riquezas simplesmente para ter mais do que os outros e deixar
de buscar sabedoria.
Eclesiastes 9–10 O pregador afirma que tanto os iníquos quanto os justos passarão por
tragédias. Todos têm um tempo limitado nesta Terra e se beneficiarão muito mais ao
alcançarem sabedoria do que ao adquirirem riquezas ou poder.
Eclesiastes 11–12 O pregador conclui que, ao contrário da maioria das coisas na vida, a
obediência aos mandamentos de Deus é de importância duradoura, pois um dia todos
morreremos, nosso espírito voltará a Deus e Ele nos julgará segundo a maneira como
vivemos durante nossa vida mortal.
Livro de Cantares de Salomão-
Não é considerado dos livros inspirados, não é do Cannôn
Resumo
Cantares de Salomão 1–8 Poemas e cânticos de amor e afeto.
O título hebraico é uma expressão Cântico dos Cânticos, com significado superlativo “o
mais excelente cântico”. ... Ao longo de oito capítulos, os Cantares de Salomão trazem
poemas líricos de amor, escrito para exaltar as virtudes do casamento, e do amor entre o
marido e sua esposa.
__________________________
ISAÍAS.
(Significa "salvação do Senhor", "Jeová é salvação", "o Eterno salva".
Tem origem no hebraico Yesha'yahuque deriva dos elementos yesha, yeshua que
significa "salvação" e yahwehque quer dizer "Senhor, Jeová, Deus" e significa
"salvação do Senhor, o Eterno salva")
livro de
O profeta Isaías atuou em Jerusalém a partir do ano da morte do rei Uzias, por volta de 740
a.C. (ver 6.1, n.). Ele ainda estava ativo durante o reinado de Ezequias (Is 36.1), quando os
assírios, em 701 a.C., invadiram o Reino de Judá.
O pouco que sabemos a respeito da vida pessoal de Isaías tem a ver com a atividade dele
como profeta. Ao que parece, ele tinha livre trânsito no palácio dos reis de Judá, numa
época em que a Assíria estava começando a virar um grande Império. Isaías aparece como
conselheiro do rei Acaz quando a Síria e Israel ameaçaram invadir Judá no ano de 734 a.C.
(Is 7.1-16). Quando, por volta de 711 a.C., nações vizinhas planejaram uma revolta contra
os assírios, Isaías andou meio nu e descalço pelas ruas durante três anos para advertir o rei
Ezequias contra a participação nesse projeto (Is 20). Mais tarde, também atuou como
conselheiro de Ezequias durante o ataque dos assírios contra Judá, em 701 a.C. (Is 37).
O nome “Isaías” quer dizer: “o Senhor salva”. Isaías, que foi, talvez, o maior de todos os
profetas escritores, era casado e tinha pelo menos dois filhos: Sear-Jasube e
Maer-Salal-Hás-Baz. Esses nomes eram simbólicos, ou seja, faziam parte da mensagem
que o profeta tinha a anunciar
(ver Isaías 7:3/ 8:3).
Isaías 1-39: Nesses capítulos, aparece uma série de profecias contra Judá e Jerusalém
(capitulos 1-12), seguida de mensagens contra nações estrangeiras (capitulo 13-23; ver
13:1-14:2) Os capitulos 24-27 formam o assim chamado “Apocalipse de Isaías”, que
descreve o julgamento de Deus sobre toda a terra e a restauração de Israel, numa
linguagem que lembra os escritos apocalípticos (ver 24:1-23 ). Os caps. 28-33 contêm mais
advertências contra Judá e Jerusalém (ver capitulo 28:1-6, n.), seguidas, nos capitulos
34-35, por novas profecias sobre o julgamento das nações e a restauração de Jerusalém.
Por fim, os capitulos 36-39 são uma narrativa histórica paralela à que aparece em 2Rs
18-20.
Esses capítulos refletem a situação do Reino de Judá e de todo o Oriente Próximo durante
um período de crise e muitas incertezas de ordem política. Foi nessa época que o Império
Assírio iniciou sua expansão rumo ao Sul. Até aquele momento, Judá tinha vivido um tempo
de grande prosperidade e poderio militar sob a liderança do rei Uzias. Esses dias estavam,
agora, chegando ao fim. Durante algum tempo, a partir de 734 a.C., Judá esteve ameaçado
de ser invadido por seus vizinhos mais próximos ao Norte, Israel e Síria. Nessas
circunstâncias, a principal preocupação de Isaías era a falta de fé na proteção de Deus, que
ele via nos reis e nas lideranças de Judá. Essa falta de fé se expressava, por exemplo, nas
tentativas de aliança com nações estrangeiras.
Para Isaías, a verdadeira ameaça contra Judá não era o poder assírio; era o pecado do
povo e a desobediência a Deus. Deus tinha escolhido para si Jerusalém e a descendência
real de Davi (2Samuel 7). Isso, no entanto, trazia consigo uma obrigação moral muito séria.
O Deus santo de Israel esperava do povo uma conduta que fosse como que um espelho da
sua própria santidade e justiça. Por isso, Isaías exigiu que os pobres fossem tratados com
justiça e dignidade. E insistiu em que Deus não aceitaria sacrifícios ou orações de um povo
cuja vida não fosse moralmente responsável.
Naquele tempo, havia também outros profetas pregando de um jeito parecido. Amós e
Oséias, por exemplo, profetizaram no Reino do Norte, conhecido como Reino de Israel.
Miquéias, a exemplo de Isaías, profetizou no Reino do Sul. A leitura das mensagens desses
profetas pode ajudar a compreender as mensagens de Isaías.
Para Isaías, a nação desobediente não conseguia ver a realidade do seu pecado e se fazia
de surda para os conselhos do profeta. Por isso, ele via pela frente um severo castigo de
Deus. Já dava para ver sinais desse castigo na destruição que os assírios vinham fazendo.
Em 732 a.C., eles tinham conquistado Damasco, a capital da Síria. Dez anos depois, foi a
vez da cidade de Samaria, a capital do Reino do Norte. No final daquele século, boa parte
do Reino de Judá estava nas mãos dos assírios. Em 701 a.C., o imperador assírio
Senaqueribe tinha forçado Judá a pagar uma soma muito alta em tributos. Naquela ocasião,
Jerusalém foi salva por milagre de ser invadida e arrasada. Mas mesmo o estimado rei
Ezequias acabou tentando buscar ajuda na Babilônia e não em Deus, como insistia Isaías.
Por isso, Isaías advertiu que chegaria o dia em que Judá seria levado cativo pelos
babilônios (cap. 39).
Isaías 40-55: A segunda parte do Livro de Isaías, conhecida como “o Livro da Consolação
de Israel”, parte da realidade do cativeiro do povo de Judá na Babilônia. Em outras
palavras, nesses capítulos aparece uma situação bem diferente daquela dos capitulos 1-39,
em que o povo de Judá vivia sob a ameaça dos assírios. Agora, parece que já se cumpriu o
que é dito em 39.6-7: o povo e os seus tesouros tinham sido levados para a Babilônia, algo
que só aconteceu mais de cem anos depois do tempo de Isaías (586 a.C.). Seja como for,
as mensagens dessa segunda parte de Isaías têm em vista a situação do povo que se
encontra prisioneiro da Babilônia, pouco antes de sua libertação pelo rei Ciro, da Pérsia, em
538 a.C. O povo, que estava perdendo a fé e a coragem, recebe a promessa de que Deus
logo os libertaria, destruindo o poder dos babilônios e levando-os de volta à terra de Israel.
Jerusalém e o Templo do Senhor, destruídos pelos babilônios, seriam reconstruídos. Como
é típico dos profetas, muitas vezes, essa restauração é descrita como já sendo presente
(ver 55.5, n.).
Isaías 56-66: Os últimos capítulos do Livro de Isaías supõem um clima diferente daquele
dos capitulos 40-55. O povo parece já estar de volta a Jerusalém, depois do cativeiro na
Babilônia. Numa cidade que está sendo reconstruída, antigos e novos problemas se
manifestam no dia-a-dia da vida do povo. Aqui, o profeta condena os pecados do povo
(capitulos 56-58; 65), chama ao arrependimento e promete que Deus vai salvar o seu povo
(capitulos 59; 63-64). Essa salvação terá conseqüências também para as outras nações
(capitulos 60-62; 66). O resultado final será comparável a uma nova criação (65:17-24;
66:22-24).
Certos temas ou assuntos aparecem em mais de uma dessas partes do livro. É o caso, por
exemplo, de santidade de Deus
(ver capitulos 1:4,41:14; 60:9), caminho ou estrada (ver capitulos 11:16; 35:8; 57:14; 62.10)
e o fogo como maneira de falar sobre a ira de Deus (capitulos 1:31; 9;19; 10:17; 26:11;
33:14; 34:9-10; 66:24).
Temas principais
A mensagem de Isaías é desafiadora. Suas visões de um mundo de paz são bem
conhecidas. É também um livro bastante citado no NT. Sua linguagem encontra eco em
muitos lugares nos hinos e nas orações da Igreja cristã. Entre os temas que se destacam
estão os seguintes:
Deus é o “Santo Deus de Israel” (ver capitulos 1;4) que precisa castigar os filhos que se
revoltaram contra ele (1:2), mas que também é o Salvador de seu povo (41:14,16). Ele é o
Senhor de toda a criação e de toda a história (40:15-24).
Israel é um povo cego e surdo (6:9-10; 42:7), uma plantação de uvas que ficará
abandonada (5:1-7), um povo que não faz o que é direito (5;7; 10:1-2). O castigo que Deus
vai mandar é chamado de “dia do Senhor” (ver capitulos 2:11; 4;2). Mas Deus voltará a ter
compaixão de seu povo (14:1-2) e vai salvá-los (35:9; 49:8). A salvação é vista como um
novo êxodo (43,16-19; 52:10-12), e o tema do caminho ou da estrada aparece com
destaque
(ver capitulo 11:16, 35.8)
Mesmo tendo de castigar o seu povo, Deus sempre vai deixar que um “resto” sobreviva
(ver capitulo1:9)
Um descendente do rei Davi seria rei de todo o mundo (9:7; 32:1) e traria paz e segurança
(11.6-9). Os povos de todas as nações iriam a Jerusalém (2:2-4), que seria chamada de
“Cidade do Senhor” (60:14).
Deus tem uma missão especial para o seu “Servo”, que é mencionado especialmente nos
caps. 42-53, onde aparecem os “Cânticos do Servo” (ver capitulo 42:1-9; 42:1; 61:1-9).
Essas passagens são citadas várias vezes no Novo Textamento como se referindo a Jesus
Cristo.
O maior trecho em prosa é Isaías 36-39. A sarcástica denúncia da idolatria em 44:9-20 está
em forma de diálogo
4.3. A poesia de Isaías é das mais bonitas de toda a Bíblia. A força poética de seu texto
pode ser sentida em 30.27-33. As mensagens dos caps. 13-23, em que se anuncia o juízo
de Deus sobre as nações, estão todas em forma de poesia. Is 14.4-23 é uma canção em
que se debocha do rei da Babilônia. Os trechos de Is 28.23-29; 32.5-8 lembram a literatura
de sabedoria. Is 5.1-7 é uma espécie de canção de amor. Canções de louvor aparecem em
12.1-6; 38.10-20.
Uma das técnicas favoritas de Isaías é a personificação. A lua terá vergonha, e o sol ficará
com medo (24:23). O deserto se alegrará (35:1), as montanhas cantarão (55:12), e os céus
são convidados a gritar de alegria (ver capitulo 44:23)
Uma imagem bastante conhecida é a da plantação de uvas (ver 5.1, n.). Pisar uvas no
tanque é uma imagem que fala sobre a ira de Deus (63:3). Beber o vinho da ira é uma
forma de falar sobre o castigo de Deus (ver 51:17) Monstros como Leviatã e Raabe são
usados para falar sobre outras nações
1° Eles não podiam, como alguns dizem, conceber que fosse possível que Isaías, vivendo
em 700 a.C., pudesse prever a aparição e as obras de um príncipe chamado Ciro, que iria
libertar os judeus do cativeiro cento e setenta anos depois.
2° Era alegado que o profeta toma o tempo do cativeiro como seu ponto de vista, e fala dele
como então presente.
JEREMIAS
(Significa “o Senhor é enaltecido”, “o Senhor é exaltado”.
Tem origem no hebraico Yirmeyahu, com a possibilidade ter sido derivado a partir de
dois elementos, de Yarimyah, que quer dizer literalmente “o Senhor exalta, Jeová
exalta”, ou através de Yarum-yah, que significa “o Senhor é exaltado, Jeová é
exaltado”)
Livro de
O livro de Jeremias contém as profecias, as advertências e os ensinamentos que fizeram
parte do ministério do Profeta Jeremias ao reino de Judá, ao sul. Devido ao fato de muitos
dos líderes e o povo de Jerusalém haverem rejeitado Jeremias e outros profetas e
continuarem a pecar, Jerusalém foi destruída e muitos Judeus foram levados cativos para a
Babilônia. Esse livro ensina que o convênio entre Deus e Israel não faz com que o povo de
Deus seja invencível. Se eles não cumprem a parte deles no convênio e não dão ouvidos à
palavra do Senhor, eles perdem o cuidado e a proteção de Deus.
À medida que estudam esse livro, os alunos aprofundam o entendimento deles da aliança
entre o Senhor e Seu povo. Ao estudar sobre a obra do Senhor para restaurar e ajudá-los a
sobrepujar os efeitos do pecado, os alunos podem aprender sobre o poder do Senhor para
nos salvar e nos abençoar. Os alunos também podem aprender com o exemplo de Jeremias
que Deus deu a cada um de nós responsabilidades a serem cumpridas nessa vida, e que o
Senhor vai nos ajudar a cumpri-las ao nos achegarmos a Ele, a despeito de quão difíceis
essas responsabilidades possam ser.
O livro também trata da doutrina da pré-ordenação, que ensina que o Senhor faz o
chamado pessoas para cumprir certas responsabilidades desde do madre da mãe, ou seja
é escolhido para o Ministério da designações do SENHOR.
O Senhor disse a Jeremias: “Antes que te formasse no ventre te conheci,… às nações te
dei por profeta” (Jeremias 1:5). O fato de saber que o Senhor pretendia que ele fosse um
profeta em uma época difícil pode ter dado a Jeremias a força e a fé que ele necessitava
para pregar a palavra do Senhor em meio à perseguição.
Um tema abordado no livro de Jeremias é que, assim como o Senhor cuidou de Seu povo
quando eles passaram pela destruição, Ele também os reuniria, restauraria e fortaleceria
(ver Jeremias 31:28). Em uma revelação registrada no livro de Jeremias, o Senhor disse
que Ele faria “um novo convênio” com Seu povo, significando o novo e eterno convênio do
evangelho estabelecido por Jesus Cristo durante Seu ministério e restaurado nos últimos
dias (Jeremias 31:31-33) Jeremias também profetizou que nos últimos dias, o Senhor
enviaria pescadores e caçadores para reunir Israel, um acontecimento que seria de
proporção maior até mesmo do que a libertação dos filhos de Israel do cativeiro egípcio (ver
Jeremias 16:14–16).
