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A Normalização nos Pavilhões gimnodesportivos de Foz Côa

Capitulo 1 : Da normalização
1. Definição
A normalização “ é uma actividade fundamental e estratégica destinada a
estabelecer, face a problemas reais ou potenciais, regras tendo em vista a obtenção de
um grau óptimo de ordem em actividades comuns e repetidas num determinado
contexto. Consiste, de um modo geral na formulação, edição e implementação de
Normas.1
Para completar a definição podemos assumir a normalização como “ a actividade
que estabelece meios eficientes na troca de informação, facilitando o intercâmbio
comercial e munindo a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos
produtos. Na prática, a Normalização está presente na fabricação dos produtos, na
transferência de tecnologia e na melhoria da qualidade de vida por meio de normas
relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio ambiente.”2
2. Princípios da normalização3
Os princípios que regem a actividade de normalização são:
1. Voluntariedade: a participação na elaboração das normas e a adesão ao seu
cumprimento ou adopção não é obrigatória a menos que esteja fixada em lei ou
outro documento legal.
2. Representatividade: é preciso que, na elaboração das normas esteja presentes
especialistas de todos os sectores implicados, desde produtores, distribuidores,
reguladores, consumidores e especialistas científicos e técnicos
3. Paridade: a representação de cada sector deve ser em igual número para evitar
prevalência ou domínio de um sector sobre os restantes
4. Transparência: todas as informações devem estar disponíveis para todas as partes
em qualquer momento do processo
5. Simplificação: o processo deve ter regras e procedimentos simples e acessíveis que
garantam a coerência, a rapidez e a qualidade no desenvolvimento e implementação
de normas
6. Consenso: a elaboração da norma deve obedecer a um amplo consenso entre todos
os participantes na mesma
1
http://www.inegi.pt/instituicao/ons/pdf/JASA-1.PDF ou NP EN 45020:2001
2
http://www.ibp.org.br/main.asp?Team={48E030FD-95E4-4A99-9E8A-0085722A1768} OU
3
Vide, manual de normalização
3. Finalidades e objectivos4
São objectivos específicos da normalização
 Assegurar a aptidão ao uso de um produto, processo ou serviço
 Limitar a variedade, ou seja, reduzir o numero de produtos abrangendo uma
gama definida e adequada face às necessidades do mercado
 Assegurar a compatibilidade ou aptidão de produtos e serviços para serem
utilizados conjuntamente nas condições especificadas para satisfazerem as
exigências em causa, sem interacção inaceitável
 Assegurar a intermutabilidade, ou faculdade para utilizar produtos, serviços ou
processos alternativos para satisfazerem os mesmos requisitos
 Assegurar a segurança quanto á vida e saúde humanas
 Proteger o meio ambiente

4. Benefícios e perigos da normalização 5


Segundo o manual de normalização são vários e de diferentes tipos os benefícios da
normalização, entre os quais destacamos:
 A adopção de soluções comuns para problemas repetitivos
 As normas garantem a conformidade dos produtos
 As normas garantem a qualidade dos produtos bens e serviços
 As normas promovem o comércio eliminando as diferenças entre as diferentes
práticas regionais ou nacionais
 As normas garantem a segurança e saúde dos consumidores bem como a defesa
do meio ambiente
 as normas traduzem os interesses nacionais visto que os diferentes países estão
representados nos organismos que as elaboram
 as normas garantem a permanente actualização em relação ao desenvolvimento
cientifico e tecnológico
Á parte dos benefícios é necessário ter em atenção que as normas também podem
acarretar alguns perigos. Entre eles, o manual de normalização destaca os seguintes6:

