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LUANDA
2022
LUZIA SALVADOR ALBINO
LUANDA
2022
LUZIA SALVADOR ALBINO
Luanda, 2022/2023
BANCA EXAMINADORA
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DEDICATÓRIA
Agradeço primeiramente a Deus por me ter dado sustento vital durante estes cinco anos
de aprendizado, experiências e conhecimento.
Aos meus pais, tios, por serem importantes na minha vida e por terem proporcionado
recursos necessários para a realização deste sonho.
Aos meus familiares e ao meu parceiro André Ngunza pela permanente disposição em
ajudar-me a alcançar esta meta e incentivo durante todos esses anos de faculdade.
A minha orientadora Dialexus Molina, as suas instruções fizeram toda a diferença.
Obrigada por todo apoio, atenção e paciência ao longo da elaboração deste trabalho de
conclusão de curso.
A todos os colegas de turma e demais elementos que, de forma directa ou indirecta,
contribuíram para a concretização deste processo de formação.
EPÍGRAFE
Provérbios 3:13
RESUMO
Actualmente, as empresas são chamadas a produzir com base na qualidade, não somente
a do produto em si, mas a de todos os processos envolvidos, chegando-se assim à um sistema
de qualidade total, onde cada departamento ou secção acolhe a busca pela melhoria dos seus
processos de forma a assegurar, a longo prazo, os resultados desejados. Este trabalho tem como
objectvo analisar o impacto da melhoria contínua no processo de produção afim de verificar a
sua positividade ou negatividade na etapa de formulação do produto. Para isso, buscar-se-á
analisar a bibliografia existente em torno os conceitos de melhoria contínua e processos
produtivos, suas actividades e como ela está enquadrada na gestão da qualidade. Assim,
realizou-se uma pesquisa aplicada e descritiva com abordagem mista, onde, através dos
inquéritos respondidos e da entrevista, constatou-se que a melhoria contínua tem um impacto
positivo na etapa de formulação, apesar das dificuldades na fase de verificação de matérias
primas, na fase de retirada de matérias primas em armazém e na pesagem das matérias primas.
Por outro lado, ainda na etapa de formulação do produto, a melhoria contínua proporciona
resultados positivos, tais como: redução dos custos, maior produtividade e uma maior qualidade
no produto.
Nowadays, companies are called upon to produce based on quality, not only that of the
product itself but also that of all the processes involved. Thus, arriving at a total quality system,
where each department or section embraces the search for improvement of its processes in order
to ensure, in long-term, the desired results. This work, however, aims to analyze the Impact of
Continuous Improvement in the Production Process in order to verify its positivity or not in the
product formulation stage. For this, we will try to analyze the existing bibliography on
continuous improvement and productive processes, its activities, and how it is framed in quality
management. In this way, an applied and descriptive research with a mixed approach was
carried out, where, through the surveys answered and the interview, it was verified that the
continuous improvement has a positive impact in the formulation stage, despite the difficulties
in the material verification phase raw materials, in the phase of removing raw materials from
the warehouse and in weighing the raw materials. On the other hand, even in the product
formulation stage, continuous improvement provides positive results, such as: cost reduction,
higher productivity and higher product quality.
Figura 9. A linha 2 - conectado com o misturador nº6. A linha 3- está conectado com o
misturador nº7............................................................................ Erro! Marcador não definido.
Figura 10. Reservatórios para armazenamento de produtos finais. ........... Erro! Marcador não
definido.
LISTA DE GRÁFICOS
Tabela 1. Estágios de Evolução da Melhoria Contínua (Bessant et al., 2001, p.73).. ............. 24
AGRADECIMENTOS .......................................................................................................... IV
EPÍGRAFE .............................................................................................................................. V
RESUMO................................................................................................................................ VI
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 15
4.3.1. Qualidade..................................................................................................................... 41
6. REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 54
ANEXOS ................................................................................................................................. 57
1. INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje, o mercado tem-se apresentado bastante exigente e feroz, fazendo com
que as empresas procurem cada vez mais ganhar vantagem competitiva face aos seus
competidores. Esta vantagem competitiva pode ser traduzida na capacidade das empresas em
conseguirem satisfazer as necessidades específicas do mercado. Um dos caminhos para
alcançar vantagem consiste na melhoria contínua dos seus processos, com criatividade e
inovação, focando-se nas atividades de eliminação de desperdícios e atividades que não
acrescentem valor. (AGOSTINHO, 2018)
Desde o final do século passado, as empresas, indústrias e diversos segmentos convivem
com os requisitos de precisão e qualidade inerentes tanto aos processos industriais, empresarias
quanto aos produtos finais. A motivação está na busca de melhorar continuamente seus
processos, produtos e serviços, alcançando a cada dia um novo padrão de evolução.