Resumo
Jeremias 1–6 Jeremias prega durante o reinado de Josias e profetiza que Jerusalém será
destruída por uma grande nação sem misericórdia.
Jeremias 21-38 Jeremias prega durante o reinado do rei Zedequias e profetiza que a
Babilônia conquistará Jerusalém. Aqueles que sobreviverem e forem levados para a
Babilônia viverão no cativeiro por 70 anos. Nos últimos dias, o Messias retornará, reinará e
reunirá Seu povo.
-Jeremias 39-44 Jerusalém é conquistada e muitos judeus são levados cativos para a
Babilônia. Os judeus que permanecem em Judá rejeitam as advertências de Jeremias e
confiam no Egito.
-Jeremias 45 Jeremias promete a Baruque, seu escriba, que o Senhor vai preservar a vida
de Baruque.
-Jeremias 46-52 Jeremias profetiza sobre a destruição dos filisteus, moabitas, babilônicos e
outras nações.
LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS
Livro de
O livro de Lamentações revela a situação da decadência de Judá após a conquista de
Jerusalém pelos babilônicos, que ocorreu como resultado dos pecados do povo e da
negligência às advertências proféticas. Ao estudar o livro de Lamentações, os alunos
podem perceber o pesar, o remorso e as consequências que acompanham o pecado. Os
alunos também podem aprender que a compaixão e a misericórdia do Senhor se estendem
àqueles que se voltam para Ele nos momentos de tristeza.
EZEQUIEL
("Deus fortalece" ou "Deus vai fortalecer". Ezequiel é um nome de origem hebraica,
originalmente Yehezhell. Seu significado é formado pela junção dos elementos hazáq,
que significa "ele era forte", e que surge da palavra hézek, que significa "força")
Livro de
O livro de Ezequiel contém as visões e as profecias de Ezequiel, a quem o Senhor chamou
para ministrar aos judeus cativos na Babilônia. Esse livro mostra que o Senhor está ciente
de Seu povo onde quer que estejam. Ao estudar esse livro, os alunos podem aprender que
Deus chama profetas como atalaias para alertar Seus filhos do perigo.
Apesar de ter sido escrito em uma época em que Jerusalém estava sendo destruída, o livro
de Ezequiel é cheio de esperança. O Profeta Ezequiel viu além das tragédias de sua época,
um tempo futuro de renovação quando o Senhor reuniria seu povo, daria a eles um
“coração novo” e um “espírito novo” e os ajudaria a viver Suas leis.
Estudar o livro de Ezequiel pode fortalecer a fé dos alunos no poder do Senhor para
transformar pessoas e nações. Os alunos podem aprender que todos os que se
arrependem de suas iniquidades vão receber a misericórdia, o amor e o perdão de Deus.
Quem escreveu esse Livro?
O Profeta Ezequiel é o autor do livro de Ezequiel. Escrito pela perspectiva da primeira
pessoa, Ezequiel registrou as visões e revelações que recebeu do Senhor. Ezequiel era um
sacerdote que viveu entre os judeus cativos levados para a Babilônia pelo rei
Nabucodonosor aproximadamente 597 a.C. (ver Ezequiel 1:3). De acordo com o relato em II
Reis 24:14–16, os Babilônicos levaram cativos a maioria dos principais homens da terra
naquela época. Portanto, é possível que Ezequiel tenha vindo de uma família proeminente e
influente (ver Guia para Estudo das Escrituras, “Ezequiel”). Ezequiel profetizou e proferiu as
palavras do Senhor aos judeus exilados na Babilônia na mesma época em que Jeremias
estava profetizando em Judá e Daniel estava profetizando na corte dos babilônicos.
O livro de Ezequiel está repleto de relatos de visões e profecias. Por exemplo, o Senhor
mostrou a Ezequiel uma visão da ressurreição da casa de Israel, afirmando que o povo do
convênio do Senhor seria reunido na terra de sua herança (ver Ezequiel 37:1–14). O Senhor
também descreveu a coligação de Israel nos últimos dias comparando-a à junção da vara
de José (o Livro de Mórmon) e da vara de Judá (a Bíblia) (ver Ezequiel 37:15–28). O livro
de Ezequiel inclui uma profecia de uma grande batalha que precederá a Segunda Vinda de
Jesus Cristo (ver Ezequiel 38–39). E também, Ezequiel 40–48 contém uma descrição de um
templo que será construído em Jerusalém nos últimos dias.
Resumo
Ezequiel 1–3 Ezequiel vê o Senhor e Sua glória. Ele é chamado para ser um atalaia para a
casa de Israel para alertar, reprovar e chamá-los ao arrependimento.
Ezequiel 4–24 O Senhor instrui Ezequiel a usar símbolos para representar a iniquidade de
Israel e a destruição de Jerusalém. Ezequiel profetiza sobre os julgamentos do Senhor para
Jerusalém e explica por que a fome, a desolação, a guerra e as pestilências vão varrer a
terra de Israel.
Ezequiel 25–32 O Senhor ordena a Ezequiel que proclame a iniquidade das nações que
cercam Israel e profetize sua destruição.
Ezequiel 33–48 O Senhor repreende os líderes de Israel por serem maus pastores. O
Senhor será um verdadeiro pastor para Israel. Ezequiel registra sua visão da restauração de
Israel após o exílio nos últimos dias. O Senhor promete reunir os israelitas do cativeiro,
levá-los de volta a suas terras prometidas, renovar Seu convênio com eles e reunir os
reinos de Israel e Judá.
DANIEL
(Significa “o Senhor é meu juiz”, “Deus é meu juiz”.
O nome Daniel tem origem no hebraico Daniyyel e é formado pela junção dos
elementos dan, que significa literalmente “aquele que julga, juiz”, e El, que quer dizer
“Senhor, Deus”)
Livro de
O livro de Daniel, é um Livro Apocalíptico, que trás revelação marcantes de esposas, e dos
sinais que antecedem antes volta do Senhor Jesus Cristo; porém bem próximo da sua volta.
O livro de Daniel fornece um relato das experiências de Daniel e outros judeus fiéis que
foram levados cativos para a Babilônia. Ao estudar o livro de Daniel, os alunos podem
aprender a importância de permanecer fiéis a Deus e qualificar-se para receber as bênçãos
que Ele dá àqueles que são fiéis a Ele. também contém a interpretação de um sonho
importante que o rei Nabucodonosor teve com respeito ao reino de Deus nos últimos dias.
Resumo
Daniel 1 Daniel e seus companheiros são fiéis à lei de Moisés e Deus os abençoa com
conhecimento e sabedoria. Eles recebem posições para servir na corte do rei
Nabucodonosor.
Daniel 2 Por revelação Daniel interpreta o sonho do rei Nabucodonosor, que diz respeito ao
destino dos reinos da terra e ao reino de Deus nos últimos dias.
Daniel 4–5 Daniel interpreta outro sonho do rei Nabucodonosor e depois interpreta os
escritos em uma parede a respeito da queda iminente da Babilônia diante dos Medos e dos
Persas.
Daniel 6 Daniel é livrado da cova dos leões. Ele foi lançado na cova por orar ao Senhor em
vez de obedecer ao decreto do rei Dario proibindo petições a qualquer deus ou homem que
não fosse o rei.
Daniel 7–12 Daniel têm visões proféticas dos acontecimentos logo após sua época até os
últimos dias. Esses acontecimentos incluem conquistas de reinos da terra, a vinda do
Messias, o sofrimento e a libertação do povo de Deus nos últimos dias e a ressurreição dos
mortos
__________________________
Livro de Oseias-
Uma das mensagens centrais do livro de Oseias é a de que Jeová ama Seu povo mesmo
quando são infiéis a Ele e que misericordiosamente lhes oferecerá a reconciliação. Ao
estudar as palavras de Oseias, os alunos vão aprender que, embora haja consequências
para nossa infidelidade, o Senhor deseja que todo o Seu povo retorne a Ele e renove seus
convênios com Ele.
Quem escreveu esse Livro?
Oséias.
Esse livro contém os ensinamentos do Profeta Oseias. Oseias profetizou no reino do norte
(Israel) próximo do final do reinado de Jeroboão II. Oseias foi contemporâneo dos Profetas
Isaías, Amós, Jonas e Miqueias.
Além de descrever o Senhor como um marido devotado e pronto a perdoar, Oseias também
ensinou que o Senhor é como um médico que cura (ver Oseias 7:1; 11:3; 14:4), um
jardineiro que cuida de sua vinha (Oseias 9:10; 10:1) e um pastor que cuida de seu rebanho
(Oseias 10:11; 13:5). Oseias ensinou a respeito do papel dos profetas, das visões e dos
simbolismos ao guiar o povo do Senhor (ver Oseias 12:10–13). Além disso, o livro faz
referência ao papel do Senhor como Redentor da morte e do sepulcro (ver Oseias 13:14).
Resumo:
Oseias 1–3 O Senhor ordena a Oseias que se case, e Oseias escolhe uma mulher
chamada Gomer. Depois de seu casamento, Gomer decide ser infiel a Oseias e comete
adultério. O Senhor usa o símbolo desse casamento para descrever Seu relacionamento
com Israel. Israel (a esposa) é infiel ao Senhor (o marido) e vai atrás de outros amantes,
cuja infidelidade simboliza a adoração a deuses falsos por parte de Israel. Depois de
detalhar os julgamentos que adviriam aos israelitas por quebrarem seus convênios, o
Senhor misericordiosamente os convida a arrependerem-se e a fazerem novamente o
convênio.
Oseias 4–6 O povo de Israel rejeitou o conhecimento e a verdade do evangelho que havia
recebido e cometeu grandes pecados e iniquidades. Oseias conclama Israel a retornar ao
Senhor.
Oseias 7–14 Por intermédio de Oseias, o Senhor proclama como vai punir o povo de Israel
por seus pecados. No entanto, Ele também expressa Sua misericórdia e bondade. O
Senhor relembra que tirou o povo de Israel do Egito, mas eles rejeitaram seu Deus. Por
intermédio de profetas, visões e simbolismos, o Senhor ensina e orienta Seu povo. O
Senhor vai nos resgatar da morte. O povo de Efraim vai se arrepender de seus pecados nos
últimos dias.
JOEL
(Significa "o Jeová é Deus", "o Senhor é Deus".
O nome Joel tem origem no nome hebraico Yo'el, formado a partir da junção dos
elementos Yahwehque significa "Senhor, Deus, Jeová" e El que quer dizer "Deus", e
significa "Jeová é Deus" ou "o Senhor é Deus")
Livro de
O livro de Joel ensina sobre o poder das orações combinadas e do jejum do povo de Deus,
numa época de grande dificuldade na história de Israel. “Joel assegurou ao povo que
através do arrependimento eles novamente receberiam as bênçãos de Deus”
O profeta Joel anunciou a mensagem de Deus ao povo de Judá, o Reino do Sul. Nada se
sabe a respeito dele ou do tempo em que ele profetizou.
O livro também contém várias profecias sobre o iminente “dia do Senhor” (Joel 1:15). Essas
profecias foram citadas por vários profetas e têm relevância para diversas gerações,
especialmente para aqueles que vivem nos últimos dias. Aprender sobre as profecias de
Joel pode ajudar os alunos a reconhecer os sinais da Segunda Vinda do Senhor. Um
aspecto interessante do estudo do livro de Joel é o de que estamos vivendo numa época
em que podemos ver o cumprimento dessas profecias
Resumo
Joel 1 Joel descreve um desastre natural causado por uma praga de gafanhotos. Ele pede
ao povo que jejue e se reúna no templo para uma assembleia solene, para rogar ao Senhor
que os salve.
Joel 3 Joel profetiza sobre os últimos dias e afirma que todo país do mundo estará em
guerra pouco antes da Segunda Vinda. O Senhor habitará com Seu povo quando Ele vier
novamente.
AMÓS (significa "levar" e que parece ser uma forma abreviada da expressão Amosiá, que
significa Deus levou) foi um Profeta do Antigo Testamento, autor do Livro de Amós.)
Livro de
O livro de Amós registra algumas das profecias e dos ensinamentos que o Profeta Amós
transmitiu ao reino de Israel durante o governo do rei Jeroboão II. O povo rejeitou as
advertências e os ensinamentos de Amós e quis que ele levasse sua vigorosa mensagem
para outro lugar. Ao estudar esse livro, os alunos podem adquirir maior entendimento do
papel fundamental que os profetas desempenham na obra do Senhor e mais gratidão pelo
chamado dos profetas em nossos dias.
Além disso, Amós salientou “o caráter moral de Jeová, o justo governante de todas as
nações e homens. Amós [mostrou] que a oferta com a qual o Senhor mais Se importa é a
de uma vida justa — o sacrifício de animais perde seu significado se for oferecido como
substituto da retidão pessoal (ver Amós 5:21–27)
Amós profetizou sobre uma fome “de ouvir as palavras do Senhor” (Amós 8:11). Durante
essa fome, as pessoas sairiam “buscando a palavra do Senhor” — os ensinamentos
inspirados dos profetas, proferidos com autoridade — mas “não a acharão” (Amós 8:12).
Essa profecia foi inicialmente cumprida após a apostasia dos reinos de Israel e Judá.
Depois do ministério de Malaquias, mais de 400 anos se passaram sem que profetas
ministrassem na terra de Israel. A profecia de Amós também foi cumprida posteriormente.
Depois que Jesus Cristo estabeleceu Sua Igreja na Terra, ela também acabou caindo em
apostasia. A revelação para guiar a Igreja cessou, e os povos da Terra não puderam
receber a palavra de Deus por intermédio de profetas por mais de 1.700 anos.
Resumo
Amós 1–2 Amós profetiza que o Senhor derramaria julgamentos sobre a Síria, os filisteus,
Tiro, Edom, o povo de Amom e Moabe por causa da iniquidade deles. Amós também
pregou que Judá e Israel seriam punidas por adotarem a iniquidade e rejeitarem o Senhor.
Amós 3–4 Amós descreve as várias tentativas feitas pelo Senhor de salvar Seu povo,
inclusive enviando profetas para adverti-los, retendo a chuva e permitindo que peste e
guerras os perturbassem. No entanto, o povo não se humilhou nem retornou ao Senhor.
Amós 5–6 Amós ensina que, se o povo se arrepender e buscar sinceramente o Senhor, eles
podem evitar a destruição. Ele declara especificamente que o Senhor não aceita as ofertas
do povo no templo porque o coração das pessoas está voltado para deuses falsos. Amós
profetiza que o modo negligente com que adoram ao Senhor vai levá-los à destruição.