4
Vide, manual de normalização
5
Vide manual de normalização
6
Manual de normalização, pagina Y
 é perigosa a aplicação das normas de forma cega. Elas devem ser estudadas
previamente por profissionais aptos a essa tarefa
 a qualidade não deve ser reduzida ao mínimo denominador comum. O consenso
deve fixar-se tendo em vista uma exigência e qualidade superior
 a normalização não pode ser decretada nem imposta, a menos que os governos a
traduzam em lei
5. História da normalização
A normalização é uma prática que remonta a tempos muito antigos. Segundo José
António Almancinha7, na antiguidade verificaram-se os seguintes esforços de
normalização:
 A adopção do “primeiro” padrão de comprimento [distância entre dois nós de uma
vara de bambu que, quando soprada, permitia reproduzir uma determinada nota
musical (som de frequência específica)], na China, no século XXVII a.C.
 A construção de pirâmides com blocos de pedra de dimensões unificadas, no
Egipto, por volta de 2500 a.C.
 A fabricação de tijolos de formato único e ânforas de dimensões e formas
unificadas, no Egipto, sob o domínio do faraó Thutmosis I (1530 - 1520 a.C.).
 A existência de regras escritas para a construção de obras públicas (Códice do
templo de Elêusis), na Grécia, no século IV a.C.
 A utilização de tijolos e diâmetros de tubos para aquedutos normalizados, em
Roma.
 O aparelhamento de navios com mastros, velas, remos e barras do leme, com
características unificadas, em Veneza, no século XV.
Mas é durante e após a revolução industrial que o esforço de normalização se torna
mais evidente sendo vários os exemplo de normalização em grande escala. Segundo o
mesmo autor é durante e depois da segunda grande guerra com a industrialização no
máximo que a comunidade internacional sente necessidade de alargar a normalização á
escala mundial, global, e portanto , nesses momentos surgem os grandes organismos
responsáveis pela normalização.
Como exemplo desses organismos e medidas ou processos temos, segundo o mesmo
autor8:
7
Almancinha, José António, introdução ao conceito de normalização em geral e sua importância na
engenharia, in http://www.inegi.pt/instituicao/ons/pdf/JASA-1.PDF
8
Almancinha, José António, introdução ao conceito de normalização em geral e sua importância na
engenharia, in http://www.inegi.pt/instituicao/ons/pdf/JASA-1.PDF
 A criação da VDE (Associação dos Electrotécnicos Alemães), primeiro organismo
de normalização
para o estabelecimento de normas para a construção e instalação de aparelhos
eléctricos, em 1893.
 A criação da IEC - Comissão Electrotécnica Internacional (CEI), para o
desenvolvimento da actividadenormativa internacional no domínio electrotécnico,
em Londres, em 1906.
 A criação do DIN - Instituto Alemão de Normalização, em 1917.
 A criação da ISA – “International Federation of the National Standardizing
Associations”, para o desenvolvimento da actividade normativa internacional, nos
outros domínios e em particular na engenharia mecânica, em 1926. As actividades
da ISA cessaram em 1942, em resultado da Segunda Guerra Mundial.
 A criação da CEP - Comissão Electrotécnica Portuguesa, em 1929, antecessora do
actual Instituto Electrotécnico Português (IEP), constituído em 1981.
 A criação da ISO – “International Organization for Standardization”, com sede em
Genebra, parafacilitar a coordenação e a unificação internacionais das normas
industriais, em 1947.
 A criação da IGPAI – Inspecção Geral dos Produtos Agrícolas e Industriais, em
1948, antecessora do actual Instituto Português de Qualidade (IPQ), constituído em
1986.
 A criação do CEN - Comité Europeu de Normalização, em 1961, com o objectivo
de permitir aelaboração de normas europeias destinadas a promover a
competitividade da indústria europeia nomundo e contribuir para a criação de um
mercado interno europeu, com sede em Bruxelas, desde1975.
 A criação do CENELEC - Comité Europeu de Normalização Electrotécnica, em
1973.
 A criação do ETSI – “European Telecommunications Standards Institute”, em
1988.
6. Organismos da normalização
6.1. Internacionais
6.1.1. ISO
A ISO (international satndartization organisation) é um organismo mundial, não
governamental formado pelas organizações nacioanis de normalização. Nele estão
representados 159 países (dados de 2008) sendo que um país tem direito a um
representante. A sua sede em Genebra, Suíça, e o seu secretariado central gere o sistema
internacional de normalização, elaborando, produzindo e divulgando normas
internacionais e outros documentos normativos.

A ISO resulta da fusão entre a ISA (internaational Federation of the National


standardizing associations) e a UNSCC (united nations standards coordinating
commitee), ocorrida numa reunião em Londres, entre 16 e 26 de outubro de 1946, com a
participação de25 países. O objectivo foi criar uma organização mundial para a
normaliazção, nos entidod e facilitar as trocas de bens e serviços e unificar as normas
relativas á industria.

