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LIVRO DE ORIENTAÇÕES
AO PROFESSOR
Autoria
ANA PHELIPE
Ilustrações
Bruna Brito, Davi Viegas e Simone Ziasch
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
P538 Phelipe, Ana.
Mais cores : solução educacional : grupo 2 : livro de orientações ao
professor / Ana Phelipe reformulação dos originais de Ciranda de Araújo Martins
Santos, Fernanda Pereira de Araújo ; ilustrações Bruna Brito, Márcia Braun Novak,
Simone Ziasch. – 3. ed. – Curitiba : Positivo, 2018.
: il.
ISBN 978-85-467-2137-5
4. SUGESTÕES DE ATIVIDADES E
ORIENTAÇÕES COMPLEMENTARES ............................................ 27
Atividades e orientações sobre a adaptação ...................................... 27
Atividades e orientações para a organização do espaço .............. 29
Atividades e orientações sobre o trabalho com valores ................ 31
Atividades para o trabalho com Identidade e interações .............. 32
Atividades para o trabalho com Corpo, gestos e movimentos .... 35
Atividades para o trabalho com Linguagens da Arte ...................... 37
Atividades para o trabalho com Natureza,
cultura e descobertas ................................................................................... 42
Atividades para o trabalho com Oralidade e escrita ....................... 47
Atividades para o trabalho com Relações matemáticas ................ 51
Sugestões de atividades com os cartazes da
Mais Cores Solução Educacional – Educação Infantil .................... 54
REFERÊNCIAS ............................................................................... 56
Simone Ziasch. 2018. Colagem digital.
O Livro da família também apr
esenta
os marcos do desenvolvimento
infantil,
porém, acompanhados de alg
umas dicas
práticas de como os familiar
1. CONCEPÇÃO
Ç DE ENSINO es podem
apoiar e potencializar o desenv
olvimen-
to dos pequenos. É important
e conhec
eceerr
esse livro para dirimir possíve
is dúv
úvid
ida
ass
dos familiares ou até mesmo en-
riquecer as dicas e as suges-
tões apresentadas.
Images
DESENVOLVIMENTO FÍSICO-MOTOR
©Shutterstock/Odua
©Shutterstock/Bartosz Budrewicz
escolar, entre outros de que a criança participe.
Durante a sua trajetória de vida, a criança ex-
perimenta avanços e retrocessos, vivenciados no
seu desenvolvimento, e adquire autonomia.
Faz-se necessário acompanhar esse desenvol-
vimento, sempre respeitando o jeito próprio de a
criança se manifestar em cada idade, tendo ple-
na consciência de que nenhuma criança é igual à
outra.
É importante lembrar que tentar antecipar as
etapas ou não incentivar e apoiar a criança pode
ter consequências negativas na vida adulta.
Além de o desenvolvimento infantil não acon-
tecer de maneira linear, ele também não ocorre
de maneira fragmentada − ao contrário, se dá de
maneira integrada. Por uma opção metodológica,
apresentaremos de forma segmentada alguns dos
• Manuseia bem brinquedos articulados, des-
marcos de conquistas do desenvolvimento infan-
montáveis e de encaixe.
til. Essa opção tem por objetivo apenas facilitar o
entendimento e planejamento docente. Portanto, • Testa vários movimentos corporais no chão e
lembre-se de que cada criança tem suas caracte- em outros planos.
rísticas individuais, sua história, seu tempo e seu • Arremessa e chuta uma bola, sem perder o
ritmo de aprendizagem. equilíbrio.
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DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
• As lágrimas e os ataques de raiva frequen-
tes marcam o período conhecido por Terrible
two, em português chamado de “Terríveis dois
anos” ou “Adolescência da infância”. Leia mais
sobre esse período no Livro da família.
• As birras são uma das formas mais comuns de • A memória e a capacidade de concentração
a criança chamar a atenção e comunicar sua aumentam (a criança é capaz de voltar a uma
insatisfação e frustração. Ressaltamos a im- atividade que tinha interrompido, mantendo-
portância de que, assim como os familiares, os -se concentrada nela por períodos de tempo
professores também entendam que as birras mais longos).
se devem a mudanças ou a acontecimentos
• É capaz de compreender conceitos como
específicos. Para identificar os principais mo-
“dentro” e “fora”, “em cima” e “embaixo”.
tivos de uma birra, responda a essas questões:
A criança não está com fome? Sede? Molhada? • Começa a aprender sequências numéricas
Com alguma dor ou incômodo? Não está can- simples.
sada? Com sono? Muito agitada ou entediada?
a
Aconteceu algum episódio diferente que está Lorelyn Medin
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
O vínculo com a mãe (ou com a pessoa que
• Pode produzir frases com duas até quatro ou
assume o papel de cuidadora e de referência afe-
mais palavras.
tiva) é muito forte, o que exige cuidado e atenção
• Conversa com um adulto usando frases curtas especial no período de adaptação da criança à
e é capaz de continuar a falar sobre um assun- escola. Quando sente segurança e confiança em
to por um breve período. outros adultos da escola, a criança passa a reagir
• Está desenvolvendo a consciência de si: a melhor ao ser separada do adulto de referência,
criança pode referir-se a si própria como “eu” conseguindo participar das atividades e interagir
e pode conseguir descrever-se e expressar de- com os colegas. Algumas crianças conseguem isso
sejos com frases simples, como “quero água”. mais rápido do que outras.
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COMO APRENDEM AS CRIANÇAS NA
EDUCAÇÃO INFANTIL?
A Educação Infantil, primeira etapa da Educa-
• Imita os comportamentos
p dos adultos. ção Básica, “é o início e o fundamento do processo
awpixel.com
educacional” (BRASIL, 2017, p. 34). Ela é oferecida
em creches e pré-escolas, atendendo crianças de 0
©Shutterstock/R
até 5 anos de idade.
Sabemos que há muita diferença entre educar
e cuidar, seja de um bebê, seja de uma criança de 5
anos. Isso porque eles estão em fases de desenvol-
vimento distintas e os seus interesses e necessida-
des também são diferentes.
O professor de Educação Infantil precisa co-
nhecer as características de desenvolvimento in-
fantil e as peculiaridades da ação pedagógica em
cada faixa etária. Uma das especificidades do tra-
balho com crianças pequenas é a compreensão
do modo como elas se expressam, se comunicam,
• Participa de atividades com outras crianças, experimentam, brincam, enfim, aprendem sobre o
como ouvir histórias, brincar no parquinho, en- mundo e a cultura que as cercam.
tre outras. A criança, sujeito histórico e de direitos, pos-
sui maneiras próprias de produzir significados e de
aprender. É curiosa, ávida por novidades, aprende
Quais desses marcos podem ser observados muito pela imitação e pela interação; movimenta-se
nas crianças de sua sala de referência? Quais o tempo todo, “fala” a linguagem que deveria ser
outras características delas devem ser levadas universal na infância: o brincar.
em consideração no momento de seu planeja- A brincadeira é algo de pertence à criança, à infância.
mento? Através do brincar a criança experimenta, organiza-se,
regula-se, constrói normas para si e para o outro. Ela
cria e recria, a cada nova brincadeira, o mundo que a
cerca. O brincar é uma forma de linguagem que a crian-
ça usa para compreender e interagir consigo, com o ou-
tro, com o mundo. (CRAIDY; KAERCHER, 2001, p. 104)
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Se a escola atuar com intencionalidade, con-
siderando que as brincadeiras e as interações de-
vem ocupar um espaço central na educação, ela
possibilitará à criança uma forma privilegiada de
assimilar a cultura, de aprender e de compreender Conhecer-se e construir sua identidade
o mundo que a cerca. pessoal, social e cultural, constituindo uma
imagem positiva de si e de seus grupos de
A Base Nacional Comum Curricular respalda o
pertencimento, nas diversas experiências de
trabalho com as interações e brincadeiras e apre- cuidados, interações, brincadeiras e lingua-
senta seis direitos de aprendizagem e desenvolvi- gens vivenciadas na instituição escolar e em
mento para assegurar as condições de as crianças seu contexto familiar e comunitário.
aprenderem na Educação Infantil.
Conheça quais são esses direitos, conforme a Qual é o papel que as interações e as brinca-
Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017, deiras assumem na sua prática pedagógica? Elas
p. 36): são consideradas centrais ou secundárias? A se-
guir, elencamos algumas provocações para ajudá-
Conviver com outras crianças e adultos, -lo a refletir sobre o assunto.
em pequenos e grandes grupos, utilizando
diferentes linguagens, ampliando o conheci-
mento de si e do outro, o respeito em relação Quais são as brincadeiras preferidas das
à cultura e às diferenças entre as pessoas.
crianças de sua turma? E os brinquedos mais
Brincar cotidianamente de diversas for- procurados?
mas, em diferentes espaços e tempos, com
diferentes parceiros (crianças e adultos), am-
pliando e diversificando seu acesso a produ-
ções culturais, seus conhecimentos, sua ima-
ginação, sua criatividade, suas experiências
emocionais, corporais, sensoriais, expressivas,
cognitivas, sociais e relacionais.
Participar ativamente, com adultos e
outras crianças, tanto do planejamento da
gestão da escola e das atividades propos-
tas pelo educador quanto da realização
das atividades da vida cotidiana, tais como
a escolha das brincadeiras, dos materiais e
dos ambientes, desenvolvendo diferentes A organização da sua sala de referência pos-
linguagens e elaborando conhecimentos,
decidindo e se posicionando.
sibilita também o brincar livre? As crianças têm
acesso a brinquedos e materiais de qualidade?
Explorar movimentos, gestos, sons, for-
mas, texturas, cores, palavras, emoções,
transformações, relacionamentos, histórias,
objetos, elementos da natureza, na escola
e fora dela, ampliando seus saberes sobre
a cultura, em suas diversas modalidades: as
artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.
Expressar, como sujeito dialógico, cria-
tivo e sensível, suas necessidades, emoções,
sentimentos, dúvidas, hipóteses, descober-
tas, opiniões, questionamentos, por meio de
diferentes linguagens.
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A postura do professor, a intencionalidade da
sua ação pedagógica, a organização do tempo,
dos espaços e dos materiais são alguns dos fatores
que influenciam diretamente na maneira como as
crianças aprendem.
Os espaços externos da sala de referência con-
Lembre-se, também, de que a educação e os
vidam à brincadeira? São seguros? Com que fre- cuidados devem ocorrer de maneira integrada na
quência as crianças ocupam esses espaços? Educação Infantil. Educa-se uma criança enquan-
to se cuida dela. Durante uma troca de fralda, por
exemplo, o pequeno descobre sobre o seu corpo;
sobre sensações, como frio e calor; sobre confian-
ça, segurança, aceitação, autoimagem; entre tan-
tas outras descobertas.
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Sim, o papel do professor é complexo, mas sa-
be-se também que é extremamente gratificante,
quando realizado de maneira que garanta o desen-
volvimento integral das crianças. Para auxiliá-lo na • Organizar o tempo e o espaço – Preven-
busca de qualidade à ação educativa, elaboramos do a autonomia, a intencionalidade, a se-
algumas dicas que podem atuar como diagnósticas gurança, a interação e a aprendizagem
para o seu crescimento profissional. Confira a seguir. infantil.
• Oportunizar o uso de diferentes ma-
O professor de Educação Infantil precisa: teriais – Garantindo que esses estejam
• Gostar de crianças – Compreendendo sempre ao alcance das crianças (livros,
que essa é uma característica essencial brinquedos, instrumentos musicais, ma-
para seu trabalho, mas não pode ser a teriais artísticos, etc.) e que eles am-
única. Além disso, é preciso conhecer os pliem o repertório cultural infantil.
pequenos e considerá-los como priori- • Conhecer a legislação vigente – Com-
dade na ação educativa. preendendo que existem materiais oficiais
• Resguardar o brincar – Encarando-o que devem reger o seu trabalho e conhe-
como fio condutor da ação pedagógica, cendo efetivamente as Diretrizes Curri-
favorecendo, assim, a formação integral culares Nacionais para a Educação Infantil
da criança. Nessa fase, a maioria das e a Base Nacional Comum Curricular.
brincadeiras são realizadas no chão e • Saber planejar e avaliar – Encarando
em espaços externos, por isso é preciso que o registro e a documentação da
ter disponibilidade física e afetiva para aprendizagem são ferramentas valiosas
acompanhar as crianças em suas explo- para direcionamento e redirecionamen-
rações e descobertas lúdicas. to da ação pedagógica.
• Educar e cuidar de maneira integrada –
Compreendendo que as crianças têm
um corpo, além de uma mente, e que
esse corpo precisa se movimentar e se Com base nessas dicas, faça uma reflexão sobre
expressar. sua ação pedagógica. Como você acredita que
• Manter uma postura inclusiva e afetiva – pode aprimorá-la?
Respeitando e acolhendo as necessida-
des e singularidades infantis.
• Ser ético – Preservando os assuntos re-
lacionados à instituição, às crianças e às
suas famílias, tratando-os com responsa-
bilidade e respeito.
• Saber ouvir os relatos das crianças –
Considerando o que elas sabem, anseiam,
sentem e expressam para que seja possí-
vel planejar a sua ação educativa.
• Ser criativo e dinâmico – Elaborando
um planejamento focado nas crianças,
considerando a cultura infantil.
• Estar sempre com as crianças – Garan-
tindo que elas não fiquem sozinhas em
nenhum momento e zelando pela segu-
rança e pelo bem-estar delas.
