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SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E

MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

GEODÉSIA GERAL

Capítulo 3 – Parte 1

Regiane Dalazoana

regiane@ufpr.br
3361-3038
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
3 – SGRs CLÁSSICOS E MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
3.1 – Constantes fundamentais e sua evolução;
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3.2 – Rotação da Terra e sistemas de tempo;


3.3 – Sistemas de Referência celestes (ICRS) e terrestres
convencionais (CTRS);
3.4 – Parâmetros de orientação da Terra (EOP);
3.5 – Sistemas geodésicos de referência de orientações locais e
geocêntricos; ITRS/ITRF;
3.6 – Sistemas de referência vinculados ao campo da gravidade;
3.7 – Redes Geodésicas Clássicas e Atuais;
3.8 – Visão moderna da hierarquia das Redes Geodésicas de
Referência;
3.9 – Conversão e integração entre Redes Geodésicas de
Referência;
3.10 – Evolução do Sistema Geodésico Brasileiro; A rede SIRGAS;
3.11 – Sistemas e Redes Altimétricas Fundamentais Clássicas e
Atuais;
3.12 – Sistema Global de Altitudes e integração de redes
altimétricas
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VISÃO GERAL - SGR


SGR = superfície de referência +
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DEFINIÇÃO
orientação
“system”

Modernamente definida por parâmetros


parâmetros geométricos e físicos.
+
Além disso a definição do SGR
convenções procura explicitar como o sistema é
+ formado, qual sua origem,
orientação e escala, qual o modelo
elipsóide orientado e adotado, qual a época de
ajustado à Terra referência, como evolui ao longo
do tempo, etc.
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VISÃO GERAL - SGR


SGR = superfície de referência +
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orientação

Modernamente definida por parâmetros


geométricos e físicos.
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VISÃO GERAL - SGR


• Definido a partir da adoção de
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DEFINIÇÃO
um elipsoide de referência
“system” posicionado e orientado em
relação à superfície terrestre

parâmetros
+
convenções Próximas etapas
• Coleta de observações sobre a superfície
+ terrestre

elipsóide orientado e • Processamento e análise dos resultados


ajustado à Terra
• Divulgação dos resultados (coordenadas +
precisão + velocidades)
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VISÃO GERAL - SGR


• Materializado por um REALIZAÇÃO OU
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conjunto de pontos MATERIALIZAÇÃO


“frame”

conjunto de pontos
implantados na superfície
física da Terra cujas
coordenadas são
conhecidas

disponibilizado ao usuário
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VISÃO GERAL - SGR


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• O conjunto de estações materializados na superfície


cujas coordenadas foram determinadas com relação ao
sistema de referência constituem-se nas chamadas redes
geodésicas, didaticamente divididas em:

- Verticais ou altimétricas RAZÃO DA SEPARAÇÃO


Vinculado ao campo da gravidade
- Horizontais
Vinculado a um sistema geométrico
- Tridimensionais
+
Uso de diferentes equipamentos e
observações coletadas em campo
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NECESSIDADE DOS SGR


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• Geodésia – objeto de estudo da Geodésia requer um


SGR que permita a representação de forma integrada;
sistemas de monitoramento globais

• Cartografia – para evitar problemas e confusões na


representação da topografia, limites políticos e
geográficos (GEOREFERENCIAMENTO)

• Navegação – integração entre o navegador e o meio

• Engenharia – implantação de obras de engenharia


(túneis, canais, pontes, etc)
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3.1 – Constantes Fundamentais e sua Evolução


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Mensuração nada mais é do que a comparação com


um padrão pré estabelecido.

O Sistema Internacional estabelece padrões


fundamentais, como:

Grandeza Fundamental Unidade


Comprimento Metro
Massa Quilograma
Tempo Segundo
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3.1 – Constantes Fundamentais e sua Evolução


Metro:
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• Décima milionésima parte da distância do equador ao


polo, materializada em um protótipo em 1799 → barra
denominada de “metro dos arquivos”

• 1889 → baseado numa barra construída com material


mais estável (platina-iridium), mantida pelo BIPM (Bureau
International des Poids et Mesures – www.bipm.org),
reproduzida com precisão de 10-7

• 1983 → é a distância percorrida por uma onda


eletromagnética, no vácuo, durante um intervalo de tempo
de 1 / 299 792 458 segundos, reproduzida com precisão
relativa de 10-9 ou melhor
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3.1 – Constantes Fundamentais e sua Evolução


Quilograma:
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• Massa de um protótipo (platina-iridium), mantida pelo


BIPM (Bureau International des Poids et Mesures –
www.bipm.org) desde 1889. Reprodução com precisão
relativa de 10-9

OBS:
→ A Geodésia consegue definir a constante GM com
precisão relativa de 10-9, onde M é a massa da Terra
incluindo oceanos e atmosfera. Do IERS Technical Note n0
36 (www.iers.org) GM=398 600,4418 x 109 m3s-2

→ A Física define G com precisão relativa de 10-4


G = 6,67428 x 10-11 m3kg-1s-2
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3.1 – Constantes Fundamentais e sua Evolução


Segundo:
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• Desde a antiguidade, a medida natural para o tempo era


baseada no movimento de rotação da Terra em torno do
seu eixo. Logo, inicialmente, o segundo foi definido como a
fração de 1/86400 do dia solar médio → média da duração
de sucessivas passagens do Sol pelo mesmo meridiano
(movimento aparente do Sol) → definição a cargo dos
astrônomos

• A instabilidade/irregularidades no movimento de rotação


da Terra impede que atualmente esta definição seja
utilizada como padrão de tempo nas mensurações
geodésicas e em outras aplicações

• Precisão relativa em torno de 10-7


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3.1 – Constantes Fundamentais e sua Evolução


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Segundo:
• Definição atual (1967) é a duração de 9 192 631 770
períodos da radiação correspondente a transição de
elétrons entre dois níveis hiperfinos de energia no átomo
de Césio 133 em seu estado fundamental

• Precisão relativa de 10-16

• Relógios atômicos tem uma estabilidade em torno de


10-14 a 10-15 (maser de hidrogênio)
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3.1 – Constantes Fundamentais e sua Evolução


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Dentre essas grandezas, o tempo tem papel fundamental


na Geodésia:

