Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Base: IPSAS 17 (de 2001), por sua vez baseada na IAS 16 - Property, Plant and
Equipment
(Nota: a IPSAS 17 foi entretanto revista em 2006 e foi alterada várias vezes, a
última das quais em janeiro de 2022 por força da IPSAS 43 - Leases)
Arménio F. Bernardes 1
1
26/01/2023
Mapeamento das contas do novo Plano de Contas Central do MF para as rubricas do balanço
(a partir de 2022)
https://www.unileo.gov.pt/informacoes/Paginas/TabelasFonte.aspx
Rubricas Código de contas
Códº ATIVO NÃO CORRENTE
B01 Ativos fixos tangíveis 43 + 453 + 4553 - 4593 - 45953
B02 Propriedades de investimento 42 + 452 + 4552 - 4592 - 45952
B03 Ativos intangíveis 44 + 454 + 4554 - 4594 - 45954
B04 Ativos biológicos (de produção) 372 - 378 - 3792 + 3922 - 39922
4111 + 4112 + 4121 + 4122 + 4131 + 4132 + 4141 + 4511 +
B05 Participações financeiras
45511 - 418 - 4191 - 45911 - 459511
Devedores por empréstimos
B06 20322 - 20922
bonificados e subsídios reembolsáveis
2112 + 21312 + 21322 + 21332 + 21342 + 21392 + 21412 +
A realizar a B54 Clientes, contribuintes e utentes 21422 + 21492 + 21612 +21622 + 21632 - 21912 - 21922 -
prazo 21932
superior a 12 B07 Acionistas/sócios/associados 26622 + 268122 - 269422 - 269922
meses após a B08 Diferimentos 28112 + 28192
data de relato 278622 - 27953 + 4113 + 4123 + 4133 + 4142 + 415 - 4192 -
B09 Outros ativos financeiros
4193 + 4512 + 45512 - 45912 - 459512
B10 Ativos por impostos diferidos 2741
27012 + 27812 + 27822 + 2789112 + 2789192 - 27912 - 27932
B56 Outras contas a receber Arménio F. Bernardes 3
- 27942 - 27992
Arménio F. Bernardes 4
2
26/01/2023
São bens com SUBSTÂNCIA FÍSICA que: …. assim, os AFT devem ser reconhecidos pela
entidade que os DETÉM E UTILIZA,
(a) São DETIDOS …. independentemente de a entidade ser ou não a
para: legítima proprietária do bem (prevalência da
uso na produção ou SUBSTÂNCIA SOBRE A FORMA LEGAL)
fornecimento de bens ou
Não se destinem a ser vendidos ou
serviços, transformados no decurso normal das
aluguer a terceiros, operações da entidade!
fins administrativos;
Arménio F. Bernardes 6
3
26/01/2023
Não se incluem nesta conta as propriedades de Para os ativos no âmbito da NCP 4 — Acordos
de concessão de serviços: concedente, devem
investimento (conta 42), nem os bens cuja ser criadas subcontas subsidiárias às
construção está em curso (conta 45). existentes para evidenciar tais situações,
acrescentando à designação a expressão “em
Arménio F. Bernardes concessão”. 7
4
26/01/2023
Os princípios gerais que regem o domínio público do Ver Apresentação – Domínio público
Estado aplicam-se com as devidas adaptações ao domínio do ESTADO
público das autarquias locais
Arménio F. Bernardes 9
DOMÍNIO PÚBLICO DO ESTADO (CRP artº 84º nº 1 e D.L. 477/80, de 15 de Outubro, artº 4º)
a) As águas territoriais com os seus leitos, as águas marítimas interiores com os seus leitos e
margens e a plataforma continental;
b) Os lagos, lagoas e cursos de água navegáveis ou flutuáveis com os respetivos leitos e margens e,
bem assim, os que por lei forem reconhecidos como aproveitáveis para produção de energia
elétrica ou para irrigação;
c) Os outros bens do domínio público hídrico referidos no Decreto n.º 5787-4I, de 10 de Maio de
1919, e no Decreto-Lei n.º 468/71, de 5 de Novembro;
d) As valas abertas pelo Estado e as barragens de utilidade pública;
e) Os portos artificiais e docas, os aeroportos e aeródromos de interesse público;
f) As camadas aéreas superiores aos terrenos e às águas do domínio público, bem como as situadas
sobre qualquer imóvel do domínio privado para além dos limites fixados na lei em benefício do
proprietário do solo;
g) Os jazigos minerais e petrolíferos, as nascentes de águas mineromedicinais, os recursos
geotérmicos e outras riquezas naturais existentes no subsolo, com exclusão das rochas e terras
comuns e dos materiais vulgarmente empregados nas construções;
h) ….