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estão ligados ao ato de planejar, porque planeja-
mento é, também, hipótese, parâmetro, portanto,
como já citamos, reflexão, e não rigidez.
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• Quais fatores estão interferindo, de manei-
ra positiva e negativa, no desenvolvimento e
aprendizagem das crianças?
• Como estou desempenhando meu papel? Em A observação do professor é um instrumento de
que posso melhorar? avaliação especialmente importante na Educação
• A escola e, em especial, a sala de referência são Infantil, pois é no cotidiano, mediante a observação
ambientes agradáveis e que propiciam o brin- e escuta atentas, que é possível acompanhar o de-
car e as interações? sempenho de cada criança e da turma, em busca da
• O planejamento é executado ou consiste em algo definição de melhores estratégias de ensino.
utópico, burocrático e difícil de ser realizado? Existem várias maneiras de acompanhar o
• Como a família está participando do processo desenvolvimento e a aprendizagem infantil. As
de aprendizagem da criança? Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa-
ção Infantil (BRASIL, 2009) apontam para a im-
portância da utilização dos múltiplos registros
Quais outras perguntas você acredita que realizados por adultos e crianças (relatórios, foto-
grafias, desenhos, álbuns, etc.).
podem direcionar a sua prática avaliativa?
Os instrumentos de registro devem ter como
Registre suas impressões aqui. foco documentar o percurso vivenciado pelo gru-
po e pela criança, sem jamais comparar e classifi-
car os pequenos.
Um dos recursos mais usados para acompa-
nhamento e documentação pedagógica é o rela-
tório, também conhecido como parecer descritivo.
Abaixo preparamos algumas dicas que podem nor-
tear a escrita de um parecer.
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Nome da criança:
Idade: Turma:
Data: / /
Assinatura do professor:
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2. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
COM A MAIS CORES
de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.”
SOLUÇÃO EDUCACIONAL - (BRASIL, 2017, p. 25)
EDUCAÇÃO INFANTIL
MÓDULOS DA MAIS CORES SOLUÇÃO
A Base Nacional Comum Curricular – BNCC
(Brasil, 2017), considerando os direitos de apren- EDUCACIONAL – EDUCAÇÃO INFANTIL
dizagem e desenvolvimento, estabelece 5 campos E CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS DA BASE
de experiências para organização curricular: O eu, NACIONAL COMUM CURRICULAR
o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Tra-
ços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamen- O arranjo curricular da Mais Cores Solução
to e imaginação; Espaços, tempos, quantidades, Educacional, pautado em módulos e objetivos de
relações e transformações. aprendizagem e desenvolvimento, prevê a seguin-
O mesmo documento estabelece que: te organização: Identidade e interações; Corpo,
gestos e movimentos; Linguagens da Arte; Natu-
[...] os agrupamentos propostos não devem ser toma- reza, cultura e descobertas; Oralidade e escrita;
dos como modelo obrigatório para o desenho dos cur- Relações matemáticas. O trabalho com os módu-
rículos. A forma de apresentação adotada na BNCC tem los é fundamentado em um direcionamento claro e
por objetivo assegurar a clareza, a precisão e a explici- sistematizado da aprendizagem esperada em cada
tação do que se espera que todos os alunos aprendam
Grupo, em consonância com o que é preconizado
na Educação Básica, fornecendo orientações para a ela-
boração de currículos em todo o País, adequados aos
pela Base Nacional Comum Curricular (2017) e pe-
diferentes contextos. (BRASIL, 2017, p. 31) las Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa-
ção Infantil (2009).
Já as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
A nomenclatura utilizada nos módulos da Mais
Educação Básica apontam que:
Cores Solução Educacional coincide com a empre-
A organização curricular da Educação Infantil pode se gada na Base Nacional Comum Curricular apenas
estruturar em eixos, centros, campos ou módulos de no módulo Corpo, gestos e movimentos. Para os
experiências que devem se articular em torno dos prin- demais módulos, optou-se por outras termino-
cípios, condições e objetivos propostos nesta diretriz. logias, mas que preveem correlações e algumas
(BRASIL, 2013, p. 95)
equivalências.
Levando em consideração o exposto na BNCC Como estratégia didática, apresentamos um
e nas DCNEI como expectativa de aprendizagem quadro de correspondência entre as nomencla-
na Educação Infantil, a opção metodológica da turas utilizadas nos módulos da Mais Cores Solu-
Mais Cores Solução Educacional – Educação Infan- ção Educacional e nos campos de experiências da
til foi um arranjo curricular pautado em módulos e
Base Nacional Comum Curricular.
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
Ressaltamos que todos os objetivos de apren-
dizagem e desenvolvimento expressos para os
campos de experiências da Base Nacional Comum
Curricular foram contemplados nos quadros de
objetivos apresentados nos módulos propostos na
Mais Cores Solução Educacional, havendo, ainda, a
ampliação de alguns objetivos.
Registramos a importância de o planejamento
coletivo e participativo considerar as competên-
elpi
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MÓDULOS – MAIS CORES CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS – BNCC
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A concepção que o professor tem de crian-
ça, de sociedade e de educação pode ter impac-
tos positivos ou negativos no desenvolvimento da
identidade e autonomia infantil. Se ele considerar
A Educação Infantil deve ser um espaço de
a criança como um sujeito capaz e cheio de possi-
descobertas e conquistas corporais. O bebê ou a
bilidades, dará mais espaço para que ela se desen-
criança pequena já chega à escola com uma ba-
volva, crie, arrisque, enfim, aprenda e empreenda.
gagem de experiências e experimentações físicas.
Ao contrário, se conceber a criança como um ser
frágil e incapaz, fará muito por ela, tornando-a de- Na Educação Infantil, o corpo das crianças ganha centrali-
pendente e, muitas vezes, passiva. dade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas peda-
Essa concepção é revelada por atitudes no gógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação
e a liberdade, e não para a submissão. (BRASIL, 2017, p. 39)
convívio com as crianças, mas também pela ma-
neira de planejar as brincadeiras e interações e de Um bebê, por exemplo, não se comunica pela
organizar a sala e os materiais. fala, mas o faz com o corpo. Por meio de seus ges-
A sala de referência, assim como toda a escola, tos e movimentos corporais, consegue expressar
precisa estar organizada e adaptada para incentivar a suas necessidades e vontades. Podemos afirmar,
autonomia e acessibilidade das crianças. Os brinque- então, que o corpo “fala”, se expressa de diferentes
dos, materiais, decoração, objetos de higiene e mó- maneiras, desde muito cedo.
veis devem estar ao acesso dos pequenos, os quais As crianças da Educação Infantil também “falam
devem ter a liberdade de movimento e relacionamen- com todo o corpo”: gestos, olhares, expressões fa-
to para experimentar, descobrir, brincar e aprender. ciais, choros, gargalhadas e, principalmente, com a
É por meio dessa interação e da experimentação movimentação corporal. Os pequenos não param!
da autonomia que a criança vai construir a sua identi- É comum presenciarmos cenas de crianças em pé
dade, sentindo-se igual e, ao mesmo tempo, diferen- desenhando, dançando e falando ao mesmo tempo
te e única. Nesse processo, o papel do professor de ou, então, trocando de posições, sentando, rolando,
educar e cuidar de maneira integrada é fundamental. virando, enquanto escutam uma história.
É essencial o envolvimento docente, tanto físi- Muitos profissionais da educação ainda enca-
co quanto afetivo. É preciso disponibilidade para ram essa movimentação corporal típica da infância
conversar, acolher, brincar, trocar, alimentar e para como sinônimo de desordem. Esse é um pensa-
banhar, quando for o caso. Enfim, ensinar às crian- mento que vai contra a essência da maneira de se
ças sobre o ser e o estar no mundo. comunicar e aprender das crianças.
Integrando educação e cuidado de maneira afe- Por meio do movimento, a criança se expres-
tiva, considerando as particularidades do grupo e de sa, imita, brinca, interage, socializa, descobre e se
cada criança, o professor promoverá a estruturação descobre, enfim, aprende. Por essa razão, o movi-
da identidade, a autoimagem positiva, a interação mento corporal não pode ser permitido apenas em
entre os diferentes pares e o respeito à diversidade. algumas situações da rotina, como no momento do
parque ou em “aulas especiais”, como capoeira ou
CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS ballet. Ao contrário, a sala de referência, com seus
móveis e materiais, e, principalmente, a intenciona-
©Shutterstock/Double_H
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As possibilidades de encaminhamento com
o módulo Linguagens da Arte são vastas, ten-
do como facilitador uma das características mar-
cantes da infância: o fascínio pela descoberta. As
As práticas relativas ao Corpo, gestos e movi-
crianças, na maioria das vezes, não têm medo de
mentos desenvolvem, além das capacidades físi-
errar e de experimentar, pois criam e recriam, ou-
cas, o raciocínio lógico, a resolução de problemas,
sam e constroem significados.
a criatividade, a imaginação, as noções de tempo e
de espaço, a socialização, a afetividade, entre tan- As crianças não iniciam uma pintura, um dese-
tas outras aprendizagens. nho ou uma exploração sonora pensando no resul-
tado final, assim como não encenam uma história
Dessa maneira, o trabalho com esse módulo
pensando no público. O que as move é a vontade
deve prever a superação da fragmentação corpo/
de experimentar, de brincar, de descobrir.
mente, tendo como foco a ampliação das capaci-
dades expressivas das crianças por meio de con- Nesse processo, não deve existir certo ou erra-
textos significativos. do, bonito ou feio. Ao contrário, deve existir a valo-
rização da criação infantil, das suas hipóteses, das
LINGUAGENS DA ARTE suas tentativas e de seu percurso criador.
O trabalho com Linguagens da Arte – Artes Vi- A Base Nacional Comum Curricular (BRASIL,
suais, Música, Teatro e Dança – não tem como obje- 2017, p. 39) ressalta que “[...] a Educação Infantil
tivo formar pintores, músicos, atores ou dançarinos. precisa promover a participação das crianças em
Ao mesmo tempo, não deve ser confundido com tempos e espaços para a produção, manifestação e
mero passatempo. apreciação artística [...]”. A produção artística está
ligada ao fazer, ao criar e ao construir, portanto,
As linguagens da Arte trazem riquíssimas opor-
relaciona-se com o desenhar, o pintar, o modelar,
tunidades de trabalho com a cultura, a expressão,
o colar, o rasgar, o recortar, o dobrar, o dançar, etc.
a curiosidade, a criatividade e
com o pensar, o agir e o sentir. As manifestações artísticas musicais, corporais
ou visuais a que as crianças precisam ter acesso
Para tanto, é pre-
são as mais variadas possíveis. Devem valorizar a
es
ag
ciso intencionalidade
Im
e ampliação de re-
St
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NATUREZA, CULTURA E DESCOBERTAS
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envolvendo a confecção de receitas culinárias; a
ilustração de cartazes, bilhetes, convites, combina-
dos da turma, etc.; e a leitura diária de livros de li-
teratura são exemplos de práticas que fomentam a
pronto, de casa. O desenvolvimento da oralidade
curiosidade sobre a escrita e podem ser realizadas
não ocorre de maneira espontânea e natural, ao
com crianças de todo esse nível de ensino.
contrário, necessita de interações de qualidade e
de intencionalidade para se efetivar. No que se refere ao trabalho com a literatura
infantil, evidenciamos que ele deve estar voltado
São muitas as possibilidades de encaminha-
ao incentivo da formação de hábitos de leitura.
mento para o trabalho com a oralidade na Educa-
Nesse sentido, esse recurso é um caminho que leva
ção Infantil, mas ressaltamos: a roda de conversa,
a criança a desenvolver a imaginação, a emoção e
momento em que todos podem participar expon-
a cognição de forma prazerosa.
do suas ideias e opiniões, e não apenas respon-
dendo a perguntas prontas do professor; a leitura Existem fatores que podem contribuir para
de imagens (reproduções de obras de arte, fotos, que a criança desenvolva o gosto pela leitura e
aqui ressaltamos dois deles: EXEMPLO e CURIO-
ilustrações de livros e revistas, etc.); a narração de
SIDADE. Orienta-se que os familiares leiam para as
diferentes textos literários; as encenações; as de-
crianças, de maneira que elas tenham o exemplo
clamações; as brincadeiras cantadas; as canções;
desde casa. Já a escola, por sua vez, deverá fomen-
as brincadeiras com rimas e aliterações; as entre-
tar a curiosidade e o hábito de ler principalmente
vistas; as brincadeiras com telefone; etc.
por prazer, não por obrigação.
“Por meio da oralidade, as crianças participam
de diferentes situações de interação social e apren- As experiências com a literatura infantil, propostas pelo
dem sobre elas próprias, sobre a natureza e sobre educador, mediador entre os textos e as crianças, con-
a sociedade”. (LEAL; ALBUQUERQUE; MORAIS, tribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura,
do estímulo à imaginação e da ampliação do conheci-
2007, p. 69). Conversando e expressando as suas
mento de mundo. Além disso, o contato com histórias,
ideias, as crianças também exteriorizam sentimen- contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a fami-
tos, desejos e necessidades, avançando na cons- liaridade com livros, com diferentes gêneros literários,
trução de significados e de conhecimentos. a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendi-
zagem da direção da escrita e as formas corretas de
Assim como a linguagem oral, a linguagem es- manipulação de livros. (BRASIL, 2017, p. 40)
crita também precisa ser encarada como um co-
nhecimento que faz parte de práticas sociais reais. A Mais Cores Solução Educacional – Educação
A criança apropria-se de uma linguagem escrita Infantil incentiva o processo de aprendizagem por
significativa caso ela esteja constantemente mer- meio da literatura de qualidade. Para tanto, dispo-
gulhada em situações que envolvam essa lingua- nibiliza em seu composto dois livros de literatura
gem. Esse processo é muito particular. Cada crian- para serem utilizados com cada Grupo.
