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A todas as mulheres que desejam aprender e crescer cada

dia mais, sempre procurando informações e meios de fazer


do seu casamento um pedacinho do céu na Terra.
Invistam em vocês! Leiam, inventem e tentem. Nós, mu-
lheres, somos demais!
A Deus, autor da minha história.
À minha melhor metade, o meu marido, Osmildo Si-
rino, por me completar, me entender e me fazer tão feliz
e realizada. Seu apoio e incentivo para escrever este livro
foram fundamentais.
A todas as mulheres que riram, choraram e me impul-
sionaram a desenvolver os conceitos e ideias presentes
neste livro.

Com carinho,
Angela Sirino.
Sumário

1 - O casamento e a santidade do sexo................................................ 19

2 - Razões para o fracasso no casamento.......................................... 21

3 - Entendendo as diferenças entre homens e mulheres................. 29

4 - Entendendo mais de sexualidade.................................................. 41

5 - O que o sexo significa para o homem?.......................................... 45

6 - Dicas para as mulheres.................................................................. 57

7 - Geladeira ou fogão.......................................................................... 75

Conclusão.............................................................................................. 91

Oração.................................................................................................... 95
Introdução

A
atividade sexual é um processo extremamente
complexo. Ela está ligada a vários sistemas
orgânicos, como, por exemplo, ao estado emo-
cional, aos problemas psicológicos, às marcas sociocul-
turais e aos conceitos religiosos. Além disso, ela é muito
influenciada por estados mórbidos diversos, tais como o
envelhecimento, as alterações hormonais, os problemas
relacionados à saúde, as feridas e os traumas causados
pelos relacionamentos e experiências anteriores. Todos
esses fatores atingem as mulheres na sua vida sexual.
Ao longo dos anos, tenho acompanhado e aconselhado
muitas mulheres e pude ver vários resultados positivos.
Neste livro, de uma forma muito simples, quero ajudar mu-
lheres a descobrirem caminhos que conduzam à vida a dois
com mais alegria e prazer. Como base para as minhas teo-
rias, costumo usar trechos contidos no livro mais vendido
em todo o mundo, conhecido como o livro da humanidade.

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Particularmente, o chamo de manual do fabricante. Popu-


larmente, é conhecido como a Bíblia Sagrada. Esse livro é
maravilhoso, afinal, ele tem receitas para tudo na vida!
As ideias e os princípios contidos neste livro, em sua
maioria, são vivenciados por mim no relacionamento com
meu marido. Outros deles vêm de experiências e relatos que
extraí de anos de aconselhamentos e palestras feitas mundo
afora sobre a sexualidade feminina. Sei que essas experiên-
cias te ajudarão na edificação do seu lar.
Para ser completo, todo ser humano precisa se realizar
em cinco áreas de sua vida. Costumo dizer que precisamos
de cinco tipos de realização para nos tornarmos comple-
tamente felizes:

1. Realização espiritual
Todos nós possuímos um vazio existencial que é exa-
tamente do tamanho de Deus. Ele não é preenchido com
riquezas, fama, sucesso, paixões ou outras coisas. Dizer que
o homem pode existir sem o Senhor é dizer que um relógio
pode existir sem o relojoeiro, ou seja, sem que alguém o
tenha criado. Devemos toda a nossa existência a Deus, à
imagem de quem fomos feitos.
O homem é uma criação especial do Senhor, que tem co-
locado uma consciência de eternidade nos nossos corações.
Esse sentido de destino eterno só encontra sua realização em
Deus. Somos completos e realizados espiritualmente quando
entendemos e aceitamos o amor dele por nós.

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2. Realização familiar
Acontece quando temos dentro de nós o senso de per-
tencimento a alguém ou a um grupo. Costumo dizer que,
quando somos solteiras, carregamos a assinatura de nossos
pais. Já quando nos casamos, carregamos a assinatura dos
nossos maridos. Isso quer dizer que temos um dono, per-
tencemos a alguém, a uma pessoa especial, a um grupo de
indivíduos denominado família. Eu, por exemplo, quando
era solteira, era conhecida como Angela Bezerra, filha do
Sr. Afonso Bezerra. Entretanto, ao me casar, passei a ser
conhecida como Angela Sirino, esposa de Osmildo Sirino.
Essa forma de apresentação nos traz um sentimento de
segurança, porque pertencemos a alguém ou a um grupo
que se importa conosco.

3. Realização emocional
É suprida quando temos as nossas emoções equilibradas
e uma autoimagem positiva de nós mesmos. Definimos
a realização emocional como um estado em que temos
consciência do nosso valor e vivemos de bem com a vida,
mesmo quando nos ferimos em espinhos.

4. Realização profissional
O sonho da vida profissional começa na adolescência
e parece não terminar nunca. A cobrança pelo sucesso
profissional se torna mais evidente a cada dia. Entre nós,
mulheres, várias alcançam o tão sonhado êxito no campo

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de trabalho, ainda que, para isso, muitas deixem de lado


tantos outros sonhos. Enquanto isso, outras nunca dão por
encerrada a sua busca pelo triunfo.
No entanto, ainda há aquelas que interrompem seus
projetos profissionais por causa da família e da maternidade
e se frustram. Apesar disso, ainda que você tenha deixado
seus sonhos profissionais para se dedicar à família, gostaria
de compartilhar com você a maior de todas as realizações
que nós mulheres devemos ter.
Conta-se que, certo dia, uma mulher chamada Anne foi
renovar a sua carteira de motorista. Quando lhe pergunta-
ram qual era a sua profissão, ela hesitou, pois não sabia bem
como se classificar.
O funcionário insistiu: “O que eu estou perguntando é
se você tem um trabalho”. “Claro que tenho um trabalho!”,
exclamou Anne, “Sou mãe!”.
“Nós não consideramos isso um trabalho. Vou colocar
dona de casa no cadastro”, disse o funcionário friamente.
Uma amiga de Anne, chamada Marta, soube do ocorrido
e ficou pensando a respeito daquilo por algum tempo.
Num determinado dia, essa amiga se encontrou numa
situação idêntica. A pessoa que a atendeu era uma funcio-
nária de carreira, segura e eficiente.
O formulário parecia enorme, interminável.
A primeira pergunta foi: “Qual é a sua ocupação?”.
Marta pensou um pouco e, sem saber o que dizer, res-

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pondeu: “Sou doutora em desenvolvimento infantil e


relações humanas”.
A funcionária fez uma pausa. Marta precisou repetir
pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.
Depois de ter anotado tudo, a jovem ousou indagar: “Posso
perguntar o que a senhora faz exatamente?”.
Sem qualquer traço de agitação na voz, com muita calma,
Marta explicou: “Desenvolvo um programa a longo prazo”.
Pensando na sua família, ela continuou: “Sou responsável
por uma equipe, já recebi quatro projetos”, referindo-se aos
seus quatro filhos, seus belos e preciosos projetos. “Trabalho
em laboratório e em campo aberto”, ou seja, dentro e fora de
casa. “Atuo em regime de dedicação exclusiva”, acrescentou.
Alguma mãe pode negar isso? “A jornada é de 14 horas,
chegando às vezes a 24 horas”. Uma mãe não tem descanso.
À medida que ia descrevendo suas responsabilidades,
Marta notou o crescente tom de respeito na voz da fun-
cionária, que preencheu todo o formulário com os dados
fornecidos. A moça se levantou, estendeu a mão e disse:
“Estou tão emocionada! Nunca atendi uma doutora com
tantos atributos”.
Quando voltou para casa, Marta foi recebida por sua
equipe: uma menina de treze anos, outra de sete e outra
de três. Subindo pelas escadas, ela pôde ouvir o seu mais
novo projeto, um bebê de seis meses, testando uma nova
tonalidade de voz.

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Feliz, Marta tomou o bebê nos braços e pensou na glória


da maternidade, com suas múltiplas responsabilidades e
horas intermináveis de dedicação.
“Mãe, onde está o meu sapato?”, “Mãe, me ajuda a fazer a
lição?”, “Mãe, o bebê não para de chorar”, “Mãe, você con-
segue me buscar na escola?”, “Mãe, você vai assistir à minha
dança?”, “Mãe, você compra?”...
Nós, mulheres, mães, esposas, amigas e companheiras,
somos doutoras na arte de fazer a vida melhor. No mundo
em que os títulos são importantes, em que sempre exigem
mais especializações na área profissional, torne-se especia-
lista na arte de amar. Não se cobre tanto. Se você deixou
algum sonho profissional para trás, seja uma excelente
mestre. Ensine aos seus filhos, através do seu exemplo, a
insuperável arte de expressar sentimentos. Ensine a difícil
arte de interpretar o choro de um bebê e de secar as lágrimas
de adolescentes, jovens e adultos.
“Exemplifique a renúncia, a paciência e a diplomacia, e
então, vitoriosa, colha ao final de cada dia os triunfos do seu
esforço nos abraços dos seus filhos e na espontaneidade de
suas manifestações de afeto” (Autor desconhecido).
A partir de hoje, seja qual for a sua posição profissional,
sinta-se completamente realizada pelo título de “doutora em
desenvolvimento infantil e relações humanas”.

5. Realização sexual
É sobre esse tema que nos debruçaremos nas páginas
deste livro. A sexualidade é um presente de Deus para

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todos nós, homens e mulheres. Chegar ao orgasmo é


uma das melhores experiências que podemos ter. Certa
vez, perguntaram a um paraquedista o que era melhor:
a aventura do salto celeste, com toda a adrenalina que
ela produzia, ou um momento de intimidade com sua
mulher. Rapidamente, ele respondeu que era estar com
a sua esposa.
A mesma pergunta foi feita a um alpinista e a um cor-
redor de Fórmula 1, e a resposta deles foi unânime: “Um
momento com minha mulher em intimidade”. Não existe
experiência que proporcione tanto prazer, tanto relaxamento
físico e mental, tanto companheirismo e tanto amor quanto
a intimidade na sexualidade e a sua realização completa
(atingindo o orgasmo) com quem você ama.
Entretanto, grande parte das mulheres não sente prazer na
intimidade com o seu marido. Elas os assistem se realizan-
do, algumas até fingem o orgasmo, porém vivem frustradas,
querendo, mas não podendo sentir algo tão bom. Algumas
fingem estar bem, enquanto outras nem se preocupam em
dar ao seu esposo um momento prazeroso e de amor. São
vários os fatores que as levam a isso.
Neste livro, abordaremos a sexualidade e os aspectos
que fazem com que a mulher se pareça mais com uma
geladeira do que com um fogão, que a fazem desprezar
a realização sexual com plenitude e a ver a intimidade
como uma mera tarefa de esposa, e não como uma fonte
de alegria e prazer mútuo.

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Minha amada, o objetivo deste livro é abrir a sua mente


para que possa desfrutar de gozo e alegria em sua intimi-
dade com o seu marido. Como dizem algumas mulheres,
depois dessa mudança, você entenderá que há pouquíssi-
mas coisas melhores do que isso na vida. Você vai viver um
avivamento conjugal no seu quarto.
O marido precisa de realização sexual, e vocês também.
Essa realização plena é uma fonte de prazer dada por Deus
para o casal, por isso, desfrutem!

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1 - O casamento e a
santidade do sexo

O
casamento é uma instituição divina. Além disso,
é a base da sociedade e uma analogia do nosso
relacionamento com Deus. A comunhão com o
Senhor está ligada ao casamento até mesmo no vocabulá-
rio: em nossa união com Cristo, somos sua Noiva imacu-
lada, filhos espirituais do Senhor, com quem vivemos uma
intimidade. Enfim, ao analisarmos a Bíblia, veremos vários
versículos que revelam como a nossa relação com Deus
está ligada ao nosso relacionamento conjugal.
A Bíblia começa com o casamento de Adão e Eva e ter-
mina com outro: o de Cristo com a Igreja. O sexo foi criado
por Deus para a satisfação e a felicidade do casal, e não
apenas para a procriação dos filhos. Se o sexo fosse somente
para a reprodução, imagine como seria dormir ao lado de
uma tentação (o marido) todos os dias, dizendo: “Senhor,
livra-me desta tentação”?

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Em 1 Coríntios 7:1-5, Paulo escreve: “A mulher não tem


poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e
também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o
seu próprio corpo, mas tem-no a mulher”.
O versículo acima ainda nos instrui a não privarmos um
ao outro. Isso quer dizer que não pertencemos a nós mes-
mos! O marido pertence à sua esposa, e esta, ao seu mari-
do. Em matéria de sexo, cada um tem autoridade sobre o
corpo do outro. Sendo assim, o sexo não serve apenas para
a procriação, mas também para o prazer, através da prática
constante do casal.
Na cerimônia de casamento, é muito comum que o cele-
brante faça a leitura do texto que está em Gênesis 2:24: “Por
isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles
se tornarão uma só carne”. Esta é uma forma discreta com
que a Bíblia se refere ao encontro amoroso, ao ato conjugal:
uma só carne!
O sexo é abençoado por Deus no contexto do casamento:
“O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal,
conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros”
(Hebreus 13:4). Portanto, o sexo pré-marital, o adultério e a
homossexualidade são reprovados por Deus.
“O marido pague à sua mulher a devida benevolência, e da
mesma sorte a mulher, ao marido”. O sexo, no contexto do
casamento, não é mau, pelo contrário: é um ato de bondade
e benevolência feito pelo cônjuge à sua esposa, e pela mulher
ao seu marido.