- mensurações mais modernas utilizam o tempo de


percurso de uma onda eletromagnética (exemplo: GNSS)

- a Terra possui movimentos periódicos e deformações que


afetam a posição de pontos em sua superfície, é
necessário descrever estes efeitos ao longo do tempo

- modelagem do movimento de satélites artificiais


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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


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Nos sistemas de tempo distinguem-se duas categorias de


tempo:

- o tempo regulado pelo período de radiação de átomos →


tempo atômico

- os baseados no movimento de rotação da Terra →


tempo sideral e tempo universal
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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


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Tempo atômico internacional (TAI):

- É uma escala de tempo uniforme, contínua e bastante


estável, não está conectada à rotação da Terra e é de alta
precisão (10-13 a 10-15 – relógios de césio e masers de
hidrogênio)

→ Vinculação com a atual definição do segundo

- É mantido por cerca de 420 relógios atômicos (césio e


maser de hidrogênio) localizados em cerca de 70
laboratórios espalhados pelo mundo
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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


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Sistemas de tempo baseados no movimento de rotação


da Terra:

- São escalas de tempo não uniformes devido às


irregularidades do movimento de rotação

- Os movimentos de rotação e de translação geram alguns


efeitos sobre o planeta, por exemplo:
a) precessão e nutação
b) movimento do polo

Mas antes disso, vamos falar um pouco da rotação e


translação da Terra...
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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


Movimentos de rotação e translação da Terra
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Rotação em torno do eixo e translação em torno do Sol numa órbita elíptica


onde o Sol ocupa um dos focos denominada de eclíptica.
Em relação ao plano da eclíptica o eixo da Terra está inclinado de cerca de
66,5°
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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


Movimentos de rotação e translação da Terra
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Volta completa em torno do eixo – dia sideral (rotação)


Volta completa com relação ao sol – dia solar (rotação + translação)
O dia solar é mais longo que o dia sideral
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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


Movimentos de rotação e translação da Terra
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Da 2ª Lei de Keppler tem-se que v2 > v1 logo o dia solar é diferente em


função da posição da Terra na eclíptica → definição do dia solar médio
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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


Movimentos de rotação e translação da Terra
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Muitas vezes, para


facilitar o estudo, supõe-
se que é o Sol que orbita
ao redor da Terra –
movimento aparente do
Sol

Considerando a
translação, a eclíptica
indica o movimento
aparente do Sol ao redor
da Terra e o γ indica a
interseção da eclíptica
com o Equador Celeste
quando o Sol passa do
Hemisfério Sul para o
Norte
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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


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a) precessão e nutação: ditos movimentos forçados


(causas externas à Terra), devem-se a forma não esférica
da Terra e à inclinação do eixo de rotação em relação à
eclíptica (plano orbital da Terra ao redor do Sol)
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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


a) precessão e nutação:
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Créditos do vídeo: NASA's Goddard Space


Flight Center - Conceptual Image Lab
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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


a) precessão e nutação:
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Fonte: TORGE, 2001


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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


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b) Movimento do polo: Também chamado de nutação


livre, é causado pela própria dinâmica terrestre. Como o
corpo planetário sofre uma série de efeitos como as marés,
movimentação de massas, etc, a posição de seu eixo de
rotação em relação ao corpo do planeta é variável no
tempo.
O movimento do eixo de rotação com relação aos polos
geográficos (fixos na Terra) é chamado de movimento do
polo

Créditos do vídeo: NASA's Goddard Space


Flight Center - Conceptual Image Lab

Olhando sob a perspectiva de alguém na Terra, o eixo de rotação descreve uma


espiral em relação aos polos geográficos
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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


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b) Movimento do polo:
Logo o polo terrestre é instantâneo, variável no tempo. Este
efeito foi descrito por Chandler (astrônomo americano em
1891) (“Chandler Wobble”) e tem período de 435 dias.
A análise deste movimento ao longo do tempo se dá com
base na definição da “Conventional International Origin”
(CIO) que é a posição média do polo no período de 1900 a
1905.
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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


b) Movimento do polo:
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O IERS publica para


cada dia a posição do
polo:

xP
yP
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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


b) Movimento do polo:
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Série temporal de 1/1/1962 a 15/3/2016 Fonte: www.iers.org


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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


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O tempo sideral considera apenas o movimento de


rotação da Terra. O dia sideral equivale à rotação de 360°
relativamente a seu eixo.

A nossa vida, no entanto, é regida pelo movimento


aparente do sol → dia solar médio (considera rotação +
translação). O dia solar médio leva em conta o período
de duas passagens sucessivas do sol médio pelo mesmo
meridiano. Como o movimento de translação também é
considerado, o dia solar médio é mais longo que o dia
sideral.

Dia sideral = dia solar médio – 3min 55,909s


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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;
Olhando a esfera celeste de cima:
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Devido à precessão, a
cada ano, o ponto
vernal aparente
desloca-se 50,8”
relativamente ao ponto
vernal médio
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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


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O tempo universal (TU) refere-se a passagem do sol


médio pelo anti meridiano de Greenwich e está associado
ao tempo civil.

O tempo universal oriundo das observações astronômicas


do Sol, refere-se ao eixo de rotação instantâneo e é
denominado de TU0.

O TU0 corrigido do movimento do polo (∆ΛP) denomina-se


TU1:

TU1 = TU0 + ∆ΛP


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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


No TAI a unidade é o segundo (do SI – definição atômica),
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no TU a unidade é o segundo aparente, este como a


velocidade de rotação da Terra está diminuindo, vem
ficando mais longo que o segundo do tempo atômico

Buscando compatibilizar a escala de tempo atômica do TAI


(estável) com a do TU1, que é fundamental para a vida
cotidiana, foi estabelecido o Tempo Universal
Coordenado (TUC). O TUC é mantido pelo BIPM.

