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Abstract: This article is about the place of religiosity of the Aztec people, named so due to
the myth of origin in Aztlan in Mesoamerica. It will address aspects of the origin of these
peoples in 13th century Central America and from the company until they became more
influential in other nearby territories-states, starting from a company known as the conquest
of new neighboring states-territories. The article, the article, highlights the cultural aspects
that were formed in America, forming for its formation spirit, its current religiosity, in
addition to the cultural aspects that were formed in America, forming a context of education
for its people in this context. practice of ritual life and what these ceremonies symbolized in
the mentality of the Mexican people. This is starting to analyze the history of death yet, it
INTRODUÇÃO
Esse processo não era tão simples, era comum haver embates internos entre os nativos
e choques culturais por suas diferentes crenças. Pois a américa era caracterizada por sua vasta
diversidade cultural que se desenvolveram por todo território, estes conflitos internos entre os
indígenas posteriormente vão se tornar um fator determinante para a concretização da
colonização na america pelos europeus. Nesse sentido, havia uma necessidade de autoafirmar
seu poder e submeter os dominados a sua cultura, estes são os favorecidos pela historiografia,
isso ocorria a cada vez que um desses povos se deslocavam de um lugar para o outro na luta
pela sobrevivência ou o desejo pela conquista de outros povos.
Nesse contexto, foram povos que se destacaram em torno do século XIII após
sucessivas conquistas militares e fundaram a cidade de Tenochtitlán (região da atual cidade do
México) em 1431 alcançam sua independência e rapidamente se tornam o poder dominante na
América Central segundo a tradição esse povo era oriundo de uma região chamada Aztlán daí
o nome “asteca”. Essa fase que ficou conhecida como “altas culturas” com a ajuda dos
aliados continuaram a expandir seus domínios motivados unicamente por interesses
econômicos e subjugando cidades vizinhas (sendo usados para futuros sacrifícios), através da
coleta de impostos, escravização, sacrifícios e também por ideias religiosas, descreve
(RINKE, 2012).
Durante a história o mito possuiu um significado para cada povo com intenção de
formar um ideal coletivo de identidade no imaginário além de preservar e explicar a memória
de um povo, para que esse conhecimento atravessasse as barreiras do tempo criando um elo
entre o homem e suas origens, além de influenciar a história de cada individuo se
consolidando como uma ferramenta eficaz para tal pelas antigas civilizações e com os astecas
não foi muito diferente. Como descreve (CHAUÌ, 2013). Dessa forma, o mito pode ser
compreendido como uma narrativa com a função de dar uma explicação sobre a existência do
mundo e fenômenos da natureza, preenchendo as lacunas na tentativa de encontrar verdades
para origens não encontradas.
Para (TORRANO, 2016) a função do mito não é de explicar, mas de acomodar aquele
povo diante de um mundo que para eles parecia desconhecido. Nesse sentido, há varias
formas míticas de dar origem aquele povo seja grego, egípcio ou nórdico. Os mitos universais
mais comuns são aqueles que narram a criação do mundo a partir da visão daquela cultura,
podendo haver variações desse mito da criação sobre determinado grupo, como também
variações sobre o mesmo tema, são narrativas que podem mudar a cada vez que são
recontadas. o misticismo por consequência tem a capacidade de moldar aquela determinada
sociedade estabelecendo suas formas de funcionamento que se manifestam principalmente em
ritos e atividades humanas como alimentação, sexualidade, trabalho e educação, em linhas
gerais ditam a vida e funciona como a base da estrutura social.
