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Integrantes: Alexandre Domingos de Oliveira Filho, Ana Paula de

Jesus Rodrigues, Fernanda Rocha da Silva, Raphael Correa dos


Santos Oliveira.

Estudo Comparativo da Germinação de


Feijão com e sem Exposição à Luz

Cuiabá – MT
17 de setembro de 2023
Introdução
No presente estudo, investigamos os efeitos da exposição à luz na germinação
de sementes de feijão. Nosso objetivo era avaliar as diferenças no processo de
germinação e no crescimento inicial entre feijões submetidos a condições de luz
e feijões mantidos na escuridão.

Metodologia
Os feijões foram plantados em cartelas de ovos, com duas cartelas idênticas
usadas para o experimento. Em uma das cartelas (Grupo A), as sementes foram
mantidas em condições de exposição à luz, enquanto na outra (Grupo B), as
sementes foram mantidas na escuridão total. O experimento foi realizado sob
condições controladas de temperatura e umidade.

- Plantio dos Feijões


Cada cartela de ovos continha 2 sementes de feijão, plantadas nas covinhas das
cartelas, cobertas com 20g (gramas) de substrato em cada uma delas. Cada
cova foi regada com 5ml de água, durante todos os dias, entre 11:30h a 12:00h.
- Controle de Condições de Luz
O Grupo A foi mantido sob luz indireta do nascer ao pôr do sol 6 dias, enquanto
o Grupo B foi mantido em completa escuridão durante todo o período do
experimento.
- Medições Realizadas
Durante o experimento, as seguintes medidas foram coletadas:
Espessura dos Caules: A espessura dos caules foi medida utilizando um
paquímetro após 6 dias de germinação.
Comprimento dos Caules: O comprimento dos caules foi medido utilizando uma
régua após 6 dias de germinação.
Desenvolvimento das Raízes: As raízes foram cuidadosamente retiradas do solo
após 6 dias de germinação, e o comprimento e a aparência das raízes foram
registrados.
Desenvolvimento das Folhas: O desenvolvimento das folhas foi avaliado quanto
a crescimento e abertura, após 6 dias de germinação.
Coloração: A coloração das mudas foi registrada após 6 dias de germinação.
Resultados

A seguir, apresentamos os resultados das medições realizadas no experimento.

- Espessura dos Caules


Os caules do Grupo A (expostos à luz) apresentaram uma média de espessura
de 0,6 cm, enquanto os caules do Grupo B (na escuridão) tinham uma média de
espessura de 0,8 cm. A exposição à luz resultou em caules mais finos.
- Comprimento dos Caules
Os caules do Grupo A apresentaram um comprimento médio de 9,07cm,
enquanto os caules do Grupo B tinham um comprimento médio de 12,87 cm. Os
caules do Grupo B foram significativamente mais longos.
- Desenvolvimento das Raízes
As raízes do Grupo A (exposto à luz) demonstraram maior número de
ramificações, maior resistência e apresentaram uma média de comprimento de
9,37 cm. Já as raízes do Grupo B (na escuridão) exibiram raízes maiores, porém
com menor número de ramificações e menor resistência. Tiveram um
comprimento médio de 10,75 cm.
- Desenvolvimento das Folhas
As folhas do Grupo A apresentaram bom desenvolvimento e com uma coloração
bem esverdeada, enquanto as folhas do Grupo B tiveram pouco ou nenhum
desenvolvimento e cores mais amareladas.
Certamente, vou elaborar a seção "Discussão" com mais detalhes,
especialmente em relação ao tamanho e espessura do caule nas diferentes
amostras. Aqui está uma versão mais completa da seção de discussão:
Discussão

