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CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
MEDIUNIDADE COM JESUS
“O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de
observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele
consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos;
como filosofia, ele compreende todas as consequências morais que
decorrem dessas relações”.
Pode-se defini-lo assim:
“O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da
origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o
mundo corporal”.
(O Que é o Espiritismo, Allan Kardec – Preâmbulo)
O Livro dos Médiuns; É destinado a guiar a
prática das manifestações pelo conhecimento dos
meios mais apropriados para se comunicar com os
Espíritos; é um guia tanto para os médiuns quanto para
os evocadores e o complemento de O Livro dos
Espíritos.
MEDIUNIDADE:
TIPTÓLOGOS - aqueles que por cuja influência se produzem os ruídos e as pancadas, com ou
sem a participação da vontade.
MOTORES - os que produzem movimentos dos corpos inertes.
TRANSPORTES - os que podem servir aos Espíritos para o transporte de objetos materiais.
Variedade de médiuns motores e de translações.
CURADORES - os que têm poder de curar ou de aliviar os males pela imposição das mãos ou
pela prece. Esta faculdade não é essencialmente mediúnica, pois todos os
verdadeiros crentes a possuem.
EXCITADORES - os que têm a faculdade de desenvolver nos outros por sua influência, a
faculdade de escrever. É antes um efeito magnético do que um fato de
mediunidade, porque nada prova a intervenção de um Espírito.
EFEITOS MUSICAIS - provocam a execução de música em certos instrumentos, sem contato.
PNEUMATOFÔNICOS - produzem a voz direta.
PNEUMATÓGRAFOS - os que obtêm a escrita direta. Provavelmente se desenvolve por
exercício. Só a experiência pode revelar se o médium a possui.
APARIÇÕES (materialização) - podem provocar aparições fluídicas ou tangíveis, visíveis para
os assistentes.
TRANSLAÇÕES E SUSPENSÕES - produzem a translação de objetos através do espaço ou a
sua suspensão, ou seja, podem elevar-se a si próprios.
Imagens: http://www.dieselpunks.org
MEDIUNIDADE DE EFEITOS INTELECTUAIS: (O Livro dos Médiuns, cap. XVI – item 190)
MECÂNICOS – aqueles cuja mão recebe um impulso involuntário e que não têm nenhuma
consciência daquilo que escrevem.
SEMIMECÂNICOS – aqueles cuja mão avança involuntariamente, mas que têm a consciência
instantânea das palavras ou das frases à medida que escrevem.
INTUITIVOS - aqueles com os quais os Espíritos se comunicam pelo pensamento e cuja mão é
guiada pela vontade. Diferem dos médiuns inspirados porque estes últimos não
têm necessidade de escrever, ao passo que o médium intuitivo escreve o
pensamento que lhe é sugerido instantaneamente sobre assunto determinado e
provocado. Muito sujeitos ao erro porque, frequentemente, não podem discernir
o que provém dos Espíritos ou de si mesmos.
POLÍGRAFOS - aqueles cuja escrita muda com o Espírito que se comunica, ou que estão aptos
a reproduzirem a escrita que o Espírito tinha em vida.
POLIGLOTAS - falam ou escrevem em línguas que lhes são estranhas.
ILETRADOS - os que escrevem como médiuns, sem saberem nem ler, nem escrever em
estado normal.
2. Segundo o desenvolvimento da faculdade: (O Livro dos Médiuns cap. XVI – item 192)
POÉTICOS - sem obterem versos, as comunicações que recebem têm alguma coisa de
sentimental; nada neles denota rudeza.
POSITIVOS - suas comunicações têm, em geral, um caráter de clareza e de precisão que se
presta voluntariamente aos detalhes circunstanciais, às notícias exatas.
LITERÁRIOS - seu estilo é correto, elegante e, frequentemente, de uma notável eloquência.
RECEITISTAS - servem mais facilmente de intérprete dos Espíritos para as prescrições
médicas. Não confundi-los com os médiuns curadores.
RELIGIOSOS - recebem, mais especialmente, comunicações de um caráter religioso.
CIENTÍFICOS - podendo serem muito ignorantes, são mais especialmente próprios para as
comunicações relativas às ciências.
INCORRETOS - podem obter coisas muito boas, pensamentos de uma moralidade
irrepreensível, mas seu estilo é difuso, incorreto.
VERSIFICADORES - obtém, mais facilmente do que os outros, comunicações versificadas.
HISTORIADORES - aqueles que têm uma aptidão especial para os desenvolvimentos
históricos. Esta faculdade é independente dos conhecimentos do médium.
FILÓSOFOS e MORALISTAS - suas comunicações têm, geralmente, por objetivo as questões
de moral e de alta filosofia.
“Todos esses matizes são variedades de aptidões de bons médiuns. Quanto aos que têm uma
aptidão especial para certas comunicações científicas, históricas, médicas ou outras, acima de
sua capacidade intelectual, estejais persuadidos de que possuíram esses conhecimentos em
uma outra existência, e que permaneceram neles em estado latente”. (ERASTO)
DE COMUNICAÇÕES TRIVIAIS e OBSCENAS - indicam o gênero de comunicações que certos
médiuns recebem habitualmente, e a natureza dos Espíritos que as dão.
