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Ciclo do tratamento da água

A água que chega às nossas habitações e que utilizamos todos os dias é


usada por nós com a maior tranquilidade e confiança.
Isto deve-se ao facto de sabermos que a água que se encontra em
circulação, é própria para consumo e que não constitui nenhum perigo
para a saúde humana.
Para tal, é necessário que existam entidades que sejam responsáveis pelo
tratamento e regulação da água. Uma dessas entidades é a EPAL e depois
de uma breve abordagem a esta, será descrito o ciclo do tratamento da
água adotado por esta entidade.

EPAL

A EPAL ( Empresa Portuguesa de Águas Livres SA) é responsável pelo


abastecimento de água em Lisboa e arredores.
Desde 1993 pertence que está integrada no grupo Águas de Portugal que
é responsável pelo abastecimento e tratamento de água a mais de 7
milhões de portugueses.
Gere e explora um sistema de abastecimento que integra três subsistemas
sendo estes:

 Castelo de Bode

 Aqueduto do Tejo

 Aqueduto do Alviela

Destes três o maior e mais importante é o de Castelo de Bode que


representa 60% da capacidade de produção desta empresa.
Ciclo de Tratamento

Para garantir a qualidade da água a EPAL recorre a tecnologias de


tratamento adequadas às características da água.
Na sua generalidade a água passa por 9 fases antes de chegar ao
consumidor que serão descritas em seguida.
Antes de passar para a descrição destas fases é de realçar que águas de
locais diferentes e com características diferentes podem ter processos de
tratamento diferentes, daí ser utilizado na frase anterior o termo
“generalidade”.

1- Pré-oxidação com cloro gasoso


Ocorre a injeção de cloro para reduzir a quantidade de matéria orgânica
presente na água captada.
2- Remineralização e correção de agressividade
Tem como objetivo corrigir o carácter excessivamente doce da água,
levando à criação de uma camada de calcário que protege da corrosão do
interior de tubagens de água.
3- Coagulação/Floculação
Processo químico que tem como objetivo a agregação de partículas em
suspensão levando à formação de “flocos” com dimensões adequadas
para a fase seguinte.
4- Decantação
Após a fase 3, os flocos de maior dimensão depositam-se no fundo de
tanques de decantação eliminando-se assim, a maioria das partículas em
suspensão. A água decantada segue para a filtração.
5- Flotação
Nesta fase do tratamento os flocos de menor dimensão agregam-se com
microbolhas de ar que facilitam a sua elevação e posterior remoção.
6- Ozonização
Nesta fase é utilizado o ozono para eliminar algas e outras matérias
orgânicas porque este, sendo um forte agente oxidante, possui
propriedades antissépticas e bactericidas.
7- Filtração
A água passa através de filtros de areia nos quais ficam retidas as
partículas mais pequenas, sendo possível removê-las da água. A filtração
clarifica a água e aumenta a eficácia da desinfeção.
8- Correção do pH
Nesta fase procede-se ao ajuste do pH, garantindo que este parâmetro se
mantém no intervalo de valores definidos na legislação.
9- Desinfeção final
Para assegurar que não se desenvolvem micro-organismos é adicionado
cloro.

Depois destes processos físicos e químicos a água está pronta para


consumo humano.
Mas, como se viu pelo título a água tem um ciclo, por essa razão a questão
que se coloca é “ O que é que acontece à água depois de utilizada pelo
consumidor? “.
Respondendo a essa questão, depois de utilizada, a agora denominada
água residual tem que ir para uma ETAR (Estação de Tratamento de Águas
residuais) de forma a ser devolvida ao meio ambiente, em condições
ambientalmente seguras.
Na ETAR vão ocorrer quatro fases de tratamento que serão descritas em
seguida.

1- Tratamento Preliminar
Numa primeira fase, as águas residuais, chegam à ETAR onde são filtrados
e separados os resíduos de maior dimensão.
2- Tratamento Primário
A seguir a água passa pela decantação Primária, onde as partículas sólidas
em suspensão são eliminadas por ação da gravidade.

3- Tratamento Secundário
A água sofre um tratamento biológico, com bactérias que digerem a
matéria orgânica existente. De seguida passa pela decantação secundária,
que permite o depósito das lamas resultantes da ação das bactérias.

4- Tratamento Terciário
Por fim, a água é submetida a uma desinfeção e remoção de nutrientes.
Nesta fase, remove-se as bactérias, os sólidos em suspensão, os nutrientes
em excesso e os compostos tóxicos específicos.

Depois de passar por estas quatro fases a água pode finalmente ser
devolvida à natureza, em condições ambientalmente seguras.

Sites: https://www.simdouro.pt/dados.php?ref=tratamento-aguas-
residuais
https://www.epal.pt/EPAL/homepage

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