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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Conjuntos
Prof. Aleksandro de Mello

Descrição

Noção da linguagem básica de conjuntos e das operações entre


conjuntos e entre intervalos da reta. A teoria de conjuntos aplicada à
resolução de problemas.

Propósito

Compreender a teoria de conjuntos, trabalhando com vários tipos de


conjuntos e de operações entre eles a fim de aplicar esses
conhecimentos na solução de problemas do cotidiano.

Preparação

Tenha em mãos: calculadora, papel, lápis, caneta. Você pode também


utilizar um aplicativo de desenho, como a ferramenta Paint, por
exemplo.

Objetivos

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Módulo 1

Linguagem dos conjuntos


Compreender a linguagem dos conjuntos.

Módulo 2

Operações entre os conjuntos


Identificar as operações realizadas entre conjuntos.

Módulo 3

Operações entre os intervalos da reta


Resolver operações entre intervalos da reta.

Módulo 4

Conjuntos e problemas do cotidiano

Resolver problemas do cotidiano utilizando conjuntos.

meeting_room

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Introdução
Conheceremos os conceitos básicos para o entendimento da
linguagem de conjuntos. Veremos como relacionar elementos a
conjuntos e como comparar conjuntos. Aprenderemos as
principais operações entre conjuntos e como resolver cada uma
delas utilizando as representações de conjuntos e algumas
propriedades dessas operações. Também vamos identificar,
geometricamente, quais operações foram realizadas.

Outro conteúdo básico e fundamental para a Matemática que


trabalharemos neste tema são as operações envolvendo os
intervalos da reta real. Para alguns conjuntos particulares, as
representações geométricas na reta real são a melhor maneira de
desenvolver as operações. Por isso, vamos listar os tipos de
intervalos que a reta real possui e representá-los nas três
principais formas de visualização.

E, por fim, vamos dar sentido a todo esse aprendizado: veremos


várias aplicações do conteúdo estudado aqui em problemas do
dia a dia e em questões cobradas em concursos.

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1 - Linguagem dos conjuntos


Ao final deste módulo, você será capaz de compreender a linguagem dos conjuntos.

Noções básicas da teoria de


conjuntos
Neste módulo e nos demais, você perceberá um padrão na
apresentação do conteúdo. Escolhemos esse caminho porque
acreditamos ser o mais eficiente para que você:

looks_one looks_two
Conheça o conceito arrow_forward Perceba a aplicabilidade
matemático por meio de do conceito com um ou
definições e notações. mais exemplos.

Definição 1
Dizemos que um elemento x pertence ao conjunto A quando x é um dos
componentes do conjunto A. Em outras palavras:

Elemento x perternce ao Elemento x não pertence


conjunto A ao conjunto A

Quando “está dentro” do close Quando não “está


conjunto. dentro” do conjunto.

Note que, na teoria de conjuntos, é comum utilizarmos letras maiúsculas


para representarmos os conjuntos (exemplo: A, B, C, X, Y,…) e letras
minúsculas para representar os elementos do conjunto (exemplo: a, b, c,

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x, y,…). Daqui para frente, utilizaremos as seguintes notações básicas de


pertinência:

x ∈ A (lê-se: x pertence a A) quando x é um elemento de A.

x ∉ A (lê-se: x não pertence a A) quando x não é um elemento de


A .

Vejamos um exemplo para entendermos a definição e a notação acima.

Exemplo 1

Considerando o conjunto A={−2, 0, 1, 4}, podemos afirmar que:

−2 ∈ A, 0 ∈ A, 1 ∈ A, 4 ∈ A , pois estes elementos estão no


conjunto A.

Qualquer outro número diferente dos listados anteriormente não


está no conjunto A, por exemplo: -4 ∉ A, −1 ∉ A, 2 ∉ A . Assim,
podemos escrever resumidamente que: se x é diferente de -2, 0,1 e
4 , então x ∉ A.

É importante destacar os principais tipos de representação que


podemos ter de um conjunto:

Conjunto
Lembre-se:

Conjunto dos números naturais: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, …} .

Naturais não nulos: N ∗ = {1, 2, 3, 4, 5, …} = N − {0} .

Conjunto dos números inteiros:


Z = {… − 2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, …} .

Inteiros não nulos:


Z

= {… , −2, −1, 1, 2, 3, 4, 5, …} = Z − {0} .

Representação por extensão

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Nesse tipo de representação, listamos todos os elementos do conjunto


explicitamente, como fizemos no exemplo 1. Tal representação também
descreve conjuntos infinitos, como o dos números naturais:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, …} .

Representação por compreensão

Neste tipo de representação, os elementos do conjunto são


determinados por uma propriedade específica do conjunto.

Exemplo 2

Observe os seguintes conjuntos:

A = {x ∈ N ∣ x < 4} . Lê-se: A é o conjunto dos números x que


são naturais e menores do que 4 . Logo, o conjunto A pode ser
representado explicitamente por:

A = {0, 1, 2, 3}.

B = {x ∈ Z ∣ x < 4} . Lê-se: B é o conjunto dos números x que


são inteiros e menores do que 4. Fique atento ao conjunto como
um todo, pois apesar de o conjunto B possuir a mesma
propriedade do conjunto A, (que é: x < 4 ), no conjunto B
estamos considerando x ∈ Z , e não apenas x ∈ N (como no
conjunto A ). Logo, o conjunto B pode ser representado
explicitamente por:

B = {…,−2, −1, 0, 1, 2, 3}.

Representação por figuras

Neste caso, representamos os conjuntos através de figuras como


mostra a imagem a seguir.

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A figura anterior é uma representação gráfica do conjunto A = {−1, 1, 3,


5}.

Curiosidade
A representação de conjuntos através de figuras é chamada de
diagrama de Venn, em homenagem a John Venn, que criou esse
diagrama para facilitar o entendimento das operações entre conjuntos,
conforme veremos no próximo módulo.

Definição 2: Igualdade de conjuntos


Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Dizemos que os conjuntos A e B
são iguais se eles possuem exatamente os mesmos elementos. Nesse
caso, escreveremos:

A = B.

No caso em que não vale a igualdade, escreveremos:

A ≠ B,

Isso significa que algum desses conjuntos possui um elemento que não
pertence ao outro conjunto.

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Definição 3: Subconjuntos
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Dizemos que A é um subconjunto
de B, (ou que A está contido em B) se todo elemento de A também é um
elemento de B, ou seja:

x ∈ A ⇒ x ∈ B

O símbolo ⇒ na matemática é lido como: somente se.

Logo, escreveremos:

A ⊂ B.

Caso contrário, ou seja, se existe algum elemento de A que não está em


B, dizemos que A não está contido em B e representamos por:

A ⊄ B.

