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1.

Introdução
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Até agora aplicamos algumas técnicas
individuais, tais como a integração por partes e as
frações parciais. Nesta aula iremos apresentar
uma coleção de integrais misturadas aleatoria-
mente, sendo que o principal desafio será o
reconhecimento da técnica ou fórmula que devem
Estratégias de Integração ser usadas

Prof.: Rogério Dias Dalla Riva 4

Estratégias de Integração 1. Introdução

1.Introdução
2.Resolução de exemplos As regras fáceis e rápidas para a aplicação
de um dado método em uma determinada situação
3.Observações não são fornecidas. Contudo, serão dados alguns
conselhos sobre estratégias que você poderá achar
útil.

1. Introdução 1. Introdução

A integração é mais desafiante que a Um pré-requisito para a seleção da


diferenciação. Para determinar a derivada de uma estratégia é o conhecimento das fórmulas básicas
função é óbvio qual fórmula de diferenciação de integração. Na tabela seguinte apresentamos
devemos aplicar. Porém não é necessariamente integrais já conhecidas em aulas anteriores com
óbvio qual técnica devemos aplicar para integrar várias fórmulas adicionais
uma dada função

3 6

1
1. Introdução 1. Introdução

Tabela de Fórmulas de Integração


(As constantes de integração foram omitidas) 1. Se possível, simplifique o integrando

x n +1 1 Algumas vezes o uso de manipulação algébrica


1. ∫ x ndx =
n +1
(n ≠ −1) 2. ∫ x dx = ln x ou identidades trigonométricas simplifica o integrando
e torna o método de integração óbvio.
3. ∫ e x dx = e x ax
4. ∫ a x dx =
ln a

5. ∫ sen x dx = − cos x 6. ∫ cos x dx = sen x

7. ∫ sec 2 x dx = tg x 8. ∫ cossec 2 x dx = −cotg x

9. ∫ sec x tg x dx = sec x 10. ∫ cosec x cotg x dx = − cos sec x


7 10

1. Introdução 1. Introdução

Tabela de Fórmulas de Integração


(As constantes de integração foram omitidas) Exemplos:

11. ∫ sec x dx = ln sec x + tg x 12. ∫ cossec x dx = ln cossec x − cotg x ∫ (


x 1 + x dx = ∫ ) ( )
x + x dx

13. ∫ tg x dx = ln sec x 14. ∫ cotg x dx = ln sen x tgθ senθ


∫ sec dθ = ∫ cos2θ dx
2
θ cosθ
15. ∫ senh x dx = cosh x 16. ∫ cosh x dx = senh x
1
= ∫ senθ cos θ dx = sen2θ dx
17. ∫ 2
dx 1 x
= tg−1  
dx x −1 2∫
x + a2 a
18. ∫ = sen  

∫ ( sen x + cos x ) dx = ∫ ( sen x + 2sen x cos x + cos x ) dx


a a2 − x 2 a 2 2 2

dx 1 x −a dx
19. ∫ 2 = ∫ = ln x + x ± a
2 2
20.
= ∫ (1 + 2 sen x cos x ) dx
ln
x − a 2 2a x + a x 2 ± a2 8 11

1. Introdução 1. Introdução

Uma vez familiarizado com essas fórmulas 2. Procure por uma substituição óbvia
básicas de integração, se não virmos imediata-
mente como atacar uma dada integral, poderemos Tente encontrar alguma função u = g (x) no
tentar a seguinte estratégia de quatro etapas. integrando cuja diferencial du = g ’(x) também ocorra,
separadamente da constante.

9 12

2
1. Introdução 1. Introdução

Por exemplo, na integral 4. Tente novamente

x Se as três etapas anteriores não derem


∫x 2
−1
dx
resultado, lembre-se que existem basicamente apenas
dois métodos de integração: substituição e por partes.
notamos que, se u = x 2 – 1, então du = 2xdx. a) Tente a substituição: Mesmo que nenhuma
Portanto, usamos a substituição u = x 2 – 1 em vez substituição seja óbvia (Etapa no 2), alguma
do método das frações parciais. inspiração ou engenhosidade pode sugerir uma
substituição apropriada.
b) Tente por partes: Embora a integração por partes
seja usada na maioria das vezes nos produtos da
forma descrita na Etapa no 3(c), algumas vezes é
13 eficaz em funções simples, como em tg-1x, sen-1x e16
ln x. Todas são funções inversas.