ça o conquista à sua maneira, dependendo do seu O trabalho com esses títulos pode ser feito de
ambiente social, das práticas de leitura e escrita maneira compartilhada entre família e escola. Os
que pode presenciar e participar. livros podem ser enviados para casa junto de ativi-
Para que essa apropriação da escrita ocorra dades lúdicas, proporcionando às crianças e a seus
na Educação Infantil, as crianças devem ter con- familiares momentos de diversão e deleite median-
tato com diversos gêneros, suportes e portado- te a literatura.
res textuais; estar cercadas de situações em que a Garantir a vivência de situações cotidianas que
escrita se faça necessária; construir hipóteses de abordem a oralidade e a escrita na Educação In-
escrita; ouvir textos lidos pelos adultos; etc. fantil contribui para o desenvolvimento do pensa-
As possibilidades de encaminhamento para o mento lógico, da criatividade, da imaginação, da
trabalho com a linguagem escrita na Educação In- socialização, entre outros benefícios.
fantil também são vastas e devem variar de acor- A Mais Cores Solução Educacional – Educa-
do com a faixa etária das crianças. As brincadeiras ção Infantil apresenta um direcionamento coeso,
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sistematizado, estruturado e integrado para o tra-
balho com o módulo Oralidade e escrita. Isso não
significa distância do lúdico, o qual está presente
em todos os livros da Solução e deve ser potencia-
lizado e resguardado pelos professores.
RELAÇÕES MATEMÁTICAS
Bem antes de ingressar na escola, a criança
já opera muitas relações envolvendo os saberes relações entre algumas ideias matemáticas e a sua
matemáticos. Por exemplo, no contato com jogos vivência, tem contato com situações-problema que
sociais em diversas situações de vida, ela utiliza re- precisam ser resolvidas, passa a refletir sobre o que
cursos próprios e pouco convencionais. observa.
Dessa maneira, as problematizações que en-
©Shutterstock/Pingun
volvem as relações matemáticas (por exemplo, nú-
meros, medidas e aspectos espaciais) devem ser
elaboradas e apresentadas às crianças de forma
significativa, em um contexto que possa ser com-
preendido por elas.
Para tal, é necessário o planejamento de situa-
ções de brincadeiras e de interações que levem em
consideração as possibilidades das crianças, con-
forme as especificidades de seu desenvolvimento.
Assim, a Mais Cores Solução Educacional –
Educação Infantil busca desenvolver um trabalho
voltado ao pensamento lógico-matemático, fa-
zendo da criança um sujeito ativo de sua própria
aprendizagem, inserindo-a na construção do co-
nhecimento matemático.
As noções matemáticas abordadas na Edu- Ressaltamos que, assim como acontece em ou-
cação Infantil correspondem a uma variedade de tros módulos, os conhecimentos inerentes às rela-
brincadeiras e jogos, principalmente aqueles clas- ções matemáticas devem ser trabalhados também
sificados como de construção e de regras, de acor- na rotina, em propostas significativas e construti-
do com a faixa etária. Ou seja, brincando, jogando, vas, no contexto da vida da criança.
cantando, ouvindo histórias, se movimentando ou
T4W
manipulando objetos, a criança estabelece cone-
©Shutterstock/
xões entre o seu cotidiano e os conhecimentos ma-
temáticos, como:
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
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S 21
AO PROFESSOR
QUADROS DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
GRUPO 2
Identidade e interações
22 GRUPO 2
Linguagens da Arte
• Criar sons com o próprio corpo (palmas, estalos de língua, espirros, batidas de pé, etc.), utilizando
objetos do ambiente (materiais e brinquedos sonoros) ou instrumentos musicais;
• ter contato com diferentes ritmos e gêneros musicais;
• criar danças e outros movimentos rítmicos utilizando diferentes partes do corpo;
• participar de cantigas de roda, brincadeiras cantadas e outras brincadeiras com expressões culturais;
• brincar com massinha de modelar, argila, blocos, papéis e outros materiais que possibilitem a
construção tridimensional;
• explorar diferentes riscantes (giz de cera, tintas, lápis de cor, canetinhas, etc.), instrumentos (pincéis,
rolinhos, esponjas, etc.) e suportes (papéis, tecidos, chão, paredes, lixas, plásticos, etc.);
• participar de momentos de apreciação e reprodução de obras de arte;
• explorar fantoches, máscaras, fantasias e outros objetos cênicos;
• criar expressões corporais para imitar personagens conhecidos;
• apreciar encenações e participar delas brincando;
• utilizar o desenho, a pintura, o movimento corporal, a música, a dança e outras linguagens para
expressar ideias e sentimentos.
• Observar os fenômenos simples da natureza (vento, chuva, luz solar, etc.), demonstrando interesse
por eles;
• interagir com elementos da natureza;
• observar animais e plantas, desenvolvendo respeito ao meio ambiente;
• participar de situações de cuidado de plantas (regar, não pisar, não arrancar folhas, flores e frutos, etc.);
• diferenciar dia e noite;
• explorar as propriedades de diferentes materiais, objetos e brinquedos (odor, cor, sabor,
temperatura, textura, peso, sonoridade, tamanho, etc.), comparando as suas semelhanças e
diferenças;
• conhecer diferentes objetos e suas funções sociais;
• experimentar situações de interações e de brincadeiras com os cinco sentidos: audição, visão, tato,
olfato e paladar;
• identificar alguns papéis na formação de grupos familiares (relações de parentesco);
• explorar e descobrir relações de causa e efeito, como encher, transbordar e esvaziar; esconder e
revelar; separar e misturar; empilhar e derrubar; encaixar e desencaixar; etc.
• explorar o ambiente, manipulando, experimentando e descobrindo o mundo natural, físico e social;
• participar de eventos, festividades e acontecimentos de relevância para a comunidade em que a
escola se insere.
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
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S 23
AO PROFESSOR
Oralidade e escrita
• Criar, contar e recontar histórias, com base na imaginação ou em sugestão de tema e ilustrações;
• expressar-se usando duas ou mais palavras, ampliando, gradativamente, o seu vocabulário;
• criar, imitar e brincar com sons, rimas, cantigas de roda, etc.;
• interagir − por meio de gestos, expressões e palavras − em situações de diálogos;
• relatar fatos vividos, trechos de histórias, peças teatrais, etc.;
• memorizar canções e reproduzir parte delas;
• demonstrar interesse por momentos de leituras, contações, dramatizações de histórias e
apresentações musicais, bem como participar deles;
• identificar apontando elementos das ilustrações de livros;
• reproduzir a postura do professor para segurar o livro e folhear as suas páginas;
• manipular diferentes materiais impressos e audiovisuais;
• ter acesso a diferentes gêneros textuais (contos, poesias, receitas, anúncios, etc.);
• participar de momentos de leitura de textos não verbais (fotografias, livros de imagens, pinturas,
desenhos, etc.);
• manusear diferentes instrumentos e suportes de escrita para desenhar e traçar marcas;
• compreender o uso do desenho para expressar e comunicar ideias.
Relações matemáticas
24 GRUPO 2
diferentes experiências, pautadas na descoberta,
nas interações e em brincadeiras.
Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil (2009) e a Base Nacional ESTRUTURA FÍSICA – LIVRO DA
Comum Curricular (2017): CRIANÇA
[...] os eixos estruturantes das práticas pedagógicas
dessa etapa da Educação Básica são as interações e a GRUPO
O2
brincadeira, experiências nas quais as crianças podem
construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de Quantidade
1
suas ações e interações com seus pares e com os adul- de volumes
tos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e
socialização. (BRASIL, 2017, p. 35, grifos do autor) Formato
330 cm × 240 cm
horizontal
Nesse sentido, os livros desta Solução Edu-
cacional explicitam o compromisso que a Editora Gramatura 120 gramass
Positivo tem com práticas eficientes de ensino que Miolo: 160
envolvem os processos de: Quantidade
Material de apoio: 32
• conhecimento dos sistemas simbólicos explo- de páginas
Total: 192
rados nessa faixa etária;
• reconhecimento das experiências prévias e en- Acabamento Espiral na parte superior
tendimento de que elas são a base para a cons-
Uso exclusivo de um dos lados
trução de novas;
da folha.
• criação de habilidades e estratégias para ex-
Observações Atividades que integram
ploração e conhecimento de mundo;
todos os módulos da Mais
• seleção e organização dos conhecimentos Cores Solução Educacional –
trabalhados; Educação Infantil.
• desenvolvimento de estratégias diferenciadas
para a resolução das propostas apresentadas; UNIDADES DE TRABALHO
• valorização e ampliação da cultura infantil.
O livro da criança do Grupo 2 é composto por
três unidades de trabalho, as quais estão organi-
ESTRUTURA DA MAIS CORES SOLUÇÃO
zadas em sequências didáticas. Essa organização
EDUCACIONAL – EDUCAÇÃO INFANTIL visa contextualizar diferentes situações, favorecen-
Mais Cores Solução Educacional – Educação do o trabalho com os objetivos de aprendizagem e
Infantil é constituída de materiais didáticos que desenvolvimento e fornecendo condições para um
proporcionam reflexões, informações e sugestões bom planejamento docente.
que auxiliam os professores em sua atuação peda- As unidades de trabalho previstas para o Gru-
gógica, possibilitando aprendizagem significativa po 2 são:
para as crianças entre 2 e 5 anos. 1. Filhos e filhotes
2. Era uma vez, 1, 2, 3...
INDICAÇÃO DE FAIXA ETÁRIA
3. Comemore, brinque, cante e dance!
Esta Solução Educacional está organizada por
Sugerimos que o encaminhamento com a uni-
faixa etária, pois a aprendizagem ocorre de maneira
dade de trabalho 3 não seja linear, ao contrário, que
distinta, considerando-se questões relativas ao desen-
permeie as demais unidades de trabalho de acordo
volvimento infantil.
com o calendário. A temática da unidade 3 está re-
Assim, nossa indicação é: lacionada com alguns acontecimentos e/ou eventos
• Grupo 2 – crianças de 2 anos. que habitualmente são trabalhados nas escolas, de-
• Grupo 3 – crianças de 3 anos. vido à relevância social que assumem.
• Grupo 4 – crianças de 4 anos. Ressaltamos a possibilidade de ampliação do
• Grupo 5 – crianças de 5 anos. trabalho apresentado nessa unidade por meio da
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
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S 25
AO PROFESSOR
Esse item do material foi elaborado com o intuito
de enriquecer o repertório de histórias infantis e as ex-
periências musicais das crianças, bem como oferecer
condições para que elas ouçam, brinquem e desenvol-
inserção de eventos, festividades e acontecimen-
vam as atividades presentes no livro didático.
tos de relevância para a comunidade em que a es-
cola se insere. Lembre-se de que, para a criança Faixas que compõem o CD do Grupo 2:
bem pequena, eventos simples muitas vezes têm Livro da criança
mais significação do que grandes festividades, que 1. Eu era assim
costumam assustá-la e estressá-la. 2. As mãozinhas
Consulte as orientações metodológicas, em fon- 3. Lá vai a bola
te azul, na sua versão do livro da criança, para um 4. Som de coruja
planejamento integrado que contribua para o desen- 5. Som de grilo
volvimento de práticas educativas de qualidade. 6 Som de sapo
7. Caranguejo
ESPAÇO DE PRODUÇÃO DAS 8. Som de carneiro
CRIANÇAS 9. Som de pintinho
10. Som de vaca
Os espaços destinados à realização das ativida-
11. Seu Lobato
des pelas crianças foram concebidos considerando
12. Narração da história Os três porquinhos
suas necessidades no que diz respeito à evolução
13. Fui morar numa casinha
dos registros gráficos empreendidos por elas. Como
14. Narração da história Chapeuzinho Vermelho
o livro da criança do Grupo 2 utiliza apenas um dos
15. O meu chapéu
lados da folha, oportunize que a exploração gráfica
16. Narração da história Cinderela
tenha continuidade no verso dela, sempre que ne-
17. Da abóbora faz melão
cessário e/ou possível.
18. Ó abre alas
MATERIAIS DE APOIO 19. Coelhinho da Páscoa
20. Quadrilha
21. O sapo não lava o pé
Encartados
Livro de orientações ao professor
Os materiais de apoio encontram-se ao final 22. O trem de ferro
do livro da criança. Desenvolvidos em papel mais 23. A canoa virou
resistente, para que os pequenos possam manipu- 24. História da serpente
lá-los com mais facilidade, têm por objetivo enri- 25. Cabeça, ombro, perna e pé
quecer e dinamizar as sequências didáticas.
CARTAZES PARA O PROFESSOR
CD
Simone Ziasch. 2018. Técnica mista.
Márcia Braun Novak. 2018. Técnica mista.
26 GRUPO 2
que dialoga com as atividades apresentadas nos
materiais didáticos.
Os cartazes têm 82 cm × 55 cm de tamanho.