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2 - Razões para o fracasso
no casamento

O sonho do príncipe encantado

G
eralmente, todos nos casamos com o objetivo de ser-
mos felizes, e não para fazer o outro feliz. Este é um
fator que influencia a nossa vida a dois. O orgulho e
o egocentrismo são os nossos maiores vilões.
Nós, mulheres, sonhamos com um príncipe encantado,
e por isso ensaiamos a vida a dois como se fôssemos viver
um verdadeiro conto de fadas. Dormimos abraçadas com o
travesseiro, beijamos a almofada e ainda a cobrimos antes de
dormir, encenando como será a primeira noite de núpcias e
as demais que se seguirão na tão esperada vida matrimonial.
Entretanto, nas primeiras noites, quando vamos dormir jun-
tos, o marido logo diz: “Chega para lá, (querida?!), está fazendo
calor!”. Que decepção, não é? A maioria de nós imagina que,
na noite de núpcias, o marido vá nos despir cuidadosamente,

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observar os detalhes da calcinha e do sutiã, ou ainda os porme-


nores do nosso corpo. Pensamos até que ele vai olhar encabu-
lado para as nossas pernas, para as pintinhas espalhadas pelo
nosso corpo, ou seja, para as particularidades de nós mesmas
que achamos tão lindas!
Porém vem a frustração. O tão esperado marido geral-
mente não olha para nada disso, nos coloca logo na cama
ou em outra posição e já parte para o ato sexual, tudo isso
enquanto ficamos com aquele sonho de princesa ainda
bem presente na mente. Quando algo semelhante acontece,
olhamos para o marido e logo pensamos: “A verdade é que
me casei com o cavalo do príncipe!”.
Querida, na minha primeira noite não foi diferente. Eu
me tranquei no box do banheiro, assustada com a pressa
do meu marido. Depois, calmamente pedi que ele pros-
seguisse devagar, porém delicadamente, com menos sede
ao pote, afinal, eu estava muito assustada! Sobretudo,
disse a ele que eu nunca tinha visto aquilo, pois estava
me casando virgem.
Confesso que não foi como eu esperava. Eu achava
que ele apreciaria cada detalhe do meu corpo, afinal,
eu era uma ex-modelo. Depois, achei que ele tiraria a
minha roupa delicadamente. Nada disso (esses detalhes
eles só aprendem com o tempo, isso quando aprendem)!
Enfim, o homem olha para a noiva no altar e já pensa na
cama. No entanto, a mulher olha para o noivo no altar e
pensa em cumplicidade, companheirismo e afeição. Nós

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ANGELA SIRINO

guardamos bem a frase do celebrante: “Até que a morte


os separe!”. Já eles guardam bem a frase: “E serão uma
só carne”.

Ingerência dos pais (em especial, da sogra)


O humor muitas vezes esconde realidades tensas. Não é à toa
que existem tantas piadas sobre sogras. Após a união, quem se
casa quer casa, um teto para o casal. Ambos precisam disso. Se
for realmente necessário, o isolamento geográfico pode salvar
um casamento.
Quando você se casa, sua nova família se torna você, o
seu marido e seus filhos. Nossos pais e irmãos passam a
ser nossos parentes. O seu zelo agora deve voltar-se a essa
nova família que você constituiu. A pessoa mais impor-
tante é a sua outra metade e os filhos que forem gerados
a partir dessa união. Por isso, a Bíblia ressalta: “Deixará
o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua esposa”. Isso
serve para o homem e para a mulher e abrange os aspectos
físicos e emocionais.
É claro que continuaremos denominando os pais, irmãos,
tios e avós como família. Entretanto, nas decisões e conceitos
para um bom relacionamento, a preferência deve ser sempre do
marido e dos filhos. Essa é a nossa família, a mais importante,
a principal.
Acredito que a maioria de nós tem problemas com a sogra,
o sogro e os cunhados. Ore para que Deus te ensine a adminis-
trá-los. Nós escolhemos o marido, mas a família dele vem de

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brinde. Ame-os, ou suporte-os por amor a Cristo. Aprenda a


lidar com os ciúmes da sogra através da sabedoria divina.
Lembro-me de que, quando me casei, minha sogra ia
à minha casa toda semana. Ela olhava para as roupas do
meu marido e dizia que não era daquela forma que ele
gostava que fossem passadas. Ainda dizia que o meu pão
de queijo era muito duro e que ele gostava de que fosse
macio. Portanto, uni o útil ao agradável. Depois de várias
reclamações da minha sogra, e não do meu marido, sobre
a roupa passada e o pão de queijo, pedi que ela fizesse
o serviço para mim! Afinal, ela estava com saudades de
cuidar do filho dela. Eu precisei compreender e passar por
aquilo. Minha sogra hoje é uma bênção. No entanto, foi
difícil entender os ciúmes dela.

 daptação ou incompatibilidade de gênio


A
(Arrogância, egoísmo, etc.)
Depois que você se casa com o seu marido, descobre que ele
é bem diferente daquele homem com quem você namorava.
Você agora vê defeitos e, talvez, outras qualidades. Aparecem
coisas do cotidiano que podem chocar a vida a dois. Supere
isso. Todo relacionamento tem suas surpresas, umas agradá-
veis, outras, nem tanto.
Quer um exemplo? Eu deixava a escova de dentes ao lado
da ducha do banheiro, e ele se irritava com isso. Contudo, ele
guardava a minha escova na pia todos os dias. Por outro lado,
ele colocava a roupa suja na pia, o que me irritava. Todavia,

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ANGELA SIRINO

todos os dias eu as colocava no cesto de roupas sujas, onde


deveriam estar.
Muitos anos se passaram desde 1993. Até hoje, todos os
dias, depois que eu tomo banho, ele guarda a minha escova na
gaveta da pia (que vergonha!). No entanto, também continuo
colocando a roupa seja dele no cesto, mesmo depois de tanto
tempo. Enfim, se você não consegue mudar o defeito do seu
marido, aprenda a conviver com ele, afinal, o seu esposo é mais
importante do que as adaptações que devem ser feitas no dia a
dia do casamento.

Modernidade e insubmissão
A Bíblia é uma só em qualquer nação do globo. Muda-se
a cultura, a cor, a raça e a nação, mas a Palavra de Deus
permanece inalterada. O mandamento de Deus para o ho-
mem é “amar a sua esposa”. Para a mulher, é “ser submissa
ao marido”.
Deus, sabendo que seríamos eficientíssimas, resolveu co-
locar o marido para nos frear! Profissionalmente, a mulher
tem se destacado. Muitas vezes, elas chegam até mesmo a
ser melhor remuneradas do que os homens. No entanto, a
partir do momento em que a esposa sai de sua posição de
mulher feminina e entra para a posição de feminista man-
dona, passando a diminuir o homem e a tirar a sua autori-
dade, sérios problemas podem ser gerados no casamento.
Quando isso acontece, a mulher coloca o seu matrimônio
em risco. Quantas vezes ouvimos esposas dizendo que seus

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maridos não servem para nada? Elas ainda ressaltam: “Sou


eu quem coloca tudo em casa!”.
Já passei por momentos em que, se eu desejasse, poderia ter
sido insubmissa ao meu marido, pois não dependia dele finan-
ceiramente. Tinha meu carro, minhas amizades e, além disso,
sou uma pessoa com capacidade de liderar onde quer que eu
esteja. Apesar disso, sempre preferi compartilhar as minhas
decisões com com o meu marido, perguntar a ele o que achava
de pequenas e grandes coisas e pedir a sua bênção quando eu
ia a algum lugar sem a sua companhia. Ainda hoje, depois de
mais de 25 anos de casados, eu organizo as minhas agendas em
todo o Brasil e no exterior sob o consentimento dele. Sempre
que possível, em 90% das minhas viagens, tenho a alegria e o
privilégio de contar com a sua companhia.
Os anos se passaram, e hoje vejo como valeu a pena! Vi-
vemos um relacionamento de cumplicidade, no qual somos
“nós”, e não “eu”! Não existe “meu carro”, “minha casa” e “meu
dinheiro”, existe o nosso!

Dívidas
Antes de se casarem, algumas mulheres apaixonadas
dizem: “Com ele eu moro até debaixo da ponte”. Isso, na
prática, não é bem verdade. Quando o cobrador não sai da
sua porta, quando falta arroz na mesa ou dinheiro para pa-
gar a energia, alguns casamentos são desfeitos. São poucos
os casais que suportam sofrer juntos as crises financeiras no
relacionamento.

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ANGELA SIRINO

Fim dos sonhos em comum


Quem não sonha junto não consegue andar junto muito
tempo. Os sonhos são como uma bússola: eles indicam os
caminhos a seguir e as metas a alcançar. Um sonho é algo di-
ferente de um desejo. Estes não resistem às dificuldades do dia
a dia, enquanto que aqueles são projetos de vida, sobrevivendo
às lutas e às provações do cotidiano.

“A presença dos sonhos faz os idosos serem jovens, e


a ausência de sonhos faz os jovens serem idosos.” (Autor
desconhecido).

“A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis, e


a ausência dos sonhos transforma milionários em mendigos.”
(Autor desconhecido).

A sexualidade não correspondida gera


infidelidade
A mulher se casa pela companhia; o homem, por causa da
sexualidade. Ela é um fator muito importante no casamento, e
é sobre esse assunto que falaremos a seguir.

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3 - Entendendo as diferenças
entre homens e mulheres

H
omens e mulheres são diferentes em vários aspec-
tos importantes:

Diferenças mentais
Enquanto nós somos emotivas, eles são racionais. Cos-
tumo dizer que, seguindo por uma estrada, eles veem até
a curva, enquanto nós, mulheres, vemos além dela. Nós
falamos: “Meu bem, vai devagar, pode aparecer um carro
depois da curva e não dará tempo de desviar”. A mulher
é a sentinela, ou seja, é ela quem detecta a presença do
inimigo e avisa se há perigo na área. O homem é o guer-
reiro do casal.

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GEL ADEIRA OU FO GÃO

Geralmente, na hora de fechar um negócio ou quando há


um problema na família, nós dizemos ao marido: “Cuidado,
meu amor! Isso não vai dar certo”. Quando o que predis-
semos acontece e realmente não dá certo, ainda ouvimos:
“Minha mulher tem uma boca!”.
Em determinadas ocasiões, eles passam até a ter medo de
compartilhar alguns dos negócios conosco, porque dá a im-
pressão de que jogamos pragas. Contudo, na verdade, o que
acontece é que as mulheres têm um sexto sentido. Quando
afirmamos: “Alguma coisa está me dizendo que isso não vai
dar certo”, geralmente dá errado mesmo. Se de repente chega
a notícia: “Querida, nós vamos mudar de casa esta semana”,
o marido analisa apenas o que é físico, enquanto a mulher
analisa o emocional. Destarte, ela logo questiona onde será
a nova escola das crianças e diz que é melhor esperar até o
final do ano para que elas não decaiam em seu rendimento.
Elas reparam em detalhes que podem vir a comprometer a
vida emocional da família.
A mulher é intuitiva, analítica e se doa com facilidade.
Geralmente, elas se acompanham na ida ao banheiro, en-
quanto que, se dois amigos se acompanharem na mesma
situação, ainda que seja em um lugar público, certamente
serão criticados.

Diferenças emocionais
A mulher se preocupa com a data de aniversário do marido,
mas também com as de namoro, de casamento, do primeiro

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ANGELA SIRINO

beijo, do primeiro dia em que ele disse “eu te amo”, do aniver-


sário dos filhos, da mãe, do pai, da irmã, da melhor amiga e
até do cachorrinho. Caso o marido se esqueça dessas datas tão
importantes, haverá briga em casa.
O que acontece é que esperamos do homem aquilo que
não lhe é característico. Eles são diferentes, apenas isso, o
que não significa que não sejamos amadas porque nossas
expectativas não são supridas.

Diferenças sexuais
Para o homem, o sexo é físico; para a mulher, emocional.
Além disso, existem outros fatores que influenciam a sexu-
alidade feminina:

1 – Sexualidade feminina X Ciclo menstrual


Nossa sexualidade aflora de acordo com o nosso ciclo
menstrual. Somos mais fogosas em nosso período fértil.
Nossa libido é cheia de altos e baixos.

2 - Sexualidade feminina X Toque físico


O homem não precisa ser tocado e acariciado para estar
pronto para o ato sexual. Às vezes você olha para o seu ma-
rido no café da manhã, no almoço, ou dentro do carro, e ele
está sempre pronto, com aquela coisa estufada. Como pode
estar sempre pensando naquilo, não é?!
As mulheres, por sua vez, geralmente precisam ser
tocadas, acariciadas, ouvir um “eu te amo”, “você é linda”

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ou “maravilhosa” ao pé do ouvido. É como o carvão na


churrasqueira: é preciso colocar álcool e jogar fogo. Alguns
tipos ainda precisam ser abanados e requerem mais álcool
para se incendiarem. Isso dito, temos a consciência de que a
mulher é como um fogão a lenha: ela tarda em acender, mas
também demora para apagar. Já o homem é como um fogão
a gás: pega fogo rápido e apaga logo.
Conta-se que um casal simples morava em uma fazenda e
cuidava dela. Era uma vida sem muitas novidades. Tomavm
conta do gado, dos porcos, das galinhas e da casa. O dono
da fazenda quase não tinha tempo para ir até lá para ver
como andavam as coisas.
Num determinado dia, esse casal, João e Maria, estava
almoçando enquanto as crianças brincavam no quintal.
A rotina seguia normalmente. De repente, o telefone
toca. Era o Sr. Manoel, dono da fazenda, avisando que
visitaria a propriedade para ver como estavam as coisas
naquela tarde.
Mais do que depressa, João chama a Maria para juntos
andarem pelos arredores da fazenda a fim de ver como
estavam os animais sob seus cuidados. Maria vivia triste,
afinal, ela sonhara em se casar com um príncipe encantado,
mas, ao longo dos anos, percebera que estava casada com
o cavalo do príncipe, um homem duro, bruto e áspero, um
matuto, um simples vaqueiro que achava que cuidar de uma
mulher era como domar as vacas no pasto.

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ANGELA SIRINO

João logo se vira para Maria e diz: “Anda, Maria, rápido!