Amós 7–9 Depois de profetizar sobre a desgraça e as consequências que Israel enfrentará
por rejeitar o Senhor, Amós transmite uma mensagem de esperança, prometendo que o
Senhor vai reunir Seu povo e restaurá-lo à sua terra.
OBADIAS
("servo de Javé" ou "cultuador de Javé". A forma do nome usada na Septuaginta é
Obdios, e em latim utiliza-se a forma Abdias)
LIVRO
Ao estudarem o breve livro de Obadias, os alunos vão aprender a importância da irmandade
e os perigos e as consequências de esquecer o mandamento de amar uns aos outros.
Obadias dirigiu suas profecias aos edomitas, que eram descendentes de Esaú, irmão de
Jacó (ver Gênesis 36:8; 25:30), e moravam no território ao sul de Judá. Embora os
edomitas não fossem da casa de Israel, ainda assim pertenciam à família de Abraão.
Infelizmente, o relacionamento entre Judá e Edom era conturbado, e cada nação via a outra
como inimiga. Quando Jerusalém foi capturada, o povo de Edom se recusou a ajudar o
povo de Judá e regozijou-se com seu infortúnio, pilhou seus bens deixados para trás e
entregou o povo aos babilônios (ver Obadias 1:11–14). Obadias previu a ruína que
aguardava o povo de Edom devido à sua crueldade com Judá. Ele também profetizou a
futura restauração de Sião e a importância do trabalho no templo nos últimos dias,
descrevendo aqueles que participassem dele como “salvadores” (ver Obadias 1:17-21)
Resumo
Obadias 1:1–9 Obadias fala contra o orgulho de Edom e profetiza sua queda e destruição.
JONAS
(O nome Jonas vem do hebraico Yonah, mesma raiz deu origem ao nome feminino
Yoná, e que significa “pomba”.
No contexto religioso, a pomba é o símbolo do Espírito Santo de Deus, representando
a paz e a harmonia entre os seres humanos.)
Livro de
Ao estudarem o livro de Jonas, os alunos vão aprender lições valiosas que serão relevantes
para a vida deles. Depois de Jonas ter tentado evitar pregar arrependimento ao povo de
Nínive, ele percebeu a futilidade de tentar fugir de Jeová. A libertação milagrosa de Jonas
de um “grande peixe” (Jonas 1:17) pode nos ensinar que o Senhor estende-nos Sua
misericórdia quando nos arrependemos. A segunda oportunidade de Jonas de pregar o
evangelho e fazer o que o Senhor ordenou pode assegurar aos alunos que o evangelho de
Jesus Cristo oferece uma segunda chance para todos os que se humilharem e se
arrependerem, assim como Jonas fez. Ao estudar o relato do arrependimento de Nínive, os
alunos vão aprender sobre o amor e a misericórdia que Deus tem por todos os que se
voltam para Ele. Finalmente, a repreensão do Senhor contra a insatisfação de Jonas ao ver
que Ele poupou o povo de Nínive pode ensinar aos alunos sobre a importância de vencer
qualquer ressentimento que sintam com relação à misericórdia de Deus aos que se
arrependem.
As ações de Jonas talvez reflitam os sentimentos e as atitudes hostis que alguns israelitas
tinham contra os gentios. O testemunho do livro sobre a misericórdia de Deus aos ninivitas
ecoa as mensagens dos profetas do Velho Testamento, que ensinaram sobre a
preocupação de Deus pelas pessoas que não eram de Israel (ver Isaías 49:6; 60:3;
Jeremias 16:19), e prefigura a futura inclusão dos gentios na Igreja na época do Novo
Testamento.
Resumo
Jonas 1 Deus chama Jonas para pregar ao povo de Nínive. Jonas foge num barco. Surge
uma tempestade que ameaça afundar o barco. Jonas confessa que ele é o responsável
pela tempestade, ele é jogado para fora do barco e engolido por um grande peixe.
Jonas 2 Jonas se arrepende. O Senhor ouve suas súplicas e o liberta da barriga do grande
peixe.
Jonas 3 Deus novamente chama Jonas para pregar em Nínive. Jonas vai para Nínive e
profetiza sobre a destruição do povo. O povo responde com jejum e humildade, e o Senhor
revoga o castigo.
Jonas 4 Jonas fica furioso com a decisão do Senhor de mostrar misericórdia ao povo. O
Senhor ensina a Jonas a respeito de Sua preocupação pela salvação do povo de Nínive.
MIQUÉIAS
(Significa quem é como Deus?)
Livro de
Os escritos de Miqueias abordam os temas de julgamento e esperança. Por exemplo:
Miqueias ensinou que os pecados dos líderes de Israel resultariam na destruição de
Jerusalém (ver Miqueias 3:5–12). No entanto, Miqueias também afirmou eloquentemente
que o Pai Celestial ouve as orações de Seus filhos e que Jesus Cristo é um advogado e
uma luz para todos (ver Miqueias 7:7–9). Além disso, Miqueias louvou a Deus, dizendo que
Jeová “perdoa a iniquidade” e “não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua
benignidade” (Miqueias 7:18). Por meio desse contraste de temas, os alunos podem
aprender tanto sobre o desprezo do Senhor pelo mal quanto sobre Sua misericórdia por
aqueles que retornam à retidão.
O fato de Miqueias ser proveniente de uma cidade pequena talvez lhe tenha dado uma
sensibilidade especial às necessidades dos habitantes rurais pobres da terra. Miqueias é o
único livro no Velho Testamento que identifica Belém — uma cidade “pequena entre os
milhares de Judá” (Miqueias 5:2) — como o lugar onde nasceria o Messias.
Tal como os ensinamentos do Profeta Isaías, muitos dos ensinamentos de Miqueias estão
escritos em estilo de poesia hebraica. A profecia de Miqueias sobre a destruição de
Jerusalém foi relembrada vários anos depois, na época de Jeremias (ver Jeremias 26:18).
Resumo
Miqueias 1–3 Miqueias profetiza sobre os juízos e a ruína que recairiam sobre os israelitas,
inclusive aqueles que moravam em Samaria e em Jerusalém. Miqueias identifica os
pecados da idolatria e da opressão dos pobres pelas classes altas como as razões da
destruição iminente dos israelitas. Também condena os líderes religiosos corruptos que
ensinavam por dinheiro.
Miqueias 4–5 Miqueias profetiza sobre a restauração de Israel. Também profetiza que o
Messias nasceria em Belém.
Miqueias 6–7 Miqueias descreve algumas das maneiras pelas quais Jeová abençoou os
israelitas. Miqueias ensina seu povo que viver justamente, amar a misericórdia e seguir ao
Senhor são mais importantes do que fazer sacrifícios e ofertas. Miqueias testifica que Jeová
é compassivo e perdoa os pecados daqueles que se arrependem.
NAUM
(em hebraico significa "o consolador")
Livro de
O livro de Naum contém a profecia de que Nínive, capital da Assíria, seria destruída por
causa da iniquidade de seu povo. Os assírios tinham conquistado e aterrorizado
brutalmente grandes áreas do Oriente Médio no século oitavo a.C., destruindo o reino do
norte (Israel) e deportando seus habitantes em aproximadamente 721 a.C. e depois sitiando
Jerusalém em 701 a.C.
Naum dirigiu uma porção significativa de sua profecia ao povo de Nínive. Essas pessoas
não eram as mesmas que tinham se arrependido de seus pecados depois de Jonas ter
pregado em Nínive mais de um século antes. O povo de Nínive tinha voltado à iniquidade
na época de Naum e suas ações os levaram à destruição. A destruição da Assíria pode ser
comparada à destruição dos iníquos que ocorrerá nos últimos dias. Ao estudar os ninivitas
tanto da época de Jonas quanto da época de Naum, os alunos vão aprender que, quando o
povo abandona o pecado, o Senhor os perdoa; caso contrário, eles serão destruídos.
Ao estudarem o livro de Naum, os alunos também vão aprender que Deus Se importa
profundamente com Seu povo e não deixará que seus opressores escapem impunes. Os
alunos vão aprender também sobre a grande misericórdia que o Senhor demonstra àqueles
que confiam Nele.
Resumo
Naum 1 Naum explica que o Senhor queimará a Terra em Sua Segunda Vinda, mas
mostrará misericórdia aos justos
Naum 2 Naum profetiza sobre a destruição de Nínive, que prefigura os acontecimentos que
ocorrerão nos últimos dias.
HABACUQUE
(significa “abraço")
Livro de
Duas vezes Habacuque se queixa (1.2-4; 1.12-17), e duas vezes Deus responde (1.5-11;
2.1-20). Na primeira resposta, Deus ameaça mandar os babilônios contra o seu povo; na
segunda, ele promete que os babilônios serão derrotados. O livro termina com uma oração
de Habacuque (cap. 3). O profeta confia que Deus vai salvar o seu povo e acabar com os
inimigos (vs. 2-16). No fim, vem uma bela confissão de fé em Deus (vs. 17-19)
A mensagem principal deste livro é que Deus vai salvar o seu povo da fúria do inimigo. Mas
o Senhor adverte: “Os maus não terão segurança, mas as pessoas corretas viverão por
serem fiéis a Deus” (2.4).
Resumo
Habacuque 1 Habacuque fica sabendo que o reino de Judá será conquistado pelos caldeus
(babilônios). Em sua aflição, ele pergunta por que o Senhor permitiria que uma nação iníqua
destruísse Judá.
Habacuque 2 O Senhor lembra Habacuque que Seus planos ainda não estão terminados,
mas que serão cumpridos posteriormente. A justiça de Deus por fim cairá sobre os iníquos.
Habacuque 3 Habacuque oferece uma oração ou salmo poético de louvor a Deus e a Sua
majestade.
SOFONIAS
(significa "o Senhor o escondeu" )
LIVRO DE
Sofonias profetizou sobre o “dia do Senhor” (Sofonias 1:7, 8, 14, 18; 2:2, 3), ou seja, o juízo
iminente do Senhor sobre Judá e outras nações (ver Guia para Estudo das Escrituras,
“Sofonias”). Sofonias explicou que nesse dia Deus castigaria os orgulhosos e poderosos e
recompensaria os justos. Ele suplicou: “Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra,
buscai a justiça, buscai a mansidão; pode ser que sejais escondidos no dia da ira do
Senhor” (Sofonias 2:3). Ao estudar o livro de Sofonias, os alunos vão aprender que não
precisam seguir os costumes errados da sociedade em que vivem e que podem buscar ao
Senhor a despeito do que outros a sua volta escolham fazer.
O estudo do livro de Sofonias pode também ajudar os alunos a se prepararem para a
Segunda Vinda de Jesus Cristo, que também é chamada de “o dia do Senhor”. Os alunos
vão aprender que, se eles se prepararem para a Segunda Vinda, arrependendo-se de seus
pecados e voltando-se para Jesus Cristo, vão ter paz nesta vida e poderão esperar com
alegria a Segunda Vinda.
Resumo
Sofonias 1 Sofonias profetiza que Deus destruirá o povo de Judá se eles não se
arrependerem.
AGEU
(Significa “nascido em um dia festivo”.
Tem origem no hebraico Haggay, calcado na raiz haghágh, que quer dizer “ele fez
uma romaria ou ele celebrou uma festa”, por extensão é atribuído o significado de
“nascido em um dia festivo”.
Alguns autores o traduzem como “alegria” ou “festivo”, desfigurando o sentido
original do real significado, e deve ser descartado.)
Livro de
O livro de Ageu afirma que um templo será novamente construído em Jerusalém e que
finalmente haverá paz em Jerusalém. O estudo do livro de Ageu pode ajudar os alunos a
adquirir um entendimento mais profundo da urgência e importância da construção de
templos e da adoração na casa do Senhor (ver Ageu 1)
Resumo
Ageu 1 Por intermédio de Ageu, o Senhor repreende o povo por se preocupar mais com a
condição de suas casas do que com o templo do Senhor. Ele explica que as colheitas ruins
eram o resultado da negligência deles em reconstruir o templo. Ageu exorta-os a renovar
seu empenho em construir o templo.
Ageu 2 O Senhor ordena a Ageu que fale ao povo e o exorte a todos a serem fortes ao
reconstruírem o templo. Ele profetiza que o Messias (Jesus Cristo) virá a Seu templo e
proporcionará paz.
ZACARIAS
(significa "Lembrou/Memória do Senhor", foi um dos profetas pós-exílicos do Antigo
Testamento )
LIVRO DE
O livro de Zacarias contém descrições de visões concernentes à reconstrução de Jerusalém
e do templo, à coligação da Israel dispersa e ao triunfo de Israel sobre seus inimigos. O livro
culmina nas profecias do ministério mortal do Salvador e Seu retorno final em glória. Ao
estudar o livro de Zacarias, os alunos vão aprender sobre o amor do SENHOR por Seu
povo e Seu desejo de purificá-los e redimi-los, caso se arrependam e guardem sua aliança.
Os alunos também vão aprender sobre os acontecimentos que ocorrerão antes e depois da
Segunda Vinda de Jesus Cristo e sentir a importância de se prepararem para a volta do
Senhor.
O livro é geralmente dividido pelos leitores em duas partes: “Zacarias 1–8, uma série de
visões prenunciando o futuro do povo de Deus, e Zacarias 9–14, profecias sobre o Messias
e acontecimentos que precederão Sua Segunda Vinda”. São particularmente significativas
as vívidas profecias do ministério terreno de Cristo (ver Zacarias 9:9; 11:10–13) e de
acontecimentos dos últimos dias tais como a coligação de Israel, a grande batalha final e a
Segunda Vinda (ver Zacarias 10:6–12; 12:2–14; 14:1–9).
Resumo
Zacarias 1–6 Numa série de visões, Zacarias vê a restauração de Jerusalém e do templo, a
coligação de Israel e Josué, o sumo sacerdote, coroado à semelhança de Cristo.
Zacarias 7–8 Devido à hipocrisia dos israelitas e sua opressão dos pobres, o Senhor
dispersou-os por entre as nações. Nos últimos dias, Ele restaurará Jerusalém e reunirá
Judá; muitos gentios se reunirão a eles para adorar ao Senhor.
Zacarias 9–11 Zacarias profetiza sobre o ministério de Cristo: Ele entrará em Jerusalém
montado em um jumento; os espíritos que estiverem na prisão serão redimidos pelo sangue
do convênio. A Israel dispersa será coligada, redimida e fortalecida. Cristo será traído por
trinta moedas de prata.
Zacarias 12–14 Na batalha final que precede a Segunda Vinda de Jesus Cristo, muitas
pessoas se reunirão para guerrear contra Jerusalém, e o Senhor vai destruí-las. Os judeus
reconhecerão seu Messias, a Quem crucificaram, e verão as feridas em Suas mãos. Cristo
governará como Rei de toda a Terra.
