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CIVILIZAÇÕES PRÉ-

COLOMBIANAS
MAIAS
ASTECAS
INCAS
A origem do homem americano
Autóctone: uma tese referente a essa última questão sugere que alguns dos
primeiros homens teriam naturalmente surgido nessas terras. Apesar de
possível, essa argumentação não se sustenta pelo fato de, até os dias atuais,
não terem sido encontrados fósseis mais antigos que o Homo sapiens no
continente americano. Por tal razão, outras explicações partem da ideia de
que pequenos grupos humanos ocuparam esse espaço por meio de
movimentos migratórios diversos.
A hipótese tradicional( asiática) propõe que o ser humano chegou ao
continente americano atravessando uma ponte de gelo ou terras emersas
na região do Estreito de Bering, entre os atuais Estados Unidos e
Rússia.Segundo essa hipótese, alguns cientistas afirmam que a chegada
dos primeiros grupos teria acontecido há cerca de 20 mil anos, durante a
última glaciação, época em que a temperatura do planeta esteve
extremamente baixa e as geleiras avançaram dos pólos em direção ao
equador.
• Malaio-polinésia-uma outra hipótese vem trabalhando com a possibilidade de
um outro movimento migratório acontecido a partir da navegação do
Pacífico, através das ilhas polinésias até as regiões oeste e central das
Américas. Nessa possibilidade, pressupõe a existência de uma rudimentar
tecnologia de transportes que permitiu a realização gradual de pequenas
navegações que favoreceram tal empreitada. Sendo assim, a ocupação do
continente poderia ter acontecido em diferentes frentes.
O ESQUEMA DE MORGAN
De acordo com a teoria evolucionista da humanidade, a história do homem seguiu,
desde sempre, um mesmo caminho, linear e progressivo. Analisando algumas
condições entendidas como universais, pode-se traçar o caminho realizado pelo
homem desde seus primórdios até os dias de hoje, evidenciando uma diferença
temporal entre aqueles que ainda não possuíam determinados estágios
desenvolvidos.
Seguindo a tendência de alguns etnólogos, que tinham como base no séc. XIX a
Teoria da Evolução das Espécies de Charles Darwin, Lewis Morgan determinou que
as condições básicas que se pode analisar em cada estágio da história humana são,
por um lado, as invenções e descobertas e, por outro lado, o surgimento das
primeiras instituições.

• SELVAGERIA
• BARBÁRIE
• CIVILIZAÇÃO

*** Críticas ao esquema de Morgan


CIVILIZAÇÕES PRÉ-COLOMBIANAS

• MAIAS

• ASTECAS

• INCAS
Civilização Maia 
Na porção central do continente americano, olmecas,
toltecas, teotihuacanos, astecas e maias formaram
sociedades distintas. Os maias, entre os séculos III e
XI, estabeleceram um complexo de cidades-Estado
que funcionavam de forma autônoma graças a um
eficiente sistema de servidão coletiva. Segundo
informações, a civilização maia teria congregado mais
de dois milhões de habitantes. Quando chegaram à
América, os espanhóis encontraram boa parte desses
centros urbanos abandonados. 
O povo maia habitou a região das florestas tropicais
das atuais Guatemala, Honduras e Península de
Yucatán (região sul do atualMéxico).
Nunca chegaram a formar um império unificado, fato
que favoreceu a invasão e domínio de outros povos. As
cidades formavam o núcleo político e religioso da 
civilização e eram governadas por um estado
teocrático ( Cidades-Estado) .O governante maia era
considerado um representante dos deuses na Terra. 
A zona urbana era habitada apenas pelos nobres
(família real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e
conhecimentos), chefes militares e administradores do
império (cobradores de impostos). Os camponeses, que
formavam a base da sociedade, artesãos e
trabalhadores urbanos faziam parte das camadas
menos privilegiadas e tinham que pagar altos
impostos.
A base da economia maia era a agricultura, principalmente de
milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação eram muito
avançadas. Praticavam o comércio de mercadorias com povos
vizinhos e no interior do império.
Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um
grande avanço na arquitetura. O artesanato também se destacou:
fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas.
A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários
deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo 
calendário que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano.
Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em
símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos,
datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e outros dados
importantes.
Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a
invenção das casas decimais e o valor zero.
 
