Este documento resume os principais pontos do capítulo 3 do livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire. Freire discute a importância do compromisso do educador com os alunos, da educação ser libertadora e democrática, e da necessidade do educador se posicionar. Ele também destaca que a educação é um ato político e que os educadores devem querer bem aos alunos.
Este documento resume os principais pontos do capítulo 3 do livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire. Freire discute a importância do compromisso do educador com os alunos, da educação ser libertadora e democrática, e da necessidade do educador se posicionar. Ele também destaca que a educação é um ato político e que os educadores devem querer bem aos alunos.
Este documento resume os principais pontos do capítulo 3 do livro "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire. Freire discute a importância do compromisso do educador com os alunos, da educação ser libertadora e democrática, e da necessidade do educador se posicionar. Ele também destaca que a educação é um ato político e que os educadores devem querer bem aos alunos.
INSTITUTO DE FILOSOFIA, SOCIOLOGIA E POLÍTICA - IFISP
CIÊNCIAS SOCIAIS - BACHARELADO
TEORIA E PRÁTICA PEDAGÓGICA
PROFª HELENARA PLASZEWSKI LAURA SILVA COSTA
ATIVIDADE DE SÍNTESE
Paulo Freire retrata sua humanidade como verdadeira essência na obra
Pedagogia da Autonomia, indicando o que é educar e de que formas a educação pode ser libertadora. No capítulo 3, intitulado “Ensinar é uma especificidade humana”, ele aborda diversas temáticas relacionadas à Educação e ao ensino pedagógico. Freire relata a importância do comprometimento do educador para com os educandos, demonstrando a linha tênue entre autoridade e liberdade. A Educação deve ser libertadora, progressista e democrática. Mas, o educador não deve abdicar de sua autoridade. No momento em que a autoridade do professor passa a oprimir os ideais e as opiniões dos educandos em sala de aula, seu método pedagógico passa a ser autoritário, abstendo-se da Educação libertadora. O autor divide diversos tópicos importantes para abordar a Educação e suas formas e ramificações. Afirma que a Educação é “uma forma de intervenção no mundo”, logo após concluindo que a mesma também é ideológica. Com isso, procura entender que o educador deve estar aberto à escuta e ao diálogo entre os educandos em sala de aula, que deve ser generoso em sua prática pedagógica e querer bem a todos enquanto professor. A Educação também é um ato político e, diversas vezes, de resistência. Freire aborda a necessidade do educador de se posicionar e manter seus ideais para melhor compreender o funcionamento da prática pedagógica. No tópico “Ensinar exige tomada consciente de decisões”, explicita: É na diretividade da educação, esta vocação que ela tem, como ação especificamente humana, de “endereçar-se” até sonhos, ideais, utopias e objetivos, que se acha o que venho chamando politicidade da educação. A qualidade de ser política, inerente à sua natureza. É impossível, na verdade, a neutralidade da educação. E é impossível não porque professoras e professores “baderneiros” e “subversivos” o determinem. A educação não vira política por causa da decisão deste ou daquele educador. Ela é política. Quem pensa assim, quem afirma que é por obra deste ou daquele educador, mais ativista que outra coisa, que a educação vira política não pode esconder a forma depreciativa como entende a política. Pois é na medida mesma em que a educação é deturpada e diminuída pela ação de “baderneiros” que ela, deixando de ser verdadeira educação, passa a ser política, algo sem valor. (FREIRE, 2022, p. 107-108).
Dada a explicação da educação como ato político, Freire determina que o
educador incompetente, antiprofissiional, é desqualificado como autoridade. Que o respeito a si mesmo e aos alunos é fundamental, pois a prática docente sem a discente se torna em algo totalitário, algo inteiro, sem a existência da dicotomia entre ambos os papéis. Ressalta a importância dos educandos para a prática pedagógica, tendo em vista que o educador com eles sempre aprende. Que faz parte da ética do educador não saber tudo e explicitar que também comete equívocos, que também está em contato com os educandos em uma espécie de troca de conhecimento. É ético da parte de um educador entender que está em constante aprendizado, e que deve compreender a importância da escuta ativa. Freire conclui: O educador que escuta aprende a difícil lição de transformar o seu discurso, às vezes necessário, ao aluno, em uma fala com ele. (FREIRE, 2022, p. 111).
Contudo, a prática pedagógica como “especificidade humana”, representa o
entendimento das noções éticas como metodologia principal. O educador que compreende os princípios pelos quais deve investir em sua prática, transgride através de uma Educação libertadora. Freire finaliza o capítulo, no tópico “Ensinar exige querer bem aos educandos”, com uma síntese que representa seus ideais como o que deve ser considerada a Educação em sua prática: É esta percepção do homem e da mulher como seres “programados, mas para aprender” e, portanto, para ensinar, para conhecer, para intervir, que me faz entender a prática educativa como um exercício constante em favor da produção e do desenvolvimento da autonomia de educadores e educandos. Como prática estritamente humana, jamais pude entender a educação como uma experiência fria, sem alma, em que os sentimentos e as emoções, os desejos, os sonhos devessem ser reprimidos por uma espécie de ditadura racionalista. Nem tampouco, jamais compreendi a prática educativa como uma experiência a que faltasse o rigor em que se gera a necessária disciplina intelectual. (FREIRE, 2022, p. 142).