Variações entre o TUC e o TU1 (DUT) são determinadas


pelo IERS de tal forma que:

DUT = |TU1 – TUC| ≤ 0,9s


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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


O TUC é uma escala de tempo baseada no segundo atômico, porém é
eventualmente ajustada visando manter sua compatibilidade com o
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TU1, isso é feito com a introdução de segundos adicionais “leap


seconds” em 30 de junho ou 31 de dezembro

Tempo Universal Coordenado (TUC ou UTC) – introdução de segundos adicionais


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3.2 – Rotação da Terra e Sistemas de Tempo;


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Tempo Universal Coordenado (TUC ou UTC) – introdução de segundos


adicionais
Desde 1 de julho de 2015 a diferença entre TUC e TAI é de 36s
FONTE: SEEBER, 2003
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MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

3.3 – Sistemas de Referência Celestes (ICRS) e


Terrestres Convencionais (CTRS);
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A Geodésia trabalha, em essência, com dois sistemas de


referência:
Supondo o espaço Considerou-se um
inercial, idealizou-se um sistema solidário com a
sistema dito intermediário, Terra, ou seja, com eixos
com base em objetos girantes (acompanham a
espaciais considerados rotação terrestre)
imóveis

CELESTE TERRESTRE
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3.3 – Sistemas de Referência Celestes (ICRS) e


Terrestres Convencionais (CTRS);
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CELESTE TERRESTRE

Fornece as coordenadas de Fornece as coordenadas de


um objeto no espaço: um ponto na superfície da
estrelas; fontes de rádio Terra.
extra galácticas – quasar;
satélites.
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SISTEMA DE REFERÊNCIA CELESTE CONVENCIONAL (ICRS)
DEFINIÇÃO
- Sistema não girante, eixos não
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girantes em relação às estrelas


“fixas”
- X aponta para o ponto vernal
médio numa determinada época
- Z aponta para o Pólo Norte Celeste
médio na mesma época
- Y torna dextrógiro
- também denominado de referencial
Equatorial ou uranográfico

X = r cos δ cos α
α - ascensão reta Y = r cos δsenα
δ - declinação
γ - ponto vernal Z = rsenδ
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SISTEMA DE REFERÊNCIA CELESTE CONVENCIONAL (ICRS)


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ICRS – INTERNATIONAL
CELESTIAL REFERENCE
SYSTEM
- X aponta para o ponto vernal
médio na época J2000 (dia
juliano em 1/1/2000)
- Z aponta para o Pólo Norte
Celeste médio na mesma época
- Y torna dextrógiro

O estabelecimento do
CRS era responsabilidade da
IAU (União Astronômica
Internacional), em 1988 passou
para o IERS.
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SISTEMA DE REFERÊNCIA CELESTE CONVENCIONAL (ICRS)


REALIZAÇÃO
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• O sistema é realizado por um catálogo de


coordenadas equatoriais (ascensão reta e declinação)
de estrelas (+ antigo) ou fontes extragalácticas
(quasars) observadas por VLBI (+ atual)

• EXEMPLOS:

- FK 5: catálogo de 1535 estrelas (incerteza de 20 a 30 mas)

- ICRF (International Celestial Reference Frame):


substituiu oficialmente o FK 5 em 1/1/1998, conj. de
coordenadas equatoriais de fontes de rádio
extragalácticas (quasars) determinadas com VLBI
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EXEMPLO 1: o ICRF1 (1998) é formado pelas coordenadas de 608


fontes de rádio na época 2000,0 (incerteza de 0,5 mas)
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Fonte: http://hpiers.obspm.fr/icrs-pc/icrf/plots/icrf.col.png
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EXEMPLO 1: ICRF1
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Fonte: http://hpiers.obspm.fr/icrs-pc/

EXEMPLO 2: o ICRF2 (2009) é formado pelas coordenadas de 3414


fontes de rádio na época 2000,0
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SISTEMA DE REFERÊNCIA TERRESTRE CONVENCIONAL (CTRS)

Z
CTRS – Conventional Terrestrial
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DEFINIÇÃO Reference System

C
I
O
- Sistema fixo à Terra (rotaciona e
translada com ela)
- Geocêntrico, origem coincide com
G

o centro de massa da Terra

- Plano XZ contém o meridiano


médio de Greenwich

Y
- Eixo Z aponta para o CIO
E
Q
U
A
D
O
R

(Conventional International Origin)


– posição média do eixo de rotação
X

durante os anos de 1900 a 1905


(fixo na Terra)
E
I
X
O
D
E
R
O
T
A
Ç
Ã
O

- Y torna dextrógiro
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SISTEMA DE REFERÊNCIA TERRESTRE CONVENCIONAL (CTRS)


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Desde 1970, existe uma recomendação da IAG de que


os referenciais sejam orientados de acordo com o
convencional.

www.iag-aig.org
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Os sistemas convencionais: “fixo no espaço” (celeste ou


inercial) e o “girante” (terrestre) possuem inter-relação de maneira
que se conhecida a posição do sistema celeste, determina-se a
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posição do sistema terrestre.

+
consideração dos efeitos
da rotação terrestre
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3.3 – Sistemas de Referência Celestes (ICRS) e


Terrestres Convencionais (CTRS);
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CELESTE TERRESTRE

Parâmetros de orientação da
Terra – EOP que descrevem as
variações ou irregularidades no
movimento de rotação da Terra

Por quê?

Os corpos celestes não participam da rotação


da Terra
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MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

3.4 – Parâmetros de orientação da Terra (EOP);


A relação entre os referenciais celeste e terrestre é efetivada pelos
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parâmetros de orientação da Terra (EOP – Earth Orientation


Parameters), que são:
xP
yP - coordenadas do pólo

Precessão e nutação

TU1
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O relacionamento entre os dois sistemas (celeste e


terrestre) é feito por meio de uma sequência de
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rotações:

X  X 
 Y  = R (− x )R (− y )R (GAST )NP  Y 
  2 P 1 P 3  
 Z  G  Z  C

Onde:

xP e yP são as coordenadas do pólo, com origem no CIO

GAST (Greenwich apparent sideral time)

N e P representam correções devido a nutação e precessão


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Lembrando: MATRIZES DE ROTAÇÃO


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1 0 0  cos θ 0 − sinθ 
R1 (θ ) = 0 cos θ sin θ  R2 (θ ) =  0 1 0 
   
0 − sin θ cos θ   sin θ 0 cos θ 

 cos θ sin θ 0
R3 (θ ) = − sin θ cos θ 0
 
 0 0 1
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MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

3.5 – Sistemas Geodésicos de Referência de orientações


locais e geocêntricos; ITRS/ITRF;
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Córrego Alegre
SAD 69 SGR local

