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ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................ 3

CAPÍTULO 1 - Não tenha medo .. 5

CAPÍTULO 2 - Preparando o
ambiente.......................................... 24

CAPÍTULO 3 - Recém Nascidos


e o chão ........................................... 38

CAPÍTULO 4 - Os fantasmas
do chão ........................................... 47

CAPÍTULO 5 - Minhas indicações


de brinquedos ................................ 57

CAPÍTULO 6 - Adaptação ao
chão.................................................. 75

CAPÍTULO 7 - Hora da ação ....... 87

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........... 93

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 94

Clique nos títulos para seguir a página.


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OLÁ FORMIGUINHA!
Antes de mais nada quero lhe parabenizar por ter adquirido
este e-book.

Compreender a importância da liberdade de movimento


para o bebê é fundamental para se ter realmente a segurança
necessária para colocar um bebê no chão.

Porém sei que este não é um tema muito abordado por aí,
desde que tenho disseminado o quanto o chão é fundamental
para nossas crianças algumas questões tem sido bem
frequentes no meu dia a dia e elas me levaram a escrever esse
conteúdo.

Vou listar essas questões e provavelmente você se encaixa em


alguma delas:

1 Estou gestante e tenho dúvidas em relação ao que comprar


para iniciar o chão.

2 Meu bebê é recém-nascido, quando e como posso começar?

3
Não sabia dessa importância e meu filho já tem seis meses, e
agora? Consigo recuperar este tempo?

4
Coloquei meu bebê mais tarde no chão e ele não quer ficar,
chora muito e eu não sei mais o que fazer.

5 Existe contra indicação do chão?

6 Posso colocar no edredom?

7 Tapetinho ou tatame?

8 Meu bebê tem refluxo, posso colocar no chão?

9 Quando posso começar o chão com meu bebê?

10 Quanto tempo e qual a frequência?

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Vou tirar todas essas dúvidas e falar de cada situação


específica aqui.

Tenho absoluta certeza que esse conteúdo vai te acalmar,


trazer tranquilidade para seu dia e lhe fornecer a segurança
necessária para desenvolver o melhor do seu bebê no chão!

Mas o melhor de tudo, você vai ter um bebê feliz, calmo e


seguro desenvolvendo suas habilidades de forma divertida,
natural e adequada.

Estão prontas?

4 ÍNDICE
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CAPÍTULO 01:
Não tenha medo!

O primeiro passo é entender o motivo de colocar seu bebê


tão novinho no chão e desmistificar essa crença de que
“machuca a coluninha”, “força a cabecinha dele”, “faz o bebê
sofrer” e muitas outras pérolas que falam por aí. Acredite que
alguém vai te falar isso, se já não falou

E é importante que você e seu parceiro(a) estejam alinhados


e na mesma sintonia.

Precisam ter a segurança e força necessárias para ajudarem


o bebê de vocês e lidarem bem com os palpites indesejados.

Mais eficaz que isso é explicar a relevância de tal atitude,


com todos os pingos nos is mesmo. E se mesmo assim não
entenderem, que fique bem claro que você é a mãe (pai),
ou qualquer responsável pelo seu bebê. Você deve ser
respeitada!
Mais eficaz que isso é explicar a relevância de
tal atitude, com todos os pingos nos is mesmo.
E se mesmo assim não entenderem, que fique
bem claro que você é a mãe (pai), ou qualquer
responsável pelo seu bebê. Você deve ser
respeitada! -HAYWOOD, 1986

Para que este processo aconteça de maneira plena


dependemos da inter-relação de alguns fatores.

São eles:

Genéticos ;
Psicológicos;
Culturais;
Ambientais (aqui entra o chão).

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O desenvolvimento motor é influenciável pelas interações


entre o indivíduo e o contexto em que o bebê está inserido.2

A criança é suscetível aos estímulos vindos do ambiente,


o que torna essenciais e oportunas as várias formas de
movimentos que possam garantir o desenvolvimento e o
crescimento adequados, pois proporcionam competências
para ela corresponder às suas necessidades e às de seu meio.3

O meio em que o bebê vive influencia seu aprendizado


motor de maneira complexa, e a casa é o principal agente de
aprendizagem e desenvolvimento.4

Neste contexto estão incluídos jogos, práticas culturais e


brinquedos disponíveis à criança, os quais exercem grande
influência no desenvolvimento de suas habilidades motoras e,
principalmente, no incentivo dos pais nesse processo.4

Isso significa que a herança genética herdada dos pais, a


forma como essa criança é tratada e sua cultura tem influência
direta em seu pleno desenvolvimento neuropsicomotor.
Mas olhe que incrível minhas caras formiguinhas, o fator
ambiental é capaz de modificar os outros fatores.

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Um estudo publicado na Revista Brasileira de Fisioterapia


em 2006 avaliou como as práticas da mãe influenciam o
desenvolvimento motor do bebê. Os resultados sugerem que
as práticas que estimulam a adoção da postura de quatro
apoios e a utilização do chão como local de permanência
influenciam positivamente o desenvolvimento motor da
criança. Estes resultados trazem o desafio de conseguir
a adesão das famílias, às freqüentes orientações sobre
a utilização do chão como espaço enriquecedor para o
desenvolvimento dos bebês.

De acordo com o autor o desempenho motor dos bebês


que utilizavam o chão como espaço para brincar, manifestou
desenvolvimento motor além dos que utilizavam o carrinho
como local de permanência. No carrinho uma quantidade
menor de estímulos é oferecida, além da restrição visual e
movimentação, o bebê pode apoiar-se na parte posterior
do carrinho diminuindo a quantidade de reações e ajustes
posturais de tronco. Quando crianças são mantidas sem
condições de moverem-se livremente, podem ocorrer
prejuízos no aprendizado e na utilização dos mecanismos de
feedback, essenciais para aquisição das habilidades motoras.
Manter os bebês a maior parte do tempo no colo, no berço,
no carrinho ou cadeira de bebê pode ser considerado uma
condição negativa para o desenvolvimento motor.5

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De acordo com uma pesquisa em Yucatan (México),


bebês que permanecem a maior parte do tempo no
colo desenvolvem precocemente habilidades motoras
apendiculares e tardiamente habilidades motoras axiais como
engatinhar e andar com e sem apoio. As habilidades de sentar,
ficar em pé e andar sem apoio, ocorrem de maneira mais
precoce nos bebês africanos em relação aos americanos.
As mães ocidentais deixavam seus bebês por muito tempo no
berço, enquanto as africanas os carregavam a maior parte do
dia enquanto realizavam suas atividades.6

No Brasil uma pesquisa comparou o desempenho motor de


bebês brasileiros e americanos durante o primeiro ano de
vida. Foram observadas diferenças no 3º, 4º e 5º mês de vida
em favor dos americanos nas habilidades de sentar e de
preensão, provavelmente por variações no ambiente e nas
práticas maternas distintas. Bebês brasileiros apresentaram
desempenho inferior aos canadenses durante o primeiro
semestre de vida e uma possível explicação para o baixo
desempenho seria a falta de costume materno das brasileiras
em posicionar seus filhos em prono.7

Sabemos que ainda existe um grande caminho a ser


percorrido, mas no que depender de mim e agora de vocês,
vamos mudando pouco a pouco esse pensamento de que
chão não é bom para o bebê.

Ele é extremamente necessário!

Chão é vida!

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E POR QUE O CHÃO?


Outro dia em um insta de uma influenciadora perguntaram
em uma caixinha se o bebê dela de cinco meses já estava
brincando no chão, e ela respondeu que ela ainda o
considerava muito novinho e molinho mas que quando ele
conseguisse engatinhar ele iria para o chão.

Eu fiquei imaginando como esse bebê pode aprender a


engatinhar sem treinar para isso.

Para que ele chegue na habilidade de engatinhar antes


ele precisa vivenciar outras habilidades prévias e tão
importantes quanto.

Haywood (1986) refere-se ao desenvolvimento motor como


um processo gradativo de refinamento e integração das
habilidades e dos princípios biomecânicos do movimento,
de modo que o resultado seja um comportamento motor
consistente e eficaz.

Ele ainda afirma que a eficácia é alcançada na prática de um


comportamento.

Ou seja, se seu bebê não treinar, tentar e tentar ele não realiza
o movimento.

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TEORIA DA ENGRENAGEM:
Costumo dizer que todo o desenvolvimento motor do bebê
funciona como uma engrenagem, ou seja, uma habilidade
sempre depende da anterior, se uma roda a outra também
roda e engrena bem.

Segundo Prado (2001) as etapas do desenvolvimento


não são estáticas e a frequência das aquisições motoras
são encadeadas, sendo cada uma preparatória das
subsequentes. As idades em que são alcançados os marcos
do desenvolvimento são utilizados como dados estatísticos
e servem como guias para o reconhecimento dos desvios da
normalidade.14

Percebam nessa imagem como cada etapa só existe porque a


anterior foi concluída com sucesso.

(Escala Motora Infantil de Alberta, AIMS)

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Então para que essa engrenagem perfeita aconteça precisamos


claramente de dois fatores.

1 Superfície plana e rígida para os movimentos na posição


de barriga para cima e de barriga para baixo.

Não é colchão (falarei disso já já). Somente a partir dessa


situação esse desenvolvimento céfalo-caudal acontece, ou
seja, primeiro o bebê adquire controle de cabeça para depois
fortalecer os ombros e braços rolando e pivoteando, com esse
bom controle ele pode ser sentado com autonomia e a partir
daí adquirir o controle de quadril e pernas no arrasto e ou
engatinhar.

Quando ele ganha o controle de membros inferiores é capaz


de se colocar de pé.

Nessa imagem podemos entender esse desenvolvimento da


força muscular de cima para baixo (cefalocaudal) e do centro
para as extremidades (próximo-distal).

(Imagem: Autora,2018)

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2 Não pulamos etapa!

Isso mesmo formiguinha, o bebê se coloca em pé sozinho!


Só quando ele fizer isso sozinho é que ele tem sistema
muscular, articular e ósseo realmente preparados para isso!
Um bebê que é posicionado antes da hora em pé tem todos
esses sistemas prejudicados.

Antes do sexto mês por exemplo existe um reflexo primitivo


(SUPORTE POSITIVO*) que confunde bastante os pais e
cuidadores dando a impressão que o bebê quer ficar em pé
e já tem força para isso. Esse bebê então colocado nesta
postura desde muito cedo além de forçar suas articulações
vive essa experiência que é muito bacana e confortável para
ele (eles realmente adoram) e não querem mais ficar no chão
vivenciando as posturas que realmente precisam naquele
momento.

O chão se torna chato, o bebê então chora e fica bem difícil


todo esse processo. Não é o que queremos.

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Reflexo Suporte positivo: O suporte positivo é considerado


normal desde o nascimento até o segundo ou terceiro mês de
vida. Esse reflexo é testado segurando-se o bebê de pé sobre
uma superfície de apoio. Com isso, o bebê realiza suporte em
extensão, significando resposta em padrão extensor total;
resquícios desta resposta são comuns até, aproximadamente,
sete meses.15

A mesma “teoria” é válida para o momento


ideal de colocarmos o bebê sentado.

Essa temática gera a


maior confusão também e quero
esclarecer de forma clara aqui
para vocês.

Geralmente o bebê deve iniciar


sua introdução alimentar
próximo ao sexto mês de vida,
e um bebê só se coloca sentado
(faz a transferência mesmo)
de forma independente a partir
do sétimo, oitavo mês. (FLEMIG, 2002)

Então como essa conta não fecha precisamos começar a


posicionar o bebê sentado com apoio um pouco antes da
I.A. para ir fortalecendo e ajustando o tronco além de
favorecer o alcance manual para o bebê estar
pronto.

Quero chamar a atenção de vocês aqui é sobre o “bebê estático”.

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BEBÊ ESTÁTICO
Utilizamos esse termo para definir um bebê que foi
posicionado sentado sem que estivesse adaptado ao bruços
no chão e com as habilidades conquistadas até então.

Essas habilidades até aqui são rolar (virar para o bruços e


desvirar) e pivotear.

Rolar (virar para o bruços e desvirar)

Precisamos lembrar que o rolar totalmente é esperado até


o final do sexto mês de vida (5 meses e 29 dias), então se
o bebê ainda não o realiza, porém está bem adaptado ao
chão e ao menos ele está se esforçando para conseguir você
pode oferecer a experiencia da postura sentado, ainda dando
prioridade ao bruços.