A escrita maia é uma das mais complexas do mundo,
composta por fonogramas (símbolos que representam sons)
e por ideogramas (símbolos que representam ideias). Pela
complexidade acredita-se que somente a elite maia tinha
acesso à leitura e a confecção da escrita, mas de qualquer
forma, a escrita fazia parte do cotidiano nas grandes
cidades. Estelas contando a história ou o feito de um rei
faziam parte do cenário das praças públicas maias.
Chamado de “pok-ta-pok” pelos maias, de
“ullamaliztli” pelos astecas e de “juego de
pelota” pelos conquistadores espanhóis, o jogo
de bola mesoamericano foi o mais importante
esporte ritualístico das antigas civilizações da
Mesoamérica. Podia durar dias terminando,
quase sempre, com o sacrifício do capitão ou de
toda equipe. Jogado ainda hoje no México (mas
sem sacrifícios humanos), ele tem seu próprio
campeonato chamado Copa Peninsular Pok-ta-
Pok.
https://youtu.be/jKvQjgC9sIY
A RELIGIÃO MAIA

"(...) Tratemos agora de criar seres obedientes,


respeitosos, que nos sustentem e alimentem". (Popol
Vuh, parte I, capítulo 2).Essa frase teria sido dita pelos
deuses Tepeu e Gucumatz (também chamado de
Kulkucán, a "serpente emplumada"), respectivamente o
Criador e o Formador, quando resolveram criar o
Homem. Depois de algumas tentativas, os deuses
perceberam que os homens precisavam "de sangue, de
substância, de umidade" para existirem plenamente, e
dessa forma foi doado aos homens o sangue divino.
Os maias acreditavam que deveriam obedecer,
respeitar e alimentar os deuses. E o alimento que mais
contentava os deuses era o sangue, que eles próprios
doaram aos homens, por isso os sacrifícios de animais
e de seres humanos eram comuns. Às vezes nem era
necessário que o homem fosse morto num ritual, o
furo nas orelhas, na língua, nos dedos e a oferenda do
sangue já era suficiente para alimentar as divindades.
CIVILIZAÇÃO ASTECA
O povo asteca foi uma civilização pré-colombiana que se
desenvolveu principalmente entre os séculos XIV e XVI,
no território correspondente ao atual México.
Fundaram no século XIV a importante cidade de
Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de
pântanos, próxima do lago Texcoco. A sociedade asteca
era hierarquizada e rigidamente dividida. Era
comandada por um imperador (Estado Teocrático), chefe
do exército. Desenvolveram muito as técnicas agrícolas e
construíram obras de drenagem. O artesanato deste povo
era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos,
objetos de ouro e prata e artigos com pinturas. Ficaram
conhecidos como um povo guerreiro.
A sociedade era hierarquizada e rigorosamente
dividida. Era liderada por um imperador, chefe
do exército. A nobreza era também formada por
sacerdotes e chefes militares. Os camponeses,
artesãos e trabalhadores urbanos compunham
grande parte da população. Esta camada mais
inferior da sociedade era coagida a exercer um
trabalho compulsório para o imperador,
quando este os convocava para trabalhos em
obras públicas como canais de irrigação,
estradas, templos, pirâmides, entre outros.
Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas,
construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de
cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta,
tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo,
eram usadas como moedas por este povo.
O artesanato a era riquíssimo, destacando-se a
confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e
artigos com pinturas. A escrita era representada
por desenhos e símbolos. O calendário maia foi
utilizado com modificações pelos astecas.
Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e
de astronomia.
Na arquitetura, construíram enormes pirâmides
utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios
humanos. Estes eram realizados em datas
específicas em homenagem aos deuses.
Acreditavam que com os sacrifícios, poderiam
deixar os deuses mais calmos e felizes.
Eram , portanto, politeístas e acreditavam que se o
sangue humano não fosse oferecido ao Sol, a
engrenagem do mundo deixaria de funcionar.
No seu panteão havia centenas de deuses. Os
principais eram vinculados ao ciclo solar e à atividade
agrícola. Observações astronômicas estudo dos
calendários fazia parte do conhecimento dos
sacerdotes. O deus mais venerado era Quetzalcóatl, a
serpente emplumada.
Os sacerdotes eram um poderoso grupo social,
encarregado de orientar a educação dos nobres,
fazer previsões e dirigir as cerimônias rituais. A
religiosidade asteca incluía a prática de
sacrifícios. Segundo o divulgado pelos
conquistadores o derramamento de sangue e a
oferenda do coração de animais e de seres
humanos eram ritos imprescindíveis para
satisfazer os deuses, contudo se considerarmos a
relação da religião com a medicina
encontraremos um sem número de ritos. 
Durante o governo do imperador Montezuma II
(início do século XVI), o império asteca chegou a ser
formado por quase 500 cidades e estas pagavam
altos impostos para o imperador. O império asteca
começou a ser arrasado em 1519 a partir das invasões
espanholas. Liderados por Hernán Cortez, os
espanhóis dominaram os astecas e se apropriaram
de grande parte das minas e dos territórios
submetendo-os a um trabalho compulsório.
CIVILIZAÇÃO INCA
Antes de os incas erguerem seu vasto e poderoso império na área
andina da América do Sul, viviam nessa extensa região povos que
se costuma denominar pré-incaicos.
Eles estavam distribuídos por toda a costa leste do continente, nas
serras e no altiplano andino: os chavíns viviam nas serras peruanas;
os manabis, no litoral do Equador; os chimus, no norte do Peru; e
havia ainda os chinchas, mochicas, nazcas e outros. A maioria
mantinha centros urbanos organizados, templos, agricultura
diversificada, baseada no milho, na batata e em outros produtos, e
alguns já domesticavam lhamas, vicunhas e alpacas. Talvez a
grande demonstração do desenvolvimento desses povos pré-
incaicos seja Tiahuanaco, um grande centro cerimonial que recebia
milhares de pessoas.
Os incas são originários de uma região entre lago Titicaca e a atual
cidade de Cuzco, no Peru. A partir daí, os incas expandiram-se por
uma área que abrangia desde o sul da Colômbia até o sul do Chile.
Esse império chegou a reunir cerca de 15 milhões de pessoas, de
povos com línguas, costumes e culturas diferentes.Durante a
formação de seu império, os incas absorveram as diversas culturas
das civilizações preexistentes, colocando-as a serviço da expansão
e manutenção do império.
A vitória sobre os chancas, em 1438 d.C., liderada pelo jovem
príncipe Yupanqui, marcou o início da formação do império. Ele
ocupou quase todo o Peru, chegando até a fronteira do Equador.
Seus sucessores expandiram o império para o altiplano boliviano,
norte da Argentina, Chile (já no reinado de Tope Inca) e Equador,
até o sul da Colômbia (conquistas de Huayana Capac).
A expansão foi interrompida em razão da disputa entre dois
irmãos, filhos de Huayana: Huascar, que centralizou seu império
em Cuzco, e Atahualpa, sediado em Quito.
Os povos conquistados pelos incas eram obrigados
a pagar impostos, e as regiões dominadas eram
integradas ao império por meio da construção de
estradas (os incas possuíram mais de 40 mil
quilômetros de estradas).
Os incas mantinham postos administrativos nos
locais que haviam conquistado como forma de
mantê-los sujeitos à autoridade de Cuzco. Além
disso, eles também mantinham as regiões
conquistadas sob seu controle por meio da
instalação de uma população de língua e cultura
quéchua nos locais conquistados.
