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Quem são os olmecas?

Olmeca é o nome da primeira civilização complexa da Mesoamérica, surgida nas costas do golfo do
México por volta de 1200 a.C. Olmeca, na língua nahuatl, significa “habitantes do país da borracha”, uma
vez que a região era repleta de seringueiras, árvores de extração do látex utilizado na fabricação da
borracha. O nome olmeca teria sido dado por uma civilização posterior e foi utilizada pelos arqueólogos
para nomear aquela civilização.

o que os olmecas cultivavam?

Os olmecas cultivavam milho, abóbora, feijão, tomate e pimenta. Também faziam parte de sua
alimentação animais como tartarugas, porcos-do-mato, iguanas, tatus, veados, peixes e mariscos.

Quais os talentos dos olmecas?

Foram grandes escultores e construtores: abriram canais pavimentados com pedras e construíram
grandes centros cerimoniais em forma de pirâmide. Nesses espaços viviam os sacerdotes olmecas,
cercados de ajudantes, comerciantes e artesãos que os serviam. A maior parte da população, composta
por agricultores, fora dos centros cemorava rimoniais

Quais as curiosidades dos povos olmecas?

Acredita-se que os olmecas foram os primeiros a criar um sistema de escrita na Mesoamérica.


Desenvolveram, também, um sistema de numeração vigesimal (baseado no número 20) e foram os
inventores do conceito do zero, o que lhes permitiu fazer contagens longas (de centenas, milhares ou
mais).

Faziam observações astronômicas e criaram um calendário usado para marcar o ritmo das atividades
agrícolas. Esses conhecimentos foram utilizados e aprimorados por muitos povos da Mesoamérica,
mesmo depois do desaparecimento dos olmecas.

Por volta de 400 a.C., a cultura olmeca entrou em decadência e os centros cerimoniais foram
abandonados. Suas estátuas foram mutiladas e enterradas. A razão disso ainda é um mistério para os
arqueólogos.

civilizaçao maia

A Civilização Maia desenvolveu-se na região da Mesoamérica e teve seu auge entre 250 d.C. e 900 d.C.,
iniciando sua decadência após esse período.

Os maias formavam uma civilização que foi desenvolvida na região conhecida como Mesoamérica e que
ficava localizada na América Central, em sua maior parte, e América do Norte, apenas em parte do
território em que hoje está localizado o México.

A civilização maia teve seus principais centros localizados na Guatemala e no México, mas vestígios
dessa civilização também foram encontrados em El Salvador, Belize, Honduras etc. São conhecidos por
serem uma civilização pré-colombiana e também uma civilização mesoamericana.

religiao do povo maia

A primeira informação de relevância sobre a religião maia é que eles acreditavam em mais de um deus,
portanto, eram politeístas. Eles, assim como outros povos mesoamericanos, consideravam que os seus
deuses habitavam em um local chamado Tamoanchan, um paraíso mitológico.

Esse povo acreditava que os acontecimentos do mundo natural eram regidos por forças espirituais e pelo
poder dos ancestrais. Além disso, pensava-se que os locais da natureza eram locais sagrados. As
cavernas, por exemplo, eram enxergadas como portas para o mundo sobrenatural e eram lugares nos
quais uma série de rituais eram realizados.

Dentro da religião maia, julgava-se que os sacrifícios humanos eram importantes para garantir que os
deuses estivessem satisfeitos e garantissem o funcionamento do universo. Esse povo costumava
sacrificar prisioneiros de guerra e pessoas que entregavam-se voluntariamente ao sacrifício. O
arqueólogo Nicholas J. Saunders afirma que os governantes dessa sociedade organizavam milícias com o
propósito único de aprisionar grandes guerreiros de cidades vizinhas para sacrificá-los.

Os sacrifícios aconteciam em rituais bastante violentos e as formas mais comuns de sacrifícios eram a
decapitação e a retirada do coração enquanto a pessoa estivesse viva. As cerimônias religiosas dos maias
também eram marcadas pelo consumo de substâncias alucinógenas. Uma das bebidas alucinógenas era
o balche, composta por bebida alcoólica feita de mel, cascas de árvore e cogumelos alucinógenos|2|. Os
rituais de transe, por sua vez, eram restritos à elite da sociedade.

