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Conto: 

A faixa Manchada

       Arthur Conan Doyle

        Helen Stoner é irmã gêmea de Julia, vivem com o padrasto o Dr. Roylott que estudou
medicina na Índia e conhecera a mãe das gêmeas quando elas tinham dois anos. Nessa época
sua mãe casaria de novo, viúva e com boa quantia de dinheiro deixou que o Dr. Administrasse
a herança com um acordo: ele daria uma quantia anual para elas quando se casassem.
        Contudo, um tempo depois de voltarem para a Inglaterra, a mãe morre. Após esse
acontecimento, o comportamento dele mudou, tornou-se meio psicótico, criava uma pantera
e um babuíno trazidos da Índia, saia pouco de casa e quando saia discutia com os vizinhos.
        Voltando ao presente, Julia havia morrido há dois anos, ela havia conhecido um major da
marinha com quem se noivou. Porém duas semanas antes do casamento algo horrível
aconteceu.
        Julia perguntou a Helen se ela não teria escutado assobios nas noites anteriores, Helen
negou e Julia foi para o seu quarto. Helen estava dormindo quando do seu quarto escutou
gritos de uma mulher, reconheceu a voz que era de Julia. Então ela saltou da cama e saiu para
o corredor, abriu a porta escutou um assobio. Quando abriu a porta viu sua irmã em meio aos
gritos:
        “– Helen, foi a faixa manchada! A faixa manchada! “
        Queria dizer algo mais, porém, não conseguiu e caiu no chão, morta. A polícia concluiu
que Julia estava sozinha quando morreu, não havia marcas de violências no corpo.
        Depois de algum tempo, Helen iria se casar, há dois dias estavam ocorrendo reformas na
casa e furaram a parede do quarto dela. Ela teve que se mudar para o quarto onde sua irmã
havia morrido. Porém o que assustou Helen foi que nesses dias, estava escutando o mesmo
assobio daquela noite tão triste.
        Ela contratou o detetive Sherlock Holmes e seu assistente Dr. Watson, para investigar o
caso. O detetive e seu assistente vão para a casa de Helen investigar, pois o padrasto não
voltaria tão cedo. Eles examinam o quarto de Helen, foram para o quarto de Julia em que
Helen estava ocupando devido a reforma de seu quarto, examinou cada coisa que estava no
quarto, viram uma campainha ao lado da cama, Helen contara que a campainha era nova, há
dois anos havia sido instalada. Desconfiado, Holmes puxa a campainha e conclui que ela é
falsa. Depois foram para o quarto do Dr., Holmes viu um cofre e perguntou para Helen o que
havia dentro do cofre, Helen respondeu que o cofre estava cheio de papéis. Porém quando
abrem o cofre não havia nada dentro, e sobre o cofre havia um pires de leite. Holmes fala para
Helen que eles terão que dormir no quarto de Julia, pois eles investigariam o barulho que a
incomodava.
        Naquela noite Holmes e Watson investigavam, mas o Dr. Roylott não desconfiou. De
repente, às três horas eles escutam um assobio, Holmes ascende um fósforo e bate com uma
bengala na corda da campainha, Holmes perguntou a Watson se ele não havia visto nada, mas
Watson estava com sono e não havia percebido nada. Porém em segundos, começaram a ouvir
gritos de dor, então Watson pega seu revólver automático e segue Holmes, que ia em direção
ao quarto do Dr., bateu na porta, sem resposta. Entraram no quarto, em cima da mesa havia
uma lamparina, o cofre estava aberto, ao lado da mesa estava o Dr.Roylott, com um olhar para
cima e fixo, havia uma faixa estranha na testa. Então Holmes fala para Watson:
        “-- A faixa! A faixa manchada!”
        De repente do cabelo do Dr., saiu uma nojenta cobra. Holmes falara que era a cobra do
brejo, a mais venenosa da Índia, o padrasto morrera pouco tempo depois de ter sido mordido.
        Holmes concluiu que a cobra descia pela campainha falsa e para que a vítima não visse a
cobra, o padrasto assobiava para a cobra voltar, devia ter treinado a cobra com pires de leite.
O Dr. havia morrido pela sua própria armadilha.
                                                 Arthur ConanDoyle

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