Espessura e Comprimento dos Caules


As diferenças observadas na espessura e comprimento dos caules entre os dois
grupos são resultados diretos da disponibilidade de luz. No Grupo A, em que as
sementes foram expostas à luz, os caules apresentaram uma espessura média
de 0,6 cm, enquanto o comprimento médio foi de 9,07 cm após 6 dias de
germinação. Por outro lado, no Grupo B, no qual as sementes foram mantidas
na escuridão, os caules mostraram uma espessura média de 0,9 cm, com um
comprimento médio de 12,87 cm após o mesmo período.
A exposição à luz é um estímulo fundamental para a fotossíntese, o processo
pelo qual as plantas convertem a energia solar em energia química, na forma de
glicose. Com uma fonte constante de luz, como no Grupo A, as plantas
conseguiram realizar a fotossíntese de maneira eficiente, produzindo glicose e
outros compostos energéticos. No entanto, esse aumento da disponibilidade de
energia não se traduziu em um crescimento vertical mais rápido, como seria
esperado.
A explicação para o fenômeno de caules mais curtos no Grupo A pode estar
relacionada à alocação de recursos. As plantas do Grupo A investiram mais em
fortalecer os caules e desenvolver estruturas mais resistentes para suportar a
absorção da luz. Essa alocação de recursos pode ter resultado em um
crescimento vertical mais lento, mesmo com a disponibilidade de luz abundante.
Por outro lado, no Grupo B, a ausência de luz levou as plantas a estenderem os
caules em busca de luz, resultando em caules mais longos. Como a luz era
limitada, as plantas precisavam maximizar sua exposição à luz solar disponível.
À medida que o caule cresce mais rapidamente, ele pode ficar mais grosso para
oferecer suporte à planta, especialmente se não houver luz para fortalecer os
tecidos da planta de forma adequada, que foi o que aconteceu no experimento
realizado.

Desenvolvimento das Raízes


O desenvolvimento das raízes também foi afetado pela exposição à luz. No
Grupo A, as raízes apresentaram maior número de ramificações e mais
resistência, com um comprimento médio de 9,37 cm após 6 dias de germinação.
Em contraste, no Grupo B, as raízes exibiram menor número de ramificações,
com um comprimento médio de 10,75 cm após o mesmo período e menos
resistentes.
O sistema radicular desempenha um papel fundamental na absorção de água e
nutrientes do solo. No Grupo A, onde as plantas tinham acesso à luz, a
fotossíntese eficiente gerou um suprimento adequado de carboidratos, que são
necessários para o desenvolvimento e crescimento das raízes. Isso resultou em
raízes bem desenvolvidas, capazes de explorar o solo em busca de recursos.
Por outro lado, no Grupo B, onde a luz era escassa, as plantas tiveram que alocar
recursos de forma diferente. Como a fotossíntese era limitada, os carboidratos
disponíveis eram direcionados principalmente para o crescimento vertical,
resultando em raízes subdesenvolvidas que tinham que se estender em busca
de recursos em um ambiente desafiador.

Coloração e Desenvolvimento das Folhas


A cor e o desenvolvimento das folhas também foram influenciados pela
exposição à luz. No Grupo A, as folhas abriram e se desenvolveram
normalmente, com uma coloração verde, refletindo a capacidade das plantas de
produzir pigmentos fotossintéticos como a clorofila em resposta à luz. No Grupo
B, onde a luz era escassa, as folhas não se desenvolveram e tiveram coloração
amarelada.
As diferenças na cor das folhas estão diretamente relacionadas à quantidade de
clorofila presente. A clorofila é essencial para a fotossíntese, pois é o pigmento
responsável por capturar a luz solar. Nas plantas do Grupo A, a presença de luz
permitiu a produção abundante de clorofila, resultando em folhas esverdeadas e
um desenvolvimento saudável.
No entanto, no Grupo B, a falta de luz limitou a síntese de clorofila, levando a
folhas amareladas e um mal desenvolvimento.
Conclusão

Este estudo demonstra que a exposição à luz desempenha um papel crítico na


germinação e no crescimento inicial de sementes de feijão, afetando não apenas
a parte aérea (caules e folhas) como também as raízes. As plantas expostas à
luz apresentaram caules mais finos, raízes bem desenvolvidas, folhas bem
desenvolvidas e com cor esverdeada, enquanto as plantas mantidas na
escuridão mostraram caules mais grossos, caules alongados em busca de luz,
raízes subdesenvolvidas, folhas pouco, ou não desenvolvidas e com cor
amarelada. Esses resultados enfatizam a importância da luz como um fator
chave na regulação do desenvolvimento de plantas em diferentes partes da
planta.
Referências

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/agronomia/sementes-de-
feijao#:~:text=.%2C%202018).-
,Em%20ambiente%20natural%2C%20uma%20semente%20de%20feijão%20le
va%20aproximadamente%203,et%20al.%2C%202018).
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/germinacao.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/germinacao.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/germinacao.htm

Anexos

Fase germinativa da amostra A


Comparativo entre os experimentos A e B, após 6 dias de germinação

Medição de altura dos caules das amostras do grupo A


Pesagem das amostras do Grupo A

Pesagem das amostras do Grupo B

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