MALAQUIAS
(Significa meu mensageiro)
LIVRO DE
O livro de Malaquias é o último livro do Velho Testamento. Além disso, Malaquias é um dos
profetas mais citados do Velho Testamento. Ele foi citado por escritores do Novo
Testamento, geralmente com referência específica à missão de João Batista (ver Mateus
11:10; Marcos 1:2; Lucas 1:17; 7:27)
O livro de Malaquias foi escrito numa forma literária peculiar que apresenta um “diálogo”
entre o Senhor e o povo de Israel (ver, por exemplo, Malaquias 1:2–5). Algumas passagens
desse diálogo incluem perguntas feitas pelo Senhor ou por várias pessoas, assim como
afirmações daqueles que se opõem ao Senhor.
Além disso, vão aprender que estão cumprindo a profecia de Malaquias de que o Senhor irá
voltar o coração dos filhos a seus pais, ou antepassados (ver Malaquias 4:6), ao
participarem do trabalho do templo e da história da família. O estudo dessa profecia pode
inspirar os alunos a participar da obra de salvação para seus antepassados falecidos.
Sabemos bem pouco sobre a vida de Malaquias, além do que aprendemos com seus
escritos. Sua origem e a história de sua vida são desconhecidas, mas ele evidentemente
viveu no século quinto a.C; provavelmente teria sido contemporâneo de Esdras e Neemias.
Resumo
Malaquias 1 Por intermédio de Malaquias, o Senhor repreende os judeus por sua
desobediência nas práticas e nos sacrifícios feitos no templo. Os líderes judeus estavam
oferecendo “pão imundo” (Malaquias 1:7) e sacrifícios inapropriados ao usarem animais
doentes, com manchas ou ferimentos.
Malaquias 2 O Senhor castiga os sacerdotes por não manterem seu convênio com o Senhor
e por serem um mau exemplo para o povo. Ele usa a quebra do convênio do casamento
para ilustrar o não cumprimento de seus convênios com Ele.
Malaquias 3–4 O Senhor enviará um precursor para preparar o caminho diante Dele, e Ele
virá de repente ao Seu templo. Ele desafia o povo a viver a lei do dízimo e promete enviar
Elias, o profeta, antes do grande e terrível dia do Senhor.
SEÇÃO 6: OS EVANGELIOS
Introdução
O significa Evangelho?
É uma das palavras mais utilizadas entre os cristãos. Apesar disso, muitas pessoas não
sabem exatamente o seu conceito, aplicação e significado. Neste texto, aprenderemos
sobre o que é Evangelho, e o que significa essa palavra.
O que significa evangelho?
Evangelho significa “boas-novas” ou “boas-notícias”. Sua origem vem do grego euangelion.
Apesar do termo “evangelho” poder ser aplicado em outros contextos, como em seu sentido
clássico e original para se referir a recompensa dada pela entrega de boas notícias,
obviamente sua aplicação mais conhecida é o sentido que possui na literatura cristã, no
caso, referente à mensagem essencial da salvação. Que resume em o Evangelho do
Senhor Jesus Cristo segundo escreveu; Mateus, Marcos, Lucas e João.
Evangelhos Sinópticos ou Evangelhos Sinóticos é um termo que designa os Evangelhos de
Mateus, Marcos, Lucas por conterem uma grande quantidade de histórias em comum, na
mesma sequência,
Os Evangelho são da autoria esplicidamete do Senhor Jesus Cristo, aquele que é o verbo
de Deus, Aleluias.
SÃO MATEUS
(Mateus é um nome de idioma português. É derivado do nome hebraico
"("מתתיהוMatityahu), que significa "Presente de Javé ou Jeová". Há também a variante
em português Matheus)
Epístola de
Algumas das passagens mais amadas da Bíblia encontram-se em Mateus, inclusive o
Sermão da Montanha e muitas parábolas, assim como os ensinamentos e milagres de
Jesus Cristo. Estudar esse livro vai ajudá-lo a se familiarizar com o ministério e as palavras
de Jesus Cristo e pode fortalecer seu testemunho a respeito Dele como Salvador do mundo
e do Messias prometido proclamado por todos os santos profetas.
Em seu evangelho, Mateus usou o termo “Filho de Davi” 12 vezes como um testemunho de
que Jesus Cristo era o herdeiro legítimo do trono do rei Davi e do cumprimento de profecias
messiânicas. A genealogia de Jesus Cristo registrada por Mateus traça Sua linhagem
passando por Davi, Judá e Abraão (ver Mateus 1:1–3), demonstrando o direito de Jesus de
governar e Seu papel no cumprimento das promessas de Deus a Israel.
O evangelho de Mateus também nos ajuda a ver paralelos entre o ministério de Moisés e o
de Jesus Cristo. Por exemplo, enquanto criancinhas, os dois foram salvos de uma tentativa
do rei de matá-los (ver Êxodo 2:1-10; Mateus 2:13-18), os dois saíram do Egito e revelaram
a lei de Deus em um monte (ver Êxodo 19–20; Mateus 5-7) e ambos vieram para resgatar
seu povo.
Resumo
Mateus 1–4. Mateus apresenta a genealogia e o nascimento de Jesus Cristo. Os Magos
procuram o rei dos Judeus. Guiado por sonhos, José leva Maria e o menino Jesus para o
Egito e, mais tarde, para Nazaré. João Batista prega o evangelho do arrependimento e
batiza Jesus Cristo. O Salvador sofre tentações no deserto. Ele inicia Seu ministério mortal
ensinando e curando.
Mateus 13–15. Jesus ensina por meio de parábolas. João Batista é morto. Depois de
alimentar mais de cinco mil, Jesus e Pedro caminham sobre o Mar da Galileia. Os escribas
e fariseus questionam Jesus.
Mateus 16–18. Depois que Pedro testifica que Jesus é o Messias, o Salvador indica que Ele
dará as chaves do reino de Deus para Pedro e os Doze. Jesus Cristo é transfigurado no
monte em que Pedro, Tiago e João recebem as chaves do sacerdócio. Jesus dá instruções
a Seus discípulos sobre como guiar a Igreja e ensina que Deus não nos perdoará se não
perdoarmos às outras pessoas.
Mateus 19–23. O Salvador ensina sobre a natureza eterna do casamento. Ele entra em
Jerusalém e purifica o templo. Por meio de parábolas, Jesus expõe as más intenções dos
líderes judeus que se opõem a Ele. Jesus lamenta a futura destruição de Jerusalém.
Mateus 24–25; Joseph Smith— Mateus. Jesus Cristo profetiza sobre a destruição de
Jerusalém. Ele ensina como Seus seguidores podem estar preparados para a Sua Segunda
Vinda.
Mateus 26–27. Jesus participa da ceia da Páscoa com Seus discípulos e institui o
sacramento. Ele sofre no Jardim do Getsêmani e é traído, preso, julgado por líderes judeus
e romanos e é crucificado. Morre e é sepultado.
SÃO MARCOS
(No Grego é Markus e tem a mesma transliteração no latim de Markus, que significa
guerreiro ou ainda "martelo grande")
EPISTOLA DE
O livro de Marcos relata o ministério, a morte e a Ressurreição de Jesus Cristo em um
relato rápido que muitas vezes centraliza-se nos feitos poderosos do Salvador. O primeiro
deles é a Expiação, que Marcos enfatiza como a missão central de Jesus como o Messias
há muito prometido. Ao estudar o relato de Marcos e o testemunho de como o Salvador
cumpriu Sua missão expiatória, você pode tornar-se mais convertido ao evangelho e
encontrar ânimo para seguir o Salvador.
Marcos e sua mãe, Maria, moravam em Jerusalém; a casa deles era um lugar onde os
primeiros cristãos se reuniam (ver Atos 12:12). Marcos saiu de Jerusalém para ajudar os
Apóstolos Barnabé e Paulo na primeira viagem missionária (ver Atos 12:25; 13:4–6, 42–48).
Paulo escreveu mais tarde que Marcos estava com ele em Roma (ver Colossenses 4:10;
Filemom 1:24; refere-se a ele como Marcos nesses versículos) e o elogia como um
companheiro que “é muito útil para o ministério” (2 Timóteo 4:11). Pedro refere-se a ele
como “meu filho Marcos” (1 Pedro 5:13), mostrando a proximidade do relacionamento deles.
Resumo
Marcos 1–4. Jesus é batizado por João Batista e começa a pregar, chamar discípulos e
realizar milagres. À medida que crescia a oposição contra Ele, Ele ensina por parábolas.
Marcos 5–7. O Salvador continua a realizar milagres, demonstrando Sua compaixão por
outras pessoas. Depois que João Batista é morto, Jesus alimenta mais de 5 mil pessoas e
anda sobre as águas. Ele prega contra as tradições falsas.
Marcos 8–10. Jesus Cristo continua a realizar milagres. Pedro testifica que Jesus é o Cristo.
O Salvador profetiza três vezes sobre o Seu sofrimento, a Sua morte e a Sua Ressurreição,
mas Seus discípulos ainda não entendiam plenamente o que Ele queria dizer. Ele
ensina-lhes a respeito da humildade e do serviço exigido de Seus discípulos.
Marcos 11–16. Na última semana de Sua vida, o Salvador entra em Jerusalém, ensina Seus
discípulos, sofre no Getsêmani e é crucificado. Jesus Cristo ressuscitou.
SÃO LUCAS
(Lucas: Significa "o que vem da Lucânia", "lucano", "luminoso" ou "iluminado". O
nome Loukanós vem da raiz lyke, luk ou luc, que originaram no Grego é palavra lux,
que significa "luz"; e no latim é Lucas, por isso também é atribuído a Lucas o
significado de "luminoso")
LIVRO DE
O livro de Lucas dá um testemunho adicional de muitas verdades registradas por Mateus e
Marcos e também possui um conteúdo exclusivo. O evangelho de Lucas pode aprofundar
seu entendimento dos ensinamentos de Jesus Cristo e ajudá-lo a apreciar mais plenamente
Seu amor e Sua compaixão por toda a humanidade, conforme manifestado durante Seu
ministério mortal e por meio de Sua Expiação infinita.
Resumo
Lucas 1–3. É predito o nascimento e a missão de João Batista e de Jesus Cristo.
Testemunhas atestam que o bebê Jesus é o Messias. Aos 12 anos de idade, Jesus ensina
no templo. João Batista prega arrependimento e batiza Jesus. Lucas registra a genealogia
de Jesus.
Lucas 4–8. Jesus Cristo é tentado no deserto. Em Nazaré Ele proclama a si mesmo como o
Messias e é rejeitado. Ele chama Doze Apóstolos e ensina Seus discípulos. Ele perdoa
pecados e realiza muitos milagres.
Lucas 9–14. Os Doze Apóstolos são enviados a pregar o evangelho e a curar. Jesus Cristo
alimenta mais de 5 mil pessoas e é transfigurado em uma montanha. Ele chama os setenta
e envia-os a pregar. Ele ensina sobre discipulado, hipocrisia e julgamento. Ensina a
parábola do bom samaritano.
Lucas 15–17. Jesus Cristo ensina por parábolas. Ele ensina sobre ofensas, fé e perdão. Ele
cura 10 leprosos e ensina sobre a Segunda Vinda.
Lucas 18–22. Jesus Cristo continua a ensinar por parábolas. Jesus cura um cego e ensina
Zaqueu. Ele entra triunfante em Jerusalém, chora pela cidade e purifica o templo. Ele prevê
a destruição de Jerusalém e descreve alguns dos sinais que precederão Sua Segunda
Vinda. Ele institui o sacramento, ensina Seus apóstolos e sofre no Getsêmani. Ele é traído,
preso, ridicularizado, ferido e interrogado.
SÃO JOÃO
(Significa de João: “Deus é cheio de graça”, “agraciado por Deus” ou “a graça e
misericórdia de Deus” e “Deus perdoa”.
O nome Joãotem origem no hebraico Yehokhanan, Iohanan, composto pela união dos
elementos Yah, que significa “Javé, Jeová, Deus”, e hannah, que quer dizer “graça”.
Significa “Deus é gracioso, agraciado por Deus, a graça e misericórdia de Deus, Deus
perdoa”)
João e seu irmão Tiago eram pescadores (ver Mateus 4:21). Antes de se tornar um
discípulo e apóstolo de Jesus Cristo, João provavelmente foi discípulo de João Batista (ver
João 1:35–40; Guia para Estudo das Escrituras, “João, Filho de Zebedeu”).
João enfatizou a divindade de Jesus como Filho de Deus. João registrou mais de 100
referências de Jesus ao Seu Pai com mais de 20 referências somente em João 14. Uma
das maiores contribuições de João é a inclusão dos ensinamentos do Salvador a Seus
discípulos horas antes de ser preso, inclusive a grande Oração Intercessória, oferecida na
noite em que sofreu no Getsêmani. Essa parte do relato de João (João 13–17) representa
mais de 18 por cento das páginas do livro de João, dando-nos um entendimento maior da
doutrina do Salvador e do que Ele espera de Seus discípulos.
Resumo
João 1. João testifica da divindade e missão pré-mortal de Jesus Cristo de proporcionar
salvação a todos os homens. João registra o batismo de Jesus e o chamado de alguns
discípulos.
João 2–4. Jesus Cristo transforma água em vinho. Ele ensina Nicodemos sobre o
renascimento espiritual e testifica à mulher na fonte que Ele é o Cristo. Jesus cura o filho de
um nobre.
João 5–7. O Salvador cura um inválido no tanque de Betesda e proclama Seu poder e Sua
autoridade divinos. Ele alimenta mais de 5 mil pessoas em preparação para o Seu discurso
sobre o Pão da Vida, proclama que Ele é o Messias e declara, na Festa dos Tabernáculos,
que somente aqueles que O recebem podem alcançar a vida eterna.
João 8–10. Por meio da experiência com a mulher apanhada em adultério, Jesus ensina
sobre a compaixão e o arrependimento. Ele declara a Si mesmo como o Jeová, o grande Eu
Sou, cura um homem que nasceu cego e descreve-Se como o Bom Pastor, que ama e dá a
vida por Suas ovelhas.
João 11–13. Jesus traz Lázaro de volta à vida, mostrando Seu poder sobre a morte. Ele
entra triunfante em Jerusalém. Durante a Última Ceia, Jesus lava os pés de Seus discípulos
e os ensina a amar uns aos outros.
João 14–16. Jesus instrui Seus discípulos sobre a relação entre o amor e a obediência. Ele
promete enviar o Consolador (o Espírito Santo) e ministrar pessoalmente a Seus discípulos.
Ele declara que é a Videira Verdadeira e que venceu o mundo.
João 17–19. Jesus oferece a Oração Intercessória em favor de Seus discípulos e daqueles
que crerem em Seus ensinamentos. Ele é traído, preso, julgado e condenado. Depois de
sofrer na cruz, Ele morre e é sepultado.
