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Avaliação psicológica no contexto do Ve


esporte G

Andréa Duarte Pesca apl


cac
Gabriela Frischknecht ava
Evandro Morais Peixoto
da
pec
Contextualização convocado cotidianamente à tomada de são

Desde a
origem da
psicologia do esporte, interventivas junto aos atletas e comissãodecisões org
profissionais têm se empenhado em desenvolver ca, por exemplo. técni aut
Invariavelmente essas
decisões
aspectos do atleta visando são pautadas em
informações
capacidades competitivas. Taisampliação
a
de suas coletadas partir
a
pari
de processos avaliativos junto aos diferentes
objetivos foram par as c
explicitados pelos fundadores desta área do co- ticipantes do contexto
esportivo. Este
capítulo mer
nhecimento: Coleman Griffith Bruce
tem como
principal objetivo a apresentação das
que buscavam melhorar
e
Ogilve, diferentes etapas dos processos de Coni
a
performance esportiva avaliação
psicologia do esporte. Para tanto no
pect
e
ajudar o atleta obter maior satisfação nesta ex- contexto da
Gou
periência. Nesta direção, as duas principais insti- estrutura em quatro se
etapas: 1) definição da psico- do e
tuições representantes da psicologia do logia do esporte; 2) caracterização da
na América do
esporte avaliação psi-
cológica específica ao contexto esportivo; cess
Norte, Association for Applied 3) apre ativi
Sport Psychology (Aasp) e a Divisão 47 da Ame- sentação dos procedimentos utilizados
utilizados para opera- 201
opera-
rican Psychological Association (APA), enfatizam cionalização do processo avaliativo 4) discussão
e tend
esses
dos avanços e desafios enfrentados pela área.
aspectos em suas
definições de psicologia pen
do esporte. De acordo a pa
com a Aasp, o
principal
objetivo do profissional em psicologia do esporte Introdução saúd
é contribuir para melhor tas (
o
envolvimento, per- A
formance satisfação do atleta, no esporte e
e
no
prtica esportiva tem sido cada vez mais A ps
exercício físico. De maneira incentivada, proporcionando uma variedade ment
semelhante, a APA oportunidades de de
discorre sobre o treinamento,
desenvolvimento envolvimento, diversificando torm
entre os objetivos [CFP
e
utilização das habilidades psicológicas
em bus
e as
exigências
de cada mo-
dalidade esportiva. O Com
ca da melhor
performance e
bem-estar do atleta, desempenho de atletas e
frente às questões associadas com o equipes é um dos aspectos mais relevantes do Conv
ambiente es- aplic:
portivo e organizacional, além dos aspectos so-
contexto esportivo, principalmente no que diz
respeito ao enfoque competitivo, pois é neces de av
ciais daparticipação esportiva (Aoyagi, Potenga, sário perceber as razões que levam um atleta a raes,
Poczwardowski, Cohen, & Statler, 2012). Para o adota
alcance de tais objetivos o alcançar níveis mais elevados de desempenho,
psicólogo do esporte é enquanto outros atletas apresentam menores ni-
de av.
volvi
18 Avaliação psicológica no contexto do esporte
Seção 321

Avaliação psicológica é compreendida como


veis de habilidades competitivas (Gomes, 2011;
um conjunto de procedimentos que visam ava-
Gomes & Cruz, 2007).
Embora o campo da psicologia do esporte liar, por métodos variados, características de
indivíduos ou de grupos, de forma sistemática,
aplicada tenha se desenvolvido, esta área de atua-
para responder a uma determinada demanda.
cão ainda enfrenta desafios para obter maiores Tal processo deve ser realizado por um prois-
avanços. Winter e Collins (2016) sugerem crité-
um melhor desenvolvimento sional com preparação técnica e científica (CFP
ios essenciais para para lidar
2007), ou seja, que esteja capacitado
da área que justificam um campo profissional es-
de psicologia do esporte aplicada, que com todas as etapas deste processo, bem como
pecifico
são: base de conhecimento subjacente, regulação os procedimentos que podem ser utilizados,
organizacional, dimensão ética, e, por fim, uma sempre levando em consideração a otimização
sões do processo de coleta de dados, a busca de evi-
autonomia profissional.
cni
A Psicologia do Esporte e do exercício faz dências e articulação com fundamentos científi-
sões
cos e o contexto em que o indivíduo será avalia-
rtir parte do grupo de disciplinas que contemplam
as ciências do esporte e busca produzir conheci- do (CFR 2018).
ar
ulo mento sobre os aspectos psíquicos das pessoas em No contexto esportivo, o processo de ava
das contextos do esporte e exercício, bem como as- liação psicológica, também conhecido como psi-
no pectos práticos de tal conhecimento (Weinberg& codiagnóstico esportivo ou perfil psicológico es-
se Gould, 2017). Em outras palavras, a psicologia portivo, diz respeito à mensuração de condutas,
CO do esporte diz respeito aos embasamentos, pro- atitudes e aptides psicológicas, sejam elasde
cessos e implicações da regulação psicológica das cunho afetivo e/ou cognitivo, dos atletas, a fimn
re atividades esportivas (Pesca, Pereira, & Cruz, de traçar habilidades e competências espor
suas
2014). Assim, o psicólogo esportivo procura en
ra- tivas. Igualmente aos aspectos físicos, técnicos e
ão tender como fatores emocionais afetam o desem- táticos, os aspectos psicológicos do treinamen-
penho fisico do indivíduo e compreender como
a participação em esportes relaciona-se com esportivo devem ser avaliados de forma ade-
saúde fisica, emocionale o bem-estar dos atle-
quada e consistente, sendo deimportân-
suma
cia avaliar variáveis motivação, estresse,
como
tas (Weinberg & Gould, 2017; Nitsch, 1986).
A psicologia do esporte e do exercício, regula-
ansiedade, autoconfiança, autoeficácia, nível de
is ativação e de atenção, habilidades psicológicas
mentada em termos de exercício profissional
le de autorregulação e outros
formação pelo Conselho Federal de Psicologia aspectos e situações
que podem influenciar no funcionamento psí-
[CFP] (Resolução 014/2010), desenvolveu-se
como área oferecendo especificidades, com uma
quico dos atletas.
convivência de diversas abordagens teóricas e a Há amplo respaldo na literatura científica da
aplicação de diferentes métodos e instrumentos área que as habilidades e
competências psicoló-
de avaliação e intervenção (Silva, Foch, Guima- gicas são influenciadores do desempenho espor-
raes, & Enumo, 2014). Psicólogos do esporte tivo em qualquer que seja o contexto (amador
adotam, entre outras práticas comuns, processos ou
profissional) nível considerado. O atleta é
e
de avaliação psicológica para o adequado desen caracterizado por um conjunto de habilidades
volvimento de atividades psicológicas das quais algumas podem ser está-
suas
profissionais.
ea Duane
Pesca, Gabriela Frischknecht e
Evandro Morais Peixoto

veis e, por
isto, dificilmente
que outras modificáveis, sendo que é preciso estabelecer objetivos que se
competências são
passíveis de modifi-
cação por meio dos treinamentos deseja
atingir por meio
meio de
intervenção apli
Desta forma, competições. e
rém para isto é necessário adequada, po-
po-
podemos verificar que
prestação a identificar o grau de det
de serviço em
psicologia habilidade imprescindível para cada
das esportiva dependente volvida. Outro fator variável en- pac
características intrínsecas do importante é a escolha de
necessário conhecer tais atleta, sendo procedimentos de coleta de dados serem adodos orit
ri-los e modificá-los aspectos, bem como ge- tados. Para isso deve-se
a

analisar de forma dad


(Serpa, 2005). As caracterís-
ticas intrínsecas ao atleta rente quais informações são relevantes e coe-
das por um podem ser caracteriza- a
seleção das técnicas psicológicas mais fazer
conjunto quatro aspectos, sendo
de efetivas dei
estes: a)
processos emocionais; b) características
em
função das
características do atleta. Por fim, OS

de não pode esquecer da avaliaço dos resultados


se
personalidade; c) funções cognitivas; d) obje gIc
tivos pessoais esportivos.
e alcançados com a intervenção realizada (Raalte & nec

Além dos fatores Brewer, 2011). ced


mencionados, deve-se levar çoe
em
consideração os fatores extrínsecos ao atle- sob
ta, pois estes afetam também Procedimentos de avaliação
avaliação
portivo, além de entender os
o
desempenho es- psicológica em psicologia do esporte
mei

aspectos inseridos nes


nas taretas
que compõem o esporte que
assim como a situação e momento pratica, A Resolução n. 9, de 25 de abril de 2018 raç
pelo qual está do Conselho Federal de ind
passando (Weinberg & Gould, 2017; Raalte && Psicologia estabelece as
diretrizes mais atuais para a sja
Brewer, 2011; Serpa 2005). Por isso é necessá- de
realização do prö- téci
cesso
avaliação psicológica pelo profissional
rio avaliar o desempenho técnico, tático, físicoe da área, regulamentando o Sistema de Avaliação
árb
psicológico, individual e/ou grupal, estando in dos Testes Psicológicos Ass
serido neste de
Satepsi e revogando
-

re
processo avaliação a eficácia, efi soluções anteriores que se referem às
ão
ciência e
efetividade, para desta forma orientar sobre elaboração,
orientações obj
as decisões, sejam elas institucionais ou pessoais.
atualização, qualidade e uso de mei
testes
psicológicos. Na referida Resolução (CFP OS
De maneira geral, na
avaliaçãodos aspectos 2018), o Conselho Federal de Psicologia retoma
psicológicos, deve atentar-se aos seguintes pon a definição de avaliação psicológica, indicandóo
tos:1) variáveis psicológicas que podem afetar que é um processo sistemático de processos psi- i ava

funcionamento dos atletas em treinamentos e cológicos, constituído por métodos, técnicas e des

competições; 2) recursos e riscos psicológicos instrumentos, tendo como finalidade obter in ces
do treinamento esportivo; 3) habilidades
psi- formaçóes para a tomada de decisão baseada nas tiva

cológicas que são objetivo de um determinado demandas e fins específicos. con

Sua
treinamento; 4) efeitos psicológicos da prática Paralelamente, o Catálogo Brasileiro de Ocu
esportiva e; 5) fadiga e esgotamento psicológi- pações do Ministério do Trabalho (1992) indi
co (Serpa, 2005). Para
por
que se possa atingir de ca que o psicólogo que atua especificamente na
maneira eficaz e eficiente o psicodiagnóstico es- área
dis
esportiva procederáestudo e exame do
ao
par
portivo ou o perfil psicológico do atleta, Fleury comportamento e das características psicológi
gic
(2001) acrescenta, além dos aspectos citados, as dos esportistas, elaborando, desenvolvendo e ma
18 Avaliação psicológica no contexto do esporte 213

realizado, motivação, habilidades de en-


deseja aplicando técnicas apropriadas,
como testes para como

frentamento e persistência frente às adversida-


determinaão de perfis personalidade, ca
a, po de de
rau de outros métodos des, resiliência, organização e rotina, autoeficá
pacidade motora, sensorial e cia e autoconfiança, autorregulação de ativa_ão,
el en-
de verificação para possibilitar o diagnóstico
e

de ansiedade e estresse, habilidades cognitivas


orientação individual ou grupal dentro da
1a dos ativi-
ligadas controle do foco de
atenção em as-
ado- dade que desempenha. ao

coe Portanto, significa dizer que para a realização pectos relevantes e de desempenho imediato,
fazer compreensão de informações no processo de en-
deuma prática responsável e efetiva, que respeite sino e aprendizagem, raciocínio, comunicação e
etivas
oS princípios do processo de avaliação psicoló-
fim, gica e do trabalho em psicologia do esporte, é
liderança, entre outros.

tados necessário conhecimento sobre os diferentes pro Publicaçóes de cartilhas, cadernos de orien-
Ite &
cedimentos disponíveis para a coleta de informa- tação, resoluções, artigos, textos e capítulos de
çoes, unido ao conteúdo teórico e especializado livros frequentemente destacam a importância
sobre o contexto esportivo (Montiel, Bartolo de uma avaliação composta por etapas, desde
o estabelecimento e manutenção de vínculo até
meu, & Costa, 2016). O processo de avaliação
te de deverá levar em conside- a realização da devolutiva dos resultados. In-
nesta área atuaço
ragão as características do contexto no qual o dicam, sempre, a obrigatoriedade de aplicagão
2018 individuo ou o grupo avaliado estiver inserido, de um conjunto de procedimentos de coleta de
ce as dados, utilizados de forma integrada e contex-
seja ele atleta, treinador, integrante de comissão
pro- tualizada. Neste sentido, apresentam-se os pro-
técnica, equipe esportiva, praticante de exercício,
onal
árbitro ou qualquer outro inserido neste âmbito. cedimentos mais frequentemente utilizados em
ação Assim como em qualquer especialidade de atua- psicologia do esporte, explorando não somente
re-
ção, o olhar especializado e contextualizado aos suas definições e objetivos, mas também indican-
oes objetivos da práica na área esportiva será funda- do suas possibilidades e particularidades de uso
o de
mental para o alcance dos objetivos, cumprindo nesta área de atuação especializada.
FR Os aspectos fundamentais do processo.
oma
1) Observação: fonte primária de coleta de
ndo
O planejamento e a execução do processo de informações, pela qual o psicólogo verifica di-
avaliação levarão em conta, também, as habilida- retamente diferentes situações vivenciadas
psi pelo
des psicológicas e seus aspectos específicos, ne- atleta e registra no momento ou
LS e posteriormente
cessários ao desempenho na modalidade espor- dados pertinentes aos objetivos da avaliação. A
in
nas
tiva com a qual o avaliado está envolvido, assim observação de comportamentos, seja no traba-
como os objetivos particulares do indivíduo em Iho individual como atleta ou voltado
para uma
Sua pråtica,
Cu
as
representações
que possui sobre equipe, pode oferecer informaçôes valiosas que
0
di-
esporte vida,
em suaassociadas à história es- confirmarão ou ampliarão as hipóteses de avalia-
portiva e às suas motivações particulares. Além ção e de trabalho que serão realizadas. Por meio
na
disso, recomenda-se que sejam considerados desta técnica é
do possível unir informações que se
para objetivo avaliação, aspectos psicoló-
o da
complementam e, também, demonstram possí-
gicos fundamentais, em geral desejáveis para a veis variações comportamentais nas diferentes
manutenção da prática e otimização do trabalho situaçóes vivenciadas pelo atleta.
214 Andréa Duarte Pesca, Gabriela Frischknecht e Evandro Morais Peixoto

O psicólogo do esporte trabalha em um situações formais (treinos e situações competiti-


VinC
contexto muito particular, relativamente dife- vas) e não formais. Em situações especiticamen-
Sod
rente, em comparação às outras especialidades. te competitivas, é relevante considerar aspectos suje
Este fará presente na quadra, na arquibanca-
se comportamentais antes, durante e após. Nestas
obse
da, na beira da piscina, no ônibus a caminho do situações sugere-se observar comportamentos em podi
jogo, no departamento médico ou onde houver práticas preparatórias e rotinas pré-competitivas amb
possibilidade de coleta de dadose de interven- reações comportamentais com árbitros e ligadas
ante
são. Observar os atletas, treinadores e demais às regras da modalidade; manutenção e mudan, (Wei
profissionais nos diversos ambientes possibili- ças de conduta em situações de elevado nível de
ta verificar as características comportamentais, estresse e pressão, além dos aspectos esportivos 2
individuaise relacionais que podem favorecer, mencionados anteriormente (Fleury, 2002). entre
ou prejudicar, o desempenho e a satisfação no Para além dos atletas, é válido observar tam morc

esporte (Andersen, 2011). A observação é umn bém a equipe, os treinadores e, conforme ade? teríst

procedimento fundamental não somente no es quado ao objetivo da avaliação, demais pessoas psi
porte competitivo, mas também em programas envolvidas na prática, como outros profissionais tado)
de lazer e de atividade física, para promoção de e até familiares. Sabe-se que as relações esta objet
saúde, no âmbito da prática de exercícios para belecidas pelos atletas e as condutas daqueles nha
tratamentos de saúdee melhora da qualidade de com quem se relacionam podem interferir em doat
seus comportamentos, nas reações emocionais sobre
vida, por exemplo. Por meio dela acumulam-se
sua:
informações comportamentais que indicam, por e percepções sobre a situação, gerando efeitos
em seus desempenhos esportivos. Mais especifi- rona,
exemplo, manifestações de características da
camente sobre o treinador que, de modo geral, entrei
personalidade dos envolvidos em diferentes si-
estará sempre presente, recomenda-se observar mas
tuações (Rubio, 2011).
aspectos comportamentais e psicopedagógicos uma
Entre os aspectos observados, que se-
a serem
obter:
rão previamente definidos com base no objetivo
que afetarão a qualidade das orientações téc
nicas, táticas e as instruções gerais, suas mani* com a
consi-
da avaliação, podem ser elencados alguns testações verbais de encorajamento aos atletas, tos de
derados de grande importância: habilidades de
recompensas e punições verbais e não verbais, Er
comunicação (expressão, captação compreen-
e
emissão e aspectos dos feedbacks (positivos e de realiz
são na expressão e recebimento de informações);
correção), além de variações de humor em trei xilia n
associadas
relaçóes interpessoais, principalmente nos e competiçóes (Serpa, 2005). sicas e
às divergências e conflitos; reações emocionais,
E importante ressaltar que pessoas que sa- portar
gerenciamento e estabilidade das emoções, es-
and
bem que estão sendo observadas podem apresen-
pecialmente em situações de adversidades,
erros
di- indiví
e recebimentos de críticas; ativação psicológica, tar, ainda que inicialmente, comportamentos
quente
ferentes dos que apresentaria espontaneamente,
pelo nível de energiae comportamentos ligados observador ou na presença
durant
ao preparo psicofisiológico em treinos e compe seja na presença do Com
de persistên- de câmera de gravação (que pode incluí-
ser
tições; capacidade de resolução e uma
infor mento
cia frente aos problemas; atitudes positivas para da para facilitar a captação e registro das
dor, er
estabelecimento e a manutenção do
com os colegas e sujeitos com quem interage em maçóes). O
18 Avaliação psicológica no contexto do esporte Sepao 3215
npetiti vínculo, fundamentais desdeo início do proces-
camen- estabelecimento e a
manutenção do vínculo são
so de avaliação, contribui com a habituação dos muito importantes para
pectos que o avaliado sinta-se
sujeitos à presença do avaliador. Além disso, os à vontade para
expressar verdadeiramente as
Nestas observadores (assim como a câmera, se utilizada) in
tos em formações solicitadas
relatadas pelo entrevis-
e
podem deixar de ser um estimulo estranho no tado, independente da forma de registro. Man-
itivas; ambiente se estiverem presentes por vários dias ter-se neutro diante das respostas e esclarecer
igadas antes de iniciar o registro de comportamentos sobre sigilo são comportamentos do avaliador
udan (Weinberg, 2013). que tendem a contribuir com a espontaneidade e
vel de
honestidade do entrevistado (Weinberg, 2013).
rtivos 2) Entrevista: assim como a observação, a Pela entrevista serão investigadas particu-
entrevista também é considerada uma fonte pri- laridades psicológicas do sujeito com relação à
tam- mordial de informações. Esta tem como carac sua atividade esportiva, aspectos de seu funcio-
ade- terística básica e fundamental a interaç o entre namento psicológico que ficam mais evidentes
sSoas o psicólogo (entrevistador) e o atleta (entrevis- durante o processo e que interferem nos com-
onais tado). Trata-se de uma conversação dirigida ao portamentos do praticante, além de descrições
esta objetivo da avaliação, para que o avaliador obte- sobre o seu ambiente, as relações interpessoais
eles nha subsídios técnicos sobre os comportamentos que estabelecem e como estes interferem em suas
em do atleta, as percepPgões sobre as outras pessoas, condutas e desempenho (Rubio, 2011). Fleury
nais sobre as situações que vivencia, sobre si mesmo (2002) sugere que a entrevista seja realizada no
itos e suas perspectivas de futuro (Machado & Mo início do processo de aplicação dos procedimen-
rona, 2007). Existem diferentes modalidades de tos, considerando tempo suficiente obter e
cifi
analisar dados essenciais sobre a história pessoal,
para
entrevista, que variam em estrutura e objetivo,
ral,
var mas o aspecto em c o m u m entre elas
é que, de incluindo situação familiar, história e atividades
uma forma dinâmica e interativa, o avaliador acadêmicas/profissionais, histórico de lesões,
COS

éc obterá as informações que serão relacionadas organização de rotina, hábitos diários, inclusive
com aquelas coletadas pelos demais procedimen- de sono, e história de aspectos esportivos, como
n1
tos de avaliação (Mäder, 2016). representações e significados atribuídos ao es-
as,
recomenda-se a porte, trajetória, aspirações e objetivos na car-
us, Em psicologia do esporte reira, sensações e situações associadas aos bons
au-
de realização da entrevista semiestruturada, que e maus desempenhos em treinos e competiçóes,
temáticas bá-
ei- xilia na investigação das questQes e motor, fi-
relações interpessoais, desempenho
oferece abertura para outros pontos im-
sicas e
siológicoe cognitivo antes, durante e depois de
a portantes a identificados, de acordo com
serem
competições.
o andamento e as respostas apresentadas
pelo
é fre- Cabe considerar que, dependendo dos obje-
indivíduo durante o processo. Além disso,
- tivos da avaliação, as possibilidades aspectos e
tome nota das respostas
quente que o psicólogo
dos vínculos de trabalho, entrevistas poderão
ser

realização, podendo, ainda,


contar
durante a sua treinador e
realizadas, também, com a equipe,
a o
for de consenti-
com o apoio de um gravador se
comissão técnica (McCann,
treina- demais integrantes da
mento do indivíduo entrevistado (atleta, Estas podero ser se-

observação, o Jowdy, & Raalte, 2011).


dor, entre outros). Assim c o m o na
216 Andréa Duarte Pesca, Gabriela Frischknecht e Evandro Morais Peixoto

miestruturadas ou de livre-estruturação, confor- Ressalta-se, portanto, que a entrevista possi-


me objetivo da
avaliação e perfil do entrevistado. bilita a contextualização de todas as informações
As impressões da equipe contribuirão, por exem- obtidas pelos diferentes procedimentos utiliza-
plo, com informações sobre demandas coletivas, dos na avaliagão, de oferecer
enquanto as do treinador e de outros profissio-
além subsidios
permitem a articulação entre as informações,
que

nais poderão fornecer dados complementares Desta forma, é possível unir todas as informa
sobre as características individuais dos atletas e Qes e, quando necessário, confrontá-las, tendo
do grupo. Preparador físico, médico e fisiotera- a entrevista como uma técnica fundamental, jun-
peuta, preparador de posições específicas espor tamente com a observação e os instrumentos psi
tivas, entre outros, também poderão contribuir cológicos, apresentados a seguir (Mäder, 2016).
por meio deste procedimento, de acordo com
as características e foco do trabalho em
questão. 3) Instrumentos: uma das temáticas de maior
Evidentemente, considera-se que estas impressões
interesse nos últimos anos em Psicologia é a
estão baseadas nas percepções particulares dos
laboração de novos instrumentos de avaliação
entrevistados, as quais devem ser cuidadosamen-
psicológica. De acordo com Reppold, Gurgel
te analisadas pelo psicólogo avaliador até que
e Hutz(2014) os requisitos para instrumentos
chegue às conclusões obtidas no processo.
psicométricos compreendem: fundamentação
Além de ocorrer no início da avaliação, teórica coerente, estudos sobre características de
recomenda-se que, ao obter o conjunto de in- precisão e validade, procedimentos de adminis-
formações que respondem ao objetivo de todo tração, correção e interpretação. Em psicologia
o processo de investigação, seja realizada uma do esporte o uso de instrumentos
psicológicos
entrevista devolutiva para a apresentação dos tem sido, de modo
geral, percebido como posi
resultados, explicando para o avaliado os prin- tivo por psicólogos, avaliados e
comissões técni-
cipais resultados obtidos, possibilitando que este cas, especialmente testes psicométricos. Aparen
identifique as próprias possibilidades de desen- emente, tal percepção se dá por diversas razões,
volvimento. Nesta, sugere-se que seja solicitado entre elas estão os aspectos práticos da aplicação
o consentimento do avaliado sobre informaçQes de alguns instrumentos, como aplicação coleti
va e tarefas padronizadas, além dos resultados
que possam ser repassadas ao treinador e/ou co
missão técnica, por poderem contribuir com o quantitativos que, quando adequadamente inter
trabalho esportivo como um todo. Ressalta-se pretados e contextualizados, possibilitam uma
compreensão clara sobre os aspectos psicológi- C
que, conforme os princípios da profissão, indica-
cos de interesse para o processo avaliativo, bem
dos na Resolução n. 07/2003 e o Código de Eti
como informações gerais sobre a equipe espor eS
ca do Psicólogo (2005), somente serão
repassa- tiva. Por outro lado, a utilização dos instrumen CI
das informaçóes sob uma
perspectiva geral, sem tos representa um desafio ético aos psicólogos
d
exposição de particularidades do avaliado, por inseridos no contexto esportivo, haja vista as
serem consideradas absolutamente necessárias grandes expectativas ao redor dos resultados
para a otimização do trabalho e dos resultados do instrumento criadas por atletas, participan za
que serão por ele obtido0s. tes da comissão técnica, entre outros
persona* Sa
18 Avaliação psicológica no contexto do esporte Seção3217

fantasia de (Satepsi), o qual avalia e certifica os testes psico-


sob a
possi gens envolvidos neste cenário, lógicos que atendem os critérios mínimos para
concretude" do fenômeno psicológico quando
1ações "números" oriundos dos uso profissional no Brasil, observa-se que não
dos
itiliza expressado através existem instrumentos aprovados para uso espe-
contí-
s que instrumentos. Nessa direção é necessário o

instrumento (fer- cífico em atletas ou outras pessoas envolvidas no


esclarecimento do lugar do
ações, nuo
dentro do processo avaliativo em acor- contexto esportivo. Construtos fundamentais
orma- ramenta) em Psicologia Esportiva,
como personalidade
procedimentos éticos regidos pelo CFP
tendo do aos
e atenção, por exemplo,
têm sido mensurados

jun Os instrumentos psicológicos podem ser


desenvolvidas para a população em
com escalas
s psi- compreendidos como procedimentos de avalia- Vale notar
internacionalmente há um
geral. que
016) objetivo identificar, desen-
gão psicológica que "têm por características amplo conjunto de pesquisas que visam o

esse
descrever, qualificar de instrumentos específicos para
e mensurar
volvimento
siste- pela
psicológicas, por meio de procedimentos
es-
justifica não apenas
contexto, o que se
naior máticos de observação e descrição do comporta- das pessoas avaliadas,
é a pecificidade do contexto e

mento humano, nas suas diversas formas de ex-


vantagens no
estudo detalha-
mas também pelas
1ação comunidade científica" teóricos
pressão, acordados pela do de partir de modelos
construtos a
urgel observação por exemplo,
(CFR 2018, p. 4). Juntamente
com a

ntos próprios. Há modelos específicos,


entrevista, os testes psicológicos, cujo
uso com um
e a de autoconfiança no contexto esportivo
ação Conselho Federal (Vealey & Cha-
s de
profissional é regulado pelo fundamen-
volume acentuado de pesquisas
de Psicologia, estão entre as fontes
se, 2008).
inis avaliação psicológica
tais de coleta de dados em

ogia nas mais diversas áreas da Psicologia. Estes abar- dinâmicas de grupo: entre as
4) Técnicas e
icos e méto-
cam escalas, inventários, questionários fontes fundamentais de coleta
de dados indica-
osi- necessariamente são de uso
dos projetivos. Náo de abril de 2018
cni mas são das pela Resolução n. 9 de 25
avaliação psicológica, de com-
estão ainda os registros de observação
em
obrigatório evidências
ren-
ferramentas que, quando
apresentam e técnicas
portamentos obtidos pelos
processos
oes, utili-
corretamente
e são
adequadas de qualidade de grupo. Conforme exposto,
em psicologia do
com
ção contribuir significativamente comportamental durante
zadas, podem esporte a observaço
leti-
o processo (Mäder, 2016). as diferentes situações grupais,
dos as interaçóes e
relacionadas à utiliza- contribuir de modo significativo com
No Brasil as questões tendem a
ter ainda mais si-
mesmo ocorre em
psicolóógicos se tornam
processo de avaliação. O
lma ção dos testes
de instrumentos
o
meio de
psicólogo por
complexas, haja vista tuações planejadas pelo
a escassez

sgi- adaptados
transculturalmente
dinâmicas de grupo (Mäder, 2016).
desenvolvidos ou
em
mais espe-
esse contexto, referem à vivência
especificamente para As dinâmicas de grupo
se
or
cificamente aqueles que tenham passado pelas situação planejada pelo
en
de suas evidências
controlada (i. é, a uma

diferentes etapas de avaliação situação real na qual será pos-


gos psicométricas avaliador) de uma
de cada indiví-
as de validade e de suas propriedades sível observar o comportamento
utili-
à própria situação.
a
que garantam requisitos mínimos para
os
duo relação ao grupo e
los em
área (CFR 2018). Ao aces utilizadas em processos
an- zação profissional na Estas são frequentemente
sar o Sistema de Avaliação
de Testes Psicológicos
1a
218 Andréa Duarte Pesca, Gabriela Frischknecht e Evandro Morais Peixoto

seletivos para observação de habilidades de rela- de


em cursos
pós-graduação stricto sensu. Mui-
cionamento interpessoal e de resolu_ão de pro- tos apresentam fundamentação teórica adequa-
blemas, por exemplo. Em psicologia do esporte o da, evidências de validade e confiabilidade que
objetivo no será de selecionar pessoas (no caso, dão suporte à realização de estudos na área;
atletas), mas sim de propor situações nas quais entretanto, ainda não atendem todas as exigên-
será possível observar características comporta- cias solicitadas para submissão e aprovação pelo
mentais dos avaliados que estejam relacionadas Conselho Federal de Psicologia para que sejam
aos objetivos da avaliaçáão, a fim de corroborar as empregados pelos profissionais práticos da área.
informações obtidas pelos demais procedimentos Nesse sentido, pode-se afirmar que este é um
de coleta de dados (Mäder, 2016). dos principais desafios a serem enfrentados pela
psicologia do esporte no contexto brasileiro. De
acordo com Peixoto e Nakano (2014) esse desa-
Desafiose avanços internacionais
e no Brasil fio se caracteriza à medida que os pesquisadores
da área despendem esforços para apenas uma
Conforme observado na literatura inter parte do processo de construção/adaptaço dos
nacional, pode-se inferir que grande parte dos instrumentos para uso no Brasil.

avanços da do esporte internacional


psicologia O que se pôde observar é que estes esforços
estão associados ao desenvolvimento de instru de construção e adaptação de instrumentos, nor-
mentos de medidas específicos à população de malmente, são realizados por profissionais cujos
atletas. Dentre os principais motivos destacam-se interesses de pesquisa estão relacionados a testes
a possibilidade de operacionalização
dos cons- de hipóteses teóricas no campo da psicologia do
trutos de interesse aos pesquisadores da área e,
esporte. Desta forma, os estudos se caracterizam
portanto, a possibilidade do teste de hipóteses como uma tentativa de superar limitações da
científicas partir desses instrumentos e alimen-
a área, como a falta de instrumentos para avalia-
de evidên-
tação da atuação profissional através ção dos construtos de interesse, restringindo a
cias científicas (Anshel, 1987; Fernándes, 2010). adaptação transcultural, avaliação de evidências
Esse movimento se torna mais evidente em paí- de estrutura interna e preciso. Nesta direção,
ses como Estados Unidos países da Europa em
e faz-se necessário o estabelecimento de laborató-

objetivo de dar conti-


que a psicologia do esporte já conta com grande rios de pesquisas com o

observado estudos para que instrumentos


tradição. Um exemplo disso pode ser nuidade aos estes

no estudo de Ostrow que, já na década de 1990 possam ser submetidos à avaliação do Satepsi, e

pro-
(1996), compilou 314 instrumentos de avaliação posteriormente sejam disponibilizados
aos

utilizados em psicologia do esporte, produzidos fissionais da área através de sua comercialização.


investimentos
em língua inglesa, os quais apresentavam
evidên- Mais especificamente, é urgente
os esco-
em revis- estudos de normatizaç o, para que
cias de validade e precisão publicadas em
tomar
entre 1965 e 1995. oriundo desses instrumentos possam
tas internacionais no período res
2014),
instrumentos psi- sentido psicológico (Peixoto & Nakano,
No contexto brasileiro, técnicos que
área esportiva vêm bem como a construção de manuais
cológicos relevantes para a apresentem o arcabouço teórico que fundamen-
sendo propostos em pesquisas, especialmente
18 Avaliação psicológica no contexto do esporte
Segão3219

ciais tem seu acesso garantido a um número


reúna os estudos de evi- e
Mui- ta esses instrumentos, maior de pessoas, os profissionais da psicologia
e precisão e apresente ins-
equa- dências de val1dade do esporte passam a ter novos campos de atua-
de aplicação, correção interpretação
e
que truçoes ção e a serem exigidos em relação formações
a
Dessa maneira,
área dos escores do teste (CF, 2018). profissionais mais amplas. Nesse sentido,
tem-se
dará importante passo
igên- psicologia do esporte altos ní-
das barreiras entre os esfor- exigido, dos profissionais de psicologia,
pelo para a transposição ainda veis de especialização e conhecimentos
de áreas
ejam cos acadêmicos e a atuação prática, que específicas, bem como uma postura
interdisci-
se mostram como um importante preocupante
e
irea. de
área. plinar de atuação conjunta com profissionais
um desafio a ser enfrentado pela diferentes áreas e formações, além de capacidade
pela A título de considerações finais, destaca-se de utilização dos conhecimentos psicológicos
De o presente capítulo se limitou à avaliação diferentes contextos esportivos
que aplicados aos

esa do esporte competiti-


no contexto acessíveis a
psicológica a fim de torná-los compreensíveis e
res vo. Contudo vale ressaltar outros avanços que todos que fazem parte dessa ampla rede profis-
têm sido observados na área como a expansão transfor-
ma sional. Essas novas demandas sociais se
dos da psicologia do esporte a outras manifestações mam em desafios profissionais
à medida que se
Esse desenvolvimento da psicologia
esportivas. faz necessária a adaptação de procedimentos e

do esporte no contexto brasileiro acompanha instrumentos de avaliação psicológica em psico-


OS
desenvolvimento do próprio esporte logia do esporte a essas novas áreas de atuação
com a
or o

Os compreensão de democratizaço dessa prática, profissional. Desta forma, retoma-se a ideia de


es movimento internacionalmente conhecido como esforços contínuos para a avaliação das poten-
do todos" (Tubino, 2010). No Brasil,
"Esporte para cialidades desses procedimentos e instrumentos,
movimento é expressa di-
o que em última instância contribuirá para a
na
m a consolidação deste
Lei n. 9.615 (Brasil, 1998), que define quatro da lacuna entre as práticas acadêmicas
a minuição
possíveis manifestações esportivas: Esporte-edu- e atuações profissionais (para além dos muros da
mais
cação, Esporte-participação, Esporte-rendimenuniversidade), ou seja, para que cada vez a
a

LS to e Esporte-formação. psicologia do esporte brasileira tenha sua práti-


ca, em especial a prática de avaliação psicológi-
A medida que o esporte passa a ser com-
ca, baseada em evidências científicas.
preendido através de diferentes expressões so-

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