A notação de subconjunto A ⊂ B também pode ser expressa da


seguinte maneira:

ê
B ⊃ A( L -se: B cont m A). é

Quando A ⊄ B , podemos também escrever essa expressão da forma:

ê ã
B ⊅ A( L -se: B n o cont m A). é

Utilizando o diagrama de Venn, podemos visualizar A ⊂ B (o mesmo


que B ⊃ A ): como mostra a figura:

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Vejamos os exemplos a seguir para entender esses conceitos.

Exemplo 3

Observe os conjuntos A = {1, 3, 4, 7} e B = {7, 1, 3,4}.

Esses conjuntos são iguais, A = B, pois não importa a disposição


dos elementos no conjunto para a análise de igualdade.

Além disso, também podemos perceber que valem as duas


inclusões:

A ⊂ B eB ⊂ A , pois todo elemento de A está em B e vice-versa.


Essas inclusões poderiam ser reescritas como:

B ⊃ A ∈ A ⊃ B

Observe que combinando as definições 2 e 3, podemos destacar uma


das propriedades dos conjuntos que é:

A = B se, e somente se, A ⊂ B e B ⊂ A.

Exemplo 4

Agora observe os conjuntos A = {0, 1, 2, 3} e B = {…, −2, −1, 0, 1, 2, 3}


vistos no exemplo 2.

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Note que A ≠ B , pois B possui elementos que não estão em A,


por exemplo, −2 ∈ B , mas −2 ∉ A.

O mesmo argumento também garante que B ⊄ A , ou seja, B não está


contido em A. Outra forma de escrever seria: A ⊅ B , ou seja, A não
contém B.

Mas, como pode ser visto facilmente, todo elemento de A está em


B, ou seja, A é um subconjunto de B: A ⊂ B. Outra forma de
escrever essa inclusão seria: B ⊃ A .

Definição 4
Seja A um conjunto. Dizemos que A é:

Um conjunto unitário se A possui um único elemento.

Um conjunto vazio se A não possui nenhum elemento.

Portanto, representamos A = { } ou A = Ø.

Exemplo 5

Considere os seguintes conjuntos: A = {x ∈ N ∣ x < −2} e


B = {x ∈ Z ∣ −6 < x < −4}

Note que A é um conjunto vazio, A = ∅ , pois não existe x ∈ N tal


que x < −2 .

Já o conjunto B = {x ∈ Z ∣ −6 < x < −4} = {−5} é um


conjunto unitário.

Atenção!
Dado qualquer conjunto A, sempre vale que ∅ ⊂ A .

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Conceitos matemáticos
Neste vídeo o professor Sandro Davison apresentará outros exemplos
desses conceitos matemáticos. Vamos assistir!

Neste módulo, você aprendeu quatro definições básicas da Matemática


acerca dos conjuntos, especificamente a linguagem dos conjuntos. Sem
esse conhecimento, não seria possível avançarmos para o conteúdo que
nos aguarda nos módulos seguintes.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Considere os conjuntos A = {x ∈ Z ∣ 5x + 4 ≤ 3x + 8},

B = {x ∈ N ∣ 2x − 5 < x − 4} e
C = {x ∈ Z ∣ −2 ≤ x < 2}.

Avaliar as seguintes afirmativas:

I) A=B

II) B ⊂ C

III) B é um conjunto vazio

A I e II corretas.

B Somente II correta.

C
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II e III corretas.

D Somente III correta.

E I e III corretas.

Parabéns! A alternativa B está correta.

Vamos escrever os conjuntos de maneira explícita para podermos


avaliar as alternativas.

Para x ser um elemento de A, ele deve satisfazer as seguintes


condições:

x ∈ Z = {… , −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, …}

5x + 4 ≤ 3x + 8 ⇒ 5x − 3x ≤ 8 − 4 ⇒ 2x ≤ 4 ⇒ x ≤ 2

Logo, A = {…,−1, 0, 1, 2}.

Para x ser um elemento de B, ele deve satisfazer as seguintes


condições:

x ∈ N = {0, 1, 2, 3, …}

2x − 5 < x − 4 ⇒ 2x − x < −4 + 5 ⇒ x < 1

Logo, B = {0}.

E o conjunto C = {x ∈ Z ∣ −2 ≤ x < 2} = {−2, −1, 0, 1}.

1. Como podemos ver,


C = {−2, −1, 0, 1} ⊂ A = {… , −1, 0, 1, 2}. Logo, C ⊂ A

é o mesmo que A ⊃ C.

2. Vimos no segundo item, B = {0}.

3. Claramente, B = {0} ⊂ A = {… , −1, 0, 1, 2}.

4. Note que B = {0} ⊂ C = {−2, −1, 0, 1}. Logo, vale que


B ⊂ C e que C ⊃ B.

Questão 2

Sejam A, B, C e D conjuntos não vazios. Analise o diagrama a seguir:

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Podemos afirmar que:

A A ⊂ C eD ⊃ B

B B ⊃ C eD ⊄ A

C C ⊃ D eB ⊂ A.

D D ⊄ A eC /
B

E D ⊃ B eD ⊄ A

Parabéns! A alternativa C está correta.

Note que em cada alternativa temos duas opções para analisar.

1. Pelo diagrama, podemos perceber que vale A ⊂ C, mas a


afirmação D ⊃ B é falsa. Logo, esta alternativa está
incorreta.
2. Aqui, temos que a afirmação D ⊄ A é verdadeira, mas a
afirmação B ⊃ C (B contém C) é falsa. 0 correto seria C ⊃ B
ou B ⊂ C. Então, esta alternativa está incorreta.
3. Ambas as afirmações são verdadeiras: C ⊃ D eB ⊂ A.

Portanto, esta é a alternativa correta.


4. A afirmação D ⊄ A é verdadeira, mas C ⊅ B é falsa, pois B
é um subconjunto de C. Logo, vale que C ⊃ B ou B ⊂ C.
Logo, essa alternativa está incorreta.

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2 - Operações entre os conjuntos


Ao final deste tópico, você será capaz de identificar as operações realizadas entre conjuntos.

Operações entre conjuntos


Vimos, no módulo anterior, as definições que caracterizaram a
linguagem dos conjuntos. Agora partiremos para o segundo passo de
nosso estudo: as operações entre conjuntos. Utilizaremos as
representações vistas anteriormente para resolver essas operações,
identificando algumas de suas propriedades para reconhecer
geometricamente quais operações foram realizadas.

Seguiremos nosso mesmo modelo de apresentação do conteúdo:


definição e exemplificação.

Definição 1
Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Definimos:

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1. A união dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os


elementos que pertencem a A ou a B, que representamos por:

A ∪ B = {x ∣ x ∈ A ou x ∈ B}.

