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AFONSO DE ALBUQUERQUE ( A OUTRA ASA DO GRIFO)

Afonso de Albuquerque ( 1453-1515) foi um líder militar de grande pres gio. Desenhou a polí ca
de expansão portuguesa no Oriente e fomentou as relações polí cas que permi ram cimentar as
bases para o império.
Par cipou com valência nas conquistas das Praças de Tânger e Arzila sob o comando de D. Afonso
V, onde cul vou relações de amizade com El-Rei D. João II, então infante.
Pelos seus feitos no Norte de África, foi nomeado Escudeiro-mor do Reino e recebeu o comando
da Fortaleza da Graciosa.
Afonso de Albuquerque fez parte da armada de Tristão da Cunha até Socotorá, conquistando pelo
caminho 5 cidades árabes na África Oriental.
Em Socotorá separou-se da frota, que se dirigia para a Índia ao comando de 6 navios, com rumo a
Ormuz. A caminho de Ormuz, Afonso de Albuquerque promoveu a sua terrível reputação enquanto
militar, conquistando 3 cidades e aceitando a rendição de 2 outras.
A conquista de Ormuz é considerada como uma das maiores batalhas da história da Marinha
Portuguesa. O combate foi curto e forçou o rei a tornar-se tributário da Coroa, ao invés de do Xá
Ismail I.
Depois de consolidado domínio do Mar Vermelho, navegou para Cochim, na Índia, pois era aí que
vivia o Vice-Rei D. Francisco de Almeida, que ele vinha subs tuir. Ainda comandado por D.
Francisco de Almeida, par cipou na Batalha de Diu e na Batalha de Chaul, ambas vitórias
portuguesas. Uma vez Vice-Rei, tentou um ataque a Calecute mas falhou. Imediatamente a seguir,
tomou posse de Goa e lá se estabeleceu. Foi nessa cidade que fez a 1ª cunhagem de moeda
portuguesa fora do reino.
Após receber reforços do Rei, Afonso de Albuquerque par u para Malaca. Atacou de surpresa a
cidade e dizimou a marinha inimiga. No desembarque foram recebidos por um exército que
contava com elefantes. Ainda assim a vitória não tardou e foi construída uma fortaleza, que
marcou o início do domínio português na zona.
Esta conquista foi o úl mo dos grandes feitos de Afonso de Albuquerque, que daqui para a frente
se limitou a fortalecer o poder que já nha ins tuído.
A par r de Malaca, Afonso de Albuquerque enviou missões diplomá cas a Sumatra, Sião, Molucas
e China.
Voltou ao Mar Vermelho para impedir o construção de uma frota muçulmana. Assinou a paz com
Calecute e outros reinos na Índia.
Morreu em Goa e foi transportado para Portugal.
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LEITURA DO POEMA (Áudio)

ANÁLISE DO POEMA

Estruturas externa e interna do poema


Decassílabos e hexassílabos intercalados;
Rima emparelhada: aabbccddee;
O poema é composto por uma estrofe de dez versos, uma décima.
Elementos da poesia tradicional, como a rima, o hexassílabo e o decassílabo heróico, que remete
para "Os Lusíadas”.

Afonso de Albuquerque, a outra asa do grifo, é um homem todo poderoso (“Tão poderoso que não
quer o quanto” -v.5), que despreza a mesquinhice do mundo (que o afeta) (“Desce os olhos
cansados/De ver o mundo e a injus ça e a sorte.” -vv. 2-3), por ter um espírito superior (é superior
em força e espírito) assente na fé e no compromisso. Não se preocupa com as vicissitudes da
existência mundana, totalmente empenhado no cumprimento da sua missão (“Não pensa em vida
ou morte,” -v.4).

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A asa representa a concre zação material do sonho do Infante D. Henrique (a cabeça).


Asas do grifo - D. João II e Afonso de Albuquerque. Sendo uma das asas, a par de D. João II,
representa o voo do grifo, a concre zação material do sonho do Infante D. Henrique (a cabeça),
com a construção dos três impérios (Ormuz, Goa e Malaca), no Índico (“Três impérios do chão lhe
a Sorte apanha.” -v.9). Assim concre za também o seu des no (a “Sorte”), de nido por Deus, com
uma superioridade infalível e al va (“Criou-os como quem desdenha.”). A materialidade que
a nge, contudo, não acalenta as suas ânsias espirituais, uma vez que, mesmo poderoso e heroico,
quando se depara com as terras conquistadas, encontra-se em con ito com a própria alma, que,
imbuída de um fervor espiritual, encontra ainda no mundo a demarcada imperfeição humana, algo
que se depreende do tom melancólico da composição.

A "outra asa", Afonso de Albuquerque, constrói três impérios (Ormuz, Goa e Malaca), no Índico
(“Três impérios do chão lhe a Sorte apanha.” -v.9).
Assim concre za também o seu des no (a “Sorte”), de nido por Deus, com uma superioridade
infalível e al va (“Criou-os como quem desdenha.”).
Em suma, Afonso de Albuquerque assume a forma de herói mí co, quase semidivino, todo
poderoso e totalmente comprome do com a sua missão, no mundo sico e espiritual. Uma
determinada vontade transcendente leva-o à criação de três impérios no Índico, regidos por
Portugal. Demonstra também o desa o sen mental do espírito nacional, que, sobre os territórios
conquistados, confronta a sua necessidade de elevação à sua inevitável forma humana, mundana.
É, como “padre”, o guia espiritual e expansor material do povo português, um monge guerreiro,
perfeito exemplo do signi cado da epígrafe do “Brasão”, “Bellum sine Bello”.

FIGURA SIMBÓLICA
Formação de 3 impérios.
Ajuda e acompanhamento divinos levam-no à vitória e dão-lhe sabedoria para governar.
O império que construiu não se equipara à sua grandeza nem ao seu merecimento.
Não lhe interessa tal poder, por ser apenas mundano, e ele está num con ito de espiritualidade,
não de poder.
Cumpriu segundo a vontade divina, presentes tanto nele como no rei que representa, o rei de
Portugal.

FIGURA HISTÓRICA
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Conquista de 3 grandes cidades: Ormuz, Goa e Malaca.


Batalhas di ceis e com desvatagem numérica, vencidas pela estratégia.
Estas conquistas são a fundação de um centro de enorme poder militar e comercial.
Tem o poder para se tornar o mais poderoso dos reis, declarar-se independente e subjugar os que
o desa arem.
Cumpriu a missão que lhe foi entregue, e com isso se contentou.
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