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2030
AGENDA
MENSAGEM
DO PRESIDENTE
“Transformar o ciclismo no desporto
do século XXIe desenvolver um modo
de vida em torno da bicicleta”
DESENVOLVIMENTO
Caros amigos,
O mundo evolui, transforma-se e as crises atuais demonstraram que as realidades de
amanhã podem ser diferentes das realidades de hoje. A pandemia da COVID-19 intensificou
substancialmente a utilização da bicicleta em todo o mundo, que tem aumentado de forma
exponencial. Paralelamente, a União Ciclista Internacional (UCI) mostrou-se ágil, reativa e
inovadora, de modo a propor um importante calendário de corridas. Paradoxalmente, a
modalidade do ciclismo saiu reforçada da crise da COVID-19 e a UCI é saudada como uma
das Federações Internacionais que soube adaptar-se rapidamente.
Devemos tirar partido deste sucesso para transformar o ciclismo no desporto do século
XXIe desenvolver um modo de vida em torno da bicicleta. Estou convicto de que o ciclismo
INOVAÇÃO
continuará numa via de forte desenvolvimento, ajudado pelo sucesso na utilização da
bicicleta.
Esta Agenda 2030, aprovada pelo Comité Diretor da UCI e apresentada no Congresso da
UCI de 2022, permite formalizar a nossa visão para os anos vindouros. Disponível em nove
línguas, será uma ferramenta inestimável para as Federações Nacionais e Confederações
Continentais, a fim de alargar ainda mais a difusão do ciclismo.
Num mundo em mudança, o acolhimento de novas disciplinas que vão ao encontro das
expetativas dos praticantes e do público constitui uma oportunidade para fortalecer a
nossa audiência.
Devemos inovar constantemente a fim de nos prepararmos para o futuro e não deixar
SOLIDARIEDADE
que importantes segmentos do ciclismo se realizem sem nós.
O desenvolvimento do ciclismo feminino continua a ser uma prioridade para a nossa
Federação Internacional. Embora muito tenha sido alcançado, devemos continuar a nossa
ação para assegurar que todos os atletas beneficiem das mesmas oportunidades.
A nossa missão de solidariedade será ainda mais reforçada para garantir a universalidade do
ciclismo e para permitir a disseminação de equipamentos e competências especializadas,
bem como para acolher no Centro Mundial de Ciclismo (CMC) da UCI atletas que não
disponham de recursos suficientes no seu próprio país.
Além disso, a UCI assegurará que os valores olímpicos da paz, da solidariedade, da
tolerância e da amizade sejam promovidos através do ciclismo, no âmbito de uma
governação de qualidade, com um funcionamento democrático e transparente.
SUSTENTABILIDADE
Por último, o nosso desporto e a nossa Federação Internacional terão de ter em conta,
de uma forma ainda mais empenhada, as questões do desenvolvimento sustentável e
enfrentar o desafio climático. A bicicleta é um dos meios de transporte mais eficientes e
sustentáveis, desempenhando um papel essencial na resposta às alterações climáticas à
escala global e na construção de um mundo melhor. Teremos de evoluir e de nos adaptar
para reduzir o nosso impacto ambiental.
A elaboração de uma Agenda 2030 significa a formalização de uma visão a longo prazo
que permitirá à UCI consolidar o seu lugar entre as principais federações mundiais. Este
documento irá orientar a nossa ação para os próximos anos e convidamos todos os
intervenientes no ciclismo a implementá-lo ao seu nível.
INTEGRIDADE
David Lappartient
Presidente da UCI
Membro do COI
AGENDA 2030 | P. 3
A UNIÃO CICLISTA
INTERNACIONAL
DESENVOLVIMENTO
A UNIÃO CICLISTA INTERNACIONAL
Fundada em 1900 em Paris, França, a União Ciclista Internacional (UCI) é a maior autoridade
do ciclismo a nível mundial. Desenvolve e supervisiona o ciclismo em todas as suas formas
e em todo o mundo, não só na sua componente competitiva, como também na vertente do
lazer e como meio de transporte e de recreação.
Representa junto das instâncias desportivas e públicas os interesses de 202 Federações
Nacionais, cinco Confederações Continentais, mais de 1 500 corredores profissionais, vários
milhões de ciclistas de competição e dois mil milhões de utilizadores de bicicletas em todo
INOVAÇÃO
o mundo.
A UCI lidera o desenvolvimento do ciclismo como desporto de competição e em todas as
suas vertentes em todo o mundo. Tem o compromisso de ir ao encontro das mais elevadas
normas de exigência em todas as suas atividades e de merecer e conservar a reputação de
uma federação internacional desportiva capaz de obter excelentes resultados.
A UCI garante a gestão e a promoção das dez disciplinas ciclistas: ciclismo de estrada, ciclismo
de pista, ciclismo de montanha, BMX Racing, BMX Freestyle, ciclocrosse, trial, ciclismo de sala,
ciclismo eletrónico e ciclismo em terra batidaterra batida. Cinco destas modalidades constam
do programa dos Jogos Olímpicos (estrada, pista, bicicleta de montanha, BMX Racing e
BMX Freestyle Park), duas do programa dos Jogos Paralímpicos (estrada e pista) e quatro do
SOLIDARIEDADE
programa dos Jogos Olímpicos da Juventude (estrada, ciclismo de montanha, BMX Racing e
BMX Freestyle Park). Têm sido realizadas corridas de ciclismo em todas as edições dos Jogos
Olímpicos da era moderna, sendo o ciclismo atualmente o terceiro desporto olímpico mais
popular em termos de medalhas atribuídas e quotas de atletas no maior evento desportivo
do planeta.
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
AGENDA 2030 | P. 5
DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
A UCI organiza igualmente as Taças do Mundo da UCI, séries que incluem ao longo da
temporada competições ao mais alto nível nas diferentes disciplinas. As classificações das
SUSTENTABILIDADE
Taças do Mundo da UCI constituem o fio condutor de cada temporada. A corrida pelas
camisolas de líder é um desafio importante e o título de vencedor de uma Taça do Mundo
da UCI representa uma consagração desportiva.
INTEGRIDADE
AGENDA 2030 | P. 6
DESENVOLVIMENTO
A fim de promover o desenvolvimento global e equitativo do ciclismo, a UCI criou em 2002
o Centro Mundial de Ciclismo (CMC) da UCI que, além de albergar a sua sede, é um centro
de formação e treino de alto nível que acolhe anualmente mais de uma centena de jovens
atletas promissores, bem como pessoas que procuram formação em todas as áreas do
ciclismo. Os programas do CMC da UCI foram concebidos para dar a todos, seja qual for a
sua origem e quaisquer que sejam os recursos disponíveis no seu país, a oportunidade de
realizar o seu potencial, a nível nacional ou internacional. Aliás, o ciclismo é mais do que
um desporto de competição: a utilização da bicicleta responde a muitas necessidades fora
da esfera competitiva, como meio de transporte e como atividade de lazer. Por essa razão,
a UCI está empenhada em desenvolver os seus programas de “bicicletas para todos”, que
INOVAÇÃO
visam melhorar as condições para a prática do ciclismo e a sua acessibilidade.
SOLIDARIEDADE
51
44
44
202 5 CONFEDERAÇÕES
54
41 M€
FEDERAÇÕES 8 ORÇAMENTO
NACIONAIS MÉDIO ANUAL
DA UCI
(EXCLUINDO O ANO OLÍMPICO)
SUSTENTABILIDADE
2 m.M. 1M 1 500
DE UTILIZADORES CICLISTAS CICLISTAS
DE BICICLETAS FEDERADOS PROFISSIONAIS
INTEGRIDADE
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CICLISMO,
UM DESPORTO
GLOBAL
DESENVOLVIMENTO
CICLISMO, UM DESPORTO GLOBAL
Foi enviado um questionário durante a primavera de 2022 à totalidade das 202 Federações
Nacionais, filiadas na UCI. As suas respostas permitiram-nos estabelecer uma visão global
do ciclismo hoje*.
INOVAÇÃO
pandemia da COVID-19, alguns números revelaram-se pouco significativos. Por essa
razão, foram substituídos pelos números do inquérito de 2018. São, assim, indicados por
dois asteriscos**.
*Cumpre notar que as informações apresentadas têm unicamente por base as declarações das Federações
Nacionais.
Federados
SOLIDARIEDADE
824 036
123 239
28 400
30 288
1 037 424
FEDERADOS** NOS 5 CONTINENTES
31 461
SUSTENTABILIDADE
DISTRIBUIÇÃO** ENTRE DISTRIBUIÇÃO** POR
HOMENS E MULHERES DISCIPLINAS
187 225
MULHERES
BMX FREESTYLE 25 359
PARACICLISMO 25 686
CICLOCROSSE 46 294
PISTA 46 348
BMX RACING 68 637
CICLISMO DE MONTANHA 187 624
213 792
ESTRADA 365 840
HOMENS
AGENDA 2030 | P. 9
DESENVOLVIMENTO
Clubes
58 597
2 284
2 677
971
INOVAÇÃO
NOS 5 CONTINENTES
SOLIDARIEDADE
Eventos
25 231
5 149
1 539
1 409
33 755
SUSTENTABILIDADE
EVENTOS ** 427
NOS 5 CONTINENTES
18 797
DISTRIBUIÇÃO POR
DISCIPLINAS
5 062
2 730 3 408
416 1 351 1 847
144
INTEGRIDADE
AGENDA 2030 | P. 10
DESENVOLVIMENTO
Velódromos
292
88
127
INOVAÇÃO
576 62
VELÓDROMOS
NOS 5 CONTINENTES
SOLIDARIEDADE
Pistas de BMX
680
466
71
SUSTENTABILIDADE
23
1 340
100
PISTAS DE BMX**
NOS 5 CONTINENTES
AGENDA 2030 | P. 11
DESENVOLVIMENTO
Comissários/Classificadores
15 640
5 419
11 009
INOVAÇÃO
1 233
37 311 4 010
COMISSÁRIOS/
CLASSIFICADORES**
NOS 5 CONTINENTES
SOLIDARIEDADE
11 236
DISTRIBUIÇÃO POR
DISCIPLINAS
7 013
4 768 4 780
4 004
3 173
2 337
AGENDA 2030 | P. 12
DESENVOLVIMENTO
Orçamento anual acumulado da totalidade das Federações Nacionais
INOVAÇÃO
€ 255 922 645
SOLIDARIEDADE
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
AGENDA 2030 | P. 13
CENTRO MUNDIAL
DE CICLISMO
DA UCI
DESENVOLVIMENTO
CENTRO MUNDIAL DE CICLISMO DA UCI
UM INTERVENIENTE DE PRIMEIRA LINHA DO DESENVOLVIMENTO E DA EXCELÊNCIA
DESPORTIVA
Sede da União Ciclista Internacional (UCI), o Centro Mundial de Ciclismo (CMC) da UCI
é também um centro de treino e de formação de alto nível reconhecido pelo Comité
Olímpico Internacional (COI). Localizado em Aigle, na Suíça, desempenha um papel
central na estratégia da UCI de desenvolvimento do ciclismo em todo o mundo, em
colaboração com as respetivas Confederações Continentais e Federações Nacionais.
INOVAÇÃO
FORMAÇÃO DE ATLETAS NO CMC DA UCI
A UCI organiza no CMC da UCI cursos de treino e formação nas diferentes disciplinas para
jovens talentos identificados nos cinco continentes. Os programas do CMC da UCI visam
desenvolver o potencial dos atletas, oriundos principalmente de países emergentes, para
lhes permitir participar nas competições mais prestigiadas – Taças do Mundo da UCI,
Campeonatos do Mundo da UCI e Jogos Olímpicos em particular – e integrar equipas
profissionais, nacionais ou regionais. A UCI também organiza cursos de deteção de talentos
no CMC da UCI.
SOLIDARIEDADE
FORMAÇÃO NAS PROFISSÕES DO CICLISMO NO CMC DA UCI
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
AGENDA 2030 | P. 15
DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
SUSTENTABILIDADE
O CMC da UCI tem cinco centros satélites: em Paarl (RSA), Shuzenji (JPN), Yeongju
(KOR), Nova Deli (IND) e Anadia (POR). Em colaboração com as Federações Nacionais,
estes centros satélites aplicam a estratégia estabelecida pelo CMC da UCI para
oferecer formação a jovens talentos, de modo que os mais promissores integrem
INTEGRIDADE
AGENDA 2030 | P. 16
DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
AS ATIVIDADES DO CMC DA UCI EM NÚMEROS
No CMC da UCI:
u
SOLIDARIEDADE
8,6 M€
2 648
FORMANDOS
ORÇAMENTO 192 PAÍSES REPRESENTADOS
MÉDIO ANUAL DO CMC
1 345
AGENTES DE
174 4 TÍTULOS
OLÍMPICOS
10
(A UCI DEDICA 20% CORREDORES
OCE
ATLETAS
EUR
AFR
ASI
AO FUNCIONAMENTO
488 472
DIRETORES
DESPORTIVOS 567 DE PRATA
DO VELÓDROMO E ÀS
11
OPERAÇÕES DO CMC 263 TREINADORES* 403 MEDALHAS
DA UCI, ASSIM COMO 80 MECÂNICOS 82 DE BRONZE
AOS PROJETOS MUNDIAIS
39
DE DESENVOLVIMENTO DISTRIBUIÇÃO DOS DISTRIBUIÇÃO DOS CAMPEÕES DO
SUSTENTABILIDADE
E SOLIDARIEDADE) FORMANDOS POR FORMANDOS POR
MUNDO DA UCI
CONTINENTES TIPOS (Dados de 2004 - 2021)
* Na sequência da pandemia da COVID-19, foram lançados cursos de nível 1 online a partir de dezembro de 2020.