SIRGAS SGR geocêntrico


ITRS
WGS84
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MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

SISTEMA COM DATUM CÓRREGO ALEGRE


• Oficialmente adotado no Brasil da década de 50 até a de 70
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• Parâmetros definidores
Elipsóide de Hayford 1924 a = 6 378 388 m
f = 1/297
Datum Córrego Alegre

Orientação ξ = η = 0”
∆N = 0,0 m → h = H = 683,81 m
Φ = ϕCórrego Alegre = -19º 50’ 14,91”
Λ = λCórrego Alegre = -48º 57’ 41,98”
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MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

SISTEMA COM DATUM CÓRREGO ALEGRE


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MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
DATUM SUL AMERICANO DE 1969 – SAD 69
• Oficialmente adotado no Brasil no final da década de 70
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• Parâmetros definidores
Elipsóide Intern. 1967 a = 6 378 160,0 m
f = 1/298,25
Orientação ξ = 0,31”
η = -3,52”
∆N = 0,00 m
ϕChuá = -19º 45’ 41,6527”
λChuá = -48º 06’ 04,0639”
AzChuá-Uberaba = 271º 30’ 04,05”
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

Sistema Geodésico de Referência Internacional (ITRS)


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O ITRS (IERS Terrestrial Reference System), onde


IERS é a sigla para International Earth Rotation and
Reference System Service), é definido através de um
conjunto de convenções da IAG (International
Association of Geodesy) e da IAU (International
Astronomical Union) para o estabelecimento do que se
denomina a vanguarda científica dos sistemas de
referência terrestres convencionais.
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

Z
- EOP determinados

C
I
O
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

com VLBI, fornecem


a orientação dos
eixos no espaço;
G

- Centro de massa
com SLR;

Y
E
Q
U
A
D
O
R
- Posição relativa
entre as estações
X

com GNSS
(principalmente),
PRARE, DORIS e
E
I
X
O
D
E
R
O
T
A
Ç
Ã
O

LLR.
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

MATERIALIZAÇÃO ou REALIZAÇÃO: denominada de


ITRF (International Terrestrial Reference Frame) é feita
por meio do conjunto de coordenadas, velocidades e
suas respectivas precisões de um grupo de estações
determinadas com técnicas espaciais (por exemplo:
VLBI, SLR, LLR, GPS e DORIS)
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

VLBI (Very Long Baseline Interferometry) – estação de Wettzell na


Alemanha
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SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

SLR (Satellite Laser Ranging) – estação de Wettzell na Alemanha


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SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

A IAG possui serviços científicos dedicados a cada uma


das técnicas espaciais de observação (cada serviço tem
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estrutura própria para processar os dados de cada


técnica), por exemplo:

IGS – International GNSS Service


ILRS – International Laser Ranging Service
IVS – International VLBI Service for Geodesy and
Astrometry

O IERS faz a combinação final das diferentes soluções


gerando o ITRFyy e, além disso, fornece os EOP para
realizar a conexão entre os sistemas de referência
celeste e terrestre.
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

Diferentes realizações do ITRF:


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ITRF89,
ITRF90,
ITRF91,
ITRF92,
ITRF93,
ITRF94, (vínculo da 1ª campanha SIRGAS, época 1995,4)
ITRF95,
ITRF96,
ITRF97,
ITRF2000, (vínculo da 2ª campanha SIRGAS, época 2000,4)
ITRF2005,
ITRF2008 e
ITRF2014.
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
EXEMPLO: ITRF97
• Combinação de 19 soluções individuais, de 19 instituições diferentes:
- 4 VLBI - 5 SLR
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- 6 GPS - 3 DORIS
- 1 combinada (várias técnicas)

• Solução para 550 estações de observação em 325 lugares

Azul – 1 técnica
Verde – 2 técnicas
Laranja – 3 técnicas
Vermelho – 4 técnicas
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

EXEMPLO: ITRF2000
• Combinação de 20 soluções individuais:
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

- 3 VLBI
- 7 SLR
- 6 GPS
- 2 DORIS
- 1 combinada (várias técnicas)
- 1 LLR

• Solução (coordenadas e velocidades) em 477 lugares

• Redes de densificação SIRGAS, EUREF (solução GPS)


SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
EXEMPLO: ITRF2000
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Fonte: http://itrf.ign.fr/ITRF_solutions/2000/map.php
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

EXEMPLO: ITRF2005
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Azul – 1 técnica
Verde – 2 técnicas
Laranja – 3 técnicas
Vermelho – 4 técnicas
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

ITRF88
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ITRF2008
934 estações em
580 lugares
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

O poliedro (linhas de base) é continuamente monitorado e


ajustado ao geocentro de uma época em função de
observações SLR e os eixos orientados para a mesma
época com os EOP obtidos por VLBI
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Entre as diferentes realizações do ITRF são gerados


parâmetros de transformação (transformação de Helmert
ou de similaridade): 7 ou 14 parâmetros

- três translações (representam a variação na posição do


centro de massa)

- três rotações

- um fator de escala

- respectivas variações temporais


SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

TP: pesquisar como pode ser feita a transformação de


coordenadas entre dois ITRFs distintos, exemplificando
os parâmetros de transformação
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

3.6 – Sistemas de referência vinculados ao campo


da gravidade;
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Coordenadas Astronômicas Créditos: Profa Cida


SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

3.6 – Sistemas de referência associados com o


campo da gravidade;
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

- Observações realizadas na superfície física da Terra


estão vinculadas à vertical local (que fornece a direção
do vetor gravidade no ponto, não passa necessariamente
pelo CM nem pelo eixo de rotação terrestre pois depende
da distribuição de massas no interior do planeta);

- Desta forma, a vertical local permite a definição e


realização de um sistema astronômico local (ou sistema
topográfico local) que está associado ao campo da
gravidade da Terra
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

3.6 – Sistemas de referência associados com o


campo da gravidade;
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Sistema Geocêntrico
e Sistema
Astronômico Local

FONTE: TORGE, 2001


SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

Relação de Sistema Topográfico Local e SGRs geocêntricos


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

FONTE: TORGE, 2001

Xi   X P0   xi 
 Y  =  Y  + R (180° − Λ )R (90° − Φ )S  y 
 i  P0  3 2 2 i

 Z i  G  Z P0   zi  STL
G
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

Relação de Sistema Topográfico Local e SGRs geocêntricos


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Lembrando: MATRIZES DE REFLEXÃO