A medida em que os consumidores vão se tornando exigentes quanto aos produtos e
serviços que adquirem, as organizações passam a se preocupar pela optimização dos seus
processos produtivos. As empresas investem cada vez mais no fornecimento de produtos e
serviços de qualidade e, para a obtenção dessa excelência, a busca pela Melhoria Contínua dos
seus processos torna-se uma estratégia importante.
A melhoria contínua de produtos e processos é um diferencial que gera vantagem
competitiva para as organizações, em relação aos concorrentes, seja em relação ao custo ou à
diferenciação, tendo que ser gerenciada de forma a assegurar no longo prazo, os resultados
desejados (REZENDE, 2018)
Neste contexto, é importante referir que no mercado angolano não é diferente, pois as
organizações têm buscado meios que contribuam nas realizações de seus objectivos e atinjam
suas metas, aprimorando o seu desempenho organizacional e destacando-as das outras
empresas. Assim, é crucial que cada empresa procure estar sempre com as accões voltadas à
melhoria contínua. É ainda relevante aqui esmiuçar o quão importante é a relação entre melhoria
contínua e a optimização nos processos de produção, pois os dois associam-se para desenvolver
a organização no seu todo, para que os resultados sejam benéficos para todos os elementos que
compõem a empresa.
Deste modo, o presente trabalho que tem como tema “O Impacto da Melhoria Contínua
na formulação do Processo de Produção” visa trazer em discussão os resultados da aplicação
16
da estratégia de Melhoria Contínua nas empresas que a aplicam, tendo como modelo para a
pesquisa a empresa REVIVA, na qual realizar-se-á um estudo de caso de modo a analisar a sua
positividade ou não.
1.2. Hipóteses
1.4. Justificativa
O presente trabalho é composto por três partes sendo а primeira parte introdutória, nela
são dadas а conhecer o problema, os objetivos, а justificativa.
Na segunda parte é feita а revisão de literatura, onde são apresentados vários conceitos
relacionados com o tema, abordados por diversos autores.
Na terceira parte é apresentada а metodologia de pesquisa sendo feita а cаrаcterizаção
da pesquisa e da empresa em estudo, ferramentas de recolha de dados, organização e tratamento
dos dados, também а apresentação e а análise dos resultados da pesquisa e subsequentemente
as conclusões, seguidas da bibliografia e anexos
21
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A ISO 9000:2015 (3.3.2) define melhoria contínua como “atividade recorrente com vista
a incrementar o desempenho”, definido este último como resultados mensuráveis. (ISO
9001:2015, 2015).
Caffyn (1999) conceitua melhoria contínua como um amplo processo concentrado na
inovação incremental que envolve toda a organização. [citado por (ATTADIA & MARTINS,
2003)].
Segundo (SILVA C. E., 2006) Melhoria contínua, significa o envolvimento de todas as
pessoas da organização, no sentido de buscar, de forma constante e sistemática, o
aperfeiçoamento dos produtos e processos empresariais. A melhoria contínua pressupõe
pequenas mudanças como: hábito de organização e grandes mudanças com maior
planejamento.
Desta forma, o entendimento e o desenvolvimento da melhoria contínua são alcançados
por meio de um processo gradual de aprendizagem organizacional, o qual pode ser resumido
nas seguintes etapas (BESSANT et al., 2001). [citado por (ATTADIA & MARTINS, 2003):
• Entender os conceitos de melhoria contínua, articulando seus valores básicos;
• Desenvolver o “hábito” da melhoria contínua, por meio do envolvimento das
pessoas e da utilização de ferramentas e técnicas adequadas;
• Criar um foco para a melhoria contínua pela sua ligação com os objetivos
estratégicos da empresa;
• Aprender direta e indiretamente a criar procedimentos que sustentem a melhoria
contínua;
• Alinhar a melhoria contínua por meio da criação de uma relação consistente entre
os valores e procedimentos com o contexto organizacional;
• Implementar ações voltadas para a resolução de problemas;
• Administrar estrategicamente a melhoria contínua promovendo seu
aprimoramento;
• Desenvolver a capacidade de aprendizado de como fazer a melhoria contínua em
todos os níveis e funções da organização.