Arménio F. Bernardes 10
5
26/01/2023
DOMÍNIO PÚBLICO DO ESTADO (CRP artº 84º nº 1 e D.L. 477/80, de 15 de Outubro, artº 4º)
h) As linhas férreas de interesse público, as autoestradas e as estradas nacionais com os seus
acessórios, obras de arte, etc.;
i) As obras e instalações militares, bem como as zonas territoriais reservadas para a defesa militar;
j) Os navios da armada, as aeronaves militares e os carros de combate, bem como outro equipamento
militar de natureza e durabilidade equivalentes;
k) As linhas telegráficas e telefónicas, os cabos submarinos e as obras, canalizações e redes de
distribuição pública de energia elétrica;
l) Os palácios, monumentos, museus, bibliotecas, arquivos e teatros nacionais, bem como os palácios
escolhidos pelo Chefe do Estado para a Secretaria da Presidência e para a sua residência e das
pessoas da sua família
m) Os direitos públicos sobre imóveis privados classificados ou de uso e fruição sobre quaisquer bens
privados;
n) As servidões administrativas e as restrições de utilidade pública ao direito de propriedade;
o) Quaisquer outros bens do Estado sujeitos por lei ao regime do domínio público.
Cemitérios públicos - o Prof. Marcello Caetano (Manual de Direito Administrativo, Vol. II,
p. 919) entende que "os cemitérios municipais e paroquiais são bens do domínio público
por deterem um índice evidente de utilidade pública embora ainda existam cemitérios
particulares que devem ser considerados propriedade dos grupos a que interessam".
Arménio F. Bernardes 11
6
26/01/2023
No entanto, apesar de os bens do domínio privado a) Bens e direitos do Estado afetos aos departamentos e
serem suscetíveis de comércio privado, isso não organismos da Administração Pública estadual
significa que todos possam considerar-se como desprovidos de personalidade jurídica (exº Escola pública)
comerciáveis. Daí a razão pela qual a doutrina e a lei b) Bens e direitos do Estado afetos aos serviços e fundos
distingue entre bens do domínio privado disponível e autónomos dotados de personalidade jurídica própria, que
bens do domínio privado indisponível, estando estes não pertençam aos respetivos patrimónios privativos (exº
Centro de Formação do IEFP)
últimos sujeitos a um regime que os aproxima dos
c) Bens e direitos do Estado português no estrangeiro afetos
bens do domínio público. a missões diplomáticas, consulados, delegações, etc.;
• Estes bens do domínio privado considerados como d) Bens do Estado expropriados ou mantidos ao abrigo da Lei
INDISPONÍVEIS serão os indispensáveis ao de Bases da Reforma Agrária;
funcionamento dos serviços públicos, e) Bens e direitos do Estado afetos a quaisquer outras
encontrando-se afetos a fins de utilidade pública. entidades.
Arménio F. Bernardes 13
7
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 16
8
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 17
9
26/01/2023
d) Pode ser difícil estimar a sua vida útil, que em alguns casos, pode ser de várias
centenas de anos (o CC2 não estabelece qualquer vida útil para estes bens)
Arménio F. Bernardes 19
10
26/01/2023
No caso de não ser possível reconhecer tais ativos, a entidade deve, no mínimo,
fazer a sua divulgação em notas às demonstrações financeiras.
As entidades que reconheçam ativos do património histórico devem também
divulgar a respeito desses ativos, um conjunto de dados (nº 8 da Norma)
Arménio F. Bernardes 21
Arménio F. Bernardes 22
11
26/01/2023
12
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 26
13
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 27
NOTA: no Brasil considera-se por regra a taxa de 10% (vida útil de 10 anos), sendo possível,
inclusive, a aplicação da taxa anual única de depreciação sobre todo o acervo bibliográfico
de uma biblioteca
Arménio F. Bernardes 28
14
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 29
RECONHECIMENTO DE AFT
Arménio F. Bernardes 30
15
26/01/2023
(a) For provável que fluirão para a entidade (b) O CUSTO ou o JUSTO
benefícios económicos futuros ou potencial e VALOR do bem puder ser
de serviço associados ao bem mensurado com fiabilidade.