Receberam formação em todo o mundo 663 treinadores, representando mais de 20 países em 4 continentes
ATLETAS 2 554
TREINADORES 643
114
MECÂNICOS 38
FORMANDOS POR
PAÍSES
TIPOS
REPRESENTADOS FORMANDOS
AGENDA 2030 | P. 17
AGENDA 2030
DESENVOLVIMENTO
CAPÍTULO I – DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVER O CICLISMO NO MUNDO E REFORÇAR A SUA UNIVERSALIDADE
INOVAÇÃO
d. Elaborar uma estratégia para a juventude e introduzir um programa de ciclismo
nas escolas e para as crianças
SOLIDARIEDADE
3. Desenvolver o ciclismo feminino e promover a igualdade de género
SUSTENTABILIDADE
a. Explorar o potencial das disciplinas urbanas
b. Implementar o ciclismo na neve
c. Apoiar o sucesso do ciclismo em terra batidaterra batida e do granfondo
d. Capitalizar o desejo da natureza para desenvolver o ciclismo de montanha e o
enduro
e. Continuar a modernização do ciclismo de pista
f. Promover a universalidade das nossas disciplinas
g. Promover o ciclismo entre as populações das cidades anfitriãs dos Campeonatos
do Mundo da UCI
INTEGRIDADE
AGENDA 2030
2022 | P. 19
DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
CAPÍTULO II – INOVAÇÃO
INOVAR E DESENVOLVER AS NOSSAS COMPETIÇÕES
e. Reforçar a atratividade
f. Implementar um calendário inovador e equilibrado
g. Continuar a estruturação do ciclismo feminino
AGENDA 2030 | P. 20
DESENVOLVIMENTO
CAPÍTULO III – SOLIDARIEDADE
CONSOLIDAR AS NOSSAS AÇÕES EM PROL DAS FEDERAÇÕES NACIONAIS E
REFORÇAR A SOLIDARIEDADE
INOVAÇÃO
Nacionais
d. Reforçar o acolhimento das Federações Nacionais nos Campeonatos do Mundo da
UCI
e. Estabelecer uma classificação mundial das Federações Nacionais da UCI
f. Incentivar a implementação de uma Agenda das Federações Nacionais em linha
com a da UCI e apoiá-las na elaboração da sua estratégia
g. Reconhecer a contribuição dos voluntários
SOLIDARIEDADE
b. Promover a estruturação das Confederações Continentais
c. Propor uma estratégia plurianual de apoio financeiro às Confederações
Continentais
d. Aumentar a atratividade dos Campeonatos Continentais
SUSTENTABILIDADE
d. Desenvolver uma política de apoio à construção e exploração de equipamentos
desportivos em todo o mundo
AGENDA 2030 | P. 21
DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
CAPÍTULO IV – SUSTENTABILIDADE
PROMOVER UM CICLISMO SUSTENTÁVEL
SOLIDARIEDADE
UCI
c. Controlar os custos e aumentar os benefícios económicos
AGENDA 2030 | P. 22
DESENVOLVIMENTO
CAPÍTULO V – INTEGRIDADE
PROTEGER OS ATLETAS E ASSEGURAR A IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
INOVAÇÃO
(AMA)
d. Manter os nossos esforços contra a fraude tecnológica
2. Proteger os atletas
SOLIDARIEDADE
3. Dar uma maior atenção aos atletas nas políticas da UCI
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
AGENDA 2030 | P. 23
DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
CAPÍTULO VI – GOVERNAÇÃO
PROMOVER OS VALORES OLÍMPICOS E REFORÇAR A UCI ATRAVÉS DE UMA BOA
GOVERNAÇÃO
AGENDA 2030 | P. 24
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
INTRODUÇÃO
A sociedade está a atravessar grandes crises: uma crise sanitária com a pandemia da
COVID-19, mas também uma crise geopolítica, o que nos leva a refletir sobre o mundo
do futuro e, mais especificamente, sobre as consequências de um ponto de vista social,
económico, ambiental ou político. O mundo do desporto não está imune a este debate.
Este é, inclusivamente, necessário. A pandemia afetou todos os setores e o desporto não
é exceção. Os Jogos Olímpicos tiveram de ser adiados para 2021, quando só a Primeira
e a Segunda Guerras Mundiais tinham ocasionado o seu cancelamento. É, desde
logo, legítimo interrogarmo-nos sobre o futuro do Movimento Olímpico e dos seus
INOVAÇÃO
intervenientes num mundo globalizado e transformado.
Na mensagem “O Olimpismo e o Coronavírus” do Presidente do Comité Olímpico
Internacional (COI), dirigida em 2020, foram-nos propostos três cenários para imaginar o
mundo após o coronavírus. Aparentemente, deve ser privilegiado o cenário baseado numa
solidariedade e cooperação internacionais mais fortes, a fim de encorajar uma ordem
mundial mais equitativa e cooperativa. O Movimento Olímpico tem naturalmente o seu
lugar neste mundo e deve fazer-se ouvir para que a sua contribuição seja reconhecida.
O COI e os intervenientes do Movimento Olímpico, do qual a União Ciclista Internacional
(UCI) faz parte, não só devem agir para enfrentar a crise atual, no âmbito de uma gestão
de natureza conjuntural, mas também imaginar o mundo do futuro de acordo com uma
SOLIDARIEDADE
visão de longo prazo num mundo em rápida mudança. Governar é prever e, mesmo que
ninguém possa prever o futuro, é necessário construí-lo e antecipar as mudanças que
se anunciam, a fim de melhor preparar o desporto, em geral, e o ciclismo, em particular,
para os desafios de amanhã (desportivos, sociais e ambientais).
Os oito grandes temas seguidamente descritos serão apresentados nos seis principais
eixos de ação da Agenda 2030, e cremos que todos eles são desafios a enfrentar e a
vencer coletivamente.
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
AGENDA 2030 | P. 27
DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
valores que são o elo indissolúvel entre todos os membros da família olímpica. Estamos
perfeitamente conscientes de que esta crise sanitária e geopolítica, com inúmeras guerras
e conflitos, suscita uma questão fundamental, ou seja, o lugar que o ser humano ocupa.
Devemos assegurar a promoção da unidade da humanidade em toda a sua diversidade.
O desporto e o ciclismo têm esta virtude universal de reunir aqueles que podem estar
envolvidos em todo o tipo de conflitos e de quebrar barreiras entre os povos. O desporto
une e reúne.
O desporto é um instrumento de educação, uma vez que ensina o respeito, a humildade,
a tolerância e a superação de si mesmo.
O COI e os intervenientes do Movimento Olímpico, como a UCI, têm um papel importante
a desempenhar tanto no plano social como educativo para reafirmar o alcance destes
valores e partilhá-los, em particular com os jovens de todo o mundo.
Por essa razão, a UCI decidiu afirmar veementemente os seus valores: unidade, paixão,
INTEGRIDADE
integridade e excelência.
Estes valores são uma mais-valia considerável para fazer ouvir a nossa voz e para promover
um mundo onde todos possam encontrar o seu lugar.
AGENDA 2030 | P. 28
DESENVOLVIMENTO
Responder aos desafios de um mundo instável
O mundo está a mudar e a mudar rapidamente. Os governos deparam-se com inúmeros
desafios, num mundo confuso e interligado que os dirigentes políticos e desportivos
têm dificuldade em compreender. Para o Movimento Olímpico, é importante identificar
os problemas e as decisões que terão maior impacto num mundo onde a natureza dos
conflitos evolui.
As guerras, o terrorismo, os ciberataques, o aumento descontrolado da biotecnologia,
o crescimento do nacionalismo, as pandemias ou o aquecimento global, para citar
apenas alguns, contam-se entre os desafios futuros que exigem uma maior cooperação
INOVAÇÃO
internacional, sendo evidente que o Movimento Olímpico tem um papel a desempenhar
para ajudar a resolvê-los, sob pena de ficar, voluntariamente ou não, à mercê das
consequências destas ocorrências.
Tudo indica que as organizações governamentais internacionais não estarão à altura
de enfrentar os desafios do futuro. Infelizmente, é o que vemos hoje nos debates na
Organização Mundial da Saúde (OMS) e em muitas outras organizações. A organização e
a aparente fraqueza do COI constituem, na realidade, a sua força. Não é uma organização
governamental internacional, mas o peso que adquiriu e o poder da sua mensagem e
dos seus valores significam que fala ao mundo inteiro, residindo precisamente aqui a
sua força, que não teria se dependesse de um acordo entre governos. A mensagem do
COI tem grande amplitude e pode ser transmitida com eficácia. Por exemplo, a formação
SOLIDARIEDADE
de uma equipa coreana unificada para os Jogos Olímpicos de Pyeongchang não só teve
repercussões consideráveis, como também permitiu, sem dúvida, discussões políticas
internacionais favoráveis a um clima de paz. Acredito profundamente no poder da
mensagem do COI e na sua capacidade para assumir o papel de mensageiro da paz. A
UCI contribui igualmente para a difusão desta mensagem e a sua importante influência e
popularidade a nível mundial são outras tantas mais-valias para transmitir estes valores.
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
AGENDA 2030 | P. 29
DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
No entanto, devemos estar cientes dos perigos que nos rodeiam e, especificamente, em
alguns casos, o Movimento Olímpico. Infelizmente, é possível que o terrorismo continue a
sua ascensão como ameaça internacional. Embora não se pretenda aqui explicar as origens
do terrorismo, acontece que os Jogos Olímpicos ou os eventos organizados por membros
do Movimento Olímpico como a UCI podem ser alvos, não obstante as mensagens de
paz que transmitem. Os custos de segurança continuarão a crescer exponencialmente
e poderão, em dado momento, pôr em causa a capacidade de realizar determinados
SUSTENTABILIDADE
eventos.
O crescimento do nacionalismo, do protecionismo, do populismo e da política antissistema
é também uma constante em todo o mundo. Estamos a assistir a uma rejeição da
globalização, em que o pensamento popular está a tornar-se-lhe cada vez mais hostil.
Trata-se de um fenómeno fundamental a que devemos prestar atenção porque terá
consequências no mundo do desporto.
Os grandes eventos desportivos internacionais ou as organizações internacionais como o
COI ou a UCI, apesar de não governamentais, transmitem uma imagem da globalização.
Por isso, a oposição local à realização de grandes eventos parece consolidar-se, como é o
caso da rede “Olympics Anywhere”, que não só se opõe à realização dos Jogos Olímpicos
na sua cidade, como também pretende acabar com o COI.
Felizmente, esta forma de pensar está longe de ser maioritária, mas deve ser integrada
nas nossas reflexões e na nossa análise dos riscos a fim de responder aos desafios de um
INTEGRIDADE
mundo instável. Embora desde o final da Segunda Guerra Mundial a situação parecesse
simples e linear, com os países a competir para acolher os Jogos Olímpicos e as receitas
sempre em crescendo, os próximos anos serão muito mais caóticos, tornando imperativa
a introdução de mudanças na abordagem global.
AGENDA 2030 | P. 30
DESENVOLVIMENTO
Responder aos desafios climáticos
O clima está a mudar rapidamente e nenhuma pessoa razoável contesta a realidade do
aquecimento global. A pegada ecológica de cada um pode ser medida e é, por vezes,
motivo de crítica das pessoas que fazem demasiadas viagens de avião, que utilizam meios
de transporte poluentes ou que não adotam uma atitude ambientalmente responsável.
No futuro, os dirigentes também serão julgados pela sua capacidade de colocar o seu
país ou instituição no eixo da resposta aos desafios climáticos.
A economia do futuro será descarbonizada e a pegada ecológica será medida com o
objetivo de transitar para uma economia com baixo nível de emissões de gases com efeito
INOVAÇÃO
de estufa. A ameaça climática é real e constitui uma das maiores preocupações das gerações
jovens. Assiste-se, em todo o mundo, à mobilização dos jovens que se manifestam no
sentido de os governos terem em conta os desafios climáticos e respeitarem os acordos
de Paris em matéria de clima. Face à inação de certos governos, não podemos deixar de
ver com agrado a mobilização das populações e, em especial, dos jovens, das empresas
e das instituições.
A este respeito, a Agenda 2020+5 do COI destaca a sustentabilidade, a solidariedade e a
cooperação ao integrar a Agenda 2030 da ONU. Este compromisso do COI é salutar para
o futuro do Movimento Olímpico. Refletir-se-á igualmente na Agenda 2030 da UCI, na
sequência dos compromissos já assumidos pelo Comité Diretor da UCI em junho de 2021.
Estamos a assistir a um aumento acentuado do aquecimento global, sendo que as
SOLIDARIEDADE
temperaturas superiores a 50 °C estão a tornar-se uma realidade em algumas regiões do
mundo. A maioria das cidades que acolheram os Jogos Olímpicos no século XX teria hoje
grande dificuldade em organizá-los em pleno verão, devido ao clima e às temperaturas
muito elevadas, bem como às ilhas de calor nas áreas metropolitanas. Por esta razão,
poderia, por exemplo, colocar-se a questão de transferir futuramente os Jogos Olímpicos
para períodos de menos calor, o que inevitavelmente faria surgir conflitos de agendamento
com outros grandes eventos desportivos.
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
AGENDA 2030 | P. 31
DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
A evolução do clima está também a ter impacto no ciclismo, como durante os Campeonatos
do Mundo de Estrada da UCI no Catar, em 2016, ou em virtude das ondas de calor na
Austrália durante o Santos Tour Down Under.
No entanto, o Movimento Olímpico e o ciclismo em particular podem e devem ser
exemplares na abordagem das questões climáticas e da sustentabilidade. Temos a
vantagem – e a responsabilidade – de representar um desporto que é também um dos
meios de transporte mais eficientes e sustentáveis e desempenha um papel fundamental
na resposta às alterações climáticas.
O exemplo foi dado pelo COI com a construção da Casa Olímpica, um dos edifícios
mais sustentáveis do mundo, e com o seu compromisso para que os Jogos Olímpicos
SUSTENTABILIDADE
nível mundial, que são cada vez mais um instrumento para uma política mais global em
prol da utilização da bicicleta.
O Movimento Olímpico não só pode ser exemplar, como também deve inovar e reinventar-se.
