Você está na página 1de 4

Arte Indígena

Alunas: Ana Caroline Araújo


Crysnanda Dias Cunha
Iasminy Ohany Fraga
Maryana Cordeiro Santos

Trabalho Solicitado Pela Professora


Daniela Novais, Na Disciplina de
Artes no Requisito de Nota

Colégio Estadual Amélia Amado


1º ano A do Ensino Médio
Jussari-BA, 07 de Maio de 2019

A arte indígena vem da selva, diretamente da selva e representa a selva em física e


essência. A arte indígena é um patrimônio sociocultural de um povo que viveu a raiz do
Brasil, que sobreviveu e fez sua arte daquilo que compõe cada hectar de terra brasileira, com
o uso das penas das aves que aqui voavam, das plantas para extrair as tintas e da terra para
produzir as belas peças de cerâmica. Apreciar uma peça de arte indígena é apreciar uma
pequena parte do Brasil moldada em um utensílio do povo que se originou nesse vasto país
SEUS MATERIAIS:
Os materiais utilizados eram os encontrados na natureza, basicamente. Artefatos de
cerâmica pintados com tintas extraídas de plantas (exemplo mais comum: a cor vermelha
oriunda do pau-brasil). As peças eram geralmente potes, vasilhas, máscaras plumárias,
vestes, cesteiras e demais objetos que eram muito mais utensílios que propriamente arte
para ser apreciada. E é nessa frase que encontramos a diferença da arte indígena para as
demais expressões de arte.
Penas, tinta, palha e argila. Quatro dos materiais mais utilizados pelos indígenas nas
confecções de seus utensílios que se tornaram arte. A pena de aves silvestres, as tintas
oriundas do extrato de plantas nativas, a palha vinda da selva e a argila vinda direto do chão
pisado pelos índios durante suas peregrinações pela terra.
UTILIDADE:
A utilidade da arte indígena é um diferencial para a arte contemporânea. Percebe-se que,
ao especificar os tipos de objetos produzidos pelos indígenas, veem-se semelhanças em
todos: cada um tinha uma função. Não eram simples peças com o intuito de decorar ou de
expressão sentimental. Tinham, claro, tal função, porém com a característica diferenciada
de ser utilizada no dia a dia dos indígenas.
Muitos historiadores empacam em definir arte indígena, pois é muito mais do que uma
arte, é uma utilidade. Confunde-se muito arte indígena e artefato indígena pelo fato da
utilização do produto final, após pintura e molde dos jarros e trançado das cesteiras. A
principal diferença é o foco na utilização dos objetos em relação à arte contemporânea.
EXEMPLOS DE ARTE INDÍGENA:
 ARTE PLUMÁRIA
São, basicamente, os objetos confeccionados com a utilização de penas e plumas das aves
associadas a outros materiais, como cipós e folhas, por exemplo. As penas e plumas são
muito utilizadas na confecção de ornamentos para o corpo, como enfeite, seja no cotidiano
ou em ritos e cerimônias, mas, comumente, é utilizada como identidade da tribo. A
definição de arte plumária também agrupa o ato de pendurar penas no corpo como enfeite –
como fora ressaltado acima.
Devido ao número abundante de aves desconhecidas dos portugueses ao chegar ao Brasil,
a arte plumária dos índios brasileiros chamou em demasia a atenção dos colonizadores e da
própria corte. Levada à Europa como símbolo de conquista do território americano, a arte
plumária ganhou notoriedade pela apreciação dos demais povos do Velho Continente. Por
ser um artesanato exótico e diferenciado, acabou se alongando durante a linha do tempo e
sendo apreciada até os dias de hoje.

 ARTE COM CERÂMICA E CESTARIA:

A cerâmica é, talvez, o utensílio-artístico indígena mais mencionado em textos e teses


sobre o assunto arte indígena. Devido à beleza estética e sua vasta utilidade, a cerâmica
indígena caiu no gosto dos portugueses colonizadores da época e, ainda hoje, é aclamada
por apreciadores desse estilo artístico tão diferenciado. O material era extraído direto da
natureza e produzido pela própria tribo e utilizado no cotidiano para sua sobrevivência. A
construção de estruturas de cerâmica foi para o armazenamento de água e alimento. Com o
tempo foram adaptando e evoluindo no uso da argila para produção de diversos outros
objetos úteis. As índias da tribo coletam nos períodos de seca o barro das margens dos rios e
misturam componentes orgânicos e mineiras à argila para dar uma boa liga, cozinham e
obtém a vasilha rígida e pronta para utilização.

A cestaria, assim como a cerâmica, possui função semelhante: a armazenagem. Porém,


o diferencial do cesto é a sua leveza. O uso das cestas é deveras requisitado no transporte de
alimentos ou objetos,. Esses cestos eram produzidos com palha, junco, folhas de salgueiro
ou castanheiro, eram trançados e acabavam possuindo força para segurar grande quantidade
de peso.

A cultura rica dos índios deve ser sempre preservada como um patrimônio brasileiro,
afinal, são os brasileiros de raiz. E manter sua arte e utensílios é uma forma de perpetuar a
memória de um povo que esteve aqui antes do descobrimento do Brasil, por Pedro Álvares
Cabral.

Você também pode gostar