Artigo sobre: “1- Utilização da telemedicina como estratégia de
promoção de saúde em comunidades ribeirinhas da Amazônia: experiência de trabalho interdisciplinar, integrando as diretrizes do SUS” RESUMO: Este artigo apresenta uma experiência de formação educacional e de assistência médica, utilizando a telemedicina como recurso tecnológico para a promoção e prevenção em saúde, além da capacitação profissional de populações ribeirinhas do baixo Madeira, no Estado de Rondônia. A atuação contou com a constituição de um pequeno pólo de telemedicina na comunidade de Santa Catarina, localizada no rio Madeira, há duzentos quilômetros do município de Porto Velho. A experiência no campo foi realizada entre 17 e 31 de julho de 2006, promovendo a inclusão de moradores de nove comunidades ribeirinhas. O sistema permitiu a troca simultânea de vídeo e áudio em tempo real, possibilitando acesso à informação, assistência médica e palestras sobre prevenção em saúde básica à população em geral. A realização deste projeto mostrou que a implantação da telemedicina é uma alternativa para a melhor distribuição dos serviços de saúde. Além de levar o atendimento a populações menos favorecidas, permite a reintegração social de pessoas preteridas pelo isolamento geográfico, auxilia na difusão de informação, proporciona capacitação aos moradores e futuros usuários do sistema, promove a prevenção em saúde, desenvolvendo a responsabilidade da população para uma melhor da qualidade de vida da região.
2. Artigo sobre: “Desafios da promoç;ao da saúde em diferentes
contextos amazônicos” RESUMO: Este artigo objetiva discutir alguns dos desafios para a implementação da Promoção da Saúde em diferentes contextos da Amazônia brasileira. Baseou-se em pesquisas realizadas em três localidades no estado do Amazonas: a primeira é uma terra indígena; a segunda compreende comunidades ribeirinhas de duas unidades de conservação de uso sustentável; e a terceira é uma área urbana, na capital do estado. Dentre os principais desafios, destacaram-se: as grandes dimensões geográficas; a ineficiência ou ausência de serviços básicos de saneamento; presença de componentes míticos na interpretação do processo saúde-doença e na relação saúde-ambiente; situações de assistencialismo e falta de mobilização social; e o despreparo das equipes de saúde, principalmente para o desenvolvimento da educação em saúde. Concluiu-se sobre a relevância de ações intersetoriais e compartilhadas de Promoção da Saúde, planejadas em concordância com os inúmeros e peculiares quadros de referências ambientais e socioculturais. 3. Artigo sobre: - “Agente comunitário de saúde: questões ambientais e promoção da saúde em comunidades ribeirinhas” RESUMO: No presente artigo, discutem-se as concepções de saúde e ambiente de agentes comunitários de saúde (ACSs) atuantes em duas comunidades ribeirinhas do eixo Ilhéus-Itabuna, sul da Bahia, Brasil, e suas atividades de promoção da saúde voltadas para o ambiente. Foram analisadas entrevistas semiestruturadas de 14 ACSs, tratadas com a técnica do discurso do sujeito coletivo proposta por Lefèvre e Lefèvre (2005). Nos discursos, os ACSs revelaram uma concepção ampla de saúde (qualidade de vida e direito) e relacionaram o ambiente ao território, embora o concebam como lugar onde as pessoas vivem. Também fazem relação entre saúde e melhorias no ambiente, e apesar de viverem e trabalharem em um território com problemas ambientais graves, suas atividades voltadas para o ambiente são pontuais e de conduta individual. Nessa perspectiva, reorientando o processo de trabalho, os ACSs indicam a capacidade de criar novas formas de relação entre ambiente e saúde. Potencializar esses atores que vivem na cena da tensão dos vários territórios em que transitam, valorizando seus saberes e sua vivência do(no) ambiente onde moram ou trabalham, pode ser o primeiro passo na direção da mudança, com a reorientação das práticas sanitárias e do modelo assistencial.