A aplicação do critério de reconhecimento dos AFT deve ser efetuada no momento em que 4 - Os custos de
os custos com os AFT são incorridos. empréstimos obtidos que
sejam diretamente
atribuíveis à aquisição,
Os custos de empréstimos obtidos para financiar alguns investimentos são elegíveis para construção ou produção de
capitalização (mas por opção na NCP 7) um ativo que se qualifica
devem ser capitalizados
como parte do custo desse
Subsequentemente, uma entidade pode incorrer em custos adicionais, que devem ser ativo.
igualmente incluídos no custos de aquisição (CUSTOS SUBSEQUENTES ) (tratamento alternativo,
nos termos do nº 1)
Arménio F. Bernardes 31
MODALIDADES DE AQUISIÇÃO
AQUISIÇÃO NUMA TRANSAÇÃO COM CONTRAPRESTAÇÃO (título oneroso)
Arménio F. Bernardes 32
16
26/01/2023
17
26/01/2023
• A conta deve ser desdobrada considerando subcontas idênticas às das contas 42, 43 e 44.
• É uma conta de uso temporário, que deverá ser saldada para as contas 42, 43 e 44, quando o
respetivo ativo fica CONCLUÍDO E COMEÇA A SER UTILIZADO.
Arménio F. Bernardes
18
26/01/2023
Resposta
Os adiantamentos a fornecedores constituem exfluxos monetários
prévios à receção da respetiva contraprestação (bem ou serviço)
contratualizada com o fornecedor e devem ser realizados de acordo
com os dispositivos legais e contratuais aplicáveis.
Numa perspetiva estritamente contabilística, e excluindo o
tratamento do IVA, um adiantamento a um fornecedor implica os
seguintes registos:
Arménio F. Bernardes 37
a) Pelo adiantamento ao fornecedor, credita-se uma conta de DO (v.g. 121 – Depósitos à ordem no
Tesouro) e debita-se a conta 39 – Adiantamentos por conta de compras/455 - Adiantamentos por
conta de investimentos (se o preço se encontrar previamente fixado) ou a conta 228 –
Adiantamentos a fornecedores/2713 – Adiantamentos a fornecedores de investimentos (se o
preço não se encontrar previamente fixado).
b) Pela receção da fatura relativa aos bens ou serviços contratados credita-se a conta 221 –
Fornecedores c/corrente/2711 – Fornecedores de investimentos, por contrapartida do débito
duma conta de compras de inventários ou de investimentos. Simultaneamente é regularizado o
adiantamento efetuado debitando a conta 221 – Fornecedores c/corrente/2711 – Fornecedores de
investimentos por contrapartida do débito da conta creditada no momento do adiantamento, que
fica saldada.
c) Posteriormente, aquando do pagamento do valor remanescente (se o adiantamento não
correspondeu à totalidade do valor da aquisição), credita-se uma conta de DO (v.g. 121 – Depósitos
à ordem no Tesouro) e debita-se a conta 221 – Fornecedores c/corrente/2711 – Fornecedores de
investimentos.
