Mecânica Geral I

2021/2022

Capitulo II-Estática da Partícula

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2.1. Introdução;
2.2.Resultante entre duas forças;
2.3.Vectores
2.4.Resultante de varias forças concorrentes;
2.5.Componentes retangulares de uma força: vetores unitários;
2.6. Adição de forças pela soma das componentes;
2.7.Equilibrio de uma partícula;
2.8.Diagrama de corpo livre;
2.9.Componente retangular no espaço.
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Objetivos:
Substituir múltiplas forças atuando em uma partícula por uma
única força equivalente ou resultante;
Analisar as relações entre forças que atuam em uma partícula
que está em estado de equilíbrio.
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2.1. Introdução;
O foco em partículas não implica uma restrição a pequenos
corpos. Significa que o estudo é restrito a análise nas quais o
tamanho e o formato dos corpos não afetam significativamente
a resolução dos problemas. Nesses casos, todas as forças que
atuam sobre um dado corpo podem ser consideradas como tendo
um mesmo ponto de aplicação.
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2.2. Resultante entre duas forças

Força é uma grandeza vetorial, e representa a ação de um corpo sobre outro;
caracterizada por seu ponto de aplicação, sua intensidade, sua direção, e seu
sentido.

A resultante entre duas forças é equivalente à diagonal de um paralelogramo que

contém as forças em lados adjacentes.
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2.4.Resultante de varias forças concorrentes;

Forças concorrentes: conjunto de forças que passam por
um mesmo ponto.
Um conjunto de forças concorrentes aplicadas em uma
partícula pode ser substituído por uma única força resultante, que é
o vetor equivalente à soma das forças aplicadas.
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Exemplo:

1. Uma barcaça é puxada por dois

rebocadores. Se a resultante das forças
exercidas pelos rebocadores é 22.250 N
dirigida ao longo do eixo da barcaça,
determine:
a) A força de tração em cada um dos
cabos para a = 45o,
a)O valor de a para o qual a tração no
cabo 2 é mínima.
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1. Solução gráfica – Aplicamos a regra do paralelogramo conhecendo a direção

e a intensidade da resultante e as direções dos lados

T1  16.200 N T2  11 .500 N

2. Uma solução T1 T2 22.250 N

 
trigonométrica- regra sen45 sen30 sen105
do triangulo e lei dos
cossenos.
T1  16.288 N T2  11 .517 N
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O ângulo para tração mínima no cabo 2 é determinado aplicando a regra do

triângulo e observando o efeito de variações em a. A tração mínima no cabo 2
ocorre quando T1 e T2 forem perpendiculares.

T2  (22.250 N) sen 30 T2  11125 N

T1  22.250 N  cos 30 T1  19269 N

  90  30   60

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2.5.Componentes retangulares de uma força: vetores unitários;

Pode-se decompor uma força em dois componentes

perpendiculares de forma que o paralelogramo resultante
 é
um retângulo. são chamados de componentes Fx e Fy
retangulares
  
F  Fx  Fy

Os componentes de um vetor podem ser expressos como

produtos dos vetores unitários pelas intensidades dos
componentes do vetor.
  
F  Fx i  Fy j
Fx e Fy são chamados
 de componentes escalares de .
F
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2.6. Adição de forças pela soma das componentes;

Deseja-se obter a resultante de 3 ou

mais forças concorrentes,
   
R  PQS
Para isso, decompomos cada força em
componentes retangulares

       
R x i  R y j  Px i  Py j  Q x i  Q y j  S x i  S y j
 
 Px  Q x  S x i  Py  Q y  S y  j
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Os componentes escalares da resultante

serão iguais à soma dos componentes
escalares de cada força dada.

R x  Px  Q x  S x R y  Py  Q y  S y
  Fx   Fy
Para encontrar a intensidade e a direção
da resultante, basta aplicar as formulas
abaixo:
Ry
R R R 2
x
2
y   arctg
Rx
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Exemplo:
2. Quatro forças atuam no parafuso A, como mostrado na figura. Determine a
resultante das quatro forças no parafuso.
SOLUÇÃO:
• Decompomos cada força em
componentes retangulares.
• Determinamos os componentes da
resultante somando os componentes
correspondentes de cada uma das
forças.
• Calculamos a intensidade e a direção
da resultante.
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Decompomos cada força em componentes

retangulares e determinamos as componentes da
resultante.

Força Intens. (N) Comp. x (N) Comp. y, (N)


F1 150  129.9  75.0

F2 80  27.4  75.2

F3 110 0  110.0

F4 100  96.6  25.9
R x  199.1 R y  14.3
Calculamos a intensidade e a direção da
resultante.

R  199,12  14,32 R  199,6 N

14,3 N
tg     4,1
199,1 N
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2.7.Equilibrio de uma partícula;

Quando a resultante de todas as

forças que atuam sobre uma
partícula é zero, a partícula está
em equilíbrio.