AGENDA 2030 | P. 32
DESENVOLVIMENTO
Considerar o desafio tecnológico
A tecnologia está a evoluir muito rapidamente e já estamos a enfrentar as consequências
da sua evolução. Dificulta a visibilidade no longo prazo, criando ruturas em todas as áreas.
O que antes era considerado como garantido já não o é e estas evoluções concorrem para
fragilizar os modelos e, por conseguinte, o modelo desportivo.
O ciclismo deve ter em conta este aspeto a fim de promover a inovação tecnológica em
benefício das pessoas e do desenvolvimento do desporto, mas deve também enquadrar
a sua evolução e as suas consequências no que diz respeito às questões de ética e de
igualdade de oportunidades, dois pilares dos valores olímpicos.
INOVAÇÃO
O ciclismo é um exemplo perfeito destas evoluções, uma vez que combina o esforço físico
com uma máquina que pode ser objeto de inúmeras melhorias. O risco é que o homem
se torne um mero coadjuvante da tecnologia, passando a ser simplesmente um promotor
da tecnologia em vez de ser servido por ela. Todos nós podemos saudar o aparecimento da
bicicleta elétrica, uma vez que contribui para o desenvolvimento da prática do ciclismo por
um maior número de pessoas e, mais concretamente, por aquelas que estavam afastadas
desta prática, em especial, nas grandes cidades. Contudo, pode representar um desafio
para as competições de ciclismo, onde a tendência para a miniaturização obriga a UCI a
realizar investimentos substanciais para garantir, através de controlos precisos, que não seja
prestada qualquer assistência artificial a um corredor através de uma bicicleta transformada.
Do mesmo modo, a evolução da tecnologia pode resultar numa disparidade entre os
SOLIDARIEDADE
atletas e os países. O ciclismo de pista ilustra perfeitamente esta problemática. Quando
as medalhas por vezes são ganhas por escassos milésimos de segundos, a aerodinâmica
e a investigação são fundamentais. Foram desenvolvidos protótipos, de forma não
regulamentar, com investimentos da ordem dos milhões para criar componentes (quadros,
rodas, capacetes, guiadores, têxteis, etc.) que proporcionam uma vantagem considerável
apenas a alguns atletas, distorcendo mesmo o ideal olímpico de acordo com o qual cada
atleta deve ter as mesmas oportunidades. A UCI reagiu proibindo os protótipos nos Jogos
Olímpicos e reforçando significativamente os seus regulamentos.
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
AGENDA 2030 | P. 33
DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
SUSTENTABILIDADE
Em termos mais gerais, será indiscutivelmente útil que o COI lance um debate sobre os
limites a estabelecer no contexto de um documento de orientação aplicável à participação
nos Jogos Olímpicos, que as Federações Internacionais deverão transpor para os seus
próprios regulamentos, sob pena de a disparidade se alargar ainda mais e de apenas
alguns países ricos estarem em posição de competir.
O desafio da engenharia genética terá também de ser enfrentado, porque se transforma
em realidade e pode afetar também a ética e a credibilidade das competições desportivas.
Apesar disto, a evolução tecnológica pode igualmente representar uma mais-valia que
contribui para uma melhor compreensão e uma maior acessibilidade das competições
desportivas ao público em geral, utilizando a inteligência artificial, a qual, embora
suscetível de criar um fosso, é também uma ferramenta excelente ao serviço do desporto.
Assistimos atualmente à transição da economia global para uma economia baseada
INTEGRIDADE
numa utilização mais intensa da tecnologia. Tiremos o máximo partido dela gerindo os
possíveis obstáculos para torná-la uma mais-valia ao serviço do desporto, uma vez que as
inúmeras vias que se abrem constituem outros tantos desafios para o desporto.
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DESENVOLVIMENTO
Que futuro queremos para os Jogos Olímpicos, os grandes eventos e os Campeonatos
do Mundo da UCI?
Os Jogos Olímpicos atravessaram um período difícil. Como o Presidente do COI referiu
na sua mensagem “O Olimpismo e o Coronavírus”, este período obriga-nos a refletir
sobre o futuro do modelo olímpico.
São possíveis várias conclusões e colocam-se várias questões, sendo imperativo
que apresentemos coletivamente uma visão para o futuro do Movimento Olímpico,
que tem mais de 125 anos de história. Em primeiro lugar, diminuiu o número de
candidaturas para a organização dos Jogos Olímpicos, embora saudemos o regresso
INOVAÇÃO
a um maior número de candidaturas a futuras edições e os orçamentos tendam a um
forte aumento, favorecendo muitas vezes o aparecimento na cidade em causa de um
movimento contra os Jogos Olímpicos. Perderam-se quase todos os referendos, exceto
em Vancouver (Canadá) e em Oslo (Noruega), e as cidades que irão acolher os próximos
Jogos Olímpicos não organizaram esses referendos. A atribuição dos Jogos Olímpicos
tanto de verão como de inverno com bastante antecedência foi uma iniciativa feliz
que poupou o COI e os membros do Movimento Olímpico à tomada de uma decisão
imediata e permite que seja organizado um debate sobre o futuro dos Jogos Olímpicos
e dos seus intervenientes.
A questão não é saber se os Jogos Olímpicos têm futuro, mas que futuro queremos
para os Jogos Olímpicos. Precisamos de assentar a nossa ação em bases sólidas,
SOLIDARIEDADE
nomeadamente o ideal olímpico e os seus valores. Não só não se tornaram obsoletos,
como são mais relevantes do que nunca. Neste sentido, os Campeonatos do Mundo da
UCI devem falar ao coração dos jovens e do mundo em geral.
Os Jogos Olímpicos foram modernizados, à semelhança dos Campeonatos do Mundo
da UCI, com a criação de novos Campeonatos do Mundo e a concentração dos nossos
diferentes Campeonatos do Mundo de Ciclismo de quatro em quatro anos no mesmo
lugar. Os nossos eventos devem estar ligados à geração mais jovem.
O desejo de alguns de promover ligas fechadas à margem das Federações Internacionais
é um risco que deve ser considerado, uma vez que pode fragilizar o modelo olímpico e,
consequentemente, o seu mecanismo de solidariedade, o que poderia eventualmente
conduzir a uma situação de grande dificuldade para certos intervenientes do Movimento
SUSTENTABILIDADE
Olímpico.
É também legítimo questionar o futuro das receitas dos Jogos Olímpicos e das
Federações Internacionais. Hoje em dia, as receitas provêm principalmente dos direitos
de transmissão e marketing, bem como dos direitos de organização dos nossos eventos.
Mas quais serão os nossos eventos amanhã e quais serão as consequências para as
nossas receitas? Uma maior diversificação das nossas fontes de receita seria vantajosa
para reduzir riscos futuros.
A este respeito, devemos interrogar-nos sobre o lugar do desporto eletrónico e do
desporto físico virtual.
INTEGRIDADE
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
a que nível for. O espírito de contestação está a crescer e verifica-se uma desconfiança
crescente em relação aos responsáveis pela governação dos países, das instituições ou
das empresas. As redes sociais e a proliferação de “notícias falsas” contribuem para a
divulgação de informações erróneas e a manipulação das multidões é cada vez mais fácil
e generalizada.
Além disso, muitos representantes eleitos ou dirigentes têm-se contentado em gerir o dia
a dia sem preparar o futuro. Mas a política não consiste apenas em gerir o dia a dia: passa
também por prever e imaginar o futuro a fim de o construir melhor.
Temos de ser suficientemente honestos para reconhecer que a governação do Movimento
Olímpico tem vindo a lume com frequência, em particular no que se refere a casos de
corrupção. Estes casos, muitas vezes altamente publicitados, têm afetado em grande
medida as Federações Internacionais e os próprios membros do COI. Há muitos exemplos
de processos de elevada visibilidade, detenções, etc., o que é extremamente prejudicial para
INTEGRIDADE
a nossa imagem coletiva. O que afeta um de nós afeta toda a comunidade. Os referendos
perdidos em relação ao acolhimento dos Jogos Olímpicos, se por vezes refletem uma
falta de vontade de acolher os próprios Jogos Olímpicos, por vezes exprimem também a
rejeição das organizações desportivas internacionais, à luz dos escândalos revelados.
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DESENVOLVIMENTO
Têm sido adotadas medidas robustas para promover a boa governação e reforçar a
transparência. Estas medidas eram necessárias e estão a dar frutos. Do mesmo modo,
a Associação das Federações Internacionais Olímpicas de Verão (ASOIF) criou um
instrumento de vigilância da governação das Federações Internacionais, tendo sido
realizados progressos consideráveis. Não pode haver cedências em matéria de boa
governação e transparência. É esse o preço de sermos credíveis e mantermos a confiança
dos atletas, mesmo que tal não impeça as críticas de alguns, sempre prontos a apontar o
dedo a quem foi confiada a tarefa de governar.
Espera-se que os intervenientes do Movimento Olímpico tenham melhor em conta o
lugar das mulheres na governação, uma maior transparência e um funcionamento mais
INOVAÇÃO
democrático. Regozija-me constatar que o trabalho realizado durante o meu último
mandato como Presidente da UCI permitiu aumentar para um terço a percentagem de
mulheres com assento no Comité Diretor da UCI.
A UCI, à semelhança das outras Federações Internacionais, deve desenvolver o seu
desporto e promover mecanismos de solidariedade.
É também gratificante constatar nos últimos anos a evolução muito favorável no sentido
de um reforço da governação de qualidade entre os membros da UCI e no Movimento
Olímpico. Devemos pautar-nos por esta exigência para fazer do ciclismo um modelo de
boa governação.
SOLIDARIEDADE
Quais são os desafios que se colocam ao modelo do Movimento Olímpico e quais as
receitas futuras para as Federações Internacionais?
O funcionamento do Movimento Olímpico está parcialmente dependente dos Jogos
Olímpicos. O próprio COI tem baseado o seu modelo económico em Jogos Olímpicos
cada vez mais rentáveis. Redistribui cerca de 90% das suas receitas pelos intervenientes da
família olímpica (Comités Olímpicos Nacionais, Federações Internacionais, solidariedade
para com os atletas, etc.).
Ainda que as Federações Internacionais estejam significativamente menos dependentes
das receitas dos Jogos Olímpico, algumas continuam a ficar de fora. Na UCI, o nosso
objetivo era tornar a nossa Federação Internacional independente das receitas dos Jogos
Olímpicos e dedicar essas receitas a ações de solidariedade, bem como ao desenvolvimento
SUSTENTABILIDADE
e funcionamento do CMC da UCI. Este objetivo foi alcançado.
No entanto, é legítimo questionar a sustentabilidade do modelo económico do
Movimento Olímpico. As tentativas de privatização do desporto em benefício exclusivo
de alguns são cada vez mais frequentes e podem ameaçar o nosso modelo atual baseado
na solidariedade entre os níveis. Estão a surgir inúmeros projetos de ligas fechadas em
diferentes modalidades e o ciclismo não é exceção, embora tenha sempre conseguido
evitar que se concretizassem.
No entanto, é necessário que as Federações Internacionais sejam proativas e trabalhem
com os intervenientes privados para fazer evoluir os modelos que controlam.
Além disso, estamos a assistir a uma evolução digital radical em todas as áreas, o que no
curto prazo pode ameaçar as fontes tradicionais de financiamento. Por outro lado, a UCI
deve considerar a sustentabilidade das suas fontes de financiamento e imaginar formas
de as diversificar.
INTEGRIDADE
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DESENVOLVIMENTO
físico, mental e social, no sentido da definição adotada pela OMS). A prática regular do
desporto ajuda a prevenir a obesidade e a ocorrência de um vasto conjunto de doenças
crónicas que são altamente prevalecentes nos países de rendimento elevado. Entre outros
aspetos, o desporto impõe o respeito pelas regras, pelos concorrentes e pela diversidade,
promove a tolerância e desenvolve o espírito de solidariedade, etc. Este papel, que não
estava necessariamente no centro das preocupações das Federações Internacionais, deve
agora ser plenamente integrado na sua estratégia, na senda da missão e da visão muito
mais ampla da UCI relativamente à prática do ciclismo.
O desenvolvimento da prática do ciclismo constitui uma resposta muito concreta e eficaz
aos desafios ambientais, à semelhança da utilização da bicicleta nas deslocações urbanas.
Por exemplo, a deslocação de bicicleta, ao contrário do automóvel, em trajetos curtos reduz
SOLIDARIEDADE
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DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO
CAPÍTULO I – DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVER O CICLISMO NO MUNDO E REFORÇAR A SUA UNIVERSALIDADE
INOVAÇÃO
nulas e para combater as alterações climáticas, a poluição atmosférica e a mortalidade
prematura decorrente da inatividade. O apoio à agenda internacional de transportes
ativos e sustentáveis é, há muitos anos, um dos principais pilares do programa “Bicicletas
para Todos” da UCI, que colabora regularmente com organizações internacionais de
defesa do ciclismo, agências das Nações Unidas e ONG para promover uma maior
utilização da bicicleta como meio de transporte. O reforço da liderança da União Ciclista
Internacional (UCI), da sua presença global e das oportunidades de colaboração em
matéria de mobilidade urbana permitirá à Federação Internacional desempenhar um
papel fundamental reconhecido na transição para um futuro sustentável com baixas
emissões de carbono.
A UCI deve aproveitar este forte interesse para transformar o ciclismo no desporto do
SOLIDARIEDADE
século XXIe continuar a trabalhar para que a prática do ciclismo seja uma força positiva
para as populações do planeta. Todos os públicos devem ser visados: mulheres, crianças,
pacientes, pessoas com deficiência ou com fatores de risco para a saúde, utilizadores da
bicicleta como meio de transporte, etc. Da mesma forma, a diversidade das bicicletas
que podem ser utilizadas em todos os tipos de atividades permitirá, em grande medida,
alcançar todos os públicos. Cabe à nossa Federação Internacional ser o motor do conceito
“viver o ciclismo”.
