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O FUTURO DE PORTUGAL (EM FUNÇÃO DOS PILÍTICOS EMERGENTES)

A geração de políticos que, actualmente, se apresenta como putativos líderes


dos prncipais partidos portugueses, dá-nos razões mais que suficientes para
arregalar os olhos e puxar pelos cabelos.
Salvo raras excepções, tanto mais quanto maior a epressão do partido, perfila-se
para assaltar, inevitavelmente o poder, um grupo de rapazolas imberbes, mal
preparados, pior formados e informados, sem qualquer profissão nem modo de vida,
para além dos lugares que ocupam nos orgãos de soberania, que ,
inacreditavelmente, a maior parte das vezes depende, não do mérito nem do
estatuto profissional, (porque simplesmente não o têm nem podem ter pela razão
acima citada), mas sim da antiguidade da sua inscrição num dado partido e, em
muitos, demasiados casos, disso mesmo acrescido com o facto de serem familiares
ou afilhados de uma qualquer personagem de uma geração anterior que ocupou
posições e cargos semelhantes, ou com interesses dependentes de (in)decisões
políticas e demasiado covarde para dar a cara.
Era costume dizer-se, na tropa, que a antiguidade era um posto, e assim era de
facto, pois para a maior parte dos graduados bastava-lhe “estar lá” e deixar o tempo
passar, não precisando de nada fazer para além de esperar pela promoção e, para
prevenir qualquer acidente, não fazer demasiadas asneiras pelo caminho.
Infelismente, nos partidos políticos é exactamente a mesma coisa, com a
pequena diferença de não ser preciso sequer ter cuidado para não fazer asneira,
aliás como se tem visto amiúde, quanto maior a asneirada, maior é a condecoração
(e então com o anterior ocupante de Belém até parecia condição necessária) e
melhor o tacho para onde é “despachado” depois abandonar funções em que meteu
o pé na poça.
E é assim que ligamos as televisões, abrimos os jornais e nos deparamos com
uma chusma de garotos e garotas cujo pensamento político assenta apenas na
calamitosa probreza das tricas partidárias, dos jogos de corredor e gabinete, cujo
único propósito é a auto-preservação, a manutenção de lugares e benefícios, e assim
continuarem a sobreviver (uma maneira de dizer porque, na verdade, vivem como
príncipes comparando com os simples e pobres trabalhadores) dentro do
sistema/esquema político/partidário, ou seja, “mamar” na teta do Estado a todo e
qualquer custo (sendo que alguns, cada vez mais, conseguem ser tão estúpidos que
ainda passam a vida a dizer mal do próprio Estado) já que, efectivamente, faltando-
lhe isso, e dadas as suas qualificações académicas e profissionais, só lhes restaria
concorrerem a uma qualquer posição no MacDonald ou BurguerKing.
Ter a esperança de ouvir qualquer pensamento de valor político, ideológico,
doutrinário vindo de tais criaturas não passa de uma simples utopia e vã espera,
porque são desprovidos de qualquer ideologia, incapazes de sistematizar e
enquadrar duas ou três ideis/acções políticas num qualquer sistema, dado que isso
implica ter um conhecimento do passado, uma compreensão (ou pelo menos um
esforço para compreeender) o presente e , sobretudo, possuir uma visão de futuro.
Para eles tudo é avulso, tudo é estanque, nada está relacionado, dependente ou
associado. Falam das coisas como se cada uma não tivesse consequência nas outras,
como de não houvesse interacção ou reciprocidade. Para eles, e penso eu tal como
eles próprios tudo está “desligado” do resto e é muito difícil ver para além do
imediato, do agora, mas não deixa de ser curioso como, em termos de interesse
próprio são erfeitamente afoitos para irem desenhando as condições para poderem
prosperar dentro do sistama, tal como foi dito, na “mama” do Estado, à custa de
quem trabalha e lhes paga as mordomias todas e mais algumas.
E é por isso que, nos aparece um imberbe qualquer com cartão do partido desde
os 6 anos de idade, com o 12ºano (ou talvez só mesmo o 9º completo, porque estes
gajos tem a mania de considerar que frequentar é igual a aprovar, e o mais certo é
ter-se matriculado no 12º ano mas nunca ter , efectivamente, aprovado ao 10º e 11º
anos sequer) vir arrotar postas de pescada acerca da avaliação de professores e da
planificação de currículos escolares, ou então um certo artolas cujo único “mérito”
na vida é ter levado meia dúzia de empresas à falência, (na verdade todas aquelas