 − 1 0 0 1 0 0

S1 =  0 1 0   
S 2 = 0 − 1 0 
 0 0 1 0 0 1

1 0 0 
S3 = 0 1 0 
0 0 − 1
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

Relação de Sistema Topográfico Local e SGRs geocêntricos


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Xi   X P0   xi 
 Y  =  Y  + R (180° − Λ )R (90° − Φ )S  y 
 i  P0  3 2 2 i

 Z i  G  Z P0   zi  STL
G

O relacionamento entre o topográfico local e o SGR


geocêntrico necessita do conhecimento das coordenadas
astronômicas (Φ e Λ) do ponto origem (referencial
Topocêntrico)
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

Relação de Sistema Topográfico Local e SGRs geocêntricos

- Antigamente por astronomia se obtinha Φ e Λ e


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

posteriormente as coordenadas geodésicas deste mesmo


ponto vinham da aplicação das equações de orientação:

Relacionamento entre coordenadas geodésicas e astronômicas

ξ = Φ −ϕ η = (Λ − λ ) cosϕ
Onde ξ é a componente meridiana do desvio da
vertical e η é a componente primeiro vertical

- hoje pode-se obter ξ e η de modelos do geopotencial e


as coordenadas geodésicas vem de posicionamento
GNSS (válido para aplicações locais, áreas pequenas)
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

3.7 – Redes Geodésicas Clássicas e Atuais;


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

• Comumente as redes geodésicas de controle são


divididas em:

- Redes Geodésicas de Referência Planimétrica/Horizontal

- Redes Geodésicas de Referência Altimétrica

- Redes Geodésicas de Referência com caráter


Tridimensional
- Redes Geodésicas de Referência Internacional
- Redes Nacionais e Estaduais GPS
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

3.7 – Redes Geodésicas Clássicas e Atuais;


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

REDE HORIZONTAL
• Implantação iniciou-se em 1944 10 ppm

• Finalidade – apoio ao mapeamento; obras de


engenharia, regulamentação fundiária, entre Melhoria das
outras técnicas de
posicionamento
• Década de 70 - uso do sistema TRANSIT
• Até 1990 eram aplicados os procedimentos
clássicos

• A partir de 1991 uso exclusivo do GPS para 1 ppm


densificação da Rede Horizontal
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

3.7 – Redes Geodésicas Clássicas e Atuais;


• 1994 - implantação das redes estaduais GPS de alta
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

precisão

• Em 1996 surgiu o conceito de rede ativa - RBMC

• Evolução de técnicas, equipamentos e modelagem

• Necessidade de refinamento dos produtos geodésicos

Reajustamento da rede em 1996 (em SAD69) e posterior


adoção do SIRGAS
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

3.7 – Redes Geodésicas Clássicas e Atuais;


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Surgimento dos métodos de posicionamento por satélites

Possibilidade de obtenção simultânea das 3 coordenadas

Criação do Projeto SIRGAS em 1993


SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

3.7 – Redes Geodésicas Clássicas e Atuais;


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

• triangulação
• poligonação
• Doppler
• GPS
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

REDE HORIZONTAL

• TRIANGULAÇÃO: rede de pontos com coordenadas geodésicas


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

conhecidas, estabelecidas a partir de um Datum, por sequência de triângulos


estabelecidos predominantemente por medidas angulares

L
a
d
o
s
d
e
2
0
a
4
0
K
M
Injunções mínimas no Datum
ϕ, λ, Azimute, Base
A
z

Possibilidade de detecção de
D
A
T
U
M

B
A
S
E

erros, superabundância de
observações permitindo o
ajuste por MMQ
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

REDE HORIZONTAL
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

http://celebrating200years.noaa.gov/
survey_towers/bilby.html

http://www.amerisurv.com/PDF/
TheAmericanSurveyor_Crattie-
BilbyTowers_Vol8No4.pdf
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

REDE HORIZONTAL
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

http://celebrating200years.noaa.gov/
theodolites/line.html

http://celebrating200years.noaa.gov/distance_tools/
welcome.html
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

REDE HORIZONTAL
• POLIGONAÇÃO: estabelecida a partir da medição de ângulos e
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

distâncias; lados de até 15km; serve para o apoio fundamental; inicia num
ponto da rede fundamental e é controlada; não é possível a verificação de
erros intermediários (ao longo dos pontos da poligonal)
A
z
i

P
O
L
I
G
O
N
A
L

A
z
f
Injunções mínimas
ϕ, λ, Azimute iniciais
ϕ, λ, Azimute finais
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

REDE VERTICAL
• Conta hoje com mais de 65000 estações
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SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

REDE TRIDIMENSIONAL
As redes tridimensionais podem ser estabelecidas de
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

duas maneiras:
• Combinar as coordenadas horizontais (φ e λ) e a altitude
ortométrica (H) de pontos homólogos para obter as
coordenadas tridimensionais (φ, λ e h) ou (X, Y e Z).
Porém é necessário o conhecimento da ondulação geoidal

h≅ N+H
MODELO
GEOIDAL

• Utilizar técnicas que proporcionem diretamente as 3


coordenadas (com GPS por exemplo)
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
Pós Graduação em Ciências Geodésicas
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

RBMC – 126
ESTAÇÕES
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Crédito: LAGEH

Conceito de Rede
ativa:
- usuário necessita
de apenas 1
receptor para o
posicionamento
relativo
Crédito: IBGE
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Serviço para
posicionamento em
tempo real a partir de
95 estações da RBMC
(recepção de dados e
correções diferenciais
via internet). O serviço
é gratuito mediante
cadastro.

Crédito: IBGE
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
3.8 – Visão moderna da Hierarquia das Redes
Geodésicas de Referência;
Pós Graduação em Ciências Geodésicas
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

3.10 – Evolução do Sistema Geodésico Brasileiro; A


rede SIRGAS;

3.9 – Conversão e Integração entre Redes


Geodésicas de Referência;
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

3.10 - Evolução do Sistema Geodésico Brasileiro; A


Rede SIRGAS;
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

SGB - Sistema Geodésico Brasileiro

“O desenvolvimento do Sistema Geodésico Brasileiro - SGB, composto pelas


redes altimétrica, planimétrica e gravimétrica pode ser dividido em duas fases
distintas: uma anterior e outra posterior ao advento da tecnologia de
observação de satélites artificiais com fins de posicionamento. No Brasil, essa
tecnologia possibilitou, por exemplo, a expansão do SGB à região amazônica,
permitindo o estabelecimento do arcabouço de apoio ao mapeamento
sistemático daquela área.