O Seu Mané tá chegando, muié!”. E lá vão os dois, João na
frente e Maria atrás.
Chegando ao curral, o boi estava namorando a vaca. Que
animal bruto! Pula atrás da coitadinha, nem avisa, não faz
carinho e nem dá uma berradinha para a pobrezinha. O boi
logo se satisfaz e depois deixa a vaca lá, sozinha.
João olha aquilo, fica apreciando e diz: “Cabra macho, isso é
que é trabaio bem feito! Num é por menos que o bicho é o mais
bravo, mais forte e mais respeitado dos animais aqui da roça!”.
Maria fica olhando e diz: “Macho nada, João, ele é um
bruto. Pobrezinha da vaca, nem recebe um carim”. “Deixa
de frescura muié. Pra que fêmia precisa de carim? Ôcêis
parece criança”, retruca João.
Os dois continuam a andar pelo quintal da fazenda e logo
chegam ao chiqueiro, onde percebem que dois porquinhos es-
tão no maior amor. O porquinho passa o focinho na porquinha,
aperta a companheira na cerca, passa o focinho de novo e faz
uns barulhinhos. Ficam ali, naquela cena de carinho, durante
alguns minutos. Somente depois disso é que eles resolvem
namorar... uma demora! Por fim, os animais caem molinhos,
um para cada lado.
João olha para aquela cena e diz: “Que pouca vergonha!
Esse bicho é muito meloso e indecente. Tá achando que tem
tempo pra podê namorá essa porca com tanto capricho!
Pra que isso, né, muié? Por isso que o nome deles é porco
mesmo!”.

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GEL ADEIRA OU FO GÃO

Maria olhou para aquela cena com os olhos brilhando


e, encantada com o carinho e com a dedicação do pobre
porquinho pela sua amada, disse: “Oh, João, o pobrezinho
é amoroso. Viu só como ele deixou a porquinha? Ela gostou
demais... ele fez carim nela antes, né!”. “Ôceis muié é tudo
fresca mesmo. Bom é igual o boi e a vaca. Prático e rápido”.
“Cê me desculpe, João, mas bom deve ser igual os porqui-
nhos. Com carim, amor e dedicação”.
Assim começa uma discussão entre o casal: “Bom é como
o boi e a vaca!”. “Não, bom é como o porco e a porca!”. En-
tão, de repente, Maria manda João parar de besteira e diz:
“Simples, João, sabe qual é o jeito que a muié mais gosta?
Basta ocê oiá pro que o boi carrega na cabeça”.
João arregalou os olhos para Maria, ficou calado e saiu
desconfiado, pensando que a esposa poderia ter razão. Foi
resmungando baixinho: “Será que muié gosta mesmo de
carim, amor e dedicação?!”.
Amadas, a piadinha foi só para descontrair, no entanto,
a verdade é que a maioria dos homens acha que, pelo fato
de serem machos e terem aquela coisa no meio das pernas,
operante, comprida e dura quando necessário, é suficiente
para realizar e satisfazer uma mulher.
Às vezes o marido chega e já sobe em cima da esposa com
toda a agressividade e acha que essa atitude é de macho. A
maioria deles não aprendeu e não procurou ler nada sobre
como se deve tratar uma dama, de preferência algo escrito
por uma mulher. Eles ouvem conselhos de outros homens a

34
ANGELA SIRINO

respeito de como tratar a sua esposa. Homens pensam que


as mulheres devem ser tratadas com machismo.
Por sua vez, o outro extremo também não é bom: aquele
tipo que faz tudo por ela, presenteia com tudo o que ela
deseja e vive em função dela acaba sufocando-a.
Para um relacionamento sexual completo e satisfatório, a
mulher precisa de preparo, de toque, de carícias e de cari-
nho. O homem que faz isso acha “um fogão a gás” na cama.
Mais adiante, informaremos como você pode ensinar o
seu companheiro com uma linguagem não verbal a fim de
ajudá-la a pegar fogo mais rápido!

3 – A sexualidade masculina aflora com aquilo que ele vê


Se seu marido está tomando banho e você entra no banheiro,
você é capaz de contar uma história para ele sem nem pensar
em sexo naquela hora. Mas o homem, não. Se ele entra no ba-
nheiro e te vê despida, se vê a marca da calcinha, a alça do sutiã,
ou até mesmo o seu cabelo molhado, ele já pensa em sexo.
Eles são despertados por aquilo que veem. Por isso,
procure estar sempre sensual para o seu marido. Em
casa, vista roupas para despertá-lo. Use belas camisolas,
peças íntimas provocantes, e entre no banheiro quando
ele estiver tomando banho para se juntar a ele debaixo do
chuveiro. Fique sempre perfumada. Quando estiver des-
cansada, dedique-se a terem uma noite “VIP”, abençoada
e com muito amor dentro do quarto de vocês. Esqueça as
preocupações e os problemas do dia a dia e se dedique em

35
GEL ADEIRA OU FO GÃO

dar uma noite memorável ao seu marido. Isso faz toda a


diferença no relacionamento de vocês. Isso fará com que
ele se sinta importante e renovará o relacionamento íntimo
de vocês dois.
Vivemos na era dos cursos, mas nos esquecemos de nos
preparar para melhorar o casamento, de estudar e entender
o objetivo do matrimônio, as necessidades dos cônjuges e as
diferenças genéticas e emocionais que cada um tem. Falta
preparo para vivermos a fase mais importante de nossas
histórias: a vida a dois!
Conta-se que um grupo de mulheres, preocupado com o
constante problema de esposas insatisfeitas no casamento,
resolveu elaborar um manual para auxiliar os homens na
tarefa de fazer uma mulher feliz. Elas chegaram à conclusão
de que não era uma tarefa difícil. São poucos os itens com
que qualquer homem deve se preocupar. Elas fizeram um
manual de instruções e o divulgaram com um anúncio bem
chamativo:
“Extra! Extra! Adquira já o seu manual de ‘Como fazer
uma mulher muuuuito feliz!’, edição limitada!”

O manual começava assim:

“Você sabe qual é o caminho mais curto e seguro para


o coração de uma mulher? Aprenda o que você deve fazer
para conquistar a sua amada. Fazer uma mulher feliz é fácil,
só é necessário ser:

36
ANGELA SIRINO

1) Amigo;
2) Companheiro;
3) Amante;
4) Irmão;
5) Um pouco de pai;
6) Chefe;
7) Educador;
8) Cozinheiro;
9) Mecânico;
10) Encanador;
11) Decorador de interiores;
12) Estilista;
13) Eletricista;
14) Sexólogo;
15) Ginecologista;
16) Psicólogo;
17) Psiquiatra;
18) Terapeuta;
19) Audaz;
20) Simpático;
21) Esportista;
22) Carinhoso;
23) Atento;
24) Cavalheiro;
25) Inteligente;
26) Imaginativo;
27) Criativo;

37
GEL ADEIRA OU FO GÃO

28) Doce;
29) Forte;
30) Compreensivo;
31) Tolerante;
32) Prudente;
33) Ambicioso;
34) Capaz;
35) Valente;
36) Decidido;
37) Confiável;
38) Respeitador;
39) Apaixonado;
40) E, de preferência, se possível, ser RICO!!!

Ainda precisa:

41) Amar a sogra;


42) Chegar cedo em casa;
43) Se lembrar de dar flores e presentes;
44) Presentear a esposa com pelo menos um cartão de
crédito com um bom limite.
E ainda se lembrar de pequenos e simples detalhes, como:
45) Dizer “eu te amo” pelo menos cinco vezes por dia;
46) Lavar a louça aos domingos e, esporadicamente, ajudar
durante a semana;
47) Ligar para ela de qualquer lugar;
48) Deixá-la conversar durante horas ao telefone com as
amigas e a família;

38
ANGELA SIRINO

49) Não roncar;


50) Não ser fanático por futebol;
51) Nunca reclamar de nada;
52) Reparar quando ela cortar o cabelo, mesmo que sejam
apenas as pontinhas. Sempre diga que ficou lindo.
53) Além de tudo, tente não se esquecer das datas de ani-
versário, noivado, casamento, formatura, o dia do primeiro
beijo, do aniversário da mãe (sua sogra), da tia, do irmão ou
da irmã mais querida, do aniversário dos avós, da melhor
amiga e do gato ou do cachorrinho também.

Na semana seguinte, os homens daquela região ficaram


indignados e publicaram um manual bem simples. Eles distri-
buíram o material gratuitamente pelas ruas, pelos comércios e
pelas residências daquela cidade. No conteúdo, estava escrito:

Fazer um homem feliz é muito simples, basta:

1. Dar prazer sexual com muito amor;


2. Ter respeito e admiração por ele;
3. E, é claro, não falar demais.
Bônus: Quando você faz um homem feliz, ele sabe retri-
buir à altura.

A seguir, falaremos da importância do relacionamento


sexual entre marido e mulher, bem como os seus benefícios.

39
4 - Entendendo mais de
sexualidade

O
ato sexual é um presente do Senhor. É uma das
melhores experiências que Deus deixou para
o homem e para a mulher. O relacionamento
sexual com amor, com a pessoa com quem você está casada,
é uma das melhores experiências e uma fonte de prazer e
descanso físico. É remédio para o mau humor crônico. Ele
sara a dor no corpo e a dor de cabeça. Quando existe amor,
respeito e cumplicidade, passa a ser a experiência mais gra-
tificante que existe, superando todas as demais.

Vantagens do sexo para o casal

Alivia o estresse
O homem pode estar no maior estresse, nervoso, cheio de
problemas e conflitos, mas se a esposa sabiamente procurá-lo
e lhe oferecer um momento de relaxamento através do ato

41
GEL ADEIRA OU FO GÃO

sexual, o marido se acalma e fica tranquilo. Se você deseja um


marido calmo em casa, rindo à toa, satisfaça suas necessidades
sexuais. Se você deseja acabar com o seu estresse, dedique-se
a ter noites bem calorosas com o seu marido. Logo perceberá
que você estará mais tranquila e calma.

A união do casal
O casal que se realiza sexualmente é mais unido, mais amo-
roso e é conhecido até mesmo pela forma como se olham. O
marido parece olhar para a esposa como uma joia de imenso
valor, pois a tem como sua preciosidade. Geralmente, ele é
mais doce, porque é bem cuidado e sabe que, se maltratar a sua
amada, ela descontará mais tarde na intimidade. Afinal, com o
passar do tempo, os maridos descobrem que, para colher uma
noite prazerosa, eles precisam plantar o dia todo.
O homem que é bem tratado pela esposa na intimidade
se torna tão apaixonado que, se olhar para ela em qualquer
momento do dia, sente vontade de agradá-la, de falar pala-
vras doces e de tratá-la com amor.
Da mesma forma, a mulher que mantém um relaciona-
mento sexual prazeroso costuma ser menos nervosa com o
esposo, com os filhos, com o cachorrinho e com a emprega-
da. A segurança que o marido expressa pelo amor entre eles
e pela cumplicidade faz com que ela se torne uma mulher
amada. Em contrapartida, quando esposa não mantém um
relacionamento sexual satisfatório, se torna bruta, nervosa e

42
ANGELA SIRINO

estressada. Esse perfil é popularmente conhecido como a a


mulher mal-amada.

Queima calorias
Dizem os especialistas que cada ato sexual bem feito chega a
queimar 660 kcal, o que é equivalente a quatro barras de chocolate.
Portanto, amadas, pensem: “Que bênção, temos uma academia
em casa!”. Quando falo para mulheres sobre o assunto, costumo
brincar dizendo que muitas não perdem peso porque abusam na
reposição da energia perdida no ato sexual.

 roporciona uma das experiências
P
mais magníficas: o orgasmo
Quando o casal chega ao orgasmo, ambos atingem um
momento singular no relacionamento. Vamos tentar ex-
plicar como acontece: o nosso corpo todo participa dessa
experiência fantástica e dessa imensa sensação de prazer. É
como jogar uma pedra num lago: a reação é mais forte no
local onde a pedra acerta, mas continuam em círculos até a
margem do lago. O clímax, a conclusão do relacionamento
sexual com prazer, é o orgasmo.
Nesse momento, o coração acelera, a pressão sanguínea
sobe, a respiração aumenta, tornando-se muito profunda,
rápida e barulhenta. Algumas sentem arrepios em todo o
corpo; os movimentos involuntários aumentam, atingindo

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GEL ADEIRA OU FO GÃO

os órgãos íntimos, a face, os braços, as pernas, os músculos


das costas, o baixo ventre e até os seios; uma reação espe-
cial acontece na sola do pé, que se contrai, formando uma
espécie de garra, sendo que os dedos se enrolam. Todas as
reações são involuntárias, não podem ser controladas.
Algumas mulheres ficam com vergonha de fazer amor
com a luz acesa porque, às vezes, essas reações as levam
a fazer caretas, a dar gemidos e até gritinhos (no caso das
mais escandalosas). Entretanto, quando o marido percebe
essas reações, fica extremamente excitado e realizado, pois
percebe que conseguiu satisfazer a sua amada.
Portanto, aproveitem! Esse momento entre marido e mu-
lher é muito especial! Desfrutem do ambiente em que vocês
estiverem, deixem-no bem iluminado ou na penumbra.
Olhem nos olhos um do outro e troquem palavras de amor
e carinho.
Geralmente, quando o momento de intimidade sexual
termina, o homem fica calado e quer dormir, mas a mulher
quer conversar. Nesses casos, algumas mulheres ficam
magoadas. Ela acha que o marido não a ama, afinal, ele
não bateu palmas nem elogiou o seu desempenho sexual.
No entanto, a partir de hoje, quando isso acontecer e o seu
marido quiser dormir, fique tranquila: isso é sinal de que
você deu conta do recado e teve um excelente desempenho.

44
5 - O que o sexo significa
para o homem?