Primeira Lei de Newton : Se a

força resultante em uma
Para uma partícula sob a ação de três ou mais
partícula é nula, a partícula
forças:
permanecerá em repouso ou se
moverá em velocidade constante A solução gráfica gera um polígono fechado;
em linha reta. solução algébrica:  
R  F  0
 Fx  0  Fy  0
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2.8.Diagrama de corpo livre;

Diagrama espacial : Um esboço Diagrama de Corpo Livre: Um esboço

mostrando as condições físicas mostrando apenas as forças que atuam
do problema. sobre a partícula escolhida para análise.
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Exemplo:
SOLUÇÃO:
• Construímos um diagrama de corpo livre
para a partícula na junção da corda e do
cabo.
• Aplicamos as condições de equilíbrio
criando um polígono fechado a partir
das forças aplicadas na partícula.
Numa operação de descarregamento de um
navio, um automóvel de 15.750 N é
• Aplicamos relações trigonométricas
sustentado por um cabo. Uma corda é
amarrada ao cabo em A e puxada para para determinar a intensidade das forças
centrar o automóvel para a posição desconhecidas.
desejada. Qual é a tração na corda?
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SOLUÇÃO:
• Construímos um diagrama de corpo livre
para a partícula A.

• Aplicamos as condições de equilíbrio.

• Calculamos as intensidades das forças

desconhecidas.
TAB T 15.750 N
 AC 
sen 120 sen 2 sen 58
TAB  16.084 N

TAC  648 N
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Exemplo:

Deseja-se determinar a força de arrasto

no casco de um novo barco a vela a
uma dada velocidade. Um modelo é
colocado em um canal de teste e são
usados três cabos para alinhar sua proa
com a linha de centro do canal. A uma
dada velocidade, a tração é de 180 N no
cabo AB e de 270 N no cabo AE.
Determine a força de arrasto exercida
no casco e a tração no cabo AC.
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SOLUÇÃO:
Escolhendo o casco como um corpo livre,
desenhamos o diagrama de corpo livre.

2,1 m 0,45 m
tg    1,75 tg    0,375
1,2 m 1,2 m
  60,26   20,56

Expressamos as condições de equilíbrio

para o casco escrevendo que a resultante
de todas as forças é zero.

    
R  T AB  T AC  T AE  FD  0
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Decompomos a equação vetorial de equilíbrio

em duas equações para as componentes.
Resolvemos para as trações desconhecidas nos
dois cabos.
  
TAB  180 N  sen 60,26 i  180 N  cos 60,26 j
 
 156,29 N  i  89,29 N  j
  
TAC  TAC sen 20,56 i  TAC cos 20,56 j
 
 0,3512 TAC i  0,9363 TAC j
 
TAE  270 N  j
 
FD  FD i


R 0

  156,29 N  0,3512 TAC  FD  i

 89,29 N  0,9363 TAC  270 N  j
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
R 0

  156,29 N  0,3512 TAC  FD  i

 89,29 N  0,9363 TAC  270 N  j

Esta equação só é satisfeita se cada componente

da resultante é igual a zero.

 F x  0 :  156,29 N  0,3512 TAC  FD  0

 F y  0 : 89,29 N  0,9363 TAC  270  0

TAC  193 N
FD  88,5 N
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2.9.Componente retangular no espaço.


O vetor está contidoDecompomos Fem uma Decompomos Fh em
no plano OBAC.
F componente horizontal e
componentes retangulares
outra vertical
Fx  Fh cos 
 Fsen y cos 
Fy  F cos y
Fz  Fh sen 
Fh  Fsen  y  Fsen  y sen 
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
Com os ângulos entre eFos eixos x, y e z temos,

Fx  F cos  x F y  F cos  y Fz  F cos  z

   
F  Fx i  F y j  Fz k
  

 F cos  x i  cos  y j  cos  z k 

 F
   
  cos  x i  cos  y j  cos  z k
 
 é um vetor unitário ao longo da linha de ação de e são os cossenos
F 
quecos  x , cos aylinha
orientam  z ação de .
e cosde F
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A direção de uma força é definida

pelas coordenadas de dois pontos,

M x , y , z  e N x , y 2 , z 2 
em sua 1linha
1 de
1 ação. 2


d  vetor que liga M e N
  
 d xi  d y j  d z k
d x  x2  x1 d y  y2  y1 d z  z 2  z1
 
F  F
 1 
  
  d xi  d y j  d z k
d

Fd x Fd y Fd z
Fx  Fy  Fz 
d d d
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Exemplo:
SOLUÇÃO:
Considerando a posição relativa dos pontos
A e B, determinamos o vetor unitário
orientado de A para B.

Utilizamos o vetor unitário para determinar

os componentes da força atuando em A.

A tração no cabo de sustentação da torre

é 2500 N. Determine:
a) os componentes Fx, Fy e Fz da força
que atua no parafuso em A,
b) os ângulos qx, qy e qz que definem a
direção da força.
Observando que os componentes do vetor
unitário são os cossenos que orientam a
direção do vetor, calculamos os ângulos
correspondentes.
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SOLUÇÃO:
• Determinamos o vetor unitário orientado de A
para B.
  
AB   40 m i  80 m  j  30 m k
AB   40 m 2  80 m 2  30 m 2
 94,3 m
   40    80    30  
  i    j  k
 94,3   94,3   94,3 
  
 0,424 i  0,848 j  0,318 k
Determinamos os componentes da força.
 
F  F

  
 2500 N   0,424 i  0,848 j  0,318k


 
  1060 N i  2120 N  j  795 N k
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Observando que os componentes do vetor unitário

são os cossenos que orientam a direção da força,
calculamos os ângulos correspondentes.

   
  cos  x i  cos  y j  cos  z k
  
 0,424 i  0,848 j  0,318k

 x  115,1
 y  32,0
 z  71,5