2. A interseção dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos


os elementos que são comuns a A e a B simultaneamente, ou seja,
é o conjunto formado pelos elementos que pertencem a A e
também pertencem a B. Esse conjunto é representado por:

A ∩ B = {x ∣ x ∈ A ∈ x ∈ B}

3. A diferença dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos


os elementos que pertencem a A, mas que não pertencem a B.
Esse conjunto é representado por:

A − B = {x ∣ x ∈ A ∈ x ∉ B}

No caso particular, onde B ⊂ A , a diferença A − B chama-se


complementar de B em A e escrevemos:

B
C = A − B = {x ∣ x ∈ A ∈ x ∉ B}.
A

4. O produto cartesiano A × B é o conjunto formado por todos os


pares ordenados da forma (x,y), onde x ∈ A e y ∈ B. Esse conjunto
é representado por:

A × B = {(x, y) ∣ x ∈ A ∈ y ∈ B}.

Vejamos alguns exemplos para entendermos tais conceitos.

Exemplo 1

Considere os conjuntos A = {0, 1, 3} e B = {−1, 0, 2, 3}. Vamos calcular:

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A ∪ B, A ∩ B, A − B, B − A, A × BeB × A

Na união, tomamos todos os elementos que aparecem em cada


conjunto. Logo:

A ∪ B = {x ∣ x ∈ A ou x ∈ B} = {−1, 0, 1, 2, 3}

Note que B ∪ A = {x ∣ x ∈ B ou
x ∈ A} = {−1, 0, 1, 2, 3} = A ∪ B .

Como veremos posteriormente, sempre vale A ∪ B .


= B ∪ A

Na interseção, tomamos apenas os elementos em comum.


Portanto:

A ∩ B = {x ∣ x ∈ A ex ∈ B} = {0, 3}

Note que B ∩ A = {x ∣ x ∈ B ex ∈ A} = {0, 3} = A ∩ B

Como veremos posteriormente, sempre vale A ∩ B .


= B ∩ A

Na diferença, tomamos apenas os elementos do primeiro conjunto


que não estão no segundo conjunto. Assim:

(A − B) = {x ∣ x ∈ A e x ∉ B} = {1}

(B − A) = {x ∣ x ∈ B e x ∉ A} = {−1, 2}

Note que A − B ≠ B − A , ou seja, nem sempre vale a igualdade.

No produto cartesiano, tomamos todos os pares ordenados,


sendo que a primeira coordenada pertence ao primeiro conjunto
(conjunto da esquerda) e a segunda coordenada pertence ao
segundo conjunto (conjunto da direta). Veja:

Como A = {0, 1, 3} e B = {−1, 0, 2, 3}, então:

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A × B = {(x, y) ∣ x ∈ A e y ∈ B} =

= {(0, −1), (0, 0), (0, 2), (0, 3),

(1, −1), (1, 0), (1, 2), (1, 3), (3, −1),

(3, 0), (3, 2), (3, 3)}.

Enquanto:

B × A = {(x, y) ∣ x ∈ B e y ∈ A} =

= {(−1, 0), (−1, 1), (−1, 3), (0, 0),

(0, 1), (0, 3), (2, 0), (2, 1), (2, 3),

(3, 0), (3, 1), (3, 3)}.

Note que A × B ≠ B × A , ou seja, nem sempre vale a igualdade.

Veja mais um exemplo envolvendo essas operações com três conjuntos


envolvidos.

Exemplo 2

Considere os conjuntos
A = {x ∈ Z ∣ x ≤ 4}, B = {x ∈ Z ∣ x > −2} e
C = {x ∈ N ∣ x < 7} . Calcule as seguintes operações:

A − (B ∩ C), (A ∩ B) − C, (A ∪ C) ∩ B, (B − A) ∪ C

Primeiramente, vamos explicitar os conjuntos para facilitar nossas


operações:

A = {x ∈ Z ∣ x ≤ 4} = {… − 3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4}

B = {x ∈ Z ∣ x > −2} = {−1, 0, 1, 2, …}

C = {x ∈ N ∣ x < 7} = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}

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Agora vamos realizar as operações desejadas.

Para solucionar A - (B ∩ C), primeiro resolvemos a parte entre


parênteses separadamente, ou seja:

B ∩ C e após A − (B ∩ C) .

Observando os conjuntos dados, temos que:

B ∩ C = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6} = C. ( Note que C ⊂ B)

Logo:

A − (B ∩ C) = {… , −3, −2, −1}

Para solucionar (A ∩ B) − C, primeiro resolvemos a parte entre


parênteses separadamente, ou seja:

ó
A ∩ B e ap s (A ∩ B) − C.

Observando os conjuntos dados, temos que:

A ∩ B = {−1, 0, 1, 2, 3, 4}

Logo:

(A ∩ B) − C = {−1}

Para solucionar (A ∪ C) ∩ B, primeiro resolvemos a parte entre


parênteses separadamente, ou seja:

ó
A ∪ C e ap s (A ∪ C) ∩ B.

Observando os conjuntos dados, temos que:

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A ∪ C = {… , −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}

Logo:

(A ∪ C) ∩ B = {−1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}.

Para solucionar (B − A) ∪ C , primeiro resolvemos a parte entre


parênteses separadamente, ou seja:

ó
B - A e ap s (B − A) ∪ C.

Observando os conjuntos dados, temos que:

B − A = {5, 6, 7, …}

Logo:

(B − A) ∪ C = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, …}

Note que as operações anteriores foram realizadas utilizando a forma


explícita dos elementos de cada conjunto envolvido. Mas, dependendo
dos conjuntos envolvidos, essa representação pode não ser
conveniente.

Assim, vamos analisar agora outra forma de trabalhar com esses


conjuntos, utilizando figuras no diagrama de Venn.

Observe que, geometricamente, dados dois conjuntos A e B, podemos


representar a união, a interseção e a diferença pelos diagramas abaixo:

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No caso particular em que B ⊂ A , a diferença A − B = C


A
B
é
representada por:

Quando temos três ou mais conjuntos envolvidos, nossa representação


geométrica fica similar ao que realizaremos no exemplo a seguir.

video_library
Exemplo de representação
geométrica
Assista ao exemplo no vídeo:

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Nos exemplos, desenvolvemos várias operações entre os conjuntos,


mas existem muitas outras que podem ser realizadas, conforme
veremos posteriormente. Agora, vamos listar algumas das principais
propriedades que envolvem as operações entre conjuntos.

Propriedades dos conjuntos

Propriedades da união

Dados os conjuntos A, B, C e D, temos:

1. A ∪ ∅ = A .

2. A ∪ A = A .

3. A ∪ B = B ∪ A , ou seja, a operação união é comutativa.

4. (A ∪ B) ∪ C = A ∪ (B ∪ C) , ou seja, a operação união é


associativa.