1. Introdução 1. Introdução

3. Classifique o integrando de acordo com sua forma c) Manipule o integrando: As manipulações algébricas
(talvez racionalizando o denominador ou usando as
identidades trigonomátricas) podem ser úteis na
Se as etapas 1 e 2 não levaram a uma solução,
transformação da integral em uma forma mais
então olhamos para a forma do integrando f (x). fácil. Essas manipulações podem ser mais subs-
tanciais que na Etapa no 1 e podem envolver alguma
a) Funções trigonométricas: Se f (x) é um produto de engenhosidade.
potências de sen x e cos x, de tg x e sec x ou de
cotg x e cossec x, então utilizaremos as dx dx 1 + cos x 1 + cos x
substituições trigonométricas (Aula 50). ∫ 1 − cos x = ∫ 1 − cos x ⋅ 1 + cos x = ∫ 1 − cos 2
x
dx
b) Funções racionais: Se f é uma função racional,
usamos o procedimento da aula 46, envolvendo as 1 + cos x  cos x 
frações parciais.
=∫ dx = ∫  cos sec 2 x +  dx
sen2 x  sen2 x 
14 17

1. Introdução 1. Introdução

c) Integração por partes: Se f (x) é um produto de d) Relacione o problema àqueles anteriores: Quando
uma potência de x (ou um polinômio) e uma função tiver adquirido alguma experiência em integração,
transcendental (como uma função trigonométrica, você poderá usar um método em uma dada integrals
exponencial ou logarítmica), então tentamos a similar o método já usado em uma integral
integração por partes, escolhendo u e du de acordo anteriormente. Ou até será capaz de expressar a
com a Aula 45. integral dada em termos de uma integral anterior.
d) Radicais: Tipos particulares de substituição são

∫ tg x sec x dx =∫ ( sec ) ( )
recomendados quando certos radicais aparecem. 2 2
x − 1 sec x dx = ∫ sec 3 x − sec x dx
(i) Se ± x 2 ± a2 ocorre, utilizamos a substituição
trigonométrica de acordo com a tabela apresentada
nesta aula. OBS: Veja o Exemplo 17 da Aula 50.
(ii) Se n ax + b ocorre, usamos a substituição
racionalizante u = n ax + b . Isso funciona mais comu-
mente para n g ( x ) . 15 18

3
1. Introdução 2. Resolução de exemplos

e) Use vários métodos: Algumas vezes dois ou três Solução: Na Etapa no 1 reescrevemos a integral
métodos são necessários para se avaliar uma
integral. A avaliação pode envolver várias
substituições sucessivas ou diferentes tipos ou até tg3 x
∫ cos x dx = ∫ tg x ⋅ sec x dx
3 3
combinar a integração por partes com uma ou mais 3
substituições.
A integral é agora da forma

∫ tg x ⋅ sec n x dx
m

com m ímpar; então usamos a dica dada na Aula no 50.


19 22

1. Introdução 2. Resolução de exemplos

Nos exemplos a seguir indicamos o método de Alternativamente, se na Etapa no 1 tivés-


ataque, mas não trabalhamos totalmente as integrais. semos escrito

tg3 x sen3 x 1 sen3 x


∫ cos x dx = ∫ cos x ⋅ cos x dx = ∫ cos x dx
3 3 3 6

então poderíamos ter continuado como se segue


com a substituição u = cos x.