Entrou oficialmente em funções em 1947 com os 25 paises aderentes. Em 1990 a


ISSO e a CEN assinaram um acordo no sentido de igualar as normas publicadas a nível
internacional com as normas europeias. Entre 1948 e 2008 foram publicadas mais de
16500 normas em áreas comoa agriculturam, aconstrução, a engenharia mecânica,
dispositivos médicos e tecnologias de informação. Entre estas há a slientar as series
9000 e 1400 (ver de que se trata).9

6.1.2. EIC10
International Electrotechnical Commission (IEC), é a organização que prepara e
publica normas internacionais para todos os equipamentos eléctricos, electrónicos e
tecnologias relacionadas..
A IEC foi oficialmente fundada em Junho de 1906, em Londres, Inglaterra, onde foi
estabelecido o seu Secretariado Central.
Em 1914 a IEC já tinha formado quatro comissões técnicas, e emitiu a primeira lista
de termos e definições electrotécnicas. Em 1948 o Secretariado Central da IEC
deslocou-se de Londres para Genebra na Suíça e em 1980 já contava com 80 comissões
técnicas.
Tendo apenas interrompido actividade durante as Grandes Guerras Mundiais, o seu
número de comissões técnicas não tem parado de aumentar continuando a abranger
novas tecnologias à medida que estas vão surgindo.

9
Manual de normlização, pag
10
Manuald enormalização, pag
Destaca-se assim, a elaboração do sistema SI (Sistema Internacional) em 1930, em
1938 foi editada a primeira edição do Vocabulário Electrotécnico Internacional (VEI)
actualmente conhecido por Electropédia com acesso gratuito ao público que contém
actualmente 19 400 definições electrotécnicas em Francês e Inglês e termos
equivalentes em 13 línguas, entre as quais a portuguesa, e índices consolidados que
também estão disponíveis em Inglês, Francês, Alemão e Espanhol.
Actualmente a IEC é formada por 75 membros dos quais 56 são membros de pleno
direito e 19 como membros associados. A IEC actua no domínio da electrotecnia
complementando deste modo o âmbito da ISO.
6.1.3. ITU11
Internacional Telecommunication Union (ITU), é uma organização mundial no
domínio das telecomunicações composta por 191 estados membros. A ITU não tem a
designação de Organização Internacional de Normalização no entanto é considerada
uma organização equiparada
6.2. Regionais
6.2.1. CEN12
Comité Europeén de Normalisation (CEN), é um organismo composto por 30
organismos nacionais de normalização, que promove a harmonização voluntária de
normas técnicas na Europa, designadas por “EN”.
Mais de 60 000 técnicos especialistas assim como federações empresariais, de
consumidores e outras organizações de interesse social estão envolvidas no trabalho do
CEN, abrangendo cerca de 480 milhões de pessoas.
Em 1961, foi criado o comité Europeu de coordenação de Normas que veio, mais
tarde, a chamar-se Comité Europeu de Normalização (CEN). Este dedicou a primeira
década ao estudo de documentos de unificação, só depois tendo enveredado pelo estudo
de normas.
Em 1975, o seu Secretariado Central foi transferido de Paris para Bruxelas.
Constituiu-se então como associação técnica e científica internacional, sem fins
lucrativos e, em conformidade com as exigências do direito belga.
O CEN tem como objectivo fortalecer o desenvolvimento do comércio e da troca de
serviços, contribuindo para a eliminação de entraves de natureza técnica. O CEN trata
de assuntos dos mais variados domínios, excluindo os de electrotecnia.

