1) Vários estudos analisaram os efeitos da sombra em espécies de musgo, principalmente no Sphagnum.
2) Foi verificado que a sombra proporcionada por outras plantas pode evitar a dessecação e facilitar o crescimento do Sphagnum.
3) Estudos concluíram que embora a sombra não afete a produção de biomassa, pode aumentar o crescimento do eixo em espécies de Sphagnum, principalmente sob sombra profunda.
1) Vários estudos analisaram os efeitos da sombra em espécies de musgo, principalmente no Sphagnum.
2) Foi verificado que a sombra proporcionada por outras plantas pode evitar a dessecação e facilitar o crescimento do Sphagnum.
3) Estudos concluíram que embora a sombra não afete a produção de biomassa, pode aumentar o crescimento do eixo em espécies de Sphagnum, principalmente sob sombra profunda.
1) Vários estudos analisaram os efeitos da sombra em espécies de musgo, principalmente no Sphagnum.
2) Foi verificado que a sombra proporcionada por outras plantas pode evitar a dessecação e facilitar o crescimento do Sphagnum.
3) Estudos concluíram que embora a sombra não afete a produção de biomassa, pode aumentar o crescimento do eixo em espécies de Sphagnum, principalmente sob sombra profunda.
Espera-se que o aquecimento global, aliado a outras causas como a deposição
atmosférica de nitrogénio e a ação antrópica, promovam o crescimento de várias plantas vasculares em turfeiras. Através destes fatores, as espécies vegetais existentes em turfeiras localizadas nas superfícies mais secas do solo têm tendência a ficar expostas a um maior sombreamento.
O crescimento de outras plantas vasculares com baixa densidade em turfeiras
partilhadas com o musgo Sphagnum podem ser benéficas para esta espécie vegetal, uma vez que reduzem as suas taxas de evaporação, evitando a seca do seu capítulo. Contudo, devido ao elevado número de plantas vasculares em crescimento, forma-se uma densa cobertura vegetal, limitando a presença de luz para a espécie Sphagnum. Desta forma, o musgo pode-se aclimatar, alterando a sua morfologia ou fisiologia, de modo a permitir enfrentar as condições adversas. Para entender melhor os efeitos do ensombramento na espécie Sphagnum palustre, estas são passíveis de vários estudos com o objetivo de compreender o seu crescimento nestes meios.
Através de um estudo orientado por Martín, da associação “Os Montanheiros”, grupo
para o estudo do património espeleológico dos Açores, e colaboradores, realizado em 2019, investigou-se a diversidade da flora existente em grutas da ilha Terceira, nomeadamente a Gruta do Natal e o Algar do Carvão, ambos pontos turísticos. Estas cavidades vulcânicas, com baixa disponibilidade de luz e de substratos, apresentam condições desfavoráveis para o crescimento de plantas vasculares, limitando o desenvolvimento de briófitos. Na investigação à Gruta do Natal, observaram-se cerca de 17 espécies de briófitos, que apresentaram mais diversidade nas áreas iluminadas artificialmente, uma vez que apenas duas espécies foram detetadas com luz natural, junto à entrada da gruta. Já no Algar do Carvão identificaram-se 47 géneros de espécies diferentes. Assim, o estudo realizado por Martín e colaboradores indica que, apesar das condições desvantajosas, é possível existir briófitos em locais com pouco acesso a luz, como as grutas.
Segundo um estudo organizado pelos investigadores Yazaki, do Centro de Pesquisa
Agrícola NARO Hokkaido, e Yabe, da Faculdade de Design da Universidade da cidade Sapporo, efetuado em 2012, numa turfeira na região norte do Japão, analisaram-se os efeitos que a sombra de plantas vasculares e a carga de neve proporcionam no crescimento do Sphagnum papillosum. Num dos tratamentos desta investigação, foram utilizadas amostras desta planta em dois locais distintos: uma colina com plantas vasculares podadas e outra em que as plantas vasculares tinham folhagem. Verificou-se que, ao contrário da colina onde era proporcionada sombra, no local onde não havia qualquer sombra o efeito provocado no crescimento do Sphagnum foi negativo. Deste modo, os investigadores propuseram que a sombra concedida por plantas vasculares, principalmente no verão, poderá evitar a dessecação e facilitar o crescimento do Sphagnum.
A partir de outro estudo realizado por Ma, da Universidade Normal de Gannan, na
China, e colaboradores, em 2015, analisou-se o efeito da sombra em três espécies de Sphagnum relativamente competitivas: S. capillifolium, S. palustre e S. fallax, sendo avaliadas seis características em cada uma: crescimento em comprimento, crescimento como aumento na massa seca, produção de caule, proporção de nitrogênio e carbono na massa seca do capítulo e relação C:N no capítulo. Nesta investigação, foram propostas várias hipóteses, entre as quais o sombreamento provocar um decréscimo na produção de biomassa e de rebentos laterais e, em compensação, o crescimento do eixo nos três briófitos. Para a realização deste trabalho experimental, foram utilizados três tratamentos: o controlo, que não apresentou qualquer sombra, o segundo tratamento que consistia numa sombra moderada, e o terceiro tratamento que abrangia sombra total. Após 11 semanas, Ma e colaboradores verificaram que a sombra não teve nenhum efeito significativo na produção de biomassa e de rebentos laterais. No entanto, tal como tinham previsto inicialmente, as três espécies apresentaram um aumento no comprimento do eixo, principalmente na sombra profunda, sendo que a espécie Sphagnum palustre apresentou um maior crescimento, nas mesmas condições. Por último, o estudo realizado por Xinbiao Zhu, do Serviço Florestal Canadense de Recursos Naturais, e colaboradores, em 2019, no qual comparou-se o desenvolvimento e a capacidade de adaptação fotossintética em campos abertos do Sphagnum com outras três espécies de musgos plumosos: Hylocomium, Ptilium e Pleurozium. Os briófitos foram recolhidos em dois locais distintos: áreas desflorestadas e áreas florestais. Através dos resultados obtidos, verificou-se que o musgo Sphagnum apresentou um crescimento na realização da fotossíntese, na respiração e na razão da clorofila a/b nos campos desflorestados, comparativamente aos campos com florestação. Deste modo, a realização da fotossíntese no Sphagnum é mais eficaz na presença de luz. Isto poderá significar que a ausência de luz poderá manter ou até mesmo levar ao decréscimo de pigmentos fotossintéticos, e até mesmo de cloroplastos.