Assim, em adição ao facto acima mencionado, torna-se oportuno destacar os diferentes
estágios de desenvolvimento de melhoria contínua, conforme mostra a tabela 1.
24
Tabela 1. Estágios de Evolução da Melhoria Contínua (Bessant et al., 2001, p.73). [citado por (ATTADIA &
MARTINS, 2003). A autora apenas se concentra no primeiro e no segundo estágio, pois poderão sustentar ou não
a pesquisa.
Figura 1. O diagrama da trilogia de Juran. (Adaptado de Juran, J. M, 1989, The Quality Trilogy: A
Universal Approach to Managing for Quality, Juran Institute, Inc., Wilton, CT).
Uma equipe de melhoria de qualidade não tem chefe pessoal. Em vez disso, a equipe é
supervisionada de forma impessoal (JURAN & GODFREY, 1998). Suas responsabilidades são
definidas em:
• a declaração de missão do projeto: Esta declaração de missão é única para cada equipe;
• a sequência universal 2 (ou roteiro) para melhoria da qualidade: é idêntica para todas as
equipes. Ele define as ações a serem tomadas pela equipe para cumprir sua missão.
1º. Lembra à equipe que há uma ordem estruturada no processo de resolução de problemas
e ajuda a manter a equipe na pista.
27
2º. Em uma determinada etapa, se a equipe não souber o que fazer a seguir, uma das
ferramentas mais usadas pode sugerir a próxima ação.
3º. Em uma determinada etapa, usar uma ferramenta indicada como raramente usada é um
sinal para a equipe reconsiderar seu curso de ação. Um exemplo conveniente é o uso de
brainstorming para testar.
Podemos assim dizer que estes processos de melhoria contínua, na visão dos autores
supracitados, obedecem critérios proporcionados por meio de programas e estratégias que
servem de modelos e ou ferramentas de melhoria contínua. Estes programas são os que citamos
a seguir.
2.2.5.1. Programa 5S
O 5S, também conhecido por housekeeping no oriente tem a origem no Japão, onde é
passado de pai para filho, consolidando naquele país após a década dos 50. Os 5 “Ss” provém
de palavras em japonês:
• Seiri: senso de organização ou utilização – significa separar as coisas necessárias das
desnecessárias, retirando as últimas daquele ambiente.
29
O ciclo PDCA (plan, do, check, action) é o programa através do qual se exerce o
controle de processos. Ele é composto de quatro fases básicas do controle:
• Actuação Correctiva (A) – está é a etapa onde o usuário detectou desvios e actuará no
sentido de fazer correções definitivas, de tal modo que o problema nunca volte a ocorrer.
O CEP e uma valiosa ferramenta para garantia da exatidão na fabricação e com ele
usam-se números e dados para analisar e controlar o processo, para se certificar se está ou não
sendo realizados o que desejamos.
Até agora já se abordou sobre Melhoria Contínua, seu conceito, sua evolução, suas
ferramentas e/ou programas e seus processos. Nesta parte do trabalho pretende-se fazer uma
contextualização sobre a Melhoria Contínua em Angola.
As empresas angolanas, tal como maior parte das empresas a nível mundial também são
regidas com base num sistema de Gestão da Qualidade que obedece as normas da ISO 9001.
Deste modo, existe uma organização que é responsável por dar formação e certificação em
sistemas de gestão como o ISO 9001: SGS, Angola, Lda.
Uma outra organização que também é regida por um sistema de Gestão da Qualidade é
INACOQ, organismo público que está vocacionado para o controlo laboratorial e certificação
da qualidade dos produtos do segmento alimentar, bebidas e respetivos processos de produção
industrial, comercialização e distribuição” (JEREMIAS, 2022)
O Instituto Nacional das Infra-estrutura da Qualidade (INIQ) é o Organismo Nacional
de normalização, é responsável por promover a regulação e adopção das políticas de Qualidade.