O Estado organizado pelos incas tinha fortes características
imperiais. Tudo o que ocorria em sua vasta extensão territorial era
rigidamente controlado.
O chefe desse Estado era o Inca, um imperador com poderes
sagrados hereditários, reverenciado por todos. Ao lado do Inca havia
uma rede de sacerdotes, que, assim como os historiadores oficiais,
tinham também a função de ensinar e divulgar os mitos, as lendas e
as histórias sobre o Inca.
Para manter o império íntegro, criou-se uma complexa burocracia
administrativa e militar. Os cargos administrativos eram distribuídos
entre membros da nobreza e acabaram adquirindo hereditariedade. O
caráter guerreiro do império privilegiava a formação e educação
militar. Como os burocratas, essa camada privilegiada era mantida
graças aos tributos arrecadados pelo Estado.
Para controlar a arrecadação dos tributos e o poder em cada cidade,
aldeia e ayllu (terra doada pelo Estado, onde os camponeses
trabalhavam coletivamente), existiam centenas de funcionários do
Estado, cada qual com seus assistentes.
Os camponeses, em troca do direito de trabalho no ayllu, eram
obrigados a cultivar as terras do Inca e dos funcionários
públicos, assim como deviam pagar os impostos em
mercadorias. Além disso, o Estado os obrigava a trabalhar nas
obras públicas, como as pirâmides, os caminhos, as pontes, os
canais de irrigação e terraços. Fazia-se a extração de minério
através da mita, isto é, trabalho compulsório, baseado na
rotatividade de mão-de-obra fornecida pelas aldeias e não
remunerado – os trabalhadores recebiam em troca apenas
alimentos (os espanhóis acabaram adotando esse sistema de
trabalho durante a colonização).
Havia ainda os artesãos especializados e os yanaconas, originários
da cidade de Yanacu e condenados à escravidão. Às vezes, algum
povo conquistado também era escravizado. A mão-de-obra assim
obtida destinava-se ao trabalho doméstico, e não à produção.
Todas as terras do império pertenciam ao Inca; logo, ao
Estado. Por meio da vasta rede de funcionários, essas
terras eram doadas aos camponeses para sua subsistência.
A base da produção agrícola era o milho, seguido pela
batata, pelo tomate, pela abóbora e pelo amendoim.
Nas áreas mais altas, nas quais a obtenção de água era
difícil, o milho tinha de ser plantado nos terraços feitos nas
encostas das serras com canais de irrigação. Essa prática
criou uma paisagem reconhecida como típica da
civilização incaica.
A domesticação de lhamas, vicunhas e alpacas tornou-se
crucial para o fornecimento de lã, couro e transporte. Os
cachorros-do-mato e porcos tinham importância
secundária. O comércio era muito precário e restringia-se
basicamente aos bens de luxo destinados à corte.
Os incas dominavam avançadas noções de matemática (conheciam,
inclusive, o zero) e dedicavam-se à astronomia, podendo prever
eclipses e fazer calendários. Usavam pesos e medidas
padronizados. Seu trabalho na manufatura do ouro, da prata e do
cobre maravilhou os espanhóis. Além disso, produziam cerâmica,
tecidos coloridos, esculturas e pinturas.
Talvez as maiores produções incaicas estejam relacionadas com a
arquitetura e a engenharia. Por meio delas foi possível construir
pirâmides, palácios, pontes e caminhos; cidades como Cuzco e
Machu Picchu, que reuniam milhares de pessoas e mantinham uma
rica ordem urbanística; e os famosos terraços irrigados nas
montanhas para a produção agrícola.
Construída a 2400 metros de altitude entre as montanhas dos
Andes, no Peru, Machu Picchu exemplifica a elaborada engenharia
incaica.
O principal deus Inca era Viracocha, criador do mundo. Havia
também os Huacas, espíritos protetores, o principal deles
era Inti, deus do Sol. Para a adoração a Inti era celebrado uma
festa religiosa, o Inti Raymi, a festa do sol.