Satisfaz o seu ego de masculinidade

Q
uando o marido percebe que deixou a sua esposa
toda encantada e realizada, ele não fala verbal-
mente, mas se olha no espelho e diz a si mesmo
dentro do seu subconsciente: “Cabra macho! Como eu sou
bom nisso! Sou um homem nota dez! Olha só como eu
deixei a minha amada esposa!”. Ele se sente rei, dono do seu
território, seguro de si mesmo.
Homens que percebem que não conseguem satisfazer suas
esposas são inseguros na sua sexualidade. Eles têm desejo de
olhar para outras mulheres como galanteadores. Também pos-
suem tendência ao adultério, pois é uma forma inconsciente
que eles têm de procurar suprir o seu ego de masculinidade.
Lembro-me de um casal que eu e meu marido aconselha-
mos. Ele dizia que sua esposa criticava sua forma física, pois
ele era gordinho. Sua esposa também o criticava quando ele

45
GEL ADEIRA OU FO GÃO

diariamente a procurava. Quando estavam no momento


de intimidade, ela ainda dizia: “Oh, bem! Tá demorando
demais, faz isso logo!”.
Então descobrimos o motivo de ele ter a necessidade de
provar para as mulheres que era um garanhão. Não chegava
a consumar o ato sexual com outra mulher, mas encarava
outras moças. Inclusive, até chegou a beijar algumas para
mostrar a si mesmo que era um homem capaz de conquis-
tá-las. Ele queria ter a fama de sem-vergonha, porque, aos
seus ouvidos, isso soava como ser macho. Apesar disso,
ele não se arriscava na cama, pois tinha medo de ter um
“desempenho sexual ruim”, como sua mulher dizia.
Querida, o seu marido tem que se sentir homem, macho,
capaz, gostoso para a sua esposa. Ele tem que perceber que é
homem ao seu lado e que te realiza como mulher. Seu ego de
masculinidade é satisfeito quando vocês se relacionam com
amor e cumplicidade.
Desde sua mocidade, um funcionário que trabalhava
conosco há muito tempo procurava manter uma vida de
comunhão e intimidade com Deus. Procurou se casar cer-
tinho e não costumava mexer com outras moças na época
da sua juventude. Ele era fiel à sua namorada. No entanto,
recordo-me que, nos primeiros meses de casamento, ele
mexia com as mulheres, dando galanteios, e as encarava.
Aquilo me preocupou bastante, porque ele e a esposa
trabalhavam conosco. Eu sempre gostei de ver o bem das
famílias.Sendo assim, resolvi comentar com o meu marido
acerca do que eu estava percebendo. Meu esposo passou a

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ANGELA SIRINO

observá-lo e percebeu a mesma coisa. Um dia, resolveu cha-


má-lo para irem a uma viagem juntos. Durante o percurso,
meu marido perguntou como estava o casamento, brincou
bastante com ele e deu algumas sugestões, assim como um
pai faz com um filho. No entanto, ele se assustou com a
catástrofe de sua vida sexual.
Segundo o relato, a esposa reclamava de tudo. Mandava-o
tomar banho antes do relacionamento. Quando o marido
acordava à noite e a procurava, ela o mandava escovar os
dentes primeiro, era autoritária e o tratava como se fosse um
empregado. Era uma mulher extremamente perfeccionista e
mandona, transmitindo isso na sua intimidade. Consequen-
temente, o marido estava com o seu senso de masculinidade
abalado, o que se refletia em outras áreas de sua vida.
Trabalhamos com eles durante um tempo, e eu peguei fir-
me com a esposa. Para ele, li um texto da Bíblia Sagrada em
que está escrito que “é a mulher sábia que edifica a casa, e
não o homem”. Sabedoria inclui amor, doçura, ver algumas
coisas que não nos agradam e passar por cima. Para ela, eu
disse que realmente não dá para beijar o marido na madru-
gada sem que lave a boca e que a entendia perfeitamente,
mas que, nesse caso, basta desviar o lugar do beijo. Concluí
enfatizando: “Beije o pescoço dele, a cabeça, os ombros, sei
lá onde mais... seja criativa e inteligente! Porém nunca criti-
que nem negue seu marido. Depois, tome um bom banho e
volte a ficar cheirosa. É tão simples, é só ter sabedoria”.
O que mais atrai um homem em uma mulher é a sua
doçura, seu jeito meigo, agradável e amável de ser feminina!

47
GEL ADEIRA OU FO GÃO

Um homem não quer estar unido a uma mulher que se


pareça com outro homem. Ser firme não significa ser bruta,
sem educação e arrogante.

Reafirma sua autoestima


A autoestima da mulher está ligada a uma frase dos nos-
sos tempos de criança que nos acompanha por toda a vida:
“Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?”.
Essa pergunta está ligada à sua aceitação e à forma como
ela se sente com respeito à sua aparência física, indepen-
dentemente de ela estar ou não dentro do padrão de beleza
exigido em nossos dias. A autoestima começa na infância.
Se a mulher foi uma criança que sempre aprendeu que cada
um de nós tem uma beleza particular, que não depende das
nossas formas físicas, já temos 90% do caminho andado.
A autoestima feminina se fortalece com cuidados que
todas nós geralmente temos com o vestuário, com o salão
de beleza e com os acessórios que agregamos à nossa forma
de vestir-se no dia a dia. Uma roupa faz com que nos sin-
tamos “mais mulher”, assim como um corte de cabelo, uma
maquiagem e outros cuidados.
A afeição, então, soma vários pontos! Nossa autoestima é
reforçada quando nos sentimos amadas pelo marido e em
outras circunstâncias favoráveis ao nosso relacionamento
conjugal, sexual, familiar, social e profissional.
Por outro lado, a autoestima do homem está relacionada,
em grande parte, à sua masculinidade e ao seu desempenho
sexual. O restante é secundário; as roupas e os acessórios

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ANGELA SIRINO

são meramente um reparo final, sem muita importância.


Os seus relacionamentos sociais e profissionais são afetados
pelo seu senso de masculinidade. Sendo assim, o homem
frustrado sexualmente reflete esse sentimento em outras
áreas da vida. O homem precisa saber que ele é rei, macho e
viril dentro de casa, encontrando essa resposta no ato sexual.

O homem seguro da sua masculinidade


Ama mais a sua esposa
Quando a sua autoestima é totalmente suprida através
da segurança de que ele é macho e quando consegue
satisfazer a sua mulher, ele passa a amar mais a sua espo-
sa. Com isso, ela se torna sua cúmplice, sua amada, sua
amiga e seu porto seguro.

 sexo satisfatório suprido na intimidade


O
É remédio para a mente masculina
A mente do homem é aguçada por aquilo que ele vê. Os
olhos dos homens não têm cerca nem seguro de fidelidade.
É muito comum o homem olhar, mesmo sem perceber, para
uma mulher, para um par de pernas que atravessa por ele
durante o dia, para um outdoor com imagens femininas ou
ainda para o decote de uma mulher.
Infelizmente, hoje em dia a coisa mais comum de se en-
contrar são mulheres extremamente provocantes cruzando
com nossos maridos o tempo todo. Enquanto estamos em
casa, cuidando dos filhos e nos preparando para receber o
esposo à noite, ou até mesmo trabalhando para ajudá-los no

49
GEL ADEIRA OU FO GÃO

sustento da família, a mente dos nossos cônjuges é bombar-


deada a todo momento por essas situações com mulheres
atraentes, quase despidas e extremamente sexuais, cruzando
com eles ou ainda ao lado de sua mesa no trabalho.
Lembremo-nos de que a maioria dos homens não deseja
assumir compromissos sérios com mulheres assim, pois
sabem que elas não transmitem confiança e segurança em
relacionamentos. São mulheres que vivem o tempo todo
querendo chamar a atenção de alguém. Homens sábios
procuram se casar com uma mulher que tem postura de
sobriedade, elegância e sinceridade.
Quando estamos com muito apetite, corremos o risco de
comer porcarias na rua, em qualquer lanchonete, para não
passar mal de tanta fome, ainda que saibamos que estamos
colocando a nossa saúde em risco! Podemos transferir essa
comparação para o relacionamento conjugal: o marido não
suprido em casa tem mais chances de cometer adultério do
que o marido satisfeito. É mais ou menos assim: se o marido
tem uma refeição farta e caprichada em casa, ele não tem
apetite nem motivos para comer na rua!
Queridas, a melhor vacina para a mente e para o corpo
do seu marido contra a concupiscência dos olhos e as
fraquezas da carne é estar sexualmente satisfeito e suprido
por sua amada esposa! Vacine seu marido. Alimente-o com
capricho. É melhor ele ter congestão do que fome de sexo.
Eu estava casada havia apenas um ano e sempre gostei de va-
cinar muito bem o meu marido, conforme a dica acima. Lem-
bro-me de que saímos para almoçar juntos e, no restaurante

50
ANGELA SIRINO

em que estávamos, parou na frente da nossa mesa uma morena


deslumbrantemente linda, no entanto, com um par de pernas
que jamais havia visto, totalmente à mostra para quem quisesse
ver. Como os olhos de nenhum homem têm cerca, inclusive os
do meu marido, eles olhavam para as pernas daquela mulher.
No momento, eu disse brincando: “Nossa, por que Deus
não caprichou um pouco mais nas minhas pernas?”. Olhei
para o meu marido e ele riu. Antes que ele falasse alguma
coisa, concluí: “Meu amor, ainda bem que você tem um
Omega zero-quilômetro em casa e não precisa olhar para
esses fuscas reformados, batidos e acabados na rua, né!?”. O
Omega era o carro do ano da GM em 1994.
Sirino, o meu marido, riu um pouquinho e disse: “Meu
bem, eu não tenho um Omega zero-quilômetro em casa.
Tenho um calhambeque!”. Ele ficou sério quando terminou
de falar. Na hora, me deu vontade de chorar. Eu sabia que o
calhambeque era um carro velho e fora de moda. Naquele
instante, pensei: “Será que estou usando roupas de senhora
para a minha idade (22 anos na época), ou será que o meu
cabelo não estava com um corte moderno? No que eu estava
fora de moda? Que vontade de chorar, perdi até a vontade
de comer!”. Apesar disso, mantive a classe. Então ele pegou
as minhas mãos sobre a mesa, sorriu para mim, embora
eu já estivesse com meus olhos marejados em lágrimas, e
disse: “Meu bem, todo homem bem-sucedido pode ter um
Omega zero-quilômetro. Um fusca reformado também. Tem
fusca que nem assaltante quer. Agora, um calhambeque é
uma relíquia, custa muito caro e está em extinção. Só alguns

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GEL ADEIRA OU FO GÃO

colecionadores privilegiados possuem o seu. Você, minha


princesinha, é uma relíquia. Deus me presenteou com uma
esposa que ama a Deus, que é feminina, meiga e gostosinha.
O que mais um homem pode querer!”.
Naquela hora, pude me lembrar de uma frase que uma
senhora me disse antes de eu me casar: “Marido satisfeito
sexualmente te acha a mulher mais encantadora e maravi-
lhosa do mundo. Você pode não ser a mais linda, mas será
a mais maravilhosa se souber cuidar dele na vida a dois, na
intimidade”. Nesse caso, eu procurava seguir o conselho
daquela sábia senhora.
Depois de toda aquela cena, chorei, afinal, ainda que
bem masculina, era uma frase romântica! Não achei ruim
ter sido comparada a um calhambeque. Talvez fosse mais
bonito ouvir que eu parecia uma flor de jardim ou a luz de
uma das estrelas, porém foi legal e marcou a nossa história.
Querida, seja uma relíquia para o seu marido. Seu seguro
de fidelidade matrimonial tem uma parcela que deve ser
paga semanalmente, para algumas até mesmo diariamente,
depende do apetite do marido! Seja fiel a Deus, feminina e
meiga. Quando necessário, seja firme, mas saiba ser um fo-
gãozinho na intimidade a dois. É melhor pecar pelo excesso
do que pela falta!

O marido prefere a esposa amorosa


do que a boa cozinheira
A palavra “amante” é interpretada somente como um
termo usado para a terceira pessoa que entra em um rela-

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ANGELA SIRINO

cionamento e faz dele um triângulo amoroso, sem caráter


nem escrúpulos. No entanto, a palavra “amante” se origina
de amar: “é aquele(a) que ama alguém extremante, ama
apaixonadamente outra pessoa ou tem forte predileção por
algo” (Dicionário Aurélio).
Portanto, seja a esposa amante do seu marido, entregue-se
a ele sem reservas, viva apaixonada pelo seu cônjuge. Descu-
bra que o homem prefere mil vezes uma esposa apaixonada
e amorosa do que uma boa cozinheira e dona de casa.
Quantas mulheres já me disseram: “Meu casamento está
indo de mal a pior”, “Estamos prestes a nos separar”, “Ele
não me ama mais”, “Ele não me dá atenção, não para em
casa e implica comigo”? Fazem dezenas de outras queixas
intermináveis e ainda justificam-se: “Eu cuido da casa, lavo
e passo, faço comida como ninguém, aliás, ele disse que eu
cozinho melhor do que a mãe dele!”.
Entretanto, no desenrolar do aconselhamento, elas me di-
zem que não dão ao marido assistência sexual na intimida-
de. Confirmam que tudo vai mal entre quatro paredes. Eles
quase não ficam juntos, já não se abraçam há algum tempo.
Sexo!? Fazer amor? Era muito difícil. Quando faziam, as
crianças estavam por perto, ou então havia algum impedi-
mento. Já não sentiam mais prazer. Assim sendo, concluo o
aconselhamento da seguinte forma: “Marido prefere esposa
amante, apaixonada e amorosa do que boa cozinheira”.
Se você e seu esposo estiverem bem na intimidade,
estarão bem em qualquer outra área do relacionamento
conjugal. Facilmente haverá ajustes entre o casal nas demais

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GEL ADEIRA OU FO GÃO

áreas da vida. O marido bem cuidado não reclama muito da


comida salgada, da roupa mal passada ou de outras coisas
em casa. Ele é mais forte para superar as crises do dia a dia,
afinal, há um momento especial no qual as suas baterias são
recarregadas.
Existem mulheres que dão o melhor de si para os filhos,
para a casa, para o trabalho, para as amigas, para os parentes,
para a igreja e para a sociedade. No entanto, elas se esque-
cem de que o mais importante é o seu cônjuge. A prioridade
da esposa é o marido. Sua família é sua maior riqueza, o
seu maior ministério. Para que ele tenha êxito, é necessário
que o casal viva unido e em harmonia na sala, na cozinha e,
principalmente, no quarto.