Este Instituto que foi criado a 20 de Abril de 2021 pelo decreto lei nº 95/21 publicou no corrente
ano (2022), um Catálogo de normas ligadas a Gestão da Qualidade dos produtos. Uma das
normas é a ISO 9004:2000 que está ligada as linhas de orientação para melhoria de desempenho
(Instituto Nacional das Infra-Estrutura da Qualidad, 2022).
(SGS ANGOLA, LDA, 2022), afirma que, “uma melhoria contínua é essencial para
manter a qualidade dos processos e práticas dos negócios.” Assim, podemos considerar que o
funcionamento das instituições supracitadas é de extrema relevância neste processo, pois, são
elas que determinam os modelos de qualidade no processo de produção. Uma vez que tais
normas, como o Catálogo de Normas do INIQ, estão em contantes modificações a fim de
32
atender as demandas atuais de qualidade nos serviços e produtos, as empresas que as seguem
se reinventam ao mesmo ritmo, melhorando continuamente os seus produtos/serviços.
Os Amaciantes de Roupas podem ser definidos como um produto que confere maciez e
proporcionam frescor e cheiro agradável nas roupas, ele pertence à categoria de produtos
domissanitários ou produtos de limpeza e já se tornou indispensável para a manutenção da
limpeza, saúde e higiene. (VITÓRIO, 2014)
Amaciante de roupa é um produto utilizado para tornar os produtos têxteis mais flexíveis
e obter uma determinada maciez desejada. ( DE JESUS, 2010)
As primeiras aplicações dos amaciantes ocorreram na década de 30 pela indústria têxtil,
para efetuar a fixação de corantes em tecidos de algodão, e depois na década de 50, pelas
lavanderias comerciais e hospitalares, para conferir suavidade aos tecidos. O seu uso doméstico
só se tornou possível na década de 60, com sua introdução no mercado americano e
posteriormente na França (VITÓRIO, 2014)
Os amaciantes são compostos de água, álcool ceto-estearílico, cloreto de cetil trimetil
amônio, álcool etílico, fragrância, conservante e corante. Porém cada um dos componentes do
amaciante possui funções específicas que refletirão na ação do produto final (JAKOBI; LÖHR,
35
1987). Citado por (VITÓRIO, 2014). Os amaciantes que apresentam uma boa qualidade
apresentam a composição demonstrada na tabela 3.
Tabela 3. Composição do amaciante Tradicional.
Ingredientes Composição em %
Água 35,21
Álcool Ceto-estearílico 28,171
Cloreto Cetil Trimetil 19,72
Amônio
Álcool Etílico 96°GL 16,09
Fragrância 0,6
Formaldeído 0,2
Corante Baixa concentração
Materiais e Reagentes
Equipamentos Preparo
utilizados
• Béquer • Balança analítica • Fase 1:
• Bastão de vidro (Gehaka, AG 200) Na primeira fase o Cloreto de Cetil
• Termômetro • Agitador mecânico Trimetil Amônio foi diluído em Álcool
• Água deionizada (Fisatom, 715) Ceto-estearílico em um béquer no
• Álcool Ceto-estearílico • Banho Maria (Tecnal, Banho Maria com uma temperatura de
• Amaciante Concentrado
Materiais e Reagentes
Equipamentos Preparo
utilizados
• Béquer • Balança analítica • Fase 1
• Bastão de vidro (Gehaka, AG 200) Em um béquer de 500 mL foram
• Termômetro • Agitador mecânico adicionados 450 mL de água e
• Água (Fisatom, 715) aquecida a 60°C. Adicionou-se 5 mL
3. METODOLOGIA DE PESQUISA
4. ESTUDO DE CASO
No presente capítulo apresenta-se a descrição e a análise dos dados recolhidos para esta
pesquisa. Numa primeira fase teremos a caracterização da empresa em estudo, na segunda fase
teremos a descrição do produto em estudo e por último a análise dos dados recolhidos.
Aplicado na fábrica REVIVA, o estudo visa analisar o impacto da melhoria contínua no
processo de produção. Deste modo, foi elaborado um questionário de 18 perguntas focado,
principalmente, na etapa de formulação do amaciador Allegro Rosa.
Higiene do Lar: é uma referência no sector dos detergentes para o lar, com o objectivo
de levar ao consumidor produtos de excelência a preços acessíveis, as melhores soluções e
produtos no tratamento, limpeza e cuidado do lar. A REVIVA produz e comercializa 3 marcas:
Allegro, Fada, Viva e Kienza.