5. A ⊂ B eC ⊂ D ⇒ (A ∪ C) ⊂ (B ∪ D) .

6. A ∪ B = A ⇔ B ⊂ A .

Propriedades da interseção

Dados os conjuntos A, B, C e D, temos:

1. A ∩ ∅ = A .

2. A ∩ A = A

3. A ∩ B = B ∩ A , ou seja, a operação união é comutativa.

4. (A ∩ B) ∩ C = A ∩ (B ∩ C) , ou seja, a operação união é


associativa.

5. A ⊂ B eC ⊂ D ⇒ (A ∩ C) ⊂ (B ∩ D) .

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6. A ∩ B = A ⇔ B ⊂ A .

Na linguagem matemática ⇔ significa: se, somente se.

Propriedades da diferença

Considere os conjuntos A, B e X tais que A, B ⊂ X . Temos:

1. A − ∅ = A .

2. A − A = ∅ .

3. A − B = ∅ ⇔ A ⊂ B .

4. A − B = A − (A ∩ B) .

5. A ⊂ B ⇔ C
B
X
⊂ C
X
A
.

6. C X
A∪B
= C
X
A
∩ C
B
X
.

7. C X
A∩B
= C
X
A
∪ C
B
X
.

Você deve se lembrar que essas propriedades, como tantas outras


afirmações no campo da Matemática, não são meras determinações de
algum cientista matemático. Todas as propriedades podem ser
provadas algebricamente.

No entanto, por conta do objetivo de nosso módulo, mostraremos


geometricamente a validade de algumas das propriedades
apresentadas.

Vejamos a propriedade 5 da união e a propriedade 5 da interseção:


em ambas, temos que A ⊂ B eC⊂ D . Isso pode ser
representado geometricamente na seguinte figura:

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Assim, temos que:

Isso nos mostra que (A ∪ C) ⊂ (B ∪ D).

E o diagrama a seguir nos mostra que (A ∩ C) .


⊂ (B ∩ D)

A propriedade 4 da diferença pode ser vista da seguinte maneira:


representando os conjuntos A e B pelo diagrama, podemos
observar que:

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Para a propriedade 5 da diferença, temos que A, B ⊂ X e que A .


⊂ B

Isso pode ser representado por:

Assim, temos que:

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Logo, nos mostra que C X


B
⊂ C
A
X
.

Com essas propriedades, podemos explorar outros conceitos


envolvendo conjuntos, como, por exemplo, a quantidade de elementos
que um conjunto possui.

Saiba mais
Se você quiser ver as demonstrações dessas propriedades, confira o
capítulo 1 do livro Curso de Análise v.1 (2007), de Elon Lages Lima.

Definição 2
Seja A um conjunto finito qualquer (ou seja, um conjunto que possui
uma quantidade finita de elementos), a quantidade de elementos que o
conjunto A possui é denotada por:

n(A).

Em algumas bibliografias, o número de elementos de um conjunto A é


denotado por #A.

Antes de vermos o exemplo que nos ajudará a compreender esse


conceito, queremos levantar dois questionamentos, os quais serão
respondidos mais à frente:

Dados dois conjuntos A, B quaisquer:

1. Será que vale n(A ∪ B) = n(A) + n(B) ?


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21/01/24, 21:53 Conjuntos

2. Será que vale n(A − B) = n(A) − n(B) ?

Vejamos agora um exemplo para nos ajudar a entender o conceito de


n(A) e a responder nosso questionamento.

Exemplo 3

Considere os conjuntos A = {−2, 1, 3, 4} e B = {−1,1, 3}. Calcule:

n(A), n(B), n(A ∪ B), n(A ∩ B), n(A − B) e n(B − A)

Note que:

n(A) = 4, pois o conjunto A possui 4 elementos.

n(B) = 3, pois o conjunto B possui 3 elementos.

Para responder aos demais questionamentos, vamos, primeiramente,


determinar o que são os conjuntos:

A ∪ B, A ∩ B, A − B ∈ B − A

Sendo A = {−2, 1, 3, 4} e B = {−1, 1, 3}, então:

A ∪ B = {−2, −1, 1, 3, 4}, logo, n(A ∪ B) = 5

A ∩ B = {1, 3}, logo, n(A ∩ B) = 2

A − B = {−2, 4}, logo, n(A − B) = 2

B − A = {−1}, logo, n(B − A) = 1

Então, você já pode responder aos nossos questionamentos?

Relembrando:

Dados dois conjuntos A, B quaisquer:

Será que vale n(A ∪ B) = n(A) + n(B)?

Será que vale n(A − B) = n(A) − n(B)?

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Utilizando o exemplo 3, podemos perceber que:

n(A ∪ B) ≠ n(A) + n(B) e n(A − B) ≠ n(A) − n(B)

Portanto, as perguntas 1 e 2 realizadas anteriormente têm resposta


negativa, ou seja, nem sempre valem as igualdades apresentadas nos
questionamentos.

Propriedades de n(A)
Utilizando as propriedades das operações vistas anteriormente, vamos
apresentar algumas das principais propriedades para a quantidade de
elementos de um conjunto.

Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Então, valem as seguintes


propriedades:

1. n(A ∪ B) = n(A) + n(B) − n(A ∩ B) .

2. n(A − B) = n(A) − n(A ∩ B) .

3. n(B − A) = n(B) − n(A ∩ B)

4. Se B ⊂ A1 então n(C A
B
) = n(A − B) = n(A) − n(B) .

Observe que, para entendermos essas propriedades, vamos relembrar


os diagramas vistos anteriormente que representam as operações entre
os conjuntos A e B:

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

A propriedade n(A ∪ B) = n(A) + n(B) − n(A ∩ B) decorre


do fato que, quando fazemos n(A) + n(B), a quantidade de
elementos n(A ∩ B) da interseção é contada duas vezes (uma
vez em n(A) e outra em n(B).

A propriedade n(A − B) = n(A) − n(A ∩ B) decore da


propriedade 4 da diferença de conjuntos, pois A
B = A − (A ∩ B) .

A propriedade n(B − A) = n(B) − n(A ∩ B) também decore


da propriedade 4 da diferença de conjuntos, pois
B − A = B − (A ∩ B) .

A propriedade 4 é dada por: se B ⊂ A , então


n(C
B
A
) = n(A − B) = n(A) − n(B) .

E pode ser interpretada pelo seguinte diagrama:

video_library
Exemplo de propriedades de n(A)
Veja agora alguns exemplos envolvendo essas propriedades.

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Observe que a operação de produto cartesiano tem mais aplicabilidade


geométrica quando trabalhamos com produto cartesiano entre
intervalos da reta. Isso será visto com mais detalhes no próximo
módulo.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 30/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

(UFSM-RS) Dados os conjuntos A = {x ∈ N ∣ x é ímpar},


B = {x ∈ Z ∣ −2 < x ≤ 9} eC = {x ∈ Z ∣ x ≥ 5}, 0 produto
dos elementos que formam o conjunto (A ∩ B) − C é:

A 1

B 3

C 15

D 35

E 0

Parabéns! A alternativa B está correta.