Pivotear (movimento de girar no próprio eixo


de barriga para baixo)

Essa habilidade é esperada até o final do quinto mês (4 meses


e 29 dias), ela é bem importante para o bebê pois oferece
força de abdominal lateral e habilidades dos bracinhos do
bebê (essenciais para o sentado).
Além disso o pivoteio é um movimento que oferece certa
autonomia para o bebê, permite que ele explore mais o chão
em busca de um objetivo e dessa forma o acalma.

Se o bebê é posicionado sentado sem essas habilidades


anteriores acima ele apresenta grandes chances de não
ter mais nenhum interesse em adquiri-las. Muitas vezes o
ambiente está tão confortável para ele ali sentadinho com
os brinquedos próximos que não faz sentido algum ele
sair dessa posição para rolar e pivotear.

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Devemos sempre ter em mente que nossos pequenos só


vão realmente ter interesse em realizar alguma habilidade se
realmente tiverem muita curiosidade naquele objetivo.
E objetivo pode ser um brinquedo diferente ou até mesmo um
pacotinho de lenço umedecido, sabemos que eles amam tudo
que não é brinquedo não é?

Esses brinquedos que não são próprios para o bebê brincar se


chamam “brinquedos não estruturados” e permitem uma grande
criatividade e imaginação quando eles tentam dar função para
aquilo de uma maneira muito individual.
Por isso use e abuse das suas vasilhas, colheres de pau, bucha de
banho e tudo que for seguro para seu bebê em casa.

Voltando ao assunto bebê estático preciso finalizar dizendo


como é importante que seu filho esteja no chão desde muito
cedo. Só assim ele vai vivenciar as oportunidades de posturas
deitado e quando estiver próximo ao sexto mês de vida pode ser
posicionado sentado para a introdução alimentar sem que isso
gere nenhum prejuízo para ele.

Uma dica valiosa para que ele não fique estático é ensinar a
transferência do sentado para o bruços. Essa transferência é
ensinada no ebook “Meu primeiro ano” que provavelmente você
tem.

Concluímos então que...

O bebê vai ser posicionado sentado com cinco meses com


apoios laterais (travesseiros ao lado e atrás) ou sua perna.

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Com seis meses ele deve


ser capaz de quando se
desequilibrar apoiar com
as mãozinhas para frente.

Com oito meses deve


conseguir apoiar as
mãos ao lado do corpo
para não cair.

Somente com dez meses


sim o bebê é capaz de
estar com controle total
de tronco.

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Quando e por quanto tempo colocar no chão?

Desde os primeiros dias de vida.

Quando eu peço para colocar desde


sempre no chão não é porque quero
que vocês criem super bebês, até porque
um recém-nascido não vai apresentar
nenhuma grande habilidade motora.

Esse hábito desde cedo vai oferecer experiência e fazer com


que ele se acostume com o chão, aí sim quando realmente
seu repertório motor maior for se iniciando temos um bebê
adaptado e prontinho para explorar seus movimentos.

Importante frisar aqui neste capítulo que o chão não é só


bruços, estar de barriguinha para cima é tão importante
quanto. Dividir as duas posições é fundamental.
De barriga para cima o bebê que agora tem em sua
predominância atividades reflexas vai se movimentando e
aos poucos integrando ao movimento voluntário de braços e
pernas.

De barriga para baixo ele sente o aconchego da barriguinha


no chão (ótimo para eliminar gases) e inicia aí a experiência
contra a gravidade tentando movimentar a cabecinha.

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REFLEXO DE MORO
Não podemos esquecer do reflexo de moro, aquele famoso
sustinho que o bebê tem quando é exposto à algum estímulo
ambiental, sabemos o quanto ele interfere na qualidade do
sono do bebê.

Alguns cuidadores optam por fazer o charutinho nos primeiros


meses de vida para conter esse reflexo. Eu aconselho que se
você quiser fazer não aperte muito os braços e as perninhas,
mantenha as pernas sempre em formato de M para não
prejudicar o quadril do bebê, retire o charutinho até o terceiro
mês, a partir dessa idade é essencial que os movimentos
voluntários estejam livres integrando os reflexos primitivos.

Olha que legal! Talvez você não saiba, mas o reflexo de moro é
integrado de forma mais efetiva quando o bebê é colocado de
bruços. Conforme ele vai se movimentando voluntariamente
ele vai integrando o reflexo e deixando-o bem imperceptível.

Os estímulos ambientais agora para esse bebê no chão são


totalmente sensoriais, ou seja, visuais, auditivos e táteis.

Reflexo de Moro: É uma reação corporal maciça, que tem a


particularidade de induzir uma brusca extensão da cabeça,
alterando sua relação com o tronco. Consiste na extensão,
abdução e elevação de ambos os membros superiores,
seguida de retorno à habitual atitude flexora em adução.15

(FLEMIG, 2002)
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QUANTO TEMPO FICO NO CHÃO COM MEU BEBÊ?


Esqueça o relógio, contar os minutos que seu bebê passa
no chão não é o mais importante. A frequência sim faz a
diferença.

Eu prefiro que ele vá para o chão várias vezes ao dia por


pouco tempo do que ele ir ao chão uma vez por dia durante
uma hora por exemplo.

A frequência cria o hábito, familiariza o bebê à situação.


Aqui é fundamental que nosso parâmetro seja a tolerância, ou
seja, precisa ser divertido.

Observe os seguintes sinais:

- Choro
Aqui é choro mesmo tá? Saiba reconhecer quando seu bebê
está só conversando na língua dos bebês e chorando mesmo.

- Cansaço
Bebê gemendo, principalmente de bruços, descendo a
cabeça e esfregando o rostinho no chão.

Notou alguns destes sinais é hora de acolher, se ele estiver de


bruços, desvire-o para barriga para cima e aí então dê o colo
e mude o ambiente, em outro momento você volta.

Pode ser que no primeiro dia ele fique um minuto, no outro


dia três minutos e assim a cada dia ele vai ficando mais e mais.
Livre-se da ansiedade e pressão, um dia de cada vez, um
pouco por dia, nos passos de formiguinha!

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DEVO INCENTIVAR MEU BEBÊ O TEMPO TODO?


Compreender as etapas do desenvolvimento motor é
importante para podermos incentivar nossos bebês de forma
respeitosa e evitar pularmos etapas fundamentais gerando
assim prejuízos neste caminho.

Porém também é tão importante quanto que nossos bebês


aprendam a brincar sozinhos, criando assim no ócio suas
próprias atividades, estimulando a imaginação e criatividade.

Por isso não se cobre em estar o tempo todo pensando no


que fazer com seu bebê, inclusive é naquele tempinho sozinho
no chão que do nada ele vai rolar pela primeira vez. Eu sempre
digo que equilíbrio é tudo! Se organize para estar em alguns
momentos com seu pequeno no chão e em outros ofereça o
ambiente ideal para que explore livremente seus movimentos.

POSSO BRINCAR COM MEU BEBÊ NO COLCHÃO?


Tanto a cama, sofá ou até mesmo o colchão no chão não são
lugares apropriados para você estimular seu bebê.
O macio do colchão facilita algumas habilidades e dificulta
outras, por exemplo o bruços na superfície mais mole é muito
mais difícil do que no chão, enquanto que a habilidade do
arrasto traz muito mais segurança para o bebê no mole do que
no duro (chão).

Quando damos a oportunidade para o bebê explorar


inicialmente o colchão e depois transferimos para o chão ele
estranha demais e com certeza não vai querer ficar. E se ele
brinca hora no colchão e hora no chão confundimos bastante
a cabecinha dele, pois a organização do corpinho nas duas
superfícies para a mesma habilidade é totalmente diferente.

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Fora o risco enorme de quedas, já atendi bebês com


traumatismos cranianos por cair da cama. Um segundo basta
para você piscar e o bebê resolver rolar pela primeira vez e
cair.

Por isso o ideal é que utilizamos o colchão para dormir e o


chão para brincar.
Dessa forma o bebê já aprende desde cedo todos os
movimentos necessários para realizar as habilidades
importantes em cada etapa.
Quando eu falo chão é sempre um tapetinho apropriado,
tatame ou até mesmo um cobertor no chão tá, nunca chão
sem nada. Mas sobre isso teremos um capítulo inteiro em
breve para conversarmos bastante.

Prontinho, agora que tirei essas dúvidas bem comuns para


esse primeiro momento de chão é hora de preparar o
ambiente.

Vamos que vamos!

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MEU BEBÊ ADORAVA O CHÃO E AGORA NÃO GOSTA


MAIS, O QUE PODE SER?
REAÇÃO DE LANDAU (Popular “paraquedas”)

Seu bebê até um dia atrás estava tranquilo no chão e sem um


motivo aparente começou a chorar no bruços e estender seus
braços para trás e perninhas para cima como se imitasse o
super homem ou até como algumas mães dizem, parece que
está caindo de paraquedas?

Claro que pode ser muitas coisas, uma desorganização


maturacional por estar aprendendo novas habilidades, um
dentinho, o ritmo de sono que mudou, enfim, muitas coisas
mesmo se tratando de um bebê.

Mas se ele estiver próximo aí do seu quinto mês de vida


(alguns até com seis , sete meses) é muito provável que uma
reação esteja desorganizando o bruços do seu bebê fazendo
com que ele fique bem frustrado.

Nessa idade o bebê quer se arrastar na tentativa de buscar


um brinquedo e essa habilidade deve ser esperada realmente
aqui. Porém também nessa mesma idade essa reação
denominada LANDAU surge e se torna bem persistente até ir
se integrando perto dos sete meses de vida e finalmente dar
paz para nossos pequenos.

O que você precisa saber é que essa reação presente significa


que o desenvolvimento motor do seu bebê está saudável, ela
é fundamental para que o bebê seja capaz de sentar e andar.
Mas para que todo esse processo seja o mais leve e tranquilo
possível seu bebê precisa aprender a integra-la ao seu
movimento voluntário.

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(Reação de Landau/Imagem: fcm.unicamp.com.br)

É desencadeada quando o bebê é suspenso na posição


prona. Observa-se elevação da cabeça acima do tronco. Em
seguida o tronco é retificado e as pernas estendidas. Quando
o examinador flete a cabeça, as pernas se fletem.

Para ajuda-lo nesse processo de integração você deve sempre


o trazer para o movimento funcional, ou seja, dê uma função
para seus membros superiores, algo para ele manusear à
frente bem pertinho dele.

Sempre que ele estiver no movimento de extensão coloque


o brinquedo à sua frente, se mesmo assim ele não conseguir
trazer os braços pode auxiliar fazendo o movimento por ele.
Repita quantas vezes for preciso. A dica é: braços sempre à
frente.

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CAPÍTULO 02:
Preparando o
ambiente:
Você vai precisar de um espaço bem iluminado, de preferência
iluminação natural, e bem arejado.

Neste primeiro momento pensando em um bebê recém-


nascido o espaço pode ter 100cmx100cm agora, não precisa
ser nada muito espaçoso.

Depois conforme o bebê vai crescendo e ganhando as


habilidades motoras (próximo ao quarto mês de vida) ele
precisa de um espaço um pouco maior. Aquele espaço entre
sua estante da sala e o sofá é ideal!

Se seu bebê tem menos de quatro meses você pode preparar


um edredom no chão, se ele já tem mais que isso o ideal é
realmente um tapetinho ou tatame apropriado.

Com quatro meses aproximadamente o bebê sente


necessidade de sair do lugar, ele dá indícios de rolar, pivotear
e arrastar e o edredom vai se enrugando e atrapalha a
movimentação.

Por falar em tatame e tapete, vamos conversar sobre eles!

TAPETE OU TATAME?
Não existe o melhor, na verdade é uma opção bem individual.
Eu por exemplo prefiro o tapetinho, acho mais fácil para
limpar e enrolar para guardar caso precise tirar do local.

Por outro lado, não são todos os tapetinhos que possuem


amortecimento ideal, digo ideal aquele com espessura de no
mínimo 0,6 à 1 cm.

Se você mora em uma região mais fria prefira também aquele


revestido com material térmico, com relação ao tamanho
eles variam muito, meça o espaço que você pretende
colocar e escolha essa medida.