Alguns dos deuses maias que podem ser citados são Itzamná, o deus criador do Universo; Ix Chel, a
senhora do arco-íris; Kinich Ahau deus Sol, entre outros. Muitos outros deuses Hunab Ku e Chac eram
entendidos como outras manifestações de Itzamná

sociedade e cultura

Os maias possuíam uma sociedade hierarquizada, isto é, dividida em grupos sociais muito bem definidos,
cada qual com funções distintas. O grupo mais numeroso da sociedade era dos camponeses, os
responsáveis pela agricultura e pelo abastecimento de sua cidade. A elite era a responsável pela
administração das cidades-estado e pelas funções religiosas. A autoridade máxima e topo da pirâmide
social maia era o rei de cada cidade, chamado de ajaw.

Os maias enxergavam o mundo como um ciclo de fase que iriam repetir para sempre. Dentro dessa
visão, possuíam um sistema duplo de calendário em que um era composto por 365 dias (chamado Haab)
e outro era composto por 260 (era chamado de Tzolkin).

Acreditavam que a Terra era plana e que ela possuía quatro direções sagradas, cada qual possuindo uma
cor respectiva. Utilizavam de desenhos de animais para representarem suas ideias filosóficas e outras
áreas do conhecimento, como a Astronomia.
politica

Os maias nunca formaram um império propriamente dito, como os incas e astecas, porque sua
organização política era baseada na ideia de cidades-estado. Ou seja, cada cidade era uma entidade
administrativa independente, com autoridades próprias e fronteiras que eram estabelecidas pelos
limites da própria cidade. No caso da civilização maia, a sua zona de ocupação é considerada como as
regiões que estavam sob a influência maia.

As cidades-estado maias praticavam o comércio entre si, mas os historiadores e arqueólogos também
provaram que elas travavam guerras entre si. Essas guerras aconteciam, porque determinadas cidades
sempre tentavam impor seu domínio sobre as cidades vizinhas. Ao longo da história maia, algumas
cidades conseguiram impor um certo domínio regional. Entre as cidades de destaque podemos
mencionar Palenque, Tikal e Calakmul. A cidade de Chichen Itzá é apontada por alguns historiadores
como uma cidade de cultura mista de toltecas e maias

Como já exposto, o rei chamado pelos maias de ajaw, era a autoridade máxima da cidade e era tido pelos
súditos como uma manifestação dos deuses. O poder real era transmitido de maneira patrilinear, isto é,
seguia a linhagem do pai. Apesar dessa linhagem patrilinear, o trono poderia ser ocupado por uma
mulher nas seguintes situações: quando o rei nomeado não tivesse a idade suficiente ou se estivesse
lutando na guerra.

Os sacrifícios humanos tinham uma importante função na política maia. As citadas milícias formadas
pelo rei para aprisionar guerreiros de cidades vizinhas para sacrificá-los visavam, principalmente, a
guerreiros de alto nível e a governantes. Isso porque capturar guerreiros conhecidos de outras cidades
traziam grande prestígio para o rei responsável pela captura.

A civilização maia viveu seu auge durante o período entre 250 d.C. e 900 d.C. Após esse período, os
historiadores apontam que foi iniciada a decadência que levou ao desaparecimento deles. Esse período
de declínio é conhecido como Período Pós-Clássico. Os motivos dessa decadência são estudados ainda
pelos historiadores, que apontam atualmente como principais causas: a falta de alimentos resultante da
superpopulação e do esgotamento da terra, desastres naturais, doenças, além das guerras.

Durante o enfraquecimento da civilização maia, alguns locais perderam, de maneira drástica, um grande
número de habitantes. Essas pessoas mudaram-se para outros locais da Mesoamérica em busca de
melhores condições para viver. Com isso, grande parte das cidades maias foram abandonadas e, quando
os europeus chegaram à Mesoamérica, encontraram essas cidades total ou parcialmente vazias.

