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03/04/2022

ISCAL – CONTABILIDADE FINANCEIRA (Ano letivo 2021/2022)

LICENCIATURA EM FINANÇAS EMPRESARIAIS

PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Docentes:
António Cariano
Paulo Costa

Propriedades de Investimento
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1. Enquadramento normativo

 A norma aplicável a esta matéria é a Norma


Contabilística e de Relato Financeiro (NCRF) 11 -
"Propriedades de Investimento”, cujo objetivo é a
“prescrição do tratamento contabilístico de
propriedades de investimento e respetivos
requisitos de divulgação”

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Propriedades de Investimento
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Definições: (NCRF11, §§5 a 15)


 Uma propriedade de investimento é uma propriedade
(terreno ou um edifício - ou parte de um edifício - ou ambos)
detida (pelo dono ou pelo locatário numa locação financeira)
para obter rendas ou para valorização do capital ou para
ambas as finalidades, e não para:
 a) uso ou na produção ou fornecimento de bens ou serviços
ou para finalidades administrativas; ou
 b) venda no curso ordinário do negócio.
 Assim, uma propriedade de investimento é detida para
obtenção de rendas ou para valorização do capital ou para
ambas

Propriedades de Investimento
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 Exemplos de ativos que deverão ser qualificados como propriedade de


investimento:
 terreno, detido para valorização do capital a longo prazo, e não
para venda a curto prazo no curso ordinário de negócios;
 terreno, detido para um uso futuro correntemente indeterminado: se
uma entidade não determinou que usará o terreno quer como
propriedade ocupada pelo dono quer para venda a curto prazo no
curso ordinário do negócio, o terreno é considerado como detido
para valorização do capital;
 um edifício possuído pela entidade ao abrigo de um contrato de
locação financeira) e locado ao abrigo de um ou mais contratos de
locação operacional;
 d) um edifício que está desocupado mas é detido para ser locado ao
abrigo de um ou mais contratos de locação operacional.

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Propriedades de Investimento

3. Reconhecimento de propriedades de
investimento: (NCRF11, §§16 a 19)
O reconhecimento, como ativo, de uma propriedade de
investimento só deverá ocorrer quando, cumulativamente,
estiverem reunidos os seguintes requisitos:
a) probabilidade de influxo, para a entidade, dos benefícios
económicos futuros associados à propriedade de investimento;
b) b) mensuração fiável do “custo” da propriedade de
investimento.

Propriedades de Investimento
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 O reconhecimento de uma propriedade de


investimento dá origem a um registo contabilístico
na conta 42 - "Propriedades de investimento”,

 421 - Terrenos e recursos naturais


 422 - Edifícios e outras construções
 426 - Outras propriedades de investimento
 428 - Depreciações acumuladas
 429 - Perdas por imparidade acumuladas

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42 Propriedade de Investimento
- quadro de contas
421 • Terrenos

422 • Edifícios e outras construções

426 • Outras propriedades de investimentos

428 • Depreciações Acumuladas

429 • Perdas por Imparidade Acumuladas

Propriedades de Investimento
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4.Mensuração no reconhecimento: (§20)


Inicialmente, uma propriedade de investimento
deverá ser mensurada pelo seu custo, por inclusão dos
denominados custos de transação.

Conta a Conta a
Descrição débito crédito Valor (u.m.)
Pela aquisição de terreno, qualificado como propriedade
de investimento 421 11/12/271 Custo…

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Reconhecimento e Mensuração inicial

Custo de Aquisição Custos diretos


atribuídos
• Preço de compra • Impostos de
transferências de
propriedade
• Remunerações
profissionais
• Outros custos de
transação

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Propriedades de Investimento
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 Aquando do reconhecimento dos rendimentos


gerados pelo terreno, as rendas obtidas,
concretamente, a contabilização correspondente
pressuporá:

Conta a Conta a
Descrição débito crédito Valor (u.m.)
Valor da
Pelo rendimento gerado pelo terreno 11/12/278 7873 renda…

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Mensuração após o reconhecimento:

As entidades podem optar entre:

Modelo do Justo Modelo do Custo


valor §58
§§ 35 a 57

§30 - Com as excepções indicadas nos parágrafos 32 a 36, uma entidade deve escolher
como sua política contabilística ou o modelo do justo valor referido nos parágrafos 35 a
37 ou o modelo do custo mencionado no parágrafo 58 e deve aplicar essa política a
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todas as suas propriedades de investimento.