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Os tapetinhos que apresentam essas características


geralmente são mais caros que os tatames.

Os tatames são geralmente mais grossos e mais baratos que


os tapetinhos, porém precisam ser montados, se você for
precisar ficar retirando e colocando pode ser mais trabalhoso.
Os bebês maiores também adoram ficar tentando desencaixar,
o que não deixa de ser divertido! Aqueles tatames com
números e letras são bem didáticos, porém muitas mães já
reclamaram para mim sobre os números ficarem saindo e os
buraquinhos ficam mais susceptíveis à sujeira e a rasgar.

Alguns tatames tem um lado mais macio e um mais áspero,


prefira o mais áspero pois auxilia bastante na percepção dos
sentidos do bebê e auxilia nas habilidades, como o arrasto por
exemplo.

Com relação às cores e estampas não existe nenhuma melhor


recomendação, nós sabemos que os bebês até seis meses não
enxergam com riqueza de detalhes e as cores contrastantes
chamam mais a atenção. Alguns pais preferem o tapetinho ou
tatame com cores mais neutras, preto, branco, bege, rosinha
claro. Outros preferem os coloridos com cores vivas e cheio
de detalhes. Essa não é uma questão relevante quanto ao
melhor desenvolvimento motor de um bebê.

Ahhh, preciso dizer também que o tapetinho ou tatame se faz


muito necessário do quarto até o décimo mês de vida, que é
quando o bebê treina suas habilidades e transferências nele,
quando um bracinho ou perninha se desorganiza eles caem (e
precisam cair) amortecendo a queda e impacto.

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Depois disso, eles vão explorar a casa toda, saindo do


tapetinho, pode deixar tá?
Só mantenha o ambiente seguro e supervisione. Mas mesmo
que já tenhamos em casa um baby super explorador, aquele
cantinho do tapetinho ou tatame será sempre seu lugar
preferido, onde ficam seus brinquedinhos e ele se sente
seguro e feliz lá.

Selecionei alguns tapetinhos que indico para vocês:

(Cor mais neutra)

(Esse é o da Helena)

(Mais colorido)

(Essa opção dobrável nos permite


levar na cozinha por exemplo
pois você consegue adaptar ao
tamanho do seu espaço)

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Tatames:

(Coloridos)

(Com letrinhas)

(Cores mais
neutras)

Enfim, como eu disse lá em cima, o que importa aqui é a


espessura, as cores, tamanho e modelos vai depender de
você. Para encontrar esses que selecionei é só dar um google
“tapetinho de bebê colorido” “tapetinho de bebê cor
neutra” e assim vai. Não quis ser injusta com outras
marcas dando os nomes aqui.

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ONDE COLOCAR O TAPETE OU TATAME?


Essa questão parece sem importância, mas acredite que faz
muita diferença!
Já atendi pais que me procuraram para ajuda-los com a
adaptação do bebê ao chão pois era algo que só trazia
estresse e frustração.

Quando avaliei o ambiente, o tapetinho ficava no quarto


do bebê, e conversando com eles sobre os momentos do
brincar no chão, me disseram que iam para o chão no quarto,
brincavam um pouco, mas logo iam para a sala e cozinha para
assistir tv ou preparar algo para comer e já levavam o bebê
junto no colo.

Logo compreendi o motivo dele não querer ficar no chão, na


verdade não era o chão, e sim o quarto.
Ele se sentia excluído das atividades da casa quando era
colocado lá, queria estar com os pais na sala, na cozinha,
enfim, queria se sentir parte daquele contexto.
Pedi então que eles colocassem o tapetinho na sala, em frente
ao sofá e prontinho, em uma semana já tínhamos um bebê
adorando o chão e uma família integrada e feliz.
A mãe me contou que conseguia tomar seu café com ele
brincando no chão e inclusive ele se desenvolveu muito mais
depois disso.

Simples né?

Como higienizar o tapete ou tatame?

Diariamente com pano com água e sabão ou detergente


neutro.

Uma vez por semana dilua um pouco de álcool na água e


passe com pano.

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DISPOSIÇÃO DOS BRINQUEDOS


Já atendi mães que me procuraram para ajuda-las com seus
bebês que não tem interesse em sair do lugar. O relato
sempre é muito parecido, são bebês que não se interessam
por brinquedos e preferem colocar a mão na boca ou até
mesmo ficar olhando para o ventilador quietinho.

Quando vou avaliar seu ambiente na maioria das vezes o


bebê está com tantos brinquedos por perto que noto uma
certa irritabilidade e realmente falta de interesse entre tantos
estímulos.

Ele se sente em dúvida de qual escolher e prefere então


não buscar nenhum, esse excesso de fato estressa nossos
pequenos.

O ideal é que você separe sempre no máximo três brinquedos


por vez e guarde o restante em uma caixa longe da vista
do bebê. Utilize esses brinquedos por dois ou três dias e só
depois guarde e troque por outros três.

Dessa forma você sempre terá novidade e seu filho sempre


estará interessado nas atividades.

Saber quais brinquedos oferecer em determinada fase do


desenvolvimento é fundamental.

Por isso fiz um capítulo só sobre esse assunto! (pág 58)

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O que quero falar aqui e que é muito importante é sobre a


localização do brinquedo no chão. “Nossa Dani até isso?” Opa
formiga! Posso te dizer que é a cereja do bolo!

Como já falei também bebês só realizam o movimento por


interesse em alguma coisa, então onde essa “coisa” vai estar é
crucial!

Já auxiliei bebês que estavam extremamente estressados


no chão e a mãe pedindo ajuda desesperada quando em
avaliação na verdade o brinquedo estava longe do alcance
dele sem que ele tivesse a menor capacidade e maturidade
neurológica para conseguir pega-lo. Foi só trazer esse
brinquedo para perto que ele se acalmou e passou a gostar
do chão.

Mas então o brinquedo não tem que estar longe? Tem, se


ele tiver seis meses e for ensinado a arrastar para alcança-lo!
Antes disso é pertinho para desenvolver força nos bracinhos
(esfinge se for mais alto), na diagonal (pivoteio) e assim
sucessivamente.

Vamos entender isso então?

Até três meses os brinquedos devem estar no alto dispostos


em um arco de atividades ou mesmo como eu coloquei aqui
na imagem, esse eu criei com o spaguetti de piscina colocado
em duas latas de leite e amarrei brinquedinhos leves em
pontos estratégicos.

É muito importante que o brinquedo do meio esteja alinhado


ao centro (nariz do bebê) e a uma distância de 25 a 30
centímetros do rosto do bebê.

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Essa é a distância que ele tem maior acuidade visual.

Ele também precisa conseguir tocar o brinquedo pois nessa


etapa esperamos o alcance manual a linha média.
Você pode posicionar seu bebê desde recém nascido assim
porém ele vai mesmo se interessar pelo brinquedo a partir de
um mês de vida.

Com um mês ele vê o brinquedo, com dois ele tenta tocar e


com três já consegue pegar com as duas mãos o brinquedinho
do meio.

Você pode manter essa brincadeira até o quarto mês se


quiser, depois disso o brinquedo deve estar no chão para
incentivar as próximas habilidade. Se quiser continuar
utilizando, coloque o bebê de bruços e o brinquedo á frente
para incentivar a esfinge por exemplo.

(Do primeiro ao quarto mês)

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LATERALIZAR (BRINQUEDO AO LADO)

A partir do terceiro mês de vida o bebê é capaz de lateralizar


ao ser incentivado por um brinquedo ao lado na linha do
ombro.

ROLAR (VIRAR PARA O BRUÇOS)


(BRINQUEDO NA DIAGONAL)

Quando o bebê está de lado e um brinquedo é colocado


acima da cabeça na diagonal ele tenta levar os braços
até o brinquedo fazendo a dissociação necessária
de ombro e depois de quadril fazendo o movime-
nto de virar para o bruços.

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PUPPY - FORTALECIMENTO DOS


MEMBROS INFERIORES - 3 MESES

Quando o brinquedo é posicionado bem embaixo do rosto


do bebê ele tem a capacidade de explora-lo e colocar
na boca enquanto fortalece os músculos da cervical e
membros superiores. Esse fortalecimento é importante para
o puppy (posição de bruços e antebraço apoiado no chão)
já preparando a esfinge (extensão dos cotovelos de bruços
elevando peito e abdomem superior do chão).

ESFINGE (BRINQUEDO MAIS ALTO À FRENTE)


3 A 5 MESES

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Quando o bebê já tem bastante habilidade com o brinquedo


mais baixo oferecemos então um mais alto, isso possibilita
que ele tente explora-lo com uma mão enquanto mantém o
outro antebraço no chão para o apoio. Esse treino fortalece
muito os membros superiores do bebê já que exige que ele
descarregue o peso e o controle em um braço só. (segunda
imagem)

Após brincar bastante assim seu bebê terá a força suficiente


para estender os dois cotovelos adquirindo dessa forma a tão
sonhada esfinge. (terceira imagem)

PIVOTEIO (BRINQUEDOS EM CÍRCULO)


4 MESES

A partir do quarto mês de vida os brinquedos


também podem ser posicionados como se você
seguisse um desenho de um círculo.

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Isso o incentiva a pivotear, um movimento em que o bebê


aciona os músculos abdominas e costais laterais e movimenta
os bracinhos para girar o corpo de bruços como um ponteiro
de um relógio.

Essa atividade é bem explicadinha no ebook (Meu primeiro


ano) que provavelmente você já tem.

ARRASTO (BRINQUEDO À FRENTE QUASE AO ALCANCE)


6 MESES

Agora sim a partir do sexto mês de vida o bebê tem a força


necessária para se colocar a frente, então o brinquedo deve
ser posicionado à sua frente mas não muito longe.

O brinquedo muito longe do bebê desencoraja, ele pode


desistir, então coloque onde seu bebê quase pode toca-lo.

Ele vai tentando se esticar ao máximo e nesses movimentos


ele vai elevar o bumbum e em um movimento mais primitivo
ele apoia a cabeça no chão para se impulsionar á frente.
De tanto treinar ele aperfeiçoa os movimentos e enfim
consegue arrastar utilizando membros superiores e
inferiores de uma maneira bem simétrica e
coordenada.

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SENTADO (BRINQUEDO ALTO Á FRENTE)


5 MESES

Como já falamos muito no capítulo 2 o bebê que já tem a


adaptação do chão pode ser posicionado sentado.

Porém alguns estranham a posição e se jogam para trás ou


escorregam o bumbum tentando sair da posição.

Para que esse posicionamento seja interessante para eles


coloque um brinquedo alto à frente dele, isso o manterá na
postura mais interessado e fará com ele tente se alinhar cada
vez mais para interagir com ele.

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TRANSFERÊNCIA DO SENTADO PARA O BRUÇOS


(BRINQUEDO NA DIAGONAL NA LINHA DO JOELHO)
7 MESES

A partir do sétimo mês de vida o bebê já se senta com reação


de apoio à frente e ao ver um brinquedo um pouco mais longe
ele leva o tronco em sua direção na tentativa de pega-lo.

Se esse brinquedo estiver ao alcance dele, ele pega e pronto.


Se estiver longe ele se joga em direção ainda de maneira não
muito refinada, esse “se jogar” é fundamental para evitarmos
que o bebê fique estático e também para que inicie o treino
da transferência do sentado para o bruços. Essencial para sua
autonomia e independência no chão.

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CAPÍTULO 03:
Recém nascido
e o chão.
Para abordarmos esse assunto é muito necessário que
entendamos sobre exterogestação.

Conhece esse termo? Define os três primeiros meses de um


bebê fora do ambiente uterino, é como se ele sentisse que
ainda está lá.

No útero o bebê recebe alimento através do cordão umbilical


em livre demanda, se sente profundamente acolhido, tem
ciclos de sono descontinuados e flutua sem a força da
gravidade.

Dentro da barriga da mamãe ele está bem encolhidinho em


flexão de todas as articulações e seus pequenos movimentos
são reflexos, ou seja, involuntários.

Pois bem formiguinha, sair dessa maravilha de ambiente e vir


pro mundão não é tarefa fácil, o bebê precisa ir se adaptando
aos poucos, e nesses primeiros meses aqui fora vão querer
se alimentar à toda hora, vão continuar dormindo de forma
descontinuada e vão continuar encolhidinhos querendo
proteção e muita segurança.