ASTECAS

Os astecas foram uma civilização pré-colombiana e desenvolveram-se na Mesoamérica. A capital dos


astecas era a cidade de Tenochtitlán, conhecida por sua grandeza e localizada onde hoje fica a Cidade do
México, capital do México. Os astecas ficaram conhecidos por formarem uma civilização com estilo de
vida sofisticado. Foram dominados pelos espanhóis em 1521.

A civilização asteca desenvolveu-se em uma região que é conhecida como Mesoamérica, localizada na
América Central e do Norte. Os astecas, portanto, são conhecidos como povos pré-colombianos e
mesoamericanos. A região, mais precisamente falando, na qual instalaram-se é conhecida como Vale do
México e fica na região central do México.

A capital dos astecas, Tenochtitlán, era uma ilha que ficava no meio do lago Texcoco, lago que existia no
Vale do México na época. O lago não existe mais, pois os espanhóis o aterraram ao longo da colonização.

Os astecas são originários dos povos mexicas que se estabeleceram no Vale do México por volta do
século XIII. As lendas astecas falam que eles migraram de uma região lendária chamada Aztlán, que
supostamente ficava no norte ou noroeste mexicano. Durante essa migração, os astecas foram
conduzidos por Huitzlopochtli, um dos principais deuses do panteão asteca.

Para os historiadores, um dos marcos importantes da história dos astecas foi a fundação de Tenochtitlán
que ocorreu em 1325. O marco fundador da cidade foi a construção de um templo feito de bambu, e a
escolha do local ocorreu por uma determinação dos sacerdotes que alegaram ter visto um presságio –
uma águia pousada em um cacto devorando uma serpente.

Após a fundação e o crescimento de Tenochtitlán, os astecas desenvolveram laços comerciais com as


grandes cidades vizinhas. A capital asteca também desenvolveu uma notável força militar e o
fortalecimento da cidade fez com que eles unissem-se com Texcoco e Tlacopan. A união das três cidades
ficou conhecida como Tríplice Aliança.

Durante seus primeiros anos, Tenochtitlán estava submetido à influência de Azcapotzalco, uma cidade
dos tepanecas (outro povo mesoamericano). Esse vínculo dos astecas aos tepanecas obrigava-lhes a
pagar impostos, mas por volta de 1428, os astecas rebelaram-se e os derrotaram, colocando fim ao
domínio dos tepanecas.

Depois de terem colocado fim ao domínio dos tepanecas, os astecas enriqueceram e, por serem a maior
força militar da Tríplice Aliança, conseguiram impor sua ideologia e transformaram-se na grande força do
Vale do México. Isso motivou os astecas a expandirem-se territorialmente por meio da conquista dos
povos vizinhos.

Sociedade e política

A sociedade asteca era marcada pela diversidade e hierarquização e, no seu auge, a civilização asteca
chegou a ter cerca de 11 milhões de habitantes. Nas regiões conquistadas, os astecas exigiam impostos
dos povos sob seu domínio, e esses impostos eram pagos por meio de alimentos, joias e outros
utensílios. A cessão de seres humanos como escravos para sacríficos também era aceito pelos astecas
como pagamento.

A sociedade asteca possuía o imperador como o topo da pirâmide social. Conhecido como Huey Tlatoani,
o imperador asteca era visto como a representação do deus mais importante dos astecas: Tezcatlipoca.
Abaixo do imperador estava a nobreza, grupo que possuía cargos na administração do império dos
astecas.
O grosso da sociedade era formado pelos homens comuns, um grupo que exercia diferentes funções na
sociedade, como a de comerciantes. Existia a possibilidade de mobilidade social para os homens
comuns. Por fim, na base da sociedade asteca estavam os escravos que, geralmente, eram criminosos e
pessoas endividadas que pagavam suas dívidas por meio de seu trabalho. Na sociedade asteca, os
escravos poderiam ter posses e família.