A mulher é o elemento reagente


A atitude da mulher determina o desempenho no
momento da intimidade sexual. Ela é geladeira ou fogão?
Quente ou fria? A frieza é determinada por atitudes que
costumeiramente acompanham frases, tais como: “Estou
com dor de cabeça”, “Você vai demorar muito?”, “Eu ainda
quero assistir ao programa de TV!”, “Estou muito cansada!”,
“A cama está balançando demais!”, “A cama está barulhen-
ta!”, “Está doendo!” ou “Anda rápido!”.
Existem algumas mulheres que quase dormem, só faltam
roncar. Acham exagero ou brincadeira?
Você abre ou fecha as pernas? Você abraça ou cruza os
braços? Você corresponde a um beijo ou lhe nega carinho?
Você se oferece ao seu marido ou lhe nega um pedido? Você

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ANGELA SIRINO

critica ou elogia seu esposo? Sua atitude é de frieza ou de


calor? Você é geladeira ou fogão?
Nas muitas ministrações que tenho feito ao longo dos
anos nessa área, detectei vários fatores que envolvem a
frieza sexual das mulheres. Neste livro abordaremos alguns
deles. No entanto, o ideal é que procure ajuda para que o seu
casamento não venha a desmoronar. Seja qual for a causa
que esteja gerando frieza na sua intimidade, ela precisa ser
tratada antes que o pior aconteça; mágoas, amarguras, trai-
ções, decepções, falta de amor ou perdão: você conhece um
Deus capaz de mudar qualquer situação. Busque-o mais,
não aceite a falência do seu casamento. Se houver questões
relacionadas à saúde, estamos em pleno século XXI; há so-
lução para isso! Nesse caso, você deve procurar tratamento
urgentemente. A intimidade sexual com seu marido é uma
fonte de prazer ou somente um dever?

55
6 - Dicas para as mulheres

Observe a higiene

N
ós, mulheres, não podemos ficar muito tempo sem
tomar um banho, pois nosso cheirinho não fica
bom. Existem mulheres que tomam banho às 17h
e, quando o marido se prepara para dormir, lá pelas 23h,
elas sequer dão um retoquezinho na sua higiene feminina.
Tome outro banho antes de se deitar com seu marido, não
custa nada. Se ele não te procurar, aproveite para se oferecer
a ele bem limpinha e cheirosa.
Use cremes em todo o corpo, use perfumes agradáveis,
escove bem os dentes, mastigue um chiclete para que a
sua boca fique ainda mais agradável, fique atenta ao odor
debaixo dos braços, cuidado com o chulé nos pés, use um
sabonete íntimo bem cheiroso, pingue gotinhas de perfume
em todo seu corpo, principalmente na parte que ele mais
acaricia. Enfim, seu marido vai ficar encantado! Como é
bom ter uma esposa cheirosa!

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GEL ADEIRA OU FO GÃO

O interessante é que você vai perceber que, com o passar


do tempo, antes de ir se deitar na cama com você, o seu
marido vai sentir a necessidade de tomar banho como algo
natural. Ele terá o desejo de se perfumar mais para ficar
como você. Compre um sabonete íntimo para ele e chame-o
para tomarem banho juntos, pois assim ele perceberá como
é bom ficar cheiroso e perfumado para a sua amada.
Muitas mulheres reclamam que fazem sua parte, mas que os
maridos querem ter relações sexuais, por exemplo, depois de
atividades em que suaram bastante, não tendo sequer tomado
uma ducha. Sempre aconselho que você mesma o chame para
o banho, depois frise carinhosamente: “Como é bom te abraçar
e te beijar todo cheirosinho”. Seus carinhos e elogios vão surtir
mais efeito do que críticas e murmurações.
Amadas, continuo a dizer: “A mulher sábia edifica a casa”.
Seja sábia, querida, esta é nossa tarefa.

Conversem sobre o que vocês apreciam


na intimidade
A comunicação é um importante pilar em todos os re-
lacionamentos, principalmente naquele que é construído
a dois. Em vez de dizer para o seu marido que “não gosta
disso ou daquilo”, fale sobre aquilo que você prefere. Diga:
“Querido, prefiro que você me acaricie assim”. A palavra
“não gosto” soa negativamente, enquanto que a palavra
“prefiro” soa como se disséssemos “é melhor assim”.
Você pode usar a linguagem não verbal na comunicação.
Geralmente, os maridos não sabem que precisam nos
preparar com carinho e carícias para nos conduzir melhor
ao orgasmo. O homem precisa analisar e tocar o corpo da
esposa como um historiador que analisa e aprecia um mapa

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ANGELA SIRINO

em busca de um precioso tesouro. Às vezes é melhor usar a


linguagem não verbal. Ponha as mãos dele no lugar do seu
corpo que você mais aprecia. Por exemplo, coloque-as nos
seus seios e, assim que ele os acariciar, faça uma expressão
de alegria e entusiasmo, quem sabe dando uns gritinhos, e
diga: “Nossa, meu amor, que coisa maravilhosa!”.
Se ele é rápido para fazer amor, diga que está com sauda-
de de beijá-lo como nos tempos antigos. Intercale os beijos
com toques no corpo dele, com abraços e palavras de amor
e carinho e, é claro, mostre-se bem empolgada e entusias-
mada. Dessa forma, ele aprenderá a apreciar o seu corpo.
Coloque humor em seu relacionamento.
A maioria dos maridos desconhece que tocar no clitóris
feminino pode ajudar a esquentar o ato sexual. Se desejar,
fale com seu marido sobre isso. Nesse caso, a expressão não
verbal ainda é a melhor. Assim como você fez ao pegar as
mãos dele e colocá-las no seu seio, fazendo o maior alvoro-
ço, agora pegue as mãos dele e as coloque no lugar onde ele
mais gosta de brincar. Peça para que ele, suavemente, faça
carinho nesse lugar. Diga: “Meu bem, que coisa gostosa!
Que coisa boa!”, e faça a maior festa. Com isso, ele perceberá
que tocar você, no seu clitóris (ainda que ele nem conheça o
nome correto), acariciá-la e apreciar o seu corpo proporcio-
na mais alegria para vocês dois. Sabiamente, você vai ensinar
ao seu marido como podem chegar ao orgasmo juntos e ter
um relacionamento sexual ainda mais prazeroso.

A mulher sábia faz do marido o que quer


Você quer um carro ou uma roupa nova e está sem cora-
gem de falar com ele? Cuide bem do seu marido e depois

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GEL ADEIRA OU FO GÃO

peça o que quiser – dentro da sua realidade, é claro. Geral-


mente funciona!
Durante minhas palestras, sempre brinco com as mu-
lheres dizendo que, se desejam uma roupa nova ou até
mesmo um carro novo, compatível com seu padrão de
vida, e está difícil ganhar esse presente, a dica é que namo-
rem o marido todos os dias da semana (mas com capricho,
hein?!). No sábado, repitam a dose logo pela manhã e à
noite novamente. No domingo, ao amanhecer, cuide mais
uma vez dele e toque no assunto do carro novo ou da roupa
nova. Certamente, a resposta será positiva, afinal, ele não
vai querer contrariar a sua amada que, durante a semana,
lhe proporcionou tanto prazer.
Lembro-me de que, em uma determinada época, eu
queria trocar de carro. O meu estava com alguns anos de
uso e eu me encantei com um carro que havia entrado
no mercado. Eu sabia que, se meu marido quisesse e se
esforçasse um pouquinho, ele poderia dá-lo para mim. Era
o mês do meu aniversário. Caprichei bastante nos nossos
momentos íntimos naquele mês. Sempre que eu via o carro
na rua, dizia: “Nossa, meu bem, você já viu como esse carro
é lindo? Daqui uns meses, quando você for trocar o meu
carro, quem sabe a gente pode ir ver um desses, né? Pode
ser usado mesmo!”. Eu dizia isso, mas logo em seguida já
mudava de assunto.
Na semana do meu aniversário, meu marido me deu uma
festa de cinema. Ele caprichou! Fez um jantar surpresa à luz
de velas e, quando eu cheguei ao evento, fui surpreendida
por uma chuva de pétalas de flores. Nessa festa estavam nos-
sos familiares e vários amigos. Ele contratou um coral para

60
ANGELA SIRINO

a cerimônia, com músicas que marcaram nosso namoro.


Detalhe: aonde que que eu fosse, um violinista ia tocando
ao meu lado. Meu esposo mandou fazer um clipe com nossa
história, dando detalhes sobre a Angela família, profissional,
amiga, mãe, serva de Deus e esposa! No final, ele fez uma
declaração de amor ao vivo, que me fez chorar durante o
restante da festa. Depois dos parabéns, no centro do salão
de festas, havia uma decoração linda, contornada por um
quadrado com belas cortinas e sofás, como se fosse um local
para os amigos confraternizarem durante a comemoração.
De repente, as cortinas caíram. Lá estava exatamente o
carro que eu queria, e era um zero-quilômetro. Apesar de
tudo isso, algo me chamou muita atenção: quando Osmildo
e eu passávamos de mesa em mesa, agradecendo a presença
dos convidados, o clima entre os casais quase sempre pare-
cia péssimo.
Quando chegávamos, os maridos diziam: “Poxa, Sirino,
se você tivesse me avisado que faria uma festa assim, eu não
teria vindo. Olhe só a cara da minha mulher! Pelo que estou
vendo, vou dormir no sofá. Ela está resmungando e brigan-
do comigo, dizendo que eu não lhe dou nem uma flor, mas
que a Angela ganha uma chuva de pétalas!”. Outros ainda
diziam: “Minha mulher está brigando comigo, dizendo
que eu não dou para ela nem uma máquina de lavar roupa
moderna, enquanto a sua ganha um carro novo!”.
Pior ainda era quando as mulheres resolviam reclamar
dos seus maridos para o meu! Eu fui ficando até meio sem
graça. No entanto, algo marcou a minha vida naquela noite.
Quando chegamos a uma determinada mesa, a esposa de
um grande amigo nosso se virou para meu companheiro

61
GEL ADEIRA OU FO GÃO

e disse: “Sirino, dá umas aulas para os maridos que estão


aqui, principalmente para o meu! Não existem mais homens
assim, estão todos em extinção!”.
Sorri, talvez um pouco constrangida. De repente, meu es-
poso me abraçou, olhou para aquele casal e se dirigiu à mu-
lher, dizendo: “Eu sou incapaz de dar aulas para os maridos
ficarem bons. Se eu sou um homem que está em extinção é
porque tenho uma mulher muito diferente em casa. Se você
quiser um homem nota dez, peça à Angela, minha esposa,
umas aulas. O homem que eu sou hoje foi e é moldado por
ela. A mulher sábia e inteligente faz do cônjuge o que quer,
ganha o que quer e muito mais. Ela, sim, é capaz de dar
aulas de como ter um bom marido, e não eu!”.
Houve total silêncio naquela hora. Eu fiquei caladinha
e, até os dias de hoje, quando me sinto meio cansada, des-
motivada por algumas influências do dia a dia, procuro me
apegar àquele comentário do meu marido. O que ele disse é
a definição do que a própria Bíblia revela: “A mulher sábia
edifica a casa”. Além disso, ouvi dizer que quem edifica a
casa percorre o caminho da intimidade sexual entre um
casal! Qualquer problema fica mais fácil de ser resolvido
depois de um belo e maravilhoso momento a dois.
Lembro-me de que, quando eu falava sobre esse assunto
em um seminário para mulheres numa determinada igreja
em Goiânia, levantou-se entre elas uma senhorinha, que
aparentava ter uns 75 anos. Ela era bem velhinha mesmo,
tinha até dificuldades de locomoção, por isso usava uma
bengala para se apoiar. Ela veio para frente, acenando como
se quisesse falar. Confesso que fiquei meio preocupada, com
receio de que ela pegasse aquela bengala e acertasse bem no

62
ANGELA SIRINO

meio da minha cabeça, tratando-me como uma devassa ou


uma mulher sem pudor por estar ali ensinando os conceitos
contidos neste livro. Afinal, na época daquela senhora as
coisas certamente eram bem diferentes. Outrora, as mulhe-
res viam a sexualidade apenas como meio de procriação,
um mero dever da mulher, e não como uma forma de prazer
entre o casal.
Ela pediu a palavra. Embora receosa, a deixei falar. Então
ela começou dizendo: “Ah, minhas amadas irmãs, se na
minha época houvesse um ensino assim, quantos maridos
seriam mais felizes e menos emburrados!? Eu já sou viúva
há seis anos, e quero dizer que meu marido nunca passou
vontade! Eu era fogosa! Cuidava bem do meu Zé! Como
tenho saudade daqueles momentos!”.
Fiquei surpresa com o comentário da senhora, mas, em
seguida, ela continuou: “Eu costumo dizer para as minhas
filhas e para as minhas noras que homem é igual gato: você
começa a alisar e eles se deitam, fazendo tudo o que você
quiser. Eu digo para elas: seja uma dama na sociedade, mas,
dentro do quarto, capriche, perca a vergonha, abra as pernas,
beije, abrace, morda, dê uns gritinhos”. Todas as mulheres
que se encontravam ali arregalaram os olhos.
Ela continuou: “Vocês, mulheres, não fiquem preocupa-
das se estão ficando velhas, com vergonha do seu corpo,
das pernas moles e dos seios que caem por causa da idade.
Antes de o meu Zé morrer, ele me disse uma coisa que fez
com que me apaixonasse ainda mais. Eu devia ter uns 60
anos. Um dia, ele me deu banho e depois fomos namorar.
Então ele me olhou e disse: ‘Maria, minha flor, mulher é

63
GEL ADEIRA OU FO GÃO

como maracujá: quanto mais murchinha e enrugadinha,


mais gostosa e doce é!’.”
Todos caíram na gargalhada e, em coro, aplaudiram de pé
a irmã Maria, que era tão simples, mas sabiamente nos deu
uma grande lição de vida e experiência naquela noite. Fiquei
emocionada, dei um abraço e um beijo nela, e disse que, onde
quer que eu palestrasse, contaria a história do maracujá.