Para o Grupo 2, os cartazes são: Para evidenciar ainda mais as mudanças e os
1. Cultura indígena avanços no desenvolvimento infantil, os familiares
podem ser incentivados a guardar todos os livros
2. Aniversariantes
da família (referentes aos demais Grupos).
3. Régua do crescimento
4. Chamada LIVROS DE LITERATURA
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
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AO PROFESSOR
O trem de ferro
O trem de ferro
Quando sai de Pernambuco
Vai fazendo fuco-fuco,
OBJETOS DE APEGO
O período de adaptação é um processo de
Até chegar no Ceará!
mudanças, crescimento e amadurecimento. Para
proporcionar maior segurança às crianças, permita Rebola, bola,
a elas que tragam para a escola objetos pessoais, Você diz que dá que dá
como chupeta, paninhos, bichinhos de pelúcia, en-
tre outros elementos que sejam habitualmente uti- Você diz que dá na bola
lizados. Esses objetos costumam tranquilizá-las nos
Mas na bola você não dá.
momentos difíceis, como na separação dos fami-
liares. Durante as atividades com o grupo, o objeto
pode ser guardado na mochila, com a ajuda da pró-
Rebola o pai,
pria criança. Rebola a mãe, rebola a filha,
ock/Purino
Cultura popular
©Shutterstock/Jiri Vaclavek
CAVALINHO DE PAU
PASSEIO NA ESCOLA Providencie cabos de vassouras, ilustrações de
Quando as crianças já estiverem adaptadas à cavalo em cartolina e materiais para pintura. Cada
sala de referência e à nova rotina, convide-as para cabo de vassoura pode ser cortado ao meio. Dessa
um passeio dentro da escola, para que conheçam maneira, um cabo de vassoura se transformará em
e se familiarizem com o espaço. Durante o trajeto, dois cavalinhos. Certifique-se de que o corte não
nomeie e fale sobre a função de cada lugar visita- deixou nenhuma lasca ou ponta de madeira.
do. Apresente os funcionários da escola e comente Solicite às crianças que pintem com giz de cera
qual é o trabalho de cada um. Incentive os peque- ou tinta guache a imagem do cavalo. Depois de
nos na exploração dos ambientes e na interação prontas, cole as ilustrações no cabo de vassoura.
com as pessoas. Proponha à turma que passeie “a cavalo” pelas de-
Para maior diversão, ensine as crianças a for- pendências da escola.
mar um trenzinho. Cantem a cantiga O trem de Essa proposta poderá ser realizada em pe-
ferro, que consta no CD que acompanha este quenos grupos, para facilitar a mediação e
material. acompanhamento.
28 GRUPO 2
ATIVIDADES E ORIENTAÇÕES PARA A
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
Fotoarena/Alamy/Bob Ebbesen
CANTINHOS ENCANTADOS
A imitação, a criatividade e a imaginação são
fundamentais para o desenvolvimento saudável
das crianças. Para auxiliar nesse processo, organize
os ambientes da sala com elementos para a brin-
cadeira do faz de conta, como móveis, utensílios e
objetos variados. Por exemplo, em uma mesa, dis-
ponibilize panelinhas, pratos, copos, sucatas, colhe-
res e outros objetos que remetam ao ambiente de
cozinha. Sobre um tapete, próximo ao espelho da
sala, coloque chapéus, lenços, fitas, tecidos, peças
de roupas, bolsas, entre outros itens que possam ser
vestidos pelas crianças. Em outro espaço, disponha
aparelhos que não funcionem mais, como telefones, Cantinho das fantasias
teclados de computador, além de papéis e outros
objetos que simulem o Cantinho do escritório. Logo que a turma estiver bem adaptada à nova
rotina, com o apoio da coordenação e direção da
As crianças devem ter liberdade de deixar um
escola, envie um bilhete aos familiares solicitando
desses espaços para brincar em outro no momen-
to em que desejarem. Outras propostas podem ser a doação de adereços, como lenços, chapéus, lu-
pensadas em espaços diferentes da escola, como vas, bolsas, óculos antigos e colares (com contas
no parque, no gramado, na biblioteca, etc. grandes) para as crianças brincarem de fantasia.
É importante avaliar todos os cantinhos mon- Avalie os objetos enviados e descarte aqueles
tados, certificando-se de que os seus objetos não que possam trazer risco à segurança dos peque-
ofereçam riscos aos pequenos. Quando a sala de nos. Crie um “baú” de fantasias, acrescentando te-
referência é pensada e organizada para as crian- cidos e outros adornos.
ças, elas sentem-se convidadas a brincar, a criar, a Disponibilize o material em um cantinho, de
imaginar, vivenciando momentos de diversão. preferência próximo a um espelho.
Mais cantinhos
A organização da sala em cantinhos pode ser
utilizada para a recepção e saída das crianças e
também para outros momentos da rotina. Para
isso, a sala pode contar com cantinhos fixos e
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
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AO PROFESSOR
• Cantinho de montar: prepare-o com peças de
encaixe e sucata.
• Cantinho da música: crie-o com brinquedos e
outros transitórios, que mudam de tempo em tem- objetos sonoros para a exploração do som e do
po, para despertar a curiosidade e aprendizagem silêncio, entre outros conceitos e experiências.
dos pequenos. O período pelo qual esses espaços Cantinhos transitórios
devem permanecer na sala deve ser guiado pela • Cantinho da beleza: elabore um cenário de salão
interatividade das crianças. Quando um cantinho com acessórios de cabelo, pentes, escovas, seca-
não é procurado com frequência, está no momento dor de cabelo, etc. que não são usados mais. Po-
de agregar novos elementos ou de substituí-lo. sicione o cantinho próximo ao espelho e incentive
Confira algumas sugestões de cantinhos fixos meninos e meninas a experimentar a brincadeira.
e transitórios: • Cantinho dos carrinhos: crie pistas com fitas
Cantinhos fixos adesivas coloridas no chão e disponha caixas
• Cantinho da casinha: organize mesinha, toa- de sapatos e outras embalagens que sirvam de
lhas, bonecos e utensílios domésticos sem garagem e também de obstáculos para os car-
uso, como panelas, potes, pratos e jarros de rinhos transporem. Incentive meninos e meni-
plástico. nas a experimentar a brincadeira.
• Cantinho do descanso: componha-o com col- • Cantinho do desenho: disponha, em uma mesi-
chonetes, almofadas e outros elementos que nha, papéis de diferentes texturas, cores e gra-
tragam acolhimento e a possibilidade de a crian- maturas, bem como riscantes diversos. Faça
ça se recolher em momentos nos quais prefira um combinado com a turma de que os riscan-
estar sozinha, descansar, e até tirar uma soneca. tes podem ser usados apenas nesse cantinho.
• Cantinho da fantasia: estruture-o usando as • Cantinho do mercadinho: prepare um espaço
fantasias e os adereços angariados com a aju- com embalagens de alimentos, “carrinhos de
da das famílias. compra” e sacolas retornáveis.
• Cantinho da higiene: disponha, próximo ao es- • Cantinho do “nana nenê”: disponibilize tecidos
pelho da sala, papel higiênico e cesto de lixo que sirvam de cobertores, caixas de papelão
para incentivar a autonomia na limpeza do para serem berços e bonecos e bichinhos de
nariz. pelúcia para as crianças ninarem.
• Cantinho da leitura: use a cabana sugerida ou Lembre-se de que o que vai determinar se um
outros elementos que criem um cenário de cantinho é fixo ou transitório é o interesse da tur-
aconchego para deixar às mãos dos pequenos ma. Registre, no espaço abaixo, mais ideias para a
alguns títulos de literatura. composição desses espaços.
30 GRUPO 2
TUDO À MÃO
Na organização do espaço da sala de referência,
procure manter os brinquedos e outros materiais em
locais acessíveis às crianças. Utilize caixas ou cestos
organizadores, criando categorias, como caixa das
bolas, dos bonecos, dos carrinhos, entre outros.
Crianças de 2 anos costumam gostar de explo-
Surge, então, uma questão: Até que ponto a escola
rar a função dos materiais. Para incentivar ainda
interfere na formação dos valores das crianças?
mais essa característica infantil, crie um painel sen-
sorial, priorizando materiais de texturas diferentes. Entendemos que a escola tem grande influên-
cia na construção desses valores. A função do pro-
fessor, portanto, perpassa por identificar e promo-
ver, entre tantas opções, o que pretende construir
ock
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
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AO PROFESSOR
• Acreditar na criança. Isso ajuda no desen-
volvimento da segurança e da autonomia.
• Usar a empatia, tentando se colocar no lu-
É interessante trabalhar o vocabulário que faz gar das crianças para entendê-las melhor.
parte do dia a dia das crianças e que permeará
toda a vida delas como cidadãs.
ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM
IDENTIDADE E INTERAÇÕES
Ç
• Pedir desculpas – incentiva a criança a re-
ar
conhecer que errou, revendo os seus atos.
©Shutterstock/komis
• Dar bom-dia – um bom-dia acompanhado
de um sorriso demonstra hospitalidade.
Lembre-se de que os adultos são espe-
lhos para as crianças: seja cordial para
ensinar cordialidade.
• Dizer obrigado(a) – estimula a gratidão
e o reconhecimento por algo que rece-
beu. Incentive as crianças a agradecer os
colegas, os funcionários e os outros pa-
res de convivência nas ações da rotina.
• Pedir licença – demonstra respeito ao
solicitar autorização para fazer algo ou CRACHÁS
permanecer em um ambiente. Confeccione crachás com o nome e a fotografia
de cada criança da turma. Solicite aos pequenos que
O trabalho com valores e crianças bem peque- os enfeitem da maneira que desejarem (desenhan-
nas, que muitas vezes não desenvolveram ainda a do, pintando, colando adesivos ou imagens, etc.).
oralidade, deve ter como base um modelo concre- Os crachás devem ser guardados em local acessível
to. A criança não precisa saber pronunciar um pe- (na altura das crianças) e usados diariamente como
dido de licença, mas deve entender, por exemplo, chamada, para averiguar quais crianças estão pre-
que não devemos empurrar os colegas para passar. sentes e quais estão ausentes.
Para que essa relação aconteça de forma harmo- Utilize diferentes estratégias para o momento
niosa entre educadores e crianças, é necessário desen- da chamada: dizer os nomes cantando; mostrar o
volver vínculos de confiança mútua. Algumas dicas: crachá para as crianças adivinharem a quem per-
tence; esconder os crachás pela sala para os pe-
quenos encontrarem; pedir às crianças que colem
• Aproximar-se da criança para que ela o seu crachá no mural, conforme forem chamadas;
compreenda o quanto você se importa dentre outras possibilidades.
com ela. Quando sentem que são ama-
das, cuidadas e respeitadas, as crianças A CANOA VIROU
apresentam maior abertura para expres-
Confeccione uma canoa usando caixas de pape-
sar aquilo que as aflige.
lão e fita adesiva (dependendo do tamanho do gru-
• Ouvir a criança. Muitas vezes, escuta- po de crianças, confeccione mais canoas). Proponha
mos sem realmente ouvir e acolher as à turma uma pintura coletiva com tinta guache. De-
demandas infantis. pois de seca, convide a todos para que entrem na
• Valorizar e elogiar a criança sempre que “embarcação”. Brinquem de remar enquanto can-
possível. Isso trará reflexos no desempe- tam a cantiga A canoa virou. Alterne os nomes das
nho e nas atitudes dela, além de fortale- crianças até que todas sejam citadas. Confira o áudio
cer a autoestima. dessa cantiga no CD que acompanha este material.
32 GRUPO 2
A canoa virou
A canoa virou
Foi pro fundo do mar
Foi por causa da(o) (nome da
criança)
História da serpente
Que não soube remar
Essa é a história da serpente
Se eu fosse um peixinho
que desceu do morro
E soubesse nadar
para procurar um
Eu tirava a(o) pedacinho do seu
Lá do fundo do mar rabo
Tiririm pra cá, Ei! Você aí,
©Shutterstock/serg78
Tiririm pra lá também faz parte
do meu rabão [...]
A(O)
Cultura popular
é velha(o)
E quer casar.
Cultura popular
Cante a cantiga com a turma e, ao final dela,
iex
ed
ock/
sae escolha uma criança que vai ser a primeira parte
rst
tte
©S
hu do “rabo da serpente”. O pequeno escolhido deve
segurar no professor, posicionando-se em fila. A
RODA DO ABRAÇO
brincadeira segue com a repetição da cantiga e es-
Convide as crianças para se sentarem, em colha das demais crianças, até que toda a turma
roda, no chão. Coloque uma música e oriente a tur- esteja na “serpente”. Ressalte para o grupo que,
ma a passar um objeto (pode ser uma bola, pano após formarem a fila, não podem sair do lugar, pois
ou ursinho) para o colega ao lado. Combine com fazem parte do “rabo da serpente”.
a turma que, no momento em que a música parar,
a criança que estiver com o objeto em suas mãos MINHOCA
deverá dizer o próprio nome e o de um colega à Confeccione, com a ajuda das crianças, uma
sua escolha. Ela deve entregar o objeto ao colega minhoca comprida. Utilize meias de náilon ou tiras
citado, dando-lhe um abraço. A brincadeira pros- de tecido e enchimento de fibra. Após finalizarem,
segue até que todas se apresentem. faça uma votação para escolha de um nome para
esse animal.