A mitologia ameríndia era rica e diversificada bem como os seus povos seja por
divindades da natureza ou gêmeos rivais, estes mitos fazem parte do imaginário asteca. Sobre
os astecas especificamente, os mitos representam uma simbologia dos valores históricos,
sociais e religiosos que são essenciais para entender sua história. Nesse sentido, na crença
ameríndia o mundo teria sido criado quatro vezes e sendo recriado sucessivamente, segundo a
tradição antes desse mundo em que o povo do sol 2 vivia, haviam preexistido outros quatro
mundos ou melhor dizendo os quatro sóis, que tiveram fins cataclísmicos proporcionado pelos
deuses. Dessa maneira, cada um daqueles mundos que desapareceram possuíam nomes, sendo
o sol de tigre, sol de vento, sol de chuva ou fogo e sol de agua e por e por ultimo sendo o sol
que os astecas viviam seria o sol de movimento, segundo a tradição seu mundo sempre estaria
condenado a destruição independente do tempo. Esse imaginário fez com que esse povo se
organizasse para possíveis ameaças de destruição, sendo a preservação da criação dos deuses
através de ritos e celebrações acompanhadas de sacrifícios humanos. O mito dos quatro sóis
podem ser interpretados como uma metáfora para as transformações sociais que estavam
acontecendo entre os nativos que se deslocavam em busca de assentamentos ou também
demonstrar a importância que os deuses alcançavam nos cultos específicos locais.
3 A RELIGIOSIDADE E OS DEUSES
Dessa maneira, a religiosidade asteca era muito diversificada devido ao contato com
outros povos e consequentemente com a estabilidade e expansão, isso fortaleceu o império
que expandia cada vez mais suas crenças anexando novos deuses e ritos. Esses deuses
segundo as lendas seriam os responsáveis pela criação dos sóis, ou seja, aqueles mundos que
foram destruídos sucessivamente após vários conflitos entre os deuses, e que resolveram dar
mais uma chance para a humanidade através do quinto sol (o mundo em que os astecas viviam
segundo a tradição) após a destruição e a cada nova era esses mundos continham restos da era
anterior e na crença dos astecas esse mundo poderia ser devastado pelos deuses a qualquer
momento e essa perspectiva de mundo vai estar diretamente ligada a prática de sacrifício.
Na cosmogonia mítica dos povos astecas, o primeiro deus, tloque nahuaque, era
considerado o criador de tudo, como um líder supremo para os outros deuses. Mas, por outro
lado relatava-se que os deuses teriam se originado da união entre Ometechuhtli e Omecihualt
2
Denominação dada aos astecas ou mexicas pela sua relação simbólica de origem do mundo com a figura do sol
ou ometecuhtli (Ometeotl) conhecido como o senhor da dualidade que pode assumir varias
formas por isso ele é conhecido por vários nomes, segundo a tradição mexica esse deus
também podia assumir a forma de um casal divino e que sob essa forma eles teriam sido
responsáveis pela criação das quatro grandes primeiras divindades que posteriormente
formaram o panteão asteca: Xipe Totect “senhor esfolado” conhecido como o deus da
agricultura e da tortura penitencial, Huitzlopochtli era o deus da guerra e do sol e Tezcatlipoc
deus do sol de verão e da colheita e Quetzalcoatl responsável por trazer a civilização consigo
conhecido como serpente emplumada e era muito comum haver rivalidade entre eles inclusive
a destruição dos sóis anteriores teriam sido decorrentes dessas rivalidades entre deuses,
segundo os mitos estes teriam sido responsáveis pela criação do cosmos, do mundo e dos
homens (DAVIS, 2016). Assim estes deuses formavam o panteão asteca e a complexidade de
seus mitos, de certa forma justificava seus rituais, cada divindade representava um elemento
da vida para os mexicas se manifestando com funções especificas que os diferenciava e isso
influenciava na forma como os astecas praticavam suas adorações para cada um deles, pois
eram cerimonias especificas para deuses específicos.