Montanhas e lagos também eram considerados huacas e por


isso eram vistos como lugares sagrados para os incas.

Os incas acreditavam na imortalidade da alma. Assim como os


egípcios, eles criaram um processo de mumificação do corpo.
ÍNDIOS DO BRASIL
I-CULTURAS AMAZÔNICAS
II-
III- Os tupis-guaranis

• Os tupis, não eram uma tribo e sim uma infinidade de grupos


indígenas – como os tupis-guaranis, tupinambás, tupiniquins
e tupinaés – que tinham culturas semelhantes entre si. Eles
viviam em aldeias que funcionavam como cidades, chegando a
ter alguns milhares de habitantes. A propriedade privada não
existia. Plantavam mandioca, milho e hortaliças e produziam
cerâmicas, utilizadas em rituais religiosos.

• Definiam a hierarquia social com base nos laços familiares e


no desempenho dos guerrilheiros nas batalhas. A divisão do
trabalho se dava de acordo com o sexo: à mulher cabia plantar,
cozinhar e fabricar instrumentos domésticos; os homens
tinham a resposabilidade de caçar, produzir armas, derrubar a
mata e construir casas.
Os tupis eram povos sedentários e conquistadores
que destruíram ou assimilaram as comunidades
coletoras e caçadoras então espalhadas pelo país.

http://mae.usp.br/
ÁFRICA
A África está dividida em 54 países, onde são faladas
mais de 1.200 línguas.

Há casos em que dezenas de línguas são faladas em


um único país.

Existe uma diversidade africana de povos, culturas,


relevos, climas, vegetação, fauna e flora.
Alguns grupos étnicos africanos cresceram a ponto de
tornaram-se impérios, já outros permaneceram como
nômades caçadores coletores em números bem
reduzidos, entretanto todos possuíam uma conexão
com a questão da fidelidade ao chefe e às relações de
parentesco.

A forma mais comum de organização social eram as


aldeias. Cada aldeia possuía um chefe, embora as
famílias possuíssem líderes próprios, todos eram
subordinados a este líder tribal.
Para cumprir a função de salvaguardar todos os
membros da aldeia, um conselho de líderes
familiares auxiliava o chefe tribal, que também
recebia parte da produção de cada família. Várias
aldeias possuíam uma organização semelhante a esta
e, muitas vezes, elas articulavam negociações entre
si, em uma espécie de confederação.

Além de confederações, existiam os reinos,


organizações sociais mais complexas, possuindo até
mesmo capitais comandadas por chefes menores
que centralizavam riquezas e algumas outras
demandas, como alimentos e serviços.
O Reino de Axum
Um rei que governou o oeste da África no século 14 teria sido o
homem mais rico do mundo, segundo o site americano
CelebrityNetworth.com, que reúne informações sobre fortunas
de personalidades diversas.

Por valores reajustados segundo a inflação atual, a fortuna


pessoal de Mansu Musa I, que vivia na região onde fica hoje o
Mali, valeria o equivalente a US$ 400 bilhões (R$ 815,3 bilhões)
na ocasião de sua morte, em 1331.

Nascido em 1280, Musa, que ganhou o título de Mansu, que


significava rei dos reis, foi o rei do império Mali por 25 anos.
Seu reino englobava o território atualmente formado por Gana
e o Mali e regiões ao redor.
Musa foi um devoto muçulmano que ajudou a difundir a fé
islâmica pela África e fez do império mali uma potência. Ele
investiu fortemente na construção de mesquitas e escolas e
fez da capital de seu império, Timbuktu, um centro de
comércio, saber e peregrinação religiosa.

O império de Musa respondeu pela produção de mais de a


metade do suprimento mundial de ouro e sal, de onde o
governante tirou boa parte de sua vultosa fortuna.

Muitos comerciantes vindos da Europa foram a Timbuktu,


atraídos pelo ouro e pelas oportunidades de negócios
oferecidos pela capital do império erguido por Musa.

Os herdeiros do imperador não teriam conseguido preservar


sua vasta riqueza, devido a perdas provocadas por guerras
civis e invasões realizadas por conquistadores.
Hoje, muitos estudiosos utilizam a expressão
“Áfricas” em vez de “África” para destacar a
diversidade existente nesse continente.

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