HISTÓRIA DA SERPENTE
Convide a turma para passear com a minhoca:
Apresente para as crianças cada criança deve segurar em um pedacinho do
a cantiga História da serpente: Para b “corpo” do brinquedo. Essa é uma maneira lúdica e
rincar
de faz divertida para ensinar a turma a andar juntinha ao
er fila
. sair da sala de referência.
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
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S 33
AO PROFESSOR
LENÇO NO CHÃO
Providencie um pequeno lenço ou tecido bem
leve.
OBJETO DA IMAGINAÇÃO Combine com as crianças que o lenço será lança-
do ao ar e que, enquanto ele cair, todos devem rea-
Esta brincadeira aproveita a capacidade lizar um comando dado pelo professor: pular, sen-
de imitar e a imaginação [...].
tar, rodar, rir, dançar, abraçar o amigo, dentre outras
• Para começar, dizemos ao pequenino ações. Quando o lenço atingir o chão, todos devem
que ele vai nos imitar. parar de se mexer e ficar em posição de estátua.
• Na primeira vez, podemos fingir, por
exemplo, que estamos bebendo um copo COMO SE FAZ
d’água, e fazemos os gestos próprios des-
Proporcione oportunidade em que as crianças
ta ação, mas sem o copo: “Estou bebendo
experimentem ações rotineiras recebendo orientação
água, e você?”
e que, assim, desenvolvam sua autonomia. Exemplo:
• Depois, ele deve nos imitar. Então, reafir- tirar e colocar calçados; tirar e colocar casacos, tou-
mamos como ele imita direitinho.
cas e bonés; abrir e fechar lancheiras; abrir e fechar
• Podemos também reproduzir diversas torneiras; retirar toalhas de papel e jogá-las no lixo
ações cotidianas (escovar os dentes, to- depois de utilizá-las; dobrar peças de roupas e fanta-
mar uma sopa, arremessar um objeto, sias (da maneira como souberem); entre outras ações
trocar de roupa, etc.) imitadas em segui-
cotidianas que possam ser incentivadas pela escola.
da pela criança. [...]
BATLLORI, Jorge; ESCANDELL, Víctor. 150 jogos para AJUDANTES
estimulação infantil. São Paulo: Ciranda Cultural, 2009. p. 142.
Diariamente, incentive a turma a colaborar com
CADÊ? a organização dos brinquedos, dos materiais e das
atividades de rotina, como o lanche. Peça às crian-
Organize as crianças sentadas em roda e peça ças ajuda para distribuir os pratos, talheres e guar-
a todas que fechem os olhos. Escolha uma criança e danapos. Após o término, convide a turma para
oriente-a para que se esconda em algum local da sala. auxiliar na organização do espaço, por exemplo,
Depois que ela estiver escondida, peça às ou- recolhendo o lixo.
tras que abram os olhos e procurem descobrir Lembre-se de aproveitar o momento do lanche
quem está faltando. Caso seja preciso, ofereça pis- para apresentar novos sabores às crianças, incenti-
tas à turma, como a indicação de alguma caracte- vando-as na experimentação. Não force a ingestão de
rística do pequeno escondido, até que adivinhem alimentos, mas encoraje os pequenos na degustação.
quem não está na roda.
RODA DE MASSAGEM
VOCÊ CONHECE?
Convide as crianças a se sentarem em roda, no
Providencie uma caixa, alguns pertences das chão, e sente-se com elas. Demonstre como reali-
crianças (uma peça de roupa ou acessório) e foto- zar a brincadeira, massageando os ombros, pesco-
grafias delas. ço e costas de uma criança. Convide os pequenos
Organize a turma sentada em roda e combine a imitar suas ações e formem uma roda da massa-
que irá apresentar diferentes imagens e objetos. gem: a criança massageia o colega da frente e é
Incentive as crianças a dizer a quem pertence cada massageada pelo colega de trás. Crie consignas lú-
item e de quem é a imagem retratada. Converse dicas durante a atividade: “Crianças, vamos imagi-
com os pequenos sobre as características dos ob- nar que estamos tocando um piano?”; “Agora, que
jetos e sobre as fotografias. Eles também podem, estamos amassando a massinha de modelar...” .
cada um na sua vez, sortear uma imagem para Finalize a massagem com um cafuné e, depois,
apresentar ou entregar aos colegas. um abraço coletivo.
34 GRUPO 2
ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM
CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS
linero
ock/Luis Mo
ROLAR E ESTICAR
Disponha colchonetes enfileirados e convide
©Shutterst
as crianças a rolar sobre eles. Depois, proponha
outras explorações, como esticar as pernas e os
braços para cima, deitar-se de barriga para baixo
e virar a cabeça para os dois lados e para frente,
encolher-se e esticar-se, entre outras possibilida-
des de exploração.
Proponha movimentos para alongar e relaxar.
Se possível, coloque uma música suave para auxi-
liar no relaxamento.
CORRIDA DO BALÃO
Providencie um balão já cheio para cada crian-
PULA-PULA ça. Propicie um momento livre para os pequenos
Faça vários círculos no chão da área externa da explorarem o brinquedo. Depois, solicite a eles que
sala (use um bambolê como molde). Brinque com brinquem de bater no balão com a palma das mãos
as crianças de entrar e sair dos círculos. Crie um e com outras partes do corpo.
comando para que elas mudem de posição ou de Por último, disponha os balões no chão para
lugar. as crianças brincarem de assoprar para movi-
Convide os pequenos a imitar animais que sal- mentá-los.
tem para a locomoção entre os círculos, como coe- Lembre-se de ficar atento para o caso de algum
lho, sapo, canguru. balão estourar. Se isso ocorrer, recolha rapidamen-
te os seus vestígios, pois oferecem risco de sufoca-
TOCA DO COELHO mento às crianças, se alguma delas os colocar na
Providencie bambolês ou desenhe círculos no boca.
chão, na área externa da sala. Cada criança deve
ocupar um brinquedo. Ao som de uma canção, elas PASSA A BOLA
devem circular livremente, dentro e fora dos bam- Em um ambiente amplo, organize as crianças
bolês e/ou dos círculos. em pé, em roda. Explore os movimentos dos bra-
Na pausa da música, cada criança deve correr ços, oferecendo uma bola para elas e pedindo que
e se posicionar dentro de um bambolê. Reinicie a a passem para o colega que está ao seu lado, ora
brincadeira, voltando a apresentar a canção. de maneira rápida, ora lenta, ora pulando, aga-
Proponha a brincadeira com diferentes ritmos, chando e levantando, dentre outras possibilidades
de modo que as crianças tenham de se movimen- corporais.
tar considerando a cadência apresentada.
CORRIDA DA BOLA
ESTÁTUA Marque duas linhas (partida e chegada) no
As crianças devem circular em um ambiente chão do pátio, com aproximadamente 4 metros de
livre e amplo, ao som de uma canção. Ao percebe- distância uma da outra.
rem a pausa na música, devem ficar imóveis, fingin- Organize as crianças diante da linha de parti-
do-se de estátuas. Não podem se mexer ou rir até da, cada uma com uma bola. Ao sinal do profes-
que a música seja reiniciada. sor, elas devem arremessar suas bolas em direção
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
ES
S 35
AO PROFESSOR
ainda mais divertida se forem escondidos nele pe-
quenos objetos, como bichinhos de pelúcia, figuri-
nhas ou bolas.
à linha de chegada; cada uma deve sair correndo O objetivo da brincadeira é as crianças encon-
em direção à sua bola, lançando-a desse ponto em trarem esses objetos e saírem do túnel com eles.
que parou em direção à linha de chegada. Outra opção é o uso de lanternas para iluminar o
A rodada termina quando todas as crianças tive- túnel enquanto engatinham dentro dele.
rem ultrapassado a linha de chegada com suas bolas.
CORRIDA DE OBSTÁCULOS
ESCONDE-ESCONDE DA BOLA Organize um circuito de obstáculos em um am-
Convide as crianças para brincar na área exter- biente amplo e que não ofereça nenhum risco para
na da sala de referência. Antecipadamente, escon- as crianças. Os obstáculos podem ser bambolês no
da uma bola sem que os pequenos vejam e peça chão, caixas de papelão, cadeiras ou bancos, corda
que a procurem. Quem encontrar a bola será res- esticada e outra ondulada no chão, colchonetes.
ponsável por escondê-la novamente, com o auxílio Convide as crianças para que cada uma, na sua
do professor, para reiniciar a brincadeira. vez, percorra o espaço da brincadeira realizando
diferentes ações. Por exemplo: saltar dentro do
BOLA NA CAIXA bambolê, contornar a caixa de papelão dando uma
Providencie uma caixa de papelão de tama- volta nela, passar por baixo da cadeira, caminhar
nho médio e bolas de diferentes tamanhos, cores sobre as cordas, rolar sobre os colchonetes, etc.
e texturas. Organize as crianças em fila e coloque A brincadeira ficará mais desafiadora corporal-
a caixa a uma distância de aproximadamente 1 me- mente caso as crianças recebam um objeto para
tro. Oriente-as a escolher uma bola e lançá-la em segurar enquanto percorrem o circuito, como uma
direção à caixa. Cada criança pode ter três ou mais bola de plástico, por exemplo.
chances de atingir o alvo; depois, deve esperar os
colegas jogarem e aguardar sua vez de brincar ACORDA, SENHOR URSO!
novamente.
Convide as crianças para uma nova brincadei-
CAMINHOS ra. Explique à turma que você será o “urso” que
está dormindo. As crianças devem ir até o “urso”
Convide as crianças para uma brincadeira na e, quando estiverem bem próximas dele, devem di-
área externa da sala de referência. Antecipada- zer: “Acorda, senhor urso!” O “urso” deve levar um
mente, faça traçados variados no chão, com giz, susto e sair correndo atrás das crianças que o acor-
compondo linhas curvas e retas. Oriente os peque- daram. Quando alguém for pego, a brincadeira terá
nos a seguir os traçados, caminhando sobre eles.
dois ursos. Assim, o jogo prossegue até que toda a
Podem ser utilizados os seguintes comandos:
turma tenha se transformado em “ursos”.
• Acompanhem as linhas de maneira lenta e de
maneira mais rápida. ESCALADA
• Andem em duplas ou trios, de mãos dadas. Crianças de 2 anos adoram escalar e explorar a
• Saltem entre as linhas. altura subindo em bancos, mesas e o que mais es-
tiver ao alcance delas. Explore essa característica
TÚNEL DE PAPEL infantil, propondo brincadeiras que desenvolvam a
Providencie caixas de tamanho grande e mé- força muscular, a coordenação e o equilíbrio.
dio e, com elas, organize um “túnel” (abra as abas Para isso, crie uma montanha a ser escalada no
e una as caixas com fita adesiva). meio da sala. Para compô-la, use cobertores, tra-
Apresente o túnel às crianças e convide-as a vesseiros, almofadas, colchonetes, rolos de espu-
passar por dentro dele. A brincadeira pode ficar ma, entre outros materiais.
36 GRUPO 2
No topo dessa montanha, disponha objetos a
serem conquistados. Incentive os pequenos na es-
calada e esteja atento e disponível para auxiliá-los.
deve pegá-lo e correr atrás de você, antes que você
SERRA, SERRA, SERRADOR
chegue ao lugar dela e sente-se. Caso você (ou
Organize as crianças sentadas em duplas, no outro participante) seja pego antes de chegar ao
chão, uma à frente da outra, com as pernas estica- local, todos devem cantar: “Galinha choca, galinha
das e um pouco entreabertas. Elas devem se dar as choca, botou um ovo, saiu minhoca!”. Se o corre-
mãos. Ensine-as a movimentar o corpo para frente dor não for pego, a brincadeira segue.
e para trás. As crianças podem ter dificuldade em deixar o
As crianças devem balançar o corpo no ritmo lenço, por isso auxilie-as no entendimento da brin-
da parlenda Serra, serra, serrador. cadeira. Os pequenos de 2 anos, muitas vezes, não
brincam conforme as regras tradicionais, mas di-
vertem-se muito na corrida atrás dos colegas.
Serra, serra, serrador
Serra o papo do vovô. ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM
LINGUAGENS DA ARTE
Quantas tábuas já serrou?
1, 2, 3, fora uma que quebrou!
Coskun
Cultura popular
©Shutterstock/Ozgur
ESCONDE-ESCONDE
Brinque com os pequenos de brincadeiras
de esconder. Explique que, enquanto você conta
até dez ou mais, virado para a parede (pique),
todos devem se esconder e que, ao término da
contagem, você (ou o pegador da vez) vai di-
zer “Lá vou eu!” e sair procurando quem estiver
escondido.
Ensine aos pequenos que devem correr em di-
reção ao pique, batendo a mão na parede e dizen- BRINQUEDOS SONOROS
do seu nome. Combine com a turma se o primeiro Arrecade sucata e materiais que serão utiliza-
a ser encontrado ou o último é que ficará no lugar dos para a criação de brinquedos sonoros. Higieni-
do “pegador”, incentivando todos a assumir essa ze a sucata arrecadada e proporcione às crianças
função e orientando-os como “contar” (a sequên- que a explorem. Depois, proponha a construção de
cia numérica não precisa estar correta) e procurar brinquedos que emitam sons variados.
os colegas.
