Você está na página 1de 11

PROCEDIMENTO DE SMS PR-99-993-CPG-009

Revisão: 00
Trabalhos em Altura com a Utilização
de Cadeira Suspensa (Balancim) Aprovação: 30/05/2014
Página: 1/7

1. OBJETIVO

Estabelecer requisitos de segurança para empresas prestadoras de serviços na realização de


trabalhos em altura, instalação dos terminais e prumada externa na fachada dos edifícios, com a
utilização de cadeira suspensa.

2. ABRANGÊNCIA

Instalação em edificação de prumada externa e terminal de aquecedor, não se aplica a trabalhos


com a utilização de andaimes.

3. DEFINIÇÕES E TERMINOLOGIA

CINTO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA – Equipamento de Proteção Individual utilizado


para trabalhos em altura onde haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do
peitoral, acima dos ombros e envolto nas coxas.

GOST – Grupo de Operações de Socorro Tático – grupo especial do Corpo de Bombeiros do Estado
do Paraná. Ele constitui-se em um pequeno efetivo de bombeiros, especialmente treinados, para
atuarem em situações onde haja a necessidade de equipamentos e técnicas especiais.

MONTANTES – Elementos verticais para fixação das travessas (degraus) da escada.

PERMISSÃO DE TRABALHO – PT – Documento escrito contendo conjunto de medidas de controle


visando o desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate.

PONTO DE ANCORAGEM – Ponto destinado a suportar carga de pessoas para a conexão de


dispositivos de segurança, tais como cordas, cabos de aço, trava-queda e talabarte.

PORTA FERRAMENTAS - Acessório preso ao cinto, para colocação de ferramentas.

RISCOS ADICIONAIS – Todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no
trabalho em altura, específicos de cada ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam
afetar a segurança e a saúde no trabalho.

SÍNDROME DA SUSPENSÃO INERTE - Está ligado ao tempo em que uma pessoa pode vir a ficar
suspensa, após a queda, somente pelo cinto de segurança em razão da compressão gerada nos
vasos sanguíneos, principalmente os femurais e, mais especificamente, da veia femura.

TALABARTE – Dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para


sustentar, posicionar e/ou limitar a movimentação do trabalhador.

TRABALHOS EM ALTURA – Toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível
inferior, onde haja risco de queda.

TRAVA-QUEDA – Dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações


com movimentação vertical ou horizontal, quando conectado com cinturão de segurança para
proteção contra quedas.
Elaborado por Revisado por Aprovado por

José Roberto Gomes Paes Leme


Assessoria de SMS Gerência de SMS Representante da Alta Administração
PR-99-993-CPG-009

4. DESCRIÇÃO

4.1. TRABALHOS EM ALTURA

4.1.1. CONDIÇÕES GERAIS

Cabe à empresa prestadora de serviços à COMPAGAS informar com antecedência de 24 h sobre o


local, as condições de acesso para ancoragem e o trabalho a ser executado, assim como realizar a
gestão de segurança de seus colaboradores que realizam atividades em altura com a utilização de
cadeira suspensa, conhecendo os perigos envolvidos nos trabalhos a serem executados e
atendendo a legislação em vigor. A CONTRATADA deve formalizar uma Análise Preliminar de Risco
(APR) e enviar à COMPAGAS.

Todos os colaboradores que realizem atividades em altura devem ser capacitados e autorizados.

NOTA: Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido
e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de 8 (oito) horas.
Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado cujo estado de
saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua
anuência formal da empresa.

O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das
seguintes situações:

a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;

b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;

c) retorno ao trabalho após afastamento por período superior a noventa dias;

d) mudança de empresa.

Os colaboradores que executem atividades em altura devem ser submetidos a exames de saúde
compatível com as atividades a serem desenvolvidas, apresentando cópia do Atestado de Saúde
Ocupacional (ASO) à Gerência do SMS, devendo constar no ASO os riscos ocupacionais específicos
existentes (trabalhos em altura).

Cabe ao Técnico de Segurança do Trabalho da empresa CONTRATADA, ao Técnico em Segurança


do Trabalho da COMPAGAS e aos Fiscais de Obras efetuar a fiscalização das medidas de
segurança impostas neste procedimento, devendo paralisar toda e qualquer atividade em altura e
ambiente na estrutura da edificação que esteja em desacordo com as normas de segurança.

Fica proibida a realização de trabalhos em altura em condições atmosféricas desfavoráveis (ventos


fortes, chuva e relâmpagos), superfícies escorregadias, bem como qualquer trabalho em altura no
período noturno.