João 20–21. Jesus Cristo, agora ressuscitado, aparece a Maria Madalena no Jardim do
Sepulcro e depois a alguns de Seus discípulos em Jerusalém. Ele aparece a sete de Seus
discípulos no Mar da Galileia e encarrega Pedro de liderar Seus discípulos ao ministrar as
pessoas.
__________________________
A conversão e as missões do Apóstolo Paulo (Atos 9); a visão que Pedro recebeu com
relação à aceitação dos gentios na Igreja, que inicialmente não haviam se convertido ao
judaísmo (Atos 10:9–16, 34–35); e as doutrinas ensinadas na conferência de Jerusalém que
foram decisivas para o crescimento no início da Igreja (Atos 15).
Conforme registrado em Lucas 24:49, o Salvador instruiu os apóstolos para que iniciassem
seu ministério somente depois que “do alto [fossem] revestidos de poder”. Atos registra a
investidura desse poder pelo Espírito Santo e descreve seus resultados dramáticos,
começando com a conversão de milhares no dia de Pentecostes (ver Atos 2) Atos narra o
Crescimento e a perseguição da primeira Igreja, a de Jerusalém pelos os Judeus religiosos.
Ao longo de Atos, Lucas enfatiza as obras do Espírito Santo nas pessoas e nas
congregações. A frase “que do alto sejais revestidos de poder” provavelmente também
significa que os apóstolos “receberam conhecimento específico, poderes e bênçãos
especiais, geralmente conferidos somente no templo do Senhor”.
Resumo
Atos 1–2 Jesus Cristo ministra aos discípulos por 40 dias depois de Sua Ressurreição e,
então, ascende ao céu. Por inspiração, os apóstolos chamam Matias para ocupar a vaga no
Quórum dos Doze Apóstolos. O Espírito Santo é derramado no dia de Pentecostes. Pedro
testifica ousadamente do Salvador ressurreto e cerca de 3 mil pessoas são convertidas.
Atos 3–8 Pedro e João curam um homem que havia nascido coxo. Pedro e João são presos
por pregar e curar em nome de Jesus Cristo e são libertados da prisão. Os apóstolos
chamam sete homens para auxiliá-los no ministério; um desses homens, Estevão, testifica
perante o conselho judeu e os membros do conselho o condenam à morte. Filipe prega em
Samaria.
Atos 9–12 Saulo é convertido e inicia seu ministério. Ao ter uma visão, Pedro aprende que o
evangelho deve ser pregado aos gentios. Herodes Agripa I condena o Apóstolo Tiago à
morte (irmão de João) e prende Pedro.
Atos 13–15 Saulo e Barnabé são chamados como missionários. Eles encontram oposição
dos judeus e são aceitos por alguns gentios. Os líderes da Igreja se reúnem em Jerusalém
e determinam que os conversos gentios não precisam ser circuncidados (ou continuar a
observar a lei de Moisés) quando eles se unem à Igreja. Paulo (como Saulo é chamado
agora) parte em sua segunda viagem missionária, com Silas.
Atos 16–20 Paulo e Silas fortalecem várias igrejas que foram estabelecidas anteriormente.
No Areópago, em Atenas, Paulo prega que “[somos] geração de Deus” (Atos 17:29). Paulo
termina sua segunda missão e parte em uma terceira missão pela Ásia Menor. Paulo decide
voltar para Jerusalém.
Atos 21–28 Em Jerusalém, Paulo é preso e continua a testificar de Jesus Cristo. O Senhor
aparece novamente a Paulo. Muitos judeus planejam matar Paulo. Em Cesareia, ele
testifica perante Félix, Festo e Agripa. Paulo naufraga a caminho de Roma. Paulo prega o
evangelho enquanto está em prisão domiciliar em Roma.
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ROMANOS
(Roma)
A Epístola aos Romanos é a mais longa das epístolas de Paulo e é considerada por muitos
como a melhor. Essa epístola contém a explicação mais completa da doutrina da
justificação pela fé em Jesus Cristo, em vez das práticas da lei de Moisés. Ela contém
muitos ensinamentos sobre as doutrinas de salvação e a aplicação prática dessas doutrinas
na vida diária. Por meio do estudo desse livro, os alunos podem sentir mais admiração pela
Expiação de Jesus Cristo e pela esperança e paz que todas as pessoas podem encontrar
em Cristo.
O JUSTO VIVERA DA FÉ
A carta do Apóstolo Paulo à igreja em Roma, foi escrita com único propósito: ressaltar a
justiça de Deus.
O significado desta justiça está intimamente vinculado ao plano eterno de Deus. Tal plano
tem o condão de estabelecer um liame entre a criação, a queda e a redenção através de
Jesus Cristo.
Podemos dizer, a partir de um ponto de vista teológico, que para entender a história dos
homens e de todas as coisas (criadas) é necessário, antecipadamente, conhecer a história
de Deus.
A criação;
A queda;
A redenção;
A consumação
Antes de nascer o mundo, na eternidade, a augusta Trindade, por amor, decidiu criar. Ali se
estabeleceu um plano “fechado” que comportava, de uma só vez, o início, o fim e o
recomeço de todas as coisas.
O objetivo maior deste plano não era outra coisa senão estabelecer um relacionamento de
amor livre e verdadeiro entre o Criador e a criatura. A Bíblia afirma que Deus criou tudo para
a sua glória (Sl. 19). A criação, aqui incluído o homem, é o receptáculo desta glória, o
repositório do seu amor.
Ao considerar esta glória sob a perspectiva relacional, ensina que ela consiste em ser
amado por Deus, como a obra em que o artista se deleita, é a boa reputação que a criatura
tem para com Ele. Da mesma forma, o salmista ao se referir ao homem enquanto criação
divina, declara que Deus o corou de glória e honra
O Deus todo poderoso, já sabia de antemão que a liberdade outorgada ao homem o levaria
à queda, à quebra do relacionamento e, como remédio, ainda na eternidade, a redenção foi
preparada através da encarnação e morte do próprio Deus numa cruz.
Arrumar a criação é fazê-la exatamente voltar ao projeto inicial em que tudo era bom. O
início da consecução deste plano aqui na Terra se deu através da aliança com Abraão. Por
intermédio do patriarca e de sua descendência o pecado de Adão seria corrigido e todas as
famílias de todas as nações seriam restauradas. As promessas de Deus não falham jamais
Os judeus tinham plena consciência deste propósito eterno que há muito estava sendo
pregado pelos profetas. Os judeus seriam libertados da opressão e, por consequência, as
outras nações também seriam alcançadas e restauradas, culminando no fim da história.
Esta consciência não só foi refletida nas cerimônias, liturgias e na Torá, como também, nas
relações com os gentios. Os judeus, tidos como povo eleito de Deus, se posicionavam
como uma comunidade superior, detentora dos segredos divinos.
UM CONTEXTO HISTÓRICO
Assim, podemos dizer que esta tensão histórica entre judeus e gentios é um dos motivos
que propulsionaram Paulo a escrever sua epistola aos romanos, de onde subjaz o aspecto
teológico da justiça de Deus. A justa aliança para corrigir o mal na criação não mais seria
operada diretamente através dos judeus, e sim através do Messias.
Jesus havia morrido e ressuscitado. O Evangelho das boas novas se espalhava com poder
e graça por toda a região, alcançando, invariavelmente, tanto os judeus como os gentios.
É provável que a igreja cristã em Roma tenha começado com os judeus que retornaram de
Jerusalém após a festa do Pentecostes. No entanto, em 49 d.c. o imperador romano
expulsou toda a comunidade judaica de Roma e a igreja permaneceu ali apenas com os
gentios convertidos. Em 52 d.c. o imperador morre e os judeus retornam à Roma e
começam ali um grande conflito com os gentios pelo controle da igreja e pela observância
aos preceitos da Lei (Torá).
A tensão precisava ser resolvida. Paulo já havia passado por experiências semelhantes na
Galácia em que judeus convertidos sobrepujavam os gentios para fazê-los observar os
preceitos judaicos. Paulo combateu com veemência tal prática e percebeu o quanto este
problema afetava a unidade do corpo de Cristo e, por conseguinte, esvaziava o sentido do
Evangelho.
Paulo, em sua carta aos romanos, mais uma vez buscou desvincular a mensagem de Cristo
dos ornamentos e cerimoniais judaicos. Aliás, este objetivo é um tema recorrente em outras
cartas do Apóstolo, bem como, motivo de embate interno na igreja primitiva[7].
Apesar do cristianismo ter suas raízes fincadas no judaísmo, deste difere e o supera,
conquanto manifesta a poder de Deus para renovação da ordem criada. E é aqui, neste
ponto, que Paulo estabelece sua linha de raciocínio ao argumentar, de forma detalhada, os
aspectos da velha aliança iniciada em Abraão e a eficácia da nova aliança inaugurada por
Jesus.
Outro motivo para Paulo escrever a carta – além daquele de acabar com as dissenções
entre judeus e gentios -, era a estratégia geográfica de Roma para evangelizar o ocidente,
principalmente a Espanha.
O Evangelho somente chegaria com vigor naquela parte do mundo se houvesse o apoio de
uma igreja sólida e unida em torno do mesmo ideal.
O povo judeu, de fato, era o povo escolhido para trazer ao mundo a libertação. A aliança de
Deus com este povo “visava resolver os problemas no seio da criação” . Assim surge o
tema teológico central da carta: a justiça de Deus como fidelidade à aliança
JUSTIÇA DE DEUS
A carta aos Romanos é a carta que tem a doutrina da Salvação e Justificação pelo
Sacrifício expiatório do Senhor Jesus Cristo, mediante a Fé.
Entender o significado de “justiça de Deus” é o primeiro passo para entender a mensagem
do apóstolo, não somente nesta carta, mas em diversas outras epístolas. Novo Textamento,
que ensina que o sentido da palavra “justiça” no Antigo Testamento – que é usado por Paulo
-, remete à ideia de que Deus, por ser criador (autor do plano maior) “tem a obrigação de
arrumar o mundo de uma vez por todas”, bem como demonstrar sua fidelidade às
promessas feitas no âmbito da aliança. Esta é a estrutura teológica que permeia toda carta
aos Romanos: a justiça do Deus criador e da aliança.
1)Preparar-se para sua futura chegada em Roma. Durante anos, Paulo quis pregar o
evangelho em Roma (ver Atos 19:21; Romanos 1:15; 15:23). Ele também esperava que a
Igreja em Roma pudesse servir como base a partir da qual ele pudesse servir missão na
Espanha (ver Romanos 15:22–24, 28)
2) Para promover a união entre os judeus e gentios membros da Igreja. Não muito tempo
antes de Paulo escrever essa epístola, os cristãos judeus que tinham sido expulsos de
Roma pelo imperador Cláudio (ver Atos 18:2) começaram a voltar para Roma e para
congregações cristãs predominantemente compostas por gentios. Essa situação pode ter
dado origem a algumas das tensões e alguns dos problemas entre os judeus e gentios
cristãos. Como o “apóstolo dos gentios” (Romanos 11:13), Paulo procurou integrar os
gentios conversos na Igreja; ainda como judeu (ver Romanos 11:1), Paulo também sentiu
um grande desejo de que seu próprio povo aceitasse o evangelho. Paulo promoveu a união
da Igreja ao ensinar como as doutrinas do evangelho se aplicam a todos os santos (ver
Romanos 3:21–4:25; 11:13–36; 14:1–15:13).
Depois de uma saudação de abertura, a epístola começa com uma declaração de seu tema:
O “evangelho de Cristo (…) é o poder de Deus para salvação” a todos os que “[viverem] da
fé” em Jesus Cristo (Romanos 1:16–17).
Embora a epístola aos romanos tenha um papel importante na história cristã, infelizmente
ela também foi “a fonte de mais mal-entendidos doutrinários, erros de interpretação e
distúrbios do que qualquer outro livro bíblico”. Mesmo entre os primeiros cristãos, os
escritos de Paulo foram considerados como “difíceis de entender”, e seus ensinamentos
eram algumas vezes distorcidos e mal interpretados (2 Pedro 3:15–16).
Resumo
Romanos 1–3 Paulo explica a doutrina da justificação pela fé em Jesus Cristo. Paulo define
a aflição do pecado que acontece a toda a humanidade e ensina que a solução de Deus
para esse problema a todas as pessoas é a Expiação de Jesus Cristo. Por meio da
aceitação fiel da Expiação de Jesus Cristo, toda a humanidade pode ser justificada
(perdoada) e receber a salvação.
Romanos 4–8 Paulo cita o exemplo de Abraão para ilustrar a doutrina da justificação pela
fé. Ele expõe as doutrinas de salvação e ensina como essas doutrinas afetam a vida de
todos os que têm fé em Cristo.
Romanos 9–16 Paulo escreve sobre a situação de eleição de Israel, a presente rejeição do
evangelho e a futura salvação. Paulo aconselha os membros da Igreja, judeus e gentios, a
viverem o evangelho para que haja paz e união na Igreja. Ele pede que os santos de Roma
continuem a guardar os mandamentos.
1 CORÍNTIOS
(Cidade de Coríntios na antiga Macedônia {Grécia})
Escritor: Apóstolo Paulo
Em 1 Coríntios, aprendemos que o Apóstolo Paulo ensinou os membros da Igreja naquela
cidade a promoverem a união e a aprenderem a respeito das coisas de Deus, assim como o
papel do corpo físico como templo do Espírito Santo, a natureza dos dons espirituais, a
importância de se tomar o sacramento dignamente e a realidade da ressurreição. Ao
estudar os ensinamentos de Paulo em 1 Coríntios, você pode aprender doutrinas e
princípios que o ajudarão a viver em retidão a despeito das iniquidades que vier a encontrar.
Na época de Paulo, Corinto era a capital da província romana de Acaia, que ocupava a
maior parte da Grécia antiga, ao sul da Macedônia. Por ser um rico centro de negócios,
Corinto atraía pessoas de todo o Império Romano, sendo assim uma das cidades mais
diversificadas da região. A adoração de ídolos predominava na cultura coríntia, e haviam
muitos templos e santuários por toda a cidade. Na época do ministério de Paulo, os
coríntios tinham a reputação de serem muito imorais. Por exemplo, a prostituição ritualística
era praticada no templo de Afrodite.
Nessa epístola, Paulo deixa claro que faltava união aos membros da Igreja naquela cidade
e que algumas crenças e práticas pagãs começavam a influenciar a maneira como
observavam os princípios e as ordenanças do evangelho (ver 1 Coríntios 1:11; 6:1–8;
10:20–22; 11:18–22). Ele escreveu para ajudar os membros da Igreja em Corinto com suas
dúvidas e seus problemas, assim como para fortalecer os conversos que tinham
dificuldades em abandonar suas crenças e práticas antigas.
