Você está na página 1de 2

Faculdade De Tecnologia E Ciências Da Bahia

Bacharelado Em Odontologia – 4º Período


Disciplina: Farmacologia
Orientadora: Denize Ferreira
Aluna: Suelen Brasil Oliveira Matos

RESUMO

Referência bibliográfica da artigo: ARRAIS, Paulo Sérgio D. et al. Perfil da automedicação no


Brasil. Revista de Saúde Pública, v. 31, p. 71-77, 1997.

A automedicação tornou-se um fator cultural de muitas gerações, que teve como


estímulo inicial as infecções respiratória alta, dores de cabeça e dispepsia/má digestão, e
em busca do alívio imediato, ou tratamento no qual o indivíduo acreditava-se ser o
adequado, sem as devidas orientações do profissional, com o risco de trazer algumas
consequências á saúde. Tais como, erros no diagnósticos em doenças graves e alterações
no resultado do tratamento, já que os sintomas foram ignorados pelo indivíduo,
deficiências nutricionais e até alterações sistêmicas.

Desta forma, vale salientar a importância da oferta de um sistema de saúde de


qualidade, visando a conscientização dos riscos deste ato, com uma fiscalização eficaz
no venda de medicamentos sem prescrição, e como a indústria farmacêutica voraz que
influencia esta prática por meio da mídia.

Sendo assim, na pesquisa realizada, pode-se observar que o índice da auto


medicação é maior em pessoas do sexo feminino (com faixa etária de 16 a 45 anos), do
que em homens. E essas mesmas mulheres, automedicam suas famílias com intuito de
promover saúde a mesma. Dentre os três fármacos mais procurados, estão em primeiro
lugar os medicamentos para o aparelho digestivo e metabolismo, em segundo lugar os
medicamentos para o sistema nervoso central com 18,2% e em terceiro lugar os
medicamentos para o sistema respiratório com 17,7%. E incluso na tabela dos
subgrupos, evidencia-se os analgésicos com 17,3%.
Toda via, há um aumento considerável para 51% quando os dados destes
analgésicos são adicionados 51% das procura dos imunonutrientes, e logo atrás vem os
medicamentos para tratamentos dos sintomas da gripe com 16%. Medicamentos como
analgésicos-antitérmicos, antiinflamatórios/ anti-reumáticos, antibióticos, e os ativos
sobre o sistema cardiovascular que têm níveis consideráveis de toxicidade, se mantêm
em relevância na procura entre os entrevistados.

Portanto, quando o indivíduo decide comprar o fármaco, leva-se em


consideração a experiência de outras pessoas sem conhecimento algum de como
funciona aquele medicamento, e de consultas médicas anteriores. Dentre estes, os anti-
hipertensivos, ainda com a ressalva da distribuição entre os familiares.

No Brasil, o automedicamento é maior entre as pessoas do sexo masculino já na


idade avançada, uma parte dos medicamentos são escolhidos através do fator
econômico. Há um outro ponto interessante, é que nas mulheres, a indústria
farmacêutica observou que a fabricação de medicamentos com suas embalagens
direcionadas a este público traz um lucro expressivo. Assim, demostra-se como a
automedicação torna-se uma indústria de consumo, com o disfarce da devolução à saúde
e qualidade de vida dos indivíduos crédulos nisto.

Você também pode gostar