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REFLEXÃO SEGUNDO DOMINGO DA QUARESMA

05/03/2023

EVANGELHO
Nós celebramos hoje o nosso segundo domingo do tempo da quaresma.
Se no primeiro domingo nós celebramos as tentações de Jesus.
No segundo domingo nós celebramos a sua transfiguração.
Transfiguração significa mudança de figura, traduzindo para o tempo
quaresmal significa, em outras palavras, um convite a conversão.
A mudarmos não apenas de figura, mas mudarmos muita coisa em
nossa vida, é o que Jesus nos ensina com a sua transfiguração quando
revela para os seus discípulos e para nós a glória de Deus presente no meio
do deserto.
Podemos perguntar o que nós precisamos mudar na nossa vida?
Quais são as coisas que precisamos transfigurar em nós e no mundo?
Quais são as transfigurações necessárias?
São tantas, para isso nós precisamos nos colocar à disposição de Deus,
termos a predisposição de ir com ele ao alto dessa montanha e ali
presenciarmos esses apelos às mudanças, de imagem e figura e de tantas
outras coisas que o mundo nos apresenta.
Hoje então, o convite é esse para nós.
Jesus convida três dos seus discípulos Pedro Tiago e João, ele tinha 12
discípulos.
Por que esses três? por que não os 12? O que estava por trás de um
convite como esse? Esses eram melhores que os outros? Eram mais
privilegiados? Por que é que Jesus escolheu esses três para levá-lo ao alto
da montanha e ali se transfigurar diante deles.
Todos eles necessitavam presenciar esse momento, como todos nós
precisamos enxergar o divino que habita em cada um de nós.
Mas esses três tinham algumas coisas que destacavam:
Pedro era aquele a qual Jesus iria confiar uma grande responsabilidade
de ser a pedra fundamental da igreja. E ele precisaria ter plena convicção de
que Jesus não era só humano como eles viam e ouviam no meio deles.
Jesus era também Divino e para ser essa pedra fundamental que a
alicerçaria a igreja, ele tinha que ter a confiança de que ali estava o filho de
Deus, o escolhido o amado do pai.
Mas tinham também outros aspectos, Pedro tinha muitas dificuldades,
como muitos de nós ele tinha limitações. Foi aquele que não permitiu que
Jesus lavasse seus pés, porque não tinha entendido o projeto que Jesus,
aquele que levou uma bronca de Jesus porque não tinha entendido e estava
sendo a pedra de tropeço.
Foi aquele que Jesus chamou de satanás e que se ele continuasse com
aquela mentalidade mundana, restrita ao mundo, as coisas pequenas e não
as coisas de Deus ele estaria mais perto de satanás do que de Jesus de
Deus.
Então Pedro necessitava presenciar e participar dessa transfiguração de
Jesus.
E Tiago e João eram os dois irmãos os filhos de Zebedeu, aqueles cuja
mãe um dia cheia de boa vontade aproximou-se de Jesus e pediu que os
seus filhos tivessem privilégios, pediu que quando estivesse na sua glória os
dessem um lugar à sua direita e a sua esquerda, provocou ciúmes demais.
Fez com que Jesus dissesse para ela que não caberia a ele dar privilégio
aos seus discípulos, como ele não dá privilégios para nenhum de nós.
Devemos segui-lo desinteressadamente, segui-lo porque amamos,
porque acreditamos que ele é o filho de Deus e não querendo privilégios ou
um lugar de destaque.
Tiago e João precisavam ver transfiguração de Jesus para ter a certeza
que eles poderiam beber do seu cálice, mesmo sem a promessa de ter um
lugar de destaque.
Esses elementos faz com que pensemos: Talvez seja por isso que Jesus
os escolheu para levá-los ao alto dessa montanha?
Hoje ele convida cada um de nós que ainda duvida, que ainda tem pouca
fé, que ainda o segue por privilégios, que ainda não tem plena certeza que
ele está ressuscitado no meio de nós.
Se você é um desses você também é escolhido para ir ao alto desse
monte e ali presenciar a sua transfiguração.
PRIMEIRA LEITURA

Na primeira leitura que nós ouvimos do livro do Gênesis Deus transfigura


a vida de Abraão, promete-lhe terra e descendência.
Descendência mais numerosa do que as estrelas do céu e terras com
muitas extensões, do Rio Nilo ao Eufrates, um vasto território e ali a sua
descendência constituiria um povo fortalecido.
Abraão acreditou e fez uma aliança com Deus.
Ou melhor, pela sua fé Deus fez aliança com ele, quando temos fé
somos um aliado de Deus quando temos fé, reforçamos nossa aliança com
Ele e a sua promessa se concretiza na nossa vida e a nossa vida é
transformada é transfigurada por causa da nossa fé.

SEGUNDA LEITURA
Paulo ao escrever a Timoteo ele faz um grande convite, é o mesmo
convite que nós precisamos receber não apenas por causa da quaresma mas
por causa da nossa condição de homens e mulheres batizados e portanto
filhos de Deus.
O primeiro convite é sofrer com Paulo pelo evangelho.
O que é o evangelho, é a Boa Nova o anúncio de Cristo, Paulo diz para
Timoteo que não é fácil anunciar, não é fácil chegar para as pessoas e falar
quem Jesus é, porque muitas vezes, o povo não quer seguir, o povo é duro.
Mais eu te convido sofre comigo, não vai ser fácil anunciar Jesus, e aí
você coloca na sua cabeça, eu preciso nesse momento sofrer e convidar o
outro a sofrer junto comigo, porque eu sei que é difícil e eu não quero largar
esse momento, mas eu quero que mais pessoas estejam comigo, é difícil
mas vale a pena, é recompensador.
Ele diz ainda, para que sejamos fortificados pelo poder de Deus, pois
nós não sofremos sozinho, você que serve na igreja, deve realizar um serviço
autentico e real porque você esta servindo ao evangelho, nós servimos a
palavra de Deus, sendo assim, pela palavra todos nós temos algum tipo de
sofrimento.
Pensando assim, nós não sofremos sozinhos, mas o poder de Deus nos
fortalece, é a presença de Deus, quem de fato, nos anima e nos impulsiona e
nos faz ir até o irmão.
Nós precisamos ter isso na nossa mente, nós não estamos sozinhos na
evangelização.
Deus está contigo!
Paulo vai dizendo para Timóteo, Deus nos salvou e nos chamou com
uma convocação santa, mas não é devido às nossas obras, não é porque eu
sou inteligente, não é porque eu falo bem público, mas é porque a graça de
Deus me impulsiona, eu tenho que buscar a graça de Deus 24 horas.
Às vezes pensamos, “Senhor por favor não tenho tempo, está difícil eu
não entendo o texto, a caminhada é pesada.
Mais aí, a graça de Deus vem sobre a minha mente e me faz forte para
seguir com o chamado.
E aí ele continua nesse contexto, chamando a nossa atenção e
esclarecendo que não é o nosso esforço, não somos nós, é a graça de Deus.
Eu preciso por meio dela sofrer para anunciar o evangelho.
Não podemos fugir.
Se a sua pastoral da trabalho, se a sua comunidade é complicada, não
fuja, não podemos fugir do sofrimento mas pelo contrário devemos sofrer
juntamente com a igreja nesse anúncio do evangelho.

Louvado seja o nosso Senhor Jesus Cristo!

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