Arménio F. Bernardes 38
19
26/01/2023
20
26/01/2023
MENSURAÇÃO INICIAL
Arménio F. Bernardes 42
21
26/01/2023
MENSURAÇÃO
Um bem do ativo fixo tangível que • Aquisição numa TRANSAÇÃO
satisfaça as condições de NOS CASOS COM CONTRAPRESTAÇÃO
reconhecimento como um ativo deve DE • PRODUÇÃO PELOS
ser mensurado pelo seu CUSTO ($18) PRÓPRIOS MEIOS
Imóveis:
Se o bem do ativo fixo tangível • Valor patrimonial tributário (VPT)
for adquirido através de uma
TRANSAÇÃO SEM Outros ativos:
CONTRAPRESTAÇÃO, a • Custo do bem recebido,
mensuração far-se-á da seguinte ou, na falta deste, o respetivo
forma ($19) • Valor de mercado (justo valor)
Arménio F. Bernardes 43
Mensuração Inicial
ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
CUSTO DO BEM
Mensuração VALOR
RECEBIDO
ao CUSTO PATRIMONIAL
OU VALOR DE
(parágrafos 21 a 27) TRIBUTÁRIO (VPT)
MERCADO (Jº VALOR)
Arménio F. Bernardes 44
22
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 45
MENSURAÇÃO DO CUSTO
O CUSTO de um bem do ativo fixo tangível é (§28)
• o EQUIVALENTE AO PREÇO A DINHEIRO
• ou, o seu JUSTO VALOR à data do reconhecimento - para um bem adquirido
através de uma transação sem contraprestação.
Se o pagamento for diferido para além das condições normais de crédito, a diferença entre o
equivalente ao preço a dinheiro e o pagamento total deve ser reconhecida como um juro durante o
período de crédito, a menos que esse juro seja reconhecido na quantia escriturada do bem de
acordo com a NCP 7 – Cº de empréstimos obtidos (nº 29)
Arménio F. Bernardes 46
23
26/01/2023
24
26/01/2023
A estimativa inicial
dos custos de
Custo dos desmantelamento e
empréstimos de remoção do bem e
obtidos - no da restauração do
Quaisquer custos caso de se local em que está
diretamente tratar de um localizado
atribuíveis para ativo que se
O seu preço de compra, colocar o ativo no local qualifique NCP 15 – Provisões
incluindo direitos de e nas condições nos termos
importação e impostos não necessárias para ser da NCP 7
dedutíveis ou capaz de operar da
reembolsáveis sobre a maneira pretendida
compra, após dedução de pelo órgão de gestão
descontos comerciais e
abatimentos;
Arménio F. Bernardes 49
25
26/01/2023
Elementos do Custo
ELEMENTOS ELEMENTOS QUE
DIRETAMENTE ATRIBUÍVEIS (§22) NÃO SÃO INCORPORÁVEIS (§§24-25)
● Custos de benefícios dos empregados decorrentes diretamente da construção ou
aquisição do bem do ativo fixo tangível;
● Honorários profissionais
Arménio F. Bernardes 51
26
26/01/2023
Elementos do Custo
Arménio F. Bernardes 54
27
26/01/2023
Transporte 150
Custo do funcionário 500 SUBTOTAL 101 350,00
Honorários do engenheiro 200 Custos de desmontagem e limpeza 1.175,29
SUBTOTAL 101 350 CUSTO TOTAL 102.525,29
Custos de desmontagem e limpeza ???
TOTAL ????
Arménio F. Bernardes 55
28
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 57
Arménio F. Bernardes 58
29
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 59
A depreciação dos cavalos começa na data em que estejam disponíveis para uso ou seja no dia 1 de janeiro de 20X8.
A depreciação anual é de (175.000 – 25.000)/8 = 18.750:
Arménio F. Bernardes 60
30
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 61
Exemplo 4 - Resolução
RECONHECIDO COMO
CUSTO CAPITALIZÁVEL
GASTO
a) Valor de compra da máquina: 125.000 € 125.000 €
b) Comissão a um intermediário: 100€ 100€
c) Transporte do equipamento: 150€ 150€
d) Custo relativo às horas incorridas por um empregado
para montar a máquina: 500€ 500€
e) Honorários pagos a um técnico especializado para
afinação da máquina: 150€ 150€
f) Estudo realizado por uma entidade externa para a
escolha da melhor máquina (relação preço/qualidade):
200€ (pago a pronto) 200€
g) Estudo interno de viabilidade económica da máquina
(horas do gestor financeiro): 100€ 100€
h) Custos de formação do pessoal que irá usar a máquina:
900€ (a entidade externa, pago a pronto) 900€
i) Custos de desmantelamento e limpeza
(valor atual = 1.500/1,055 = 1.175 1.175€
TOTAL 1.200€ 127.075€
Arménio F. Bernardes 62
31
26/01/2023
Exemplo 4 - Resolução
Descritivo Conta a débito Conta a crédito Montante
Aquisição da máquina – preço de compra 4339 27112 125.000
Aquisição da máquina – gastos externos 4339 27112 400
Aquisição da máquina – trabalhos para a própria entidade 4339 741 500