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
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DESENVOLVIMENTO
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DESENVOLVIMENTO
b. Contribuir mais para a integração do ciclismo nas políticas públicas
Assistimos a um desenvolvimento considerável da prática do ciclismo em todo o
mundo com substanciais desafios sociais. As cidades implementam importantes
programas de desenvolvimento do ciclismo e os poderes públicos exortam à sua
utilização tendo em conta os seus benefícios. Devemos reforçar a nossa presença
nestas reflexões, como complemento da nossa experiência tradicional no domínio
da competição.
△ Sensibilizar mais autoridades públicas para a promoção da deslocação ativa em
bicicleta com vista à melhoria do estado de saúde das populações.
INOVAÇÃO
△ Transformar a UCI num líder mundial da mobilidade em bicicleta
△ Criar um “Comité de Alto Nível” para desenvolver o ciclismo em todo o mundo
com intervenientes conceituados
△ Reforçar a promoção da bicicleta como um meio de transporte ecológico
△ Fortalecer a colaboração com intervenientes reconhecidos no desenvolvimento
do ciclismo na sociedade
△ Atualizar o manifesto “Bicicletas para Todos” da UCI (2017) com base nos
projetos em curso e nos novos temas prioritários para o ciclismo e as suas
partes interessadas
△ Envolver mais Federações Nacionais na implementação do programa “Bicicletas
SOLIDARIEDADE
para Todos”
△ Criar uma campanha específica centrada no ciclismo e na saúde, em
colaboração com parceiros internacionais, apresentando embaixadores do
ciclismo com histórias pessoais de melhoria da saúde através do ciclismo
△ Comunicar os mais recentes conhecimentos epidemiológicos sobre os
benefícios da prática do ciclismo para a saúde
△ Transformar as diferentes práticas do ciclismo numa mais-valia para a nossa
área de influência
△ Promover o impacto e as contribuições do ciclismo para a Agenda 2030
das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável, identificando
simultaneamente os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS)
SUSTENTABILIDADE
prioritários
△ Intensificar a promoção do Dia Internacional da Bicicleta da ONU em 3 de
junho de cada ano no Centro Mundial de Ciclismo (CMC) da UCI e junto das
nossas 202 Federações Nacionais
△ Apoiar o desenvolvimento de infraestruturas, estratégias de promoção do
ciclismo e eventos públicos em torno do CMC da UCI em Aigle em conjunto
com as autoridades públicas
△ Criar uma plataforma digital de partilha de conhecimentos com exemplos de
boas práticas globais no sítio Web da UCI, incluindo conselhos específicos para
as cidades em matéria de infraestruturas e desenvolvimento de programas de
ciclismo para todos
INTEGRIDADE
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DESENVOLVIMENTO
△ Reforçar a atratividade do Fórum da UCI “Bike City & Mobilidade” para que se
torne numa conferência sobre a mobilidade reconhecida internacionalmente
por todos os intervenientes nos ecossistemas do ciclismo e do transporte
△ Lançar um “percurso da marca UCI Bike City” para apoiar as cidades que ainda
não são elegíveis para a marca, mas que estão ativamente empenhadas no
desenvolvimento de uma estratégia para o ciclismo
△ Promover a animação da rede por meios adequados
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
d. Elaborar uma estratégia para a juventude e introduzir um programa de ciclismo
nas escolas e para as crianças
O ciclismo concilia práticas lúdicas e desportivas e permite alcançar públicos jovens.
Os campeões de amanhã formam-se entre os jovens de hoje, que podem não só
seguir um percurso de aprendizagem e desenvolvimento específico centrado na
competição, mas também tirar partido dos benefícios para a saúde mental e física
do ciclismo enquanto atividade quotidiana. Algumas Federações desenvolveram
com sucesso o princípio das escolas de ciclismo no âmbito dos seus clubes para
permitir aos jovens praticar o ciclismo em todas as suas vertentes. Na sequência do
SUSTENTABILIDADE
desenvolvimento do seu “Children’s Cycling Education Toolkit” em 2019, em parceria
com a Bikeability, a UCI procura dar o próximo passo, comprometendo-se com um
programa mundial que possa ser replicado em todos os países para desenvolver
competências de ciclismo entre a geração mais jovem.
△ Federar os intervenientes envolvidos no ciclismo infantil e criar um fórum para o
intercâmbio de boas práticas
△ Desenvolver um programa global de escolas de ciclismo em parceria com
organizações e/ou Federações especializadas neste domínio
△ Garantir a partilha dos conhecimentos especializados de algumas das principais
Federações Nacionais em matéria de educação para o ciclismo junto de todas as
crianças
△ Integrar esta ambição no Programa de Solidariedade da UCI
△ Criar uma bicicleta especial, em conjunto com a indústria, que possa ser
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DESENVOLVIMENTO
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
c. Reforçar as ligações com outros intervenientes no ciclismo
São muitos os intervenientes que trabalham no desenvolvimento ou representação
do ciclismo no mundo: associações representativas do cicloturismo, federações
de utilizadores da bicicleta, entidades públicas que constroem infraestruturas
ciclistas, etc. Todos trabalhamos, seja qual for a nossa responsabilidade, em prol do
desenvolvimento do ciclismo, sendo necessário trabalhar em rede. A UCI trabalha há
muitos anos com estes diferentes intervenientes internacionais e tem a oportunidade
SUSTENTABILIDADE
de reforçar estas colaborações através de campanhas e projetos conjuntos no futuro.
△ Reforçar a cooperação com as várias federações de ciclistas
△ Criar uma campanha específica de segurança rodoviária da UCI que aconselhe
o público sobre comportamentos seguros e encoraje o respeito entre todos os
utentes da estrada, em colaboração com um parceiro internacional de defesa do
ciclismo e/ou uma agência das Nações Unidas
△ Continuar a participar ativamente nos grupos que se dedicam às questões
associadas ao ciclismo
△ Trabalhar com outros intervenientes para consolidar um estudo global sobre a
importância económica do ciclismo
△ Trabalhar com outras partes interessadas e com as universidades para avaliar o
impacto das provas de ciclismo no comportamento das pessoas em matéria de
mobilidade
INTEGRIDADE
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
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DESENVOLVIMENTO
3. DESENVOLVER O CICLISMO FEMININO E PROMOVER A IGUALDADE DE GÉNERO
INOVAÇÃO
△ Aumentar o número de mulheres comissárias em todas as disciplinas
△ Oferecer às mulheres as mesmas oportunidades que aos homens na gestão do
ciclismo
△ Desenvolver programas de prevenção e vigilância médica adaptados às
especificidades médicas do ciclismo feminino
SOLIDARIEDADE
de igualdade entre homens e mulheres. Registaram-se, desde 2017, progressos
consideráveis. Contudo, ainda há muito trabalho a fazer. A UCI continuará fortemente
empenhada em assegurar a igualdade de acesso das mulheres ao desporto.
△ Assegurar a igualdade de acesso de mulheres e homens às competições
organizadas pela UCI
△ Criar uma corrida separada para as mulheres na categoria de menos de 23 anos
nos Campeonatos do Mundo de Estrada da UCI a partir da edição de Kigali
(Ruanda) em 2025
△ Assegurar que as nossas provas de estafetas nos Campeonatos do Mundo da
UCI respeitem a igualdade entre homens e mulheres a nível de participação
△ Oferecer às mulheres as mesmas oportunidades de qualificação para os
SUSTENTABILIDADE
Campeonatos do Mundo da UCI
△ Encorajar uma recuperação progressiva em relação aos prémios das corridas
para as mulheres em todo o Calendário Internacional da UCI
△ Utilizar o CMC da UCI para criar equipas femininas nas várias disciplinas de
modo a garantir oportunidades para as mulheres em todo o mundo
△ Promover o acesso das mulheres a todas as profissões do ciclismo (mecânicas,
treinadoras, diretoras desportivas, comissárias, agentes de corredores, etc.)
△ Desenvolver programas para a prática do ciclismo entre as mulheres
△ Apoiar as Federações Nacionais e as Confederações Continentais,
especialmente fora da Europa, na construção de circuitos nacionais e
continentais femininos mais densos.
INTEGRIDADE
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DESENVOLVIMENTO
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
d. Continuar a reforçar o lugar das mulheres no ciclismo
A Agenda 2022 previa um aumento significativo da participação das mulheres na
governação do nosso desporto, na UCI, nas Confederações Continentais ou nas
Federações Nacionais. No espírito do trabalho empreendido pelo COI, temos sido
proativos nesta matéria e os resultados são espetaculares, havendo seis mulheres
entre os 18 membros no Comité Diretor da UCI e pelo menos 25% de mulheres entre
SOLIDARIEDADE
os membros dos órgãos executivos das Confederações Continentais e os delegados
votantes no Congresso da UCI. Continuaremos nesta via.
△ Estabelecer um programa destinado a revelar talentos femininos e promover o
seu acesso a cargos de responsabilidade
△ Integrar nos estatutos da UCI a obrigação das Federações Nacionais de
assegurar a representação das mulheres nos seus órgãos diretivos e garantir a
eficácia desta medida
△ Acompanhar as Federações Nacionais para incentivá-las a aplicar medidas que
garantam o reforço da posição das mulheres
△ Assegurar a representação das mulheres entre os comissários e ter como
SUSTENTABILIDADE
objetivo o seu aumento para um terço
△ Implementar um programa que incentive o recrutamento de pessoal feminino
nas equipas da UCI
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DESENVOLVIMENTO
Federações Nacionais
△ Integrar o BMX Freestyle Flatland como uma especialidade com futuro para os
jovens
△ Dar atenção ao Hardcourt Bike Polo, que é muito popular em ambientes urbanos
△ Trabalhar para reforçar a proteção dos atletas e prevenir as quedas na BMX Racing
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
b. Implementar o ciclismo na neve
SOLIDARIEDADE
O ciclismo na neve está ainda na sua infância a nível mundial, mas têm sido
lançadas várias iniciativas locais e algumas Federações Nacionais, como em França,
começaram a estruturar a disciplina. As estâncias de esqui, ansiosas por diversificar
as suas atividades, encaram o ciclismo na neve como uma verdadeira oportunidade.
Iremos, portanto, elaborar uma estratégia de desenvolvimento ambiciosa.
△ Integrar vários formatos no ciclismo na neve para reforçar a sua atratividade
(descida, slalom duplo, biatlo, ciclocrosse na neve, cycling boardercross)
△ Criar uma Taça do Mundo de Ciclismo na Neve da UCI
△ Criar um Campeonato do Mundo de Ciclismo na Neve da UCI
△ Trabalhar com parceiros de craveira mundial para assegurar a sua
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internacionalização e difusão
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
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DESENVOLVIMENTO
f. Promover a universalidade das nossas disciplinas
A UCI deve garantir a universalidade das suas disciplinas. Como critério fundamental
para a inclusão ou manutenção no programa olímpico, deve merecer especial
atenção da nossa parte. Além disso, algumas disciplinas históricas não alcançaram
a universalidade que deveriam ter. Esforçar-nos-emos por integrar estes objetivos
de universalidade nos nossos programas.
△ Garantir a participação do maior número possível de países em cada uma das
disciplinas
△ Implementar uma estratégia para envolver as Federações Nacionais no plano
INOVAÇÃO
internacional, de acordo com o seu nível de prática
△ Desenvolver a universalidade do ciclocrosse
△ Apoiar as Confederações Continentais nesta estratégia
△ Utilizar o CMC da UCI e os centros satélites continentais para alcançar este
objetivo
△ Assegurar que as quotas para os Campeonatos do Mundo da UCI ou para os
Jogos Olímpicos sejam distribuídas de acordo com esta lógica
△ Utilizar os Campeonatos do Mundo da UCI nos Países Emergentes do Ciclismo
para desenvolver a universalidade do ciclismo
SOLIDARIEDADE
g. Promover o ciclismo entre as populações das cidades anfitriãs dos
Campeonatos do Mundo da UCI
Os Campeonatos do Mundo da UCI constituem o ponto alto da temporada em cada
disciplina. As cidades que acolhem estes eventos fazem-no frequentemente para
promover o seu território, mas também para desenvolver ou reforçar uma política
em prol do ciclismo. Temos de assegurar que os nossos campeonatos integrem esta
lógica nos seus objetivos.
△ Incluir nos cadernos de encargos dos Campeonatos do Mundo da UCI de
todas as disciplinas a vontade de fomentar a prática do ciclismo entre todos os
públicos
SUSTENTABILIDADE
△ Introduzir sistematicamente um dia da bicicleta para todos nos Campeonatos
do Mundo de Estrada da UCI
△ Integrar a lógica de património ao nível da prática nos processos de candidatura
para a organização de Campeonatos do Mundo da UCI
△ Transformar a prática do ciclismo pela população num critério de avaliação do
sucesso do evento
△ Incentivar as deslocações de bicicleta (e, de um modo mais geral, a mobilidade
ativa) dos espetadores, dos trabalhadores e das partes interessadas por ocasião
dos Campeonatos do Mundo da UCI
INTEGRIDADE
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INOVAÇÃO
DESENVOLVIMENTO
CAPÍTULO II – INOVAÇÃO
INOVAR E DESENVOLVER AS NOSSAS COMPETIÇÕES
O ciclismo sempre foi capaz de evoluir e conquistar novos públicos. Tem sabido combinar
uma história rica com uma inovação constante, em termos de equipamento, da produção
televisiva ou do formato das competições. Num mundo em constante mudança,
que inova e altera os nossos hábitos, temos de continuar a inovar e a desenvolver as
nossas competições, como já fizemos com sucesso. Se o ciclismo é agora um desporto
importante a nível mundial, deve-o à sua capacidade para inovar sem perder o seu
INOVAÇÃO
espírito. Continuaremos os nossos esforços para tornar o ciclismo cada vez mais aberto às
expetativas dos atletas, dos adeptos e dos parceiros.