Para entender a vida ritual dos astecas, é preciso compreender o papel da guerra como
um dever religioso. Nesse sentido, por ser uma sociedade que alcançou seu apogeu vencendo
batalhas e conquistando povos vizinhos, os astecas tornaram-se uma sociedade fortemente
militarizada, através das guerras que eram nomeadas tradicionalmente de “guerras floridas”
pelo povo do sol que capturavam cada vez mais vitimas para seus interesses – o sacrifício –
essa pratica era um dever sagrado. O fruto dessas guerras também possuía um nome, o fruto
das “guerras floridas” era o sangue das vitimas que seriam posteriormente oferecidos aos
deuses, chamado de “flor de guerra” nas cerimonias durante as quais os corações dos
capturados eram oferecidos a Huitzilopochtli, mas não só a ele como também as outras
divindades importantes. (DAVIS, 2016)
A vida ritual dos astecas demandava muitos recursos da comunidade e por haver uma
pluralidade de povos que foram anexando-se com o tempo muitos ritos foram incoporados as
cerimonias. Dessa maneira, existia um certo cuidado em cada detalhe, em cada palavra, em
cada movimento, tudo era rigorosamente calculado e monitorado, pois aqueles que
cometessem qualquer erro seriam punidos através de castigos e penitencias, haviam varias
formas do astecas se expressarem por meio desses ritos, que aconteciam durante os 18 meses
do ano solar que configuravam a vida ritual normalmente buscavam encenar com personagens
– normalmente futuras vitimas -Vestidos simbolicamente como os deuses, eram roupas ricas e
tratadas com honra, tudo isso com a intenção de alimentar os deuses através desses ritos com
o sangue e o coração das vitimas, haviam também oferendas de flores, danças e afins como
uma forma de evitar o fim do universo que na crença deles já havia sido destruído quatro
vezes.
5 A SIMBOLOGIA DA MORTE
Dessa maneira, os pré-colombianos não enxergavam morte como um fim, mas sim
como um novo ciclo. Na tradição dos mexicas, um morto era enterrado com a maioria do seus
pertences como joias e roupas, quando não eram cremados e tinham suas cinzas colocadas e
vasilhas, na cerimonia de enterro era comum que pessoas festejassem comendo, bebendo e
cantando no tumulo acreditando que posteriormente voltariam para casa, além disso, haviam
as caveiras que eram usadas, os pré-colombianos normalmente guardavam os crânios dos seus
mortos pois ali se guardavam as memorias sendo para eles a parte mais importante do corpo,
segundo a tradição a deusa Mictecacihuatli estava sob o controle do mundo inferior, podemos
dizer -o inferno- ela ficou conhecida como “Senhora dos Mortos”, no calendário solar asteca
esse evento acontecia por volta do nono mês, guiada pela deusa onde os familiares poderiam
homenagear com seus mortos.
Mais tarde com a chegada dos missionários os espanhóis consideraram esse tipo de
ritual bárbaro por ser uma extensão de sacrifícios humanos e não satisfeitos com isso, se
acharam no direito de introduzir o catolicismo na vida dos mexicas, não obtendo sucesso, ao
europeus mudaram sua data para os festejos de origem cristã com dois dias sagrados para o
catolicismo, o dia de todos os santos e o dia de todas as almas (DAVIS,2016). Nota-se sob
esse contexto, como os mitos podem ser absorvidos e transformados de uma cultura para
outra, pois a festa dos mortos foi assimilada ao catolicismo.
CONSIDERAÇOES FINAIS
REFERÊNCIAS
CHAUI, Marilena Boas-vindas à filosofia. São Paulo, WMF Martins Fontes, 2013.
COCO. Direção: Lee Unkrich, Adrian Molina, Produção: Darla K. Anderson. Estados
Unidos: Walt Disney Pictures, Pixar Animation Studios. 2017.
DAVIS, Kenneth C. Tudo o que precisamos saber, mas nunca aprendemos, sobre
mitologia. Editora Bertrand Brasil, 2016.
PAZ, Octavio. El laberinto da la soledad, 1994.
RINKE, Stefan. História da América Latina das culturas pré-colombianas até o presente,
2017.
TORRANO, Jaa. Teogonia: A origem dos deuses. São Paulo, SP. Iluminuras LTDA 2016.