Dores na relação sexual


Na maioria dos casos, a principal causa de dor é a difi-
culdade de lubrificação vaginal de algumas mulheres. Essa
complicação é atribuída a diversos fatores: hormonal, emo-
cional, feridas na alma com relação à sexualidade, medo,
falta de preparo do marido com a mulher, estresse, etc.
Neste livro, abordamos alguns desses assuntos. A saída
mais urgente nesses casos de dor, quando ainda não foi
diagnosticada a causa, é que a mulher use algum tipo de
lubrificante na vagina antes da intimidade. Isso diminui a
dor e ajuda a promover o prazer durante a relação sexual.
Nas farmácias, você encontra um gel muito eficiente e ba-
rato para isso, chamado KY. Só é necessário colocar uma
pequena quantidade na vagina. Não é necessário passá-lo
no órgão masculino.
Costumo aconselhar as mulheres que têm esse tipo de
problema que evitem contar ao marido que colocam gel
vaginal, pois, dependendo da autoestima do homem, isso
poderá gerar nele um sentimento de incapacidade, tra-
zendo uma sensação de fracasso. A atitude de usar o gel,
com o passar do tempo, faz com que a vagina comece a se
lubrificar com mais facilidade, sem a ajuda dele. O uso do

64
ANGELA SIRINO

lubrificante é aconselhado também para as mulheres que se


casam virgens, pois muitas se decepcionam ao sentir dor no
momento do relacionamento.
Em uma das minhas palestras sobre sexualidade femini-
na, aconselhei uma mulher que tinha quatro anos de casada.
Ela foi me procurar porque se achava anormal, pois não
tinha interesse pelo sexo e sempre o viu como algo ruim.
Contudo, amava o marido e queria fazê-lo feliz. Quando
os dois se casaram, ele havia tido uma única experiência
sexual, e ela era virgem. Ela me contou que, na primeira
semana, sentiu muita dor. Depois, a dor diminuiu, mas ela
ainda sentia certo desconforto. Com isso, o marido passou
a sentir muita dificuldade de realizar a penetração. Um de-
sinteresse foi gerado pela falta de alegria da esposa naquele
momento que deveria ser de prazer entre os dois. Assim, o
esposo começou a ter ejaculação precoce.
Após um ano de casados, diante do dissabor e da decep-
ção conjugal, os dois passaram a viver dentro da mesma
casa, dormindo na mesma cama, mas apenas como bons
amigos. Relacionavam-se sexualmente com um intervalo
de quatro meses.
Quando ela me procurou, dizendo que seu esposo tam-
bém não gostava de sexo, mostrei a ela que, devido à sua
reclamação constante de dor e sua expressão visível de insa-
tisfação, foi gerada uma capa de proteção na masculinidade
do marido, levando-o a não procurá-la com frequência.
Quando os dois tinham algum relacionamento, ele, em
seu subconsciente, acelerava o processo de ejaculação para
que aquele momento acabasse o quanto antes, visto que,
de qualquer forma, a esposa não se realizava. O problema

65
GEL ADEIRA OU FO GÃO

era que ela já estava se sentindo mal, sua autoestima estava


totalmente abalada e achava que o marido não a via como
mulher pelo fato de não procurá-la constantemente.
Mostrei a ela o quanto isso deveria estar afetando a sua
relação e ressaltei que “casamento sem sexo corre o risco de
não durar muito tempo”. Então aconselhei que ela fizesse
uso do gel lubrificante sem que comentasse com ele, a fim
de que não se sentisse ainda mais incapaz, a ponto de pre-
cisar de auxílio para ajudar a esposa a ter desejo. Também a
orientei a procurar o marido e a se esforçar para transmitir
amor, paixão e alegria por aquele momento. Como a dor
seria praticamente escassa com o gel, aconselhei-a a se
entregar de corpo e alma àquele momento. Felizmente, os
dias passaram e tive boas notícias com respeito à melhora
do relacionamento dos dois.
Outro detalhe que vale a pena ressaltar é que, com o
passar dos anos, a mulher lubrifica menos, porquanto se
aproxima o tempo da menopausa. Costumo explicar às mu-
lheres que isso é normal, elas não deixaram de desejar o seu
cônjuge. Nesse caso também pode ser recomendado o uso
do gel. Depois das palestras, são inúmeras as mulheres que nos
procuram para anotar o nome desse lubrificante tão precioso.

Sexo como arma


Não use o sexo como arma para conseguir o que você
quer. Você pode até usá-lo como auxílio, mas não faça bar-
ganha, pois o seu corpo pertence ao seu marido. A Bíblia diz
que devemos pagar a ele a devida benevolência. Mulheres
que usam sexo como arma, seja de ataque ou de defesa, um
dia podem colher males.

66
ANGELA SIRINO

Eu e meu esposo temos um amigo que ficou viúvo e se


casou novamente com uma mulher bem mais nova do que
ele. No princípio, o relacionamento estava às mil maravilhas,
mas com o passar dos anos, aquela jovem mulher percebeu
que o marido estava muito velho para ela. A moça percebeu
que o único benefício no casamento era a posição social que
ela tinha ao estar casada com ele, um homem de condição
financeira e status consideráveis. Além disso, ela desfrutava
de alguns privilégios, como boas roupas, a casa, o carro, a
conta bancária, entre outros.
Diante disso, ela começou a dar para ele uma boa noite de
prazer apenas quando queria algo. Nos demais dias, o tratava
com aspereza. O casamento desabou quando ele percebeu que
não passava de um mero objeto de barganha para a mulher.
Por fim, notou que o interesse da esposa se voltava apenas às
coisas materiais que ele tinha, e que ela só o tratava bem e o
procurava quando queria suprir algumasde suas necessidades.
Relacionamentos assim não vão adiante, principalmente
quando essa atitude parte da mulher.

 eu marido precisa de motivos para


S
voltar para casa
O homem precisa de paz doméstica. Em meu livro
“Segredos para um casamento feliz”, ressalto que esta é
uma necessidade do marido. Não brigue pelo sapato sujo,
pelas roupas espalhadas no lugar errado, pelo creme dental
apertado ao meio, pela escova de dente na gaveta errada e
até mesmo pelas contas de casa que não foram pagas. Use
uma forma sadia para a comunicação, exceto as brigas. Sei
que cada relacionamento tem os seus problemas, não existe

67
GEL ADEIRA OU FO GÃO

casamento perfeito, mas ainda assim podemos fazer do


nosso lar um pedacinho do céu na Terra, pois o amor tudo
suporta, tudo espera e tudo crê.

O casamento e as dívidas
Você já parou para pensar que a maioria dos homens tra-
balha para cuidar da esposa e dos filhos, e que por isso eles
têm a responsabilidade de pagar as contas? Mesmo quando
a mulher trabalha fora, ela usa parte de seu orçamento para
si mesma e para os filhos. O marido geralmente fica com
a responsabilidade de pagar outras contas de casa, como o
aluguel, a água, o telefone, a energia e outra série de despesas
decorrentes da vida em família.
Portanto, seu marido precisa estar feliz ao pagar as despe-
sas que acompanham o matrimônio. Se a maioria das contas
na sua casa vence em meados do dia 10 de cada mês, cuide
bem do esposo a partir do dia 5. Nesse período, não falte na
intimidade sexual, pois dessa forma ele estará tão feliz que,
no dia dos boletos, pagará tudo sem reclamar. Ele perceberá
que, apesar das dívidas que acompanham o matrimônio, o
casamento é algo muito bom.
Além de tudo, se porventura é você, mulher, quem anda
pagando as contas de casa, não deixe que isso atrapalhe o
relacionamento de vocês, tornando-se um motivo de brigas
e humilhações entre ambos.

Não faça marketing do seu marido


Há mulheres que se sentem felizes em compartilhar deta-
lhes da vida a dois. Elas contam como o marido é no quarto,
de que cor de camisola ele gosta, que cor de roupa ele pre-

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ANGELA SIRINO

fere, e até compartilham suas frases românticas prediletas.


Isso é um perigo. Não faça marketing do seu esposo. Não é
necessário que suas amigas, e até mesmo suas irmãs, saibam
como vocês dois são na intimidade.
Vou relatar uma história que eu acompanhei, apenas
substituindo os nomes verídicos. Marta era casada com
Pedro, que gostava exageradamente de sexo. Ele o fazia
praticamente todos os dias da semana e, se desse moleza, até
duas vezes ao dia. Marta não apreciava o sexo tanto como
Pedro, mas nem por isso o casamento deixava de ser bom.
Sua vizinha, Ana, era casada com Carlos, que não gostava de
sexo na mesma proporção que a esposa. Ele era um homem
muito passivo sexualmente. Para ele, uma vez por semana
era o suficiente. Já Ana era fogosa, queria, se possível, no
mínimo 4 ou 5 vezes por semana.
As duas amigas falavam sobre a casa, os filhos, os afazeres
domésticos, os sonhos e as coisas do dia a dia, mas também
conversavam sobre sexualidade e seus momentos íntimos
com seus maridos. Marta reclamava do esposo fogoso,
quente como um fogão. Ana reclamava do marido parado,
frio como uma geladeira. De repente, Ana começou a olhar
para o cônjuge de Marta e a pensar em como a amiga teve
sorte por ter um marido assim.
Entre os olhares imaginativos de Ana para o esposo da
amiga, surge um flerte, e o bom marketing que Marta fazia
de seu marido agora surtira efeito. Os dois vizinhos fogosos,
Ana e Pedro, começam a trair seus cônjuges mais passivos,
Carlos e Marta. A amizade de Marta e Ana prosseguia, mas
Marta estava sendo traída pelo esposo com a amiga, Ana,

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GEL ADEIRA OU FO GÃO

que sutilmente mantinha o caso escondido. Imagine a de-


cepção quando Marta descobriu a traição da amiga!
Felizmente, Deus interveio naquela situação, houve
perdão e o casamento foi restaurado. No entanto, a família
sofreu muito, e a maior culpada por aquela situação foi a
esposa, que, sem se dar conta do grande erro que estava
cometendo, fazia marketing do seu marido.
A palavra intimidade se explica por si mesma. Ela repre-
senta algo reservado, para poucos, para vocês dois!

 eja criativa, coloque humor na sua vida


S
sexual
Faça coisas diferentes, desde que não firam a sua moral e
a do seu cônjuge. Lembro-me de que falei sobre esse assunto
em uma determinada igreja, e, no ano seguinte, voltei lá
com outra mensagem, porém dentro do mesmo contexto.
Uma irmã muito simples, cujo marido era guarda noturno,
pediu para compartilhar um testemunho. Ela disse que, no ano
anterior, pensando em fazer algo criativo, enrolou o sanduíche
do marido com papel alumínio, perfumou uma calcinha e
a colocou dentro da lancheira, juntamente com o lanche.
Quando o cônjuge abriu a vasilha, ligou imediatamente para
ela e não conseguia se conter de tanta emoção pela criatividade
da esposa apaixonada. Ela ainda colocou um bilhete dizendo
que algo mais gostoso esperava por ele em casa. Em seguida,
contou que o marido ligava a todo o momento e que chegou
em casa antes do horário previsto. Uma simples brincadeirinha
pode trazer muito humor e alegria para o casal.

70
ANGELA SIRINO

• Coloque bilhetes no bolso da camisa e da calça do seu


marido, dentro do sapato, enrolados na cueca, dentro
da meia ou no meio das roupas da mala quando ele
sair para viajar;

• Mande imprimir as fotos de vocês dois em uma cami-


seta de pijama especialmente para quando ele viajar;

• Use belas camisolas e conjuntos de calcinha e sutiã;

• Mande as crianças para a casa da vovó e arrume o


quarto com flores, balões com fitilhos coloridos, um
lanche com frutas e chocolates especiais e faça uma
noite diferente em sua casa, no seu quarto consagrado
a Deus. Caso a vovó more longe, deixe as crianças
irem para a casa de uma amiguinha;

• Em datas comemorativas, por exemplo, no aniversário


de casamento, enfeite o quarto com fotos da história
de vocês. Escreva com creme dental no espelho do
banheiro e arrume o quarto de forma especial;

• Deite sem roupa e se cubra com o lençol. Faça sus-


pense. Depois, assustada, diga que parece haver um
bichinho debaixo do lençol e peça ajuda. Quando ele
levantar o lençol, grite entusiasmada: “Surpresa!”;

• Acorde seu marido de madrugada e diga que precisa


dos seus cuidados, pois está com insônia. Ele se senti-
rá um super-homem;

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GEL ADEIRA OU FO GÃO

• Use cremes, óleos e loções perfumadas;

• Quando ele estiver debaixo do chuveiro, peça que te


ajude a tomar um banho caprichado. Faça uma sur-
presa para ele;

• Lembre-se: homens são estimulados pela visão.


Cuide-se! Dentro de casa, a sós, seja o mais sensual
possível. Sempre morei com alguém de fora em casa
conosco, como uma babá para me ajudar com as
crianças. Ainda assim, quando estamos a sós em casa,
sempre uso uma camisola bem sensual, um roupão de
seda ou de cetim e tamancos de salto com plumas. Os
olhos do meu marido ficam ocupados comigo, indo
e vindo de um lado para o outro dentro de casa. Até
acho engraçado, pois se ele está na rua e retorna na
companhia de alguma pessoa, liga antes e fala comi-
go, ou avisa a ajudante que ele está chegando em casa
com visita;

• Dê presentes com algo criativo, que marque a inti-


midade de vocês. Uma vez, dei de presente ao meu
marido um jogo de cuecas bordadas com frases ex-
pressando o quanto ele é especial para mim, e, é claro,
assinadas com meu nome. Uma irmã testemunhou
que fez isso depois que ouviu a sugestão em uma de
minhas palestras, e o esposo dela disse que nunca
recebeu um presente tão lindo. Além do humor que
houve na hora em que ele ganhou o presente, isso
soou como uma forma carinhosa de dizer: “Feliz
aniversário, amor da minha vida”;

72
ANGELA SIRINO

• Envie mensagens para ele fora de datas comemorati-


vas, sem que haja um motivo aparente;

• Crie e invente! Faça algo diferente para colocar humor


e alegria em seu casamento;

• Adquira o livro “Segredos para um casamento feliz”


pelo site <www.angelasirino.com.br> e leia outras dicas.