SOLIDARIEDADE
sua aparição e o COI optou por interessar-se por esta nova prática, que abre novos
universos de desenvolvimento para a prática desportiva. O período da COVID-19
e as medidas de confinamento implementadas em todo o mundo forçaram as
populações a considerar outras formas de prática. O ciclismo tem uma grande
vantagem sobre outros desportos, na medida em que o ciclista conectado está
a praticar uma atividade desportiva real e virtual ao mesmo tempo. Face a este
fenómeno da sociedade, a UCI deve permanecer na vanguarda das Federações
Internacionais e continuar a estruturar esta prática.
△ Integrar as reflexões globais iniciadas pelo COI neste domínio
△ Federar, estruturar e organizar as atividades de ciclismo eletrónico
△ Continuar a organizar os Campeonatos do Mundo de Ciclismo Eletrónico da
SUSTENTABILIDADE
UCI e criar Campeonatos Nacionais e Continentais
△ Apostar na inclusão do ciclismo eletrónico no programa olímpico de Los
Angeles de 2028, partindo do princípio de que o desporto físico virtual será
incluído no programa
△ Fazer do ciclismo um dos principais desportos da Série Virtual Olímpica
△ Integrar o Campeonato Mundial de Ciclismo Eletrónico da UCI no programa
dos Campeonatos do Mundo de Ciclismo que terão lugar de quatro em quatro
anos a partir de 2027
△ Continuar a reflexão sobre a melhor forma de assegurar a credibilidade dos
eventos
△ Finalizar o programa de certificação de home trainers
INTEGRIDADE
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
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DESENVOLVIMENTO
c. Dar destaque às conquistas e assegurar uma radiodifusão inovadora durante
os Campeonatos do Mundo da UCI
O ciclismo é um desporto em que as conquistas dos campeões e a sua dedicação
são admiradas. Todas as pessoas recordam os sucessos ou insucessos que tornaram
o nosso desporto sublime e alimentaram a imaginação popular. Para que o público
compreenda o verdadeiro valor destas proezas, a produção televisiva deve ser tão
inovadora quanto possível.
△ Reforçar a colaboração entre organizadores, equipas, atletas e produtores para
uma melhor experiência televisiva
INOVAÇÃO
△ Transmitir mais informações em direto aos telespetadores para que possam
compreender melhor a corrida e os respetivos desafios
△ Transformar os Campeonatos do Mundo da UCI num espaço de maior inovação
para dar a conhecer melhor os esforços dos atletas e as estratégias de competição
△ Permitir aos espetadores que acompanhem um determinado corredor, tendo
acesso aos seus dados transmissíveis (câmara, potência, posição na corrida,
classificação virtual, etc.)
△ Integrar som e imagem durante as corridas na transmissão em direto
△ Colaborar com parceiros da televisão para inovar e reduzir o impacto ambiental
das transmissões dos Campeonatos do Mundo da UCI
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
e. Tirar partido dos desenvolvimentos tecnológicos: digital, realidade aumentada,
simulação
Os desenvolvimentos tecnológicos estão a abrir um campo infinito de inovações em
prol da participação e da simulação. Embora já estejam em curso alguns projetos,
SOLIDARIEDADE
há que fomentar outros que permitam tornar o nosso desporto mais acessível e
competir com os atletas em prova, bem como permitir a estes que treinem de forma
eficaz em condições de corrida.
△ Incentivar o desenvolvimento de uma simulação em realidade aumentada para
permitir a participação virtual em corridas reais
△ Utilizar a tecnologia para fomentar o envolvimento com os atletas
△ Trabalhar com parceiros para modelizar os percursos das corridas e permitir o
reconhecimento pelos corredores em realidade virtual
△ Imaginar um simulador de descida para treinar de forma eficaz
SUSTENTABILIDADE
f. Reforçar a nossa estratégia digital e coordenar a criação de uma aplicação
móvel centralizada
A nossa sociedade está cada vez mais conectada e a prática do ciclismo faz parte
desta tendência, que está a revolucionar todas as abordagens. Embora já existam
certas aplicações específicas do ciclismo, é necessário prever a presença da UCI com
uma aplicação para todos os públicos. Será assim possível conectar e federar todas
as comunidades de praticantes do mundo. Poderá ser utilizada a experiência das
Federações-piloto. Além disso, os entusiastas do ciclismo devem poder acompanhar
os nossos atletas e as nossas provas mercê de uma vasta estratégia digital.
△ Transformar a UCI numa Federação ainda mais conectada e acessível
△ Criar uma aplicação para o grande público com vista ao desenvolvimento do
ciclismo em conjunto com as Federações Nacionais
△ Trabalhar com os intervenientes relevantes para tornar acessíveis as nossas
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DESENVOLVIMENTO
UCI
△ Construir um novo programa de marketing com uma abordagem transversal a
todas as disciplinas olímpicas (por exemplo, os parceiros mundiais de ciclismo)
△ Repensar a cobertura mediática e os formatos para melhor gerir as expetativas
dos meios de comunicação social ao longo do evento
INTEGRIDADE
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
SUSTENTABILIDADE
b. Institucionalizar de forma permanente a Liga dos Campeões de Pista da UCI
A Agenda 2022 identificou a necessidade de criar um evento internacional de
ciclismo de pista de referência. Foi possível criar em 2021 a Liga dos Campeões de
Pista da UCI com o nosso parceiro Discovery Sports Events Ltd. da Warner Bros. que
foi um grande sucesso, apesar da pandemia da COVID-19. Este sucesso deve ser
alargado e a série deve tornar-se num embaixador do ciclismo de pista.
△ Colaborar eficazmente para tornar a Liga dos Campeões de Pista da UCI
incontornável para os atletas
△ Considerar atrair os melhores corredores de enduro, tendo em conta as
restrições do calendário
△ Visar uma maior internacionalização dos velódromos anfitriões nos próximos
anos
INTEGRIDADE
△ Continuar a inovar para que a experiência de uma noite numa ronda da Liga
dos Campeões de Pista da UCI seja imperdível
△ Continuar a valorizar os atletas que participam na Liga
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INOVAÇÃO
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DESENVOLVIMENTO
e. Desenvolver novas disciplinas que possam aumentar o peso do ciclismo no
programa olímpico
O ciclismo é o terceiro desporto no programa olímpico em termos de medalhas e
atletas. Este programa é avaliado de quatro em quatro anos, não sendo garantida
a sua manutenção. Devemos, portanto, questionar constantemente a atratividade
das nossas disciplinas e imaginar a integração de novas disciplinas.
△ Manter a atratividade das nossas cinco disciplinas olímpicas para garantir a sua
presença no programa olímpico
△ Desenvolver a BMX Freestyle Flatland para reforçar as disciplinas urbanas
INOVAÇÃO
△ Promover o ciclismo eletrónico para que seja o primeiro desporto a ter uma versão
virtual nos Jogos Olímpicos, se o programa olímpico for aberto a esta modalidade
△ Desenvolver a participação dos países em provas de contrarrelógio por equipas
de estafetas mistas para demonstrar a sua universalidade
△ Tornar o corta-mato em pista curta uma mais-valia para desenvolver a
atratividade do ciclismo de montanha
SOLIDARIEDADE
duas disciplinas, estrada e pista, temos sido gradualmente capazes de acolher novas
disciplinas, algumas das quais se tornaram olímpicas. Nos últimos anos, assistimos a
um alargamento dos modos de prática e do número de disciplinas. A fim de melhor
refletir os desejos dos ciclistas de todo o mundo, devemos permanecer abertos ao
acolhimento de novas disciplinas.
△ Prestar atenção à evolução dos modos de prática, analisar a sua potencial
integração na UCI e proceder a uma rápida integração para evitar que estas
novas disciplinas potenciais sejam geridas por uma empresa externa
△ Encetar um diálogo com as primeiras comunidades de uma disciplina
△ Assegurar a integração de novas disciplinas sempre que pertinente
△ Dedicar os meios necessários a uma boa integração destas disciplinas
SUSTENTABILIDADE
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DESENVOLVIMENTO
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
b. Reforçar o diálogo com os intervenientes
As discussões são por vezes tensas entre os intervenientes no ciclismo profissional
de estrada masculino. Embora estas tensões tenham surgido durante a última
SUSTENTABILIDADE
reforma, há outros assuntos importantes para o bom funcionamento do nosso
desporto que também podem dar azo a tensões (contratos-tipo com os corredores,
salários mínimos, obrigações dos organizadores e das equipas, etc.). Apesar de
tudo, a crise da COVID-19 demonstrou a coesão das diferentes famílias em prol
do ciclismo. É, assim, preferível organizar um diálogo mais formal entre as partes
interessadas antes da decisão da UCI.
△ Assegurar a representatividade das associações internacionais
△ Gerar confiança através da escuta e do diálogo
△ Promover a concertação entre todos os intervenientes no ciclismo
△ Saber respeitar e fazer aplicar as decisões tomadas
△ Formalizar a nível regulamentar o quadro de diálogo conjunto entre a
Associação Internacional dos Organizadores das Corridas de Ciclismo (AIOCC),
a Associação Internacional dos Grupos Profissionais de Ciclismo (AIGCP) e os
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DESENVOLVIMENTO
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
d. Alterar a governação do ciclismo profissional
As estruturas representativas dos organizadores, das equipas e dos corredores são
indispensáveis ao bom funcionamento do ciclismo profissional de estrada, mas
representam apenas parte dos membros da sua família. A UCI tem todo o interesse
SUSTENTABILIDADE
em dialogar com estruturas fortes e representativas. Sem interferir na gestão desses
órgãos, deve ser iniciada uma discussão capaz de promover o desenvolvimento da
sua representatividade e governação.
A UCI criou o Conselho de Ciclismo Profissional (CCP) que, sob a sua autoridade,
administra o WorldTour da UCI. As suas missões pouco mudaram desde a sua criação
e a ligação com o segundo nível profissional deve ser fortalecida. Para o efeito, será
lançada uma reforma do funcionamento do CCP.
△ Rever a estrutura e as missões do CCP, sob o controlo do Comité Diretor da UCI,
a fim de torná-lo mais eficaz
△ Enquadrar funcionalmente o CCP no Regulamento da UCI
△ Garantir a presença das Federações Nacionais no CCP
△ Promover uma melhor representação das estruturas
△ Participar numa discussão entre a AIOCC, a AIGCP, a UNIO e os CPA sobre a
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DESENVOLVIMENTO
e. Reforçar a atratividade
A popularidade do ciclismo profissional de estrada masculino foi construída sobre
a incerteza do resultado e as conquistas dos campeões. Cumpre constatar que
algumas provas, particularmente as corridas por etapas, podem ser pouco atraentes,
o que pode levar ao desinteresse do público e dos telespetadores. A introdução das
novas tecnologias tornou por vezes as nossas corridas algo estereotipadas. A fim de
recuperar o interesse pelo ciclismo, é necessário abordar esta questão.
△ Integrar a questão da atratividade das corridas no trabalho em curso sobre a
reforma do ciclismo profissional
INOVAÇÃO
mais recente, não enferma dos mesmos males, mas o aumento significativo do
número de provas femininas obriga-nos também a repensar este calendário.
Será necessário realizar um trabalho de fundo com as partes interessadas para
reorganizar gradualmente o calendário.
△ Organizar o calendário das corridas de nível superior por sequências
geográficas
△ Equilibrar o calendário para apoiar os esforços de redução das emissões de
carbono relacionadas com os transportes
△ Evitar a sobreposição de provas
△ Organizar o calendário para maximizar o seu valor
SUSTENTABILIDADE
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DESENVOLVIMENTO
g. Continuar a estruturação do ciclismo feminino
O ciclismo de estrada feminino tem tido um forte crescimento em todo o mundo nos
últimos anos. Foram criadas corridas, por vezes associadas a provas do WorldTour
da UCI (masculino), e o seu nível tem melhorado continuamente. Como resultado,
a cobertura mediática e o interesse do público têm aumentado. No entanto, devem
continuar a ser realizados grandes esforços para consolidar o ciclismo de estrada
feminino. A UCI prosseguirá as ações iniciadas.
△ Aumentar a atratividade e a cobertura mediática do WorldTour feminino da UCI
△ Incentivar os organizadores do WorldTour da UCI a criar uma prova feminina
INOVAÇÃO
△ Tornar as equipas femininas financeiramente viáveis
△ Alinhar a duração e periodicidade das licenças dos organizadores de provas
femininas e das equipas femininas com as masculinas
△ À semelhança da reforma masculina, coordenar a criação de uma nova empresa
incumbida de gerir os direitos comercializáveis que lhe sejam concedidos pelas
partes interessadas
△ Criar um organismo de supervisão do ciclismo profissional feminino idêntico ao
dos homens
△ Reforçar o programa antidoping do ciclismo feminino
△ Rever a estrutura do Calendário Internacional Feminino da UCI e reforçar no
SOLIDARIEDADE
futuro o segundo nível das equipas femininas
△ Ajudar as Federações Nacionais a implementar um plano de ação para
desenvolver o ciclismo feminino
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
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SOLIDARIEDADE
DESENVOLVIMENTO
CAPÍTULO III – SOLIDARIEDADE
CONSOLIDAR AS NOSSAS AÇÕES EM PROL DAS FEDERAÇÕES NACIONAIS E
REFORÇAR A SOLIDARIEDADE
A UCI está ao serviço das suas Federações Nacionais filiadas e a sua ação deve inscrever-
se nesta perspetiva. Possui os recursos e ferramentas capazes de desenvolver o ciclismo
em todo o mundo. O CMC da UCI, a nossa peça central ao serviço dos atletas, das
pessoas que praticam ciclismo e da solidariedade, deve encontrar uma nova dinâmica. A
UCI também desenvolverá outras ferramentas para este efeito. Será necessário fortalecer
INOVAÇÃO
a solidariedade e a nossa política para o desenvolvimento de equipamentos de ciclismo
em todo o mundo.
