Este documento discute as leituras bíblicas da primeira semana da Quaresma. A primeira leitura fala sobre o pecado original de Adão e Eva, a segunda leitura sobre como Cristo nos salvou da desobediência de Adão, e o evangelho sobre Jesus vencer as tentações no deserto.
Este documento discute as leituras bíblicas da primeira semana da Quaresma. A primeira leitura fala sobre o pecado original de Adão e Eva, a segunda leitura sobre como Cristo nos salvou da desobediência de Adão, e o evangelho sobre Jesus vencer as tentações no deserto.
Este documento discute as leituras bíblicas da primeira semana da Quaresma. A primeira leitura fala sobre o pecado original de Adão e Eva, a segunda leitura sobre como Cristo nos salvou da desobediência de Adão, e o evangelho sobre Jesus vencer as tentações no deserto.
Em linguagem alegórica o autor do Livro do Gênesis retrata aqui a raiz
do pecado da humanidade, o pecado original. A desobediência foi o pecado que afastou o homem de Deus. O homem, Adão e Eva, isto é, a humanidade, foi criado por Deus para viver em perfeita harmonia com Ele, consigo mesmo, um com o outro e com a natureza. Por influência do demônio, aqui representado pela serpente, a mulher desobedeceu e levou o seu marido a também desobedecer às ordens de Deus. Por curiosidade, e também por ambição de ser grande o homem caiu na sugestão do inimigo. O homem e a mulher ainda hoje continuam sendo tentados pela “serpente”, o inimigo de Deus, o demônio que se manifesta de várias maneiras nos aliciando e nos fazendo cair nas concupiscências, que são: a concupiscência da carne a concupiscência dos olhos e o orgulho da vida. Da concupiscência da carne nascem a gula, a luxúria e a preguiça; da concupiscência dos olhos nasce a avareza (Amor desregrado pelo dinheiro e bens materiais); e do orgulho da vida nascem a inveja, a cólera e o orgulho ou amor da vã glória, (“Paixão que nos leva a sobre-estimar e a procurar de modo exagerado a glória”). O prazer, o poder e o possuir são apetites inerentes à nossa humanidade que nos impedem de caminhar na graça de Deus, nos fazem viver fora dos Seus mandamentos e, consequentemente, nos afastam do Paraíso, isto é, da intimidade com o nosso Criador assim como aconteceu com Adão e Eva. Eles também quiseram ser senhores das suas vidas, quiseram ter conhecimento de tudo, mas na verdade, encontraram-se, nus e abandonados, com medo de Deus. Este ciclo quaresmal nos é propício para que façamos também uma reflexão sobre as concupiscências que nos afastam de Deus. 2ª Leitura - Rm 5,12-19
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 5,12-19
Reflexão – “a obediência de Jesus nos salvou”
Por causa da desobediência de Adão, o pecado entrou no mundo,
consequentemente todo o gênero humano se tornou pecador. Adão, foi assim, causa de perdição para toda a sua descendência. Da mesma forma, pela justiça de Cristo a salvação veio ao mundo e todo o gênero humano foi redimido. Assim, pela obediência, Cristo se tornou causa de salvação para todo o seu povo e para nós também. Somos descendentes de Adão, segundo a carne, mas somos descendentes de Cristo, segundo a graça. Jesus Cristo veio ao mundo assumindo uma alma e um corpo realizando assim as núpcias com a natureza humana. “Pela desobediência de um só homem a humanidade toda foi inserida numa situação de pecado, mas pela obediência de um só homem, Jesus Cristo toda a humanidade passará para uma situação de justiça.” Pelo Batismo somos purificados dos nossos pecados e recebemos a vida nova no Espírito Santo. Deste modo, todo o homem renasce e se renova em Cristo porque, a semente de Cristo, isto é, o Espírito de Deus tem o poder de nos fazer novas criaturas. Não podemos permanecer no passado, no tempo da ignorância, precisamos renunciar aos erros da vida antiga e seguir a Cristo Jesus que é a justiça do Pai para nós. A graça de Deus é muito mais eficaz do que o pecado. Evangelho - Mt 4,1-11 Reflexão – “vencendo a tentação”
Cheio do Espírito Santo, depois de ser batizado, Jesus foi conduzido ao
deserto para ser tentado pelo demônio. No entanto, venceu todas as investidas de satanás que, usando a própria Escritura tentou convencê-Lo a cair nas suas artimanhas. Como homem, Jesus se submeteu a tudo quanto nós também estamos sujeitos, para nos mostrar que podemos ser tentados, mas necessariamente, não precisamos cair nas sugestões do inimigo. Assim sendo, Jesus enfrentou e venceu as tentações do “prazer, do ter e do poder”, justamente as três fraquezas que trazemos em nós e que é fruto do pecado original. O príncipe do mundo é satanás, por isso, ele acenava para Jesus com as coisas que o mundo valoriza. Com efeito, Jesus nos dá uma lição para quando estivermos sendo sugestionados a empreender qualquer obra que não tenha como finalidade a observância da Palavra de Deus. Primeiramente, o demônio quis pôr em dúvida a identidade de Jesus: ”se és Filho de Deus”. Quantas vezes nós também nos sentimos desafiados a mostrar quem somos com atitudes de vaidade e amor próprio! Jesus, porém, mesmo com fome, não se rendeu ao prazer de comer e foi mais além daquilo que o demônio arrazoou como justificativa para que pedras fossem transformadas em pães: “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”; Em seguida, o tentador apelou para o anseio que o homem tem de mostrar que tem poder e prestígio a fim de dominar todas as coisas: ‘ Ele deu a seus anjos ordens a teu respeito; proteger-te-ão com as mãos, com cuidado, para não machucares o teu pé em alguma pedra’. Jesus nos ensina: “Não tentarás o Senhor teu Deus”. Somos filhos de Deus e sabemos que Ele nos protege, porém, nunca devemos tentar a Deus nos expondo aos perigos e às facilidades da vida confiando em que Ele dará um jeito de nos socorrer. Finalmente, o demônio tocou no ponto mais fraco do homem: o apego aos bens materiais, a ganância e a ambição de, tendo muito, fazer qualquer coisa para adquirir ainda mais: “Dar-te-ei tudo isto se, prostrando-te diante de mim, me adorares.” Jesus nos dá a dica: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás”.