73
7 - Geladeira ou fogão

E
xistem vários fatores que podem influenciar o desejo
sexual feminino. Neste capítulo, vamos analisar
alguns deles:

Falta de informações
Um palestrante contou aos noivos uma piadinha para
explicar a importância de aprendermos mais sobre o corpo
um do outro antes de nos casarmos. Ele relatou que um
casal de jovens da igreja, ambos virgens e muito puros, se
casaram sem ter feito um curso que os preparasse.
A mãe procura o filho, um belo rapaz, que estava se ca-
sando virgem com uma moça também virgem, e diz: “Filho,
na hora H, quando vocês dois se encontrarem a sós, tudo
acontecerá naturalmente. No entanto, qualquer dúvida pode
ligar para a mamãe, vou ficar do outro lado do telefone. Se
precisar, eu ensino daqui”.
O casalzinho saiu para a noite prometida, a maravilhosa
lua de mel, tão apregoada como boa. Eles se abraçavam e se
beijavam, porém nada mais acontecia.

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GEL ADEIRA OU FO GÃO

De repente, o telefone da mãe do rapaz toca e ele diz:


“Mãe, está tudo normal há um bom tempo. Nos beijamos e
nada mais acontece. É assim mesmo?”.
A mãe pergunta se os dois estão despidos. O filho então
responde: “Não. Precisa?”. “Claro que precisa, filho! Tire
delicadamente as roupas dela, até as íntimas, e tire as
suas também. Depois comece a beijá-la e tudo acontecerá
naturalmente”.
Cerca de 10 minutos depois, o telefone da mãe toca de
novo e o filho diz: “Mãe, é diferente beijar ela despida. É
muito bom. Dá uma sensação muito agradável. Mas é só
isso mesmo?”. Preocupada, a mãe pergunta: “Filho, só acon-
teceram os beijos? Nada mais?”. “Apenas muitos beijos”, ele
respondeu. A mãe o instruiu a continuar beijando a esposa.
Caso não acontecesse mais nada além, ele deveria retornar
a ligação.
Mais 10 minutos se passaram e o telefone toca novamente:
“Mãe, está tudo normal, estamos apenas respirando muito
acelerado”. “Filho, tem alguma parte no seu corpo que está
bem grande? Crescida? Dura?”. “Sim, mãe. É claro que tem!”.
A mãe respira aliviada e diz: “Ainda bem!”, e continuou com
as suas instruções: “Pegue essa parte e coloque onde ela faz
xixi. O resto acontece naturalmente, filho”.
Passaram-se mais dez minutos e o telefone tocou. A mãe,
toda ansiosa atende e diz: “E aí, filho? Gostou da coisa, né!
Como ficou minha norinha predileta? Deve estar rindo à
toa, certo?”.
Decepcionado, o filho disse: “Bem, mãe, a gente pensou
que era melhor, foi muito sem graça. É só isso mesmo?”.
Confusa, a mãe responde: “Como só isso mesmo? Você fez

76
ANGELA SIRINO

o que te mandei?”. “Claro, mãe! Peguei a parte mais crescida


que está em mim e coloquei onde ela faz xixi”. Irritado,
concluiu: “Peguei meu pé e coloquei no vaso sanitário. Isso
é muito sem graça!”.
Brincadeiras à parte, há casais que não desfrutam de
plena realização sexual por falta de informação. Somos
ignorantes. Achamos que tudo acontece naturalmente, que
não precisamos ler e aprender a ter um desempenho sexual
melhor com nosso esposo.
Lembro-me de uma funcionária que se casou com um
rapaz com quem ela havia namorado durante uns cinco
anos. Ele já havia tido uma experiência sexual antes do
casamento, mas ela nunca. Os dois eram um exemplo, se
davam muito bem e ansiavam pela data tão esperada. Eles
se casaram, foi uma noite linda! Entretanto, nos dias que
se seguiram, comecei a perceber que aquela jovem estava
triste, amargurada e com um semblante bastante abatido.
Eu sempre a questionava, querendo saber o que estava
acontecendo, mas ela se mantinha resoluta em não com-
partilhar nada. Começou a apresentar problemas de saúde,
como desmaios e depressão. Enfim, sua vida virou um
tormento.
Cheguei à empresa em um determinado dia e a encontrei
chorando. Abracei-a e perguntei o que estava acontecendo.
Naquele momento, ela me disse que precisava urgentemente
ir à ginecologista, porque ela não era normal. Completou
dizendo que o seu marido reclamava que ela não gostava
de sexo, que ela reclamava o tempo todo, e que disse que
não queria uma esposa estragada. O casamento mal havia
começado e já tinha ameaças de acabar.

77
GEL ADEIRA OU FO GÃO

Contudo, ela queria que eu a ajudasse com a indicação


de uma médica. Perguntei se ela havia se casado virgem,
se ela sentia dor, se havia usado algum tipo de lubrificante
nas primeiras semanas, e, durante o aconselhamento, eu lhe
expliquei uma série de coisas. Orientei, principalmente, que
existem diferentes tipos de hímen, que algumas mulheres
são mais fechadinhas e sentem mais dores. Inclusive, algu-
mas até necessitam de cirurgia, o que é raro, mas existe.
Enfim, ao ouvi-la, percebi que ela era normal! O pro-
blema é que o rapaz queria saciar sua sede pela manhã, à
tarde e à noite. Nas primeiras semanas, ela passou a sentir
dor e desconforto em função disso, mas ao reclamar da dor,
o marido, sem sabedoria, começou a cobrar dela alegria
e satisfação. Quando ela não podia mais reclamar da dor,
chorava pela incompreensão do marido e por achar que não
era normal. Isso tudo virou um problemão.
Para ajudá-la a resolver a situação, fui à farmácia e com-
prei para ela o KY gel. Ensinei-a como usar o lubrificante e
disse que ele a ajudaria a amenizar a dor. Também falei que
ela era normal e dei mais algumas dicas.
Os dias se passaram, e os dois, até os dias de hoje, vivem
rindo à toa! O relacionamento deles foi restaurado, mas quase
acabou bem no início do casamento por falta de informação
dela e do marido, e também pela falta de compreensão dele.

Idade e fatores normais do


envelhecimento
Algumas mulheres costumam achar que, com o passar
do tempo, perderam o desejo sexual pelo marido porque
percebem que não possuem mais a lubrificação da genitália.

78
ANGELA SIRINO

O que acontece é que, a partir dos 35 anos, a mulher vai


perdendo a libido e tem a sua lubrificação diminuída. Isso
não significa que ela perdeu o desejo pelo marido. Este é um
processo normal, pelo qual todas nós passamos. Ginecolo-
gistas indicam o uso de óleos íntimos após o banho ou o KY
gel para ajudar na hora do ato sexual. Os óleos amenizam as
dores e aumentam o prazer.

Perdão
Existem esposas que desfrutaram, por muito tempo, de uma
vida sexual satisfatória, pois tinham e proporcionavam prazer.
No entanto, de repente, descobriram a traição, o adultério, e
isso, sem dúvida alguma, é como um punhal que transpassa
a alma da mulher e abala sua autoestima. A partir disso, elas
passam a viver uma vida de amargura e rancor, além de des-
contar esses ressentimentos na intimidade. Mulheres assim
não conseguem mais amar o marido e a si mesmas, tornando o
relacionamento uma guerra de ataques.
Entendo que não é fácil perdoar, ainda mais numa situa-
ção semelhante. No entanto, damos uma segunda, terceira
e quarta chance para tantas outras coisas em nossas vidas,
por que não tentar de novo e perdoar? É melhor recomeçar
com seu marido, que você já conhece, do que tentar outro
relacionamento. Se tiver filhos, isso é ainda mais impor-
tante. Outra pessoa representa novos problemas, novas
adaptações e novos riscos.
Um dia, ouvi o testemunho de uma mulher que me en-
sinou um grande exemplo sobre o perdão. Ela havia sido
traída por seu marido depois de 30 anos de casada, e da pior
forma possível: seu esposo a havia traído com um homem!

79
GEL ADEIRA OU FO GÃO

Em prantos, ela me disse: “Ser traída com uma mulher é


aceitável, mas ser trocada por um homem destrói a autoesti-
ma de qualquer mulher!”. Entretanto, ela conseguiu perdoar
o seu marido, o aceitou de volta e atualmente vivem uma
vida abençoada a dois. Hoje ela ajuda outras mulheres a
superarem a dor da traição.
Minha amada, perdoe! Tente de novo! No entanto, tente com
o coração limpo, sem mágoa, sem rancor e sem cobranças.

Feridas
Há mulheres que são frias e reagem negativamente na
sexualidade porque foram violentadas e abusadas. São
inúmeros os casos que acompanho. Mulheres que, quan-
do conheceram o sexo, tinham uma situação de abuso,
de invasão de privacidade e de dor! É uma ferida na alma
que as faz agir de várias formas: umas se tornam frias;
outras negociam o sexo, vendem o seu corpo por acha-
rem que ele perdeu o seu valor; algumas criam aversão
à figura masculina e vão para o lesbianismo; outras se
tornam esposas frias, amarguradas e revoltadas. O sexo
foi a maior dor da sua vida. Assim, perdem todo o encan-
to e desejo sexual.

Conceitos da infância
Certa vez, aconselhei uma jovem esposa que dizia viver
como uma irmã com o marido. Desde pequena, aprendeu
que o sexo era algo ruim, pouca-vergonha, um pecado!
Imagine uma pessoa que, desde a infância, recebe essa
informação. E isso em pleno século XXI! Ela entendia que

80
ANGELA SIRINO

o casamento servia apenas para ter filhos e viver ao lado de


alguém que ela amava.
Quando ela se casou, além desse conceito errado sobre
sexo, ela teve o dissabor de sentir muita dor nas primeiras
semanas. Ela relatou que reclamava bastante para o marido
sobre isso e percebia o quanto sua mãe tinha razão quando
dizia que era algo ruim.
De tanto ouvir a esposa reclamar, o marido não conseguia
mais manter a ereção. Resumindo, eles se acostumaram a
ter relações sexuais de quatro em quatro meses. O cônjuge
se tornou um homem pacato e triste; ela, uma esposa sem
autoestima e sem sonhos.
Ela me procurou, pois entendeu, após ouvir uma palestra
sobre esse assunto, que sem sexo o casamento não se consu-
ma e não se consolida. Sem sexualidade, quando os dois são
normais, o casamento vai de mal a pior e corre sérios riscos.
Aconselhei aquela mulher, e foi um processo longo até
que ela mudasse os conceitos aprendidos na infância, que
estavam profundamente gravados em sua mente. Passei-lhe
uma tarefa de casa com frases sobre sexualidade para que
ela recitasse a fim de mudar o seu conceito sobre o assunto.
Para o marido, passamos algumas receitas que funcionaram.
Além de tudo isso, falei com minha médica e ela nos deu
um remédio sem contraindicações para que aquela esposa
desse ao marido. Se ele soubesse do que se tratava, não
tomaria o remédio, mesmo que para ajudá-lo no seu desejo
sexual. Ensinei aquela jovem esposa a amassar o remédio
até que virasse um pozinho, para que, então, ela o colocasse
no suco ou em alguma sobremesa que daria ao esposo. Em
poucos minutos, depois de ter feito isso, ela deveria pro-

81
GEL ADEIRA OU FO GÃO

curá-lo, dando uns beijinhos e fazendo uns carinhos mais


ousados! Nesse momento, o remédio já estaria fazendo
efeito. É claro, pedi que ela usasse os óleos íntimos.
Enfim, sei que o negócio funcionou tanto que a autoesti-
ma do seu esposo aumentou de tal forma que ele passou de
um homem frio como uma geladeira a um homem fogoso,
quente como um fogão. Ela passou a testemunhar com
alegria! Seu marido não imagina quantas doses de remédio
tomou até conseguir recuperar sua autoestima. Ela vive rindo à
toa e descobriu o prazer de viver em uma só carne.
Queridas, para marido frio e grosso também há solução.
Hoje existem remédios, tratamentos e terapeutas conjugais.
São instrumentos de Deus para abençoar o seu casamento.

Questões de saúde
Nesse caso, é necessário ter paciência e procurar ajuda,
seja na medicina humana ou na divina. Deus é capaz de
curar nossas doenças.
Enfermidades, como diabetes ou enxaqueca, são vilãs
que diminuem o apetite sexual. A obesidade é outro fa-
tor. Certa vez, uma senhora bem gordinha me procurou
chorando, dizendo que havia engordado cinquenta qui-
los após o casamento e que o marido reclamava, não da
sua obesidade, mas porque seu facão não conseguia ser
guardado na bainha dela (entende, né?). Ele não encon-
trava posições favoráveis para o ato sexual por causa do
tamanho da barriga da esposa. A obesidade não é apenas
um fator ligado à estética feminina, mas à sua saúde física
e sexual. Procure se cuidar.

82
ANGELA SIRINO

Estresse e problemas cotidianos


Tudo isso influencia nosso desempenho sexual. Procure
não levar os seus problemas para o quarto. Tente não colo-
cá-los entre você e seu marido. Procure chegar mais cedo
em casa, descansar, fazer uma caminhada ou ir à academia,
coisas estas que ajudam a aliviar o estresse, para que, juntos,
vocês possam vivenciar maravilhosos momentos a dois.
Não deixe que problemas com os filhos, com o trabalho,
com a igreja ou com qualquer outra coisa se tornem motivos
para distanciar vocês. Lembre-se: quanto mais unidos vocês
estiverem na intimidade, mais fortes serão para suportarem
juntos as crises que porventura apareçam na vida.