SOLIDARIEDADE
tem fortalecido as suas missões, competências e conhecimentos especializados ao
longo dos anos e deve estar ao serviço das suas Federações Nacionais, sem exceção,
qualquer que seja a sua dimensão. O papel central destas Federações deve ser
reafirmado. É importante que exerçam o seu poder e permaneçam no centro das
nossas preocupações.
△ Reforçar o papel das Federações Nacionais no funcionamento da UCI
△ Promover a proximidade com todas as Federações Nacionais
△ Consultar préviamente, quando necessário, as Federações Nacionais,
△ Proceder a um inquérito regular sobre o estado das Federações Nacionais para
melhor responder às suas preocupações
△ Reconhecer a especificidade das “pequenas” Federações e das Federações
SUSTENTABILIDADE
dos “países emergentes do ciclismo” na Comissão de Solidariedade e Países
Emergentes do Ciclismo
△ Implantar o ciclismo em países não filiados na UCI, em especial na Oceânia, de
modo a que cada país tenha uma Federação Nacional filiada na UCI
△ Alcançar uma cobertura total dos 206 Comités Olímpicos Nacionais com uma
Federação de Ciclismo filiada
△ Aumentar o número de membros associados incluindo os territórios órfãos
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DESENVOLVIMENTO
educativo, etc.
△ Desenvolver um software de emissão de licenças para as Federações Nacionais
SUSTENTABILIDADE
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
SUSTENTABILIDADE
c. Adaptar ainda mais as nossas ferramentas às necessidades das Federações
Nacionais
As Federações Nacionais precisam de ferramentas para estruturar o seu
funcionamento e desenvolvimento. Apesar de essenciais, muitas Federações
Nacionais não dispõem de meios suficientes para desenvolver estas ferramentas e é
mais eficiente criá-los de forma mutualizada. É o que a União Ciclista Internacional
deve fazer para melhor assistir as Federações Nacionais.
△ Criar um sistema de gestão dos federados e de emissão das licenças para as
Federações Nacionais
△ Reforçar a extranet dedicada às Federações Nacionais, tornando-a mais eficiente
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DESENVOLVIMENTO
Federações Nacionais.
△ Criar uma classificação mundial anual das Federações Nacionais para cada
disciplina, tendo em conta as disparidades entre as Federações
△ Estabelecer uma classificação anual rotativa das Federações Nacionais
△ Fazer o necessário para estabelecer uma classificação dos países em cada um
dos Campeonatos do Mundo da UCI
△ Criar uma classificação geral para todas as disciplinas, que dará o título
de Campeão Mundial das Federações Nacionais da UCI, bem como uma
classificação por continente
△ Apresentar um troféu às Federações vencedoras por ocasião da Gala anual ou
SUSTENTABILIDADE
do Congresso da UCI
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DESENVOLVIMENTO
f. Incentivar a implementação de uma Agenda pelas Federações Nacionais em
linha com a da UCI e apoiá-las na elaboração da sua estratégia
A Agenda 2030 da UCI destina-se a ser implementada com o apoio das nossas
Federações Nacionais. Deve também inspirá-las na elaboração da sua própria
Agenda que lhes permita alcançar os objetivos fixados em conformidade com a
estratégia da UCI. Ajudaremos as Federações Nacionais a estruturar a sua ação
através da elaboração de uma Agenda própria.
△ Apoiar as Federações Nacionais na elaboração e implementação de uma Agenda
△ Ter em conta esta Agenda das Federações Nacionais nos fundos de
INOVAÇÃO
solidariedade
△ Prestar ajuda em linha com ferramentas adequadas para a elaboração da Agenda
△ Assegurar que as Agendas sejam realistas e estejam em conformidade com os
objetivos da UCI
SOLIDARIEDADE
SUSTENTABILIDADE
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DESENVOLVIMENTO
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DESENVOLVIMENTO
2. CONSOLIDAR AS MISSÕES DAS CONFEDERAÇÕES CONTINENTAIS
INOVAÇÃO
△ Aumentar a dotação financeira das Confederações Continentais
△ Ajudar as Confederações Continentais a melhorar ainda mais a sua governação
△ Incentivar a nomeação de um(a) diretor(a) responsável pelo bom
funcionamento e pelos aspetos operacionais de cada Confederação Continental
△ Reconhecer a contribuição das Confederações Continentais para o
desenvolvimento do ciclismo
△ Continuar a envolver as Confederações Continentais na gestão dos fundos de
solidariedade
SOLIDARIEDADE
As Confederações Continentais têm inúmeras missões, mas nem sempre estão
estruturadas para as cumprir. Os Campeonatos Continentais são cada vez mais
importantes e requerem acompanhamento e coordenação. O mesmo se aplica às
tarefas administrativas. Devemos, por conseguinte, apoiá-las.
△ Apoiar as Confederações Continentais na elaboração de uma agenda plurianual
△ Trabalhar com as Confederações Continentais para que possam beneficiar
de colaboradores de qualidade que lhes permitam gerir os seus desafios
quotidianos
△ Dotar as Confederações Continentais da especialização necessária para levar a
cabo a sua missão
SUSTENTABILIDADE
△ Garantir que as Confederações Continentais disponham de um gabinete
próprio
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
forte dos atletas. Devem também servir para identificar atletas e promover o
ciclismo nas Confederações. Pretendemos ajudar as Confederações a tornar os seus
Campeonatos Continentais mais atrativos.
△ Promover a atribuição de Campeonatos Continentais com uma visão plurianual
e com uma duração mínima de dois anos
△ Profissionalizar a atribuição dos Campeonatos Continentais
△ Assegurar a cobertura mediática dos Campeonatos Continentais
△ Reforçar a identidade visual das camisolas dos Campeões Continentais
△ Identificar datas ou períodos fixos para realizar os Campeonatos Continentais
nas diferentes disciplinas
△ Sublinhar a importância dos Campeonatos Continentais para as classificações e
os sistemas de qualificação da UCI
△ Considerar os Campeonatos Continentais como um catalisador para o CMC
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DESENVOLVIMENTO
3. CONSOLIDAR O CENTRO MUNDIAL DE CICLISMO (CMC) DA UCI COMO
INTERVENIENTE DE PRIMEIRA LINHA DO DESENVOLVIMENTO E DA EXCELÊNCIA
DESPORTIVA
INOVAÇÃO
objetivos estratégicos num período mais longo.
△ Elaborar um roteiro para o CMC da UCI, implementando a Agenda 2030
△ Organizar o CMC da UCI em três eixos: alto nível, solidariedade e formação
para as profissões do ciclismo
△ Criar um centro de alto rendimento para a prática do ciclismo em colaboração
com especialistas do universo da formação (escolas superiores, universidades,
parceiros privados, etc.)
△ Contribuir para preparar a reconversão dos corredores
△ Renovar, em conjunto com o município de Aigle, o centro onde os atletas ficam
SOLIDARIEDADE
alojados em Aigle (“Mon Séjour”)
△ Estabelecer uma programação orçamental por ciclos olímpicos
△ Reforçar a coordenação com o CMC da UCI para a gestão dos fundos de
solidariedade com o objetivo de assegurar a sua eficiência
△ Iniciar relações com patrocinadores e partes interessadas no ciclismo para o
financiamento do CMC da UCI
△ Encorajar os atuais parceiros da UCI a participar no Programa de Solidariedade
da UCI e a usufruir das instalações do CMC da UCI
△ Incentivar o desenvolvimento do ciclismo feminino
△ Integrar o paraciclismo no CMC da UCI
△ Qualificar os nossos centros satélites de modo a respeitar uma estrutura em
SUSTENTABILIDADE
pirâmide clara e precisa para o acesso dos atletas ao mais alto nível
△ Prosseguir os nossos esforços de apoio à diversidade junto do CMC da UCI
INTEGRIDADE
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DESENVOLVIMENTO
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
c. Desenvolver a competência do CMC da UCI para alcançar resultados ao mais
alto nível
Inicialmente voltado para o mais alto nível, a fim de permitir aumentar o número
de países suscetíveis de ganhar medalhas nos Campeonatos do Mundo da UCI e
nos Jogos Olímpicos, o CMC da UCI deve manter este objetivo. Confrontado com o
aumento dos recursos ao dispor de algumas Federações Nacionais, particularmente
no ciclismo de pista, é necessário que o CMC da UCI continue a ser uma referência
em termos de conhecimento e tecnologia ao mais alto nível de modo a que os seus
atletas possam competir com os melhores países.
△ Organizar o CMC da UCI e os seus centros satélites numa lógica de acesso ao
SUSTENTABILIDADE
mais alto nível
△ Dotar o CMC da UCI dos melhores meios técnicos e científicos
△ Desenvolver uma política científica de acompanhamento dos atletas do CMC da
UCI na sua preparação (monitorização fisiológica, apoio nutricional, vigilância
biológica, etc.)
△ Criar uma zona de trial no CMC da UCI
△ Acolher uma equipa de 30 atletas africanos sob a égide do CMC da UCI para
preparar os Campeonatos do Mundo de Estrada da UCI em 2025 em Kigali (Ruanda),
bem como os Jogos Olímpicos de Paris em 2024 e de Los Angeles em 2028
△ Desenvolver parcerias técnicas e tecnológicas
△ Envolver mais os parceiros da UCI na execução destes programas de
investigação e desenvolvimento e utilizar esta abordagem como um
instrumento de comunicação e uma oportunidade de criação de conteúdos
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
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DESENVOLVIMENTO
4. REFORÇAR AINDA MAIS OS NOSSOS PROGRAMAS DE SOLIDARIEDADE E
COOPERAÇÃO
INOVAÇÃO
atletas.
△ Trabalhar em parceria com a Solidariedade Olímpica e reforçar a nossa
colaboração com esta última
△ Reforçar a rubrica orçamental afetada à solidariedade
△ Transformar o CMC da UCI na ferramenta operacional de realização de ações
de solidariedade
△ Tornar mais transparente o processo de candidatura a fundos de solidariedade
através da UCI
△ Identificar patrocinadores para reforçar este fundo em comparticipação com a UCI
SOLIDARIEDADE
△ Encontrar patrocinadores dos atletas que os acompanhem ao longo da sua carreira
△ Aumentar este fundo de solidariedade através da aprovação de uma estratégia
financeira plurianual
△ Definir critérios claros de elegibilidade e atribuição de acordo com os princípios
da boa governação e uma estratégia de desenvolvimento sustentável.
△ Estabelecer um documento-quadro que permita às Federações Nacionais
conhecer as ações elegíveis para fundos de solidariedade
△ Produzir um relatório anual sobre a utilização destes fundos de solidariedade,
que será apresentado ao Congresso da UCI
SUSTENTABILIDADE
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DESENVOLVIMENTO
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
c. Promover a cooperação
Algumas Federações Nacionais possuem competências reconhecidas e programas
de cooperação. Além disso, alguns países criaram ministérios dedicados à
cooperação e também podem partilhar conhecimento, uma operação facilitada,
SUSTENTABILIDADE
consoante os casos, pelo facto de falarem a mesma língua. É necessário promover o
estabelecimento de programas de cooperação entre estados ou regiões.
△ Incentivar as Federações Nacionais ou as suas organizações regionais a
adotarem programas de cooperação (treinadores, comissários, alto nível,
material, etc.).
△ Identificar e orientar os programas de cooperação entre países
△ Fortalecer as relações com organizações identificadas (Federação dos Jogos
da Commonwealth, União Francófona de Ciclismo, organizações regionais ou
multidesportivas, etc.) para promover esta cooperação
△ Referenciar estas ações de cooperação no CMC da UCI
△ Incentivar as Confederações Continentais a criar e/ou a reforçar as suas relações
com as associações dos Comités Olímpicos Nacionais
△ Identificar as melhores práticas ou iniciativas das Federações Nacionais para
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SUSTENTABILIDADE
DESENVOLVIMENTO
CAPÍTULO IV – SUSTENTABILIDADE
PROMOVER UM CICLISMO SUSTENTÁVEL
INOVAÇÃO
combater as alterações climáticas e adaptar-se às suas consequências.
O ciclismo não deve ser um fator de agravamento destas perturbações e a nossa
Federação Internacional deve assegurar que estas questões sejam integradas em todas
as suas políticas. Além disso, o ciclismo é um excelente meio para responder eficazmente
a alguns destes desafios. Por conseguinte, a sustentabilidade está no centro da Agenda
2030 e das políticas da UCI.
SOLIDARIEDADE
Os desafios climáticos estão no centro das preocupações dos cidadãos de todo o
mundo e, em particular, da geração jovem. A ação dos dirigentes, qualquer que seja
a sua natureza, é agora julgada pela sua capacidade de enfrentar o desafio climático.
O acordo-quadro assinado entre o COI e a ONU em 2018 intitulado “Desporto para
a Ação Climática” (do qual a UCI é signatária desde 2020) estabelece o quadro de
intervenção do Movimento Olímpico. Em 2021, a nossa Federação Internacional
aprovou igualmente objetivos que nos comprometemos a cumprir até 2030. O
nosso objetivo é claro: alcançar a neutralidade carbónica.
△ Alcançar a neutralidade carbónica da UCI até 2030
△ Assegurar que os Campeonatos do Mundo da UCI apresentem um balanço de
SUSTENTABILIDADE
carbono neutro ou negativo do ponto de vista climático
△ Reduzir as nossas emissões em 50% em 2030 em relação ao ano de referência (2019)
△ Intervir ao nível da nossa sede no CMC da UCI, da nossa frota de veículos, das
nossas deslocações, da eficiência energética, da gestão de resíduos, etc.