Inicialmente, na década de 70, eram observados os satélites do Sistema


TRANSIT. Em fins da década de 80, o IBGE, através do seu Departamento de
Geodésia, criou o projeto GPS com o intuito de estabelecer metodologias que
possibilitassem o uso pleno da tecnologia do Sistema NAVSTAR/GPS, que se
apresentava como uma evolução dos métodos de posicionamento geodésico
até então usados, mostrando-se amplamente superior nos quesitos rapidez e
economia de recursos humanos e financeiros.” (retirado da página do IBGE)
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

SISTEMA COM DATUM CÓRREGO ALEGRE


• Oficialmente adotado da década de 50 até a de 70
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

• Parâmetros definidores
Elipsóide de Hayford 1924 a = 6 378 388 m
f = 1/297
Datum Córrego Alegre

Orientação ξ = η = 0”
∆N = 0,0 m → h = H = 683,81 m
Φ = ϕCórrego Alegre = -19º 50’ 14,91”
Λ = λCórrego Alegre = -48º 57’ 41,98”
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

SISTEMA COM DATUM CÓRREGO ALEGRE


Pós Graduação em Ciências Geodésicas
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

OUTROS SISTEMAS
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• Na América do Sul: PSAD-56 com origem em La Canoa


(Venezuela)

• No Brasil: Chuá Astro Datum


SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

DATUM SUL AMERICANO DE 1969 – SAD 69


• Recomendado como sistema único para a América do
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Sul em 1969 por ocasião da XI Consultoria Pan-


americana sobre Cartografia em Washington, EUA

• O Projeto do Datum Sul Americano dividiu-se em duas


etapas:

- Estabelecimento de um SGR cujo elipsóide


apresentasse boa adaptação regional ao geóide
- Ajustamento de uma rede planimétrica de âmbito
continental referida ao sistema definido
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
DATUM SUL AMERICANO DE 1969 – SAD 69
• Oficialmente adotado no final da década de 70
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

• Parâmetros definidores
Elipsóide Intern. 1967 a = 6 378 160,0 m
f = 1/298,25
Orientação ξ = 0,31”
η = -3,52”
∆N = 0,00 m
ϕChuá = -19º 45’ 41,6527”
λChuá = -48º 06’ 04,0639”
AzChuá-Uberaba = 271º 30’ 04,05”
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

DATUM SUL AMERICANO DE 1969 – SAD 69


• 1º ajuste em ambiente computacional para o
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estabelecimento do SAD 69 foi feito pelo Inter American


Geodetic Survey pelo método de variação de coordenadas:
rede brasileira foi dividida em 10 blocos processados
separadamente (limitação computacional)

• Novos levantamentos - estações existentes fixas

erros sistemáticos propagados

Procedimento
necessário devido Limitações quanto a capacidade de
processamento e memória do sistema
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

DATUM SUL AMERICANO DE 1969 – SAD 69


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

• As técnicas mais precisas como Doppler e GPS


começaram a ser adotadas na expansão das redes

• Porém a redes GPS eram distorcidas quando suas


coordenadas eram convertidas para o referencial clássico

Verificou-se a necessidade de um novo ajustamento com


caráter global e integrado às observações GPS
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

SAD 69 – REALIZAÇÃO 1996


• Projeto de Reajustamento da Rede Geodésica Planimétrica Brasileira,
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criado pelo IBGE, iniciou em 1985 até 1996, por meio de um convênio
técnico científico entre o IBGE e o Canadá

• Pela primeira vez na história geodésica do Brasil, todas as


observações que compõem a rede planimétrica (obtidas pelos métodos
clássicos e espaciais) foram ajustadas simultaneamente

• Ajuste simultâneo com todas as observações da rede (exemplo:


direções horizontais, bases geodésicas, azimutes astronômicos,
observações Doppler e GPS)

• As medidas GPS foram ponderadas de acordo com suas precisões


SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

SAD 69 – REALIZAÇÃO 1996


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

• 1997 – divulgação das coordenadas na nova realização +


desvio padrão - sem mudar a nomenclatura

• Proporcionou ao usuário o conhecimento acerca da


confiabilidade das estações

• Valor médio do desvio padrão após o ajustamento


- 10 cm para as estações GPS
- 50 cm para as estações da rede clássica
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

SIRGAS
Surgimento dos métodos de posicionamento por satélites
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Possibilidade de obtenção simultânea das 3 coordenadas


+
Sistemas clássicos não possuírem precisão compatível com
as técnicas de posicionamento espacial

Tendência de adoção de referencial geocêntrico

Salientar necessidade de integração de


informação referenciada a nível internacional
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

SIRGAS
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Adoção de sistemas de referência geocêntricos

Austrália Canadá
Estados Unidos Países da Europa
África do Sul Nova Zelândia

América do Sul

Criação do Projeto SIRGAS em 1993


SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

SIRGAS: Histórico na América do Sul


• Anos 80: instalação de redes de controle geodinâmico utilizando GPS
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

(Venezuela, Equador, Peru, Chile entre outros)


• Junho 1993: Pesquisa da DGFI sobre o interesse em unificar os
sistemas de referência
• Outubro 1993: Criação do Projeto SIRGAS
• Maio 1995: Primeira campanha
• 1995-1997: Processamento dos dados (DGFI, NIMA)
• Setembro 1997: Criação do GT-III Datum Vertical
• Maio 2000: Segunda campanha
• Janeiro 2001: Recomendação de adoção por parte da Conferência
Cartográfica das Nações Unidas

• Fevereiro 2001: Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas


SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

SIRGAS
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

OBJETIVOS

• Definir um SGR geocêntrico para a América do Sul


(eixos coordenados baseados no ITRS e parâmetros do elipsóide
GRS80)

• Estabelecer e manter uma rede de referência


(densificação do ITRF na América do Sul)
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

