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de controle e restrição que se reforçam mutuamente? Se a tecnologia torna as suposições de sua sociedade manifestas
como instrumentalidade – então que ideologia está sendo realizada como o computador digital? Esta pergunta final anima
o quadro crítico que esta análise propõe.
O capitalismo digital é uma configuração dramaticamente nova da dinâmica histórica de produção, trabalho e consumo que
resulta em uma nova variante do capitalismo histórico. Essa rede contemporânea e globalizada de produção e distribuição
depende da recusa do capitalismo digital às restrições sociais estabelecidas: as leis existentes são um impedimento para
os aspectos transcendentes da tecnologia digital. Suas reivindicações utópicas mascaram seu resultado autoritário: a
“objetividade” superficial dos sistemas de computador deve substituir as proteções estabelecidas pela função maquínica –
a imposição uniforme de qualquer ideologia que informe o design. No entanto, as máquinas nunca são imparciais: elas
reificam as ideologias para as quais foram construídas. A análise crítica das ideologias capitalistas à medida que se tornam
digitais é essencial para desafiar esse processo. Contestar sua dominação depende de análise teórica. Essa crítica desafia
ideias recebidas sobre a relação entre trabalho, produção de mercadorias e valor, no processo demonstrando como a
análise marxista histórica depende de suposições que não são mais válidas. Este livro, portanto, fornece um conjunto de
ferramentas único e crítico para a análise da hegemonia do capitalismo digital.
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