Figura 4. Marcas REVIVA - higiene do lar.
_____________
1
https://www.reviva-angola.com/
41
A autora concentra o seu estudo na marca ALLEGRO, está marca tem vários produtos
tais como: lava-loiça, lava-tudo, lixivia e amaciador, dentre estes produtos a autora concentra
se no amaciador Allegro Rosas, a escolha do produto deu-se pelo facto do mesmo já ter uma
produção bem definida e organizada.
A REVIVA é uma empresa com valores fortemente enraizados no país e suas tradições
seguindo uma lógica de respeito pelas preferências, desejos e necessidades dos consumidores,
a REVIVA pretende assumir-se com cada uma das suas marcas, como a referência no sector
dos Detergentes.
4.3.1. Qualidade
A área de Melhoria Contínua é composta por quatro pessoas e tem como actividades:
optimização, melhoria de processos, gestão de resíduos, higiene e segurança no trabalho.
Total de operadores 6
08:00-17:30 4 operadores
08:00-20:00 1 operador
20:00-08:00 1 operador
Fonte: REVIVA (2022)
A secção possui três reactores (um para fabricação de produtos de higiene pessoal e dois
para os produtos de higiene do lar) associados a quatro pré reactores que servem de reactores
intermediários ou mesmo para produção de pequenas quantidades. Por uma questão de
optimização de espaço e layout o armazém de matérias primas encontra-se acoplado à área da
fabricação para tornar célere o processo de pesagem das quantidades de matéria prima de cada
receita. Todos os produtos possuem suas respectivas receitas com especificações particulares
que são verificadas pelo controlo de qualidade ao longo e depois da produção de uma receita
em específico.
A autora concentra o seu estudo na secção de Formulação e na área de Melhoria
Contínua.
43
Figura 6. Amaciador
Allegro Rosa
Formulação do Controlo da
amaciador. Fim
qualidade.
Gráfico 1. & Gráfico 2. CONHECIMENTO SOBRE MC. Já ouviu falar sobre Melhoria Contínua? - Na sua
opinião, o que é melhorar continuamente?
Inovação do produto.
Sim, já ouvi falar.
Mudanças de hábitos no
Não, nunca ouvi processo de produção.
falar. Melhor desenpenho na
50,00% 50,00%
Talvez tenha produção.
ouvido. Outro
Com isto, percebeu-se que existe uma grande possibilidade de que a aplicação dos
processos ou das actividades de melhoria contínua gerem um impacto positivo no ambiente no
qual se desenvolve a formulação do produto, pois as respostas indicam que existe um
entendimento geral do conceito de MC.
Adiante, com vista a obter Resultados sobre as Fases da Etapa de Formulação do
Produto, as perguntas foram repartidas em 7 grupos. Como resultado, obteve-se:
Primeiramente, para a fase de recebimento e análise da folha de carga, foram úteis as
perguntas concernentes ao anulamento de possíveis erros na produção. Assim, por meio do
gráfico 4, verifica-se que todos os inqueridos (6) têm procurado cada vez mais evitar os erros
e, para este efeito, maior parte (66,6%) regista os erros que ocorrem na produção para não voltar
a comete-los, a minoria (33,3) segue à risca com os procedimentos de elaboração do produto.
Gráfico 3. FASE DE RECEBIMENTO E ANÁLISE DA FOLHA DE CARGA. Tem procurado, cada vez mais,
evitar erros na produção?
Sim
Não
100,00%
46
Gráfico 4. FASE DE RECEBIMENTO E ANÁLISE DA FOLHA DE CARGA. Quais das opções abaixo mais
se aproxima aos passos que tem usado para evitar erros na produção?
Portanto, uma vez que eles procuram anular ou eliminar os erros que podem ocorrer na
etapa de formulação, é lícito afirmar que existe uma vontade por parte dos operários melhorar
continuamente, pois o registo de erros possibilitará maior conhecimento sobre o funcionamento
da elaboração do produto e, consequentemente, maior domínio da equipe sobre a etapa em si.
Além disso, há entrevista feita com a responsável da melhoria contínua constatou o mesmo,
uma vez que, um dos resultados positivo que a empresa obteve com o uso da melhoria contínua
foi a consciencialização dos operários acerca da melhoria contínua ou seja os operários não
registavam as falhas que ocorriam na formulação do amaciador, mas por meio da melhoria
contínua os operários ganharam consciência de que registar toda ou qualquer falha na produção
é crucial para que o amaciador seja bem feito.