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Manualde normalização
12
6.2.2. CENELEC13
Comité Europeén de Normalisation Eletrotechnique (CENELEC), foi criado em
1973 como o resultado de uma fusão entre duas organizações europeias, o CENELCOM
e o CENEL.
Actualmente, o CENELEC é uma organização técnica sem fins lucrativos criada ao
abrigo das leis belgas e composta pelos Comités Nacionais Electrotécnicos de 30 países
europeus. A sua missão é preparar normas electrotécnicas voluntárias que ajudam no
desenvolvimento de um Mercado Europeu Único/Espaço Económico Europeu para bens
e serviços eléctricos e electrotécnicos removendo barreiras para o comércio, criando
novos mercados e reduzindo custos de cumprimento.
6.2.3. ETSI
European Telecommunications Standards Institute (ETSI), foi criado em 1988
no parque tecnológico Sophia Antipolis entre Nice e Cannes, França, teve como base
um Memorando de Entendimento assinado pelo Grupo Especial Móvel (GSM – Groupe
Special Mobile). É uma organização não lucrativa com mais de 700 organizações
membros extraídas de 60 países a nível global, sendo oficialmente reconhecida pela
Comissão Europeia como uma Organização de Normalização Europeia, Encontra-se
especialmente activa em áreas vitais como a interoperabilidade, incluindo o ensaio de
protocolos e metodologias.
O ETSI produz normas de aplicação global para Tecnologias de Informação e
Comunicação (ICT – Information and Communications Technologies), incluindo
tecnologias fixas, móveis, rádio, convergentes, difusão e internet.
6.2.4. COPANT14
Comissão Pan-americana de Normas Técnicas (COPANT), é uma Associação
sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento da normalização técnica e
actividades relacionadas nos seus países membros, visando o desenvolvimento
comercial, industrial, científico e tecnológico e procurando para os seus membros o
benefício da integração económica e comercial, o intercâmbio de bens e serviços e a
cooperação nas esferas intelectual, científica e económica.
A COPANT tem na categoria de membros aderentes a IAAC – Cooperación
Interamericana de Acreditación e os seguintes ONN: DIN (Alemanha), SA (Austrália),

13

14
AENOR (Espanha), AFNOR (França), UNI (Itália), IPQ (Portugal) e SABS (África do
Sul).
6.2.5. ARSO15
African Regional Organization for Standardization (ARSO), é uma agência
intergovernamental de normalização dos organismos nacionais de normalização de
África.
Foi criada em Janeiro de 1977 pela Organização dos Estados Africanos e pela
ONECA (United Nations Economic Commission for África).
É responsabilidade da ARSO efectuar a coordenação da normalização em África,
em colaboração com os parceiros socioeconómicos africanos e outros externos ao
continente.
6.3. Organismos nacionais
Segundo o manual de normalização 16, um Organismo nacional de normalização é o
organismo reconhecido para executar o processo de normalização a nível nacional.
Nessa condição, ele é indicado para ser membro da correspondente organização
internacional e regional de normalização.
6.3.1. IPQ
Em Portugal esse organismo é o IPQ (instituto Português da Qualidade) que é um
instituto público com diferentes valências. O IPQ é o
1. Organismo Nacional Coordenador do SPQ (sistema português de
qualidade)
2. Organismo Nacional de Normalização
3. Instituição Nacional de Metrologia
Neste sentido são várias as atribuições do IPQ, entre as quais destacamos:
 coordenação e desenvolvimento do SPQ, numa perspectiva de integração de
todas as componentes relevantes para a melhoria da qualidade de produtos, de
serviços e de sistemas da qualidade e da qualificação de pessoas.
 elaboração de normas portuguesas, garantindo a coerência e actualidade do
acervo normativo nacional e promover o ajustamento de legislação nacional
sobre produtos às normas da União Europeia.

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16
Manualk de normalização pagina
 garantir o rigor e a exactidão das medições realizadas, assegurando a sua
comparabilidade e rastreabilidade, a nível nacional e internacional, e a
realização, manutenção e desenvolvimento dos padrões das unidades de medida.
Enquanto organismo nacional o IPQ, “assegura a representação de Portugal em
inúmeras estruturas europeias e internacionais relevantes para a sua missão,
designadamente, no European Committee for Standardization (CEN), no European
Committee for Electrotechnical Standardization (CENELEC), na International
Electrotechnical Commission (IEC), na Conference General des Poids et Mésures
(CGPM), na International Organization for Legal Metrology (OIML), e na International
Organization for Standardization (ISO)”.17
7. Processo normativo
7.1. A nível internacional
Resumir os principaiss passos e condições
7.2. A nível europeu
Resumir os principais passos e condições
7.3. A nível nacional
Resumir os principais passos e condições
8. A normalização em Portugal
8.1. Estrutura da normalização em Portugal
8.1.1. ONS
O ONS é um organismo público, privado ou misto, reconhecido pelo ONN (Organismo
nacional de normalização) para exercer actividades de normalização num dado domínio.
O ONN avalia anualmente a capacidade do ONS para exercer as suas funções.
Os ONS têm como principais funções:
■ Coordenar o trabalho das CT`s associadas
■ Preparar os planos de normalização
■ Divulgar as actividades normativas do seu sector
8.1.2. CT
Na definição apresentada pelo manual de normalização uma comissão técnica (CT) “é
um órgão técnico que visa a elaboração de normas nacionais e a emissão de pareceres
normativos, em determinados domínios e, no qual participam, em regime de
voluntariado, entidades interessadas nas matérias em causa, traduzindo, tanto quanto
possível, uma representação equilibrada dos interesses sócio-económicos abrangidos.
17
Manual de normalização,paginas
As CT podem ser permanentes ou ad-hoc. Estas últimas são criadas para realizarem
trabalhos específicos e de carácter temporário.”18
As comissões técnicas são criadas pelo ONN que as coordena, que lhes atribui uma
designação e uma numeração, bem como um âmbito de actividade. Todas estes
elementos devem corresponder ás comissões técnicas europeias e internacionais da
mesma natureza.
Para salvaguardar a representatividade devem participar nas CT’s todos os interessados
no assunto desde produtores, consumidores, vendedores, representantes do estado, das
empresas,etc. Também podem ser convidados técnicos especialistas e cientistas do
âmbito da actividade. Estes representantes são denominados vogais e elegem o seu
presidente na primeira reunião, bem como os eu secretário. Ambos possuem
competências proprias19. Ás comissões técnicas compete entre outras tarefas:
 Elaborar normas nacionais
 Participar na elaboração de normas internacionais
 Dar pareceres sobre o seu âmbito de actividade
8.1.3. Panorama nacional