Inicialmente, vamos colocar os conjuntos de maneira explícita para


podermos manuseá-los mais facilmente:

A = {x ∈ N ∣ x é ímpar} = {1, 3, 5, 7, 9, 11, …}.

B = {x ∈ Z ∣ −2 < x ≤ 9} = {−1, 0, 1, 2, … , 9}.

C = {x ∈ Z ∣ x ≥ 5} = {5, 6, 7, 8, …}.

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Para descobrir (A ∩ B) - C, primeiro resolvemos os parênteses, ou


seja:

A ∩ B = {1, 3, 5, 7, 9}

Agora fazemos

(A ∩ B) − C = {1, 3, 5, 7, 9} − {5, 6, 7, 8, …} = {1, 3}.

Portanto, o produto dos elementos de

(A ∩ B) − C = {1, 3} é1×3 = 3.

Questão 2

Dados os conjuntos A, B e C não vazios, considere o diagrama:

A parte hachurada pode ser representada por:

A (A ∩ C) − B.

B (A − B) ∪ C.

C (A ∪ C) − B.

D AU (C − B).

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E A ∪ C.

Parabéns! A alternativa C está correta.

Veja que o diagrama B não está hachurado. Isso significa que B


não está fazendo parte do conjunto, assim temos:

(A ∪ C) − B

É necessário colocar o −B, pois existem elementos de A que em


interseção com o B, e elementos de C em interseção com o B, e
mesmo esses elementos em interseção, não adentram em nosso
conjunto, representado pela área hachurada.

3 - Operações entre os intervalos da reta


Ao final deste módulo, você será capaz de resolver operações entre intervalos da reta.

Operações com os intervalos da reta


real
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Neste módulo, trabalharemos exclusivamente com operações


envolvendo os intervalos da reta. Veremos que, para esses conjuntos
particulares, as representações geométricas na reta real são a melhor
maneira de desenvolver as operações. Lembramos a você que
insistiremos em manter a estrutura de definição e exemplos, por
acreditarmos que ela facilita a compreensão dos conceitos
matemáticos.

Definição 1
Sejam a, b ∈ R . Os intervalos são tipos especiais de subconjuntos dos
números reais que são definidos por:

Intervalo fechado: [a, b] = {x ∈ R ∣ a ≤ x ≤ b}

Intervalo fechado à esquerda: [a, b) = {x ∈ R ∣ a ≤ x < b}

Intervalo fechado à direita: (a, b] = {x ∈ R ∣ a < x ≤ b}

Intervalo aberto: (a, b) = {x ∈ R ∣ a < x < b}

Semirreta direita fechada de origem


a : [a, +∞) = {x ∈ R ∣ a ≤ x}

Semirreta direita aberta de origem a:


(a, +∞) = {x ∈ R ∣ a < x}

Semirreta esquerda fechada de origem


b : (−∞, b] = {x ∈ R ∣ x ≤ b}

Semirreta esquerda aberta de origem


b : (−∞, b) = {x ∈ R ∣ x < b}

Reta real inteira: (−∞, +∞) = R

Note que os termos fechado e aberto na definição significam,


respectivamente, que:

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

O extremo do intervalo O extremo do intervalo


pertence ao intervalo não pertence ao
considerado intervalo considerado

Utiliza-se o termo Utiliza-se o termo


fechado na definição. O
close aberto na definição. Os
colchete representa que parênteses representam
o extremo pertence ao que o extremo não
intervalo. pertence ao intervalo.

Desse modo, para fazer operações entre intervalos da reta, é essencial


tomarmos o cuidado de destacar quando o extremo pertence ou não
pertence ao intervalo.

Representação dos intervalos na reta

Agora veremos como representar geometricamente cada um dos


intervalos apresentados na definição 1. Como a grande diferença situa-
se no(s) extremo(s) do intervalo, utilizaremos:

Bolinhas fechadas no Bolinhas abertas no


extremo extremo

Quando ele pertence ao close Quando ele não


intervalo. pertence ao intervalo.

Assim, a representação de cada intervalo será:

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

A seguir, apresentaremos vários exemplos de operações realizadas


entre intervalos.

Exemplo 1

Considere os intervalos A = [−2, 3), B = (−1, 4), C = (−∞, 2] e


D = [−3, 1) . Vamos calcular:

A ∪ B, A ∩ B, A − B, B − A, A ∩ C, C − D, D − C.

A resolução dessas operações ocorre do seguinte modo:

Representamos geometricamente os intervalos


envolvidos na operação um abaixo do outro (colocando
os extremos do intervalo seguindo a ordem crescente

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

da reta, ou seja, crescimento da esquerda para a


direita) e abaixo da representação desses dois
intervalos colocamos uma terceira reta real para
marcar o resultado da operação.

Veja caso a caso.

A ∪ B : como a união é formada utilizando todos os elementos


dos conjuntos, temos a seguinte representação:

Logo, A ∪ B = [−2, 4) .

A ∩ B: como a interseção é formada apenas pelos elementos


comuns aos dois conjuntos, temos a seguinte representação:

Note que as bolinhas em -1 e em 3 são abertas, pois −1 ,


∉ B, 3 ∉ A

portanto, −1 e 3 ∉ A ∩ B . Logo, A ∩ B = (−1, 3) .

A − B: vamos considerar apenas os elementos que estão em A,


mas que não pertencem a B. Temos a seguinte representação:

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Note que em A − B a bolinha em −1 é fechada, pois −1 ∈ A , mas


−1 ∉ B . Portanto, −1 ∈ A− B. Logo, A − B = [−2, −1] .

B - A: vamos considerar apenas os elementos que estão em B,


mas que não pertencem a A. Temos a seguinte representação:

Note que em B - A a bolinha em 3 é fechada, pois 3 , mas 3


∉ A ∈ B .
Portanto, 3 ∈ B − A . Logo, B − A = [3, 4).

A ∩ C: como a interseção é formada apenas pelos elementos


comuns aos dois conjuntos, temos a seguinte representação:

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Note que as bolinhas são fechadas em −2 e 2, pois


−2, 2 ∈ A ∈ −2, 2 ∈ C. Portanto, −2 e 2 ∈ A ∩C . Logo,
A ∩ C = [−2, 2] .

C − D: vamos considerar apenas os elementos que estão em C,


mas que não pertencem a D. Temos a seguinte representação:

Note que em C − D temos duas partes onde a bolinha está aberta em


−3 , pois −3 ∈ C e −3 ∈ D .

Logo, −3 ∉ C − D . A bolinha em 1 fica fechada, pois 1 ∈ C e1 ∉ D .