Depois, já tendo uma noção sobre os cuidados tomados pelos operários para se evitar
erros na produção, é de igual importância que se entenda o processo de verificação e retirada
das matérias-primas em armazém.
Para tal, uma pergunta aberta mostrou-se eficaz na obtenção destes dados, pois verifica-
se que, face a questão “Se diariamente, tivesse de melhorar um aspecto importante no produto
amaciador Allegro rosa, o que seria?”, as respostas, como se observa abaixo, sugerem uma
necessidade de aumento da matéria prima e melhoria no processo de execução inicial.
• Entrevistado 1 – Aumento de matéria prima (tensioactivo catiónico), espessante e
perfume.
• Entrevistado 2 – Melhoraria o processo de execução inicial, ou seja, o processo de
pesagem da matéria prima.
• Entrevistado 3 – O aspecto importante para ser melhorado seria a viscosidade do
produto. Acrescentar mais rewoquat.
47
16,67%
Raramente
Ocasionalmente
Frequentemente
83,33%
Gráfico 6. ILHA DE PRODUÇÃO E FORMULAÇÃO DO AMACIADOR. O que faz para ajudar na melhoria
da qualidade do produto em questão?
Muito baixo
Baixo
Concordo Médio
Discordo Elevado
Muito elevado
100,00% 100,00%
49
Também com uma pergunta de escala, focou-se em saber como é avaliado o nível de
produtividade na mesma etapa. Assim, constata-se no gráfico 9 que 33,3% o considera médio,
50% o considera elevado e 16,7% o considera muito elevado.
33,33% Baixo
Médio
Elevado
50,00%
Muito elevado
Gráfico 10. FASE DE CONTROLO DA QUALIDADE. Qual é a sua opinião sobre o amaciador Allegro Rosa?
Já se fez melhor.
50,00%
Gráfico 11. FASE DE CONTROLO DA QUALIDADE. Como participante do processo de produção, qual é a
sua escala de satisfação em relação a qualidade final do produto?
Insatisfeito
Satisfeito
Muito satisfeito
66,67%
das máquinas (balança) – um ponto a ser ressaltado é a divergência existente entre as respostas
apresentadas pelos inqueridos e a resposta fornecida pelo responsável da área de Formulação
do amaciador. Tais inconvenientes resultam, maioritariamente, das dificuldades enfrentadas na
fase de pesagem e, consequentemente, afectam no aspecto do produto, por exemplo, como
apontam os inqueridos, a viscosidade do produto e a permanência do perfume.
Por outro lado, pelo facto de os operários estarem mais conscientes dos erros que podem
ocorrer na produção e envidarem esforços para os anularem ou eliminarem, há um
envolvimento maior por parte destes na ilha de produção e na fase formulação do amaciador
visando melhorar continuamente os seus métodos na produção, pois, como referido, busca-se
melhorar a qualidade do produto, principalmente, planeando e organizando a produção antes de
qualquer execução, sendo assim, a formulação é feita tendo em vista as actvidades da melhoria
contínua.
Apesar das dificuldades supracitadas, esses esforços contribuem para os resultados
satisfatórios na última fase da etapa de formulação (controlo da qualidade), uma vez que maior
parte dos inqueridos mostram-se satisfeitos com a qualidade final do produto.
Portanto, a MC tem um impacto positivo na etapa de formulação do amaciador Allegro
Rosa, pois, apesar dos défices, a implementação das suas actividades resultam em maior
qualidade no produto, redução dos custos, maior produtividade e organização das matérias
primas, pois os operários tinham dificuldades em localizar as matérias primas e a melhoria
contínua deu treinamento aos operários como se deve organizar as matérias primas o que
reduziu o tempo de duração para se formular o amaciador e aumentou significativamente a
receita da empresa.
52
5. CONCLUSÕES
questão da pesquisa apresentado inicialmente. Neste caso, podemos afirmar que o objectivo
geral desta pesquisa foi alcançado.
Com isso, a hipótese 2 deste estudo se confirma quando, por meio do formulário e da
entrevista estruturada, conseguiu-se compreender que a melhoria contínua tem um impacto
positivo na etapa de formulação do amaciador Allegro rosa, pois “registar os erros que ocorrem
na produção para não voltar a cometê-los” e “planear e organizar os passos do processo antes
que qualquer execução” foram apontados como os melhores métodos a serem utilizados pelos
os operários para que haja um resultado positivo da melhoria contínua na formulação do
produto.