Como registrado em 1 Coríntios, Paulo explicou que Jesus Cristo havia cumprido a lei de
Moisés. Ele também enfatizou a importância da “observância dos mandamentos de Deus”
(1 Coríntios 7:19) “debaixo da lei de Cristo” (1 Coríntios 9:21) a fim de se receber a bênção
da salvação por meio do evangelho.
2 CORÍNTIOS
A Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios se destaca por seus temas de consolo nos
momentos de aflição, força em meio a fraqueza (como exemplificado pelo próprio Apóstolo
Paulo) e o discernimento entre os verdadeiros mestres e os falsos. O exemplo e os
ensinamentos de Paulo registrados em 2 Coríntios podem inspirar os alunos a
permanecerem fiéis aos convênios eternos que fizeram com Deus, o Pai Eterno, não
importa as circunstâncias ou as consequências.
A carta de Paulo é dirigida tanto àqueles que desejavam mais de suas palavras (ver 2
Coríntios 1–9) como aos que estavam relutantes em aceitar seus ensinamentos (ver 2
Coríntios 10–13). Em geral, o texto de 2 Coríntios revela diversos propósitos dessa carta:
Expressar gratidão e fortalecer os santos que tinham agido favoravelmente à sua carta
anterior
Defender seu caráter pessoal e sua autoridade como apóstolo de Jesus Cristo (ver 2
Coríntios 10–13)
Incentivar os santos de Corinto a fazerem uma oferta financeira generosa para os santos
carentes de Jerusalém (ver 2 Coríntios 8–9)
RESUMO:
2 Coríntios 1–5 Paulo testifica que Deus consola Seus filhos em todas as suas tribulações.
Ele desafia os santos a amarem e perdoarem uns aos outros. O evangelho e as obras do
Espírito do Senhor são mais gloriosos do que a letra da lei de Moisés. Paulo incentiva seus
leitores em seus momentos de adversidade e lembra-os da natureza eterna do amor e da
glória de Deus. Ele ajuda os leitores a entenderem a necessidade de reconciliarem-se com
Deus por meio da Expiação de Jesus Cristo.
2 Coríntios 6–13 Enquanto enfrenta as críticas e a oposição dos falsos mestres, Paulo
defende sua sinceridade como servo do Senhor e convida seus leitores a se apartarem do
mundo. Ele ensina sobre a “tristeza segundo Deus” (ver 2 Coríntios 7:10). Paulo agradece
aos santos de Corinto por suas contribuições aos pobres de Jerusalém e incentiva-os a
continuarem a doar generosamente. Ele fala fortemente contra os “falsos apóstolos” (2
Coríntios 11:13). Paulo gloria-se no Senhor e compartilha detalhes autobiográficos de suas
tribulações e de sua fé em Jesus Cristo. Ele escreve sobre sua visão do terceiro céu. Paulo
convida os santos a examinarem a si mesmos e provarem sua fidelidade
GÁLATAS
(Nome dado aos Celtas pelos Gregos antigos, embora designe mais especificamente
a povo que habitava a Galácia, na atual Turquia)
Gálatas foi escrita a um grupo de judeus cristãos que estavam voltando a confiar nos rituais
da lei de Moisés e que, assim, começaram a afastar-se do Senhor. O Apóstolo Paulo tentou
corrigir esse problema salientando a diferença entre o pesado “jugo” da lei de Moisés, que
levava à servidão espiritual, e o evangelho de Jesus Cristo, que leva à liberdade espiritual.
O estudo dessa epístola pode ajudar os alunos a dar mais valor à liberdade que o
evangelho de Jesus Cristo nos proporciona.
Estes são os principais objetivos pelos quais Paulo escreveu essa epístola:
Defender-se das acusações feitas pelos falsos mestres que se opuseram a ele.
Ensinar que todos, sejam judeus ou gentios, são salvos por meio da Expiação de Jesus
Cristo, se tiverem fé Nele, e não por confiarem nos rituais da lei de Moisés.
Explicar a diferença entre o antigo convênio que Deus fez por meio de Moisés e o novo
convênio feito por meio de Cristo.
EFÉSIOS
(Éfeso em grego clássico, joem latim: Ephesus; em turco: Efes) foi uma cidade grega
antiga na costa de Jônia, três quilômetros a sudoeste de Selçuk, província de
Esmirna, Turquia)
“Efésios é uma epístola para o mundo inteiro, para judeus e gentios, para marido e mulher,
para pais e filhos, para servos e senhores. É a declaração da palavra e vontade de Deus
nos dias de Paulo e é a voz da inspiração em nossos dias; é uma epístola de apelo e
aplicação universal.
Essa epístola é um dos melhores textos de Paulo e aborda questões fundamentais, aborda
o evangelho de Deus em toda a sua glória salvadora”
O estudo da Epístola aos Efésios pode inspirar os alunos a abandonar as coisas deste
mundo, a desenvolver-se espiritualmente e a aprender a participar mais plenamente da
união fraternal da Igreja.
Quem escreveu essa epístola?
A Epístola aos Efésios foi escrita pelo Apóstolo Paulo (ver Efésios 1:1).
Nessa epístola, Paulo dirigiu-se aos membros gentios da Igreja (ver Efésios 2:11) que talvez
fossem recém-conversos (ver Efésios 1:15). O objetivo da carta era promover a
espiritualidade e o testemunho dos que já eram membros da Igreja. Os principais objetivos
de Paulo eram ajudar esses conversos a obter mais conhecimento espiritual de Deus e da
Igreja (ver Efésios 1:15–18; 3:14–19); promover a união, particularmente entre os membros
gentios e judeus (ver Efésios 2:11–22; 4:1–16; 5:19–6:9) e incentivar os santos a resistirem
às forças do mal (ver Efésios 4:17–5:18; 6:10–18). Muitos santos em Éfeso viviam em tal
retidão que foram selados para a vida eterna
Além disso, Paulo louvou os membros de Filipos por sua fé em Jesus Cristo e deu-lhes
conselhos pautados em informações a seu respeito recebidas de um membro filipense
chamado Epafrodito (ver Filipenses 4:18). Em seus conselhos, Paulo os incentivava a ser
humildes e unidos (ver Filipenses 2:1–18; 4:2–3). Paulo também alertou os filipenses quanto
aos cristãos corruptos, como os que ensinavam que a circuncisão era necessária para a
conversão. Essas pessoas falsamente argumentavam que os novos conversos precisavam
submeter-se à antiga lei da circuncisão, do Velho Testamento, antes de se tornarem cristãos
(ver Filipenses 3:2–3). (Obs.: O adjetivo “judaizante” é comumente empregado com relação
a quem advogava essas ideias.)
FILIPENSES
(em grego: Philippoi- foi uma cidade importante do Império Romano, considerada
uma porta de entrada da Europa em relação aos visitantes provenientes da Ásia. Era
Localizada no leste da antiga província da Macedônia, a 13 km do mar Egeu, no topo
de uma colina)
Em sua epístola aos filipenses, o Apóstolo Paulo incentivou os santos em Filipos e os
exortou a permanecerem firmes na fé em união e a trabalharem juntos para defender a fé.
Talvez, um dos princípios mais importantes que Paulo ensinou aos filipenses é que orar a
Deus e confiar Nele traz “a paz de Deus, que excede todo o entendimento” (Filipenses 4:7).
Estudar as mensagens de incentivo de Paulo nessa epístola pode ajudá-lo em seu
empenho de perseverar fielmente até o fim. Ao se empenhar em seguir a Cristo, você
também pode ganhar confiança e, assim como Paulo, declarar: “Posso todas as coisas em
Cristo que me fortalece” (Filipenses 4:13).
Paulo também elogiou os membros em Filipos por sua fé em Jesus Cristo e deu-lhes
conselhos com base em informações sobre eles, que havia recebido de um discípulo
filipense chamado Epafrodito (ver Filipenses 4:18). O conselho de Paulo incluiu um
incentivo a serem humildes e unidos (ver Filipenses 2:1–18; 4:2–3). Paulo também advertiu
os filipenses a tomarem cuidado com cristãos corruptos, como aqueles que ensinavam que
a circuncisão era necessária para a conversão. Essas pessoas (geralmente chamadas de
judaizantes) declaravam falsamente que os novos conversos precisavam se submeter à
antiga lei da circuncisão, do Velho Testamento, antes de se tornarem cristãos (ver
Filipenses 3:2–3).
Resumo
Filipenses 1. Paulo expressa gratidão pelo companheirismo dos santos de Filipos. Ele
ensina que a oposição que sentiu ao servir ao Senhor, inclusive ao ser preso, havia
promovido a causa do evangelho. Ele incentiva os membros da Igreja a permanecerem
firmes em união ao defenderem a fé.
Filipenses 3. Paulo adverte sobre os judaizantes. Ele descreve seu passado como fariseu e
como desistiu de tudo para seguir Jesus Cristo. Ele exorta os santos a seguirem seu
exemplo e continuarem firmes rumo à salvação. Paulo explica que Jesus Cristo
transformará nossos corpos físicos em corpos gloriosos como o Seu.
COLOSSENSES
Paulo escreveu a Epístola aos Colossenses por ter recebido a notícia de que eles
estavam incorrendo em graves erros.
Os santos de Colossos estavam sendo influenciados por ensinamentos enganosos e
práticas errôneas que ameaçavam sua fé. Os membros da Igreja de nossa época
enfrentam dificuldades semelhantes. Parte da importância dessa epístola reside em
como ela expõe o que é falso e, ao mesmo tempo, salienta a divindade de Jesus
Cristo e Sua obra de redenção. Com o estudo do livro de Colossenses, os alunos
podem converter-se mais profundamente ao Salvador e proteger-se para não serem
enganados e não cederem ao pecado.
Paulo escreveu essa epístola “após [uma] visita de Epafras, o evangelista da Igreja
em Colossos (Colossenses 1:7–8). Epafras disse a Paulo que os colossenses
estavam cometendo grave erro, pois pensavam ser melhores que os outros por
observarem cuidadosamente certas ordenanças exteriores (Colossenses 2:16),
absterem-se de certos prazeres físicos e prestarem culto aos anjos (Colossenses
2:18). Tais costumes [levavam] os colossenses a crer que [estavam se santificando].
Julgavam também eles que entendiam os mistérios do universo melhor que os outros
membros da Igreja. Em sua carta, Paulo censurou-os, ensinando que a redenção é
obtida somente através de Cristo e que devemos ser sábios e servi-Lo” (Guia para
Estudo das Escrituras, “Colossenses, Epístola aos”, scriptures.LDS.org).
Paulo fez um alerta quanto àqueles que ensinam que para tornar-se verdadeiramente
espiritual é preciso submeter-se a rituais, festivais e dietas especiais (ver
Colossenses 2:16–18, 20, 23). Ele ensinou que a maturidade espiritual e o
conhecimento divino não se manifestam por meio dessas coisas, mas, sim, quando
nos concentramos “nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra”
(Colossenses 3:2), eliminamos nossas iniquidades (ver Colossenses 3:5–9) e
desenvolvemos atributos cristãos (ver Colossenses 3:12–17). Paulo aconselhou seus
leitores a permanecerem “fundados e firmes” no evangelho (Colossenses 1:23),
“arraigados e edificados [em Jesus Cristo], e confirmados na fé” (Colossenses 2:7).
RESUMO
Colossenses 1:1–23 Paulo saúda os santos de Colossos e declara que Jesus Cristo é
o Redentor, o Primogênito de todas as criaturas, o Criador e o Senhor divino e
perfeito, de Quem emana a harmonia do Universo. Paulo exorta os santos a firmarem
a própria fé em Jesus Cristo.
Colossenses 1:24–2:23 Paulo alerta contra o perigo de acreditar nas filosofias erradas
e tradições dos homens, inclusive nas relativas à adoração de anjos e a submeter-se
aos rigores extremos como forma de disciplina espiritual.
Colossenses 3:1–4:18 Paulo exorta os santos a concentrarem-se nas coisas
celestiais, a abandonarem os pecados de sua antiga vida e a serem misericordiosos
uns com os outros. Ensina-os a forma correta de adorar e dá conselhos a mulheres
casadas, maridos, filhos, pais, servos e senhores (patrões). Ele encerra a epístola aos
Colossenses com elogios, saudações finais
1 TESSÁLONICENSES
( Salonica, também conhecida como Tessalónica em grego: Thessaloníki; "vitória sobre os
tessálios" é a segunda maior cidade da Grécia e a principal cidade da região grega da
Macedônia- Tessalonicenses era como era chamado o antigo povo dessa cidade)
Paulo trabalhou com Silas em Tessalônica, mas eles foram expulsos da cidade por
líderes judeus (ver Atos 17:1–9). Mais tarde, Timóteo relatou a Paulo que os santos de
Tessalônica tinham permanecido fiéis apesar da perseguição e que a influência da
retidão deles estava se espalhando (ver Atos 18:5; 1 Tessalonicenses 1:7–8; 3:6–8)
Os conversos de Tessalônica foram os primeiros europeus a aceitar o evangelho e,
por isso, sofreram perseguição. Eles também tinham muitas dúvidas sobre a
Segunda Vinda. Por isso, em sua carta aos tessalonicenses, Paulo escreveu palavras
de incentivo e força, e respondeu suas perguntas sobre a Segunda Vinda de Jesus
Cristo.
RESUMO
1 Tessalonicenses 1–3. Paulo expressa grande apreciação aos santos de Tessalônica.
Ele relembra os leitores de seu afetuoso ministério entre eles e expressa alegria por
sua fidelidade. Incentiva os santos a crescerem em amor uns para com os outros e
para com todas as pessoas.
1 Tessalonicenses 4–5. Paulo diz aos santos que se santifiquem. Ele explica que,
quando o Senhor voltar, os santos que tiverem sido fiéis no testemunho de Cristo,
tanto os vivos quanto os mortos, se levantarão para encontrar o Senhor. O apóstolo
relembra os membros da Igreja que devem se preparar e ficar atentos ao dia em que
Cristo voltará.
2 TESSÁLONICENSES
Em sua Segunda Epístola aos Tessalonicenses, Paulo corrigiu ideias errôneas que parte
dos membros da Igreja tinha quanto a certos aspectos da Segunda Vinda de Jesus Cristo e
deu conselhos a esses membros. O estudo desses ensinamentos pode ajudar os alunos a
entender o que é a apostasia e como podem preparar-se para a volta do Senhor.
Essa epístola também contém a profecia de Paulo quanto à Grande Apostasia, na qual ele
predisse que a Igreja se afastaria do evangelho antes da Segunda Vinda do Senhor (ver 2
Tessalonicenses 2:2–12). A profecia de Paulo quanto à Apostasia lembra aos membros da
Igreja de nossa época o motivo por que era preciso que o evangelho fosse restaurado nos
últimos dias.
Resumo
2 Tessalonicenses 1 Paulo saúda e louva os santos de Tessalônica. Ensina que os iníquos
enfrentarão a vingança do Senhor na Segunda Vinda.