8.1.4. Homologação de norma


Uma Norma Portuguesa é elaborada por uma Comissão Técnica Portuguesa de
Normalização (CT). Produz-se primeiro um documento (anteprojecto de Norma
Portuguesa) que, sucessivamente, passará pelas fases de projecto, inquérito publico e
aprovação, na observância de condições e procedimentos da normalização portuguesa.
Tal esquema pode ser simplificado no caso das Normas Portuguesas resultantes da
integração de normas europeias.
O anteprojecto é elaborado pela CT e apresentado pelo seu presidente ao ONN ou ONS.
Este aprova o projecto e envia para submissão a inquérito público, aprova dispensando
inquérito publico, reenvia para reformulação á CT autora do anteprojecto. Os
anteprojectos que dispensam inquérito publico são os que resultam da adopção de uma
norma internacionais ou europeias pelo que esse passo já foi dado a nível internacional.
Nesse caso a aprovação significa homologação e entrada em vigor. Quando há
necessiadade de inquérito publico este deve realizar-se por 30 dias e os seus

18
Manual de normalização, pagina
19
Ver manuald e normalização, pagina ….
comentários considerados na nova redacção da anteprojecto de norma. Depois disto será
aprovada ou reeviada para inquérito publico ou reformulação.
Resumindo:
.1. Proposta de Norma pela CT
.2. Apreciação pelo ONN ou ONS
.3. Inquérito publico
.4. Homologação
8.1.5. Revisão da norma
Sempre que o conteúdo de uma NP se revele inadequado, poderá proceder-se à sua
anulação ou dar-se início a um processo de revisão.
Os procedimentos de revisão seguem uma metodologia idêntica à da elaboração de uma
nova norma.

8.1.6. Integração de norma europeias e internacionais

9. Norma
9.1. Definição
Uma norma é um documento disponível para o público, derivado de um
determinado esforço de normalização, estabelecido com a cooperação e o consenso ou
aprovação geral de todas as partes com interesses afectados, baseado nos resultados
consolidados da ciência, tecnologia e experiência, visando à promoção do benefício
óptimo para a comunicação e aprovado por um organismo reconhecido.20
Regra geral uma norma, como já foi referido a propósito do processo de
normalização é de adopção voluntária. Um organismo ou empresa só adopta a norma se
assim o desejar. A participação no esforço de elaboração das normas também é
voluntária.
Mas uma norma pode tornar-se um documento com valor obrigatório desde que
observadas as seguintes condições
 Um contrato, portanto uma transacção de mútuo acordo, preveja o seu
cumprimento,
 O seu texto seja traduzido em documento legal por parte das entidades
legislativas de um país