6. REFERÊNCIAS
ABNT. (Dezembro de 2000). NBR ISO 9004. Sistema de Gestão da Qualidade - Diretrizes
para Melhorias de Desempenho, p. 3.
ATTADIA, L. C., & MARTINS, R. A. (Janeiro de 2003). Medição de desempenho como base
para evolução da melhoria contínua. Obtido em 2022
JURAN, J. M., & GODFREY, A. B. (1998). Juran's Quality Handbook (5ª ed.). New York:
The McGraw-Hill Companies, Inc. Obtido em 2022
NUNES, J. L., SERRANO, S., BELUSSO, M., & PAULA, R. (2018). Melhoria do Processo
Produtivo por Meio de Otimização de Processo de Envase, pp. 106, 107.
ROBLES JR., A., & BONELLI, V. V. (2012). Gestão da Qualidade e do Meio Ambiente:
Enfoque Económio, Financeiro e Patrimonial (1. ed.). São Paulo: Atlas.
56
SILVA, V. L., FERREIRA, D. V., PEREIRA, R. T., SILVA, T. B., ALENCAR, B. M., DA
SILVA, M. M., . . . IBIAPINA, J. O. (2018). Gestão da Qualidade: Conceitos e
Perspectivas em Segurança nos Serviços de Saúde Pública.
SLACK, N., CHAMBERS, S., & JOHNSTON, R. (2002). Administração da Produção (2ª ed.).
São Paulo: Atlas S.A.
ANEXOS
Instruções:
□ Masculino. □ Feminino.
□ Inovação do produto.
□
□ Outro________________________________________________________.
□ Já se fez melhor.
□ Sim.
□ Não.
8. Quais das opções abaixo mais se aproxima aos passos que tem usado para evitar
erros na produção?
□ Outro_____________________________________________________
□ Maior Produtividade.
11. O baixo custo de produção consiste num especto positivo durante o processo de
formulação do produto.
□ Concordo. □ Discordo.
16. Na sua opinião como mede a satisfação dos clientes em relação ao amaciador?
60
Instruções:
DATA: ___/___/___
NOME DO ENTREVISTADO(A):
___________________________________________
ROTEIRO DE ENTREVISTA AO RESPONSÁVEL DA FORMULAÇÃO.
Género
Masculino
3 3
Feminino
Nível de Escolaridade
Licenciado
Ensino Médio
Ensino Básico
Mestrado
6
64
Inovação do produto.
1
Uma ideia inovadora que satisfaz a
2 demanda.
Já se fez melhor.
3
Sim
Não
Outro
Concordo
Discordo
Muito baixo
Baixo
Médio
Elevado
Muito elevado
6
67
1
Muito baixo
2
Baixo
Médio
Elevado
Muito elevado
Raramente
Ocasionalmente
Frequentemente
Insatisfeito
Satisfeito
Muito satisfeito
4
68
Sim
Não
Muito insastifeitos
Insatisfeitos
Satisfeitos
Muito satisfeitos
A entrevista é uma técnica de coleta que visa obter opiniões do entrevistado sobre o
problema em questão. Nesta pesquisa a entrevista foi realizada de maneira estruturada para o
caso do responsável da área de formulação assim como o responsável da área de melhoria
contínua.
Para aprofundar melhor no assunto, foi entrevistado Vânio Castelo Branco responsável
pela área de formulação e Cecília Sandalawa Chiteculo Ndumbo responsável da área de
melhoria contínua. Na entrevista foram obtidos dados que serviram de base para validar ou não
o presente estudo. O objetivo dessa entrevista foi de analisar o impacto da melhoria contínua
no processo de produção, e o roteiro da mesma encontra-se em Anexo deste trabalho.