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Propriedades de Investimento
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Modelo do Custo

 Pela depreciação:

Descrição Conta a débito Conta a crédito Valor (u.m.)


Depreciação
(calculada de
acordo
Pela depreciação 641 428 com a NCRF 7)

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Propriedades de Investimento
Modelo do Custo
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 Pela perda por imparidade:

Descrição Conta a débito Conta a crédito Valor (u.m.)


Perda por
imparidade
(calculada de
acordo
com a NCRF 12)
Pela perda por imparidade 654 429

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Propriedadede Investimentos

Mensuração após reconhecimento inicial


Modelo do Justo Valor

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Propriedades de Investimentos

Modelo do Justo Valor:

37 - Um ganho ou uma perda proveniente de uma alteração no justo valor de


propriedades de investimento deve ser reconhecido nos resultados do período em
que ocorra.

38 - O justo valor da propriedade de investimento é o preço pelo qual a


propriedade poderia ser trocada entre partes conhecedoras e dispostas a isso
numa transacção em que não exista relacionamento entre as mesmas.
39 - Uma entidade determina o justo valor sem qualquer dedução para custos
de transacção em que possa incorrer por venda ou outra alienação.

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Casos práticos

31 de Dezembro de N+1
D C Descrição Cálculo e valor
663
Pela redução do justo valor do edifício
421

No ano N+2,

31 de Dezembro de N+2
D C Descrição Cálculo e valor
421
Pelo aumento do justo valor do edifício
773

Em ambos os períodos, os peritos identificaram a existência de custos de


transacção de 20.000,00
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 Divulgações: Com a alteração do SNC (aviso nº


8256/2015, de 29 de Julho), na NCRF 11 deixaram de
constar as divulgações mas, a sua divulgação
pode continuar a ser obrigatória dependendo
da categoria das entidades e de acordo com o
anexo às demonstrações financeiras.

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Bibliografia

Livros
 ALMEIDA, Rui, DIAS, Ana I., ALBUQUERQUE, Fábio, CARVALHO, Fernando, PINHEIRO, Pedro, (2021)
“SNC CASOS PRÁTICOS E EXERCÍCIOS RESOLVIDOS”4ª Edição,ATF EdiçõesTécnicas, Lisboa.
 GONÇALVES, Cristina; SANTOS, Dolores; RODRIGO, José; FERNANDES SANT’ANA, (2017),
“Contabildade Financeira Explicada” 2ª Edição,Vida Económica.
 ALMEIDA, Rui, DIAS, Ana I., ALBUQUERQUE, Fábio, CARVALHO, Fernando, PINHEIRO, Pedro, (2010)
“SNC EXPLICADO” 2ª Edição,ATF EdiçõesTécnicas, Lisboa.

Complementar
 BORGES, António, RODRIGUES, Azevedo e RODRIGUES, Rogério, (2014) “ELEMENTOS DE
CONTABILIDADE GERAL”, 26ª Edição, Áreas Editora, Lisboa.
 COSTA, Carlos Batista e ALVES, Gabriel Correia (2014), Contabilidade Financeira, Rei dos Livros Editora
 ELLIOT, Barry, ELLIOT, Jamie, (2011) “FINANCIAL ACCOUNTING AND REPORTING”, 15th Edition, Prentice
Hall International, UK.
 SILVA, Eusébio Pires da, SILVA, José Luís Miguel da, JESUS, Tânia Alves de, SILVA, Ana Cristina Pires da,
(2011) “SNC – CONTABILIDADE FINANCEIRA – CASOS PRÁTICOS – TOMO I (Contabilidade das
empresas individuais) ”, Rei dos Livros, Lisboa.
 SILVA, Eusébio Pires da e SILVA, Ana Cristina Pires da, (2010) “SNC – CONTABILIDADE: Teoria e prática”, Rei
dos Livros, Lisboa. 18

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