Esqueça a ideia de criar uma super rotina agora!

Até os três meses é só isso mesmo minhas caras formiguinhas,


o bebê vai se alimentar, dormir e fazer sua higiene, não
necessariamente nessa mesma ordem.

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MAS ENTÃO QUANDO FAZER CHÃO?


Realmente esse comecinho é um período de muitas privações
de quem cuida e extremamente desafiador, meu objetivo
aqui não é dificulta-lo ainda mais, por isso não crie grandes
expectativas com relação a um chão prolongado agora.

Um RN dorme de 16 a 20 horas por dia em ciclos de 1 a 4


horas de sono, intercalados com períodos de vigília de 1 ou 2
horas.

Após acordar desses ciclos o bebê tem a necessidade de


mamar, minha dica é que após essa mamada você aguarde
vinte minutos e faça a troca de fralda (se ele tiver evacuado
antes troque antes). O momento de trocar desperta o bebê
e o deixa mais agitado, este é um excelente momento para ir
com seu bebê para o chão.

Você pode repetir esse processo uma vez na manhã (de


preferência após o primeiro despertar) e mais uma vez a tarde.
No período da tarde é ideal que seja no começo da tarde ou
até o meio dela (até umas 16h), ao fim da tarde precisamos ir
diminuindo os estímulos com o bebê para iniciar o ritual do
sono.

Lembre-se que esse chão agora é mínimo! Se seu bebê ficar


um minutinho e esse tempo for extremamente aproveitado
maravilha! Vocês fizeram um excelente trabalho juntos!

Sinais de que é hora de ir com seu recém nascido para o


chão:

-- Fixa o olhar em você, mesmo que por poucos segundos;


-- Está bem alimentado;
-- Está limpo e trocado;
-- Está descansado;
-- Expressão tranquila.

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BENEFÍCIO DO CHÃO PARA O RECÉM NASCIDO


De barriguinha para cima:
Favorece a movimentação reflexa dos membros, iniciando
assim sua integração.

De bruços:
Alivia os gases.
Oferece conforto e acalma o bebê pois relembra sua posição
no útero.

Facilita que o bebê coloque a mão na boca para sugar,


desenvolvendo os músculos faciais para a alimentação e fala.
Melhor adaptação ao chão para as futuras habilidades.

Na literatura encontrei algumas citações importantes:

O posicionamento afeta parâmetros fisiológicos e


comportamentais, visa a manutenção do tônus muscular mais
adequado, facilita padrões normais de movimento, diminui
contraturas e deformidades, dando ao bebê mais conforto e
segurança, prevenindo o estresse.

A posição prona promove o apoio abdominal, distendendo e


tencionando o diafragma melhorando a expansão torácica e
o sincronismo dos movimentos respiratórios, ocorre aumento
da oxigenação, melhora o volume corrente e a complacência
pulmonar, além de diminuir o gasto energético do bebê.
Esta posição também propicia a utilização dos músculos
extensores da cabeça devido à influência do reflexo tônico
labiríntico, facilita a postura mais flexora e comportamentos
auto confortadores, por tanto, o neonato organiza-se e chora
menos.

Também promove a melhora da circulação cerebral.8

O decúbito ventral também favorece o esvazia-


mento gástrico diminuindo o efeito do refluxo
gastroesofágico, e o risco de aspiração.9

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NÃO TENHA MEDO!


Além de todo o benefício do ponto de vista motor, a posição
de bruços tem outra vantagem importante, ela faz a criança
sentir-se mais segura, por ter os braços e o corpo melhor
apoiados e contidos, como no útero.

Portanto aqui cai por terra a ideia de que chão faz o bebê
sofrer minhas formiguinhas.

Analisem essas imagens e vejam com seus próprios olhos se


faz ou não faz sentido.

(fetalmed.net)
Independente das três posições que o bebê se posicione no
útero, cefálica (a), pélvica (b) e córmica (c) em todas elas ele
está com flexão de suas articulações.

Concordam?

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Então a partir disso, qual das posições abaixo você realmente


acha que traz a sensação do útero para seu bebê?

Essa?

Ou essa?

(Canva)

(Canva)

Obviamente que a segunda imagem.

Outra afirmação importante para eliminar de vez o receio


de colocar o RN no chão e principalmente de bruços é a
existência de um reflexo primitivo denominado “Reflexo de
busca dos 4 pontos cardeais”.

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Quando a região perioral do bebê é tocada (em volta da


boquinha, imagine quatro pontos em volta dela, nariz,
queixo e cada lado da boca) ele gira a cabeça em direção
ao estímulo, abrindo a boca e realizando uma tentativa
de sucção com protrusão da língua. Por anteceder a pega
correta, esse reflexo é extremamente importante para a
amamentação e também no caso do nariz do bebê estar
bem encostado no chão ele vai virar a cabecinha para livrar
vias áreas. Espera-se que esse reflexo desapareça por volta
dos 4 meses de vida.

Natureza sendo perfeita sempre!

Enfim formigas, eu quero muito que a partir daqui não exista


mais nenhum tipo de receio da posição prona (bruços) para o
bebê.

Creio eu que dei motivos mais que especiais para que você
posicione seu bebê assim desde os seus primeiros dias de
vida.

Quero também deixar nem claro que em todo o processo


do desenvolvimento motor do bebê e em todas as outras
situações não podemos nunca deixar de supervisiona-lo.
Porém principalmente nesses primeiros dias de vida dele não
tire o olho por nenhum minutinho dele tá?

Supervisão total!

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AVISO MUITO
MUITO IMPORTANTE!
IMPORTANTE!
A OMS (Organização Mundial de Saúde) não recomenda, por
risco de morte súbita, que o bebê seja colocado para dormir
na cama de lado ou de bruços, e sim de barriga para cima.

Todas minhas orientações aqui dizem a respeito do bebê


acordado!

Síndrome da morte súbita infantil

SMSI é a morte repentina de uma criança com menos de doze


meses sem causa aparente. Mesmo após investigação do
caso, não se encontra quadro clínico de doença ou possíveis
causas para explicar o óbito.

Na lista do grupo de risco para a síndrome estão bebês do


sexo masculino, entre 2 meses e 5 meses, que nasceram
prematuramente e com peso considerado baixo (menos de
2,5 kg). Além disso, filhos de mães com menos de 20 anos,
de gestantes que fumaram ou usaram outro tipo de droga
e que não fizeram pré-natal também correm mais riscos de
apresentar o transtorno.

Embora a medicina ainda não explique as causas para essa


morte abrupta dos bebês, há teorias para explicar a questão.
Alguns associam o problema a uma possível anomalia no
tronco cerebral que controla a respiração. Outros estudos
relacionam a síndrome a problemas no sistema autonômico
da criança, que alterariam a frequência cardíaca e a
respiração durante o sono. Distúrbios cardíacos também
aparecem em algumas pesquisas.

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Para tranquilizar os pais, as medidas recomendadas para


prevenção da SMSI são:

- Colocar o bebê para dormir de barriga para cima ou de


lado, nunca com a barriga para baixo;

- Não usar colchões, cobertores ou travesseiros fofos demais,


para que o bebê não afunde ou sufoque;

- Evitar colocar bichos de pelúcia no berço quando o bebê


estiver dormindo;

- Não agasalhar demais o bebê na hora do sono e evitar o uso


de toucas;

- Não deixar o aquecedor ligado quando o bebê estiver


dormindo – a variação térmica aumenta os riscos para a SMSI;
não fumar no quarto do bebê ou em ambiente frequentado
pelo pequeno;

- Não levar o recém-nascido para dormir na cama dos pais;


ficar atento à respiração do bebê enquanto ele dorme. Pausas
na hora de respirar podem indicar apneia. O ideal é procurar
um pediatra para fazer o diagnóstico correto.
16
(Fonte: Hospital Infantil Sabará)

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria existem


fortes evidências de que o risco de SMSI é maior quando os
bebês dormem na posição prona (bruços).

Com resultados consideráveis foi iniciada a campanha


“Reduza o risco de SMSI” na década de 90. Imediatamente foi
observada uma redução da mortalidade pós - natal em até
50% nos países que adotaram a posição supina (barriga para
cima) para dormir.

É sabido que algumas crianças já nascem com risco maior


de SMSI, mas apesar do mecanismo da morte ainda não
ser totalmente conhecido, acredita-se que ao fornecemos
um ambiente de sono mais propício, eliminamos os fatores
“gatilho” das crianças vulneráveis, fazendo com que estas
sejam salvas.17

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CAPÍTULO 04:
Os fantasmas
do chão.

1 REFLUXO GASTROESOFÁGICO

Nome dado ao retorno do conteúdo do estômago para


o esôfago podendo ser eliminado pela boca, através de
regurgitações ou vômitos. Na maioria das vezes o bebê
regurgita e após a regurgitação fica bem, os chamamos
de vomitadores felizes. Isto acontece porque os bebês se
alimentam principalmente de líquido (leite), passam a maior
parte do tempo deitados e o esfíncter do esôfago (válvula
que fica no final do esôfago e impede que o conteúdo do
estômago volte para o esôfago) ainda não é tão eficaz.

Alguns bebês têm mais problemas com o seu refluxo do que


outros, mas a maioria dos bebês supera o problema por volta
do final do primeiro ano de vida. Em alguns casos, pode durar
mais tempo do que isso.

A grande maioria dos bebês regurgitam, sobretudo os


menores de seis meses, sendo absolutamente normal nesta
fase do desenvolvimento. Isto faz com que usemos o nome de
Refluxo Fisiológico ou ainda Regurgitação do lactente.

REFLUXO FISIOLÓGICO X DOENÇA DO REFLUXO

A doença do refluxo gastroesofágico caracteriza-se por


apresentar maiores complicações, como:

- Perda de peso ou ganho de peso insuficiente;


- Esofagite;
- Problemas no trato respiratório.

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Cabe ao pediatra observar a frequência da regurgitação e/


ou vômitos, a quantidade de material regurgitado, a história
clínica do bebê e os sintomas apresentados.

Esse diagnóstico diferencial é bem desafiador e exige uma


boa sintonia entre o pediatra e a família, que deve estar atenta
a todos os sinais do bebê.

Por ser um dos maiores fantasmas do chão eu busquei


respaldo científico para compreender essa relação e
encontrei algumas afirmações que me deixaram bem
animada!

Ocorre menos RGE em decúbito ventral do que em decúbito


dorsal. No entanto, a posição prona está associada a maior
risco de morte súbita (SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO DE
JANEIRO).11

Ou seja, não fosse o risco de morte súbita que impede o bebê


de dormir de barriga para baixo essa postura seria inclusive
recomendada pelos pediatras. O que não impede que o bebê
faça então esse bruços acordado e com supervisão de um
cuidador o tempo todo.

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Ainda de acordo com essa minha ideia, um estudo realizado


para avaliar o conhecimento e a prática de pediatras brasileiros
na assistência ao bebê com refluxo fisiológico e doença do
refluxo gastroesofágico entrevistou 140 médicos pediatras. As
perguntas referiam-se a dois casos clínicos de lactentes, um
com quadro compatível com refluxo fisiológico e outro com
doença do refluxo gastroesofágico.
Deve ser destacado que grande parte dos entrevistados não
recomendaria a posição em decúbito dorsal para um lactente
com refluxo fisiológico ou doença do refluxo gastroesofágico,
que é a recomendada por apresentar menor risco de morte
súbita.3

Sabe-se que o decúbito dorsal não é a posição que


proporciona maior redução dos episódios de refluxos
com base na pHmetria e impedâncio-pHmetria, eles ainda
afirmam que a posição de bruços favorece o esvaziamento do
estômago ao facilitar a passagem do alimento para o intestino.12

Outra afirmação importante veio de Benninga e colegas , eles


disseram sobre a posição prona elevada (antiTrendelenburg
com inclinação de 30 graus) e o decúbito lateral esquerdo e
sua relação com a menor frequência de refluxo. Entretanto, a
Academia Americana de Pediatria recomenda que as crianças
durmam na posição supina para prevenção da síndrome da
morte súbita.13

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Um estudo realizado no Reino Unido observou as influências


das medidas posturais no refluxo de 18 bebês prematuros com
uma média de 28 de vida.