Religião

A religião asteca era politeísta, porque eles acreditavam em mais de um deus. A religião asteca, como era
típico na região, incorporou elementos característicos da religião de outros povos. Um exemplo bem
conhecido era o do deus asteca Quetzacoatl, que também fazia parte do panteão maia e era chamado de
Kukulkán.

O deus mais poderoso, conforme acreditavam os astecas, era Tezcatlipoca. Outros deuses importantes
do panteão asteca eram Quetzacoatl, Tlaloc e Tezcatlipoca. Uma característica importante da religião
asteca era a realização de sacrifícios humanos. Essa prática acontecia por meio da retirada do coração
com a vítima acordada.

A realização dessa prática justificava-se por meio dos mitos de fundação que os astecas acreditavam.
Segundo as lendas astecas, o deus Quetzacoatl ofereceu o próprio coração em um ato de autossacrifício.
Os astecas acreditavam que o funcionamento do Sol dava-se por meio da realização regular de sacrifícios
humanos.

Cultura

Um aspecto importante da cultura asteca era conhecido como teotl, basicamente uma espécie de ligação
que existia entre todos os seres do mundo com as forças do mundo espiritual. Os astecas falavam que
tudo que existia emanava teotl.

Possuíam um grande conhecimento de astronomia e isso era realizado pelos seus sacerdotes. Esse
conhecimento em astronomia permitiu os astecas formularem dois calendários, sendo um utilizado no
cotidiano e outro com grande valor religioso. O xiuhpohualli possuía 18 meses de 20 dias com mais 5
dias adicionais (considerados dias de azar). O tonalpohualli, o calendário religioso, possuía 13 meses de
20 anos.

Economia

A economia dos astecas focava-se naquilo que a agricultura fornecia-lhes. O cultivo agrícola dos astecas
era muito próspero e isso deve-se, principalmente, à técnica de cultivo conhecida como chinampas.
Nessa técnica, os astecas construíam ilhas artificiais nos canais do lago Texcoco, utilizando-se de material
orgânico do fundo do lago.

Conquista dos astecas

Os astecas mantiveram o seu império até 1521, pois, nesse ano, sua capital foi conquistada pelos
espanhóis liderados por Hernán Cortés. Os espanhóis chegaram na região em 1519 e iniciaram o
processo de conquista e colonização do Vale do México. Os astecas na época eram governados por
Montezuma II.

Os espanhóis aliaram-se com outros povos indígenas inimigos dos astecas e formaram um grande
exército que atacou Tenochtitlán em 1521. Após a conquista dos astecas, os espanhóis iniciaram a
colonização da região sob o nome de Vice-Reino da Nova Espanha.

Os incas foram povos ameríndios, pré-colombianos, originários da região de Cusco, no Peru. Seu império
foi muito importante, um dos mais desenvolvidos das Américas no período de sua existência, junto aos
maias e astecas. Tinham uma sociedade dividida em classes e muito hierarquizada.

Eram pautados na agricultura, mas também criavam animais e cultivavam plantas que não eram
destinadas à alimentação. Sua arte e cultura eram ricas em técnicas, com objetos coloridos, adornados a
ouro, cerâmica e outras pedras. A arquitetura era bem desenvolvida, feita primordialmente com pedras.
Foram responsáveis pela criação de grandes monumentos, como Machu Picchu.

Eram um povo politeísta, com deuses embasados nos fenômenos da natureza e nos astros. Os incas
eram um povo imperial e teocrático, ou seja, possuíam um imperador com amplos poderes e o tinham
como um verdadeiro deus encarnado.

Apesar de terem sido uma sociedade extremamente desenvolvida, numerosa e territorialmente grande,
tiveram sua decadência devido ao enfraquecimento por brigas internas pelo cargo de imperador e pelo
ataque oportunista dos colonizadores espanhóis.

Características dos incas

A civilização dos incas foi, junto à dos maias e astecas, uma das mais relevantes da América pré-
colombiana e do mundo. Eles chegaram a construir um grande império em 100 a.C. a 1100 d.C., com
diversas fases e características específicas, que veremos no subtópicos seguintes.