Reconhecimento inicial da provisão para desmantelamento 4339 298 1.175
Reconhecimento de gastos com formação 632208 1221 900
Reconhecimento do efeito temporal da provisão (ano N) 6911 298 59
Reconhecimento de custos com estudo externo 62211 1221 200
Provisão no início (1) Efeito temporal (2) = (1)*5% Provisão no final (1)+(2)
Efeito temporal ano N 1.175 59 1.234
Efeito temporal ano N+1 1.234 62 1.296
Efeito temporal ano N+2 1.296 65 1.361
Efeito temporal ano N+3 1.361 68 1.429
Efeito temporal ano N+4 1.429 71 1.500
Arménio F. Bernardes 63
Arménio F. Bernardes 64
32
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 65
Arménio F. Bernardes 66
33
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 68
34
26/01/2023
RESOLUÇÃO:
3.1. Valor atual do custo com o desmantelamento: 250.000/(1 + 0,05)15 = €120.254,27
Custo da estação de águas residuais = 2.000.000+120.254,27 = €2.120.254,27
Arménio F. Bernardes 70
35
26/01/2023
A depreciação anual faz-se pelo custo (€2.120.254,27), considerando uma vida útil de 15 anos: €141.350,28,
o que significa que os encargos com a depreciação levarão em conta a totalidade dos custos.
Arménio F. Bernardes 71
COMO
O BEM CEDIDO É
MENSURAR O
DESRECONHECIDO!
ATIVO RECEBIDO?
Arménio F. Bernardes 72
36
26/01/2023
ambos os justos valores são evidentes OU o justo valor do Pelo JUSTO VALOR DO
ativo cedido é mais evidente do que o ativo recebido ATIVO CEDIDO
o justo valor do ativo recebido é claramente mais evidente Pelo JUSTO VALOR DO
do que o do ativo cedido ATIVO RECEBIDO
A transação com contraprestação NÃO TEM SUBSTÂNCIA COMERCIAL Pela QUANTIA
O justo valor do ativo recebido E o justo valor do ativo cedido
ESCRITURADA DO
NÃO PODEM SER MENSURADOS COM FIABILIDADE ATIVO CEDIDO
Quando a troca compreende ativos não monetários e ativos monetários, o justo valor tem de
ser ajustado pelo valor dos ativos monetários (+ DINHEIRO PAGO – DINHEIRO RECEBIDO)
Arménio F. Bernardes 73
Quando a troca compreende ativos não monetários e ativos monetários, o justo valor tem de
ser ajustado pelo valor dos ativos monetários (+ DINHEIRO PAGO – DINHEIRO RECEBIDO)
(no exemplo, JV = 20.000€ = 5.000 + 15.000)
37
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 75
38
26/01/2023
30 de Setembro 2020
4312 Terrenos não incluídos em planos de urbanização 600.000
12 Depósitos à Ordem 400.000
438 Depreciações acumuladas – AFT 225.000
Arménio F. Bernardes 78
39
26/01/2023
Como não é possível determinar o justo valor dos ativos, cedido e recebido, o
ativo recebido é mensurado pela quantia escriturada do ativo cedido
ENTIDADE A ENTIDADE B
Contas Valor Contas Valor
Descrição Descrição
Débito Crédito Débito Crédito
Desreconhecº bem cedido 43.3 80.000 Desreconhecº bem cedido 43.3 70.000
Depreciações acumuladas 43.8.3 48.000 Depreciações acumuladas 43.8.3 42.000
Quantia escritª bem cedido 27.8.1 B 32.000 Quantia escritª bem cedido 27.8.1 A 28.000
Reconhecº bem recebido 43.3. 27.8.1 B 32.000 Reconhecº bem recebido 43.3. 27.8.1 A 28.000
Arménio F. Bernardes 79
Contas Valor
Descrição
Débito Crédito
Reconhecimento da viatura (fatura x) 43.4. 27.1.1. x 45.000
Liquidação da fatura x 27.1.1. x 45.000
Cheque nº x 12.2. 40.000
Abate da viatura 43.4 24.000
Eliminação das Depreciações acumuladas 43.8.4 18.000
Perda em investimentos 68.7.1 1.000
Arménio F. Bernardes 80
40
26/01/2023
OUTROS ATIVOS
IMÓVEIS: Custo do bem recebido ou, na falta deste, o
respetivo justo valor (ou valor de mercado) à
Valor patrimonial tributário (VPT)
data da aquisição (o que não constitui uma
(regulado pelo código do IMI)
revalorização, porque esta não opera no
reconhecimento inicial cf. §20)
Arménio F. Bernardes 82
41
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 83
• A conta 597 regista a transferência de ativos, A TÍTULO GRATUITO E TEMPORÁRIO, normalmente ativos fixos
tangíveis, de (e para) outras entidades (SUJEITAS AO SNC-AP) (corresponde à conta 577 do POCP, movimentada quer
na entidade cedente quer na entidade beneficiária)
– No momento da transferência a conta 5971 é creditada pela entidade beneficiária e a conta 5972 é debitada
pela entidade cedente, pelo valor líquido do ativo transferido, ambas por contrapartida das contas apropriadas
da Classe 4.