Como resultado identificaram que o Índice de Refluxo na


posição prona foi significativamente menor do que a lateral
esquerda, e ambas foram significativamente menores do que a
posição lateral direita.

O efeito protetor sobre o refluxo das posições lateral esquerda


e prona parecem estar relacionadas à configuração anatômica
do estômago e junção gastroesofágica.18

O refluxo gastroesofágico (RGE) afeta cerca de 60% dos


lactentes, se iniciando por volta de 8 semanas de vida e se
intensificando dos 2 aos 4 meses. Em 95% dos casos essa
questão se resolve até o primeiro ano de vida. Em geral, é um
processo fisiológico normal.

Podemos concluir então que por causa do refluxo fisiológico


os cuidadores não colocam o bebê no chão com medo das
golfadas, por receberem a informação de que precisam elevar
o berço a 30 graus e colocar o bebê para dormir com a barriga
para cima simplesmente a ideia de colocar um bebê no chão
principalmente de bruços quando acordado não faz o menor
sentido.

Mas eu posso garantir através dos estudos acima, que é


perfeitamente possível brincar com seu bebê com refluxo
fisiológico no chão de bruços.

Você só precisa se atentar aqui à duas coisas:

1- Supervisione seu bebê o tempo todo. Não tire o olho por


nenhum segundo;

2- Bebê sempre acordado, se ele dormir durante a


brincadeira o posicione de barriguinha para cima.

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1 RESFRIADO X CHÃO

O resfriado é uma doença causada por mais de 200 tipos


diferentes de vírus, em especial o rinovírus, o adenovírus e
o coronavírus. Esses microrganismos são capazes de invadir
nosso corpo pelas mucosas do nariz, da boca e dos olhos
quando entramos em contato direto com eles. Dessa forma, a
transmissão do resfriado acontece de três formas principais:

De pessoa para pessoa, acontece quando nos aproximamos


de uma pessoa resfriada e entramos em contato com
gotículas de saliva contaminada com o vírus, as quais são
expelidas por meio da fala, da tosse, dos espirros etc.;

Por meio de objetos (maçaneta, torneira, telefone etc.),


acontece em duas etapas. Na primeira, uma pessoa resfriada
deposita saliva com vírus sobre um objeto, seja ao espirrar,
tossir ou tocá-lo com as mãos contaminadas. Na segunda, uma
pessoa saudável toca esse objeto e, em seguida, leva as mãos
até os olhos, nariz ou boca, sendo então infectada pelo vírus;

Pelo ar: os vírus do resfriado ficam pairando no ar quando uma


pessoa espirra, podendo então ser inalados por outra pessoa.

Ou seja, o resfriado só vai acontecer se houver o contato


direto com algum dos vírus causadores. Sem a presença do
microrganismo não há como adquirir essa doença e é por isso
que o simples fato de andar descalço ou até colocar seu bebê
para brincar no tapetinho não vai fazer ele ficar resfriado, por
mais baixa que seja a temperatura.

O frio, porém, ajuda a explicar por que os resfriados são


mais comuns no inverno. Como as pessoas tendem a fechar
portas e janelas para se proteger de temperaturas mais
rigorosas, o ar não tem como circular. Assim, se houver uma
pessoa resfriada nesse ambiente fechado, os vírus expelidos
permanecerão por ali, pairando no ar, podendo ser inalados
por outras pessoas a qualquer momento, o que
aumenta as chances de transmissão da doença.

51 ÍNDICE
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2 FRIO x CHÃO

Embora a presença do vírus seja obrigatória para que haja


a instalação de um resfriado, a exposição ao frio realmente
pode criar condições que deixam o organismo mais suscetível
a algumas doenças respiratórias.

Em geral, o tempo frio costuma ser acompanhado de


uma redução na umidade do ar, o que contribui para o
ressecamento das mucosas do nariz e da garganta. Em
consequência, o muco que protege as vias aéreas também
fica ressecado e acontece a destruição de anticorpos e
enzimas que combatem os microrganismos invasores, inclusive
o vírus do resfriado.

Além disso, a friagem pode representar uma ameaça à


temperatura interna do corpo, que deve estar entre 36,6 e 37,1
oC para que todos os órgãos funcionem normalmente. Por
isso, quando passamos frio, os vasos sanguíneos se contraem,
de forma a direcionar o sangue da pele e das extremidades
para o interior do corpo, mantendo os órgãos internos
aquecidos.

Como resultado, ocorre um prejuízo na circulação do sangue


e consequentemente dos anticorpos, nos deixando mais
vulneráveis às infecções das vias respiratórias, especialmente
resfriados, gripes e faringites.

A solução para colocarmos nossos bebês no chão com


segurança na época de frio é agasalha-los bem, o que não
deixa de ser algo para ficarmos atentos.

52 ÍNDICE
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Atendo muitos bebês de países mais frios e sempre noto


o quanto a roupa mais pesada atrapalha o processo do
desenvolvimento e as calças deslizam atrapalhando as
aquisições de arrastar e engatinhar.

Para dar uma auxiliada nessa situação aqui vão alguns


conselhos:

- Escolha o momento menos frio do dia e tire pelo menos a


calça do bebê;

- Caso não seja possível, utilize um aquecedor;

- Escolha algumas roupas mais quentes do bebê e cole cola


quente nas regiões da roupa onde ficam o joelho e parte
interna dos bracinhos. Essas são as regiões que o bebê mais
precisa de contato com o chão para se movimentar;

- Não indico as joelheiras em nenhum momento, elas apertam


o bebê.

Encontrei no mercado livre umas meias calças com


antiderrapantes nos joelhos muito quentinhas e bacanas.
Vale a pena dar uma conferida.

3 SALTO DE DESENVOLVIMENTO x CHÃO


Essa é a denominação dada para as aquisições de habilidades
funcionais específicas que ocorrem em determinados
períodos. O ritmo de desenvolvimento não é constante: há
períodos mais acelerados e mais lentos. Acontece que toda
vez que o bebê desenvolve uma nova habilidade, ele fica
tão excitado e obcecado com a conquista que quer praticá-
la o tempo todo, inclusive durante o sono. Um dos “efeitos
colaterais” desse trabalho que o cérebro dele está
fazendo é que ele não dorme bem.

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Esse termo surgiu em 1992, Frans Plooij lançou um livro


chamado “De acht sprongen in de mentale ontwikkeling van
je baby.”, nele o autor explica que o bebê deve passar por 10
saltos previsíveis durante seus dois primeiros anos. Oito no
primeiro ano e dois no segundo ano.

Ele estabeleceu que os saltos sempre ocorreriam às 5, 8, 12,


19, 26, 37, 46, 55 , 64 e 75 semanas, porém sabemos que a
tabela das conquistas das habilidades motoras e cognitivas
variam em até meses por questões genéticas e ambientais,
como podemos pré determinar que os saltos aconteçam
sempre na mesma semana para todos os bebês.
Porém essa ideia fez sucesso já que facilita e muito
simplesmente dizer que nossos bebês estão em salto de
desenvolvimento por estarem mais irritados e chorosos,
quando encontramos solução para uma causa nos sentimos
mais confortáveis.

Muitos estudos tentaram comprovar o que Plooij observou


e não chegaram a nenhuma conclusão. Algumas pesquisas
averiguaram que 30% dos bebês apresentavam realmente
alguma característica em alguma semana citada.

Em 1998, uma pesquisadora chamada Carolina de Weerth


realizou seu doutorado na Holanda investigando os saltos
descritos e coletou salivas dos bebês nesses momentos
de salto descritos por Plooij, não foi verificado o hormônio
cortisona responsável pelo stress neste período.11

O fato é que pode ser sim que o bebê durante esse período
de aprendizado crie conexões cerebrais que o deixe mais
instável emocionalmente, mas eu acredito que quanto
mais conseguirmos nos conectar com nossos filhos e suas
necessidades individuais mais conseguimos acolher suas
demandas e acalma-los.

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Nesses dias de maior instabilidade ofereça mais colo e menos


chão, sim formigas, não serão alguns dias de menos chão
que influenciarão diretamente no desenvolvimento motor do
seu filho. Deixar o bebê chorando ali tem efeito totalmente
contrário do que queremos, ele vai associar negativamente
essa experiência.

Quando ele estiver bem você aumenta a frequência e dessa


forma seu bebê se sentirá respeitado e feliz em estar no chão,
nosso maior objetivo aqui.

4 PETS x CHÃO
Já atendi muitos bebês com atrasos motores significativos
que não me deram nenhum motivo para isso quando checada
história de gestação, parto e pós parto, ou seja, foi preciso
entender por que as habilidades esperadas para aquele
determinado momento de vida não haviam acontecido.

E então observo que na verdade a presença de um


animalzinho de estimação na casa fez com que aquele bebê
não tivesse as oportunidades de chão necessárias para seu
bom desenvolvimento.

São dois receios dos cuidadores que não permitem que a


criança vivencie o chão. A questão de alergias (dermatites) e
do animal realmente machucar o bebê.

Segundo uma pesquisa na Universidade de Alberta, no


Canadá, os animais de estimação contribuem para diminuir os
casos de alergia de pele até obesidade entre as crianças, pois
quanto maior a exposição a alérgenos, maior a capacidade do
sistema imunológico se fortalecer e prevenir doenças.
Além disso, conforme os resultados obtidos, as crianças que
tiveram contato com cães desde o nascimento, tendem a ter
melhora na flora intestinal e menos chances a desenvol-
verem asma.

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Eles analisaram as bactérias presentes no cocô de 746 bebês


de até três meses de idade, percebendo que dois micróbios
comuns no intestino de pessoas sem histórico de obesidade
e alergia apareciam com mais frequência nas fraldas de
crianças que conviveram com cachorros ainda no útero ou nos
primeiros dias de vida.19

Claro que se você tiver um animal de porte grande é bem


importante mantermos distância nos primeiros meses do
bebê. Mas se for possível se organize com um espaço pro
bichinho e dê a oportunidade de chão para seu filho em outro
ambiente.

Aos poucos essa amizade linda vai crescendo e ambos


poderão brincar juntos no chão, e posso garantir que esse
amigo será o melhor estimulo para seu pequeno.
Já os animais pequenos e médios já podem iniciar esse chão
juntinho ao bebê obviamente com muita supervisão de um
adulto.

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CAPÍTULO 05:
Minhas indicações
de brinquedos

Recém nascido até os três meses:

- Cartões preto e branco

Bebês recém nascidos enxergam


apenas os contrastes das cores,
sendo assim nessa fase tudo que
tiver um contraste maior como
o preto e branco chama muito
a atenção. Você pode imprimir
algumas figuras em preto e
branco ou comprar pronto.

(imagem: aliexpress)

- Almofada e rolo de atividades:

Ideal para posicionar o bebê


de bruços nos primeiros dias
de vida, lembrando que ela não
substitui o chão, mas serve para
variar a postura e trazer uma
forma mais lúdica no brincar.
Incentiva o fortalecimento da
cervical, esperada até o final
do terceiro mês de vida. (no
capítulo ensino a posicionar o
bebê da melhor maneira)

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- Arco de atividades:

Para mim ítem essencial, incentiva a visão e a audição além do


alcance dos bracinhos à linha média (quando o bebê toca com
as duas mãos o brinquedinho central) esperado até o final
do terceiro mês de vida. O cuidado aqui é o posicionamento
que deve ser na linha da visão para evitar que o bebê faça
hiperextensão da cabeça ou rode a cabeça para o ladinho
para visualizar um brinquedinho gerando torcicolo postural e
ou preferencias para um lado.

Eles podem ser:

Somente o arco, sem o


tapetinho embaixo, ideal para a
mamãe que já tem o tapetinho
e quer só o arco.

De madeira no estilo montessori,


mesma função do de cima.

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Com o tapetinho, ideal para a


mamãe que ainda não quer investir
no tapetinho ou tatame ainda.
Tem um que tem um pianinho
embaixo, a escolha fica pelo gosto
dos cuidadores.