Política inca

A política inca era imperial, com uma forma de governo teocrático, ou seja, um “sistema de governo em
que o poder político se encontra fundamentado no poder religioso, pela encarnação da divindade no
governante, como no Egito dos faraós, ou por sua escolha direta, como nas monarquias absolutas”.|1|
Assim, o chefe de Estado era diretamente influenciado pela crença religiosa. Nessa civilização,
especificamente, esses governantes eram chamados de Sapa Inca e eram tidos como provenientes
diretos do deus do Sol, chamado de Inti, o que lhes garantia largos poderes. Eles podiam arbitrar,
inclusive, sobre as vidas das pessoas, decidindo questões amplas e também íntimas, como sobre viagens,
mudanças e até casamentos.

Sociedade inca

A sociedade inca era dividida em classes, ou seja, profundamente hierárquica. Como vimos, o imperador
mandava em tudo, já que era um representante direto do Sol, assim como uma de suas irmãs, com
quem geralmente se casava, era descendente da principal deusa mulher, a Mama Quilla.

A família toda do imperador era considerada como nobre, mesmo parentes mais distantes, mas existia
também a nobreza para além dos parentes, que era nomeada diretamente por ele para administrar
partes ou temas do império, como sacerdotes, militares, juízes e governadores de províncias.

Depois da nobreza, vinham os trabalhadores especializados e os funcionários públicos. E, mais abaixo, os


agricultores, que trabalhavam na terra, que era toda de propriedade do imperador, que os submetia a
regimes de trabalho, tais como a mita, um regime de trabalho forçado e obrigatório a que cada homem
do império inca deveria se submeter em alguma época do ano, quando o imperador convocasse. O
nome dado a esse trabalho em quéchua (sua língua oficial) ao pé da letra significava “turno”. Esse regime
era adotado principalmente para que fossem feitas obras públicas do império, como templos e estradas,
por exemplo.

Outra forma de trabalho e outra classe na sociedade inca era a dos escravos, que eram enviados para
trabalhar em regiões perigosas. Eles eram capturados em guerras e aprisionados quando não aceitavam
a submissão ao império inca.

Economia inca

Os incas tinham uma economia pautada na agricultura. Por meio dela, se alimentavam com batatas e
milho, principalmente. As terras eram ou se tornavam férteis com a aplicação de uma técnica fundada
por eles, chamada de “curvas de nível”. Consistiam em linhas imaginárias em determinados terrenos que
atravessam de uma altitude a outra semelhante. Tais linhas não eram uniformes e acabavam se tornando
uma curva — daí o nome. Dessa forma, conseguiram adaptar a prática às regiões de montanha, como
nos Andes.
Além da agricultura voltada para a alimentação, cultivavam algodão e pimenta, com trabalhos coletivos e
baseados na idade de cada um e cada uma. Criavam lhamas, vicunhas e alpacas. As duas últimas são
parecidas com a primeira. São camelídeos, ou seja, animais que guardam certo parentesco com camelos,
e todos forneciam carne e lãs de diferentes formas. A lhama servia também ao transporte. Já nos
territórios litorâneos, praticava-se a pesca para alimentação.

A produção era controlada pelos funcionários do imperador, que aplicavam impostos da seguinte
maneira: havia uma corda, e nela eram presas diversas outras cordas curtas e de várias cores. Esse era o
quipu: “nó”, em quéchua, e cada um desses pequenos cordões eram impostos que deveriam ser pagos
pelas pessoas.

Tais tributos eram organizados pelo kuraya, chefe de um ayllu, que eram pequenos pedaços de terras
onde determinado grupo realizava seus cultivos para a sobrevivência. O kuraya não apenas cobrava
impostos, mas também era o responsável por ajudar integrantes do ayllu que porventura estivessem em
dificuldade, além de ser o encarregado por dividir igualitariamente os alimentos.