– No momento da devolução proceder-se-á ao registo contrário.
– As diferenças positivas ou negativas resultantes da devolução dos ativos antes transferidos devem, em ambas
as entidades, ser transferidas para resultados transitados (conta 562).
• Transferências a título DEFINITIVO E GRATUITO são consideradas doações obtidas (conta 5942- outros ativos) ou
donativos em outros ativos (conta 68822).
• Cedência TEMPORÁRIA REMUNERADA: aplicar a NCP 6 (Locações)
• RESSALVA: transações sem contraprestação ENTRE ENTIDADES DO GRUPO PÚBLICO (FAQ 30) - será necessário
eliminar as transações intra grupo nos termos da NCP 22
Arménio F. Bernardes 84
42
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 86
43
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 88
44
26/01/2023
NÃO SE PODERÁ APLICAR A NCP 5 – Ativos Fixos Tangíveis nas circunstâncias em que as
intervenções revertem a favor do titular, mesmo que o ocupante mantenha a gestão/utilização do
bem subjacente, ou por se tratar de abate na(s) renda(s) ou ainda por se tratar de situações em que o
próprio titular é o financiador substancial das mesmas. Nestes últimos casos, trata-se do equivalente
a contratos de construção aplicando-se a NCP 12 – Contratos de Construção.
GASTOS SUBSEQUENTES
à mensuração inicial
Arménio F. Bernardes 90
45
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 91
46
26/01/2023
47
26/01/2023
GRANDES REPARAÇÕES
Tratando-se de “grandes reparações” A Classe 4 inclui as grandes reparações
levadas a efeito em edifícios, habitações e
equipamentos, as inerentes despesas não caracterizadas não só pelo custo das obras
devem ser classificadas como a realizar, mas também atendendo ao
“conservação de bens” (6226), mas acréscimo de vida útil ou de produtividade
devem ser reconhecidas nas contas da dos bens de investimento em causa.
Classe 4
Obras que
EDIFÍCIOS • impliquem alteração das plantas dos imóveis e
• aumentem o seu tempo de vida útil.
Arménio F. Bernardes 96
48
26/01/2023
Arménio F. Bernardes 97
49
26/01/2023
50
26/01/2023
A nova peça passa a ser subsequentemente depreciada pelos 9,5 anos remanescentes da vida útil da máquina. O reembolso
esperado da Seguradora não pode ainda ser reconhecido como um ativo porque não cumpre a definição de ativo. Só quando
a Seguradora se pronunciar favoravelmente poderá ser reconhecido um ativo e o respetivo rendimento (este rendimento não
deve ser deduzido ao custo reconhecido com o abate)
Arménio F. Bernardes 101
RESOLUÇÃO
Quando se adquire um bem que requer uma importante inspeção num certo período de tempo,
deve segregar-se do custo inicial a parcela da inspecção, a qual será depreciada pela sua vida útil.
Assim, neste exemplo, segregamos 210.000 € em dois componentes – 195.000 € e 15.000 €. O
primeiro componente será depreciado em 12 anos (16.250 €/ano) e o segundo em 4 anos (3.750
€/ano), o que perfaz uma depreciação de 20.000 €/ano.