V.C.B. – Para se fazer o amaciador Allegro primeiro temos de saber a quantidade que o
planeamento pede para formular, as mesmas podem variar de mil à dez mil toneladas, a seguir
imprimir a folha de carga ou folha de fabrico onde se analisa os compostos que constituem o
amaciador, após a impressão checar as matérias primas e verificar se as mesmas encontram-se
no prazo de validade, a seguir preparar os equipamentos de proteção dos operários para
começar a formular, o operário começa por puxar a água e aquece numa temperatura de 50ºC
durante 15min, a seguir colocar o requarth que é a principal matéria prima do amaciador e deve
ser bem tratada para não ocorrer a separação de fase, deve-se controlar a agitação do misturador
que deve estar a 94 de velocidade durante 20min, depois deste tempo de agitação deve-se baixar
a temperatura até 35ºC para se adicionar o corante e dar um tempo de 5min e confirmar a
dissolução do corante a seguir adicionar o conservante e por fim adicionar o perfume numa
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temperatura de 35ºC, após o término levar uma amostra ao controle de qualidade para avaliar
se o produto está conforme ou não de acordo os parâmetros físico-químicos (ph, viscosidade,
densidade e resíduo seco) e os parâmetros organoléticos (cor, cheiro e especto).
Ent. – Quais são as principais dificuldades que já enfrentaram até ao momento na formulação
do amaciador rosa?
Ent. – O que fazem para lidar com essas dificuldades que enfrentam na etapa de formulação?
V.C.B. – No caso da caldeira de água para resolverem este problema comunicam e dão a
conhecer os problemas que se deparam com eles ao responsável da manutenção para reparação
da máquina, quanto a balança o entrevistado diz que não tem uma solução para lidar com isso,
em relação a empilhadeira o entrevistado disse que também comunicam ao responsável da
manutenção sobre os problemas que enfrentam com relação a máquina para resolver está
questão.
V.C.B. – As misturadoras não param com frequência, pois antes de começarem a formular o
amaciador rosa verificam as mesmas.
Ent. – Que tipo de manutenção acontece nas misturadoras na etapa de formulação do amaciador
Allegro mais preventiva ou mais corretiva?
Ent. – Quais são os resultados que obtiveram tendo em conta as soluções aplicadas nesta etapa
de formulação do amaciador rosa?
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ao armazém de matéria prima, analisa-se o estado dessas zonas e de acordo a situação que elas
apresentam faz-se um plano começando apartir daquele problema que é mais grave.
Ent. – Quais são as actvidades de Melhoria Contínua que a empresa realiza na etapa de
formulação do amaciador Allegro?
Ent. – Como gerem as não conformidades que acontecem na etapa de formulação do amaciador
Allegro?
C.S.C.N. – As não conformidades são geridas de forma prioritária, ou seja, quanto mais grave
for a não conformidade mais rápida ela é gerida, identificam a não conformidade e avaliam qual
a metodologia mais correcta a se aplicar de acordo situação, apos a identificação do problema
avançam com a aplicação da metodologia que pode ser um 5s, um PDCA e treinamento.
Ent. – Como a fabrica REVIVA busca Melhoria Contínua na etapa de formulação do amaciador
Allegro?
C.S.C.N. – A empresa busca melhoria contínua actuando sobre as não conformidades de modo
a eliminá-las.
C.S.C.N. – Não têm indicadores de desempenho da melhoria contínua de uma forma palpável
, mas um dos indicadores é análise dos registos dos documentos, pois permite que o técnico de
melhoria contínua analise os documentos que foram corrigidos ou melhorados pela melhoria
continua e olhar para aquilo e ver que os operadores estão a andar na linha ou seja os operadores
estão a cumprir ou a colocar em prática com o treinamento que receberam em relação a melhoria
contínua do amaciador allegro rosa, isso para empresa é um indicador de que as actividades de
melhorias que foram implementadas estão a surtir efeito.
Ent. – Quais são os resultados que a empresa obteve com o uso da Melhoria Contínua?
C.S.C.N. – A empresa obteve resultado positivos com o uso da MC, um destes resultados é a
consciencialização dos operários acerca da melhoria contínua ou seja os operários não
registavam as falhas que ocorriam na formulação do amaciador, mas por meio da melhoria
contínua os operários ganharam consciência de que registar toda ou qualquer falha na produção
é crucial para que o amaciador seja bem feito, a melhoria contínua também trouxe resultados
positivos na organização das matérias primas da formulação do amaciador, pois os operários
tinham dificuldades em localizar as matérias primas e a melhoria contínua deu treinamento aos
operários como se deve organizar as matérias primas o que reduziu o tempo de duração para se
formular o amaciador e aumentou significativamente a receita da empresa.