SIRGAS
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

REALIZAÇÃO INICIAL

• 58 estações na América do Sul, 11 no Brasil sendo 9


coincidentes com estações da RBMC

• Foram utilizados receptores geodésicos (L1 e L2)

• Campanha realizada de 26 de maio a 4 de junho de


1995 – coordenadas referidas ao ITRF94, época 1995,4
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
Primeira realização
MODERNOS do SIRGAS
– DEFINIÇÃO : 58 estações
E REALIZAÇÃO
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SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

SIRGAS
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

REALIZAÇÃO 2000

• 184 estações no continente americano

• Campanha realizada de 10 a 19 de maio de 2000 –


coordenadas referidas ao ITRF2000, época 2000,4

• Processamentos no IBGE e DGFI


SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

PAÍS ESTAÇÕES NOVAS MARÉGRAFOS TOTAL


SIRGAS 95 ESTAÇÕES
Antártica 1 - - 1
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Argentina 10 7 3 20
Bermuda - - 1 1
Bolívia 6 3 - 9
Brasil 11 5 5 21
Canadá - 10 3 13
Chile 7 8 5 20
Colômbia 5 2 1 8
Equador 3 3 1 7
Guiana Francesa 1 - - 1
Guatemala - 3 1 4
Guiana - 2 - 2
Honduras - 1 - 1
Jamaica - 1 - 1
México - 13 2 15
Nicarágua - 2 - 2
Paraguai 1 - - 1
Porto Rico - 1 - 1
Saint Croix - - 1 1
Peru 4 3 3 10
Trinidad e Tobago - 2 - 2
Uruguai 2 4 2 8
USA - 12 12 24
Venezuela 5 3 3 11
Total 56 85 43 184
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
Campanha SIRGAS
MODERNOS 2000 :E184
– DEFINIÇÃO estações
REALIZAÇÃO
Pós Graduação em Ciências Geodésicas
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

21 estações que materializaram o sistema SIRGAS 2000 no Brasil


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SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

SIRGAS
• A adoção do SIRGAS segue uma tendência atual tendo
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

em vista as potencialidades do GPS e facilidades para os


usuários, pois com um sistema geocêntrico as coordenadas
obtidas com GPS relativamente a esta rede podem ser
aplicadas diretamente a todos os levantamentos, evitando a
necessidade de transformações e integração entre os dois
referenciais
• Na América do Sul, o Projeto SIRGAS permitiu
compatibilizar as redes horizontais clássicas, com a adoção
de uma rede de caráter único e compatível com o ITRF
• A densificação da Rede SIRGAS é feita a partir da
integração das redes nacionais à Rede de Referência
SIRGAS
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

3.9 – Conversão e Integração entre Redes


Geodésicas de Referência;
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• Relacionamento entre sistemas de referência (globais e


locais) é feito em função das coordenadas cartesianas X, Y
e Z, geralmente:
- eixos paralelos: só translação
- eixos não paralelos: translação + rotação + fator de escala
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

• 3 translações – para ternos cartesianos paralelos


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

X ' X  ∆X 
Y ' = Y  +  ∆Y 
     
Z ' Z  ∆Z 

• Transformação Helmert – 7 parâmetros (3 translações, 3


rotações e 1 fator de escala)

X ' X  ∆X 
Y ' = δR Y  +  ∆Y 
     
Z ' Z  ∆Z 
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

RELAÇÃO CÓRREGO ALEGRE – SAD 69


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

• Parâmetros de transformação na PR 22 de 21 de julho de 1983:


(Córrego para SAD69 – realização inicial)

Translação em X (∆X) = -138,70 m


Translação em Y (∆Y) = 164,40 m
Translação em Z (∆Z) = 34,40 m

• (SAD69 para Córrego) precisão?

Translação em X (∆X) = 138,70 m


Translação em Y (∆Y) = -164,40 m
Translação em Z (∆Z) = -34,40 m
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

RELAÇÃO CÓRREGO ALEGRE – SAD 69


• Modelo matemático: Equações diferenciais simplificadas de Molodensky
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

∆ϕ 0 =
1
{(a1∆f + f1∆a )sen2ϕ1 − ∆Xsenϕ1 cos λ 1 − ∆Ysenϕ1senλ1 + ∆Z cos ϕ1 }180
M1 π

∆λ =
0 1
{− ∆Xsenλ1 + ∆Y cos λ1 }180
N1 cos ϕ1 π
∆N = (a1∆f + f1∆a )sen 2ϕ1 − ∆a + ∆X cos ϕ1 cos λ1 + ∆Y cos ϕ1senλ1 + ∆Zsenϕ1
ϕ 20 = ϕ10 + ∆ϕ 0
λ = λ + ∆λ
0

2
0

1
0

N1 =
a1
M1 =
N1
=
(
a1 1 − e12)
(1 − e sen ϕ )
2
1
2
1
1/ 2 2 2
(
1 + e'1 cos ϕ1 1 − e12 sen 2ϕ1 )
3/ 2
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

RELAÇÃO SAD 69 – SAD 69 (1996)


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

• Não existem parâmetros de transformação


SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

RELAÇÃO WGS 84 – SAD 69


• Parâmetros de transformação na Resolução 23 de 21 de
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

fevereiro de 1989, que altera o Apêndice II da PR 22:


(WGS84 para SAD69)

Translação em X (∆X) = 66,87 m ± 0,43 m


Translação em Y (∆Y) = -4,37 m ± 0,44 m
Translação em Z (∆Z) = 38,52 m ± 0,40 m

(SAD69 para WGS84) realização inicial – estação Chuá

Translação em X (∆X) = -66,87 m ± 0,43 m


Translação em Y (∆Y) = 4,37 m ± 0,44 m
Translação em Z (∆Z) = -38,52 m ± 0,40 m
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

Sequência de cálculo para a transformação:


X 1 = ( N1 + h1 ) cos ϕ1 cos λ1  Z 2 + e'22 b2 sen3u 
ϕ 2 = arctan 2 
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Y1 = ( N1 + h1 ) cos ϕ1senλ1  ( X 2 + Y2 ) − e2 a2 cos u 