Arquitetura inca

A arquitetura inca era feita principalmente com pedras. Esse método é, ainda hoje, alvo de fascínio de
pesquisadores e turistas, especialmente em Machu Picchu, uma das sete maravilhas do mundo.

Como o império inca foi muito extenso, ele precisava se defender, por isso as construções mais notáveis
eram as de grandes muralhas e fortalezas. Uma das mais famosas é a de Sacsayhuaman (foto abaixo),
construída de modo a se parecer com o crânio de um puma.

O corte de pedras nas construções era preciso, o que demonstra que foram limadas intencionalmente
para serem encaixadas milimetricamente, mesmo que as peças fossem de grande tamanho. O fascínio e
as dúvidas de pesquisadores são sobre de que maneira foram unidas e como era feito o limo. Há
hipóteses de que os incas dominavam técnicas também de mineração e fundição, fazendo com que as
pedras se tornassem muros por meio de minérios fundidos. Outra teoria é sobre o encaixe, que teria
sido feito com tamanha precisão que sobreviveu até os dias atuais.

São impressionantes também os locais dessas obras. Machu Picchu, por exemplo, que é uma cidade-
fortaleza, fica no alto da Cordilheira dos Andes. Pesquisas foram — e ainda são — feitas sobre o
transporte de tamanhas pedras até o pico da montanha.

Para demonstrar a força do império, essas eram construções enormes, e, como visto, todo trabalhador
tinha um tempo de sua força de trabalho para executar obras do governo. Fora dessas obras, as casas
comuns eram feitas de barro, tijolos, outras pedras não tão nobres e com telhados de palha.

Religião inca

Os incas praticavam o politeísmo, ou seja, acreditavam em vários deuses e deusas. Tal prática era comum
na América pré-colombiana. Por meio dessas divindades e seus mitos, tentavam explicar o mundo,
desde a origem da Terra a pequenos fatos do cotidiano.

Uma dessas histórias mitológicas — que podem ou não serem dos incas, mas há também a possibilidade
de algumas serem de origem espanhola; há um debate historiográfico a respeito — dizia sobre o Sol, que
estava encarnado no imperador. A lenda conta que a grande estrela se compadeceu da humanidade,
considerada não civilizada, e lhes enviou representantes que deveriam ser adorados e obedecidos, pois
eram detentores de sabedoria e instrução necessárias para fazerem surgir a civilização. Esses enviados
foram chamados de “irmãos cósmicos”.

No entanto, diferentes lendas incas asseveravam que a humanidade foi concebida da argila de uma
deusa inca soberana, chamada Viracocha. Essa era a suprema divindade inca, porém o Sol, Inti, era o
mais adorado. Além desses, existiam muitos outros e outras, para diferentes elementos naturais, como a
deusa da Lua, o deus da chuva e assim por diante.

Dentro da hierarquia religiosa, existiam sacerdotisas e sacerdotes, que passavam toda a sua existência
destinados à adoração das inúmeras divindades, e curandeiras e curandeiros, que faziam rezas e
sacrifícios. Outra hierarquia dava-se entre as sacerdotisas. As mais bonitas ou eram destinadas a serem
amantes do imperador, já que adoravam o deus Sol, ou a jurarem castidade por toda a vida. Essas eram
as chamadas acllas.

Além dos sacrifícios realizados pelas curandeiras, existiam os que eram feitos por toda a população em
momentos de nomeações de imperadores, guerras e demais períodos importantes. Entre os sacrifícios,
existiram, inclusive, os de crianças, que eram mortas e oferecidas às divindades. Para saber mais sobre a
religião inca, leia: Religião inca.
Arte e cultura inca

Assim como a arquitetura, a arte inca era precisa, ou seja, eram aplicadas técnicas, muitos detalhes e
cores. Em suas peças, era comum encontrar bastante ouro e cerâmica. Os objetos eram sofisticados.
Culturalmente, os incas não desenvolveram a escrita, mas transmitiam conhecimentos por desenhos ou
oralmente. Suas festas e cultos tinham caráter religioso, de adoração aos deuses, que sempre
representavam elementos da natureza.

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