- Espelho

Alguns são próprios para colar na


região mais baixa da parede (de
maneira que o bebê consiga se
ver), de material acrílico.
Oferece ao bebê melhor
consciência corporal e traz um
incentivo visual maravilhoso já que
ele se vê e mesmo que ainda não
se reconheça como um individuo
separado da mãe inicia aí um
período lindo de descobertas que
vai durar esse primeiro ano todo.
O bebê de zero à três meses adora
o rosto humano, então quando se
vê ele tem um excelente estimulo
para se desafiar a manter a
cabecinha elevada.

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- Móbiles

Vou explicar aqui por que eu não


acho que o móbile de berço seja
fundamental.
Quando colocamos o bebê no
berço queremos que ele durma, ou
pelo menos deveria ser assim.
Berço para dormir e tapetinho no
chão para brincar.
Então sendo assim não tem
necessidade de ter um móbile no
berço.
Mas também não prejudica seu
bebê caso você queira ter um,
desde que seu bebê tenha tempo
de brincadeira no chão desde
sempre tudo bem.
Eu gosto muito dos pequenos
móbiles de brinquedo para
estimular a visão e o alcance
manual.
Escolha os que possuem cores
contrastantes e que permita uma
boa pega do bebê.

- Chocalhos:

Permitem e incentivam a pega


do bebê, esperada até o final do
terceiro mês.
Precisam ser leves e com uma
região mais fina facilitando o bebê
fechar as mãozinhas.
Eles geralmente têm um ótimo
custo benefício, o que permite que
você tenha uns três de matérias
diferentes possibilitando uma
(Pelúcia) experiência sensorial
bem rica.

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(Madeira) (Borracha)

- Argolas

Se o chocalho facilita a pega do


bebê você não acredita o que é a
argola.
Utilizo muito em consultório para
bebês com atraso no alcance e
pega manual.

4 meses:

Podemos manter todos os brinquedos de 0 a 3 meses e


acrescentar mais dois que considero importantes para essa
fase.

Brinquedos mais altos para incentivar a esfinge que é


esperada até o final do quinto mês. Posicionar sempre à
frente do bebê com ele de bruços.

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Esses brinquedos mais altos serão utilizados também no


quinto mês de vida, quando posicionarmos o bebê sentado
precisamos de brinquedos na altura da visão para estimular a
postura mais ereta.

Pirâmide de argolas

Por ser colorida e alta ela incentiva a esfinge pois estimula


bastante a visão, e depois com seis meses quando o bebê
tiver um melhor alcance manual sentado ele é capaz de dar
função ao brinquedo.

(Madeira) (Plástico)

(Tecido)

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- Livrinhos de tecido:

Com quatro meses o bebê já tem


controle total de cervical de bruços
e mantém com facilidade a postura
de puppy (barriga para baixo com
os antebraços apoiados no chão).
Agora devemos incentivar o
manipular dos brinquedos bem
próximo e embaixo do corpinho,
tal incentivo fortalece ainda mais os
braços do bebê e vai aprimorando
cada vez mais a esfinge.

Cinco a seis meses:

Com cinco meses posicionamos o bebê sentado (ver o


capítulo 1 na página 15 para saber se seu bebê está pronto
para isso.)

Os incentivos agora devem ser alto na linha da visão para que


ele tenha interesse de estar ali sentado.

Eu adoro os brinquedos de encaixe simples, claro que agora


o bebê ainda não é capaz de encaixar, porém nós vamos
fazendo por eles e eles amam ver a reação da pecinha quando
encaixada.

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- Copinhos de empilhar

Mesma linha de raciocínio do


brinquedo de encaixe, é um
brinquedo que tem várias funções
e pode ser utilizado desde o
quarto mês apenas para incentivo
de fortalecimento da cervical e
esfinge quanto sentado agora para
incentivar a boa postura.
Os copos também são muito úteis
para o bebê de 12 à 18 meses
para ensinar sobre noção de
profundidade e tamanho.

- Bola

A bola auxilia demais nesse


processo do controle postural da
postura sentado.
Você pode apoiar as duas
mãozinhas do bebê de seis meses
na bola e fazer um movimento para
frente e para trás dando então a
consciência dessa reação de apoio
esperada nessa idade.
A bola é muito útil nessa etapa,
mas com certeza em todas as
posteriores, bebês amam bola!

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7 e 8 meses:

Nessa fase alguns bebês estão treinando o arrasto, se sentam


com bom controle para frente e para os lados e estão
aprendendo as transferências do sentado para os bruços e do
bruços para o sentado.

Também é esperado que nesta etapa eles estejam se


colocando em 4 apoios.

Os brinquedos são todos estes que


indiquei de 4 meses para frente e
vocês podem também optar agora
por brinquedos de rodinhas que se
movimentam incentivando o bebê
dessa forma a também se locomover.

- Tamborzinho e xilofone

O tambor nessa etapa auxilia


na coordenação dos membros
superiores, quando o bebê tenta
bater as duas mãos de forma
alternada ele está enviando
informações cruzadas ao cérebro
trazendo a noção do engatinhar.

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9 e 10 meses:

Com nove meses o bebê deve estar interessado em escalar os


móveis da casa, sendo assim, alguns brinquedos auxiliam esse
processo.
É também a média do mês que os bebês engatinham.
Continue incentivando com os brinquedinhos com rodas, bola,
e tamborzinho, mas incentive também o controle maior de
tronco e a postura “ajoelhado”.
Seguem minhas dicas de brinquedos para esses estímulos.

- Mesinha didática

Tem de várias marcas e de diversas


funções, a dica aqui é escolher a
mais pesada, para quando o bebê
se posicionar para brincar de
joelhos ela não virar.
A mesinha pode ser utilizada
também com o bebê na posição
sentada desde o sexto mês.

- Cavalinho

Ideal a partir do nono mês que é


quando o bebê tem controle total
de tronco, porém eu utilizo muito
em consultório desde o sexto mês
para incentivar o fortalecimento
desde então. Se quiser brincar
antes com seis meses é só se
posicionar atrás do bebê e manter
o apoio no quadril do bebê o
tempo todo.

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- Montanha russa:

Esse brinquedo além de ser lindo


incentiva muito o movimento
de pinça, muito esperado pelas
mamães no nono mês de vida.
A coordenação viso motora
(capacidade do bebê de utilizar a
visão e as mãos para realizar uma
tarefa) é muito trabalhada aqui,
além da noção espacial.

11 e 12 meses:

Aqui nosso bebê já tem preferência pela postura em pé e


inicia seus passinhos laterais. Alguns até arriscam ficar em pé
sem apoio e outros já dão seus primeiros passinhos.
Eles também têm uma coordenação muito próxima a de nós
adultos e sua noção espacial está cada vez melhor.

- Brinquedos de encaixe mais


complexos

Podem ser de plástico e de


madeira, as forminhas agora podem
ser de quadrado, estrela, triângulo,
toda tentativa é válida!

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- Casinhas

Além de ter encaixe e outras


opções de incentivo elas alimentam
a criatividades das crianças em
criar e imaginar. Elas são muito
utilizadas até os primeiros três anos
da criança se não mais.

- Motocas:

Ideais para trabalhar a coordenação


e equilíbrio, ele vai brincar agora
empurrando com os pés apoiados
no chão e pedalando de fato
próximo aos dois anos e meio de
vida à três anos de vida.
Existem algumas opções com
hastes para você empurra seu bebê
em passeios desde o oitavo mês de
vida do bebê que é quando ele tem
um controle razoável de tronco,
depois você consegue retirar.

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- Andadores de empurrar

Este andador é ideal para o bebê


que já se posiciona em pé sem
apoio nenhum e está querendo
empurrar os móveis mais leves da
casa.
Ele direciona os passinhos para
frente incentivando a coordenação
do bebê.
Escolha o mais pesado também
para evitar riscos de tombamentos
e esteja sempre supervisionando o
bebê atrás dele.
Por oferecer geralmente um
painel bem didático ele pode ser
oferecido para o bebê que inicia a
experiência do sentar próximo ao
quinto mês de vida. Colocado à
frente do bebê sentado ele é uma
grande fonte de incentivo visual e
manual.

Claro que existem muitos brinquedos legais para o bebê que


não estão aqui, porém os que eu considero importantes para
auxiliar no processo do desenvolvimento motor estão. Notem
que eu não coloquei brinquedos eletrônicos, que cantam e
acendem luzes. Gosto do que é simples, menos é sempre
mais.

Estes brinquedos são sugestões minhas formigas, são


perfeitamente substituíveis por objetos simples que você tem
em casa.

Na minha página do instagram eu sempre dou dicas do que


podemos fazer em casa para substituir alguns brinquedos
mais caros que citei aqui.

Em breve faço um capítulo aqui tá, prometo.

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ARTEFATOS QUE EU NÃO RECOMENDO:


- Cadeirinha de descanso

A cadeirinha é bem popular e super


utilizada por muitas mamães e
não é meu objetivo aqui julgar e
penalizar quem usou ou ainda usa.
Me cabe explicar os motivos para
quem ainda não fez uso não fazer
ou fazer muito pouco.
A postura que o bebê fica nela não
é fisiológica, o bebê descarrega
o peso todo do corpinho no
*púbis gerando assim uma pressão
desigual nessa região. Diferente
do bebê que está deitado em
superfície plana e tem uma
descarga de peso de forma igual
em todos os segmentos corporais.
O bebê que é posicionado desde
muito cedo na cadeirinha não tem
ainda controle de cabeça e faz
uma entorse na região cervical
agravando casos de torcicolos e
assimetrias cranianas.
Mas o pior mesmo aqui é que
quando posicionado nesta
cadeirinha esse bebê não está no
chão, alguns bebês passam meses
assim.
Então o que quero sugerir para (Púbis, região de descarga de
vocês é que quem tem utilize peso do bebê quando está
muito pouco apenas quando nessa cadeirinha)
realmente você precisar (banheiro
por exemplo), e jamais para o bebê
dormir ou se alimentar.
Bom senso sempre minhas amadas
formigas.

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- Centro de atividades

Esse brinquedo parece ser muito


estimulante para o bebê, ele é
colorido e realmente muito bonito.
Não fosse seu maior defeito de
posicionarmos um bebê em pé sem
que ele esteja pronto para isso ele
até poderia ser lindo.
Quadril, joelhos e tornozelos
do bebê sofrem uma descarga
desnecessária e prejudicial, além
disso os músculos de um bebê que
só estão preparados para suportar
o peso do corpo após o nono mês
são recrutados antes da hora.
Já conversamos muito aqui no
capítulo 1 página * sobre os
prejuízos de pularmos etapas, esse
brinquedo junto com o andador
que falaremos a seguir são os
campeões dessa situação nada
agradável para nossos pequenos.
- Jumper

O jumper funciona da mesma forma


que o centro de atividades, porém
com uma situação mais prejudicial
ainda, os saltos.
Um bebê só deve saltar quando
fizer isso sozinho sem auxílio de
molas. Esse movimento realizado
de forma independente demonstra
que o bebê apresenta todos os
sistemas que envolvem tal feito
preparados para isso:
Sistema articular e ósseo íntegros,
músculos fortes e noção espacial
desenvolvida.

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Quando ele é colocado nessa plataforma de salto esses


impactos podem causar micro lesões articulares levando até a
remodelação óssea, que muitas vezes podem alterar a forma
do andar e favorecer a ponta dos pés.

Um bebê antes do quarto mês de vida que é posicionado no


jumper pode sofrer movimento de chicote na cervical e ter
lesões graves na coluna.

Mais uma vez deixo registrado aqui que vocês são livres para
fazer o que quiserem, mas se realmente quiserem usar o
centro de atividades ou o jumper utilizem somente após o
oitavo mês de vida e muito pouquinho por dia. Priorize o chão
formiguinha! Sempre!

- Andador (Andajá)

Esse com certeza é o maior vilão


do desenvolvimento motor infantil.
E eu que achava que era algo mais
antigo e quase nada utilizado tenho
me deparado cada vez mais com
bebês de consulta que utilizaram e
agora tem atraso na marcha e em
muitas vezes uma mãe me pedindo
conselho sobre como dizer para a
mãe ou sogra que não quer ganhar
um de presente.

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A Sociedade brasileira de pediatria reforça alguns perigos. O


andador atrapalha o processo natural da marcha, gera mais
quedas do que o normal, oferece mais riscos de traumatismos
cranianos, proporciona independência a uma criança que
ainda não tem maturidade para isso gerando riscos mais
graves como queimaduras e afogamentos, prejudica o gasto
energético do bebê além de não desenvolver sistemas de
defesa.