2 1/ 2 2 3

[ ( ) ]
Z1 = N1 1 − e12 + h1 senϕ1 (para o
 Y2  quadrante em
λ2 = arctan 
que se situa o
X 2 = X 1 + ∆X  X2 
Brasil)
Y2 = Y1 + ∆Y
h2 =
( X 2
2+Y 2 )
2 1/ 2
− N2
Z 2 = Z1 + ∆Z cos ϕ 2
Onde u é a latitude reduzida
Z2 a2
tgu =
( )
tgu 1
senu = cos u = 2 1 / 2 b2
(1 + tg u ) X 2 + Y2
2
(1 + tg u ) 1/ 2 2 1/ 2
2
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

RELAÇÃO SAD 69 - SIRGAS


• Parâmetros de transformação (SAD69 para SIRGAS)
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

estimados com base em 63 estações GPS – resolução PR-


1/2005 de 25/02/2005

Translação em X (∆X) = -67,35 m


Translação em Y (∆Y) = 3,88 m
Translação em Z (∆Z) = -38,22 m

(SIRGAS para SAD69)

Translação em X (∆X) = 67,35 m


Translação em Y (∆Y) = -3,88 m
Translação em Z (∆Z) = 38,22 m
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

RELAÇÃO SAD 69 - SIRGAS


Pós Graduação em Ciências Geodésicas

EXERCÍCIO
Dadas as coordenadas de um ponto em SAD69:
ϕ = -22° 31’ 14,1362”
λ = -49° 20’ 31,4116”
h = 815,340m
Calcular as coordenadas em SIRGAS2000
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

PROGRID
Permite a transformação de coordenadas entre os sistemas de referência:
Córrego Alegre, SAD69 e SIRGAS2000.
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Modela os resíduos, ou seja, a distorção da rede. Pois de forma geral dois


referenciais geodésicos se relacionam através de parâmetros de
transformação, que são constantes para qualquer área coberta por estes
referenciais. O que os parâmetros não conseguem transformar, tornam-se
resíduos, representando as distorções da rede geodésica.

Promove a transformação entre as coordenadas referentes às seguintes


materializações:
- materialização de 1961 do Córrego Alegre, referida no ProGriD como
Córrego Alegre (1961).
- materializações de 1970 e 1972 do Córrego Alegre, tratadas em conjunto, e
referida como Córrego Alegre (1970+1972).
- materialização original do SAD69, incluindo apenas a rede clássica, chamada
simplesmente de SAD69 Rede Clássica.
- materializacão de 1996 do SAD69, incluindo apenas a rede clássica,
chamada de SAD69/96 Rede Clássica.
- SAD69 Técnica Doppler ou GPS.
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
Pós Graduação em Ciências Geodésicas
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
Pós Graduação em Ciências Geodésicas
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

• A resolução PR-1/2005 indica que para aplicações de alta


precisão deve-se utilizar o campo de velocidades
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

disponibilizado para a América do Sul. O uso deste campo


de velocidades, que está disponível nos endereços
eletrônicos <www.ibge.gov.br ou www.sirgas.org>, permite
atualizar as coordenadas de uma estação da época de
referência (2000,4) para outra época qualquer

Procedimento necessário quando da implantação de novas


estações via rastreio GPS e vinculadas à Rede de
Referência SIRGAS
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

Procedimento para o cálculo de novas coordenadas


(OBS: mesmo referencial porém épocas diferentes)
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

- Transformar as coordenadas das estações de referência


da época de definição (t0) até a época atual (do rastreio) (tk)

- Realizar o processamento, cálculo das novas


coordenadas

- Transformar as coordenadas para a época t0

Conhecer a variação das coordenadas devido a


movimentos da crosta terrestre

Teoria da tectônica de placas


SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

Procedimento para o cálculo de novas coordenadas


Definição do SGR Rastreio de uma nova
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

estação j na época tk
Realização SGR
Conj de coordenadas
na época t0 - Xi(t0) Atualizar as coordenadas da
(pontos que servem estação i (estação de referência)
como referência à dX i
novos levantamentos) X i ( t k ) = X i ( t0 ) + ( t k − t0 )
dt

Cálculo das coordenadas dos


novos pontos na época de Processamento dos
referência t0 dados
Xj(t0) Cálculo das coordenadas
dos novos pontos na
dX j época tk
X j ( t0 ) = X j ( t k ) + ( t k − t0 ) Xj(tk)
dt
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

Procedimento para o cálculo de novas coordenadas


Atualizar as coordenadas da Necessidade de
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

estação i (estação de referência) conhecer a


dX i velocidade da
X i ( t k ) = X i ( t0 ) + ( t k − t0 ) estação de
dt referência

Cálculo das coordenadas dos O problema é


novos pontos na época de conhecer a variação
referência t0 das coordenadas
Xj(t0) (velocidades) das
dX j estações novas
X j ( t0 ) = X j ( t k ) + ( t k − t0 ) (velocidade esta que
dt não é medida)

Estabelecimento de modelos que descrevam a


cinemática das placas
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
Pós Graduação em Ciências Geodésicas
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

MODELOS GEOFÍSICOS
• Descreve a cinemática das placas por meio de
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

observações geofísicas (velocidade de expansão do fundo


oceânico, azimute das falhas localizadas nos oceanos,
sismologia em terremotos)
• Desvantagens
- Os dados são provenientes dos limites das placas que
são áreas de grande deformação (não são representativos
para toda a placa)
- As velocidades são médias de tempos geológicos, será
que são representativas para hoje?
- Instabilidades provocadas por terremotos
- Distribuição dos dados não é ótima
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

MODELOS GEOFÍSICOS
• Exemplos
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

- NUVEL-1
- NNR NUVEL-1A
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MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

MODELOS GEODÉSICOS
Determinados a partir de posicionamento geodésico GNSS
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

em pelo menos duas épocas distintas ou de forma contínua

Fonte: www.iers.org
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MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO

MODELOS GEODÉSICOS
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Fonte: www.sirgas.org
SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA CLÁSSICOS E
MODERNOS – DEFINIÇÃO E REALIZAÇÃO
Pós Graduação em Ciências Geodésicas

Exercícios:

a) Determine a coordenada em SIRGAS2000 da


estação UFPR para o dia de hoje:

b) Determine as velocidades do local do seu


nascimento:

OBS: usar o modelo de velocidades VEMOS2009


(programa disponível em www.sirgas.org –
velocidades, porém não funciona em 64 bits)

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