sen3 x sen2 x 1 − cos2 x


∫ cos x dx = ∫ cos x senx dx = ∫
6 6
cos6 x
senx dx

1− u2 u2 − 1
20
=∫
u 6
( −du ) = ∫ 6 du = ∫ u −4 − u −6 du
u
( ) 23

2. Resolução de exemplos 2. Resolução de exemplos

Exemplo 1: Calcule a integral Exemplo 2: Calcule a integral

tg3 x
∫ cos x dx ∫e
x
3
dx

21 24

4
2. Resolução de exemplos 2. Resolução de exemplos

Solução: De acordo com a Etapa no 3(d)(ii) Exemplo 4: Calcule a integral


substituímos
dx
u= x ∫x ln x
Então x = u 2, assim dx = 2du e

∫e dx = 2∫ ueu du
x

O integrando é agora um produto de u e da


função transcendental eu e, dessa forma, pode ser
integrado por partes. 25 28

2. Resolução de exemplos 2. Resolução de exemplos

Exemplo 3: Calcule a integral Solução: Aqui a Etapa no 2 é tudo o que é


necessário. Substituímos u = ln x porque sua
x5 + 1 diferencial é du = dx/x, que ocorre na integral.
∫ x 3 − 3 x 2 − 10 x dx

26 29

2. Resolução de exemplos 2. Resolução de exemplos

Solução: Nenhuma simplificação algébrica ou Exemplo 5: Calcule a integral


substituição é óbvia, por isso as Etapas no 1 e no 2
não se aplicam aqui. O integrando é uma função 1− x
racional, então aplicamos o procedimento da Aula ∫ 1+ x
dx
no 46, lembrando que a primeira etapa é dividir.

27 30

5
2. Resolução de exemplos 3. Observações

Solução: Embora a substituição racionalizante As funções com as quais temos lidado até
agora são chamadas funções elementares. Essas
1− x são as funções polinomiais, as racionais, as de
u= potência (xn), as exponenciais (ax), as logarítmicas,
1+ x as trigonométricas e suas inversas e todas aquelas
funcione aqui [Etapa no 3(d)(ii)], isso leva a uma que podem ser obtidas pelas operações de adição,
função racional muito complicada. Um método mais subtração, multiplicação, divisão e composição. Por
fácil é fazer alguma manipulação algébrica [como exemplo, a função
na Etapa no 1 ou na Etapa no 4(c)].
x2 − 1
f (x) = + ln ( cosh x ) − xesen2 x
x + 2x − 1
3

31 é uma função elementar. 34

2. Resolução de exemplos 3. Observações

Multiplicando o numerador e o denominador por Se f é uma função elementar, então f ’ é


uma função elementar, mas
1− x ,
∫ f ( x ) dx
temos não é necessariamente uma função elementar.
Considere
1− x 1− x 1 x f ( x ) = ex .
2

∫ 1+ x
dx = ∫
1− x2
dx = ∫
1− x 2
dx − ∫
1− x 2
dx
Como f é contínua, sua integral existe e definimos
a função F por
1 x
=∫ dx − ∫ dx = sen−1x + 1 − x 2 + C x
F ( x ) = ∫ e x dx
2

1− x 2
1− x 2
32 35
0

3. Observações 3. Observações

A questão surge: nossa estratégia de Então sabemos pelo Teorema do Cálculo que
integração nos permitirá encontrar a integral para
toda função contínua? Por exemplo, podemos usar F ′( x ) = e x .
2

nossa estratégia para avaliar


Então
∫e
x2
dx ?
f (x) = ex
2

A resposta é não, ao menos não em termos


das funções que nos são familiares. tem uma antiderivada F, mas pode-se provar que F
não é uma função elementar.

33 36

6
3. Observações

Isso significa que não importa o quanto


tentamos, nunca teremos sucesso em avaliar

∫e
x2
dx

em termos das funções que conhecemos. Contudo,


no estudo das séries, veremos como expressar a
integral acima como uma série infinita.

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3. Observações

O mesmo pode ser dito das integrais a


seguir:

∫ sen ( x ) dx ∫ cos ( e ) dx
ex

2 x
dx
x

1 sen x
∫ x 3 + 1 dx ∫ ln x dx ∫ x
dx

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