por onde passou e que constam da sua breve e fugaz experiência extra
partidária/governativa), a opinar, e com grande asserividade, sobre o modo mais
eficaz de retirar um país da bancarrota e impulsionar a economia para uma
recuperação sui generis.
Se isto não for motivo suficiente para “puxar pelos cabelos” então esperem mais
um par de anos para os verem a concorrer às lideranças dos seus respectivos
partidos, ou então para os ver nomeados secretários de estado ou mesmo ministros,
porque eles estão lá, de lá não vão sair e, da mesma forma que chegaram à
assembleia da república vão chegar a cargos mais altos, disso não haja qualquer
dúvida.
Portanto, e vsito que os partidos não têm quaisquer, pelo menos que se veja,
intenção nem estratégia para mudar esse esatado de coisas, como vão continuar a
“formar” idiotas nas suas vergonhosas e escandalosamente chamadas
“universidades de verão”, complementado a formação em idiotice e chico-espertice
durante o outono e o inverno, terá de ser a sociedade, a assumir a luta contra este
“estado de facto”, por quaisquer mecanismo “de facto” ou “de jure”, que possa ser
eficiente o bastante para rejeitar todo aquele que, mesmo que no partido tenha
acedido a posições elegíveis, seja impossibilitado de investidura em cargo,
preservando o Estado, o País e o Povo, das funestas e calamitosas consequências de
o ter em posição de tomar decisões políticas.
Não deve ser muito difícil, até porque isso, uma
despistagem/averiguação/apresentação de qualificações, é regra básica no concurso
para todo e qualquer trabalho, nomeadamente para os que exigem mais e melhores
qualificações e competênias provadas, mas até, e cada vez mais, para trabalhos sem
grande exigência formativa e académica.
Curiosamente, neste Portugal, para se conseguir um trabalho qualificado é
necessário apresentar as devidas credenciais académicas e as qualificações
profissionais, todavia para chegar a deputado da nação, basta que os paizinhos
tenham feito a inscrição no partido aos 10 anos e que ande uns anitos a participar
em reuniões, a colar cartazes e que participe numas arruadas ( e arruaçadas
também) e, sobretudo consiga sempre estar sempre numa posição próxima ao líder
para ser o primeiro a limpar-lhe a merda do sapato, e isso será mais que suficiente
para, aos 20 e poucos anos, mais coisa menos coisa, chegar à assembleia da
república e pavonear-se com todo a pompa e circunstância e, comos e isto não fosse
escandaloso o suficiente, bastar-lhe-à, numa situação verdadeiramente, vergonhosa,
inexplicável e ignóbil,eu diria mesmo a “gozar com o patego”, esperar 3 mandatos
no cargo, a dizer e fazer barbaridades para ainda antes dos 40 anos, passar a
reformado, com direito a reforma por inteiro e ainda, mantendo-se o cargo com o
respectivo salário, ou então sendo afastado para uma empresa pública no lugar de
administrador a ganhar o dobro ou o triplo desse valor.
Com toda esta panóplia relativa orgãos de soberania/estado e ao perfil dos
putativos candidatos à sua titularidade, podemos esperar que este país, em pouco
tempo, digamos, na próxima crise financeira mundial, seja obrigado a recorrer a
novo resgate e o povo condenado a pagar, de novo, os desmames dos baqueiros, os
saques dos executivos das grandes empresas e as incompetências dos “putos não
desmamados” que à boleia, e a maior parte das vezes, comandados pelos primeiros,
dirigirão o país para o buraco em vez de o administrarem de forma , não só eficiente
por si e per se, mas sobretudo, de forma a evitar, primeiro a dependência e o
sequestro do proprio país pelos poderes da finança alheios e contrários ao interese
público e ao bem estar social e, depois a criar condições para que o país possa, na
eventualidade da crise surgir, estar o melhor possível preparado para não ter de se
sujeitar aos ditames do exterior contrário, tambem eles, ao nosso bem estar e
interesse comum.
É por isso, muito urgente que os partidos tomem precauções no que respeita
aos seus quadros superiores e que, se o não fizerem, a sociedade esteja atenta e
intervenha no sentido de “disciplinar os partidos” ou então, simplesmente, barar-
lhes o caminho, defendendo o interesse público e comum, ou seja, auto-
preservando-se e protegendo-se dos idiotas e incompetentes.

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