Tambor
LENÇO-ATRÁS
P. Imagens/Pith
Materiais
Convide as crianças para se sentarem no chão
• balão de festa
formando uma roda. Explique aos pequenos que
você vai correr, pelo lado de fora da roda, cantando • fita adesiva larga
“Lenço atrás!” e que eles devem completar cantan- • lata grande ou pote
do “Corre mais!”. Em seguida, mostre que vai colocar plástico de sorvete
o lenço (ou outro objeto) atrás de uma criança, a qual
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
ES
S 37
AO PROFESSOR
Corneta
Separe tubos de papelão, como os do papel-
-toalha, de plásticos PVC de cozinha e até os de
Como fazer papel higiênico. Demonstre às crianças como fazer
1. Corte a boca do balão de festa. diferentes sons usando esses tubos, desafiando-as
a assoprar bem forte por eles.
2. Estique a borracha do balão na abertura do re-
cipiente (lata ou pote). Varie o brinquedo fazendo pequenos furos nos
tubos, criando uma espécie de flauta.
3. Fixe a borracha no balde com a fita adesiva.
Convide os pequenos para decorar os novos
Baquetas brinquedos, pintando-os com canetinhas atóxicas
ou giz de cera.
Materiais
• barbante Chocalho de garrafa de PET
• pedaços de madeira ou cabos de vassoura
(20 cm)
• retalhos de tecido
Como fazer
1. Corte os cabos de vassoura e lixe as pontas.
2. Amarre retalhos de tecidos nas pontas dos pe-
daços de madeira com o barbante. Caso não
P. Imagens/Pith
seja possível confeccionar as baquetas, adqui-
ra
a esse instrumento pronto.
e Yen
Materiais
Wong Che
• cola quente
• fita adesiva larga
Shutterstock/Francis
38 GRUPO 2
2. Cole o outro copinho sobre esse primeiro com
cola e fita adesiva, vedando-os bem. Certifi-
que-se de que o brinquedo não oferece risco
aos pequenos.
Bandinha
P. Imagens/Pith
Reúna os brinquedos sonoros criados, e ou-
tros disponíveis, e distribua-os entre as crianças
da turma. É importante que todas tenham um
instrumento.
Selecione, antecipadamente, algumas canções
para os pequenos fazerem o acompanhamento
sonoro com os brinquedos. Durante a brincadeira,
ith
P. Imagens/P
explore conceitos, como “som” e “silêncio”, “rápi-
do” e “lento”, “forte” e “fraco”, “alto” e “baixo”. Crie
um código com a turma, que pode ser uma palavra
ou um movimento corporal, para o silêncio.
Repita essa proposta inúmeras vezes, com di-
ferentes instrumentos e brinquedos sonoros e com
canções de diferentes ritmos.
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
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S 39
AO PROFESSOR
CARIMBOS E DESCOBERTAS
Entregue à turma sucata, folhas, flores e outros
ma
materiais, bem como tinta guache e um pedaço
gra
grande de papel bobina. Estenda o papel no chão
do pátio da escola e explique aos pequenos que
vão explorar diferentes formas de carimbar. Para
isso, ofereça tinta às crianças em bandejas plásti-
isso
cas
cas, de modo que elas possam molhar a face de um
O meu chapéu ma
material e pressioná-lo contra o papel. Assim, vão
des
descobrir muitas formas e obter diferentes resulta-
O meu chapéu tem três pontas do
dos com suas explorações.
Tem três pontas o meu chapéu
PINTURA
PIN
Se não tivesse três pontas
Incentive atividades de pintura com diversos
Bruna Brito. 2017. Digital.
40 GRUPO 2
MODELAGEM COM ARGILA
Materiais
• 100 g ou mais de argila para cada criança
Certifique-se de que nenhuma das crianças da
• materiais para criar texturas (pneus de carrinho
turma têm restrição aos ingredientes utilizados na
de brinquedo, tampas de garrafa de PET, pen-
receita, pois a mistura pode ser levada à boca ou
tes, folhas de árvore, palitos de sorvete, etc.)
passada na pele.
Como fazer
Distribua a argila para os pequenos e encoraje-os MOVIMENTOS DE DANÇA
a experimentar diferentes materiais em sua superfí-
As crianças devem ter a oportunidade de co-
cie. Demonstre como criar texturas (marcas) diversas
nhecer diferentes ritmos e estilos musicais.
com os objetos. Incentive a criatividade das crianças,
deixando-as livres para explorar os apetrechos. Inclua em seu planejamento a apresentação de
novas músicas aos pequenos, deixando que eles se
Após a elaboração das peças, coloque-as em
movimentem livremente, sem coreografias monta-
uma mesa ao ar livre para secar. Depois de secas,
das pelos adultos. É importante que a criança sinta
deixe as crianças perceberem, por meio do tato, as
o ritmo com o corpo e queira movimentá-lo, acom-
diferentes texturas que ficaram impressas na argila.
panhando as batidas e a velocidade percebidas.
COLAGEM Para incrementar a proposta, em alguns mo-
mentos, ofereça tecidos e fitas para as crianças
Separe um suporte para a colagem, podendo movimentarem ao som da música.
ser um papelão ou outro papel de alta gramatura,
e outros materiais para serem colados, como reta- DRAMATIZAÇÃO
lhos de tecido e de papel, forminhas de doce, fo-
A linguagem do teatro pode ser trabalhada
lhas, fitas, barbantes, penas, papéis amassados ou
de diferentes maneiras com os pequenos. Confira
rasgados, lixas, etc.
algumas sugestões de atividades e materiais:
De preferência, prepare a receita de cola casei-
ra para a manipulação das crianças. Essa prepara-
• Apreciar contações de histórias e peças
ção deve ser feita antecipadamente, sem a partici-
teatrais.
pação delas.
• Brincar de representar histórias e cantigas.
Materiais • Imitar, na frente do espelho, as expres-
• 1 litro de água sões faciais propostas pelo professor ou
• 3 colheres de sopa de farinha de trigo pelos colegas.
• Imitar os personagens de histórias ouvi-
• 1 colher de sopa de vinagre branco (atua como
das, como o lobo batendo à porta dos
conservante)
porquinhos ou assoprando as suas casas.
Como fazer • Imitar os sons ou outras características
1. Misture a água e a farinha de trigo em uma pa- de animais.
nela e leve ao fogo. Mexa bem por, em média, • Manipular fantoches, dedoches, máscaras,
10 minutos ou até a mistura engrossar, chegan- fantasias, figurinos de personagens e ou-
do à consistência de um mingau. tros materiais cênicos.
2. Desligue o fogo e acrescente o vinagre branco,
mexendo bem. DECORAÇÃO COM OBRA DE ARTE
3. Deixe esfriar e teste a temperatura da mistura Acrescente na sala de referência algumas re-
antes de oferecê-la aos pequenos. produções de obras de arte e fotografias que fa-
4. Distribua os materiais e a cola caseira e possi- çam sentido para a turma, como as presentes no
bilite aos pequenos criarem diferentes compo- cartaz Cultura indígena, que acompanha a Mais
sições, usando a técnica da colagem. Cores Solução Educacional – Educação Infantil.
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
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S 41
AO PROFESSOR
Usando um frasco de spray (ou um con-
ta-gotas ou uma seringa), acrescente um
pouco de vinagre em cada montinho de
Posicione essas imagens no campo visual e “neve”. Os montinhos começarão a eferves-
cer e revelar as cores que estão por baixo,
tátil dos pequenos. Conversem sobre elas e ins-
que acabarão se combinando e formando
tigue-os na percepção das cores, dos traços, das
um imenso caleidoscópio colorido. Quando
formas, dos personagens e dos pequenos detalhes a atividade terminar, pode despejar o con-
retratados. teúdo na pia, porque o bicarbonato de só-
Lembre-se de que a decoração da sala de refe- dio é excelente para limpar canos!
rência deve ser adequada às crianças, preferencial- CHOMET, Julian; FERTLEMAN, Caroline. Crianças inteligentes:
mente com produções feitas por elas próprias ou 100 ideias de brincadeiras criativas para crianças de 2 a 5 anos.
imagens que ampliem seu repertório cultural. Rio de Janeiro: Ediouro, 2014. p. 19.
BOLHAS DE SABÃO
Convide as crianças para auxiliar na criação
da mistura para fazer água de sabão. Sugerimos
a receita abaixo.
Materiais
• detergente líquido neutro
• água
• açúcar
Como fazer
Fotos: ©
Shutters
tock/Fili
pe Fraz
ao Misture suavemente, para não criar espuma, 1
copo de detergente com 7 copos de água e 2 co-
ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM lheres de sopa de açúcar.
NATUREZA, CULTURA E DESCOBERTAS Pronto! Agora, é só providenciar objetos para
soprar e brincar! Desafie os pequenos a pegar as
bolhinhas, estourá-las, assoprá-las, tocá-las com
avel Kobysh
42 GRUPO 2
Como fazer
Em uma bacia grande, misture a farinha e o
sal. Em seguida, adicione a água e o óleo. Peça às
crianças ajuda para misturar bem os ingredientes. Algumas crianças costumam ter medo da pró-
Caso a massa fique úmida, adicione mais farinha. pria sombra, afinal, ela as persegue! Acalme os pe-
Ao contrário, se ficar muito seca, coloque mais quenos que demonstrarem receio na brincadeira e
água. Ajuste os ingredientes até formar uma massa crie movimentos simples e engraçados para que
homogênea. Por último, acrescente o corante ali- percebam a reprodução deles.
mentício. Você pode optar por usar corantes natu-
Desafie as crianças a ficar na mesma posição que
rais, como colorau e suco de beterraba. Certifique-
você, de costas para o Sol, e a criar movimentos para
-se, antecipadamente, de que nenhuma criança brincar com a própria sombra. Brinque de imitar os
da sala é intolerante aos ingredientes. movimentos corporais propostos pelos pequenos.
A massa pode ser acondicionada em potes fe-
chados e conservada por alguns dias na geladeira. EXPLORADORES DA NATUREZA
Proponha a brincadeira com massinha e diferen- Confeccione binóculos com sucata (com roli-
tes materiais: palitos de sorvete (com pontas arre- nhos de papel higiênico presos por fitas adesivas,
dondadas), canudinhos plásticos, forminhas de do- por exemplo) e distribua lupas aos pequenos. Con-
ces, espremedor de alho (para criar “cabelinhos”), vide a turma para fazer um passeio no jardim ou
etc. Faça a mediação atenta dos materiais, auxiliando no parque da escola e leve uma cesta ou outro re-
as crianças a manipular o espremedor de alho. cipiente para o passeio.
Durante esse momento de descontração, cha-
LANTERNA
me a atenção dos pequenos para as plantas, flores,
Disponibilize lanternas para as crianças da tur- pedrinhas, bichinhos do caminho. Evidencie como
ma. Ensine-as a utilizar esse dispositivo. a lupa funciona, mostrando a ampliação do tama-
Escureça a sala e desafie os pequenos na mo- nho de uma formiga ou de outro animalzinho.
vimentação da lanterna para que criem sombras Proponha aos pequenos que recolham folhas e
através da projeção da luz. Demonstre a eles que a gravetinhos caídos no chão. Nessa oportunidade,
distância da lanterna cria projeções maiores ou me- oriente as crianças para não arrancarem flores nem
nores, mais nítidas ou mais desfocadas. Essas situa- folhas e para não incomodarem os animaizinhos.
ções serão influenciadas pela distância da lanterna No retorno à sala, brinquem com os materiais
(fonte de luz) do local onde a sombra é projetada recolhidos, classificando as folhas com cores e ta-
(anteparo) e pela posição do objeto (por exemplo, manhos parecidos, e criando composições com eles.
a mão da criança). De forma geral, quanto mais se
afasta a lanterna e o objeto do anteparo, maior a ANIMAIS DE JARDIM
sombra. Com o objeto e a lanterna perto da parede
Organize outra visita ao jardim da escola para
é possível produzir uma sombra nítida.
procurarem e observarem novamente os animais
Peça às crianças que foquem em pontos especí- desse ambiente. Se possível, providencie uma lupa
ficos da sala, como quadro, cortina, teto, etc. para que possam perceber detalhes. Chame a
Em outro momento, brinque de criar sombras com atenção das crianças para as formigas, joaninhas,
as mãos e lanternas ou de criar um teatro de sombras. borboletas e outros animais.
No retorno à sala, conversem sobre os animais avis-
SOMBRAS NO PARQUE tados e mostre à turma imagens deles para que possam
Em um dia ensolarado (sem muitas nuvens), perceber outros detalhes e sua variedade. Brinquem de
no parque ou em outro espaço externo da escola, imitar a maneira como as formigas se locomovem (em
fique de costas para o Sol. Mostre a sua sombra fila), o voo das borboletas e o das joaninhas, etc.
para as crianças, evidenciando que todos os seus Se possível, crie um terrário, com pequenos ani-
movimentos são “copiados” por ela. mais de jardim. Cuide para escolher animais que não
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
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S 43
AO PROFESSOR
2. Usando um palito de sorvete, faça pequenos
buracos na terra e coloque neles algumas mu-
das de plantas.
piquem, não irritem a pele nem ofereçam qualquer tipo 3. Umedeça a terra sem encharcar. Depois, colo-
de risco. Veja a sugestão para montagem do terrário: que os pequenos animais.
Materiais 4. Una as partes da garrafa de PET usando fita
adesiva. Não deixe de tampar a garrafa.
• garrafa de PET transparente cortada (deixar a
parte de baixo maior do que a de cima – gargalo) 5. Coloque a garrafa em um local bem iluminado
• areia e observe o terrário.