Portanto, 1 ∈ C − D . Como C − D ficou dividido em duas partes,


escrevemos C − D como a união das duas partes:

C − D = (−∞, −3) ∪ [1, 2]

D - C: vamos considerar apenas os elementos que estão em D, mas que


não pertencem a C. Observe que, nesse caso, temos D ⊂ C . Logo,
todos os elementos de D também estão em C, ou seja, não existem
elementos que estão em D, mas que não pertencem a C. Portanto:

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

D − C = { } (conjunto vazio).

Outra forma de ver que D − C = {} é utilizando a propriedade da


diferença vista no módulo 2:

D − C = {} ⇔ D ⊂ C

Atenção!
Quando existem mais do que dois conjuntos envolvidos em operações,
analisamos as operações em etapas de dois a dois, sempre trabalhando
inicialmente de dentro dos parênteses para fora, como mostraremos no
próximo exemplo.

Exemplo 2

Vamos considerar os mesmos intervalos do exemplo 1, ou seja:

A = [−2, 3), B = (−1, 4), C = (−∞, 2] e D = [−3, 1)

Agora calcularemos as seguintes operações entre esses conjuntos:

A − (A ∩ B), (A ∪ B) − (A ∩ B), D − (C ∩ A), (D − C) ∩ A

Para resolver A - (A ∩ B), primeiro resolvemos a parte entre


parênteses separadamente, ou seja:

ó
A ∩ B e ap s A − (A ∩ B).

Como já vimos no exemplo 1, sabemos que:

A ∩ B = (−1, 3)

Assim, podemos realizar a operação desejada, A − (A ∩ B), pela


seguinte figura:

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Note que a bolinha em -1 é fechada, pois −1 ∈ A , mas −1 .


∉ A ∩ B

Portanto, 1 ∈ A − (A ∩ B). Logo, A − (A ∩ B) = [−2, −1].

No exemplo 1, vimos que A − B = [−2, −1] , ou seja,


A − B = [−2, −1] = A − (A ∩ B) , conforme já havíamos visto nas
propriedades da diferença no módulo 2.

Para resolver (A ∪ B) − (A ∩ B), primeiro resolvemos as partes


entre parênteses separadamente, ou seja:

ó
A ∪ B e ap s A ∩ B.

Como já fizemos essas operações no exemplo 1, sabemos que:

A ∪ B = [−2, 4) e A ∩ B = (−1, 3)

Agora podemos realizar a operação desejada, (A ∪ B) − (A ∩ B),


pela seguinte figura:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 41/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Note que, na última reta, −1 e 3 estão com bolinha fechada, pois


−1, 3 ∈ A ∪ B , mas −1, 3 ∉ A ∩ B . Logo,

(A ∪ B) − (A ∩ B) = [−2, −1] ∪ [3, 4)

Para resolver D - (C ∩ A) , primeiro resolvemos a parte entre


parênteses separadamente, ou seja:

ó
C ∩ A e ap s D − (C ∩ A)

Pelo exemplo 1, sabemos que A ∩ C = [−2, 2] . Assim, como vimos no


módulo 2, temos que:

C ∩ A = A ∩ C = [−2, 2]

Agora podemos realizar a operação desejada, D − (C ∩ A) , da


seguinte forma:

Note que, na última reta, -2 está com bolinha aberta, pois −2 ∈ D e


−2 ∈ A ∩ C , então:

−2 ∉ D − (A ∩ C)

Logo:

D − (C ∩ A) = [−3, −2)

Para resolver (D − C) ∩ A, primeiro resolvemos a parte entre


parênteses separadamente, ou seja:

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

D − C e após (D − C) ∩ A .

Pelo exemplo 1, sabemos que D − C = { }. Logo, como vimos no módulo


2, temos que:

(D − C) ∩ A = {} ∩ A = {}.

Logo, (D − C) ∩ A = {} é vazio.

Observe que o exemplo anterior mostra claramente que:

D − (C ∩ A) = [−3, −2) ≠ (D − C) ∩ A = {}

Perceba que é muito importante respeitar e distinguir a ordem de


resolução das operações.

video_library
Exemplo 3
Veja o exemplo 3 no vídeo a seguir.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 43/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Dados os intervalos A = (−5, 2], B = [−6, 4], C = (−∞, 2),

podemos afirmar que A ∪ (B ∩ C) é dado por:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 44/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

A [-6,2]

B [-6,2)

C (−∞, 4]

D (−∞, 4)

E (−∞, 2]

Parabéns! A alternativa A está correta.

Para resolver A ∪ (B ∩ C), primeiramente faremos a parte entre


parênteses, ou seja:

B ∩ C e após A ∪ (B ∩ C).

Para resolver B ∩ C, operamos utilizando a figura abaixo:

Note que, na última reta, o 2 aparece com bolinha aberta, pois


2 ∈ B, mas 2 ∉ C. Logo, 2 ∉ B ∩ C e temos que:

B ∩ C = [−6, 2)

Agora podemos calcular A ∪ (B ∩ C) utilizando a representação


abaixo:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 45/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Portanto, A ∪ (B ∩ C) = [−6, 2]. Resposta: (a).

Questão 2

Dados os intervalos A = [−1, 3) B = (1, 5) e C = (1, 3), qual dos itens


abaixo representa o conjunto (A − B) × C ?

A a.

B b.

C c.

D d.

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21/01/24, 21:53 Conjuntos
E e.

Parabéns! A alternativa C está correta.

Antes de buscar a representação geométrica do conjunto (A − B) ×


C, vamos determinar o conjunto A − B para então procurarmos a
melhor representação de (A − B) × C.

Para encontrarmos A−B, basta realizarmos a seguinte operação


com os intervalos:

Note que, na última reta, 1 aparece com bolinha fechada, pois


1 ∈ A, mas 1 ∉ B. Logo, 1 ∈ A - B. Portanto:

A − B = [−1, 1]

Logo, (A − B) × C = [−1, 1] × (1, 3) é representado geometricamente


por:

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Lembramos que, conforme vimos no vídeo do módulo, a bolinha do


canto é aberta quando este não pertence ao produto cartesiano
como, por exemplo, os cantos:

(1, 1) e (−1, 1) ∉ (A − B) × C, pois 1 ∉ C, e (−1, 3) e


(1, 3) ∉ (A − B) × C, pois 3 ∉ C. Resposta: (c).

4 - Conjuntos e problemas do cotidiano


Ao final deste módulo, você será capaz de resolver problemas do cotidiano utilizando
conjuntos.
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 48/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Aplicações da teoria de conjuntos


Chegamos ao nosso último módulo. Como você sabe, nosso objetivo é a
aplicabilidade dos conceitos aprendidos anteriormente, seja no âmbito
da resolução de problemas cotidianos, ou na solução de questões
geralmente cobradas em concursos públicos.

Aqui você perceberá, portanto, a falta do item definição, já que vamos


recuperar os conceitos apresentados nos módulos anteriores mais
alguns exemplos para ajudá-lo a seguir em frente nesse processo de
compreensão dos conjuntos matemáticos.