20
Manual de normalização, pagina
9.2. Tipos de normas
As normas podem ser divididas em diferentes tipos consoante o ponto de vistas
admitido. Assim, considerando o seu conteúdo, as norma podem dividir-se em:
 Normas Básicas: contém disposições gerais relativas a um domínio
particular. Há duas áreas em que praticamente todos os países elaboram
normas iguais ás normas internacionais, sendo, desta forma possível, criar
um código de comunicação de ideias que sendo independente de qualquer
idioma, permite o entendimento entre cientistas, projectistas, engenheiros e
desenhadores. Essas áreas são as referentes :
o Á Representação de expressões matemáticas, o sistema internacional
de unidades (SI) e a simbologia das quantidades físicas;
o Ao Desenho técnico – apresentação e anotação gráfica.21.
 Produtos/serviços: são, regra geral as especificações relacionadas com os
requisitos do produto ou serviço nos seus diferentes estádios de evolução,
incluindo o desempenho, que estes devem satisfazer para assegurar a sua
aptidão ao uso.Estas são o tipo de normas prioritárias para qualquer país.
Por “produto” entende-se tudo aquilo que pressupõe a intervenção humana,
como exemplo, matérias-primas, equipamentos, alimentação, Vestuário e
calçado, Prestação de serviços, etc.
Este tipo de normas pode subdividir-se nas seguintes categorias:
 Terminologia ─ norma referente a termos, geralmente acompanhados das
suas definições e por vezes de notas explicativas, ilustrações, exemplos, etc.
 Ensaio ─ norma referente a métodos de ensaio, por vezes complementada
com outras disposições relativas ao ensaio, tais como amostragem,
utilização de métodos estatísticos, sequências dos ensaios.
 Características ─ norma que contém uma lista de características, cujos
valores ou outros dados devem ser indicados para especificar um produto,
processo ou serviço.
 Interface ─ norma que especifica os requisitos relativos à compatibilidade
de produtos ou sistemas nos seus pontos de interligação.22

9.3. Objectivos de uma norma


21
Manual de normalização, pagina
22
Manual de normalização, pagina
As normas, á imagem e semelhança da normalização, visam os seguintes objectivos:
 Melhorar a comunicação e assim facilitar as transacções
 garantia de qualidade e segurança de produtos;
 reduzir consideravelmente os custos com a negociações de contratos;
 incrementar a produtividade;
 sucesso económico;
 eficiência, confiança e segurança23.

9.4. Estrutura de uma norma


Segundo o Manual de Normalização, a estrutura de uma norma é dividida pelo
corpo e pelos elementos complementares da mesma24.
O corpo é o conjunto das disposições substanciais do documento normativo.
Contém os elementos gerais relativos ao objectivo e campo de aplicação, as definições e
os seus elementos.
Há partes do corpo que podem, por questões práticas, ser introduzidas como anexos
(anexos normativos). Outros anexos, ditos informativos, podem constituir apenas
elementos complementares. Estes são constituídos por informação que integra o
documento normativo mas que não afecta a sua substância, por exemplo os elementos
respeitantes à sua publicação.

9.5. Elaboração de uma norma nacional


Na origem de uma norma está uma necessidade da sociedade. Quando esta sente
necessidade de padronizar, regular algum produto, processo ou serviço, elabora-se um
pedido de elaboração de norma. Depois disso os trâmites são os seguintes:
1. É elaborado um pedido ao Organismo Nacional de Normalização (ONN).
2. O pedido é analisado e se tiver fundamento é levado o assunto à Comissão
Técnica (CT) correspondente.
a. Caso não exista uma CT, envia-se para um Organismo de Normalização
Sectorial (ONS) na área do respectivo assunto. Elas farão a apreciação e
análise até que se constitua uma CT.
b. No caso de não haver nenhum ONS pode ser criada uma Comissão
Técnica Ad-hoc (CTA), para que esta dê seguimento ao processo.
23
Manual de normalização, paginas….
24
Manual de normalização, pag……
3. A CT (ONS ou CTA) elabora um primeiro documento que se denomina por
projecto de Norma e envia-o para o ONN.
4. O ONN irá submetê-lo a consulta nacional durante 30 dias, dando assim
oportunidade a todas as partes interessadas a possibilidade de questionar e
comentar o documento.
5. A CT realizará uma reunião extra para analisar os comentários efectuados.
6. Não havendo impedimento o projecto é encaminhado para o ONN onde é
homologado e posteriormente editado.
7. No caso de haver considerações relevantes e que alterem o conteúdo técnico do
documento, então é realizado novo projecto de norma que terá um ciclo igual
até haver um consenso, para que possa ser homologado e editado como norma.25

25
Ver manual de normalização, pag…..

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