• carvão vegetal (em pó) Nesse experimento, a planta e os animais so-
• terra brevivem, mesmo no ambiente totalmente fecha-
do, pois as plantas produzem o que os animais
• água
necessitam e vice-versa. O fato de o terrário ser
• fita adesiva fechado pode representar uma vantagem para tra-
• palito de sorvete balhar com crianças pequenas, pois poderão ob-
• tesoura servar sem qualquer risco.
• cascalho ou pedras pequenas
• pequenas mudas de plantas e pequenos animais QUE SOM É ESSE?
Como fazer Apresente a cantiga Seu Lobato, que consta no CD
1. No fundo de uma garrafa de PET, coloque uma que acompanha este material, e convide as crianças a
camada de cascalho, uma de areia, uma de car- cantar e a imitar os sons dos animais citados nela.
vão vegetal moído e, por último, uma camada Se possível, leve imagens dos animais mencio-
de terra de jardim. nados na cantiga para as crianças conhecerem.
44 GRUPO 2
Era mu, mu, mu pra lá Seu Lobato tinha um sítio
Era mu, mu, mu pra todo lado Ia, ia, ô!
Ia, ia, ô! E no seu sítio
l.
ita
Dig
Ia, ia, ô!
17.
Era miau, miau, miau pra cá
. 20
rito
Cultura popular
aB
Era miau, miau, miau pra lá
un
Br
Era miau, miau, miau pra todo lado
Ia, ia, ô!
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
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S 45
AO PROFESSOR
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É importante que as crianças participem da
/N
AD
execução de alguns passos das receitas, como aju-
K
I
dar a acrescentar os ingredientes, mexer a massa
do bolo, montar o sanduíche, etc. Crie apresenta-
ções divertidas para os pratos para surpreender os
pequenos.
Se for possível, fotografe os momentos de exe-
cução e de degustação.
©S
HORTA
hu
tte
rsto
ck/A
nastasia_P
anait Organize uma horta em um ambiente em que
as crianças possam mexer na terra, plantar semen-
CULINÁRIA tes e mudas e acompanhar as etapas do desen-
volvimento das plantas. É importante envolver as
Verifique, antecipadamente, se alguma criança
crianças em todo o processo para que cuidem das
possui restrição alimentar. Combine, com as famí-
plantas e entendam o que é necessário para que a
lias, o envio de alguns ingredientes para a elabora-
plantação se desenvolva.
ção de receitas simples para que a turma deguste
no horário de lanche. Algumas sugestões de pratos Sugestões para plantio: cebolinha, manjericão,
fáceis de fazer com as crianças: alface, cenoura, hortelã, espinafre ou plantas típi-
• bolo de cenoura; cas de sua região.
46 GRUPO 2
PÉS E MÃOS
Proponha brincadeiras, como bater palmas em
diferentes ritmos, brincar de dedoches, comparar
os tamanhos das mãos e dos pés com os dos cole-
gas, andar descalço por diferentes texturas, deixar
pegadas na areia do parque, pintar com os pés e as
mãos, entre outras.
RODA DE CONVERSA
A pintura com os pés pode ser feita por meio da
caminhada em uma folha de papel bobina com os Inclua a roda de conversa na rotina da turma.
pés “sujos” com tinta guache. As crianças também Para esse momento, organize as crianças sentadas
podem criar marcas com as mãos e outras partes em círculo, de maneira que todas possam se olhar.
do corpo nesse mesmo papel. Lembre-se de que, em uma conversa, todos falam,
Depois de seca, exponha a produção coletiva então, esse não deve ser um momento em que os
em um espaço especial da sala ou da escola. pequenos somente respondem ao professor.
Saiba que as crianças pequenas e bem peque-
BRINCADEIRA COM ÁGUA nas, pela sua maneira peculiar de pensar (pensa-
mento sincrético), costumam “sair do tema” da
Converse, antecipadamente, com os familiares
conversa. Não faça disso um problema, ao contrá-
avisando que serão realizadas brincadeiras com
rio, acolha as falas, emoções e imaginações expres-
água na escola. Solicite o envio de um traje de ba-
nho, filtro solar, toalha de banho e/ou outros aces- sas e, depois, retome o tema da conversa.
sórios. Realize a atividade em um dia em que as Se possível, grave algumas rodas de conversa
condições do tempo estejam favoráveis e observe com as crianças e, depois, transcreva as falas dos
o horário em que as crianças estarão expostas ao pequenos. Reflita sobre esse material para organi-
sol, se todas estão usando filtro solar, se a superfí- zar as próximas.
cie não é escorregadia, entre outros cuidados.
Disponibilize várias bacias e potes com água, PARLENDAS
deixando que as crianças brinquem e se divirtam
Parlendas são rimas infantis recitadas em versinhos, de
à vontade. Aproveite esse momento e proponha fácil memorização, utilizadas em brincadeiras de crianças
aos pequenos que deem banho em bonecas, traba- para cantar, recitar, divertir, pular corda ou escolher quem
lhando ludicamente o conceito de higiene e noção começa alguma brincadeira. (SOUSA, 2009, p. 73)
corporal.
Ensine as crianças a recitar diferentes parlen-
das e utilize-as na rotina da turma, por exemplo,
ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM
antes de colocar os sapatos, antes de iniciar uma
ORALIDADE E ESCRITA história, uma brincadeira ou para recitar a ordem
numérica (para subir escadas). Veja, a seguir, algu-
Grossman
Bru
Lé com lé, na
Br
ito
.2
Um sapato
l.
em cada pé.
Cultura popular
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
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S 47
AO PROFESSOR
Para recitar a ordem numérica:
Um, dois,
Para recitar antes de iniciar uma história:
feijão com arroz.
BRINCADEIRAS CANTADAS
DAS
Crie um repertório de brincadeiras cantadas para apresentar às crianças. Trabalhe com uma versão
e, somente depois que a turma demonstrar ter compreendido o funcionamento da brincadeira, apresen-
te outra versão. Lembre-se de que, na faixa etária de 2 anos, é normal as crianças repetirem apenas as
últimas palavras ou sílabas das estrofes cantadas.
Aprenda um pouco mais sobre brincadeiras cantadas lendo as informações a seguir.
É extenso o repertório de brincadeiras cantadas no país. E muitas delas não são feitas
em roda.
Há brincadeiras em que os participantes cantam diálogos em fila, outras em que as
crianças formam pontes com as mãos, deixando as outras por ali passar.
Em geral, os participantes fazem o que manda a letra: colocar a mão no ombro, dar um
pulo, juntar as mãos como se estivesse rezando, fazer cócegas, dar um beijo no amigo ou
simplesmente ficarem calados ao final da música. [...]
48 GRUPO 2
MEU GALO
Jeito de brincar
Esta é uma canção cumulativa, em que elementos vão sendo adicionados na música. Os
participantes cantam a música abaixo, enquanto fazem o gesto mostrando a parte do corpo
que o galo quebrou. Quando dizem bico, imitam um bico abrindo e fechando, usando as
mãos. Quando cantam asa, mexem um braço. Quando cantam outra asa, mexem os dois.
Quando cantam pernas, mexem com elas. No final, todos caem sentados no chão.
Letra de música
Quebrou a asa
“Meu galo quebrou o bico Quebrou a outra asa
Coitado, não pode bicar Quebrou a perna
Meu galo quebrou o bico E não pode ciscar
E não pode bicar Meu galo quebrou a outra perna
Meu galo quebrou a asa Coitado, não pode andar
Coitado, não pode voar Meu galo quebrou o bico
Meu galo quebrou o bico Quebrou uma asa
Quebrou a asa Quebrou outra asa
E não pode voar Quebrou a perna
Meu galo quebrou a outra asa A outra perna e...
Coitado, não pode voar !”
Caiu no chão!”
Meu galo quebrou o bico,
POESIAS
Selecione livros de poesia de qualidade para apresentar aos pequenos. As rimas e cadência das palavras cos-
tumam prender a atenção dos pequenos e auxiliar no desenvolvimento da oralidade, concentração e imaginação.
Se as crianças ainda não tiveram contato com a poesia, sugerimos o trabalho com a obra A Arca de Noé,
de Vinicius de Moraes. O livro apresenta 32 poemas divertidos e inteligentes, os quais já foram musicados.
Se possível, depois do trabalho com o livro, apresente à turma algumas das suas canções. A seguir, constam
as referências desse material.
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
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AO PROFESSOR
• MORAES, Vinicius de. A Arca de Noé. São Pau- • colheres de pau
lo: Companhia da Letrinhas, 2004. • luvas
• ______. A Arca de Noé. São Paulo: Universal, • meias
1996. 1 CD. ISSN: 731451822124. • peneiras
• ______. A Arca de Noé 2. São Paulo: Universal, • pás de lixo (sem uso)
1998. 1 CD. ISSN: 731453658127.
• pratos de papel
ACERVO DE LIVROS • rolos de papel higiênico
ith
P. Imagens/P
mento da leitura.
Mais importante do que a quantidade de títulos
é a qualidade dos mesmos. Preze por livros de di-
ferentes gêneros textuais, com ilustrações de qua-
lidade, com enredos que sejam de interesse dos
pequenos e que não propaguem nenhum tipo de
preconceito.
Pith
P. Imagens/
No Livro da família do Grupo 2, há uma lista-
gem com sugestões de títulos de livros para a faixa
etária de 2 anos. Vale a pena consultá-la!
Os gêneros textuais que mais costumam cha-
mar a atenção dos pequenos de 2 anos são: contos,
P. Imagens/Pith
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FANTOCHES
dio
50 GRUPO 2
SAQUINHO SENSORIAL
Confeccione saquinhos, preferencialmente de
tecidos escuros, e coloque em cada um deles obje- ETIQUETAS
tos que sejam familiares para as crianças (bola, bo- Procure identificar alguns objetos e móveis
neco, peça de encaixe, frutas, etc.). Feche-o, dando (como o cabide ou armário das mochilas) da sala
um laço com uma fita ou um barbante. de referência com etiquetas que apresentem o
Entregue um dos sacos para os pequenos e in- nome das crianças e as respectivas fotos. De pre-
centive-os na exploração das diferentes proprieda- ferência, convide os pequenos para personalizar as
des do conteúdo, seja pelo tato, olfato, pela visão etiquetas com desenhos, pintura ou colagens.
ou audição. O saquinho deve passar de mão em As caixas de brinquedos e de outros materiais,
mão para a exploração sensorial. bem como alguns objetos pessoais das crianças,
Instigue as crianças a dar palpites e a descre- também podem ser etiquetados e personalizados
ver o que estão sentindo. Acolha as hipóteses da- visando organizar a sala e demonstrar a função so-
das por elas e dê algumas dicas do objeto que está cial da escrita. Aos poucos, os pequenos relacio-
dentro do saco. nam os símbolos às escritas e suas funções, mas,
Depois de todos terem explorado o saquinho, para isso, lembre-se de que eles precisam partici-
crie um clima de suspense para abri-lo. Revele o par do processo de construção desses materiais.
objeto, descrevendo as suas características e valo-
rizando os palpites e acertos da turma. ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM
Repita a brincadeira com mais saquinhos e ou- RELAÇÕES MATEMÁTICAS
tros itens.
Levranii
SACO DE HISTÓRIAS
©Shutterstock/
Escolha uma história para representar. Sepa-
re, então, um saco (sacola de tecido, mala ou até
mesmo uma caixa) e itens que vão compor o enre-
do. Priorize peças não estruturadas, como fitas de
tecido, pedaços de lã, algodão, colheres de pau,
folhas. A ideia é trabalhar a imaginação das crian-
ças por meio da oralidade e da encenação com os
itens. Por essa razão, o objeto que vai representar
o lobo não precisa lembrar o animal “de verdade”,
por exemplo. No entanto, sempre que for recontar
a história, procure representá-la com os mesmos CLASSIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE
objetos. BRINQUEDOS
Durante a contação, capriche na modulação de No momento da organização dos brinquedos
voz e nas expressões faciais. Arrisque criar efeitos e de outros materiais da sala, dê comandos para a
sonoros com o corpo ou instrumentos. turma separá-los de acordo com o critério determi-
No decorrer do ano letivo, quando a oralidade nado, como: “Crianças, neste pote vamos colocar
das crianças já estiver mais desenvolvida e elas mais somente os lápis com a cor azul.”; “Nesta cesta va-
acostumadas com os momentos de leitura e con- mos guardar as bolas.”; “Aqui, só as bonecas.”; “Nes-
tação de histórias, proponha variações dessa ati- te, só carrinhos e caminhões.”; e assim por diante.
vidade. Uma sugestão é a criação de uma história Por meio de propostas lúdicas, a criança co-
coletiva com os objetos do saco de história. Nessa meça a observar e perceber as semelhanças e di-
proposta, cada criança sorteia um item e diz o que ferenças entre os objetos, estabelecendo relações
é; o professor deve inventar, com a ajuda dos peque- de comparação, correspondência, classificação e
nos, uma história que tenha os objetos sorteados. seriação.
LIVRO DE ORIENTAÇÕES
ES
S 51
AO PROFESSOR
garrafas de PET e embalagens diversas. Faça vários
recortes na caixa, conforme o tamanho e as formas
dos objetos que serão encaixados. Guarde os mate-
riais de encaixe em um recipiente menor ou em um
GRANDE E PEQUENO saco de tecido.