△ Promover as energias renováveis nas instalações do CMC da UCI
△ Divulgar as nossas emissões e o nosso desempenho em relação aos nossos
objetivos de sustentabilidade
△ Compensar as emissões que não podem ser evitadas ou reduzidas com
projetos que melhorem a natureza e a qualidade de vida e reforcem os ODS
das Nações Unidas
△ Aconselhar as nossas partes interessadas (equipas, organizadores e Federações
Nacionais) a que se alinhem com a estratégia da UCI e integrem as obrigações
decorrentes nos respetivos cadernos de encargos, bem como a que publiquem
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INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
c. Reunir todos os intervenientes no ciclismo em torno de uma ação reforçada
O problema das alterações climáticas diz respeito a todos e não podemos superá-
lo isoladamente. Embora o papel da UCI seja apontar o caminho, tomar medidas e
estabelecer obrigações, devemos acelerar a tomada de consciência da necessidade
SUSTENTABILIDADE
urgente da ação climática.
△ Educar para a ação climática no âmbito do desporto, propondo programas de
formação, partilhando as melhores práticas e tornando-nos no centro mundial
de soluções de sustentabilidade para o ciclismo
△ Promover as deslocações ativas e o papel do ciclismo no combate às alterações
climáticas, a melhoria do bem-estar e a construção de um futuro mais
sustentável para todos
△ Apoiar as Federações Nacionais e Confederações Continentais na transposição
da Estratégia e Orientações de Sustentabilidade da UCI para o seu nível e de
acordo com os seus desafios particulares
△ Tornar os nossos atletas embaixadores de uma ação global no mundo do
ciclismo
△ Impor determinadas obrigações regulamentares aos nossos organizadores e
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DESENVOLVIMENTO
INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
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b. Reforçar a ligação entre o ciclismo e a natureza
Os cidadãos em todo o mundo anseiam pela natureza. Trata-se de uma fonte de
equilíbrio, de bem-estar e de paz. A bicicleta é o meio perfeito para descobrir e
passear na natureza, podendo ser implementadas diversas políticas públicas que
tornem a natureza, as florestas e outros espaços naturais acessíveis à bicicleta.
△ Promover o ciclismo como meio de descoberta dos espaços naturais
△ Desenvolver, à semelhança de algumas Federações Nacionais e em conjunto com
todas elas, locais para ciclismo de montanha com trilhos certificados pela UCI
△ Trabalhar com as autoridades públicas para tornar a natureza acessível à
INOVAÇÃO
bicicleta, no respeito da biodiversidade e dos ecossistemas
△ Procurar, em conjunto com as Federações Nacionais, que os regulamentos
nacionais ou locais não proíbam o ciclismo enquanto atividade de descoberta
da natureza
△ Assegurar que não sejam abandonados objetos de plástico na natureza e
implementar uma política rigorosa nos nossos eventos
△ Continuar a trabalhar com o COI e o Programa das Nações Unidas para o
Ambiente (PNUA) na promoção do guia prático em 10 passos destinado a
quem deseje contribuir para a preservação das montanhas para benefício das
gerações futuras
SOLIDARIEDADE
3. CONCILIAR AS QUESTÕES SOCIAIS E ECONÓMICAS
SUSTENTABILIDADE
respeito pelos direitos humanos, o direito ao trabalho, bem como as medidas de
proteção do ambiente e de luta contra a corrupção em toda a nossa cadeia de valor.
Queremos viabilizar o fornecimento de bens e serviços segundo princípios de ética
e no respeito do clima que contribuam para o desenvolvimento sustentável nas
regiões em que operamos.
△ Elaborar uma Carta dos Direitos Sociais da UCI
△ Desenvolver um Código de Aprovisionamento Sustentável da UCI
△ Assegurar o respeito pelos princípios do aprovisionamento sustentável nas
aquisições da UCI e do CMC da UCI
△ Privilegiar os serviços prestados por trabalhadores com deficiência
△ ntegrar critérios de responsabilidade social no contexto da atribuição de
eventos da UCI
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INOVAÇÃO
SOLIDARIEDADE
4. AUMENTAR A CONTRIBUIÇÃO DO CICLISMO PARA UMA POPULAÇÃO SAUDÁVEL
SUSTENTABILIDADE
populações são encorajadas a praticar atividade física. O ciclismo é um excelente
meio para o efeito, constituindo uma oportunidade que a nossa Federação
Internacional deve aproveitar para reforçar o trabalho já iniciado com a OMS no
âmbito do seu grupo de especialistas em deslocações ativas (ciclismo e marcha).
△ Aderir ao plano global da OMS para promover a atividade física
△ Promover a prática do ciclismo para uma boa saúde
△ Incentivar a prática do ciclismo pelos colaboradores da UCI e do CMC da UCI
através de infraestruturas específicas e saídas organizadas
△ Convidar as Federações Nacionais a trabalhar com as autoridades públicas do
seu país para desenvolver um plano de ciclismo para a saúde
△ Criar parcerias oficiais multidesportivas com outras Federações desportivas
olímpicas para demonstrar o impacto positivo e tangível que uma família
desportiva unificada pode ter na promoção da atividade física e das
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deslocações ativas
△ Divulgar os conhecimentos científicos mais recentes para identificar os
benefícios esperados da prática do ciclismo para a saúde
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c. Controlar os custos e aumentar os benefícios económicos
Os Campeonatos do Mundo da UCI representam geralmente um custo significativo
para os organizadores, apoiados por fundos públicos e parceiros privados. Tal como
o COI, que quis introduzir uma “nova norma” para conter os custos das candidaturas
olímpicas, a UCI deve assegurar o controlo dos custos dos seus eventos e otimizar os
respetivos benefícios económicos para os organizadores.
△ Assegurar a elaboração de cadernos de encargos organizacionais que limitem
os custos, garantindo ao mesmo tempo a qualidade do evento
△ Atribuir, se necessário e antecipadamente, os eventos a um continente,
INOVAÇÃO
tal como fizemos em África em 2025, a fim de evitar custos de candidatura
excessivos
△ Criar um processo mais transparente de atribuição dos Campeonatos do
Mundo da UCI que respeite as regras da boa governação
△ Desenvolver eventos em conjunto com os intervenientes locais, adaptados às
circunstâncias locais
△ Publicar regularmente estudos sobre os benefícios económicos e o impacto
social (saúde, atividade física, mobilidade) dos Campeonatos do Mundo da UCI
△ Promover a participação dos ciclistas amadores nos Campeonatos do Mundo
da UCI para otimizar os benefícios
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CAPÍTULO V – INTEGRIDADE
PROTEGER OS ATLETAS E ASSEGURAR A IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
INOVAÇÃO
Por conseguinte, temos de assegurar a equidade das competições.
Além disso, os numerosos acidentes põem os atletas em risco e refletem-se negativamente
no nosso desporto. O trabalho empreendido com os corredores e os organizadores deve
prosseguir para melhorar a segurança em competição.
SOLIDARIEDADE
O ciclismo sofreu durante muito tempo de uma imagem muito negativa devido à
proliferação dos casos de doping. Foi possível uma verdadeira tomada de consciência
no nosso desporto, tendo a UCI desenvolvido esforços muito significativos. A nossa
Federação tem sido pioneira a nível mundial neste domínio. Foi, nomeadamente, a
primeira a introduzir controlos antidoping, a implementar os métodos mais recentes
para detetar a presença de EPO, a criar o passaporte biológico e a delegar o seu
programa antidoping numa fundação independente (a CADF e, posteriormente, a
ITA). Proibiu também o uso de tramadol para proteger a saúde dos atletas.
No entanto, a luta contra o doping continua a ser uma batalha contínua. Por
conseguinte, deve continuar a ser reforçada em conjunto com os seus principais
intervenientes: a Agência Mundial Antidoping (WADA), as Organizações Nacionais
SUSTENTABILIDADE
Antidoping (ONAD), a Agência de Controlo Internacional (ITA), o COI e as autoridades
governamentais.
O COI anunciou na reunião do seu Comité Executivo, em 1 de junho de 2016, que
irá continuar a fazer campanha para que todos os controlos sejam realizados
independentemente das organizações desportivas e para harmonizar os programas
nacionais e internacionais antidoping sob a tutela de uma nova entidade. A UCI
adiantou-se a esta recomendação com bastante antecedência com a criação da
CADF em 2008. Desde então, reforçou ainda mais esta independência com a
transferência das suas atividades antidoping para a ITA em 1 de janeiro de 2021. No
entanto, devemos procurar sempre a inovação para sermos cada vez mais eficazes.
△ Reforçar os poderes regulamentares de investigação em matéria de combate ao
doping
△ Atribuir fundos e recursos adicionais para fins de investigação e informação
INTEGRIDADE
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DESENVOLVIMENTO
SUSTENTABILIDADE
△ A
firmar-se de forma duradoura como o desporto de referência na luta contra o
doping através de ações inovadoras e vanguardistas
△ Reforçar a prevenção e a educação antidoping para os atletas do CMC da UCI
△ Implementar e normalizar um plano de prevenção e educação antidoping para
dirigentes, pessoal técnico, preparadores físicos e jovens corredores
△ Reforçar a colaboração com a ITA no domínio da prevenção e educação
antidoping
△ Exigir que determinadas Federações Nacionais elaborem um plano de
educação e luta antidoping
△ Realizar uma ação específica na América do Sul e na América Central em
conjunto com a AMA, as ONAD, as ORAD, a Confederação Pan-Americana de
Ciclismo (COPACI) e as nossas Federações Nacionais
△ Apoiar e promover a cooperação entre as Federações Nacionais e as suas
INTEGRIDADE
Organizações Antidoping
△ Encorajar as Federações Nacionais mais avançadas a partilhar os seus
conhecimentos e a ajudar outras
SUSTENTABILIDADE
corridas em conjunto com todas as partes interessadas.
△ C
ontinuar os nossos esforços para priorizar a segurança nas corridas
△ Agilizar o observatório de quedas ocorridas em competição, criado em 2021, a
fim de extrair do mesmo os ensinamentos necessários
△ Continuar o trabalho técnico empreendido para melhorar as barreiras, a
proteção contra obstáculos, etc.
△ Tornar obrigatória a formação pela UCI de todos os responsáveis pela
segurança das organizações identificados pelos organizadores
△ Reforçar o plano de ação elaborado pela UCI, em colaboração com os
organizadores, tendo em conta as preocupações dos corredores
△ Adaptar o tamanho do pelotão às condições da corrida, se necessário
△ Reforçar as sanções aplicadas por incumprimento das regras de segurança
△ Avaliar a possibilidade de instalar elementos de proteção dos travões de disco a
INTEGRIDADE
INOVAÇÃO
O ciclismo é um desporto que comporta riscos potenciais devido à possibilidade
de comunicação com um corredor em plena competição. Esta situação pode
potencialmente redundar em riscos de resultados manipulados, tal como noutros
desportos. Será necessário avaliar os riscos para o nosso desporto.
△ Avaliar a situação das apostas desportivas e fortalecer a regulamentação em vigor
△ Estabelecer regulamentos adequados para proibir, em determinadas condições,
a participação de federados da UCI em provas que estejam associadas a
apostas desportivas não autorizadas pela UCI
△ Sensibilizar os órgãos reguladores nacionais com vista a proibir certas formas
de apostas consideradas de “risco”, como as “Live-betting” ou “Head-to-head”
SOLIDARIEDADE
△ Realizar um trabalho de prevenção e de sensibilização para os riscos associados
às apostas desportivas
△ Reforçar a fiscalização das apostas nos Campeonatos do Mundo da UCI e na
Taça do Mundo da UCI
△ Estabelecer um sistema de fiscalização das apostas nas maiores provas do
Calendário Internacional da UCI
△ Integrar as reflexões do mundo do desporto neste domínio
△ Avaliar a conveniência de proibir ou regulamentar a comunicação com os
ciclistas durante a corrida
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
consequências
△ Estabelecer uma base de dados epidemiológicos de critérios de aptidão
médicos e biológicos, respeitando o sigilo médico
△ Promover e apoiar o desenvolvimento da investigação em epidemiologia e
medicina do ciclismo, particularmente em benefício de disciplinas menos
conhecidas (epidemiologia das patologias médicas e traumáticas)
△ Ampliar os critérios de aptidão médica para competir
△ Continuar a agrupar as análises ao sangue com as realizadas pela ITA no quadro
do passaporte biológico, a fim de limitar o número de amostras colhidas e
reduzir os custos
SOLIDARIEDADE
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
SUSTENTABILIDADE
vezes sujeitos a uma pressão mediática considerável. Afigura-se necessário elaborar
uma estratégia para que os nossos comissários continuem a ser eficientes e eficazes.
△ Implementar a formação contínua dos comissários que garanta a atualização
permanente dos seus conhecimentos especializados
△ Elaborar uma estratégia de formação de comissários em territórios onde estes
escasseiam (América do Sul, Ásia e África)
△ Utilizar instrumentos modernos para reunir virtualmente os comissários com
grande regularidade e trocar informações sobre situações que tenham surgido
de forma a uniformizar as decisões
△ Estabelecer um sistema de avaliação dos comissários a fim de definir o nível em
que podem exercer funções
△ Planear sessões mensais com os comissários que desempenham funções no
WorldTour da UCI e na ProSeries da UCI
INTEGRIDADE
respetiva disciplina
△ Organizar reuniões em videoconferência com os atletas das diferentes
disciplinas para ouvir as suas opiniões
INOVAÇÃO
fundos de solidariedade através do CMC da UCI
△ Conceber um sistema que permita aos patrocinadores apoiar um atleta durante
a sua carreira
△ Encontrar parceiros privados ou institucionais que permitam apoiar mais atletas
△ Identificar um elo de ligação no CMC da UCI para apoiar os atletas que
procuram financiamento
SOLIDARIEDADE
tenra idade. Tal pode ter consequências para os seus estudos.
No entanto, a sua carreira é, por vezes, curta e intensa. Deixa-lhes pouco tempo
para considerarem o futuro. Por conseguinte, é essencial preparar a reconversão dos
atletas desde o início da sua carreira para lhes garantir um futuro após o ciclismo.