4. Segundo as qualidades físicas do médium: (O L. Médiuns cap. XVI – item 194)
CALMOS - escrevem sempre com certa lentidão, e sem experimentar a menor agitação.
VELOZES - escrevem com uma rapidez maior do que poderiam fazê-lo no estado normal. É
muito cansativa, porque desprende muito fluido inutilmente.
CONVULSIVOS - são de um estado de excitação quase febril; sua mão, e algumas vezes toda
a sua pessoa, é agitada por um tremor que não podem dominar. É preciso
que esses médiuns não se sirvam, senão raramente, de sua faculdade
medianímica, cujo uso muito frequente poderia afetar o sistema nervoso.
Médiuns imperfeitos: (O Livro dos Médiuns, cap. XVI – item 196)
DE MÁ-FÉ - os que, tendo faculdades reais, simulam as que não têm para se darem importância.
EGOÍSTAS - servem-se de suas faculdades para seu uso pessoal, e guardam para eles as
comunicações que recebem.
LEVIANOS - não tomam sua faculdade a sério, e dela não se servem senão por passatempo ou
para coisas fúteis.
INVEJOSOS - os que veem com despeito os outros médiuns, melhor apreciados e que lhes são
superiores.
SUSCETÍVEIS - são orgulhosos; melindram-se com as críticas das quais suas comunicações
podem ser objeto; se irritam com a menor contrariedade.
AMBICIOSOS - os que, sem pôr a preço sua faculdade, esperam dela tirar quaisquer vantagens.
OBSIDIADOS - não podem se desembaraçar dos Espíritos importunos e mentirosos, mas não se
iludem.
FASCINADOS - são enganados pelos Espíritos mentirosos, e se iludem sobre a natureza das
comunicações que recebem.
SUBJUGADOS - sofrem uma dominação moral e, frequentemente, material da parte dos maus
Espíritos.
INDIFERENTES - não tiram proveito moral das instruções que recebem, e não modificam em
nada sua conduta e seus hábitos.
PRESUNÇOSOS - têm a pretensão de serem os únicos em relação com os Espíritos superiores.
Creem na sua infalibilidade considerando como inferior tudo o que não
procede deles.
ORGULHOSOS - os que se envaidecem das comunicações que recebem.
MERCENÁRIOS - os que exploram sua faculdade.
Bons médiuns: (O Livro dos Médiuns, cap. XVI – item 197)
SÉRIOS - servem de sua faculdade para o bem e para as coisas verdadeiramente úteis.
MODESTOS - não se atribuem nenhum mérito pelas comunicações que recebem.
DEVOTADOS - os que compreendem que o verdadeiro médium tem uma missão a cumprir e
deve, quando isto seja necessário, sacrificar seus gostos, seus hábitos, seus
prazeres, e mesmo seus interesses materiais, para o bem dos outros.
SEGUROS - os que, além da facilidade de execução, merecem plena confiança, por seu
próprio caráter, a natureza elevada dos Espíritos que os assistem, e que são os
menos expostos a serem enganados.
“O Evangelho de Jesus, por representar o Código Primordial dos valores morais, que
devem ser buscados pela pessoa, torna-se imprescindível a todos os que pretendem
seguir a trilha da mediunidade sob a óptica cristã, sob a interpretação da Doutrina
Espírita”.
“O fenômeno pelo fenômeno é algo bastante ligeiro e mesmo rudimentar, diante do
estuário de ensinamentos que os desencarnados podem oferecer. Para o Espiritismo,
mais importante do que a manifestação mediúnica em si mesma, está o aprimoramento
do médium, a sua entrega ao bem e ao bom, o seu renascimento moral, e aí, a
mensagem do Cristo é de valiosíssima grandeza”.
(Desafios da Mediunidade, Camilo por J. Raul Teixeira – perg. 54)
“O médium que se propôs a educar-se, nos moldes disciplinares do Cristo, de vez
em quando se sente aturdido pela sua própria natureza inferior, pois toda mudança criteriosa
requer tempo, firmeza e fé, para que a esperança nos envolva, de maneira a nos convencer
que a sabedoria e o amor são caminhos insubstituíveis.”
(Médiuns, Miramez por João N. Maia - Educação do Médium)
“Ser médium em Cristo é uma coisa excelente. No entanto, para que isso ocorra,
imprescindível é saber o que fazer da mediunidade. Esse é o maior problema no seio da
humanidade e dos espiritualistas, em geral. Temos atrações irresistíveis para coisas
misteriosas, (...) principalmente comunicar com os que já partiram para o além, conhecer
suas novas ideias, o que eles encontraram na viagem para o outro mundo, suas experiências
e o que eles pensam dos que ficaram. Aí é que entra o ministério da doutrina. O médium, na
sua lucidez cristã, é um ministro que deve orientar todos os sofredores, todos os que queiram
se instruir acerca da outra vida e da vida que deve ser levada. E se ele não levar a sério a
sua missão, o Evangelho interroga a sua consciência, na palavra de Lucas, capítulo 6,
versículo 39: “Pode porventura um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco?”
(Médiuns, Miramez por João N. Maia – O Alcance Mediúnico)
O bom médium: