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Universidade Federal de São João del-Rei

Departamento de Engenharia Mecânica

2. Vetores Força

2 semestre 2021 1
2. Vetores Força
Objetivos do capítulo

Mostrar como somar forças e decompô-las


em componentes.

 Expressar a força e sua localização na forma


vetorial cartesiana e explicar como determinar
a intensidade e a direção dos vetores.

 Introduzir o conceito de produto escalar para


determinar o ângulo entre dois vetores ou a
projeção de um vetor sobre o outro.

A torre de comunicação é
estabilizada pelos cabos que
exercem força nos pontos de
acoplamento.
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2. Vetores Força
2.1 Escalares e vetores

Grandeza escalar: quantidade física caracterizada por um número positivo ou negativo.


Exemplos: massa, comprimento e volume.

 Grandeza vetorial: qualquer quantidade física que requer uma intensidade, direção e sentido
para sua descrição completa. Exemplos: força, posição e momento.

 Intensidade: comprimento da seta.

 Direção: definida pelo ângulo entre o eixo de referencia e a reta (linha) de ação do vetor.

 Sentido: indicado pela ponta da seta.

 Exemplo:
- O vetor A tem intensidade de 4 unidades, direção de
20º medidos no sentido anti-horário a partir do eixo de
referência horizontal.

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2. Vetores Força
2.2 Operações vetoriais
 Multiplicação e divisão de um vetor por um escalar
- O produto do vetor A pelo escalar a definido como o vetor de intensidade aA.
- O sentido de aA é o mesmo de A.
- A divisão do vetor A pelo escalar a é definido como A/a, sendo a ≠ 0.

 Adição Vetorial
- Dois vetores A e B podem ser somadas formando um vetor resultante R = A + B (lei do
paralelogramo)

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2. Vetores Força
2.2 Operações vetoriais
 Adição Vetorial
- Soma de vetores colineares

 Subtração Vetorial
- A resultante da subtração vetorial pode ser expressa R’ = A – B = A + (-B)

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2. Vetores Força
2.4 Adição de um sistema de forças coplanares
 Método das componentes retangulares: consiste em trabalhar apenas com as componentes
dos vetores, formando desse modo um sistema de forças colineares projetados nos eixos de
coordenadas do sistema de referência.

 Notação Escalar:
(a) F = Fx + Fy

Fx = F cosϴ

Fy = F senϴ

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2. Vetores Força
2.4 Adição de um sistema de forças coplanares

 Notação de Vetor Cartesiano:

Também é possível representar as componentes x e y de uma força em termos de


vetores cartesianos unitários i e j. Cada um desses vetores unitários possui
intensidade adimensional igual a um e, portanto, são utilizados para designar as
direções dos eixos x e y, respectivamente.

- (a) F = Fxi + Fyj

- (b) F’ = F’xi – F’yj

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2. Vetores Força
2.4 Adição de um sistema de forças coplanares
 Resultantes de forças coplanares – exemplo

- Qualquer um dos dois métodos descritos pode ser usado para determinar a
resultante de várias forças coplanares.

FRx = ∑Fx
Vetorial cartesiana
O vetor resultante é portanto: FRy = ∑Fy
F1 = F1x i +F1y j FR = F1 +F2 + F3
Escalar
F2 = -F2x i +F2y j = F1x i +F1y j -F2x i +F2y j + F3x i - F3y j + FRx = F1x - F2x + F3x
= (F1x -F2x + F3x ) i + (F1y +F2y - F3y ) j
F3 = F3x i - F3y j = (FRX)i + (FRy)j
+ FRy = F1y + F2y - F3y
2. Vetores Força
2.4 Adição de um sistema de forças coplanares
 Resultantes de forças coplanares – exemplo

- Qualquer um dos dois métodos descritos pode ser usado para determinar a
resultante de várias forças coplanares.

FR y
FR 2= (FRX)2 + (FRy)2   tg 1

FR x
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2. Vetores Força

Pontos Importantes
 A resultante de várias forças coplanares é determinada facilmente se for
estabelecido um sistema de coordenadas x e y e as forças forem decompostas ao
longo dos eixos.

 A direção de cada força é especificada pelo ângulo que sua reta de ação forma com
um dos eixos (normalmente utiliza-se o eixo x).

 A orientação dos eixos x e y é arbitrária e suas direções positivas são especificadas


pelos vetores cartesianos unitários i e j.

 Os componentes x e y da força resultante são simplesmente a soma algébrica dos


componentes de todas as forças coplanares.

 A intensidade da força resultante é determinada pelo teorema de Pitágoras e,


quando, os componentes são traçados em um desenho esquemático de eixos x e y,
a direção é determinada trigonometricamente.
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2.4 Adição de um sistema de forças coplanares - exemplo
Determine os componentes x e y de F1 e F2 que atuam sobre a lança mostrada na Figura
abaixo. Expresse cada força como vetor cartesiano.

F1x = -200 sen 30º N = -100N

F1y = 200 cos 30º N = 173N

Usando partes proporcionais de


triângulos semelhantes, temos:

F2 x 12 F2 y 5
  
Notação escalar: 260 N 13 260 N 13

-Pela lei do paralelogramo F1 é


F2x = 260 (12/13) N = 240N
decomposta em x e y.
F2y = - 260 (5/13) N = -100N
-Intensidade de cada força é
determinada por trigonometria.
Notação vetorial cartesiana:
F1 = {-100i + 173j} N
F2 = {240i – 100j} N 11
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2.4 Adição de um sistema de forças coplanares - exemplo
O elo da Figura está submetido a duas forças F1 e F2.
Determine a intensidade e a orientação da força resultante.

Força Resultante:
FR  (236,8) 2  (582,8) 2  629 N
Angulo:
 582,8 
  tg 1    67,9o
 236,8 
Solução escalar:
 FRx  Fx Solução vetorial cartesiana:

FRx  600 cos 30  400 sen45  236,8 N F1  {600 cos 30i  600 sen30 j}N
 FRy  Fy F2  {400 sen45i  400 cos 45 j}N
FRy  600 sen30  400 cos 45  582,8 N
Força Resultante:

FR  F1  F2
 (600 cos 30  400 sen45)i  (600 sen30  400 cos 45) j
 {236,8i  582,8 j}N 12
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2.4 Adição de um sistema de forças coplanares – exercício:
Determine a intensidade e a direção da força resultante,
medida no sentido anti-horário a partir do eixo x positivo.

 FRx  Fx
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FRx  (850)  625sen30  750 sen45  162,8 N
5
 FRy  Fy
3
FRy   (850)  625 cos 30  750 cos 45  520,9 N
5

Força Resultante: FR  (162,89) 2  (520,9) 2  546 N 162,8N

Ф
  520,9 
Angulo:   tg 1    72,64o
  162,8 
520,9N

  180  72,64  253o 546N

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2. Vetores Força
2.4 Adição de um sistema de forças coplanares – exercício:
Três forças atuam sobre o suporte da figura. Determine a
intensidade e a direção de F1, de modo que a força
resultante seja orientada ao longo do eixo x’ positivo e
tenha intensidade 1kN.
 FRx  Fx
1000 cos 30  200  450 cos 45  F1 cos(  30)

 FRy  Fy
 1000 sen30  450 sen45  F1sen(  30)

F1sen(  30)  818,19


tan(  30)  2.35
F1 cos(  30)  347,82

  30  66,97
  37 o

F1  889 N
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2.5 Vetores Cartesianos
As operações da álgebra vetorial, quando aplicadas na solução de problemas
tridimensionais, são simplificadas se os vetores são representados primeiro na forma
vetorial cartesiana.

 Sistemas de coordenadas utilizando a regra da mão direita

 Componentes retangulares de um vetor A

A = A’ + Az
A’ = Ax + Ay

Combinando estas equações A é


representado pela soma vetorial de
seus 3 componentes retangulares:

A = Ax + Ay + Az

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2. Vetores Força
2.5 Vetores Cartesianos

Vetores cartesianos unitários: i, j, k


Usado para designar as direções x, y, z

 Representação de um vetor cartesiano:

A = Ax i + Ay j + Az k

Note que a intensidade e direção de cada componente


do vetor estão separadas o que simplifica as operações
de álgebra vetorial, principalmente em 3 dimensões.

 Intensidade de um vetor cartesiano:

A  A'2  Az2
A'  Ax2  A 2y

A  Ax2  A 2y  Az2

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2. Vetores Força
2.5 Vetores Cartesianos

 Direção de um vetor cartesiano

Ax Ay A
cos    cos    cos   z
A A A

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2. Vetores Força
2.6 Adição e subtração de vetores cartesianos

Se o conceito de adição for generalizado e aplicado em um sistema de várias


forças concorrentes, então a força resultante será o vetor soma de todas as forças
do sistema e poderá ser escrita como:

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2. Vetores Força

Pontos Importantes
 A análise vetorial cartesiana é usada frequentemente para resolver problemas em
três dimensões.

 A direção positiva dos eixos x, y e z é definida pelos vetores cartesianos unitários


i, j e k, respectivamente.

 A direção de um vetor cartesiano é definida pelos ângulos que a origem do vetor


forma com os eixos positivos x, y e z, respectivamente.

 Para determinar a resultante de um sistema de forças concorrentes, expresse


cada força como um vetor cartesiano e adicione os componentes i, j e k de todas
as forças do sistema.

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2. Vetores Força
2.6 Adição e subtração de vetores cartesianos - exemplo

Determine a intensidade e os ângulos diretores


coordenados da força resultante que atua sobre o anel.

FR  F  F1  F2  {60 j  80k}lb  {50i  100 j  100k}lb


 {50i  40 j  180k}lb

FR  (50) 2  (40) 2  (180) 2  191lb

Direção: componentes do vetor unitário

FR 50 40 180
u FR   i j k
FR 191 191 191
 0,261i  0,209 j  0,942k

Assim temos:
cos   0,261  74,8o
cos   0,209    102 o
cos   0,942    19,6o 20
2. Vetores Força
2.7 Vetores posição
- Conceito de vetor posição  mostrar sua importância na formulação do vetor força
cartesiano orientado entre dois pontos quaisquer do espaço.
- O sistema de coordenadas será sempre o da mão direita, considerando o sentido
positivo do eixo z para cima.
- As coordenadas do ponto A na Figura abaixo são obtidas a partir de um ponto de
referencia O, medindo: x = +4m, y = +2m e z = -6m, então A (4,2,-6).
- Da mesma forma para o ponto B: B(0,2,0) e C(6,-1,4).

Vetor posição: o vetor posição r é definido como um vetor fixo


que localiza um ponto do espaço em relação a outro. Considere
o vetor posição de um ponto P(x,y,z).

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2. Vetores Força
2.7 Vetores posição
- Pela adição de vetores temos que:

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2. Vetores Força
2.8 Vetor força orientado ao longo de uma reta

- Nos problemas de estática tridimensional, a direção de


uma força pode ser definida por dois pontos pelos quais
passa sua linha de ação.

- Pode-se definir F como um vetor cartesiano


pressupondo que ele tenha mesma direção e
sentido que o vetor posição r orientado do
ponto A para o ponto B da corda.

- Essa direção comum é especificada pelo vetor


unitário u = r/r

r  ( xi  yj  zk ) 
F  Fu  F    F  
r  ( ( x) 2  ( y ) 2  ( z ) 2 
  23
2. Vetores Força
2.8 Vetor força orientado ao longo de uma reta - exemplo

O homem puxa a corda com uma força de 70lb. Represente essa força,
que atua sobre o suporte A, como vetor cartesiano e determine sua
direção.

- As coordenadas dos pontos: A(0,0,30) e B(12,-8,6)


- Determinar o vetor r:
r  (12  0)i  (8  0) j  (6  30)k
r  {12i  8 j  24k} pés

r  (12) 2  (8) 2  (24) 2  28 pés

 12 
r 12 8 24   cos 1    64,6
o

u  i j k  28 
r 28 28 28  8
 12 8 24    cos 1    107 o
F  Fu  70lb i  j k  28 
 28 28 28    24 
  cos 1    149
o
 {30i  20 j  60k}lb  28 
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2. Vetores Força
2.8 Vetor força orientado ao longo de uma reta - exemplo

A cobertura é suportada por cabos, como mostrado na figura abaixo. Se os cabos exercem as
forças FAB = 100 N e FAC = 120 N no gancho em A, como mostrado, determine a intensidade
da força resultante que atua em A.

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2.8 Vetor força orientado ao longo de uma reta - exemplo

A cobertura é suportada por cabos, como mostrado na figura abaixo. Se os cabos exercem as
forças FAB = 100 N e FAC = 120 N no gancho em A, como mostrado, determine a intensidade
da força resultante que atua em A.

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2.8 Vetor força orientado ao longo de uma reta - exemplo

A cobertura é suportada por cabos, como mostrado na figura abaixo. Se os cabos exercem as
forças FAB = 100 N e FAC = 120 N no gancho em A, como mostrado, determine a intensidade
da força resultante que atua em A.

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