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FATORES E CONSEQUÊNCIAS DA AUTOMEDICAÇÃO ENTRE IDOSOS:

UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Talita GONÇALVES¹ Sara PORTO²

1 Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNVASF), Campus Centro,


Petrolina, Pernambuco, 56304-917, Brasil.
INTRODUÇÃO: Segundo dados de 2018 do Ministério da Saúde, 39,5% dos idosos
brasileiros possuem alguma doença crônica, fazendo com que os mesmos dependem de
tratamentos medicamentosos contínuos, tornando essa população suscetível à
automedicação, que configura na administração de fármacos sem orientação
profissional. O Ministério da Saúde também aponta que no Brasil 35% dos
medicamentos adquiridos são através da automedicação, sua utilização sem prescrição
pode trazer riscos à saúde, pois os medicamentos frequentemente ocasionam
intoxicação, dependência e retardo do diagnóstico de outras doenças. É importante
ressaltar que a prática da automedicação no mundo encontra-se correlacionada com
fatores sociais, econômicos, culturais e políticos. OBJETIVO: Verificar estudos sobre a
automedicação entre os idosos e analisar os fatores e as consequências da
automedicação. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica, utilizando como
fonte de pesquisa o portal Periódicos Capes, no período de setembro a dezembro de
2021, incluídos os artigos que abordam o tema da automedicação em idosos.
Verificaram-se no total onze artigos, sendo escolhidos oito periódicos. RESULTADOS:
As análises dos artigos apontam que a maioria dos idosos praticam automedicação, isso
ocorre pela facilidade de acesso aos medicamentos, seja venda livre, ou o estoque de
familiares. Categorias terapêuticas mais adquiridas sem prescrição foram: analgésico,
antipiréticos e anti-inflamatório, notou-se também que o sexo feminino e idosos de
escolaridade baixa apresentaram maiores taxas de automedicação e a influência de
vizinhos e familiares é significativa para a automedicação, tendo consequências como:
intoxicação ou retardação do diagnóstico de outra enfermidade e o principal risco é o
acúmulo de fármacos no organismo gerando reações adversas. A busca por
medicamentos sem receituário, apresentado pelos idosos, foi para atenuar dores
ocasionadas pelo processo de envelhecimento. CONCLUSÃO: Os longevos mesmo
realizando consultas regulares se automedicam, buscando o alívio das dores, sem a
devida orientação de profissionais da saúde, o déficit de informação e instruções
evidencia a preocupação com os fatores que contribuem para o uso de medicação sem
prescrição. Salientando ser necessário a educação acerca do uso racional de
medicamentos e seus riscos quando consumidos sem orientação profissional, sendo está
uma responsabilidade dos profissionais prescritores e farmacêuticos.

Palavras-chaves: Farmácia, Farmacoepidemiologia, Medicamentos sem prescrição,


Qualidade da Assistência à Saúde.

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