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MAPEAMENTO CULTURAL:

Um pouco da história do Piauí mais perto de você do que nunca

Matéria por:

Richards Amadeu

Vitória Silva

Museu do Piauí – Casa de Odilon Nunes, visto de fora

Foto: internet

Continuando em nossa expedição aos atrativos turísticos de Teresina, trazendo todas


nossas experiências e novidades sobre lugares até então pouco conhecidos por nós
mesmos, teresinenses, trazemos à edição dessa semana nosso segundo passeio à um
local importante para estudo da história, apreciação da arte e curiosidades do nosso
estado do Piauí.
No Museu do Piauí – Casa de Odilon Nunes, localizado na R. Areolino de Abreu, 900 –
Centro (Sul), de frente para a famosa Praça da Bandeira, descobrimos não apenas um
museu, mas um espaço de descobertas e maravilhas que fica mais perto de nós do que
pensávamos. Além de um endereço bem próximo para a maioria da população
teresinense, o Museu do Piauí possui o fácil acesso para quem gosta de tour sobre a
história, com pagamento de uma irrisória taxa de R $2,50 reais para estudantes e R
$5,00 reais para público geral.

E não podia ser diferente para a gente. Chegando lá, fomos bem recebidos pela guia do
museu e estagiária, Samara Carvalho, estudante de turismo prestes a se formar. Que nos
deu diversas informações interessantes pelo local, em uma tour bem ampla com
diversos setores, não apenas do Piauí mas também do Brasil, assim como veremos a
seguir.

ALA CULTURA INDÍGENA

Peças de todos os tipos podem ser encontradas no Museu do Piauí – Casa de Odilon
Nunes
Foto: Ray Dias

E para o começo da nossa aventura, iniciamos a tour adentrando a sala que condiz a
cultura indigena, que conta a história do início da humanidade até aos tempos atuais, é
um acervo com diversos artefatos da cultura indígena de vários povos por doação, é
autoexplicativo, com identificadores contando um pouco dos dados de cada obra.

Amostras da ala indígena

Foto: Ray Dias

A sala possui em sua amostra, pedaços de pontas de árvores fossilizadas do


Pernambuco, vértebras da baleia, fósseis de peixes de Simões do Piauí e machadinhas
contando com as primeiras até as posteriores utilizadas para cerimônias, além de fotos
de pessoas indígenas atuais.
Conta também com utensílios para pesca, cestarias e outros objetos de São Raimundo
Nonato e pinturas feitas por estudantes simbolizando pinturas rupestres. Também possui
artefatos de outros estados como Maranhão, Pará, Ceará e etc.

Evolução do utensílio indígena, a machadinha

Foto: Ray Dias

ALA MONARQUIA
Sala com móveis que faz alusão aos móveis do séc. XVII

Foto: Ray Dias

Sala que remete à época do Dom Pedro II, com réplicas de móveis e utensílios
elaborados por Victor Meirelles, que trazem um pouco do ar da época, como
cadeiras,sofás, vidros de espelhos, louças de porcelanas, com algumas que fizeram parte
da decoração do Palácio do Governo no século XIX.
Algumas relíquias que remetem à época como quepes, charutos, saboneteiras e as
porcelanas

Foto: Ray Dias

Ainda na ala de monarquia tem o quadro do João José da Cunha Fidié, cujo foi um
comandante português que veio em busca de terras no território piauiense, mas o povo
da região de Campo Maior se uniram e lutaram contando apenas com o que tinha em
mãos, machados foices e enxadas, para defenderam o território e enfrentaram um
exército armado, sendo assim uma batalha bem sangrenta mas que no final conseguiram
derrotar o exército, ficando assim conhecido como a Batalha de Jenipapo.
Quadro de Fidié do séc. XIX

Foto: Rayson Dias

A batalha do Jenipapo não está no livro de história do Brasil, mesmo esta sendo uma
batalha importante não só na independência do país como do estado do Piauí também.