Quando colocado no andador geralmente antes do oitavo


mês de vida o bebê não vive a experiência da escalada (se por
em pé), e esse movimento de ajoelhar e ficar semi-ajoelhado
(índio) é muito funcional pois fortalece glúteo que é o músculo
mais recrutado durante a marcha.

Atendo muitos casos de crianças com 18 meses que até


andam, mas caem o tempo todo ou não sabem ficar de
*cócoras e levantarem do chão sozinhas pois não adquiriram
a força e a organização do movimento necessários para isso
pois estavam no andador.

O andador também tira do bebê a oportunidade de


engatinhar, movimento extremamente importante para todas
as habilidades futuras da criança além de todos os prejuízos
que já citei no centro de atividades.

(posição de cócoras, vista em bebês de 15 à


18 meses de vida, demonstra grande controle
e força de tronco e membros inferiores)

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Todos os outros artefatos eu até perdoo vocês que queiram


usar com as condições de usar pouco e com idade mais
avançada, mas o andador eu imploro para que em hipótese
alguma vocês utilizem com seus bebês. Por favor!

- Cadeirinhas que auxiliam o bebê


a se sentar:

Quando o bebê é colocado na


postura sentado eu sempre peço
para o cuidador colocar algumas
almofadas ao redor e até a
almofada de amamentação.
Por que então não utilizar esses
contensores
Por que é imprenscidivel que o
bebê caia por não ter ainda a
reação de apoio nesse inicio e a
partir daí inicie um processo de
ajuste da postura sentado, ou seja,
quando ele desequilibra para um
lado ele se direciona para o outro
na tentativa de não cair, e é esse
movimento que vai gerando cada
vez mais força de tronco para que
ele se sente sem apoio nenhum
próximo ao nono mês de vida.
Essa cadeirinha oferece os apoios
nas costas do bebê não dando a
oportunidade de ajuste já que ele
não sofre o desequilíbrio.
Além disso as cadeirinhas não
permitem a transferência da
postura sentada para o bruços,
oferecendo grandes chances
do bebê ser estático.

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CAPÍTULO 06:
Adaptação ao
chão
Para começarmos a falar sobre isso precisamos entender que
o ser humano é totalmente adaptável a qualquer ambiente,
sim, infelizmente até aqueles mais tóxicos.

Nosso objetivo aqui é criar um ambiente extremamente


amoroso, respeitoso e incentivador para nossos bebês.

Quando eu falo de ambiente provavelmente você pensa no


“lugar físico” e claro que ele é fundamental, mas ambiente
também é a forma como nós responsáveis lidamos e reagimos
a cada situação do dia a dia com nossas crianças.
Porém alguns bebê são mais adaptáveis a mudanças e
novos ambientes e outros não tanto, isso varia de cada
temperamento deles.

E para que esse processo seja o mais agradável possível e


esse momento de adaptação ao chão mais empático e leve
precisamos conhecer o temperamento do nosso bebê.

Temperamento do bebê

Desde quando seu bebezinho frágil e indefeso nasce, ele já


tem seu temperamento definido.

O temperamento faz referência às características individuais


que determinam as reações afetivas, de atenção e motoras do
ser humano. Ele molda o desenvolvimento e influencia a forma
através da qual as crianças interagem com seu ambiente,
assim como a forma pela qual os adultos e as crianças reagem.

Simplificando, conhecer o temperamento do seu bebê


vai facilitar muito a sua vida. Os traços dizem respeito ou
caracterizam sua adaptação às rotinas diárias e a forma como
ele reage a novas situações.

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O seu humor, a intensidade das suas reações, a sensibilidade


ao que está a acontecer ao seu redor, a rapidez com que se
adapta às mudanças e quão distraído e persistente ele pode
ser quando se envolve em uma atividade.

Exatamente por este motivo trouxe esse assunto à tona


minhas formiguinhas!

Para colocarmos nosso bebê no chão seja pela primeira vez


quando muito pequeno ou depois dos seus cinco meses de
vida (de forma mais tardia), precisamos muito conhecer bem
seu temperamento para então direcionarmos nossa conduta.

Muita calma, claro que entender e conhecer o temperamento


do seu bebê é importante, porém eu particularmente não
gosto da ideia de classificarmos as crianças. Por isso pesquisei
algumas fontes e encontrei muita coisa afirmando que sim,
os temperamentos existem, mas conseguimos através do
ambiente (ele de novo) moldar as características dos nossos
filhos de acordo com o que julgamos bom para eles.

Kochanska e colegas em 2006 afirmaram que o temperamento


também é moldado pela experiência, e certas características
podem ser moldadas seletivamente, conforme o contexto.20

Lengua relata que os temperamentos representam


características presentes no início da vida e que são moldadas
dentro do contexto social e ambiental, por exemplo maior
competência social, empatia e auto-estima.21

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Uma série de mecanismos potenciais podem ser responsáveis


pela relação entre temperamento e ajustamento.

Acredita-se que o temperamento tenha efeitos diretos


no desenvolvimento e expressão dos sintomas e efeitos
indiretos por meio da seleção ou estruturação do ambiente,
provocando padrões de interações sociais e enviesando
processamento cognitivo. O temperamento também interage
com experiências sociais e ambientais, exacerbando ou
amortecendo seus efeitos.22

Aqui fica bem claro quando eu digo que seu bebê pode
nascer com um determinado temperamento porém a partir
dos fatores ambientais ser totalmente moldado à outro.

A interação dos pais com os temperamentos podem


ser particularmente relevantes nessa capacidade de
ajustastamento.23 Ou seja, realmente nós pais e responsaveis
temos a grande capacidade de moldar e ajustar o
comportamento das nossas crianças com o objetivo de um
desenvolvimento pleno em todas as áreas da sua vida.

TEMPERAMENTO X PERSONALIDADE
Segundo Teiglasi (1995), o contraste entre estes conceitos
é obscuro, pois eles apresentam um vocabulário descritivo
comum, chegando a ocorrer em alguns casos a superposição
de conceitos, uma outra dificuldade está relacionada a
carência de dados empíricos capazes de diferenciar estes
conceitos com base nos fatores biológicos.24

Para Strelau (apud Hofstee, 1991) existem três maneiras pelas


quais temperamento e personalidade relacionam-se nas
diferentes abordagens teóricas:

1 Temperamento pode ser considerado um dos elementos da


personalidade;

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2 Pode ser considerado sinônimo de personalidade;

3 Um fenômeno não pertencente a personalidade.

Este mesmo autor estabelece ainda cinco diferenças entre


temperamento e personalidade, as quais dizem respeito à:

1
O temperamento é biologicamente determinado, e a
personalidade é um produto do ambiente social;

Os traços temperamentais podem ser identificados desde


2 cedo na criança, e a personalidade é compartilhada em
períodos posteriores do desenvolvimento;

Diferenças individuais nos traços de temperamento, como


3 ansiedade, extroversão - introversão e busca de estimulação,
são também observadas em animais, enquanto
a personalidade é prerrogativa do humano;

O temperamento apresenta aspectos estilísticos, se referindo a


4 características formais de comportamento, já a personalidade
contém aspectos relativos a conteúdos do comportamento;

5
Ao contrário de temperamento, que se refere principalmente
a traços ou mecanismos, a personalidade está relacionada
ao funcionamento integrativo do comportamento humano
(Strelau, 1998).

Para Strelau (1991, 1994, 1998) a personalidade seria um


conceito mais amplo que temperamento, que incluiria o
próprio temperamento e outras características que são
geralmente determinadas pelo ambiente social, modeladas
pelos estágios de desenvolvimento do indivíduo e envolveria
ainda fenômenos como motivação, valores e interesses.25

Resumindo, os temperamentos são totalmente moldáveis


a partir do ambiente que esse bebê está inserido, e
partir dessa experiência será então formada sua
personalidade.

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Qual o temperamento do seu bebê?

Em 1956, Thomas e Chess iniciaram importante estudo, que


teve continuidade por mais de 30 anos, sendo conhecido na
literatura como “New York Longitudinal Study” (NYLS), o qual
envolvia bebês a partir dos dois ou três meses de vida.

Através deste estudo longitudinal distinguiram nove


categorias de temperamento:

Ritmicidade de funções biológicas;

Nível de atividade;

Aproximação ou afastamento frente a novos estímulos;

Adaptabilidade;

Limite sensorial;

Qualidade predominante de humor;

Intensidade de expressões de humor;

Distração e persistência.

A partir dessa análise foram definidos os três tipos de


temperamentos:

Bebês de temperamento fácil

Bebês com regularidade de suas funções biológicas,


respondem positivamente à novos estímulos e se adaptam
facilmente a mudanças. Sempre bem humorado e sorridente.

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Bebês de temperamento difícil

Irregularidade de suas funções biológicas, respostas negativas


à novos estímulos e não se adaptam a mudanças. Choro fácil e
se irrita quando contrariado.

Bebês de temperamento lento

Respostas negativas à novos estímulos e se adapta porém de


forma mais lenta aos novos estímulos e mudanças.

Porém a abordagem psicobiológica de Rothbart é a mais


utilizada para o estudo do temperamento infantil.

Esse modelo trouxe um grande avanço ao postular que


as diferenças individuais do temperamento também
podem ser observadas na reatividade e no funcionamento
psicofisiológico, neuroendócrino e autonômico do indivíduo
(Klein & Linhares, 2010).

Com isso, essa abordagem traz avanços quanto ao estudo do


temperamento ao ampliar a sua definição para um modelo
psicobiológico e ao avaliar a evolução do temperamento ao
longo do desenvolvimento (Shiner et al., 2012).

De acordo com Rothbart, o temperamento consiste em


diferenças individuais com base constitucional, ou seja,
depende da hereditariedade, maturação e experiência de
cada ser humano.

Por não me identificar com esses termos (bebê fácil, difícil


e lento) de Thomas e Chess utilizaremos as definições mais
conhecidas dos temperamentos e que são as mesmas que Dr
Italo e Isa Minatel usam em seus livros.

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Bebê sanguíneo

Expansivo, agitado e ativo. Se adapta fácil à novos ambientes


e não estranham as pessoas novas. Gostam de toque físico.
Tem dificuldade para se concentrar e não permanece com
um mesmo brinquedo por muito tempo. Não chora com
frequência e sorri com facilidade.

Bebê sanguíneo x chão

Geralmente se adapta fácil, porém tem necessidade de que


tenha alguém sempre por perto. Por não se interessar por um
brinquedo só é bem ativo e explorador, desde que não tenha
nenhum fator que justifique um atraso de seu desenvolvimento
geralmente são bebês que estão sempre com as habilidades
motoras dentro do esperado. A maior responsabilidade do
cuidador é ter atenção redobrada já que ele se aventura
bastante e explora todos os cantos da casa. Outra dica é
incentivar a atenção e o foco em uma determinada atividade.
Italo e Isa Minatel usam em seus livros.

Bebê colérico

Expansivo e agitado, porém não se adapta fácil a um novo


ambiente e pode estranhar novas pessoas. Geralmente não
liga tanto para toques físicos e pode ser bem independente
quando se adapta ao meio. Se irrita bastante quando algo o
desagrada. Chora com facilidade. Apresenta dificuldade para
se concentrar.

Bebê colérico x chão

Não se adapta de primeira, precisa ser muito incentivado e


elogiado para conquistar suas habilidades motoras. Porém a
partir desse momento se torna independente e pode passar
um longo tempo brincando sozinho no chão. A dica para o
cuidador é sempre incentivar o melhor do bebê colérico e
mostrar que ele é capaz. Aqui faz valer a ideia dos
passos de formiguinha, sempre respeitar o choro
do bebê e acolher suas necessidades e em outro
momento voltar e persistir mais um pouco.

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Bebê fleumático

Calmo, tranquilo e super adaptável. Adora um carinho e é


super sensível as suas emoções. Sente a necessidade de
sempre ter o cuidador pertinho dele. É mais lento em suas
habilidades e chora com a mesma intensidade que sorri em
seguida.