4.2. PERMISSÃO DE TRABALHO – PT

A PT é um o documento de segurança que consiste numa autorização por escrito, em formulário


padrão, emitida pelo Técnico em Segurança do Trabalho da empresa CONTRATADA, que autoriza o
início do serviço, tendo sido avaliados os riscos de SMS, com a devida proposição de medidas de

2/7
PR-99-993-CPG-009

segurança aplicáveis para a realização de trabalhos em altura com a utilização de cadeira suspensa
(balancim individual).

A PT somente será emitida após o TST da COMPAGAS efetuar o Check List (Anexo A) para
trabalhos em altura e formalizar que todos os itens foram atendidos.

A PT deve ser emitida em duas vias, e distribuída da seguinte forma.

• Primeira Via : Executante da atividade.

• Segunda Via: Emitente da PT.

A PT é válida para um serviço específico e no período da jornada de trabalho do requisitante.

Nenhum serviço poderá ser iniciado sem que a PT tenha sido emitida.

A PT deve ficar no local da obra à disposição do SMS da COMPAGAS para eventuais fiscalizações.

É de responsabilidade do emitente da PT a inspeção do local onde será realizada a atividade e


providenciar a execução das medidas necessárias para garantir as condições de segurança para a
realização do trabalho.

A PT será cancelada quando:

a) As recomendações de segurança feitas pelo emitente não estiverem sendo atendidas;

b) Surgirem condições de risco não previstas inicialmente, que tornem perigosa a continuação
da atividade;

c) O colaborador não estiver usando os EPI´s adequados;

4.3. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

É necessário o uso dos EPI´s listados abaixo conforme a atividade a ser executada:

• Calçado de segurança;
• Capacete de segurança com jugular;
• Luva Segurança em vaqueta ou algodão pigmentada;
• Óculos de segurança;
• Cinto de segurança tipo pára-quedista com duplo talabarte com absorvedor de energia e
trava-queda.

Todos os equipamentos fornecidos pela empresa CONTRATADA à seus funcionários devem estar
em perfeitas condições de uso e conservação, sendo que as atividades poderão ser paralisadas
pelos Fiscais de Obra ou Técnico em Segurança do Trabalho da COMPAGAS, caso a inspeção
constate irregularidade.

Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e sistemas de
ancoragem, destinados à proteção de queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou
deformações.

3/7
PR-99-993-CPG-009

Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios e
sistemas de ancoragem.

Deve ser registrado o resultado das inspeções:

a) na aquisição;

b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem forem


recusados.

4.4. CADEIRA SUSPENSA (BALANCIM INDIVIDUAL)

A cadeira suspensa somente pode ser usada por uma pessoa, que deve utilizar o cinto de segurança
tipo pára-quedista acoplado ao trava-queda em cabo guia independente.

A sustentação da cadeira suspensa deve ser feita por meio de cabo de aço ou cabo de fibra sintética.

A cadeira suspensa deve dispor de:

a) Sistema dotado com dispositivo de subida e descida com dupla trava de segurança;

b) Requisitos de conforto previstos na NR-17 - Ergonomia;

c) Sistema de fixação do trabalhador por meio de cinto;

d) O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista, ligado ao trava-quedas


em cabo-guia independente;

e) A cadeira suspensa deve apresentar na sua estrutura, em caracteres indeléveis e bem


visíveis, a razão social do fabricante e o número de registro respectivo no Cadastro Nacional
de Pessoa Jurídica - CNPJ.

f) É proibida a improvisação de cadeira suspensa;

g) O sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser independente do cabo-guia do trava-


queda;

4.5. SISTEMAS E PONTOS DE ANCORAGEM

O TST da CONTRATADA deve verificar a estabilidade da cobertura a ser utilizada para ancoragem,
possíveis fios elétricos expostos, arranjo físico inadequado e estabilidade do telhado que possam
provocar acidentes. Em telhados com cobertura de fibrocimento deverão ser utilizadas madeiras para
deslocamento sobre o telhado (Anexo B, figura 1). O sistema de ancoragem deve ser especificado e
selecionado considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada ao mesmo e o respectivo
fato de segurança, em caso de eventual queda.

O cabo de aço e a corda devem ser ancorados em pontos independentes e protegidos na quina da
fachada com protetor para a corda e para o cabo de aço (Anexo B, figura 2).

4/7
PR-99-993-CPG-009

4.5.1. CABOS DE AÇO

Os cabos de aço somente podem ser empregados como forma de sustentação da cadeira suspensa
(balancim), não devendo ser utilizado como guia do trava-quedas.

Atenção quanto à segurança no cabo de aço utilizado para sustentação da cadeira, este deve
atender as exigências do equipamento.

Os cabos de aço não podem ter emendas, pernas quebradas, alma saltada ou esmagamentos que
comprometam a carga a ser aplicada e nem “gaiola de passarinho”.

