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Adaptação da Obra “O monstro das cores”, de Anne Llenas

- alegria
- medo
- amor
- menina mediadora, Carolina
- tristeza
- raiva
- calma
- confusão

Como aprender a gerir as nossas emoções?


Era uma vez um monstrinho que acordou muito confuso, não sabia muito bem aquilo que
estava a sentir. Nunca se tinha sentido assim e estava um pouco assustado.

Foi procurar a sua amiga que sabia sempre como o ajudar em situações complicadas, a
Carolina.

Quando finalmente encontrou a Carolina, ela percebeu de imediato o que se passava com
o monstrinho e disse-lhe:

- Monstrinho, estás com as tuas emoções todas baralhadas, não é?

- Sim, não sei explicar o que estou a sentir, preciso muito da tua ajuda! Achas que
consegues ajudar? – perguntou o monstrinho.

- Claro que sim. Os amigos são para isso mesmo, ajudar quando precisamos deles. – disse
Carolina.

Todo contente com a ajuda da Carolina, o monstrinho começou a saltitar e a cantarolar de


entusiasmo.

- Acalma-te monstrinho confuso, ainda temos muito trabalho pela frente. Organizar as
emoções requer tempo e cuidado. – disse Carolina.

Mas o monstrinho continuava a saltitar sem parar. Foi então que Carolina percebeu que
tinha de saltitar com o seu amigo para que ele pudesse partilhar o seu entusiasmo.

Passaram alguns momentos e os dois acabaram por se sentarem de cansaço.

- Foi divertido, mas agora que parei de saltitar, sinto-me confuso outra vez! – disse o
monstrinho tristemente.
- Vamos já resolver isso! – disse Carolina.

- Estou pronto! – diz o monstrinho.

- Temos de organizar todas as tuas emoções, separando-as. – disse Carolina.

- E como vamos fazer isso? – perguntou o monstrinho.

- Temos de arranjar umas caixas e colocar cada emoção na sua caixa. – disse Carolina.

- Não parece nada fácil. – disse o monstrinho num tom desanimado.

- Estou aqui para te ajudar, há sempre uma solução. – disse Carolina.

- Vamos começar por qual emoção? – perguntou o monstrinho.

- A primeira emoção a ser arrumada na sua caixa, pode ser a tristeza, que te parece? –
perguntou Carolina.

- Parece-me bem, vou organizar as minhas ideias sobre a tristeza. – disse o monstrinho.

- Sim, isso mesmo! Tenta descrever como te sentes quando estás triste. – disse Carolina.

- Quando estou triste sinto saudades de alguma coisa. A tristeza é suave como o mar,
doce como os dias de chuva. Quando estou triste, só me quero esconder e ficar sozinho, não me
apetece fazer nada- disse o monstrinho.

- Boa, vez como conseguiste! Agora falemos sobre a alegria. – disse Carolina.

- Eu adoro sentir alegria! A alegria é contagiosa. Brilha como o sol e cintila como as
estrelas. Quando estou alegre gosto de rir, de saltitar, de dançar e de brincar. Gosto de partilhar
a minha alegria com toda a gente. – disse o monstrinho.

- Mais uma emoção arrumada, muito bem! – disse Carolina.

- A próxima pode ser a raiva? Não gosto nada de sentir essa emoção. – disse o
monstrinho.

- Claro que sim, força! – disse Carolina.

- A raiva é ardente como o vermelho, vivo e feroz como o fogo que queima com força e é
difícil de apagar. Quando estou zangado, sinto que fui vítima de uma injustiça e quero
descarregar a raiva nos outros. – disse o monstrinho.

- Tens de tentar controlar a raiva e não a deixar sair da caixa. – disse Carolina.

- Agora quero falar sobre o medo. – disse o monstrinho.


- Tu és mais forte que o medo. – disse Carolina.

- O medo é cobarde. Esconde-se e foge como um ladrão na escuridão. Quando tenho


medo, torno-me pequeno e insignificante, parece-me impossível fazer o que me pedem. – disse
o monstrinho.

- Estás a lidar muito bem com as tuas emoções, está quase a terminar! – disse Carolina.

- Falta arrumar a calma que é tranquila como as árvores e leve como uma folha ao vento.
Quando estou calmo, respiro devagar e profundamente. Sinto-me em paz. – disse o monstrinho.

- Fizeste um ótimo trabalho monstrinho. – disse Carolina.

- Obrigada pela ajuda Carolina. – disse o monstrinho.

- Não tens de agradecer, sou tua amiga e estou aqui para ajudar. Mas agora que já
arrumaste as tuas emoções, sabes dizer o que estás a sentir? – perguntou Carolina.

- Sei sim! Para me ajudar dei uma cor a cada emoção e sei que funcionam melhor quando
estão organizadas. Sei que o azul é a tristeza, o amarelo é a alegria, o vermelho é a raiva, o preto
é medo e o verde é a calma, então quando as cores estiverem todas baralhadas é quando estou
confuso.

E…e agora sinto-me rodeado de amor que tem uma cor leve e suave e me faz sentir muito
bem. Quando sinto amor, fico bem comigo próprio e quero partilhar amor com toda a gente.

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