Exemplo 1 - Adaptado da UNESP

Em um estudo de grupos sanguíneos humanos, realizado com 1000


pessoas, constatou-se que 470 tinham o antígeno A, 230 tinham o
antígeno B e 450 não tinham nenhum dos dois antígenos. Determine o
número de pessoas que possuem os antígenos A e B simultaneamente.

Vamos, inicialmente, extrair as informações do enunciado. Chamando


de:

1. X o conjunto de todas as pessoas do estudo;

2. A o conjunto das pessoas com antígeno A;

3. B o conjunto das pessoas com antígeno B;

Podemos formar a seguinte figura:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 49/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Pelo enunciado, temos que:

4. X possui 1000 pessoas, A possui 470 pessoas, B possui 230


pessoas;

5. Dentro do conjunto X, mas fora de ambos os conjuntos A e B


existem 450 pessoas.

Completando a figura com essas informações, temos:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 50/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Precisamos encontrar a quantidade de pessoas que possuem os


antígenos A e B, simultaneamente, ou seja:

6. Queremos saber a quantidade y de pessoas presentes no conjunto


A ∩ B .

Colocando y na parte correspondente a A ∩ B e utilizando a figura


anterior, podemos formar o seguinte diagrama:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 51/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Note que o conjunto A está dividido em 2 partes. A parte


correspondente à interseção A ∩ B possui y pessoas. Como A
tem 470 pessoas, então a outra parte do conjunto A possuirá 470-
y pessoas, fornecendo a figura a seguir

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 52/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Da mesma forma, o conjunto B está dividido em 2 partes. A parte


correspondente à interseção A ∩ B possui y pessoas. Como B tem
230 pessoas, então a outra parte do conjunto B possuirá 230 - y
pessoas, fornecendo a seguinte figura:

Assim, podemos ver que o conjunto X foi dividido em quatro partes:

Uma parte fora dos conjuntos A, B;

Duas partes dentro do conjunto A;

Mais uma parte dentro do conjunto B.

Logo, o total de pessoas do conjunto X (ou seja, 1000) é obtido


somando a quantidade de pessoas (números na cor preta) dessas
quatro partes, por meio do seguinte cálculo:

450 + (470 − y) + y + (230 − y) = 1000 ⇒

920 − y + y + 230 − y = 1000 ⇒ 920 + 230 − y = 1000 ⇒

1150 − y = 1000 ⇒ −y = 1000 − 1150 ⇒ −y = −150 ⇒

y = 150

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 53/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Portanto, y = 150 é a quantidade de pessoas desse grupo com os


antígenos A e B simultaneamente.

Exemplo 2

Em uma escola, foram oferecidas aulas de reforço para Física e


Matemática. Feito um levantamento em uma turma com 48 alunos,
obteve-se que 22 alunos querem reforço em Matemática, 28 querem
reforço em Física e 10 querem reforço em ambas as matérias. Para
essa turma, determine:

1. Quantos alunos querem reforço apenas em Matemática?

2. Quantos alunos querem reforço apenas em Física?

3. Quantos alunos querem reforço em pelo menos uma matéria?

4. Quantos alunos não querem reforço em nenhuma matéria?

5. Quantos alunos querem reforço em, no máximo, uma matéria?

Vamos, inicialmente, extrair as informações do enunciado. Chamando


de:

X o conjunto de todos os alunos dessa turma;

F o conjunto dos alunos que querem reforço em Física;

M o conjunto dos alunos que querem reforço em Matemática.

Podemos formar a seguinte figura:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 54/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Pelo enunciado, temos que:

X possui 48 alunos, M possui 22 alunos, F possui 28 alunos e M∩F


possui 10 alunos.

Completando a figura com essas informações, temos:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 55/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Assim como vimos no exemplo 1, podemos perceber que os conjuntos


M e F foram divididos em duas partes e o conjunto X foi dividido em
quatro partes. Utilizando os valores que temos na figura anterior,
podemos completar os conjuntos M e F da seguinte maneira:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 56/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Agora, vamos resolver os questionamentos.

1. Quantos alunos querem reforço apenas em Matemática?

12 alunos, pois observando a figura anterior, podemos ver que, dentre os


22 alunos que querem reforço de Matemática, somente 12 querem
reforço apenas em Matemática.

2. Quantos alunos querem reforço apenas em Física?

18 alunos, pois observando a figura anterior, podemos ver que, dentre os


28 alunos que querem reforço de Física, apenas 18 querem reforço
apenas em Física.

3. Quantos alunos querem reforço em pelo menos uma matéria?

Os alunos que querem reforço em pelo menos uma disciplina formam


exatamente o conjunto M ∪ F. Pela figura, essa união possui:

12 + 10 + 18 = 40 alunos.

4. Quantos alunos não querem reforço em nenhuma matéria?

Os alunos que não querem reforço em nenhuma matéria são


exatamente aqueles que estão fora de M ∪ F. Como X tem 48 alunos e
em M U F tem 40 alunos (como vimos na letra (c)), então a quantidade y
que está fora de M ∪ F é:

y = 48 − 40 = 8 alunos.

5. Quantos alunos querem reforço em, no máximo, uma matéria?

Dizer que o aluno quer reforço em no máximo uma matéria significa que
o aluno: ou quer reforço em apenas uma matéria, ou não quer reforço
em nenhuma matéria.

Analisando a figura, destacamos os alunos que querem reforço em


apenas uma matéria e os que não querem reforço em nenhuma matéria.

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Assim, a quantidade de alunos que querem reforço em, no máximo, uma


matéria, é dada por:

12 + 18 + 8 = 38 alunos.

Outra forma de analisar esse caso é:

Os alunos que querem reforço em, no máximo, uma matéria,


correspondem ao total de alunos da turma (X , exceto
= 48)

aqueles que querem reforço nas duas matérias (M ∩ F = 10) :

48 − 10 = 38 alunos.

Nos exemplos anteriores, trabalhamos casos com apenas dois


conjuntos dentro do conjunto principal. Vamos analisar agora problemas
com três ou mais conjuntos dentro do conjunto X.

Exemplo 3

Uma população consome 3 marcas de sabão em pó: A, B e C. Feita uma


pesquisa de mercado, colheram-se os seguintes resultados tabelados.

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Sendo assim:

1. Determine o número de pessoas que consomem apenas a marca


C.

2. Determine o número de pessoas que consomem apenas uma das


marcas.

3. Determine o número de pessoas que consomem exatamente duas


marcas.

4. Determine o número de pessoas consultadas.

Vamos, inicialmente, extrair as informações do enunciado. Chamando


de:

X o conjunto de todas as pessoas consultadas.

A, B e C os conjuntos das pessoas que consomem as marcas A, B


e C, respectivamente.