Na montagem dos cabos utilizados em cadeira suspensa, devem ser seguidas as recomendações
da NBR 6494/90.

Os cabos de sustentação devem ser inspecionados antes da montagem, não devendo apresentar
quaisquer irregularidades e ter proteções em todas as quinas.

Na fixação, todos os laços devem ser providos de uma aplicação correta de grampos (clips)
adequadas ao diâmetro do cabo. A quantidade de grampos e o seu espaçamento devem ser de
acordo com as tabelas dos fabricantes, devendo ser usado pelo menos três grampos em cada
fixação, (Anexo B, figura 3).

Os grampos devem ser reapertados antes do início da utilização da cadeira suspensa.

Antes do início dos trabalhos deve ser efetuados inspeção rotineira de todos os EPI´s, acessórios e
sistemas de ancoragem.

O sistema de ancoragem deve ser montado de acordo com a APR.

4.5.2. CABOS DE FIBRA SINTÉTICA

Os cabos de fibra sintética devem ser fixados por meio de dispositivo que impeçam seu deslizamento
e desgaste e atendam a Norma regulamentadora do MTE – NR 18 / 18.16 Cabos de Aço e Cabos de
Fibra Sintética e o ANEXO I – ESPECIFICAÇÕES DE SEGURANÇA PARA CABOS DE FIBRA
SINTÉTICA da NR 18.

Os cabos de fibra sintética devem ser substituídos quando apresentarem condições que
comprometam a sua integridade em face da utilização a que estiverem submetidos.

Antes de cada utilização a corda deve ser inteiramente inspecionada. A corda não deve apresentar
caroço, inconsistência à dobra. A corda deve ser mantida limpa e afastada de produtos químicos.

Ns inobservância de qualquer uma das especificações acima o trabalho em altura não será realizado.
Considera-se risco grave e iminente a emissão da PT sem que a corda apresente as especificações
acima ou apresente condições impróprias para o seu uso.

4.6. EMERGÊNCIA E SALVAMENTO

Em caso de emergência ou acidente, solicitar atendimento pelo número 193, Corpo de Bombeiros
(GOST) informando o endereço do imóvel, nome e telefone. Informar imediatamente o TST da
CONTRATADA e o TST da COMPAGAS sobre a ocorrência. Caso ocorra queda da cadeira
suspensa produzindo a síndrome da suspensão inerte e o colaborador estiver lúcido, instalar a fita de

5/7
PR-99-993-CPG-009

suspensão pós-queda, encaixar os pés nos múltiplos laços para alívio imediato da pressão
sanguínea.

Os colaboradores devem estar cientes sobre os procedimentos em caso de emergência para os


trabalhos em altura.

4.7. NOTA

O uso de qualquer outro tipo de dispositivo para trabalho em altura, não citado neste procedimento,
só pode ser feito após análise e autorização do SMS da COMPAGAS.

A não observância deste procedimento caracteriza ato de indisciplina e/ou insubordinação, passível
de aplicação de penas disciplinares, conforme legislação vigente, bem como multa contratual.

5. RESPONSABILIDADES

ATIVIDADE RESPONSABILIDADE
Técnico em Segurança do Trabalho da
Emitir PT
CONTRATADA
Técnico em Segurança do Trabalho da
Verificar condições do telhado
CONTRATADA
Inspecionar os EPI’s, acessórios e sistemas Técnico em Segurança do Trabalho da
de ancoragem CONTRATADA e da COMPAGAS
Divulgação / Atualização do Procedimento Gerência da Assessoria de SMS
Controle do Procedimento Gerência da Assessoria de SMS
Aprovação do Procedimento Representante da Alta Administração
Inscrição na lista mestra Gerência da Assessoria de SMS
Treinamento Gerência da Assessoria de SMS

6. REFERÊNCIAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

NORMA REGULAMENTADORA Nº18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da


Construção

NORMA REGULAMENTADORA Nº35 – Trabalho em Altura

NBR 6494 – Segurança nos Andaimes

7. REGISTROS

Não se aplica.

6/7
PR-99-993-CPG-009

8. HISTÓRICO DAS ALTERAÇÕES

REVISÃO APROVAÇÃO DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO ELABORADOR APROVADOR

00 30/05/2014 Primeira versão Leones José Roberto

9. ANEXOS

Anexo A – Check-List – Trabalhos em Altura

Anexo B – Fotos

7/7
ANEXO A

CHECK-LIST – TRABALHOS EM ALTURA


ANEXO B – FOTOS

Figura 1 – Proteção para telhados com fibrocimento

Figura 2 – Proteção nas quinas da edificação

Figura 3 – Forma correta de colocação dos clips

Você também pode gostar