Você está na página 1de 1

9.

Solários devem ser encerrados, defende a Associação Portuguesa do Cancro Cutâneo


Danos irreversíveis na pele
«Em Portugal, é proibido que menores de 18 anos, grávidas e pessoas que apresentem sinais de
insolação frequentem solários – no entanto, o Governo salienta que a exposição ao bronzeamento
artificial é de evitar por todos os consumidores.
À semelhança do que acontece noutros países, os solários em Portugal são obrigados por lei a
ter um letreiro visível com indicações de uso e recomendações. Há várias frases que devem constar
nesses letreiros: “As radiações ultravioletas podem afetar gravemente a pele e os olhos. As exposições
intensas e frequentes provocam o envelhecimento da pele e aumentam o risco de aparecimento de
cancro da pele. Os danos causados na pele são irreversíveis.”
De acordo com o site da Direção-Geral da Saúde (DGS) os solários podem emitir radiações UVA
e UVB – sendo a primeira predominante e “a menos lesiva do espetro destas radiações”. “Contudo,
nos últimos anos, os solários têm sido concebidos para produzir níveis mais elevados de UVB,
procurando imitar o espetro solar, com o objetivo de acelerar o processo de bronzeamento”, alerta a
DGS.
“A excessiva exposição à radiação UV solar ou de fontes artificiais constitui uma preocupação
considerável em saúde pública, uma vez que a radiação UV pode levar ao desenvolvimento de cancro
da pele, cataratas, outras lesões oculares, diminui a ação do sistema imunitário, entre outras
consequências. A radiação UV cumulativa pode também resultar no envelhecimento prematuro da
pele”, lê-se na página da DGS relativa ao solário.
Também a Organização Mundial de Saúde (OMS) desaconselha o uso cosmético de solários e
admite que a utilização de aparelhos que emitem radiação UVB pode causar “sobre-exposição
intermitente e risco de queimaduras solares agudas, com possível aumento do risco de melanoma”.
“Por outro lado, a exposição excessiva à radiação UVA tem sido discutida enquanto um possível fator
de risco de melanoma na comunidade científica e regulatória. Vários fabricantes de solários estão
agora a voltar às quantidades relativas de UVA e UVB que imitam a composição natural da luz solar.”
A OMS refere que a exposição solar intensa pode constituir um fator de risco especialmente em
quem tem a pele mais clara. De acordo com a OMS, bronzear para lá do normal para o tom de pele
está associado a danos no ADN nos melanócitos, as células que produzem o pigmento de melanina de
cor mais escura da pele. Mesmo um efeito de bronze pequeno implica um grande dano no ADN das
pessoas com pele clara. Por isso, o uso regular de solários irá aumentar significativamente as hipóteses
de cancro de pele, sobretudo nos casos em que a pele é mais clara.
Para além das pessoas com pele clara, também as pessoas com muitas sardas ou sinais e as
pessoas com historial de cancro de pele na família devem abster-se de usar solários.»
Adaptado de Público/Lusa, 7 de maio de 2019.
Fonte: https://www.publico.pt/2019/05/07/sociedade/noticia/associacao-portuguesa-cancro-cutaneo-defende-
encerramento-solarios-1871720 (consultado a 24 de março de 2022)

Você também pode gostar