1 TIMÓTEO
(E NOME GREGO: TIMOTHIOUS; aquele que honra a DEUS)
Na época em que essa epístola foi escrita, Timóteo servia como líder da Igreja em Éfeso
(ver 1 Timóteo 1:3). Paulo deu a entender que alguns membros duvidavam das habilidades
de liderança de Timóteo por ele ainda ser jovem (ver 1 Timóteo 4:12). Paulo pretendia
visitar Timóteo pessoalmente, mas não tinha certeza se conseguiria (ver 1 Timóteo 3:14;
4:13). Paulo escreveu a epístola a Timóteo para ajudar o jovem líder da Igreja a entender
melhor suas funções.
Paulo deu diretrizes para ajudar Timóteo a identificar candidatos dignos de servir como
bispos ou diáconos (ver 1 Timóteo 3). Essas diretrizes ajudaram a destacar a
responsabilidade dos líderes da Igreja de proverem as necessidades temporais e espirituais
dos membros (ver 1 Timóteo 5). Paulo também falou sobre a falsa ideia muito comum da
ascese — a crença de que uma espiritualidade mais elevada poderia ser alcançada por
meio de estrita abnegação. Por exemplo, ele advertiu que alguns membros da Igreja
poderiam apostatar e promover a crença de que o casamento era proibido (ver 1 Timóteo
4:1–3). Para evitar essa e outras influências prejudiciais e apóstatas, Paulo deu instruções a
Timóteo para ensinar a doutrina sã (ver 1 Timóteo 1:3–4, 10; 4:1–6, 13, 16)
Resumo
1 Timóteo 1. Paulo previne contra os falsos ensinamentos. Ele se regozija no Senhor Jesus
Cristo, que concedeu grande misericórdia para salvá-lo. Paulo refere-se a si mesmo como o
“principal” (1 Timóteo 1:15), ou o pior dos pecadores, fazendo alusão a sua perseguição aos
cristãos antes de sua conversão. Paulo reafirma às outras pessoas que a misericórdia de
Cristo também os ajudará.
1 Timóteo 2–3. Paulo ensina sobre a necessidade da oração e da adoração apropriada. Ele
ensina que Jesus Cristo é o nosso resgate e nosso Mediador com o Pai. Ele instrui os
homens e as mulheres a como se portar durante a adoração. Ele delineia as qualificações
para os bispos e diáconos. Ele explica que o mistério da divindade é a condescendência de
Jesus Cristo, Sua vida perfeita na Terra e Sua Ascensão e glória.
1 Timóteo 4. Paulo adverte Timóteo de que algumas pessoas serão enganadas pelos falsos
ensinamentos relacionados ao casamento e a práticas alimentares. Ele fala sobre a
importância do casamento e de receber as criações de Deus com gratidão. Paulo ensina
Timóteo a como lidar com os falsos ensinamentos de sua época e aqueles que logo viriam.
1 Timóteo 5–6. Paulo dá diretrizes a Timóteo para ajudá-lo a ministrar as necessidades dos
idosos, dos jovens, das viúvas, dos mais velhos e dos escravos. Ele descreve os falsos
mestres. Ele adverte que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (1 Timóteo 6:10) e
instrui Timóteo sobre como os santos podem obter a vida eterna.
2 TIMÓTEO
Segunda epístola
Durante o tempo em que foi prisioneiro, Paulo esteve acorrentado (ver 2 Timóteo 1:16; 2:9)
e provavelmente foi colocado em uma cela ou calabouço exposto aos elementos (ver 2
Timóteo 1:17) e era com dificuldade que seus amigos o encontravam (ver 2 Timóteo 1:17).
Parece que Lucas era a única pessoa que o visitava regularmente (ver 2 Timóteo 4:11) e
Paulo achava que sua vida estava chegando ao fim (ver 2 Timóteo 4:6–8).
No final dessa carta, Paulo pediu que Timóteo e Marcos o visitassem e levassem algumas
coisas que ele tinha deixado quando partira (ver 2 Timóteo 4:9–13). Apesar dessa epístola
de Paulo dirigir-se especificamente a Timóteo, os conselhos nela contidos aplicam-se a
quem vive nos “últimos dias” (2 Timóteo 3:1), pois Paulo abordou os problemas que
ocorreriam em sua época e na nossa, bem como suas soluções.
Resumo
2 Timóteo 1 Paulo fala do dom e poder de Deus que é recebido pela ordenação ao
sacerdócio. Ele ensina que o “espírito de temor” (2 Timóteo 1:7) não vem de Deus e que
não devemos envergonhar-nos de nosso testemunho de Jesus Cristo. Paulo testifica que foi
chamado por Jesus Cristo para pregar o evangelho (ver 2 Timóteo 1:11).
2 Timóteo 3–4 Paulo descreve a situação iníqua dos últimos dias e incentiva Timóteo a usar
as escrituras em suas responsabilidades de líder do sacerdócio. Menciona sua morte
iminente e declara: “guardei a fé” (2 Timóteo 4:7). Paulo testifica que o Senhor o guardaria
para o “reino celestial” (2 Timóteo 4:18).
TITO
(E de origem grega, Titus tem a transliteração do latim Tito ou Tito no Portugues)
A carta de Paulo a Tito, assim como suas cartas para Timóteo, contém inúmeros conselhos
do Apóstolo Paulo aos líderes da Igreja. Paulo escreveu que a “esperança da vida eterna”
foi inicialmente prometida por Deus na vida pré-mortal “antes dos tempos dos séculos” (Tito
1:2). Ele ensinou que os santos deveriam aguardar “a bem-aventurada esperança” de
exaltação e a Segunda Vinda (Tito 2:13). Paulo também escreveu a Tito sobre “a lavagem
da regeneração” e a “renovação do Espírito Santo” (Tito 3:5), fazendo alusão à ordenança
do batismo e ao efeito purificador de receber o dom do Espírito Santo, ambos preparatórios
para que sejam “feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna” (Tito 3:7). Ao estudar
o inspirado conselho de Paulo a Tito, você pode aumentar sua fé que as doutrinas e as
ordenanças do evangelho nos dão a esperança da vida eterna.
Resumo
Tito 1. Paulo instrui Tito a ordenar os líderes da Igreja e, depois, relaciona algumas
qualificações para os bispos. Ele instrui Tito a corrigir as heresias e a repreender os falsos
mestres que “confessam que conhecem a Deus, porém com as obras o negam” (Tito 1:16).
Tito 2. Paulo incentiva Tito a instruir os membros idosos da Igreja a darem o exemplo para
os santos mais jovens. Ele também pede a Tito que ensine os servos a se submeterem a
seu mestre. Paulo explica a maneira pela qual os discípulos devem viver para se
prepararem para a vinda do Senhor. Ele descreve a redenção que advém por meio de
Jesus Cristo.
Tito 3. Paulo ensina que os membros da Igreja devem ser bons cidadãos e fiéis seguidores
de Jesus Cristo. Por meio do batismo, podemos receber a vida eterna pela graça do
SENHOR
FILEMOM
(Significa aquele que ama, seu nome e de origem Grega)
Resumo
Filemom 1. Paulo elogia Filemom pelo amor que demonstrou aos santos. Ele explica que o
escravo fugitivo de Filemom, Onésimo, converteu-se ao evangelho. Paulo pede a Filemom
que receba Onésimo de volta como irmão no Senhor. Ele se oferece para compensar
Filemom por qualquer perda financeira que Onésimo tenha lhe causado.
O livro de Hebreus testifica sobre a superioridade de Jesus Cristo. Ele é maior que os anjos,
tem um nome mais excelente e um chamado mais elevado. Os anjos são servos de Deus,
mas Jesus Cristo é Seu Filho. Esse livro também ensina que Jesus é maior do que Moisés
e que Seu ministério trouxe um nova Aliança, superior a Aliança antiga da lei de Moisés.
Sendo o Grande Sumo Sacerdote do Sacerdócio de Melquisedeque, o sacerdócio de Cristo
é maior do que o dos sumos sacerdotes da lei de Moisés.
Por causa da pressão causada por várias provações, os judeus cristãos estavam saindo da
Igreja e voltando a adorar da maneira judaica relativamente mais segura nas sinagogas (ver
Hebreus 10:25, 38–39). Paulo queria mostrar a esses judeus cristãos que a lei de Moisés
apontava para Jesus Cristo e Sua Expiação como a verdadeira fonte da salvação.
O livro de Hebreus é um dos poucos lugares na Bíblia em que lemos a respeito do Profeta
Melquisedeque (ver Hebreus 7:1–4) e do sacerdócio que leva seu nome (ver Hebreus
5:5–6, 10; 6:20; 7:11–17). Hebreus ensina que o Sacerdócio de Melquisedeque é maior do
que o Sacerdócio Aarônico e mostra que a salvação não se encontra na lei de Moisés ou
nas ordenanças administradas pelos sacerdotes levitas, mas em Jesus Cristo e nas
ordenanças do Sacerdócio de Melquisedeque (ver Hebreus 7:5–28). Hebreus 11:1–12:4
contém um excelente discurso sobre fé e ensina como as pessoas podem confiar em Jesus
Cristo.
Resumo
Hebreus 1–6 Jesus Cristo é a imagem expressa do Pai. Ele é maior do que os anjos e todos
os profetas que O precederam, inclusive Moisés. Os antigos israelitas que saíram do Egito
não entraram no descanso do Senhor porque endureceram o coração contra Jesus Cristo e
Seu servo Moisés. Como o Grande Sumo Sacerdote, Jesus é superior a todos os sumos
sacerdotes da lei mosaica. Cristo foi aperfeiçoado por meio do Seu sofrimento. Podemos
entrar no descanso do Senhor e “[prosseguir] até a perfeição” (Hebreus 6:1).
TIAGO
Em sua epístola, Tiago salienta que devemos ser “cumpridores da palavra, e não somente
ouvintes” (Tiago 1:22). Estudar esse livro vai ajudar os alunos a entenderem a importância
de mostrar fé por meio de “obras” ou ações (ver Tiago 2:14–26) e vai inspirá-los a
procurarem obter a “coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam” (Tiago
1:12).
A tradição cristã afirma que esse Tiago, como Judas, era um dos filhos de José e Maria e,
portanto, meio-irmão de Jesus Cristo (ver Mateus 13:55; Marcos 6:3; Gálatas 1:19). O fato
de que Tiago foi mencionado primeiro na lista de irmãos de Jesus em Mateus 13:55 pode
ser uma indicação de que ele era o mais velho dos meios-irmãos. Como os outros
meios-irmãos do Senhor, Tiago não se tornou discípulo de Jesus logo no início (ver João
7:3–5). Contudo, depois que Jesus ressuscitou, Tiago foi uma das pessoas a quem Jesus
apareceu como ser ressuscitado (ver 1 Coríntios 15:7).
Algum tempo depois, Tiago tornou-se um dos apóstolos e, de acordo com os primeiros
escritores cristãos, foi uns dos primeiro Pais da Igreja em Jerusalém, da primeira Igreja
primitiva. (ver Atos 12:17; 21:18; Gálatas 1:18–19; 2:9). Como líder na Igreja, ele teve um
papel preponderante no conselho realizado em Jerusalém (Atos 15:13). Sua influência na
Igreja foi sem dúvida fortalecida devido ao seu parentesco com Jesus, contudo Tiago
mostrou humildade ao apresentar-se não como irmão, mas como servo do Senhor (ver
Tiago 1:1).
O fato de Tiago não ter mencionado a conferência de Jerusalém que ocorreu cerca de 50
anos d.C. (ver Atos 15) poderia indicar que sua carta foi escrita antes dessa conferência. Se
sua carta foi realmente escrita antes da conferência de Jerusalém, foi uma das primeiras
cartas do Novo Testamento.
Resumo
Tiago 1–2 Tiago saúda seus leitores e apresenta os temas principais de sua epístola, como
suportar provações, buscar sabedoria e viver de acordo com a fé que professamos. Aqueles
que ouvem as palavras de Deus devem também ser praticantes da palavra. Tiago define a
“religião pura” como cuidar dos órfãos e das viúvas e viver livre do pecado (ver Tiago 1:27).
Os santos devem amar ao próximo e mostrar sua fé por meio de obras.
Tiago 3–4 Tiago ilustra a natureza destrutiva da falta de autocontrole ao falar e faz um
contraste com o fruto da retidão daqueles que promovem a paz. Ele adverte os leitores a
não serem amigos do mundo, mas a resistirem ao diabo e achegarem-se a Deus.
Tiago 5 Tiago adverte os ricos devassos. Ele termina sua epístola com alguns conselhos
breves sobre a responsabilidade dos santos para com os outros membros da Igreja.
Aconselha também os santos a aguardarem com paciência a vinda do Senhor e a serem
sinceros em tudo o que disserem. Ele incentiva os doentes a contarem com a ajuda dos
anciãos (élderes) para serem ungidos com óleo e curados.
1 PEDRO
(Com origem no nome grego "Pétros", este a partir da palavra petra (uma tradução do
aramaico Cephas) que significa literalmente “pedra, rochedo”)
O conselho de Pedro foi muito oportuno, pois os membros da Igreja estavam à beira de um
período de intensa perseguição. Até aproximadamente 64 d.C., mais ou menos na época
em que Pedro escreveu essa epístola, o governo romano geralmente tolerava o
cristianismo. Em julho daquele ano, um incêndio destruiu boa parte de Roma e circularam
rumores de que o próprio imperador Nero havia dado ordens para iniciar o incêndio. Na
tentativa de desviar a culpa pela tragédia, alguns romanos proeminentes acusaram os
cristãos de terem sido os responsáveis. Isso levou a uma grande perseguição aos cristãos
por todo o Império Romano. Pedro indicou que, quando os santos padecem como cristãos
(1 Pedro 4:16), eles podem sentir alegria, pois estão seguindo os passos de Jesus Cristo
(ver 1 Pedro 2:19–23; 3:15–18; 4:12–19).
Essa epístola talvez contenha as referências bíblicas mais claras sobre o mundo espiritual e
o trabalho de salvação realizado nessa esfera. Pedro mencionou brevemente que Jesus
Cristo visitou o mundo espiritual para pregar aos espíritos desobedientes que tinham vivido
no tempo de Noé (ver 1 Pedro 3:18–20). Ele acrescentou que o evangelho foi pregado aos
mortos para dar às pessoas falecidas a oportunidade de serem julgadas em termos de
igualdade com os vivos (ver 1 Pedro 4:5–6)
Resumo
1 Pedro 1:1–2:10 Pedro escreve sobre a necessidade de os santos crescerem
espiritualmente a fim de receber recompensas eternas. A promessa de salvação só é
possível por meio do precioso sangue de Jesus Cristo. Os santos são “a geração eleita, o
sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (1 Pedro 2:9) que obtiveram a
misericórdia de Deus.