Bebê fleumático x chão

Se adapta de primeira ao chão, porém ali ele fica explorando


suas mãozinhas tranquilamente, sem muita iniciativa. O
cuidador do bebê fleumático tem uma responsabilidade
enorme pois por ele ser totalmente sensível é muito moldável
ao ambiente. Para o bebê fleumático tudo sempre está bem,
ele quase não reclama de nada e diagnosticar um atraso
no seu desenvolvimento é mais desafiador. O ambiente do
bebê fleumático precisa ser mais calmo porém muito mais
estimulante, é preciso muita criatividade para fazê-lo rolar por
exemplo.

Capriche nos exemplos, quer que ele engatinhe? Imite um


gatinho ao lado dele, o bebê fleumático tem uma grande
capacidade de absorver o que está ao seu redor.

Bebê melancólico

Bebês tranquilo e não adaptável, ama atenção e muito colo.


Chora com facilidade e muitas vezes prolonga esse choro por
um tempo a mais que o esperado. É mais lento e cauteloso.
Muito observador, fica quietinho olhando tudo à sua volta.
Passa um tempo explorando um mesmo brinquedo. Ama sua
rotina e se sente seguro quando tudo acontece dentro do
esperado.

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Bebê melancólico X chão

O bebê melancólico pode ter mais dificuldade com o chão


em um primeiro momento, ele precisa se sentir muito seguro
para essa adaptação. A dica maior é muito amor e empatia, ele
precisa se sentir muito especial para que esse processo seja
agradável. Estabelecer uma rotina de atividades também faz a
diferença, vai transmitir segurança e ele se sentirá no controle
da situação. Aproveite do seu foco e concentração e o
incentive através do brincar, não vai ser difícil fazer ele arrastar
para alcançar seu objetivos.

Conhecer o temperamento do seu bebê vai auxiliar demais


nesse processo de adaptação ao chão, eu tenho absoluta
certeza. Aplique essas dicas e depois me conte se fez sentido
também para você, confesso que estou animada e curiosa
para entender melhor sobre essa relação.

Para finalizar preciso deixar muito claro que a maneira que


reagimos às determinadas situações também sofrem outras
influências. É preciso analisar sempre todo o contexto que seu
bebê está inserido.

Combinado?

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AS 5 CARACTERÍSTICAS DE UMA MÃE FORMIGUINHA

PREVISIBILIDADE

Fazer as mesmas coisas todos os dias mostrará ao seu bebê


que o mundo é um lugar seguro para ele.

O chão faz parte dessa rotina! Claro que vai ter dia de
pediatra, vai ter dia de almoço na sogra e tudo mais que faz
parte da nossa vida, o importante é manter tudo dentro de um
padrão esperado.

Eu não posso criar aqui a sua rotina pois cada família tem uma
dinâmica, mas geralmente o bebê acorda, se alimenta, faz a
troca de fralda e neste momento está bem disposto, é hora de
chão! A tarde a mesmo coisa.

Como vocês já sabem não temos uma quantidade mínima


de tempo, mas o que vai acontecer é que quanto mais
experiencia ele tiver com a atividade mais ele vai querer ficar
ali. A idade também conta muito, um bebê de até três meses
dorme e se alimenta mais que um bebê de seis meses por
exemplo. O chão então normalmente aumentará na mesma
proporção da idade dele.

CONEXÃO

Estabeleça um diálogo, ele vai te responder da maneira dele e


você vai se apaixonar ainda mais. Olhe nos olhos dele.
Explique o que vai acontecer com ele nos próximos segundos,
um exemplo:

- Filho, agora vamos brincar no chão!

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Parece tão obvio mas já vi mães que não falam uma palavra
com seu bebê o dia todo, se imagine frágil e totalmente
dependente de alguém que te manipula para lá e para cá sem
que você saiba o que está a acontecer naquele minuto. Vai te
dar insegurança não vai. Pois é.

Quando nos sentimos inseridos em um meio e temos o


controle dele tudo fica mais tranquilo.

CONHECIMENTO

Para termos a segurança necessária precisamos conhecer o


processo, saber o que fazer e em qual momento é essencial
nos incentivos do desenvolvimento motor infantil.

Para isso o ebook “Meu primeiro ano”, ele lhe fornece


exatamente isso, com ele em mãos você vai se guiar em todos
os meses de chão com seu bebê.

AMOR

Obviamente se você é formiguinha você é muito amorosa e


muito empática, até por este motivo adquiriu esse material.

Mas é muito importante dizer isso aqui. Vão ter dias que assim
como nós adultos nossos bebês não vão estar dispostos, seja
um resfriado, uma vacina ou dentinho. Enfim, se você estiver
conectada com seu filho saberá por qual fase ele estará
passando e aquele momento é de colo e muito chamego. Não
será um dia ou dois dias que prejudicarão o desenvolvimento
motor dele.

Insistir nessas horas só vai gerar estresse e criar uma memória


negativa do chão, o que não queremos de jeito nenhum.

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IGNORE OS JULGAMENTOS!

Sim eles vão acontecer, é natural do ser humano. Para isso


esteja preparada para algumas perguntas como:

- Muito novinho para ir para o chão!

- Vai machucar a coluninha dele.

- Já engatinha? Já anda?

- Coloca no andador.

- Deixe de frescura!

Tenho absoluta certeza que você já sabe responder todas


estas perguntas com muito conhecimento e educação.

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CAPÍTULO 07:
Hora da ação!
Depois deste conteúdo que tenho certeza que lhe forneceu
todo o conhecimento e segurança que você precisa para
iniciar o chão com seu bebê, é hora da ação!

Você já escolheu a forma de forrar o chão, seja tapetinho ou


tatame ou até uma coberta ou edredom (bebês de até quatro
meses). Já escolheu os brinquedos ideais para o momento e já
encontrou o momento mais adequado para isso.

1
Avise seu bebê que vai brincar com ele no chão, coloque-o
sutilmente de barriga para cima na superfície e sente de uma
maneira confortável à frente dele.

2
Antes de qualquer coisa, olhe nos olhos do seu filho, sorria e
faça carinho nas suas mãos, se ele chorar o beije e abrace e
comece a cantar sua canção favorita.

3
Não tire suas mãos do corpinho do seu bebê, ele precisa te
sentir nesse primeiro momento.

Principalmente se estivermos falando de um bebê de até três


meses de vida.

4
Enquanto uma mão sua continua no bebê (pode ser em
cima da perninha dele) a outra com um brinquedo tenta
chamar a atenção dele na linha da visão (25m de distância
aproximadamente). Mostre o brinquedo, todos seus detalhes,
cante uma música e continue se comunicando com ele.

Se ele já tem alcance do brinquedo deixe que ele o pegue e


explore da maneira dele, se não tem continue no foco visual.

5
Deite agora ao lado do seu bebê e tracionando-o pelo quadril
do lado oposto o coloque de lado também de maneira que
vocês fiquem frente à frente. Continue dando o apoio no
quadril e chame muito a atenção dele agora, mantenha o
sorriso e o olho no olho. Ele pode querer resistir ao
movimento se a posição for nova para ele.
Faça do dois lados.

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6 Posicione-o agora de bruços no mesmo movimento que ensino


no “Meu primeiro ano”.

A sua primeira atenção aqui deve ser com os bracinhos, eles


devem estar bem embaixo do corpo do bebê. Os braços
auxiliam no controle de força de cervical, se estiverem
desorganizados a força necessária será toda focada na cabeça
e fica muito difícil e desconfortável pra ele.

Aqui vai um esquema do posicionamento dos braços do bebê


com relação à idade dele, dessa forma você compreenderá
como ajudar posicionando-os quando eles se desorganizarem.

Recém nascido:

Tem os braços bem pertinho


da cabeça e as mãos fechadas
próximas da boca favorecendo
seu reflexo de sucção, deixe que
ele a explore, é estímulo puro!

Três meses (Puppy):

Até o terceiro mês o bebê já


conquistou o controle de cabeça
e consegue apoias antebraços no
chão elevando mais os ombros.
Essa postura permite que ele
explore o ambiente visualmente.
As mãos já estão abertas a maior
parte do tempo e ele pode
explorar um brinquedo
pertinho dele.

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Quatro meses (apoio em puppy


unilateral)

Já é capaz de manter um
antebraço só apoiado e explorar
o ambiente com o outro membro.
Esse movimento é bem
importante para o rolar já que
trabalha lateralidade do bebê,
ele também prepara os membro
superiores para a extensão dos
cotovelos (esfinge).

Cinco meses (Esfinge)

No quinto mês o bebê estende


os cotovelos e é capaz de
retirar peito e abdome do chão
mantendo apenas os membros
inferiores apoiados. Exige muita
força e controle de cintura
escapular e prepara o corpo para
o quatro apoios (gato).

Seis meses (4 apoios – gato)

Após a esfinge o bebê está


preparado para elevar quadril
do chão e se apoiar apenas em
joelhos e mãos. Essa postura
exige bastante força e controle
articular do corpo todo.

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ALMOFADA DE AMAMENTAÇÃO OU ROLINHO


Nos três primeiros meses de vida do seu filho você pode variar
o bruços entre o chão plano e a almofada. Um não substitui o
outro, mas auxilia nessa experiencia inicial.

Você vai perceber que com a almofada ele eleva e lateraliza


melhor a cabecinha pois ela mantém a região de ombros e
coluna no alto minimizando os efeitos da gravidade facilitando
a organização da cabeça. Veja na imagem abaixo:

Por este motivo é importante que você reveze as duas formas


desde sempre e se seu bebê estiver evoluindo com controle
de cabeça próximo ao terceiro mês recomendo que já tire a
almofada e fique somente no chão. Alguns bebês acostumam
com o mais fácil e depois estranham quando a almofada é
retirada após o terceiro mês de vida.

Agora vamos falar sobre o melhor posicionamento do bebê


nela:

Ele precisa estar com o peito apoiado na superfície e os


bracinhos livres embaixo do corpo.

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Lembre que são os braços que vão o auxiliar na manutenção


do peso da cabeça, se o braço estiver para trás ele terá muita
dificuldade com esse controle.

Observe essa imagem vista de cima:

Podemos afirmar que:

1- O peito do bebê está apoiado na superfície e os braços


então livres para frente.

2- O pescoço está bem alinhado com a almofada permitindo


movimentação de cabeça.

3- Quadril e joelhos estão livres sem nenhum tipo de descarga


de peso.

De bruços na almofada seu bebê vai interagir visualmente com


você ou com um móbile e ir tentando manter a cabecinha
cada vez mais no alto.

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Primeiro mês: Foco visual por alguns segundos, cabecinha


ainda encostada na almofada lateralizando vez ou outra.

Segundo mês: Eleva a cabeça e logo abaixa, vai aumentando o


tempo gradativamente em manutenção da cervical e foca no
objeto por mais tempo.

Três meses: Já é capaz de elevar e manter a cabeça no alto


por mais tempo, foca o olhar no objeto e o acompanha
lateralizando a cabeça.

PERSISTA!
Você é formiguinha! Não desiste e sabe que mesmo
um pouquinho por dia vai gerar um super resultado no
desenvolvimento do seu bebê.

Se ele ficar um minuto hoje está ótimo, amanha ele fica dois e
assim gradativamente vai aumentando mais e mais.

Repita todos os dias os passos e aos poucos inicie os


incentivos do “Meu primeiro ano”, as vezes o bebê não se
diverte no chão porque ainda não sabe o que fazer nele.
Conforme você vai guiando suas habilidades ele vai criando
autonomia e independência e esse mundo vai ficando cada
dia mais legal para ele e consequentemente para você!

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CONSIDERAÇÕES
finais
Não tem como eu não me despedir aqui falando minha
frase preferida da vida...

Seu bebê é único!


Ele carrega consigo a sua carga genética, o seu
temperamento e as influências do ambiente no qual está
inserido. É normal que você se sinta ansiosa e as vezes
preocupada, afinal também traz na bagagem lembranças,
conscientes e inconscientes, sobre a sua infância, a criança
que você foi e os pais que teve.
A junção de todos estes fatores não poderia resultar em
algo simples.

Apenas acredite em você, se conecte com seu bem mais


precioso que é seu filho e se permitam viver essa linda
história.
Espero fazer parte disso, que este material que fiz com o
maior amor do mundo possa contribuir para seu maternar
mais leve e feliz!

Um grande beijo e até a próxima.

Tia Dani

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REFERÊNCIAS
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