Ou de outra forma: Sendo a vida útil de 12 anos terão de ser efetuadas duas inspeções (uma no
início do 5º ano e outra no início do 9º ano), pelo que ao preço de custo da máquina de 210.000 €
acrescem 30.000 € das duas inspeções. Assim a depreciação a reconhecer em cada ano será de
20.000 € (240.000 €/12 anos).
Como se vê a depreciação é linear. Doutra forma teríamos diferentes valores para o gasto com as
depreciações.
Arménio F. Bernardes 102
51
26/01/2023
52
26/01/2023
RESPOSTA:
O edifício não vê aumentado o potencial de serviço ou benefícios económicos
futuros. A entidade pública não aumentou a área construída. Assim, a quantia de
20.000€€ corresponde a despesas de manutenção e, como tal, o custo de repintar
o exterior do edifício deve ser registado como GASTO de reparação e manutenção
nos resultados do período em que ocorreu.
Exemplo 3
Considere que a Entidade Pública Reclassificada EXPLOSIVOS MILITARES vai investir numa nova fábrica. Vai laborar por um
período de 20 anos, apos o qual tem de desmantelar o equipamento e requalificar a área do ponto de vista paisagístico.
Adquiriu equipamento para a linha de produção que tem associados os seguintes custos (em €):
53
26/01/2023
MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE
54
26/01/2023
Modelo do CUSTO
55
26/01/2023
DEPRECIAÇÃO é a Definições
imputação sistemática da O Gasto de Depreciação de cada período é geralmente
quantia depreciável de reconhecido nos resultados
um ativo durante a sua Débito: 642 - Gastos de depreciação AFT
Crédito: 438 - Depreciações acumuladas AFT
vida útil.
• Objetivo: balancear o GASTO de um Ativo com os
RENDIMENTOS que ele proporciona
• No Balanço é apresentada a QUANTIA ESCRITURADA
111
Arménio F. Bernardes
56
26/01/2023
Definições
QUANTIA ESCRITURADA é a quantia pela qual
Uma PERDA POR esse ativo é reconhecido (Custo, Justo Valor,
VPT, …) depois de deduzir qualquer
IMPARIDADE é a depreciação acumulada e perdas por
quantia pela qual a imparidade acumuladas = Recº Inic – DA - PIA
QUANTIA
ESCRITURADA (QE) PI = QE - QR
de um ativo excede
a sua QUANTIA RECUPERÁVEL é a maior quantia
entre:
QUANTIA o justo valor menos os custos de vender
RECUPERÁVEL (QR) e o seu valor de uso.
Um AFT pode ter valor de realização nulo e
mesmo assim ter utilidade futura…. 113
Arménio F. Bernardes
57
26/01/2023
VIDA ÚTIL
É ou:
(a) O período de tempo durante o qual se espera que um ativo seja usado
por uma entidade; (pressupõe uma VIDA ÚTIL FINITA ou DEFINIDA)
ou
(b) O número de unidades de produção ou similares que a entidade
Definições
espera obter a partir do ativo.
É diferente de Vida económica (período durante o qual um ativo
pode ser usado por uma ou mais entidades)
Determinação da vida útil de acordo com o CC2
58
26/01/2023
TERRENOS E EDIFÍCIOS
• Os terrenos e os edifícios são ativos separáveis e são contabilizados
separadamente, mesmo quando são adquiridos conjuntamente. Os terrenos
têm uma vida útil ilimitada pelo que não são depreciados, salvo algumas
exceções como, por exemplo, pedreiras e aterros.
• Os edifícios têm uma vida útil limitada e, por isso, são ativos depreciáveis.
– Um aumento no valor do terreno onde um edifício está implantado não afeta a
determinação da quantia depreciável do edifício.
– Se o custo do terreno incluir os custos de desmantelamento, remoção e restauro do
local, essa parcela do custo do terreno é depreciada durante o período de benefícios
económicos ou potencial de serviço obtidos ao suportar esses custos.