2 PEDRO
Tendo sido testemunha ocular da transfiguração de Jesus Cristo (ver 2 Pedro 1:16–18),
Pedro exortou seus leitores a aumentar seu conhecimento de Jesus Cristo e a procurar
obter atributos divinos a fim de serem participantes da “natureza divina” (ver 2 Pedro 1:4–8).
Ele assegurou a seus leitores que esse crescimento espiritual iria ajudá-los a “fazer cada
vez mais firmes a vossa vocação e eleição” (2 Pedro 1:10). “Pedro afirma que o Senhor virá
do céu em grande glória e com grandes julgamentos sobre a Terra”
Ao estudar a Segunda Epístola Universal de Pedro, os alunos vão desenvolver mais fé em
Jesus Cristo e receber conhecimento e inspiração que vão ajudá-los a tornar-se mais
semelhantes a Ele.
Resumo
2 Pedro 1 Pedro explica que as promessas de Jesus Cristo permitem que os santos se
tornem “participantes da natureza divina” (2 Pedro 1:4). Ele os incentiva a assegurar sua
“vocação e eleição” (2 Pedro 1:10). Pedro relembra sua experiência no Monte da
Transfiguração, quando foi testemunha do Cristo glorificado e ouviu a voz do Pai. Ele diz
que tem “muito firme a palavra dos profetas” (2 Pedro 1:19).
2 Pedro 2 Pedro adverte os membros da Igreja a respeito dos falsos profetas e mestres que
surgirão entre eles, procurando desviar os santos. Esses mestres iníquos negarão o Senhor
e blasfemarão o “caminho da verdade” (2 Pedro 2:2). Pedro ensina que é melhor não
aceitar o evangelho do que fazer convênios e não honrá-los.
2 Pedro 3 Pedro afirma que Cristo virá com certeza, no Seu próprio tempo, para purificar a
Terra com fogo, destruir os iníquos e salvar os diligentes e fiéis. Pedro incentiva os santos a
crescerem “na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo”
(2 Pedro 3:18
1 JOÃO
O autor das Epístolas de João era uma testemunha do Salvador ressurreto, o que
certamente se aplica ao Apóstolo João (ver 1 João 1:1–4; 4:14
Quando e onde foi escrita?
Não se sabe ao certo quando e onde foi escrito o livro de 1 João. Provavelmente foi redigido
no fim do primeiro século d.C.
Embora João tenha passado grande parte de sua vida na Palestina, aquela região se tornou
hostil para os cristãos e judeus após a destruição de Jerusalém e do templo em 70 d.C. A
tradição sustenta que João deixou a Palestina para viver em Éfeso. Se esse for o caso, é
possível que ele tenha escrito a carta em Éfeso, por volta de 70 a 100 d.C.
Naquela época, falsos mestres haviam criado uma cisma ou divisão entre os membros da
região (ver 1 João 2:18–19, 22, 26; 4:1), e a apostasia se disseminava na Igreja. Uma
filosofia em particular que vinha ganhando popularidade era o docetismo, que era parte de
um movimento mais amplo, conhecido como gnosticismo. Um dos principais ensinamentos
do gnosticismo, em suas diversas formas, era o de que o espírito era puramente bom,
enquanto a matéria, o que incluía o corpo físico, era puramente má.
Embora tais falsos ensinamentos sejam refutados em 1 João, eles continuaram a existir e
infiltraram-se entre os membros da Igreja. Essa e outras doutrinas falsas levaram à Grande
Apostasia.
1 João 4–5 João ensina os membros a identificarem se um mestre é de Deus ou não. Deus
é amor e, por causa de Seu grande amor por nós, Ele enviou Seu Filho para sofrer em
nosso lugar. Aqueles que amam a Deus guardam os Seus mandamentos. Aqueles que
acreditam em Jesus Cristo e nascem de Deus vencerão o mundo.
1 JOÃO
Nessa epístola, o Apóstolo João falou da perigosa disseminação das influências apóstatas
na Igreja. Ele advertiu os santos para não se associarem às trevas e para permanecerem
na segurança da luz do evangelho. Estudar 1 João pode ajudá-lo a ter um discernimento
maior dos falsos ensinamentos sobre Jesus Cristo, e seguir o conselho de João o ajudará a
manter uma forte comunhão com o Senhor ao permanecer na verdade. Além disso, estudar
esse livro vai ajudá-lo a entender o grande amor que o Pai Celestial tem por todos os Seus
filhos, que Ele manifestou ao oferecer Seu Filho, Jesus Cristo, como sacrifício por toda a
humanidade.
Embora João tenha passado grande parte de sua juventude na Palestina, a área se tornou
hostil aos cristãos e aos judeus, após a destruição de Jerusalém e de seu templo em 70 d.C
. Diz a tradição que João saiu da Palestina para viver seus últimos anos em Éfeso. Se isso
estiver correto, João teria escrito a carta em Éfeso, entre 70 e 100 d.C .
Nessa época, falsos mestres haviam criado uma divisão entre os santos na região (ver 1
João 2:18–19, 22, 26; 4:1) e a apostasia estava se disseminando na Igreja. Uma filosofia,
em particular, que estava ganhando popularidade era o Docetismo. O Docetismo fazia parte
de um movimento maior conhecido como Gnosticismo. Um dos principais ensinamentos das
muitas formas de Gnosticismo era que o espírito era absolutamente bom, e que a matéria,
incluindo o corpo físico, era totalmente má.
Embora o Apóstolo João tenha refutado esses falsos ensinamentos em 1 João, eles
persistiram e se difundiram entre os membros da Igreja. Essas e outras falsas doutrinas
constituem o que levou à Grande Apostasia.
Resumo
1 João 1–3. João ensina que, por meio da obediência podemos conhecer a Deus, ter
comunhão com Ele e nos tornarmos como Ele. Nos últimos dias surgirão anticristos. O amor
do Salvador por nós se manifesta por meio de Seu Sacrifício Expiatório.
2 JOÃO
Em sua segunda epístola, o Apóstolo João expressou preocupação com as influências
apóstatas na Igreja. Ao mesmo tempo, ele também demonstrou alegria pelos membros da
Igreja que haviam permanecido firmes e fiéis ao evangelho (ver 2 João 1:4). Suas palavras
expressam a alegria e a gratidão que os líderes da Igreja sentem por aqueles que
permanecem fiéis ao Senhor. Ao estudar 2 João, você será fortalecido pelo conselho de
João de amar uns aos outros, obedecer aos mandamentos de Deus e perseverar fielmente
na doutrina de Cristo.
Assim como em 1 João, aparentemente, João escreveu essa epístola para responder aos
falsos ensinamentos de que Jesus Cristo não teria vindo literalmente à Terra, na carne. Ele
explicou que os membros que ensinavam que Cristo não tem um corpo físico, não deveriam
ser recebidos na casa de outros membros, ou na congregação (ver 2 João 1:7–10).
Resumo
2 João 1. João relembra a Igreja do mandamento de amarmos uns aos outros. Ele adverte
sobre os falsos mestres e enganadores dentro da Igreja e aconselha os membros da Igreja
a não permitirem que eles permaneçam nas congregações.
3 JOÃO
Por que estudar esse livro?
Nessa curta epístola, João elogiou Gaio, um membro que permaneceu fiel durante um
período em que muitos se rebelaram contra os líderes da Igreja. Os ensinamentos de João
podem ajudar os alunos a compreender a apostasia que ocorreu na Igreja do Novo
Testamento, além de inspirá-los a permanecerem leais aos líderes mesmo em meio à
oposição.
João também adverte Gaio acerca de um homem chamado Diótrefes, que provavelmente
possuía uma posição de liderança na Igreja. Diótrefes opôs-se abertamente a João e a
outros líderes, a ponto de impedir os membros locais de frequentar as reuniões caso os
recebessem (ver 3 João 1:9–10). João incentiva Gaio a permanecer na bondade e expressa
o desejo de ir visitá-lo em breve (ver 3 João 1:11–14).
Resumo
3 João 1 João elogia Gaio por sua fidelidade e adverte-o contra um líder local que se
opunha a João e a outros líderes da Igreja.
JUDAS
Judas Tadeu e não Judas escritoras que traiu o Senhor Jesus.
(Significa “louvor a Deus”, “exaltação a Deus”.
O nome Judas tem origem hebraica. Surge do hebraico iehudad, que chega ao grego
traduzido como ioudas e evolui para o latim Iudas, dando origem ao nome utilizado na
língua portuguesa Judas. Foi Apóstolo do Senhor Jesus, foi martirizado na Pérsia (onde
evangelizava com seu irmão, São Simão). Era também irmão de Tiago e primo de Jesus)
Judas era, evidentemente, um membro da Igreja de alta estima em Jerusalém, e ele pode
ter viajado como missionário (ver Atos 1:13–14; 1 Coríntios 9:5). Não há indicação de qual
ofício do sacerdócio Judas possuía, mas a epístola sugere que ele possuía um chamado de
autoridade que o qualificava a escrever cartas de conselho.
Quando e Onde Foi Escrita?
Não sabemos onde a Epístola de Judas foi escrita. Se essa carta tiver sido realmente
escrita por Judas, o irmão de Jesus, ela provavelmente foi escrita entre 40 e 80 d.C .
“Em toda a Bíblia, é somente Judas que preserva para nós o conceito de que a
preexistência foi nosso primeiro estado e que certos anjos falharam em passar nesse teste.
É a ele que recorremos para nosso escasso conhecimento da disputa entre Miguel e Lúcifer
pelo corpo de Moisés.
Apenas ele registra a gloriosa profecia de Enoque sobre a Segunda Vinda do Filho de
Homem” (Doctrinal New Testament Commentary [Comentário Doutrinário sobre o Novo
Testamento], 3 vols., 1965–1973, vol. III, p. 415).
As palavras de Judas são duras para os que se opunham a Deus e Seus servos, e aos que
praticavam adoração pagã imoral e diziam ser isentos da necessidade de obedecer aos
mandamentos de Deus, incluindo a lei da castidade. Ele descreveu algumas características
dessas pessoas corruptas.
Resumo
Judas 1. Judas exorta os membros da Igreja a “[batalharem] pela fé” (Judas 1:3). Ele explica
que pessoas estão se misturando discretamente entre os santos e espalhando falsas
doutrinas e promovendo práticas iníquas. Ele adverte sobre os julgamentos que advêm
sobre aqueles que se afastam de Deus, e aconselha os membros da Igreja a edificarem sua
fé e a “[conservarem-se] no amor de Deus” (Judas 1:21).
LIVRO DO APOCALIPSEPSE
ETIMOLOGIA:
1°significado:
A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις, apokálypsis.
Apo= descobrir, revelar
Kalypsis= significa cobrir, esconder, ocultar
APOCALIPSE INTRODUÇÃO
O autor do último livro da Bíblia apresenta-se a si mesmo desta maneira: «Eu sou João,
vosso irmão, e participo convosco nas mesmas perseguições, no reino de Deus e na
perseverança por Jesus» (1:9).
A tradição é mais ou menos unânime em afirmar que se trata de João, irmão de Tiago, filho
de Zebedeu, um dos doze apóstolos. Encontra-se na ilha de Patmos, uma das ilhas do mar
Egeu, exilado por ter «proclamado a palavra de Deus e o testemunho de Jesus» (1:9)
Isto é, por causa da perseguição contra os cristãos, e narra aquilo que viu depois de ter sido
arrebatado pelo Espírito Santo (1:10)
A primeira grande perseguição ocorreu em 64, desencadeada por Nero, pelo que o livro
teria sido escrito depois do ano 90. O autor dirige o Apocalipse às sete igrejas da Ásia
Menor, que corresponde à atual Turquia.
Apocalipse significa revelação e revelação é o ato de retirar o véu. O autor deseja pôr a
descoberto o plano de Deus neste ambiente histórico de perseguição e de desconcerto. As
igrejas cristãs não entendiam semelhante flagelo e, por isso, perguntavam-se: «Até quando
Senhor?» (6:10)
Deus vai mudar a situação, pois só Ele, e não o imperador, é que é o senhor da história
(17:14;19:16)
O autor apresenta esta mensagem em forma de apocalipse, que é uma maneira muito
própria de anunciar a boa nova em épocas de perseguição. A finalidade do Apocalipse,
como género literário, não é incutir medo, mas confrontar os cristãos perseguidos e
inseguros na sua fé, e estimular a confiança em Deus, na vitória final do Cordeiro e seus
fiéis contra os seus inimigos. Os escritos apocalípticos são autênticos manifestos de guerra
divina (juízo final de Deus) contra esses inimigos.
Entre as características mais notórias da profecia apocalíptica lembremos as visões e a
linguagem simbólica que carece de decifração pelos leitores que estiverem em condições
para tal, como o autor escreve: «Quem puder entender, que entenda» (13:9)
O centro do Apocalipse é a figura de Jesus Cristo. Ele é o Cordeiro (5; 14:1), cujo sangue
opera a libertação do povo, o Filho do Homem (14:14) que se opõe ao império romano
descrito como besta com aparência de cordeiro (13,11). Contra Jesus e seus seguidores
está Roma, chamada Babilónia (14,8; 8,2) que explora os povos(18,3.9–13)
Que tem sete cabeças (12:3), que são as sete colinas em que está construída. Roma está
feita com o dragão (12:3,9) que é o poder do mal ou Satanás. Tem dez chifres (12,3) que
indicam a totalidade do poder, mas que governará apenas durante 1260 dias (12:6), 42
meses (1:,2), tempo, tempos, meio tempo (12,14), a metade de sete anos, e indica, por isso,
um tempo limitado e imperfeito.
Resumo
1 – As sete epístolas às sete igrejas
Capitulos1 a 3
2 – Os sete selos
Capitulos 4:1 a 8:1
4-As sete figuras místicas: a mulher vestida do sol, o dragão vermelho, o varão criança, a
primeira besta que saiu do mar, a segunda besta que se levantou da terra, os 144 mil
Cordeiro no monte Sião, o Filho do Homem sobre a nuvem
Capitulos 12 a 14
15:16
Notas finais:
Quero louva a Deus por essa obra, agradecer o seu poder e sua Graça sobre minha vida e
minha família.
Sem sua sabedoria eu não teria feito, esse estudo. Toda vida Deus seja bendito e exaltado
mediante Jesus Cristo nosso Senhor amém.
Eu quero atribui a autoria dessa obra ao Senhor Jesus Cristo.
Referência Bibliografica
Escrito por Pastor José Nilton.
Com formação acadêmica, graduado e pós graduado em Teológia, com especialização em
Apologética,Exegética Bíblica,livro do Apocalipse e Escatologia, epístolas Paulinas.
Exegeta e pregador do Evangelho de CRISTO por vocação do SENHOR a está Santa
vocação.
@semeandovidaepaz