Inibição ou vergonha
Quantas mulheres não se amam? Se não conseguimos
amar a nós mesmas, quem irá nos amar?
A pessoa que não se ama não se valoriza, não tem vaida-
de e não investe em seus relacionamentos. A maior beleza
da mulher não é o exterior, mas sim o coração alegre que
aformoseia o seu rosto, além de torná-la cada vez mais
agradável. A mulher alegre contagia o marido e faz a sua
presença especial e importante.
Vivemos numa época em que se dá mais importância à
aparência física, ao exterior, do que ao que realmente somos,
o interior. Saiba que a beleza não segura casamento nem faz
um relacionamento feliz, mas sim aquilo que somos.
Certas mulheres vivem com uma síndrome de Barbie,
procurando cada vez mais um cirurgião plástico. Elas
esticam daqui, encolhem dali, aumentam aqui, diminuem
ali, etc. É uma verdadeira ginástica, porém não procuram
um cirurgião para a alma, para o seu interior. Infelizmente,

83
GEL ADEIRA OU FO GÃO

não procuram se adornar da beleza interna, que realmente


é mais importante e que pode construir relacionamentos
sólidos.
Por outro lado, inúmeras mulheres se escondem do mari-
do ou fogem dele pelo fato de não gostarem de sua aparência
física. Quando namoram, é só no escuro. Elas não se deixam
ser amadas.
Li uma matéria escrita por um psicólogo, terapeuta e
conselheiro cristão americano que tratava de uma pesquisa
sobre quais mulheres satisfaziam mais os homens na intimi-
dade sexual. O resultado é interessante: 15% dos entrevista-
dos diziam que se realizavam mais com as mulheres magras;
20% diziam que se realizavam mais com as mulheres estilo
violão, conhecidas como as “gostosonas”; 5% ficaram neu-
tros; 60% diziam ser completamente realizados com as mu-
lheres mais “quadradas”, desprovidas de belas formas físicas,
que não se encaixam nos padrões de beleza, sendo que as
gordinhas também se enquadravam nesses 60%.
Ao serem questionados, eles explicaram: “Nas magrelas
não há onde pegar. Geralmente, os ossos machucam, e elas
se cansam facilmente, são mais fracas. As mulheres violão
são convencidas, se acham demais! Além disso, costumam
achar que só a gente tem que ser ativo no ato sexual. Elas já
são apaixonadas por si mesmas”.
Ainda prosseguiram: “As quadradinhas e as gordinhas
têm onde pegar. Elas são bem ativas, bem fogosas e, quando
elogiamos o desempenho sexual delas, aí é que querem fazer
ainda melhor. Elas têm uma energia! Acho que elas querem
demonstrar que bom mesmo é quem consome muito doce e
muita gordura. Pense numa coisa boa!”.

84
ANGELA SIRINO

Quantas mulheres não desfrutam de uma vida sexual


satisfatória pela preocupação excessiva com sua aparência
física? É claro que devemos nos cuidar, mas não podemos
deixar que isso seja um bloqueio para o nosso relaciona-
mento sexual.
Amada, seja qual for o seu biotipo, a sua forma física,
entregue-se a esse momento muito especial. Faça o melhor.
Lembre-se: sabor é tudo. As comidas mais gostosas e sa-
borosas nem sempre são as mais bonitas. Vocês devem se
preocupar com o sabor!
Não mostrem seus defeitos e as coisas que vocês conside-
ram imperfeitas. Valorizem-se! A maioria dos homens não
se preocupa, como nós, com estrias e celulites.
Tenho uma amiga que é obesa. Ela engordou quando os
filhos chegaram, o que é muito comum. Ela diz que, quando
o marido passou a criticar o peso a mais que ela ganhou,
começou a mostrar para ele que sua barriga era maior do que
a dela, que ele estava ficando careca e outra série de coisinhas
a mais, claro que com sabedoria e sem procurar ofendê-lo.
Enfim, ela sempre concluía: “Nós dois aproveitamos a
laranja, e agora vamos ter que aproveitar o bagaço. Minhas
deformidades são frutos do nosso amor. Acabei-me de
tanto amar você, por lhe dar filhos e noites de muito amor!”.
Ela ainda enaltecia: “No entanto, é bom porque também
envelhecemos juntos”.
Aquele marido sempre usa as expressões dela como se
fossem frases e conceitos dele, para falar em palestras. Na
verdade, aqueles conceitos foram implantados no coração
daquele homem pela sabedoria e pelo senso de humor da
mulher. Ele é um marido muito apaixonado, e sempre escuto
em suas palestras: “Homem de verdade, com H maiúsculo,

85
GEL ADEIRA OU FO GÃO

não é aquele que conquista uma nova mulher a cada dia,


mas aquele que conquista a mesma mulher todos os dias”.

 ão fique tensa. Relaxe. Tenha atitudes e


N
pensamentos positivos nos momentos de
intimidade. Vai ser bom!
Esqueça as tensões, o medo de fracassar, os traumas do
passado, as mágoas e as decepções. “Como o homem pensa
no seu coração, assim ele é”. Pense positivo, vai ser bom.
Diga a si mesma: “Vou ser um sucesso! Vou satisfazer meu
marido, darei o melhor de mim”. Se você se empenhar ao
máximo, com certeza vai ser um sucesso. Lembre-se: você é
o elemento reagente.
Tenha atitudes positivas com relação ao sexo. O que você
pensa sobre ele? É um pecado? Uma obrigação? É uma cruz
que você tem que carregar? Ou é uma bênção? É um presen-
te de Deus? Um precioso momento de alegria?
Tenha atitudes que poderão mudar o seu relacionamento
sexual. Supere suas inibições. Diga: “Eu consigo! Eu vou dar
conta!”. Além de tudo, repita: “Vou orar para que Deus me
faça gostar disso, mas também vou agir” e “Não vou mais ter
vergonha de abraçar, de beijar e de cuidar do meu esposo”.
Pense coisas boas sobre o seu marido. Acredite que ele
é um presente de Deus para a sua vida. Um regalo para
completá-la, moldá-la e lapidar sua natureza. Tire os olhos
dos defeitos do seu cônjuge e procure vê-lo como Deus o vê.
Na intimidade, valorize-o e não o critique. Semeie para co-
lher, ainda que seu marido não seja aquilo que você sempre
sonhou. Procure-o para que ele se sinta valorizado!
Entenda que o sexo também não é tudo no casamento. Além
de procurar suprir o seu marido, você precisa ser grata a ele.

86
ANGELA SIRINO

Vocês precisam viver em harmonia, como “uma só carne”.


Cabe a nós sermos graciosas, amáveis e femininas em tudo o
que fizermos! Não ridicularize o seu cônjuge e não fale mal dele
para as pessoas. Lembre-se daquele ditado popular: “roupa suja
se lava em casa!”. Só fale dele quando procurar auxílio em um
aconselhamento com alguém que realmente possa ajudá-la.
Mostre através de atitudes que você ama seu marido e
que é feliz por tê-lo ao seu lado. Ajude-o a ser um excelente
esposo e um pai maravilhoso para os seus filhos. Um elogio
pode transformar as atitudes dele. Cultive uma amizade
genuína com seu marido. Faça a comida da qual ele gosta,
procure fazer do seu lar um lugar de harmonia. Jamais se
esqueça desta frase: “A mulher sábia edifica sua casa”.

Orando pelo nosso relacionamento


sexual
Devemos colocar todas as áreas da nossa vida na presença
de Deus, em oração, inclusive esta! Eu costumo orar todos
os dias: “Senhor, me faça uma corça amorosa para o meu
marido. Que ele seja cada dia mais apaixonado por mim.
Faça com que ele fique encantado comigo, tal como Sa-
lomão ficou com a Sulamita (Livro de Cantares da Bíblia
Sagrada). Ensina-me a amá-lo cada dia mais, e que o nosso
amor contagie nossos filhos e nos ajude a inspirar casais a
serem mais felizes”.
Oro assim desde que me casei. Deve ser por isso que hoje
temos um ministério com famílias. Gosto tanto de ensinar
às mulheres que estou certa de que este livro estava no cora-
ção de Deus. Entendo que, através dos meus livros, os meus
conselhos podem ir aonde eu não posso ministrar. Às vezes,
recebo e-mails de pessoas que nunca vi testemunhando a

87
GEL ADEIRA OU FO GÃO

respeito de como foram abençoadas com um determinado


livro ou DVD de minha autoria. Presenteie outra pessoa,
você pode ajudar a salvar casamentos com livros que serão
como uma farmácia, dispondo de vários conselhos que
podem curar e salvar a vida e o casamento de outros.
Se você colocar em prática tudo o que aprendemos aqui
e, mesmo assim, tiver dificuldades para resolver algumas
áreas do seu casamento, tenha sempre em mente que a
oração muda as coisas, ela move o coração de Deus. Não
existe nada demasiadamente difícil que o Senhor não possa
resolver. Busque em Deus a solução para aquilo em que
você não consegue sucesso”.
Ore para que o casamento e o relacionamento sexual de
vocês possam ser renovados a cada dia, sempre para melhor.
Em uma reunião da Adhonep, ouvi um depoimento que
me chamou atenção. Uma senhora contou que se casou bem
jovem, virgem, e que amava muito o marido. Ele era um
homem como poucos: romântico, carinhoso, afetuoso e que
a fazia muito feliz. No entanto, relatou que, quando chegava
a hora de os dois se relacionarem sexualmente, ela tinha
completa aversão ao sexo. Amava o esposo, se casou virgem,
e não conseguia entender como as pessoas poderiam dizer
que sexo era bom. Chegou a dizer ao marido que ele pro-
curasse outra mulher para aquela tarefa. O cônjuge relutou.
Ela procurou um médico e praticamente não teve êxito no
que desejava. Há 20 anos, não havia muitos especialistas
nesse assunto.
Ela estava frequentando umas reuniões em que se falava
de Deus, dos milagres que ele fazia, e então resolveu iniciar
um processo de orações contínuas, pedindo ao Senhor que

88
ANGELA SIRINO

colocasse “fogo em suas entranhas”. Esta era a expressão que


ela usava. Ela pedia a Deus que a transformasse em uma
esposa calorosa na sexualidade e que a ajudasse a ter desejo
e prazer sexual na intimidade com seu marido, afinal, ela
entendia que era um dos fatores importantes para manter
um casamento feliz e restaurado. Ela sabia do risco de deixar
o marido insatisfeito ao perceber que ela não tinha desejo
sexual por ele.
Essa mulher hoje testemunha com muito humor que
Deus a transformou de uma mulher-geladeira para uma
mulher-fogão, ou seja, de uma mulher fria para uma
mulher fogosa. Ela apresenta seu testemunho em vários
lugares, ajudando e encorajando outras mulheres. A ora-
ção é um excelente caminho para mudar qualquer coisa
em nossas vidas.

89
Conclusão

M
uitas vezes nós só sabemos reclamar do nosso
casamento e do relacionamento íntimo que
temos com o nosso marido. Não fazemos exa-
tamente nada para mudar a situação, ou ainda interrom-
pemos nossas tentativas de renovar o nosso matrimônio
e a nossa intimidade na primeira decepção que sofremos.
Deus deixou escrito que “a mulher sábia edifica a sua casa”,
e friso isso neste livro, tendo a ousadia de dizer que edificar
a casa começa na intimidade.
A separação não é a saída. É melhor recomeçar com seu
marido do que tentar outro relacionamento. Defeitos todos
nós temos, mas devemos colocar nossos olhos sobre as qua-
lidades do outro. Se você fizer uma lista dos defeitos e das
qualidades de seu cônjuge, certamente perceberá que, ainda
que esteja difícil, a vida é melhor ao lado dele. Troque de po-
sição e analise: “Seria difícil para você aturar a si mesma?”.
É melhor recomeçar com ele. Empenhe-se, você consegue.

91
GEL ADEIRA OU FO GÃO

Se faltar amor para que você consiga realizar tudo isso,


ore pedindo-o ao dono do amor. Deus pode encher o seu
coração de amor por ele.

Você pode estar dizendo:

• Já fui traída e não consigo perdoar;


• Fui violentada na infância e tenho aversão à figura
masculina;
• Ainda sinto dores. É desagradável;
• Ele é bruto, parece um cavalo;
• Ele quer sexo de uma forma errada. É devasso;
• Ele me critica;
• Nunca consegui chegar ao orgasmo.

Estou à disposição para aconselhá-la, para orar com você


e para ajudá-la no amor de Cristo, apesar da distância. No
entanto, no mundo globalizado em que vivemos, podemos
orar, aconselhar e ajudar uns aos outros via internet. Use-a
como uma bênção, e não como maldição em sua vida. No
site do meu ministério, recebo semanalmente inúmeros
e-mails em que tenho contemplado a boa mão de Deus,
ajudando centenas de pessoas.

Contato: angela@angelasirino.com.br

Aguardo você.

92
ANGELA SIRINO

* Apresente um testemunho de algo que possa ter sido


uma bênção para sua vida através da leitura deste livro.
Aguardo sua visita online;

* Peça ajuda se for necessário;

* Não se esqueça de presentear uma mulher que precisa


de algo novo, por exemplo, de um livro que possa mudar
uma vida, que pode ser mais precioso do que uma joia de
grande valor;

* Envie suas dúvidas e sugestões para nos ajudar na edição


de outros livros;

* Fale com a sua liderança. Ministramos seminários com


matérias específicas só para mulheres em todo o Brasil e no
exterior. Podemos ir até a sua igreja. Reúna um grupo de
mulheres. Vamos ajudar na restauração dessas mulheres, que
serão curadas e impulsionadas a fazer a diferença na família,
na igreja e na sociedade. Conheça nosso ministério MFD e o
projeto “Mulheres que fazem a diferença” em nosso site!

93
Oração

Querido Deus, obrigada por ter me feito mulher. Como é


bom ser assim! Ajude-me a ser feminina, doce e meiga.
Entre na minha vida conjugal. Ajude-me a ser uma corça
amorosa para o meu marido, a vencer os traumas e a superar
minhas inibições, medos e receios.
(Agora coloque sua necessidade, aquilo que você quer
apresentar a Deus, em oração. Não tenha vergonha. A sexu-
alidade é um presente do Senhor para a sua vida e para a do
seu marido.
Continue orando. Ele está te ouvindo e tem prazer em
restaurar a sua casa, a sua família, o seu casamento e o seu
relacionamento sexual com o seu marido.

Boa oração!

Fim

95

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