Assim, podemos formar a figura a seguir:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 59/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Observe que o conjunto X ficou dividido em várias partes, e os conjuntos


A, B e C estão divididos em quatro partes.

Pela tabela, temos as seguintes informações com relação ao número de


consumidores:

X =?, A = 105, B = 200, C = 160

A ∩ B = 25, B ∩ C = 40, A ∩ C = 25

A ∩ B ∩ C = 5eX − (A ∪ B ∪ C) = 120

Para resolvermos problemas como este, vamos anotar inicialmente: a


quantidade nos conjuntos maiores (X, A, B e C), a quantidade fora da
união (X − (A ∪ B ∪ C) ) e a quantidade no menor conjunto que é a
interseção dos 3(A ∩ B ∩ C).

Assim, utilizando o primeiro e o terceiro item acima, podemos preencher


a figura anterior da seguinte maneira:

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Agora, utilizando o segundo item acima


(A ∩ B = 25, B ∩ C = 40, A ∩ C = 25) , podemos completar os
seguintes espaços:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/00118/index.html# 61/70
21/01/24, 21:53 Conjuntos

Como sabemos que A = 105, B = 200, C = 160, podemos finalizar a figura


analisando a quantidade que já está em cada conjunto e verificando
quanto falta em cada conjunto. Sendo assim, obtemos a figura:

Agora, vamos resolver os questionamentos.

1. Determine o número de pessoas que consomem apenas a marca


C.

100 pessoas, pois, dentre as 160 pessoas que consomem a marca C,


podemos ver na figura que 100 delas não consomem outra marca.

2. Determine o número de pessoas que consomem apenas uma das


marcas.

Fazendo uma análise semelhante à letra (a), podemos ver que:

A quantidade de pessoas que só consomem a marca A é 60.

A quantidade de pessoas que só consomem a marca B é 140.

Pela letra (a), a quantidade de pessoas que só consomem a marca


C é 100.

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Logo, a quantidade de pessoas que consomem apenas uma das marcas


é dada por:

60 + 140 + 100 = 300 pessoas.

3. Determine o número de pessoas que consomem exatamente duas


marcas.

Para isso, temos que analisar a quantidade de pessoas presentes nas


interseções e em apenas dois conjuntos. Destacamos essas
quantidades na figura abaixo:

Logo, a quantidade de pessoas que consomem exatamente duas


marcas é dada por:

20 + 20 + 35 =75 pessoas.

4. Determine o número de pessoas consultadas.

A quantidade de pessoas consultadas é o total da soma de todos os


valores da figura, ou seja:

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

X = 120 + 60 + 20 + 5 + 20 + 140 + 35 + 100 = 500 pessoas.

Quando há 4 conjuntos (A, B, C, D) contidos em um conjunto X, a análise


é similar àquela que realizamos no exemplo 4.3, porém a análise
geométrica é mais sofisticada.

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

(FCC - 2019) Um grupo é formado por 410 ciclistas, dos quais 260
praticam natação e 330 correm regularmente. Sabendo que 30
ciclistas não nadam e não correm regularmente, o número de
ciclistas que praticam natação e correm regularmente é:

A 170

B 150

C 190

D 200

E 210

Parabéns! A alternativa E está correta.

Para resolver este problema não precisamos montar um diagrama


de Venn na verdade, nem temos informação para isso.

Perceba que, temos um total de 410 ciclistas, sendo que 30 não


correm e nem nada, logo os que correm e nadam são: 410 - 30 =
380.

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Temos então 380 ciclistas,que correm ou nadam.Todavia,vemos


que se somarmos os 260 que praticam natação, com 330 que
correm regularmente, obteremos um valor de 590, que é maior que
410 ciclistas, que é nosso número total de ciclistas. Isso indica que
há uma interseção, ou seja, que existem alguns ciclistas que nadam
e correm regularmente, sendo assim, vamos encontrar essa
interseção fazendo a seguinte subtração: 590 - 380 = 210

Com essa subtração, percebemos o seguinte:

210 ciclistas, correm e nadam


170 ciclistas só correm ou só nada (380-210)
30 ciclistas não correm nem nadam

Veja que a soma resulta em 410: 210 + 170 + 30 = 410.

Questão 2

Em uma pesquisa realizada com todas as pessoas de uma pequena


cidade sobre a leitura dos jornais A, B e C, obteve-se que 28% das
pessoas leem o jornal A, 35% leem o jornal B, 23% leem o jornal C,
15% leem os jornais A e B, 8% leem os jornais B e C, 12% leem os
jornais A e C e 5% leem os três jornais. Qual é o percentual das
pessoas dessa cidade não leem nenhum dos jornais?

A 44%

B 43%

C 34%

D 33%

E 0%

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

Parabéns! A alternativa A está correta.

Primeiramente, temos que saber que o total de pessoas que


participaram da pesquisa é 100%.

Para solucionar esse problema, teremos que montar um diagrama


de Venn, mas para isso, precisamos separar os dados:

A ∩ B = 15%

B ∩ C = 8%

A ∩ C = 12%

A ∩ B ∩ C = 5%

A = 28%

B = 35%

C = 23%

Montando o diagrama de Venn, temos:

Veja que, ao somarmos todas as porcentagens existentes no


diagrama, obtemos um total de 56%. Sendo assim, para chegarmos
à 100% (100%-56%=44%), restam 44%, que é a porcentagem de
entrevistados que não leem nenhum dos três jornais. A
representação no diagrama de Venn é:

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Considerações finais
Conforme vimos ao longo deste tema, existem várias maneiras de se
trabalhar com conjuntos, sendo que o melhor método a ser utilizado
depende dos conjuntos envolvidos. As operações realizadas entre
conjuntos fornecem diversas informações de dados pertinentes, de
acordo com aquilo que se deseja saber a respeito ou de acordo com o
que se espera sobre determinadas informações.

No caso particular em que os conjuntos são intervalos da reta, as


operações entre intervalos geram novos conjuntos, mas isso é assunto
para outro momento do seu estudo matemático! Finalmente, utilizamos
todos os conceitos e todas as operações de conjuntos para resolvermos
vários problemas do cotidiano, assim como questões comuns em
concursos para diversos setores da sociedade.

headset
Podcast
Agora com a palavra o professor Marcelo Rainha, contando um pouco
mais sobre a relação entre os conjuntos e o nosso cotidiano. Vamos
ouvir!

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21/01/24, 21:53 Conjuntos

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especialmente a Matemática.

Referências
GIOVANNI, J. R; BONJORNO, J.R; GIOVANNI Jr., J.R. Matemática
Fundamental - Uma Nova Abordagem. Volume único. São Paulo: FTD,
2002.

GONÇALVES, A. Introdução à álgebra. 5. ed. Rio de Janeiro: IMPA, 2011.

LIMA, E. L. Curso de análise. v.1, 12. ed. Rio de Janeiro: IMPA, 2007.

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