ALA REPÚBLICA VELHA


Na sala da República velha visitamos o passado do começo do séc XX do nosso estado
e pais também

Foto: Rayson Dias

Encontra-se nesta ala, o gabinete de Eurípedes de Aguiar, ele foi governador do Piauí no
ano de 1916, conta com móveis de escritório, seu diploma de medicina e um quadro
com a turma dele na formação acadêmica na Bahia. Ele também foi pai da Genu
Moraes, uma figura revolucionária, que foi a primeira mulher a andar a cavalo pelas
ruas de paralelepípedos de Teresina e também a primeira a dirigir automóvel. Também
foi a primeira mulher Presidente de Sindicato de Jornalistas no Maranhão.
Amostra de alguns quadros de mulheres importantes na história do país como de Genu
Moraes

Foto: Rayson Dias

ALA REPÚBLICA NOVA


Quadro com presidente do Brasil do começo do séc. XX

Foto: Rayson Dias

E na sala da República Nova, conhecemos o gabinete do Leônidas Melo, também


governador do Piauí já do séc. XX e que também foi médico. Na representação de seu
gabinete, tem como acervo livros, cadeiras e até lixeira que faziam parte do seu antigo
escritório. Em uma das peças valiosas guardada no acervo é um presente que recebeu do
ex-presidente Getúlio Vargas, com uma homenagem escrita pelo próprio.
Presente de Getúlio Vargas ao governador do Piauí em seu mandato no séc XX

Foto: Rayson Dias

Nessa ala também possui um quadro da revolta tenentista, contando a história não só do
nosso estado mas também um pouco do Brasil. Na qual o exército não aprovava o
governo e houve muitas mortes por meio de uma revolta que se instaurou na época do
final do séc. XIX a início do séc. XX, que foi um período marcado por várias revoltas
no país.
Quadro representa um das várias revoltas da época

Foto: Rayson Dias

ALA DA ARTE SACRA

Esculturas, figuras, objetos e luzes compõe uma das alas mais apreciadas do museu

Foto Rayson Dias

Na sala que corresponde a arte sacra, encontra-se obras de artes em esculturas e peças
que compõe a estética visual e remete ao simbolismo cristão católico. São peças que
retratam o século XVIII e XIX, sendo as mais antigas no topo, como se pode ver pelas
imagens, de longe um dos cômodos do museu mais ilustres por toda organização e
cuidado na preservação e representação da religião predominante brasileira. As
esculturas de anjos que enchem o local são obras mais recentes feitas por Mestre
Dezinho. A peça mais antiga do Museu é a Pia Batismal, de Oeiras do século
XVII,utilizada pelos Jesuítas para catequizar os indígenas.
CONGADO, TAMBOR DE CRIOULA, REIZADO E CABEÇA DE CUIA

Show de marionetes, uma forma diferente de contar as histórias no museu

Foto: Rayson Dias

Nessa parte se concentra em teatro de marionetes, um pouco das histórias


pernambucanas, maranhenses, cearenses e do Piauí também. Com ênfase em lendas
urbanas como o famoso cabeça de cuia na qual adentramos um pouco mais em sua
origem narrada pela nossa guia.

Segunda a própria, naquela época existia-se muitas Marias no Brasil e criaram essa
lenda pra protegê las de não ir ao rio onde os pescadores poderiam mexer com elas e
assim surgindo a lenda de uma criatura que precisaria devorar 7 Marias virgens,
modificando todo um comportamento da época.

GRAND FINALE
E em encerrando pela tour, conhecemos um espaço composto de diversas obras de arte,
como esculturas, pinturas de diversos artistas, assim como artes visuais feitas e doadas
por estudantes, criando um cenário deslumbrante de fascínio e que te convida a apreciar
um pouco cada detalhe e sensação que obras de artes como essa emanam.

Apesar de não caber tudo em uma só matéria, convidamos você a visitar sempre que
puder o Museu do Piauí para conhecer, se encatar e se apaixonar por todas as histórias,
artefatos e obras que pertencem a um espaço que merece mais valorização e
reconhecimento como o Museu do Piauí Casa de Odilon Nunes.

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