Leve as crianças para um passeio nas depen- Convide as crianças para a brincadeira e deixe
dências da escola em busca de objetos de tamanho que elas façam tentativas e criem hipóteses para
grande e de tamanho pequeno. Para isso, é impor- os encaixes. Demonstre aos pequenos como recu-
tante que o professor auxilie no estabelecimento perar os objetos.
de comparações entre os itens encontrados. Por Varie a brincadeira criando situações-proble-
exemplo: diante de duas folhas caídas no gramado, ma, como a inserção de peças que não encaixam
pergunte qual é a grande e qual é a pequena. Ao em nenhum buraco. Observe as estratégias que as
retornar para a sala, separem os objetos recolhidos crianças vão criar, acolha-as e valorize-as.
de acordo com os respectivos tamanhos.
QUEBRA-CABEÇAS DIFERENTES
MAIOR E MENOR
Crie quebra-cabeças com duas ou três peças
Providencie itens de sucata que apresentem para as crianças brincarem. Selecione imagens que
tampa, como potes plásticos e latas (averiguar elas já conheçam, de animais e brinquedos, por
cuidadosamente se não oferecem nenhum risco às exemplo. Para conferir maior durabilidade ao ma-
crianças). terial, cole as imagens selecionadas sobre papelão
Disponibilize os materiais para a turma, des- e passe plástico adesivo transparente. Faça duas
tampados, incentivando os pequenos a encontrar ou três divisões na imagem e recorte essas partes.
a tampa de cada um deles. Ressalte as caracterís- Uma variação de quebra-cabeça que costuma
ticas dos objetos e crie problematizações, como: chamar atenção dos pequenos é o feito com cai-
“A tampa vermelha redonda é maior do que esta xas, como caixas de leite vazias. É preciso higie-
tampa amarela?”; “Esta tampa é maior ou menor nizá-las, encapá-las e colar as partes das imagens
do que este pote?”. sobre elas, de modo que juntas formem a imagem
inteira. Outras embalagens vazias podem ser usa-
Lembre-se de que a exploração dos conceitos
das para o mesmo fim, como caixa de creme den-
matemáticos deve ser feita, principalmente, na ro-
tal, fósforos, sapatos, etc.
tina das crianças.
Outra opção é utilizar fotos das crianças e/ou
CABE OU NÃO CABE? reproduções de obras de arte para compor novos
quebra-cabeças. Para a brincadeira com as foto-
Angarie caixas de papelão e objetos de diferen-
grafias dos pequenos, desafie a turma a criar di-
tes tamanhos, como bonecos, bolas, peças de jogos,
ferentes e divertidas composições, misturando as
escova de cabelo, fantoches, canecas, entre outras
peças de vários quebra-cabeças.
possibilidades, de modo que as crianças possam ex-
perimentar guardá-los dentro dos recipientes. JOGO DA MEMÓRIA
Apresente os itens às crianças e proporcione Inicialmente, crie jogos de memória com obje-
experimentações variadas. Problematize algumas tos concretos. Para isso, selecione pares de objetos
situações, como guardar dois ou mais objetos na iguais e distribua-os no chão da sala. Desafie as
mesma caixa; guardar um objeto maior que a cai- crianças a encontrar os pares e uni-los.
xa; escolher a caixa maior e a menor; etc. Valorize Em outra oportunidade, separe imagens duplica-
as tentativas e as descobertas dos pequenos. das para compor as peças do jogo. Sugerimos o traba-
lho com as fotografias das crianças ou com imagens
ENCAIXE
de animais ou brinquedos. Para conferir maior dura-
Crie um jogo de encaixe com materiais reu- bilidade ao material, cole as imagens selecionadas
tilizáveis. Para isso, separe uma caixa de papelão, sobre papelão e passe plástico adesivo transparente.
52 GRUPO 2
Com as peças prontas, disponha-as com as fi-
guras voltadas para cima e instigue a turma a en-
contrar os pares correspondentes.
Quando as crianças já estiverem acostumadas encaixar o canudo vermelho grande aqui?”; “Vicente,
com esse jogo, proponha a versão tradicional, com você consegue pegar o canudo azul pequeno e en-
as imagens voltadas para baixo. caixar neste buraquinho?”.
No decorrer do ano, aumente os desafios,
apresentando fotos de animais e seus filhotes, por PESCARIA COM PENEIRA
exemplo. Disponha bolinhas plásticas coloridas (de pre-
ferência aquelas que são usadas em piscina de bo-
TORRES ALTAS E BAIXAS linhas) em uma grande bacia com água.
Providencie embalagens vazias, de diferentes Distribua peneiras e recipientes (potes ou ces-
tamanhos, e outros materiais, como rolos de pa- tos), um para cada criança. Explique aos pequenos
pel-toalha e papel higiênico, blocos de montar, en- que você colocará uma música e, enquanto ela esti-
tre outros. Disponibilize os materiais e desafie os ver tocando, eles poderão “pescar” as bolinhas usan-
pequenos na construção de torres altas. A tarefa do as peneiras. As bolinhas pescadas devem ser co-
pode ser realizada individualmente, entre duplas locadas nos recipientes do respectivo participante.
ou em grupos. Conduza a turma a perceber a dife- Quando a música parar, as crianças devem ser
rença de tamanho entre as torres montadas. desafiadas a comparar as bolinhas pescadas. Crie
problematizações, como: “Quem pescou mais bo-
TRANSFERÊNCIA DE OBJETOS linhas?”; “Quem tem mais bolinhas azuis?”; “E
Separe objetos, como palitos de sorvete (com vermelhas?”.
pontas arredondadas), canudinhos plásticos colo- Lembre-se de que atividades com água neces-
ridos, entre outros, e também recipientes, como sitam de atenção redobrada do professor. Propo-
potes, garrafas de PET, formas de gelo, formas de nha esta atividade em um dia de calor, no qual as
empada, etc. crianças estejam usando roupas leves e possam se
Disponha os objetos em um dos recipientes e molhar. Antes da proposição da brincadeira, avalie
coloque os outros recipientes vazios ao lado. Insti- se o piso não oferece risco de acidentes quando
gue as crianças a transferir os objetos de um reci- molhado.
piente para outro.
ENCHER E ESVAZIAR
Desafie os pequenos, de maneira lúdica, a não
derrubar os objetos ou a pegá-los usando pinças Selecione garrafas de PET vazias e secas, po-
grandes, como os pegadores de gelo. tes, copos, funis e outros recipientes para ofere-
Faça a mediação da brincadeira e esteja atento cer às crianças na caixa de areia. Disponibilize,
à manipulação das crianças. também, colheres de plástico para a brincadeira.
Incentive os pequenos a encher os recipientes
CANUDINHOS E ESCORREDOR DE usando os itens oferecidos. Problematize a ação,
MACARRÃO perguntando-lhes, por exemplo, se é mais rápido
enchê-los com as mãos ou com colher; como fazer
Disponha canudinhos plásticos e um escorredor para não derramar areia; qual recipiente está mais
de macarrão (com a abertura virada para baixo), ou pesado e qual está mais leve.
outro objeto vazado, sobre uma mesa ou no chão.
Valorize as ações e descobertas da turma du-
Instigue as crianças a encaixar os canudos nos rante a atividade. Depois, proponha a brincadeira
buraquinhos do escorredor. de esvaziar as garrafas, virando-as e apertando-as,
Durante o ano letivo, varie a brincadeira, apre- para que os pequenos investiguem qual procedi-
sentando canudos de dois tamanhos. Crie consig- mento faz com que a garrafa seja esvaziada de ma-
nas para a atividade, como: “Ana, você consegue neira mais rápida.
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AO PROFESSOR
SUGESTÕES DE ATIVIDADES COM OS
CARTAZES DA MAIS CORES SOLUÇÃO
EDUCACIONAL – EDUCAÇÃO INFANTIL
1. CULTURA INDÍGENA
Apresente à turma o cartaz com as imagens de
crianças de povos indígenas do Amazonas. Cha-
me a atenção dos pequenos para as pinturas in-
dígenas, suas formas e cores, e para os adereços,
IGUAL E DIFERENTE como o cocar e suas penas azuis. Conte à turma
que as imagens retratam crianças indígenas e ex-
Converse com os familiares para que as crianças
plique, com linguagem simples e acessível à faixa
tragam um brinquedo para a escola. No dia marca-
etária, que elas costumam brincar com elemen-
do, organize um momento para que elas apresentem
tos da natureza, estar pintadas e enfeitadas com
o brinquedo trazido. Problematize a situação, esta-
colares, brincos e cocares, e se alimentar com ali-
belecendo comparações e criando critérios para os
mentos naturais. Fixe as imagens do cartaz ao lado
pequenos organizarem a apresentação: quem trouxe
do espelho da sala e, durante o ano, desenvolva
bonecas(os), quem trouxe carrinhos, bolas, ursinhos,
brincadeiras que apresentem e valorizem a cultura
etc. Quando essas observações e explorações forem
indígena. Consulte as páginas 70 e 71 do livro da
finalizadas, incentive as crianças a brincar livremente
criança, pois elas apresentam propostas com esse
e a compartilhar os brinquedos trazidos.
tema.
JOGO DE BOLICHE
2. ANIVERSARIANTES
Materiais
Providencie, se possível, fotografias individuais
• 10 garrafas de PET das crianças para compor os cartões de indicação
• areia das datas de aniversário.
• giz de quadro Segue sugestão para a elaboração do cartão:
• bolas de borracha ou de meia
Como fazer
©Shutterstock/M B Images
Coloque um pouco de areia dentro de cada
garrafa e feche-as bem.
Como brincar
1. Crie uma linha no chão com giz para o arre-
messo. As crianças devem ficar posicionadas
nessa linha.
2. Disponha as garrafas a uma distância de 1 a 2
metros da linha de arremesso.
3. Organize as crianças na linha de arremesso, de
modo que cada uma tenha sua vez de jogar a
bola.
4. Combine com a turma que cada criança terá
duas ou mais tentativas para acertar as garra-
fas com a bolinha.
5. Conte quantas garrafas cada criança conseguiu MARIA VIANNA
derrubar e vibre com as tentativas e conquistas Aniversário: 08/09
dos pequenos.
54 GRUPO 2
A cada início de mês, organize o cartaz de ani-
versariantes com a participação dos pequenos.
Para isso, cole, com fita adesiva, esses cartões com
a fotografia no cartaz Aniversariantes.
No dia do aniversário de cada criança ou na
data mais próxima, caso o aniversário seja em
um feriado ou fim de semana, proponha à turma
que cantem parabéns e brinquem de aniversário,
de apagar velinhas, fazer um bolo com areia ou
massinha de modelar, entre outras brincadeiras
simbólicas.
3. RÉGUA DO CRESCIMENTO
Monte o cartaz conforme as orientações de re-
corte e colagem que constam nele. Em seguida, fixe-o Em um primeiro momento, apresente, em um
na parede com o marco 0 cm da régua rente ao chão. clima de alegria, as fotos à turma. Verifique se to-
Para acompanhar o crescimento das crianças, das as crianças se reconhecem e se identificam os
combine que, periodicamente, elas farão sessões colegas.
para conferir quanto cada uma cresceu naque- Em seguida, convide as crianças para sentar
le período. Para isso, crie marcações, que podem em círculo e disponha todas as fotos no chão, com
ocorrer no próprio cartaz ou em uma etiqueta fixa- as imagens viradas para baixo. Convide um dos pe-
da na parede, ao lado do cartaz. quenos para escolher uma foto e revelar ao grupo
A cada tomada de medida, anote o nome das quem é, de preferência, falando o nome do colega,
crianças ao lado da marca indicativa de sua altu- entregando-lhe a foto e dando-lhe um abraço. Se-
ra. Comemore com os pequenos todo crescimento pare as imagens das crianças ausentes no dia.
observado! Quando todas as crianças já estiverem com
suas fotos em mãos, apresente o cartaz Chamada
4. CHAMADA à turma. Fixe-o em um lugar que esteja no campo
visual e no alcance das mãozinhas das crianças. Em
Os materiais necessários para confeccioná-la
seguida, convide os pequenos para colar as suas fo-
são:
tos nos espaços correspondentes do cartaz. As fo-
• cartaz Chamada; tos devem ser fixadas com fita-crepe. Para isso, au-
• fita-crepe; xilie as crianças, cortando e colando os pedaços de
• fotos recentes das crianças; fita no verso das fotos ou diretamente no cartaz.
• plástico adesivo transparente; Por último, apresente à turma a casinha feita
• caixa de sapatos; com caixinha de sapatos e conte às crianças que as
fotos dos colegas ausentes naquele dia serão ca-
• retalhos de papel;
rinhosamente guardadas dentro desse recipiente.
• cola branca atóxica;
Repita esse procedimento diariamente, va-
• canetas hidrocor. riando as estratégias, por exemplo: cantando uma
Enfeite a caixa de sapatos com os retalhos canção para as crianças selecionarem as suas ima-
de papel, cola, canetas hidrocor e outros mate- gens; solicitando a cada uma que pegue a sua pró-
riais que desejar para simular uma casa. Desenhe pria foto; escondendo as fotos pela sala; criando
portas, janelas e o telhado (na tampa da caixa). estratégias para a seleção das fotos (“Maria, pe-
Providencie a impressão/revelação das fotos das gue a foto de um colega que usa óculos.”; “João,
crianças e, se possível, passe o plástico adesivo por favor, encontre a imagem de um colega que
transparente sobre elas, para conferir maior dura- está usando uma camiseta vermelha.”; e assim por
bilidade às fotos. diante).
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AO PROFESSOR
REFERÊNCIAS
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