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Biografia de Adélia Prado

Adélia Prado é uma escritora e poetisa brasileira. Recebeu da Câmara Brasileira do Livro, o
Prêmio Jabuti de Literatura, com o livro «Coração Disparado», escrito em 1978. Adélia Prado
nasceu em Divinópolis, em Minas Gerais, no dia 13 de dezembro de 1935. Filha de João do Prado
Filho, ferroviário, e de Ana Clotilde Correa, dona de casa, iniciou seus estudos no Grupo Escolar
Padre Matias Lobato.

Em 1950, após a morte de sua mãe, escreveu seus primeiros versos.

Primeiras publicações

Adélia Prado publicou seus primeiros poemas em jornais de Divinópolis e de Belo Horizonte.
Impressionado com suas poesias, Drummond as enviou para a Editora Imago e no mesmo ano,
os poemas de Adélia foram publicados no livro «Bagagem» que chamou a atenção da crítica
pela originalidade e pelo estiloEm 1976 o livro é lançado no Rio de Janeiro, com a presença de
importantes personalidades como Carlos Drummond de Andrade, Affonso Romano de Sant'Anna,
Clarice Lispector, Juscelino Kubitschek entre outros.

Poesia e cultura

Em 1979, depois de lecionar durante 24 anos, Adélia Prado abandonou o Magistério e passou a
se dedicar à carreira de escritora. Em 1980, Adélia dirigiu o grupo teatral amador «Cara e
Coragem» na montagem da peça «Auto da Compadecida», de Ariano Suassuna. Ainda em 1981
foi apresentado no Departamento de Literatura Comparada da Universidade de Princeton o
primeiro de uma série de estudos sobre a obra de Adélia Prado. Adélia exerceu a função de
Chefe da Divisão Cultural da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Divinópolis.

Em 1985, Adélia participou, em Portugal, de um programa de intercâmbio cultural entre autores


brasileiros e portugueses. Em 1993, Adélia voltou para Secretaria Municipal de Educação e
Cultura de Divinópolis. A obra de Adélia Prado recria, numa linguagem despojada e direta, a vida
e as preocupações dos personagens do interior mineiro. Com vocabulário simples e linguagem
coloquial, Adélia produz uma obra leve, marcante e original.

A fé católica se faz presente na obra de Adélia, que costuma tratar de temas ligados a Deus, à
família e principalmente à mulher.

No armário do meu quarto escondo de tempo e traça meu vestido


estampado em fundo preto

Eu o quis com paixão e o vesti como um rito, meu vestido de amante. De tempo e traça meu
vestido me guarda. Eu que rejeito e exprobo o que não for natural como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia, os cabelos entristecidos, a pele assaltada de indecisão.

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