CC 2 nº 8 — No caso dos imóveis, para efeitos do cálculo das respetivas quotas de depreciação, é excluído o
valor do terreno ou, tratando -se de terrenos de exploração, a parte do respetivo valor não sujeita a
deperecimento. Em relação aos imóveis adquiridos sem indicação expressa do valor do terreno, o valor a atribuir
a este é fixado em 25 % do valor global, a menos que a entidade estime outro valor com base em cálculos
devidamente fundamentados e sancionados pela entidade competente.
Arménio F. Bernardes 118
59
26/01/2023
60
26/01/2023
VIDA ÚTIL
Disponível para
uso
N N+1 N+2 N+3 …. N+x
61
26/01/2023
CLASSIFICADOR COMPLEMENTAR 2
3. Cada bem deve ser cadastrado e inventariado de per si, desde que
– constitua uma peça com funcionalidade autónoma
– e possa ser vendido individualmente.
Se não se verificarem estas condições, deve ser registado incluído
num GRUPO DE BENS, desde que
– adquiridos na mesma data
– e com igual taxa de depreciação (por exemplo um conjunto de talheres
num restaurante, ou de toalhas numa residência, ou um conjunto de
cadeiras de uma sala de aula ou de um auditório). Na ficha individual deve
referir-se a quantidade de bens no caso da opção por um grupo de bens
na mesma ficha.
Versão CNC Fevereiro 2021
62
26/01/2023
CLASSIFICADOR COMPLEMENTAR 2
4. As Fichas de Cadastro dos bens devem ser ATUALIZADAS até ao abate
destes.
No ABATE deve ser identificado o motivo (venda, doação, furto/roubo,
destruição ou demolição, transferência, troca ou permuta,...), bem como o
órgão e data de decisão e abate.
5. Os bens móveis devem ser identificados com uma ETIQUETA com a
identificação correspondente ao ponto b) da Nota 2 (Código correspondente
a esta tabela, acrescido do ano de aquisição ou do 1º registo e número
sequencial);
6. Os critérios de mensuração a utilizar devem corresponder aos definidos
nas respetivas NCP, nomeadamente a NCP 3 — Ativos Intangíveis, NCP 5 —
Ativos Fixos Tangíveis e NCP 8 — Propriedades de Investimento
Versão CNC Fevereiro 2021
Arménio F. Bernardes 125
CLASSIFICADOR COMPLEMENTAR 2
7. As depreciações e amortizações correspondem à desvalorização normal
dos ativos fixos, decorrentes do gasto com a sua utilização, devendo, por
regra, utilizar-se o método da linha reta, considerando a vida útil de
referência que constante da presente tabela.
8. No caso dos imóveis, para efeitos do cálculo das respetivas quotas de
depreciação, é excluído o valor do terreno ou, tratando-se de terrenos de
exploração, a parte do respetivo valor não sujeita a deperecimento.
Em relação aos imóveis adquiridos sem indicação expressa do valor do
terreno, o valor a atribuir a este é fixado em 25 % do valor global, a menos
que a entidade estime outro valor com base em cálculos devidamente
fundamentados e sancionados pela entidade competente.
63
26/01/2023
CLASSIFICADOR COMPLEMENTAR 2
Portaria n.º 189/2016 de 14 de julho Notas de Enquadramento ao Plano de Contas Multidimensional
A vida útil das obras de grande reparação, ampliação e remodelação seguem, em regra:
• Recuperação geral do edifício — 20, 50 ou 100 anos, consoante o tipo de material acima
mencionado; (no CIBE: 60, 80 ou 150)
• Substituição de elementos construtivos: pavimentos, coberturas e escadas — 20 anos (no
CIBE 50 anos) ; marquises — 10 anos (no CIBE 20 anos) ; canalizações — 10 anos. (no CIBE
20 anos)
Arménio F. Bernardes 128
64
26/01/2023
CC2 – Intangíveis
Tipo de Bens Vida útil (anos)
440 Ativos intangíveis de domínio público, património histórico, artístico e -
cultural
441 Goodwill 10
442 Projetos de Desenvolvimento 3
443 Programas de computador e sistemas de informação c)
444 Propriedade industrial e intelectual c)
449 Outros ativos intangíveis b)
(b) A vida útil deverá ser idêntica à definida para outros bens com características e uso similares.
(c) Determinada em função do período de tempo em que tiver lugar a utilização exclusiva.
MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE
Modelo do CUSTO
Depreciações
Imparidades
65