4. Artigo sobre: “ Promoção da saúde da população ribeirinha da
região amazônica: relato de experiência” RESUMO: Relatar as ações de promoção de saúde realizadas em comunidades ribeirinhas pelas equipes expedicionárias do projeto “FOB- USP em Rondônia”. Métodos: trata-se de um trabalho transversal observacional, que consiste em um relato de experiência de expedições interdisciplinares às comunidades de Tabajara-RO, Calama-RO, Demarcação-RO e Rio Preto-RO. A coleta de dados ocorreu por meio dos prontuários, anotação em diários de campo e observação participante. O enfoque adotado para guiar o desenvolvimento do presente trabalho está no trabalho da equipe, nos momentos de atendimento clínico e comunitário. Resultados: foram atendidos 1042 ribeirinhos abrangendo ações assistenciais e educativas. As comunidades exibiram como principal fonte de renda a pesca e a agricultura de subsistência. O esgoto é coletado por fossas sépticas ou a céu aberto. A água provém dos rios ou poços artesianos. As casas em todas as comunidades, em sua maioria, são de madeira. Quanto aos procedimentos clínicos, foram realizados 974 fonoaudiológicos, sendo as principais queixas na área de audiologia, e 854 odontológicos com maior realização de exodontias e restaurações. Ações educativas foram realizadas em todas as comunidades. Conclusão: foram realizados 1828 procedimentos, dos quais 1100 foram clínicos e 728 educativos. As condições de acesso mostraram- -se precárias e as alterações de saúde referentes às áreas fonoaudiológica e odontológica apresentaram-se como queixas e alterações auditivas e cárie dentária (principalmente) e doença periodontal. Verificou-se a necessidade de aprimorar o acesso das populações ribeirinhas a serviços essenciais, mantendo-se atendimentos regulares e contínuos, para a realização de atividades de educação e promoção de saúde com efetividade.
5. “Artigo sobre: “O acesso aos serviços de saúde da população
ribeirinha: um olhar sobre as dificuldades enfrentadas” RESUMO: Esse artigo buscou discutir o acesso da população ribeirinha aos serviços públicos de saúde. Um importante desafio para o SUS atualmente é alcançar as populações mais prejudicadas, incluindo as comunidades ribeirinhas e as demais populações interiorizadas. Tratou- se de um estudo de natureza qualitativo-descritiva sob método de revisão bibliográfica. A igualdade no acesso é algo que se deixa a desejar, uma vez que pessoas que residem em metrópoles e grandes centros urbanos possuem maior aproximação e facilitação no acesso a saúde, já os ribeirinhos muita das vezes, precisam se deslocar de onde reside para outra comunidade, cidade e até mesmo outro município, acarretando gastos extras na renda familiar ou até mesmo impedindo aquele cidadão de buscar o sistema de saúde. Quando se trata de avanço em saúde, a educação caminha ao lado do ciclo evolutivo de um indivíduo, por meio desta que o ser humano é capaz de aprender e desenvolver atividades.
6. Artigo sobre: “Acesso a serviços de saúde por ribeirinhos de um
município no interior do estado do Amazonas, Brasil. RESUMO; OBJETIVO: Descrever as características do acesso a serviços de saúde por ribeirinhos do município de Coari, estado do Amazonas, Brasil. MÉTODOS: Estudo descritivo, transversal, de base populacional, conduzido com ribeirinhos residentes na zona rural de Coari, no período de abril a julho de 2015. As entrevistas foram realizadas por meio de questionário previamente elaborado. Foram utilizadas variáveis socioeconômicas, demográficas e de acesso a serviços de saúde. A amostra probabilística por conglomerados foi composta por 492 sujeitos. RESULTADOS: Mais da metade (54,9%) dos ribeirinhos utilizavam pequenas embarcações de madeira para acessar os serviços de saúde, navegando em média 60 km e tempo médio de viagem de 4,2 h. O serviço de saúde mais procurado pelos ribeirinhos foi o hospital (65,0%), seguido da Unidade Básica de Saúde (26,6%) e de farmácias (5,4%). Cerca de um em cada quatro ribeirinhos (22,2%) afirmaram tentar agendar uma consulta médica sem êxito, tendo como principais motivos a falta de fichas (vagas) para agendamento (57,8%), a falta de profissionais para atendimento (28,4%) e a demora no atendimento para a marcação de consulta (13,8%). CONCLUSÃO: O acesso a serviços de saúde pelos ribeirinhos é limitado, sobretudo por barreiras geográficas. É necessária a articulação entre estratégias que promovam o acesso aos serviços de saúde pelos ribeirinhos, viabilizando a continuidade da assistência a saúde a essa população.