△ Elaborar uma verdadeira estratégia para a reconversão dos atletas
△ Apoiar mais especificamente os atletas do CMC da UCI na sua reconversão para
lhes garantir um futuro
△ Incentivar a aprendizagem das profissões do ciclismo que permitam partilhar a
experiência adquirida após a carreira
△ Trabalhar com organizações de formação para apoiar os atletas
SUSTENTABILIDADE
△ Colaborar com os CPA para ajudar os corredores de estrada, tendo em conta as
ações já em curso
INTEGRIDADE
INOVAÇÃO
respeito. Tal só é possível com uma governação de qualidade. Tem vindo a ocorrer, há
muitos anos, uma evolução positiva, sendo importante continuar nesta via para tornar a
UCI numa Federação exemplar, cuja voz seja ouvida em todo o mundo.
SOLIDARIEDADE
Sob a presidência de Thomas Bach, o COI levou a cabo uma modernização
da instituição olímpica. Com base em 40 recomendações, este programa visa
assegurar a sustentabilidade dos valores olímpicos renovados numa sociedade
moderna, transparente e conectada, colocando sempre o atleta e a mensagem
de paz e solidariedade no centro da ação. Esta Agenda 2020 foi complementada
e simplificada em torno de 15 recomendações para estar ainda mais próxima das
preocupações da atualidade. Foi assim que nasceu a Agenda 2020+5 do COI. É neste
estado de espírito que a UCI deve agir. Os desafios enfrentados pela UCI coincidem
com os do COI. A nossa Federação continuará, portanto, a modernizar-se para ser
ainda mais credível e eficaz e para tornar o nosso desporto ainda mais atrativo.
△ Controlar o custo das infraestruturas necessárias para organizar os
SUSTENTABILIDADE
Campeonatos do Mundo da UCI e integrar a “nova norma” do COI
△ Promover o legado e a sustentabilidade
△ Promover a igualdade de género
△ Proteger os atletas íntegros
△ Apoiar a universalidade do nosso desporto
△ Colaborar com o Canal Olímpico
△ Elaborar uma estratégia para a juventude
△ Apoiar a diversidade e a inclusão
△ Aumentar a transparência e a boa governação
△ Incentivar o estabelecimento de uma política que promova o legado dos
Campeonatos do Mundo da UCI
△ Promover eventos desportivos sustentáveis
INTEGRIDADE
olímpicas. O ciclismo tem um papel importante a desempenhar para que sejamos uma
das Federações líderes neste contexto e tencionamos tomar iniciativas neste domínio.
△ Criar uma Corrida pela Paz no Médio Oriente por iniciativa da UCI que ligue
Jerusalém a Damasco e a Bagdade, com a participação de equipas nacionais de
países da área geográfica
△ Colaborar na criação da Corrida pela Paz no Médio Oriente
△ Ajudar as Federações Nacionais e os federados em zonas de guerra
△ Criar um prémio anual para a melhor iniciativa de ciclismo pela paz
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
SUSTENTABILIDADE
evacuados pela UCI, a fim de lhes proporcionar uma nova vida
△ Integrar refugiados ou pessoas deslocadas nas equipas de ciclismo do CMC da UCI
△ Cooperar com o COI para implementar a recomendação 11 da Agenda 2020+5 e
apoiar os atletas através da bolsa olímpica
△ Apoiar, em conjunto com o CMC da UCI, os ciclistas qualificados na equipa de
refugiados para participar nos Jogos Olímpicos
△ Trabalhar com as Federações Nacionais para acolher e apoiar refugiados e
pessoas deslocadas
△ Reunir com o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados para
discutir áreas de colaboração
△ Aplicar ao nosso nível o programa “Desporto para o Desenvolvimento” do Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)
△ Continuar a dialogar com os governos dos países de trânsito de refugiados ou
INTEGRIDADE
INOVAÇÃO
△ Participar ativamente no funcionamento das organizações de tutela do
Movimento Olímpico (ASOIF, GAISF, etc.)
△ Destacar questões comuns às Federações Internacionais, como o perigo
de ligas fechadas, o respeito das nossas prerrogativas nos calendários e
regulamentos, etc.
△ Manter o papel de liderança e concentrar esforços em torno da luta contra o doping
△ Trabalhar com outras Federações Internacionais em questões atuais
(transexuais no desporto de alto nível, lista de produtos proibidos da AMA, etc.)
SOLIDARIEDADE
b. Zelar por que o ciclismo seja uma mais-valia para os Jogos Olímpicos e
Paralímpicos
O ciclismo faz parte do programa olímpico desde o renascimento dos Jogos e assistiu à
introdução de três novas disciplinas: ciclismo de montanha, BMX Racing e BMX Freestyle.
O BMX Freestyle foi incluído no programa olímpico por ocasião dos Jogos Olímpicos de
Tóquio de 2020, reforçando ainda mais a importância do nosso desporto. O ciclismo
é uma mais-valia inegável para a difusão e universalidade dos Jogos Olímpicos. No
entanto, estamos conscientes da necessidade de nos desafiarmos constantemente.
Temos de trabalhar para garantir que o ciclismo seja um dos principais desportos em
termos de audiências televisivas, afluência do público, popularidade junto dos jovens,
desenvolvimento do desporto feminino, integração digital e luta contra o doping. A UCI
SUSTENTABILIDADE
zelará por que o ciclismo continue a ser um desporto importante no programa olímpico.
△ P
romover a integração de novas disciplinas de ciclismo, preservando ao mesmo
tempo as disciplinas atuais
△ Tirar partido do elevado nível de audiências do ciclismo e do forte apoio popular
△ Assegurar a presença do ciclismo nos principais recintos olímpicos e em
recintos partilhados
△ Tornar o ciclismo num desporto para a juventude mundial, em conformidade
com a estratégia da UCI para a juventude, que será implementada
△ Disponibilizar produções televisivas de alta qualidade a custos razoáveis, em
particular para o ciclismo de montanha e o BMX Racing, com base na inovação
△ Promover a inclusão do ciclismo eletrónico nos Jogos Olímpicos de Los Angeles
de 2028
△ Propor a inclusão de uma prova mista no programa olímpico, como o
INTEGRIDADE
solidariedade
△ Confiar a organismos independentes a auditoria regular das atividades da UCI
△ Publicar anualmente as verbas pagas ao Presidente e aos membros do Comité
Diretor
△ Manter um processo transparente de atribuição dos eventos
△ Trabalhar com as Federações Nacionais para aumentar a transparência de
algumas destas Federações
△ Assegurar que os direitos humanos sejam respeitados nas nossas decisões
△ Estabelecer requisitos claros de boa governação para efeitos de filiação na UCI
e dotá-la dos instrumentos necessários à adoção das reformas necessárias
INTEGRIDADE
INOVAÇÃO
de observar o tratamento deficiente destas questões em algumas Federações
Nacionais. Sendo esta uma questão importante para a nossa credibilidade coletiva,
temos de continuar os esforços empreendidos.
△ Assegurar a ampla difusão do Código de Ética da UCI junto dos membros
△ Priorizar a luta contra a corrupção
△ Encorajar as Federações Nacionais a adotar um Código de Ética e a criar órgãos
independentes para tratar os processos
△ Promover e divulgar a plataforma de denúncia para identificar violações
△ Formar os dirigentes durante os Congressos das Confederações Continentais e
SOLIDARIEDADE
os cursos de formação de diretores desportivos ou treinadores, etc.
△ Estabelecer e executar um programa de educação das partes interessadas no
ciclismo
SUSTENTABILIDADE
INTEGRIDADE
SOLIDARIEDADE
A UCI é uma das Federações Internacionais mais antigas e representa um dos
principais desportos do Olimpismo, presente desde o início dos Jogos da era
moderna. A sua voz deve ser ouvida no movimento desportivo internacional.
Infelizmente, nem sempre tem sido o caso. Será, por conseguinte, necessário
reforçar a nossa estratégia de influência vinculada a uma verdadeira liderança da
nossa Federação.
△ Reforçar a presença da UCI nas instâncias internacionais
△ Fazer ouvir as propostas da UCI para a modernização do desporto ou sobre
questões importantes para o Movimento Olímpico
△ Estabelecer novas relações com Organizações Não Governamentais
△ Manter laços fortes com as autoridades políticas suíças
SUSTENTABILIDADE
△ Reforçar as relações com as demais Federações Internacionais
△ Reforçar a colaboração com os programas da ONU, da UNESCO, da OCDE, da
União Europeia e de qualquer outra organização internacional relevante
gráfico correspondente foi modificado com sucesso há alguns anos para reforçar esta
marca, mas acreditamos que ainda há margem para melhorias através da inovação.
△ Reforçar e desenvolver a marca UCI, dando destaque à faixa arco-íris
△ Ponderar a criação de uma nova bandeira com base na faixa arco-íris
△ Compor um novo hino da UCI mais empolgante
INOVAÇÃO
△ Elaborar uma estratégia financeira plurianual até 2028 e, subsequentemente,
por ciclos olímpicos
△ Atribuir os Campeonatos do Mundo da UCI com cinco anos de antecedência
para controlar as nossas receitas
△ Definir um nível “estratégico” de reservas abaixo do qual não podemos descer
de modo a garantir a nossa capacidade para enfrentar uma crise
△ Definir os fundos afetados à solidariedade e ao desenvolvimento por ciclos olímpicos
△ Fixar as taxas de calendário e outras contribuições com uma periodicidade definida
△ Ajustar esta estratégia financeira à evolução observada
SOLIDARIEDADE
c. Garantir os fundos destinados à solidariedade e ao desenvolvimento
Os fundos de solidariedade e desenvolvimento são essenciais para as nossas
Federações Nacionais e Confederações Continentais e permitem o crescimento real
do ciclismo em todo o mundo. O CMC da UCI, que se dedica ao treino e à formação
dos atletas, deve ser capaz de trabalhar em ciclos olímpicos para cumprir as suas
missões. Uma estratégia plurianual permitirá decidir antecipadamente os montantes
atribuídos e prever as ações a levar a cabo.
△ Definir os fundos de solidariedade das Federações Nacionais e das
Confederações Continentais, bem como a ajuda ao funcionamento das
SUSTENTABILIDADE
Confederações Continentais por ciclos olímpicos
△ Implementar o diálogo previsto no acordo UCI/CMC da UCI para garantir os fundos
atribuídos ao CMC da UCI por olimpíada e permitir-lhe cumprir as suas missões
△ Reforçar os fundos de solidariedade e desenvolvimento para o futuro
△ Prestar mais assistência às Federações Nacionais das categorias 3 e 4 INTEGRIDADE
INOVAÇÃO
ARMÉNIA MALTA REPÚBLICA UNIDA
MACEDÓNIA DA TANZÂNIA
ARUBA MARROCOS
FEDERAÇÃO RUSSA ROMÉNIA
AUSTRÁLIA MAURÍCIA
FIJI RUANDA
ÁUSTRIA MAURITÂNIA
FILIPINAS SAMOA
AZERBAIJÃO MÉXICO
FINLÂNDIA SANTA LÚCIA
BAAMAS MIANMAR
FRANÇA SÃO CRISTÓVÃO
BAHREIN MOÇAMBIQUE
GABÃO E NEVES
BANGLADEXE MÓNACO
GÂMBIA SÃO MARINO
BARBADOS MONGÓLIA
GANA SÃO MARTINHO
BÉLGICA MONTENEGRO
GEÓRGIA SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
BELIZE NAMÍBIA
GRÃ-BRETANHA SÃO VINCENTE
BENIM NEPAL E GRANADINAS
GRANADA
BERMUDAS NICARÁGUA SEICHELES
SOLIDARIEDADE
GRÉCIA
BHUTAN NÍGER SENEGAL
GUAME
BIELORRÚSSIA NIGÉRIA SERRA LEOA
GUATEMALA
BOLÍVIA NORUEGA SÉRVIA
GUIANA
BÓSNIA-HERZEGOVINA NOVA ZELÂNDIA SINGAPURA
GUINÉ
BOTSUANA OMÃ SOMÁLIA
GUINÉ-BISSAU
BRASIL PAÍSES BAIXOS SERI LANCA
HAITI
BRUNEI DARUSSALÃ PALESTINA SUAZILÂNDIA
HONDURAS
BULGÁRIA PANAMÁ SUDÃO
HONG KONG, CHINA
BURQUINA FASSO PAQUISTÃO SUÉCIA
HUNGRIA
BURUNDI PARAGUAI SUÍÇA
IÉMEN
CABO VERDE PERU SURINAME
ILHAS CAIMÃO
CAMARÕES POLÓNIA TAILÂNDIA
ILHAS COOK
CAMBOJA PORTO RICO TAJIQUISTÃO
ILHAS VIRGENS
SUSTENTABILIDADE
CANADÁ PORTUGAL TOGO
ILHAS VIRGENS
CATAR BRITÂNICAS QUÉNIA TRINDADE E TOBAGO
CAZAQUISTÃO ÍNDIA QUIRGUISTÃO TUNÍSIA
CHADE INDONÉSIA REPÚBLICA ÁRABE SÍRIA TURQUEMENISTÃO
CHILE IRAQUE REPÚBLICA BOLIVARIANA TURQUIA
CHINA DE TAIPÉ DA VENEZUELA
IRLANDA UCRÂNIA
CHIPRE REPÚBLICA CENTRO-
ISLÂNDIA UGANDA
AFRICANA
COLÔMBIA ISRAEL URUGUAI
REPÚBLICA CHECA
COMORES ITÁLIA USBEQUISTÃO
REPÚBLICA DA COREIA
CONGO JAMAICA VANUATU
REPÚBLICA DA
COSTA DO MARFIM JAPÃO VATICANO
MOLDÁVIA
COSTA RICA JIBUTI VIETNAME
REPÚBLICA
CROÁCIA JORDÂNIA DEMOCRÁTICA ZÂMBIA
CUBA KOSOVO DE TIMOR-LESTE ZIMBABUÉ
CURAÇAU KOWEIT REPÚBLICA
DINAMARCA DEMOCRÁTICA
LESOTO
DOMÍNICA DO CONGO
INTEGRIDADE
LETÓNIA
EGITO LÍBANO
SALVADOR