7. Artigo sobre: “ Avanços e desafios na saúde das populações
ribeirinhas na região amazônica: uma revisão integrativa” RESUMO: O objetivo deste estudo foi evidenciar, em publicações nacionais e internacionais, os avanços e desafios na saúde de populações ribeirinhas que vivem na Amazônia Legal brasileira. Foi realizada uma revisão integrativa entre os dias 1ºe 30 de maio de 2021, na qual foram selecionados artigos publicados entre 2014 e2021,indexados nas bases eletrônicas da BVS e SciELO. A estratégia de busca retornou 52 artigos, no entanto somente 10 foram incluídos. Destaca-se um predomínio de artigos que abordam os desafios a serem superados no atendimento às populações ribeirinhas, sendo observado um destaque para a falta de preparo das equipes de saúde e para a necessidade de ampliação dos serviços que considerem as diferenças culturais e as determinantes sociais que atingem essas populações. Observa-se que, apesar da ocorrência de alguns avanços no atendimento em saúde às populações ribeirinhas da Amazônia, a maioria dos estudos descreve que desafios são comuns e frequentes e que mudanças para que as necessidades dessa população sejam alcançadas acontecem de forma lenta, não atendendo às expectativas atuais dessas comunidades.
8. Artigo sobre: “A voz universitária: promoção da saúde e prevenção
da Covid-19 via rádio” RESUMO: A necessidade de garantir a autonomia do indivíduo na construção do seu bem-estar evidencia a busca de novas formas de levar conhecimento sobre saúde à população. Uma delas, pelos meios de comunicação em massa, como o rádio, pode alcançar públicos nas mais longínquas localidades, de modo a dinamizar o processo de melhoria da qualidade de vida e mudar o paradigma dos processos de saúde. Nesse sentido, nasce o projeto de extensão “A voz universitária” que leva informações de saúde e bem-estar, pela Rádio 93.1 FM, para mais de 400 mil habitantes na região da Transamazônica. Este trabalho tem como objetivo descrever as experiências dos integrantes desse projeto durante sua primeira fase.
9. Artigo sobre: “Os modos de fazer saúde na Amazônia das Águas”
RESUMO: Descrevemos como a organização do sistema de saúde é afetada pelas características da várzea amazônica. Elegemos uma região a oeste do estado do Amazonas que bem caracteriza esse cenário. Entrevistamos gestores de saúde e mapeamos os trajetos percorridos pelos usuários para acessar a rede sanitária. Municípios menores são extremamente dependentes da rede de serviço do polo regional e da capital estadual. O transporte de usuários, à exceção de emergências, é feito por via fluvial com maior tempo e maior custo em relação à via terrestre. O ciclo vazante-cheia também interfere no tempo, no custo e nos agravos prevalentes. Identificamos alguns pontos de tensão entre o instituído normativamente para conformação das regiões de saúde e a realidade regional. Promover saúde na Amazônia passa inevitavelmente pela adaptação e pela resiliência do sistema de saúde no diálogo com as características do território e dos fluxos dos usuários.
10. Artigo sobre: “Desafios da atenção à saúde em populações
ribeirinhas” Resumo: As dificuldades relacionadas às poucas e ineficientes ações de políticas públicas incluem a falta de acesso a serviços públicos básicos, como educação e saúde. Além do mais, a falta de igualdade levou a sérias deficiências na prestação de serviços e a cuidados de saúde limitados para a população ribeirinha. Dessa forma, o presente estudo tem por objetivo identificar os principais desafios e problemas que dificultam os serviços de saúde para a população ribeirinha em geral. O presente estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória, com base em uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL), a fim de identificar publicações de relevância entre os anos de 2017 e 2021 que determinem quais os fatores que dificultam o acesso da população aos atendimentos de saúde. Para isso, foi feito a busca ativa de artigos que abordassem a temática, avaliando inicialmente o título, resumo e posteriormente o conteúdo na integra dos trabalhos aptos. A busca ativados artigos na base de dados resultou em 62 trabalhos publicados no período estipulado e após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 6 trabalhos estavam aptos a integrar os resultados. Os autores concordam que ainda hoje, os maiores problemas relacionados ao atendimento adequado ou prestação de serviços de saúde para a população ribeirinha se encontram nas limitações geográficas, todavia, não necessariamente pela localização e sim pela falta de estrutura das equipes envolvidas para a prestação do atendimento.